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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA

CENTRO DE ARTES E LETRAS

DEPARTAMENTO DE ARTES VISUAIS

CURSO DE ARTES VISUAIS

BACHARELADO EM DESENHO E PLÁSTICA

ESTÉTICA

Exercícios

María Belén Rodríguez

1) Qual é a diferença entre a mimese de Platão e de Aristóteles?

A primeira diferença na concepção de mímesis entre o maestro Platão e seu


discípulo Aristóteles foi que o discípulo objetou ao dualismo platônico ideia-aparência
pela relação existente entre matéria-forma e união alma-corpo. Porque para o discípulo,
a particularidade das artes visuais é a qualidade imitativa de reproduzir a realidade, pois
através de mímesis se pode reproduzir essas realidades mais ou menos belas do que eles
são verdadeiramente, anto quanto poderia ou deveria ser essa realidade. Portanto, para o
discípulo, mímesis não significou uma cópia verdadeira, mas uma aparência particular da
realidade por cada artista. Para Platão contrário ao seu discípulo, a arte estava se afastando
da realidade já que mímesis não deixa de ser uma cópia do mundo das ideias. Portanto,
para o maestro as artes manuais eles foram finalmente a cópia de outra cópia anterior.
Eles imitam algo do mundo sensível que acaba por ser uma cópia das ideias do mundo
inteligível.
2) Explique a que se refere Walter Benjamin com a noção de aura.

A aura é a qualidade do tempo e do espaço para dotar a uma obra de uma intensidade
que o faz permanecer inalterável, é a autenticidade desta, sua originalidade, sua
característica inédita, sua singularidade, sua unicidad que ligada à história patenta a aura.
(Anotaciones clase de Estética)

O que é propriamente a aura? Uma trama peculiar de espaço e tempo: aparência única
de uma distância, por muito perto que se possa estar” (Benjamin, 1989, p. 75). A noção
de aura deriva desse pensamento; em se está ligado ao aqui e agora da obra de arte, no
momento original no que foi criado, é o que torna a obra única e irrepetível, sua
autenticidade. “Descansar en un atardecer de verano y seguir con la mirada una cordillera
en el horizonte o una rama que arroja su sombra sobre el que reposa, eso es aspirar el aura
de esas montañas, de esa rama”. (p. 24). A aura aparece aquí como o produto de um ritual
contemplativo, momento irrepetível em que manifesta o distante e “inaproximable”.

É “la formulación del valor cultual de la obra artística en categorías de percepción


espacial-temporal” (p. 26). Pois, falar sobre a aura é pensar na arte como um ritual; em
termos históricos, primeiro sagrado (em um princípio mágico, depois religioso) e depois
profano (em tanto culto à beleza), onde a obra é dotada de certo “valor cultual”, valor que
se manifesta em um ritual.

Este “valor cultual”, junto com o “valor exhibitivo”, são os aspectos essenciais de
a recepção da obra de arte. O primeiro, resume uma função da arte a serviço do culto,
corresponde principalmente à arte pré-renascentista. O segundo, uma função da obra no
sentido de sua visibilidade, corresponde em termos gerais à arte pós-renascentista e está
enraizado no conceito de beleza. O aumento do valor exhibitivo da obra va al par com um
processo de secularização da arte e em detrimento de seu componente ritual.

Mas esse valor de exibição nunca termina de desplazar a o valor cultual, onde o
último bastião de existência aurática da obra reside: “Es de decisiva importância que el
modo aurático de existência de la obra de arte jamas se desligue de la función ritual” (p.
26). Talvez a experiência artística seja, para um não crente, o mais parecido com uma
experiência religiosa.
As obras existem, em geral, independentemente da sua condição de visibilidade; algo
impossível depois. A aparição de a distância é que quando mais tempo passou e não pode
ser localizado longe do objeto ou ação mais aurática é porque tanto a produção de uma
obra e uma ação (ritual) é irrepetível e indesplazable. Único e irreproduzível. No fim das
contas, a cópia e a repetição desintegram o espaço-tempo e deixa sem referência.

3) A partir da filosofia de Maurice Merleau-Ponty, qual é relação entre artista e obra?

A relação entre o artista e obra que o artista procura um vínculo próximo da realidade,
e obra é o veículo propício para esse fim, pois o artista abstrae aquilo primário que liga
ele com a realidade e plasma na sua obra.

4) O que é a estética da imanência, segundo Georges Didi-Huberman?

E uma ondulação universal, é como um fluido, mar ou atmosfera. Então a imanência


e aquilo que subjuga, mas não precisa da constância objetual para fazer sentir a sua
ubiquidade.

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