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AGRUPAMENTO DE ESCOLAS DE VILA REAL DE SANTO ANTÓNIO

O QUE É A ARTE?
tEORIA DA ARTE COMO REPRESENTAÇÃO/IMITAÇÃO

MADALENA SALGUEIRO Nº16 PROFESSORA DULCE RAMOS


MIRIAM RODRIGUES Nº20
11ºA
Índice:

1. Capa--------------------------------------Página 1
2. Índice--------------------------------------Página 2
3. Introdução--------------------------------Página 3
4. Teoria essencialista da arte como imitação
Para Platão----------------------------- Página 4
Para Aristóteles-------------------------Página 5
5. Análise do argumento da teoria-------Página 6
6. Argumentos a favor----------------------Páginas 7
7. Argumentos contra-----------------------Páginas 7
8. Conclusão-----------------------------------Página 8
9. Referências---------------------------------Páginas 8

INTRODUÇÃO
A filosofia da arte é uma área da filosofia que procura responder
questões como: “O que é a arte?”, “O que têm em comum as obras de
arte?”.
Para resolver o problema da definição surgiram diversas teorias.
Essas teorias podem ser divididas em teorias essencialistas e teorias
não essencialistas.

Teorias essencialistas visam procurar propriedades comuns a


todas as peças de arte e essenciais para distinguir o que pode ser
considerado arte do que não pode ser considero arte, ou seja,
pretende-se identificar propriedades individualizadoras da arte.
Como por exemplo: Teoria da arte como imitação, teoria da arte
como expressão e teoria da arte como forma.

Enquanto as teorias não essencialistas defendem que a arte é


impossível de ser caracterizada por propriedades externas, mas
sim como influência o mundo exterior e aqueles que a apreciam.
Como por exemplo: Teoria institucional da arte e teoria histórica.
Aprofundando o tema da teoria essencialista da arte como
imitação:

Para Platão:

Platão foi um filósofo grego que viveu por volta do século IV a.C..
No âmbito da filosofia da arte, este filósofo defendeu que esta provia
da imitação/representação da natureza.

Para Platão, existia dois mundos distintos: o mundo inteligível ou


das ideias que provém de um conhecimento prévio do mundo, a
priori, e o mundo concreto ou sensível que surge dos sentidos e da
experiência e que, para Platão, este trata-se somente de um mundo
de enganos. O mundo sensível seria uma representação do mundo
inteligível por nós, humanos.

Tendo isso em conta, para este filósofo, a arte não passava de uma
imitação da imitação do mundo inteligível.

Curiosidade: Para Platão, a poesia era a arte máxima, pois o seu


artista não imita só a beleza exterior, mas também uma beleza
intrínseca do assunto que se tratava. Deste modo, valorizava a poesia
como forma de arte.
Aristóteles:

Para além de Platão, Aristóteles também se debruçou no


questionamento do que faz algo ser arte ou somente um objeto
sem valor artístico.

Aristóteles como discípulo de Platão complementa o seu


trabalho e aborda no seu livro Poética também o tema da
definição de arte, um livro escrito em resposta ao livro
República, publicado anteriormente por Platão.

Aristóteles também tem como perspetiva a arte como


representação de algo, mas Aristóteles pensa em arte um pouco
mais além do que uma mera imitação.

Este apresenta a arte com uma visão mais positiva, em que a


arte continua a ser uma representação do mundo
complementando a sua beleza em meio de atingir o Ideal e com
um efeito purificador na pessoa que contempla a obra de arte.

“O objeto da arte é representar não a aparência externas das


coisas, mas o seu significado interno”. _Aristóteles
Análise de um argumento da teoria

Se formos analisar o argumento temos que:


Segundo a teoria, X imita a realidade.

Se X é arte, então representa algo


X é arte
Logo X representa algo.
 Aqui está presente um argumento válido
Será este um argumento sólido?
A arte ser uma imitação é uma condição necessária, mas não suficiente.

• Exemplos de obras de arte que seguem o critério da teoria da


arte como representação:

Venus de Milo Obra de Millet, obra realista


Argumentos a favor e argumentos contra

Argumentos a favor:
Esta é uma teoria, que no meio social em que foi pensada,
abrangia a maiorias das obras de artes existentes e vai de
acordo com o senso comum também com a sociedade de hoje
em dia.
Para além disso, tem um critério rigoroso que nos permite
distinguir facilmente um objeto que seria arte de outro que não
o é.
Esta ideia de arte como imitação/representação está inserida
no nosso quotidiano com frases como: “Este filme representou
fielmente os anos 70”, “O modelo está tal e qual o seu retrato”.
De acordo com esta teoria, quanto melhor a obra de arte
representar a realidade, melhor obra de arte esta pode ser
considerada.

Argumentos contra:
Conforme o tempo passou, surgiram novos estilos que vieram
contrariar a tentativa de definição de arte dos antigos filósofos
gregos, entre esses estilos temos o abstrato, o surrealismo, entre
outros. Portanto na atualidade esta teoria não é totalmente
verdadeira, pois restringe uma forma de expressão da arte
muito limitada.
Na atualidade, há diversos objetos que representam a
realidade, mas nem sempre são consideradas obras de arte.
Como por exemplo, a fotografia.
Conclusão
Segunda a teoria essencialista da arte como
imitação/representação uma algo é arte se, e só se, é produzida
pelo homem e imita algo.

Vários filósofos referiam-se à arte como imitação, uns


desprezavam o valor da arte, como por exemplo Platão e outros
já tinham uma opinião mais positiva, como por exemplo
Aristóteles.

Apesar de ser uma teoria bastante antiga, ainda está presente


no nosso senso comum identificar uma obra como arte, se esta
representar algo.

Referências:
Borges, José Ferreira; Paiva, Marta; Tavares, Orlanda. Novos
Contextos – Filosofia 10º Ano; Porto Editora
Nunes, Benedito. Introdução á filosofia da arte, 2009, editora
ATICA

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