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UNISALESIANO

Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium


Curso de Ciências Contábeis

Ana Paula Santana dos Santos


Nilmara Delfina da Silva
Vera Maria de Oliveira

ORÇAMENTO NA CONSTRUÇÃO CIVIL COMO


INSTRUMENTO PARA PARTICIPAÇÃO EM
PROCESSO LICITATÓRIO
Alfini Engenharia e Construção Ltda. EPP - Lins - SP

Lins - SP
2012
ANA PAULA SANTANA DOS SANTOS
NILMARA DELFINA DA SILVA
VERA MARIA DE OLIVEIRA

ORÇAMENTO NA CONSTRUÇÃO CIVIL COMO INSTRUMENTO PARA


PARTICIPAÇÃO EM PROCESSO LICITATÓRIO

Trabalho de Conclusão de Curso


apresentado à Banca Examinadora do
Centro Universitário Católico Salesiano
Auxilium, Curso de Ciências Contábeis
sob a orientação do Prof. M. Sc. Ricardo
Yoshio Horita e orientação técnica da
Profª. M. Sc. Heloisa Helena Rovery da
Silva.

Lins - SP
2012
Santos, Ana Paula Santana dos; Silva, Nilmara Delfina da; Oliveira,
Vera Maria de
S233o Orçamento na construção civil como instrumento para
participação em processo licitatório: Alfini Engenharia e Construção
Ltda EPP / Ana Paula Santana dos Santos; Nilmara Delfina da Silva;
Vera Maria de Oliveira. -- Lins, 2012.
121p. il. 31 cm.

Monografia apresentada ao Centro Universitário Católico


Salesiano Auxilium – UNISALESIANO, Lins-SP, para graduação em
Ciências Contábeis, 2012.
Orientadores: Ricardo Yoshio Horita; Heloisa Helena Rovery da
Silva

1. Planejamento Orçamentário. 2. Licitação. 3. Construção Civil. I


Título.

CDU 657
ANA PAULA SANTANA DOS SANTOS
NILMARA DELFINA DA SILVA
VERA MARIA DE OLIVEIRA

ORÇAMENTO NA CONSTRUÇÃO CIVIL COMO INSTRUMENTO PARA


PARTICIPAÇÃO EM PROCESSO LICITATÓRIO

Monografia apresentada ao Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium,


para obtenção do título de Bacharel em Ciências Contábeis.

Aprovada em: _____/_____/_____

Banca Examinadora:

Prof. Orientador: Ricardo Yoshio Horita


Titulação: Mestre em Ciência da Computação pela Universidade Federal de
São Carlos.

Assinatura:_____________________________

1º Prof (a): ______________________________________________________


Titulação: _______________________________________________________
_______________________________________________________________
Assinatura:_____________________________

2º Prof (a): ______________________________________________________


Titulação: _______________________________________________________
_______________________________________________________________
Assinatura:_____________________________
Aos nossos familiares, pelo incentivo e pelo apoio em todos os

momentos.

“Sem esforço de nossa parte, jamais atingiremos o alto da

montanha. Não desanime no meio da estrada: siga à frente, por

que os horizontes se tornarão amplos e maravilhosos à medida que

for subindo. Mas não se iluda, pois só atingirá o cimo da

montanha se estiver decidido a enfrentar o esforço da

caminhada.” (Luiz Jorge de Oliveira Bello)

Ana Paula, Nilmara e Vera


AGRADECIMENTOS

Primeiramente a Deus, pela plenitude da vida, por ter


paciência comigo e estar a todo o momento ao meu lado. Somente
Deus sabe o que passei e me deu forças para chegar até aqui,
aumentando a minha fé a cada dia, ouvindo minhas orações tanto de
súplicas e também as de agradecimento, pois sem Ele não sou nada.
Aos meus pais João e Isabel, que acreditaram no meu sonho e
me apoiaram em todos os momentos. Quantas noites acordados
aguardando o meu retorno, quanta preocupação tinham quando eu
me desesperava, em teus abraços sempre encontrei amor e acima de
tudo fé. Amo vocês, mesmo não sendo perfeita.
Às minhas irmãs Josi e Nathaly que são essenciais em minha
vida, pelas altas horas de conversas que envolviam lágrimas e
também muitas risadas. Eu amo vocês sempre.
Ao Nivaldo, que posso chamar de meu irmão. Obrigada por
fazer parte de minha família e cuidar tão bem de meus sobrinhos
Guilherme e Weslley Victor, que também não posso deixar de
agradecer pela alegria de cada travessura e cada sorriso que tiram
de mim. E à minha vó Cida, que é mais que uma mãe para mim.
Amo vocês.
Ao meu noivo Alexsandro. Por acreditar que eu conseguiria
chegar até o fim desta etapa, dando motivação para eu vir à
faculdade nos momentos em que estava muito exausta. Eu o amo
muito.
Agradeço à empresa Alfini Engenharia e ao Engº Nilson por
contribuir com os novos conhecimentos adquiridos.
Agradeço às minhas companheiras de trabalho Vera e
Nilmara e aos orientadores Prof. Me Horita e a Profª. Ma Heloisa,
pessoas essenciais para a vitória deste desafio.
Certa vez me disseram que “O porto é um lugar seguro para o
barco, mas ele não foi fabricado para isso”. Obrigada por suas
palavras Prof. Irso Tófoli.
Desejo a todos muito sucesso e que Deus continue a nos
abençoar, pois nossa jornada está apenas começando.
Ana Paula
Agradeço em primeiro lugar a Deus que me ajudou a superar e
a enfrentar as pedras que surgiram no meio dessa caminhada.
Na sequência minha mãe Carmem, que me deu o alicerce para
ser quem eu sou para tomar iniciativa para a realização desse curso.
Muito obrigada, eu a amo.
Agradeço também ao meu irmão Vagner e à minha cunhada
Renata que nas horas de tristeza e desânimo me mostrou que no
final do túnel tinha uma luz à minha espera e também ao meu
sobrinho Hollyver que desde pequeno não sabe a força que me dava
com apenas um sorriso de criança. Eu o amo muito, meu anjo.
À minha irmã Lucia, apesar da distância, ela sempre esteve
por perto com palavras de incentivo em tudo, a amo muito.
Agradeço também ao meu marido Marcos Vinicius, pessoa
maravilhosa que chegou na hora certa da minha vida me
preenchendo e quando pensei em desistir me deu forças para
continuar. Obrigada pela paciência, eu o amo.
Agradeço também às minhas amigas de grupos de pesquisa,
pois conseguimos cumprir mais esta etapa nas nossas vidas e que foi
uma satisfação fazer esse trabalho com vocês conhecendo melhor
vocês e que o nosso elo de amizade verdadeira não fique apenas na
faculdade e sim para a vida toda. Muito obrigada pela colaboração,
esforços de noites mal dormidas e pelo apoio. Vocês foram essenciais
e são.
Agradeço aos orientadores Prof. Me Horita e a Profª. Ma
Heloisa pelo auxilio e por contribuírem com a vitória dessa etapa em
minha vida. Deus os abençoe.
Nilmara
Agradeço primeiramente a Deus, que sempre está comigo me
mostrando como devo fazer.
Ao meu Pai, que mesmo partindo tão cedo me ensinou a ser
verdadeira e a lutar pelos meus propósitos.
À minha mãe que soube dar o seu colo e apaziguar os meus
momentos difíceis. Às minhas irmãs Juliana e Cláudia pelo diálogo
nos mais diversos momentos dessa trajetória.
Aos meus anjinhos, Pedro, João e Dudu, que são a luz da minha
vida com os seus lindos sorrisos. Titia ama muito vocês.
Às minhas companheiras de monografia, Paulinha e Nilmara
que foram sábias para lidar com momentos difíceis. Um obrigada
especial para Paula que, com seu extinto de liderança, soube
conduzir esse trabalho com toda sua sabedoria e inteligência.
Aos orientadores, Heloisa e Horita, um agradecimento especial
a ele que ficou em nosso caminho durante esse ano todo de 2012, que
soube me falar de forma muito correta o seu ponto de vista e me fez
entender que algo deveria mudar.
Um agradecimento especial a todos os meu familiares e amigos.
Agradeço especialmente às pessoas como: Ângela, Cândida, tia
Fátima, tio Natalino, Eduardo e Adriana que sempre estão presentes
em minha vida e me incentivaram a ter coragem, mesmo a vida
dizendo não.
Vera
RESUMO

Com a evolução da engenharia civil, nota-se o avanço do crescimento


das construções, crescimento este que contribui na elevação do nível
econômico da sociedade, garantindo segurança, estabilidade e comodidade do
meio em que vivem a população. Com isso, surgiu a necessidade de mensurar
os itens monetários envolvidos na construção civil para estimar os custos com
materiais, mão de obra, custos diretos e custos indiretos relacionados em cada
empreendimento. Tal necessidade passou a ser esclarecida a partir do
planejamento de valores definido como orçamento. O orçamento da construção
tem por objetivo efetuar um estudo criterioso dos preços de todos os insumos
integrantes da obra de modo a reduzir o grau de incerteza na tomada de
decisão, analisando a viabilidade econômica do empreendimento e o retorno
do investimento. Em 21 de junho de 1993, a Constituição Federal Brasileira
instituiu a Lei nº 8.666, regulamentando e estabelecendo normas gerais sobre
licitações devido ao poder de compra do Governo quando o mesmo necessita
efetuar investimento na área pública. Para participar em um processo licitatório,
a empresa deve analisar os critérios exigidos para a apresentação de sua
proposta. Ressalta-se que o preço proposto não deve ser tão baixo ao ponto de
não permitir lucro e nem tão alto ao ponto de não ser competitivo na disputa
com os demais proponentes. É essencial que a empresa avalie criteriosamente
o edital de publicação do objeto a ser licitado, verificando cada item que o
compõe, solicitando esclarecimento junto ao Órgão Público sobre todas as
dúvidas que julgar necessário. Isto auxilia no planejamento adequado de cada
etapa do orçamento e para a execução satisfatória da obra objeto de licitação.
Assim, o planejamento orçamentário deve conter todas as etapas de modo a
atingir as metas necessárias, garantindo maiores chances de vencer a
concorrência, alcançando seus objetivos e obtendo o resultado esperado.

Palavras-chave: Planejamento Orçamentário. Licitação. Construção Civil.


ABSTRACT

With the evolution of civil engineering, it’s possible has seen the progress
of building growth, a growth helped in raising the economic level of society,
ensuring security, stability and comfort in the middle of the living population.
Thus, the need arose to measure monetary items involved in construction to
estimate the costs of materials, labor, direct and indirect costs related for each
project. This need became clear from the planning values, as defined budget.
The building budget aims to make a careful study of the prices of all inputs
members work to reduce the degree of uncertainty in decision making,
analyzing the economic feasibility of the project and return on investment. On
June 21st,1993, the Brazilian Federal Constitution established the 8666 Law,
regulating and establishing general rules about bidding, purchasing power due
to the Government when it needs to make investment in the public area. To
participate in a bidding process, the company must analyze for the submission
of its proposal. It’s noteworthy that the proposed price should not be so low to
the point of not allowing profit and not so high that it will not be competitive in
the race with the other bidders. It is essential that the company evaluate
carefully the notice of publication of the object to be bid, checking each item that
makes up, by the Public Agency clarifying all doubts to judge the necessity of
understanding. This helps in a correct planning of each stage of the budget and
for the good project implementation. So the budget planning must include all
steps to reach the goals necessary ensuring greater chances of winning the
competition, it’s reaching goals and getting the effect result.

Keywords: Budget Planning. Bidding. Building.


LISTA DE QUADROS

Quadro 1: Custo da construção civil no Estado de São Paulo, 2012.......... 33


Quadro 2: Siglas para projeto padrão.......................................................... 33
Quadro 3: Composição de preço para orçamento....................................... 37
Quadro 4: Fontes de composição para orçamento...................................... 38
Quadro 5: Princípios da licitação.................................................................. 49
Quadro 6: Planilha orçamentária................................................................... 62

LISTA DE FIGURAS

Figura 1: Abrigo de cavernas....................................................................... 15


Figura 2: Muralha da China.......................................................................... 16
Figura 3: Escola Politécnica, 1874............................................................... 17
Figura 4: Símbolo da engenharia civil.......................................................... 18
Figura 5: Logomarca da empresa................................................................ 19
Figura 6: Mapa da região de Lins................................................................ 20
Figura 7: Modelo de ART............................................................................. 23
Figura 8: Placa de obra padrão Caixa Econômica Federal......................... 24
Figura 9: Escopo do orçamento................................................................... 31
Figura 10: Curva ABC.................................................................................. 39
Figura 11: Etapas do orçamento.................................................................. 40

LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

ART: Anotação de Responsabilidade Técnica


BDI: Benefício de Despesas Indiretas
CRC: Certificado de Registro Cadastral
CLT: Consolidação das Leis do Trabalho
CSSL: Contribuição Social Sobre Lucro
CAPS: Centro de Atenção Psicossocial
CEI: Cadastro Estadual de INSS
CUB: Custo Unitário Básico da Construção
CREA: Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura
CNPJ: Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica
COFINS: Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social
EPP: Empresa de Pequeno Porte
EPI: Equipamento de Proteção Individual
FGTS: Fundo de Garantia por Tempo de Serviço
FDE: Fundação para Desenvolvimento da Educação
IML: Instituto Médico Legal
ISS: Imposto Sobre Serviços
IRPJ: Imposto sobre a Renda da Pessoa Jurídica
PIS: Programa de Integração Social
SINAPI: Sistema Nacional de Pesquisa de Custo e Índice da Construção Civil
TCPO: Tabela de Composição de Preços para Orçamento
SUMÁRIO

INTRODUÇÃO............................................................................................. 13

CAPÍTULO I – ALFINI ENGENHARIA E CONSTRUÇÃO LTDA EPP........ 15


1 A HISTÓRIA DA ENGENHARIA CIVIL.............................................. 15
1.1 Evolução da engenharia civil.............................................................. 15
1.1.1 Engenharia civil no Brasil................................................................... 16
1.1.2 Símbolo da engenharia civil............................................................... 18
1.2 A empresa Alfini Engenharia e Construção Ltda. EPP...................... 19
1.2.1 Objetivos e Missão............................................................................. 19
1.2.2 Localização........................................................................................ 20
1.2.3 A Administração................................................................................. 21
1.2.4 Contabilidade..................................................................................... 21
1.2.5 Recursos humanos............................................................................ 22
1.2.6 Engenheiro civil.................................................................................. 22
1.2.7 Canteiro de obras............................................................................... 24
1.2.8 Compras............................................................................................. 25
1.2.9 Contratação por subempreitada......................................................... 25
1.2.10 Principais clientes e obras realizadas................................................. 25

CAPÍTULO II – FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA........................................... 28


2 ORÇAMENTO NA CONSTRUÇÃO CIVIL.......................................... 28
2.1 Definições........................................................................................... 28
2.2 Planejamento e controle de obras...................................................... 29
2.3 Planejamento orçamentário................................................................ 29
2.4 Escopo do orçamento......................................................................... 30
2.5 Orçamento de projeto......................................................................... 31
2.6 Tipos de orçamento............................................................................ 32
2.6.1 Estimativa de custo............................................................................ 32
2.6.2 Orçamento preliminar......................................................................... 34
2.6.3 Orçamento analítico e detalhado....................................................... 35
2.6.4 Orçamento sintético ou resumido....................................................... 35
2.7 Cotação de preço............................................................................... 35
2.8 Tabela de composição de preços para orçamento............................ 36
2.9 Curva ABC......................................................................................... 38
2.10 Etapas do orçamento......................................................................... 40
2.10.1 Estudo das condicionantes................................................................ 41
2.10.2 Composição de custos....................................................................... 42
2.10.2.1 Encargos sociais e trabalhistas...................................................... 43
2.10.2.2 Composição e cálculo do BDI........................................................ 43
2.10.3 Fechamento do orçamento................................................................ 44
2.11 Planilha orçamentária........................................................................ 44
2.12 Memorial descritivo............................................................................ 45
2.13 Cronograma....................................................................................... 45

CAPÍTULO III – LEI DAS LICITAÇÕES – LEI FEDERAL Nº 8.666 DE 21


DE JUNHO DE 1993.................................................................................... 47
3 LICITAÇÃO....................................................................................... 47
3.1 Conceito de licitação.......................................................................... 47
3.2 Regulamento da licitação................................................................... 48
3.3 Princípios da licitação......................................................................... 48
3.4 O edital............................................................................................... 50
3.5 Modalidades de licitação.................................................................... 51
3.5.1 Concorrência...................................................................................... 51
3.5.2 Tomada de preço............................................................................... 51
3.5.3 Convite............................................................................................... 52
3.5.4 Concurso............................................................................................ 52
3.5.5 Leilão.................................................................................................. 52
3.6 Fases da licitação............................................................................... 53
3.7 Tipos de licitação................................................................................ 54
3.8 Critérios para habilitação..................................................................... 54
3.9 A proposta.......................................................................................... 55
3.9.1 Apresentação da proposta................................................................. 55
3.9.2 O julgamento da proposta.................................................................. 56
3.10 A contratação................................................................................... 57
3.10.1 Conceito de contrato.......................................................................... 57
3.10.2 Principais tipos de contrato................................................................ 58
CAPÍTULO IV - ORÇAMENTO NA CONSTRUÇÃO CIVIL COMO
INSTRUMENTO PARA PARTICIPAÇÃO EM PROCESSO LICITATÓRIO -
ALFINI ENGENHARIA E CONSTRUÇÃO LTDA EPP. ............................. 59
4 INTRODUÇÃO................................................................................... 59
4.1 Aviso de licitação............................................................................... 60
4.2 Aquisição do edital............................................................................. 60
4.3 Visita in loco....................................................................................... 61
4.4 Avaliação do projeto........................................................................... 62
4.5 Estudo da planilha orçamentária........................................................ 62
4.6 Orçamento e elaboração da proposta................................................ 63
4.7 As documentações para habilitação................................................... 63
4.8 Entrega dos envelopes....................................................................... 64
4.9 Julgamento das proponentes............................................................. 64
4.10 Contratação da empresa vencedora.................................................. 65
4.11 Início da obra...................................................................................... 66
4.12 Conclusão da obra............................................................................. 66
4.13 Acervo técnico.................................................................................... 66
4.14 Resultado da pesquisa....................................................................... 67

PROPOSTA DE INTERVENÇÃO................................................................. 69
CONCLUSÃO............................................................................................... 70
REFERÊNCIAS............................................................................................ 72
APÊNDICES................................................................................................. 74
ANEXOS....................................................................................................... 82
13

INTRODUÇÃO

O orçamento, sendo um instrumento de planejamento empresarial,


contém em sua estrutura, informações de receitas previstas e estimativa de
despesas com o objetivo de controlar as atividades que refletem as premissas
da empresa.
Sua elaboração começa antes do início da obra e a preparação deve
estabelecer critérios rigorosos para que não haja lacunas na composição do
custo e considerações incertas que afetem a decisão eficiente da
administração.
Quando o orçamento é generalizado por critério de licitação, os meios
orçamentários são fornecidos pelo órgão contratante através de planilha de
quantidades aderidas ao projeto. Com o fornecimento do projeto, o
orçamentista norteia-se sobre a identificação dos serviços constantes na obra,
obtendo seus próprios valores.
Sendo uma peça importante de previsões, o orçamento procura auxiliar
o planejamento das necessidades operacionais, desde a compra de insumos,
custos com mão de obra, bonificações de despesas indiretas (BDI), verificando
entre eles, o grau de interferência e as dificuldades para a realização dos
serviços.
A elaboração do orçamento deve ser demonstrada em planilha,
constando a descrição dos serviços, identificando as unidades de medidas e
quantidades, a composição dos preços unitários, tanto da mão de obra quanto
dos materiais e demonstrar o valor total por item e o valor global da obra.
A partir de previsões, o orçamento gera estimativas utilizadas no
empreendimento para atender as demandas necessárias para sua execução,
dando condições para a empresa avaliar os resultados que poderão ser
alcançados.
O planejamento orçamentário visa a alocação de estratégias a serem
adotadas para controle das despesas e das receitas a fim de identificar o
resultado total.
Os objetivos da pesquisa foram abordar a importância do orçamento
utilizado no ramo da construção civil da empresa Alfini Engenharia e
Construção Ltda EPP, no que tange os custos com materiais, mão de obra e a
14

forma de retorno de tais custos, analisando os critérios utilizados para


atendimento da prestação de serviços ao órgão público com contratação por
processo de licitação.
Diante do exposto, surgiu a seguinte pergunta problema:
A elaboração do orçamento de forma adequada pode ser um
instrumento determinante para concorrer em processo licitatório?
Diante desta indagação, surgiu como hipótese que:
O planejamento estabelece critérios a serem desenvolvidos que
permitem a visualização no controle orçamentário, sendo este realizado antes
do início da obra, a fim de mensurar os resultados ao término de sua execução.
Portanto o orçamento da construção civil, quando estabelecido através
de planejamento, identifica componentes que otimizam a gestão na preparação
de propostas para as entidades públicas na participação do processo licitatório.
Para demonstrar a veracidade da hipótese, foi realizada pesquisa de
campo na empresa Alfini Engenharia e Construção Ltda. EPP, durante o
período de fevereiro a outubro de 2012.
Os métodos e técnicas utilizados para a realização da pesquisa estão
descritos no capítulo IV.
O presente trabalho está estruturado em quatro capítulos:
Capítulo I – Relata a história da engenharia civil, apresenta a empresa e
objetivos.
Capítulo II – Expõe o conceito, o planejamento, o escopo e as etapas
para a elaboração do orçamento.
Capítulo III – Esclarece com base na Lei das Licitações as regras para
concorrer em um processo licitatório.
Capítulo IV – Descreve o estudo de caso realizado relatando a teoria e a
prática.
Por fim, apresentam-se a proposta de intervenção e as conclusões.
15

CAPÍTULO I

ALFINI ENGENHARIA E CONSTRUÇÃO LTDA EPP.

1 A HISTÓRIA DA ENGENHARIA CIVIL

1.1 Evolução da engenharia civil

A evolução histórica da engenharia civil iniciou-se desde os tempos das


cavernas, quando os povos começaram a desenvolver as primeiras
ferramentas e a pensar em uma moradia mais segura e confortável para se
abrigarem. Com os descobrimentos vindouros da audácia e dos recursos
precedidos da própria natureza, o homem edificou a primeira arquitetura,
permitindo a vida em grupo e tomando consciência do meio social. (RIBARD,
1964).

Figura 1: Abrigo de Cavernas

Fonte: Theixeira, 2012.

Em suas engenhosidades, verifica a pedra que rola e cria a roda


servindo de auxílio para aliviar seus esforços. E há, talvez, quinhentos mil
anos, não se sabe exatamente de que forma, revelou-se o poder do fogo. A
partir de então, sua busca pela melhoria contínua não encerra até os tempos
16

atuais. Neste instante, surge também uma natural preocupação com a


estabilidade das paredes do abrigo. (REBELLO, 2008).
Segundo Valle et al. (2007), o desenvolvimento histórico da engenharia
motivou os aspectos relacionados à garantia de determinado padrão de
qualidade, surgindo normas de execução para a realização de obras. Pode-se
citar uma das construções mais antigas como as pirâmides do Egito, com
grandiosa estrutura, sendo o símbolo de poder do antigo Egito e a Muralha da
China, um dos maiores empreendimentos já realizados no mundo, surgiu por
causa de uma série de guerras realizadas por volta de 450 a.C.; obras estas,
que causam admiração até os dias de hoje.

Figura 2: Muralha da China

Fonte: Freitas, 2012.

Assim, sucessivamente, os projetos foram sendo criados e elaborados


com uma estruturação resistente a fim de proteger o indivíduo, seja numa
pequena sociedade ou em uma grande nação. (VALLE et al., 2007).

1.1.1 Engenharia civil no Brasil

A arte de ampliar as edificações no Brasil iniciou ainda no período


colonial com construções de fortificações e igrejas. Neste período, os projetos e
17

edificações eram executados por apenas duas categorias na área de


engenharia, sendo os oficiais do exército português e os mestres pedreiros. Os
oficiais tinham curso regular na área, já os mestres pedreiros não tinham
conhecimento científico. (TÉSIO, 2007)
Segundo UFRJ (2012), em 1792 o vice-rei D. Luiz de Castro, 2º Conde
de Rezende, aprovou a criação da Real Academia de Artilharia, Fortificação e
Desenho, iniciando o ensino de disciplinas que seria a base da engenharia.
Somente em 1858, através da Escola Central ocorreu a abrangência do
curso de engenharia civil com as técnicas de construção de estradas, pontes e
edifícios, ministrados pelos engenheiros civis. Em 1874, a Escola Central
passou a ser Escola Politécnica criando novas especialidades de engenharia.
(UFRJ, 2012)

Figura 3: Escola Politécnica, 1874.

Fonte: UFRJ, 2012

A partir do século XX, com o desenvolvimento industrial, o Brasil passou


por diversas mudanças, como a construção de ferrovias e prédios que
contribuíram com o crescimento das obras. Assim, a engenharia civil procura
modernizar-se empregando novas técnicas que envolvem a utilização de
inovados tipos de materiais e mão de obra qualificada. Contudo, devido à
evolução da engenharia junto ao seu vasto crescimento, a mão de obra
especializada torna-se escassa. (TÉSIO, 2007)
18

Atualmente, a construção civil é um importante ramo de atuação no


Brasil, envolvendo o conjunto das construtoras junto aos órgãos
governamentais, tendo como desafio encontrar mão de obra especializada que
atenda a demanda das construções. A engenharia civil tem por objetivo
desenvolver moradia adequada à população, proporcionando segurança,
comodidade, acessibilidade à sociedade, onde através das novas técnicas
utilizadas procuram evoluir suas inovações e, ao mesmo tempo, conservar as
obras já realizadas com reformas de construção já antigas de modo a manter a
melhoria contínua ao meio em que se vive.

1.1.2 Símbolo da engenharia civil

Figura 4: Símbolo da Engenharia Civil

Fonte: CREA-SP, 2012.

A simbologia oficial da engenharia refere-se à deusa Minerva, que


segundo a mitologia romana é a deusa das artes, da sabedoria e da guerra.
Após engolir a deusa da prudência Métis, Júpiter, com fortes dores de cabeça,
pediu a Vulcano que a abrisse com o seu melhor machado, dando origem ao
nascimento de Minerva. Portando escudo, lança e armadura, Minerva disputou
com Neptuno quem daria o nome a cidade que seria construída em Ática, pelo
qual foi nomeada Atenas após a vitória de Minerva, onde com seu golpe de
19

lança fez nascer da terra, uma oliveira em flor, onde os deuses que presidiram
o duelo decidiram a seu favor, por ser a oliveira florida o símbolo da paz,
enquanto Neptuno, com seu golpe de tridente fez nascer um cavalo alado e
fogoso.
Representada com capacete na cabeça, escudo no braço e lança na
mão, por ser uma deusa da guerra, Minerva tem junto de si, um mocho e vários
instrumentos matemáticos, aspectos de sua sabedoria. Por isso, acabou sendo
conhecida como símbolo oficial da engenharia. (UESC, 2011)

1.2 A empresa Alfini Engenharia e Construção Ltda. – EPP

Figura 5: Logomarca da Empresa

Fonte: Empresa Alfini Engenharia e Construção Ltda. EPP

1.2.1 Objetivo e missão

A empresa Alfini Engenharia e Construção Ltda. EPP, inscrita no


cadastro nacional de pessoa jurídica (CNPJ) sob o número 11.409.855/0001-
97, fundada em 2009 e com cadastro no Conselho Regional de Engenharia e
Arquitetura do Estado de São Paulo (CREA-SP) sob o número 0907726, tem
por objetivo explorar o ramo da construção civil em geral, como execução de
obras de terraplanagem, infraestrutura, pavimentação, instalações elétricas,
projeto, planejamento, urbanismo, além de correlatos, realizando obras de
20

serviços de empreitada ou administração, atendendo com eficácia as


necessidades de seus clientes.
Sua missão é contribuir com o desenvolvimento estrutural adequado que
atenda as exigências da construção civil, proporcionando à sociedade,
segurança e comodidade pelo trabalho bem executado.
O propósito da empresa está voltado ao aumento dos investimentos com
foco no atendimento à demanda e expectativa de expandir-se de acordo com
os interesses e possibilidades através de participação em concorrência em
processos licitatórios, uma vez que fornecer para o governo tornou-se um dos
relevantes mecanismos de desenvolvimento e um fator de transformação
econômica.

1.2.2 Localização

Localizada no município de Lins/SP a 458 km da capital, a empresa


Alfini Engenharia e Construção Ltda. EPP presta atendimento a obras públicas
e privadas em toda a região, podendo expandir-se em filiais, agências ou
departamentos onde convier, de acordo com os interesses e possibilidades da
sociedade.

Figura 6: Mapa da Região de Lins

Fonte: Adaptado Prefeitura de Lins, 2012.


21

1.2.3 A administração

A administração da empresa é de responsabilidade dos sócios José


Aparecido Alfini e Roney Henrique Alfini, que possuem autonomia na tomada
de decisão utilizando-se das informações fornecidas pelos demais
departamentos de Contabilidade, Recursos Humanos, Engenheiro Civil e
Compras, que auxiliam no controle do andamento da empresa, desde a
situação financeira, o andamento das obras, assim como os resultados
alcançados.

1.2.4 Contabilidade

A contabilidade da empresa Alfini Engenharia e Construção Ltda EPP é


realizada pelo escritório Modelo, localizado no município de Cafelândia/SP,
responsável pelas informações que garantem uma orientação segura aos
administradores, de modo que as análises dos dados fornecidos favoreçam na
tomada de decisão adequada para o bom desempenho da empresa.
A empresa, embora optante do regime de tributação por lucro
presumido, detém o benefício do tratamento diferenciado para questões não
tributárias de acordo com o Art. 44 da Lei Complementar 123, de 14 de
dezembro de 2006 devido ao enquadramento como EPP, que contribui nas
participações das concorrências públicas de modo preferencial conforme a lei.
O escritório de contabilidade é responsável pela apuração dos impostos,
dentre os quais incluem-se o Programa de Integração Social (PIS),
Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins), Imposto
sobre a Renda da Pessoa Jurídica (IRPJ), Contribuição Social Sobre Lucro
(CSSL) e Imposto Sobre Serviços (ISS).
O Contador é o profissional de fundamental importância, pois é
responsável por desempenhar o papel de registrar todas as transações
financeiras, fiscais e contábeis. Ele tem por propósito fornecer à empresa Alfini
Engenharia e Construção Ltda. EPP seus serviços profissionais contemplando
dois fatores de suma importância: segurança e confiabilidade, fornecendo
dados essenciais na tomada de decisão para a elaboração de propostas
comerciais para a participação em concorrência pública.
22

1.2.5 Recursos humanos

A contratação da mão de obra especializada na empresa Alfini


Engenharia e Construção Ltda. EPP é realizada com base na experiência do
colaborador, que deve ser comprovada em carteira profissional ou por
informações de terceiros, demonstrando através de treinamento sua
qualificação profissional.
Atualmente a empresa possui 15 colaboradores, sendo um orçamentista,
um auxiliar financeiro, uma recepcionista, um vigilante, um motorista, um
mestre de obras, um eletricista, três pedreiros e cinco serventes de pedreiro,
devidamente com a Carteira de Trabalho da Previdência Social registrada a
partir do momento de contratação, com período de experiência de 45 dias e,
comprovada a aptidão do colaborador, passa a ser registrado efetivamente.

1.2.6 Engenheiro civil

A responsabilidade técnica da sociedade é exercida pelo engenheiro civil


Nilson A. Ferraz da Silva, devidamente credenciado pelo CREA-SP sob a
inscrição de número 5060759530, exercendo atividade na empresa através
prestação de serviço por contrato de trabalho desde 2009.
Compromete-se a realizar a visita técnica no local da obra para
conhecimento do solo, tipo de fundação e as condições do imóvel quando
solicitado reforma, avaliando o projeto fornecido pela contratante, conferindo as
conformidades do mesmo, de modo a garantir a segurança da sociedade.
Assim que recebe a ordem de serviço emitida pela empresa contratante
para iniciar a obra, o responsável técnico efetua a Anotação de
Responsabilidade Técnica (ART) que é o instrumento que registra as
atividades solicitadas nos contratos, discriminando além da responsabilidade
técnica do engenheiro civil, assim como a empresa contratada, a contratante,
especificações da obra, valor contratual e prazo de execução do
empreendimento, posteriormente efetua o devido recolhimento da taxa de ART,
para garantir a regulamentação da obra de acordo com as exigências do
CREA-SP.
23

Figura 7: Modelo de ART


CONSELHO REGIONAL DE ENGENHARIA, ARQUITETURA E AGRONOMIA
DO ESTADO DE SÃO PAULO
Av. Brig. Faria Lima, 1059 - Pinheiros - São Paulo - SP CEP 01452-920 Tel.: 0800 17 18 11
ART 1- Nº DA ART
Anotação de Responsabilidade Técnica
9222122012XXXXXXX
Lei Federal Nº. 6.496 de 07/12/77
CONTRATADO
2 - Nº DO CREASP DO PROFISSIONAL 3 - Nº DO CPF DO PROFISSIONAL

4 - NOME DO PROFISSIONAL 5 - TÍTULO DO PROFISSIONAL

ART
6 - TIPO DE ART 7 - VINCULADA A ART Nº 8 - HÁ OUTRAS ARTs VINCULADAS

9 - ALTERAÇÃO/COMPL./SUBST. DA ART 10 - SUBEMPREITADA

ANOTAÇÃO
11 - CLASSIFICAÇÃO DA ANOTAÇÃO 12 - ÁREA DE ATUAÇÃO 13 - TIPO DE CONTRATADO

EMPRESA CONTRATADA
14 - Nº DE REGISTRO NO CREA 15 - NOME COMPLETO

16 - CGC/CNPJ 17 – CLASSIFICAÇÃO

CONTRATANTE
18-NOME DO CONTRATANTE DA OBRA/ 19-TELEFONE P/ CONTATO 20 - CPF/CNPJ
SERVIÇO

DADOS DA OBRA / SERVIÇO OBJETO DO CONTRATO


21 - ENDEREÇO DA OBRA / SERVIÇO 22 - CEP

CLASSIFICAÇÃO
23 - NATUREZA 24 – UNIDADE 25 - QUANTIFICAÇÃO 26 - ATIVIDADES TÉCNICAS
1
2
3
27 - DESCRIÇÃO DOS SERVIÇOS EXECUTADOS SOB SUA RESPONSABILIDADE OU DO CARGO/FUNÇÃO

RESUMO DO CONTRATO
Nº E ESCOPO DO CONTRATO, CONDIÇÕES, PRAZO, CUSTOS, ETC...

28 - VALOR DO 29 - DATA DO 30 - DATA INÍCIO DA 31 - 10% ENTIDADE 32 - VALOR DA ART A


CONTRATO CONTRATO EXECUÇÃO DE CLASSE PAGAR

ASSINATURA
Declaro não ser aplicável, dentro das atividades assumidas nesta ART e nos termos
aqui anotados, o atendimento às regras de acessibilidade previstas nas Normas
Técnicas de Acessibilidade da ABNT e na legislação específica, em especial o Decreto
nº.5.296/2004, para os projetos de construção, reforma ou ampliação de edificações
de uso público ou coletivo, nos espaços urbanos ou em mudança de destinação
(usos) para estes fins.
33 - LOCAL E DATA PROFISSIONAL CONTRATANTE
__________________________ _______________________________

Fonte: CREA-SP, 2012

O engenheiro tem a função de efetuar o acompanhamento da execução


da obra do início até o término, garantindo o segmento de execução de acordo
com o projetado, solicitando após a entrega da obra, atestado de conclusão
24

definitiva emitida pela contratante. Assim, o engenheiro solicitará juntamente ao


órgão responsável CREA o Acervo Técnico que comprova sua experiência na
execução de determinada obra.

1.2.7 Canteiro de obras

O canteiro de obras é o local onde o projeto será executado, incluindo os


materiais, equipamentos e máquinas que serão utilizados na execução obra, o
que requer a construção de barracão provisório para o armazenamento dos
mesmos.
Além disso, a empresa deverá ser identificada através de placa de obra
seguindo o padrão exigido em edital, que caracteriza a sua responsabilidade
com o início e término da execução da construção, sendo a placa afixada
também no canteiro de obras de acordo com a exigibilidade da contratante.

Figura 8: Placa de obra padrão Caixa Econômica Federal

Fonte: Caixa Econômica Federal, 2012


25

1.2.8 Compras

O departamento de compras é responsável pela cotação de preços dos


insumos e pela realização do levantamento orçamentário dos custos de
materiais e mão de obra para preenchimento da planilha que compõe a
proposta a ser emitida para concorrência de licitação.
Cada detalhe é primordial para avaliar a vantagem de tal participação,
uma vez que os valores licitados, muitas vezes, não permitem a apresentação
de valores acima do proposto em edital, sendo necessário o estudo de cada
componente dos custos para decidir a participação ou não na concorrência.
Juntamente aos valores orçamentários, o departamento de compras
verifica o prazo a ser cumprido na execução da obra para orçar os custos
indiretos e o período de locação de equipamentos quando for o caso.

1.2.9 Contratação por subempreitada

Após a avaliação do quantitativo da obra, pode haver a necessidade de


contratação por subempreitada para prestação de serviços com fornecimento
de mão de obra, obedecendo às normas contratuais estabelecidas junto à
empresa, respeitando prazo dos serviços a serem executados e assegurando a
entrega da obra com qualidade e segurança. Ressalva-se que a
responsabilidade de empreitada referente à obra cabe à empresa construtora.
De acordo com o art. 445 da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT)
do Decreto Lei nº 5.452/43, nos contratos de subempreitada, o subempreiteiro
responderá pelas obrigações derivadas do contrato de trabalho que celebrar.
(BRASIL, 1943)

1.2.10 Principais clientes e obras realizadas

Quando há a participação na concorrência de processo licitatório, a


empresa que apresenta a melhor proposta, de acordo com as exigências
emitidas em edital, tornar-se vencedora do processo. Sendo assim, caso a
empresa Alfini Engenharia e Construção Ltda EPP seja vencedora, é firmado
contrato com o Órgão Público interessado.
26

Abaixo segue a descrição das atividades executadas pela empresa


através da contratação pelas entidades públicas.
a) Prefeitura Municipal de Bastos - realizou obras de pavimentação
asfáltica, guias e sarjetas, passagem de águas pluviais no Bairro
Jardim Novo Bastos, fornecendo material e mão de obra;
b) Prefeitura Municipal de Garça - realizou obras de construção de
Centro Comunitário no bairro Jardim Sol Nascente;
c) Prefeitura Municipal de Getulina - realização de reforma e ampliação
do Centro de Saúde no distrito de Macucos, entre outras obras;
d) Prefeitura Municipal de Lins - obras como reforma do novo centro
administrativo da Prefeitura Municipal de Lins, reforma na antiga
Casa da Cultura localizada a Rua XV de novembro, construção do
Centro de Saúde da Família no Jardim Tangará, reforma no Instituto
Médico Legal (IML), construção de 38 casas no Manabu Mabe;
e) Prefeitura Municipal de Queiroz – reforma da praça Padre João
Guilherme Braem e Praça Alaor Garcia Brado;
f) Prefeitura Municipal de Sabino - realização de reforma e ampliação
do Centro Comunitário do conjunto Habitacional Henrique Bertin.
Atualmente a empresa Alfini Engenharia e Construção Ltda EPP possui
obras nas entidades:
a) Prefeitura Municipal de Cafelândia – construção de 33 unidades
habitacionais na Vila Simões;
b) Prefeitura Municipal de Getulina – construção do Terminal
Rodoviário;
c) Prefeitura Municipal de Guarantã – construção de uma Creche
Escola, construção de uma Unidade Básica de Saúde;
d) Prefeitura Municipal de Jaú – cobertura de uma quadra poliesportiva;
e) Prefeitura Municipal de Lins – reforma do Centro de Atenção
Psicossocial (CAPS), instalação dos itens relativos ao Sistema de
Prevenção e Combate a incêndios do Futuro Palácio do Governo,
construção de quadra descoberta no bairro Jardim Primavera;
f) Prefeitura Municipal de Piacatu – construção de 40 unidades
habitacionais.
27

Para cada obra, a empresa responsabiliza-se, após a assinatura


contratual e emissão da ordem de serviço emitida pelo órgão público, a efetuar
a emissão da ART, cadastrar a empresa no Cadastro Estadual de INSS (CEI),
emitir a garantia de realização da obra e cumprir rigorosamente os termos
contratuais, com o objetivo de atender as necessidades e exigências de seus
clientes, garantindo a satisfação entre as partes envolvidas.
A empresa Alfini Engenharia e Construção Ltda EPP, por meio do
crescimento da demanda da construção civil, procura atingir seus objetivos
com o cumprimento de sua missão, atendendo as necessidades de seus
clientes de maneira precisa os trabalhos que lhe foram confiados, executando
com eficiência e de modo satisfatório, tanto em qualidade quanto em
quantidade monetária os empreendimentos que garantem o retorno da
lucratividade empresarial.
28

CAPÍTULO II

FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

2 ORÇAMENTO NA CONTRUÇÃO CIVIL

2.1 Definições

“Orçamento é o cálculo dos custos para executar uma obra ou um


empreendimento, quanto mais detalhado, mais se aproximará do custo real.”
(SAMPAIO, 1989, p. 17)
Segundo Cardoso (2009), orçamento é um documento valioso em
qualquer estudo preliminar ou de viabilidade. Uma obra iniciada sem a
definição do seu custo, ou sem o seu provisionamento adequado dos recursos
necessários, pode resultar numa obra inacabada.

O orçamento, parte integrante dos contratos, é o documento por meio


do qual o auditor acessa as mais variadas informações dos projetos
de arquitetura e de engenharia, podendo ainda efetuar diversas
confrontações com os documentos e relatórios de prestação de
contas. (CARDOSO, 2009, p. 15)

Sendo parte integrante do projeto básico, o orçamento é considerado


como elemento imprescindível em qualquer licitação de acordo com a Lei
8.666/93. (BRASIL, 1993)
O orçamento, de acordo com as definições descritas, demonstra ser
uma ferramenta de unânime importância para abordar os custos relacionados à
realização de uma obra, sendo necessário efetuar o levantamento de dados
com exatidão para que o orçamento seja o mais real possível.
Tisaka (2011) afirma que o orçamento, ao ser elaborado, deverá conter
todos os serviços a serem executados na obra, compreendendo o
levantamento dos quantitativos físicos do projeto e da composição dos custos
unitários de cada serviço, das leis sociais e encargos complementares
apresentados em planilha.
29

2.2 Planejamento e controle das obras

O planejamento e o controle de produção na indústria da construção civil


são extremamente importantes por ser considerado um processo que resulta
num conjunto de ações necessárias que evita a baixa produtividade, segundo
Cardoso (2009).
De acordo com o mesmo autor, o planejamento tem por objetivo o
sucesso do empreendimento, fazendo-se necessária a implantação de
entendimento que podem ser acompanhados pelos seguintes níveis:
a) planejamento estratégico que abrange toda a organização,
envolvendo todas as atividades da empresa, definido como plano
mais importante da organização;
b) planejamento tático seleciona os principais recursos como
tecnologia, materiais e mão de obra;
c) planejamento operacional tem por objetivo atingir a maior
produtividade no desenvolvimento das atividades e tarefa específica
isoladamente no momento da execução.
“Ter capacidade de planejar e gerenciar o custo da construção é,
certamente, um dos principais diferenciais competitivos que uma empresa deve
buscar. [...]”. (GONÇALVES, 2011, p. 32)

2.3 Planejamento orçamentário

A elaboração de um orçamento, segundo Cordeiro (2007), necessita de


planejamento que compreende as possibilidades e limitações técnicas, além do
cálculo dos custos de uma série de tarefas sucessivas e ordenadas, através de
informações obtidas que direciona o desenvolvimento do orçamento. Ao
estudar determinado projeto, o orçamento é uma das primeiras informações
que o empreendedor deseja conhecer.
De acordo com Cardoso (2009), o orçamento é um documento que
necessita de absoluta credibilidade e o seu planejamento tem por objetivo a
elaboração de um roteiro de ações para se atingir um determinado fim.
30

O orçamento é um documento que necessita de absoluta


credibilidade perante os gerentes e técnicos, para que as informações
produzidas em decorrência, como o cronograma, a aferição das
produtividades, e o controle dos custos da obra, possam funcionar
como ferramentas gerenciais seguras para tomada de decisão.
(CARDOSO, 2009, p. 189.)

O Instituto de Engenharia (2011) caracteriza o planejamento como


elaboração de condições para a execução dos serviços, tais como os métodos
a serem utilizados, volume ou porte do serviço, prazos de execução,
equipamentos necessários, jornada de trabalho e todos os fatores envolvidos
para a realização do empreendimento.
Tisaka (2011) afirma que para iniciar um orçamento é necessário
estudar, analisar e entender o conjunto detalhado dos fatores que compõem o
projeto.
O planejamento orçamentário é utilizado para direcionar os passos dos
gestores para que os objetivos organizacionais sejam atingidos, favorecendo a
análise da viabilidade econômico-financeira, o levantamento de materiais e de
serviços, quantidade de mão de obra necessária para cada etapa da obra e
controle de execução do empreendimento.

2.4 Escopo do orçamento

Através do orçamento, conforme afirma Sampaio (1989), é possível


analisar a viabilidade econômico-financeira do empreendimento, efetuar o
levantamento dos materiais e dos serviços e mão de obra necessária para
cada etapa de serviço, elaborar o cronograma físico e efetuar o
acompanhamento sistemático da aplicação da mão de obra e materiais no
empreendimento.

Em geral, um orçamento é determinado somando-se os custos


diretos – mão de obra de operários, material, equipamento – e os
custos indiretos – equipes de supervisão e apoio, despesas gerais de
canteiro de obras, taxas etc – e por fim adicionando-se impostos e
lucro para se chegar ao preço de venda. Para participar de uma
concorrência, o preço proposto pelo construtor não deve ser tão baixo
a ponto de não permitir lucro, nem tão alto a ponto de não ser
competitivo na disputa com os demais proponentes. (MATTOS, 2006,
p. 22-23).
31

O orçamento tem por objetivo efetuar o levantamento dos custos que


serão utilizados na obra, demonstrando através de um estudo preliminar a
estimativa de valores que pressupõe o levantamento de quantidades, de
materiais e processos necessários para a execução do empreendimento. Isto
exige pesquisa dos preços dos insumos, caracterizando a composição dos
custos de modo a disponibilizar um orçamento analítico e detalhado,
reduzindo o grau de incerteza na tomada de decisão para prosseguimento a
execução do projeto, conforme descreve Mattos (2006).

Figura 9: Escopo do orçamento

METAS
+ PLANEJAMENTO
= RESULTADOS

Fonte: Elaborada pelas autoras, 2012.

O escopo do orçamento envolve desde o estudo do projeto que


direciona os serviços a serem executados até a composição dos custos que
compreendem o fechamento do orçamento. Os estudos estabelecem as metas
que auxiliam a elaboração do planejamento, onde a junção dessas funções
determinam os resultados do empreendimento que deseja alcançar.

2.5 Orçamento de projeto

A interpretação do projeto, de acordo com Cordeiro (2007), corresponde


à análise do projeto com o objetivo de extrair todos os dados que compõem o
orçamento, de modo a identificar se o projeto está completo ou se há ausência
de projetos específicos.
Ao iniciar o orçamento de projeto, o primeiro passo é analisar a
documentação técnica. Para Valentini (2009), através dessa análise são
identificados os serviços com seus respectivos quantitativos integrantes do
escopo do orçamento.
O orçamento é considerado uma ferramenta de apoio ao projeto, sendo
um instrumento de suporte e credibilidade que identifica com clareza os
32

recursos necessários ao processo de acompanhamento e monitoramento para


verificar como foram investidos os insumos.
Tisaka (2011) esclarece que, para a elaboração do orçamento é
necessário examinar certas condições e fatores que nem sempre são
expressos no projeto, porém, influenciam no custo da obra.

2.6 Tipos de orçamento

Segundo o Instituto de Engenharia (2011), de acordo com a Norma


Técnica nº 01/2011 para elaboração de orçamento de obras de construção
civil, os tipos de orçamento podem ser por estimativa de custo, orçamento
preliminar, orçamento analítico ou detalhado e orçamento sintético ou
orçamento resumido.

2.6.1 Estimativa de custo

O Instituto de Engenharia (2011) especifica que a estimativa de custo


corresponde à avaliação de custo obtida através da pesquisa de preço no
mercado após examinar os dados preliminares de uma ideia de projeto em
relação à área a ser construída, quantidade de materiais e serviços envolvidos.
Para Mattos (2006), a estimativa de custo é expedida pela avaliação
realizada com base em custos históricos e comparação com projetos similares.

Em geral, a estimativa de custos é feita de indicadores genéricos,


números consagrados que servem para uma primeira abordagem da
faixa de custo da obra. A tradição representa um aspecto relevante
na estimativa. (MATTOS, 2006, p. 34.)

Mattos (2006) afirma que a representação do custo da construção por m²


realizada pelo Custo Unitário Básico da Construção (CUB) é um dos
indicadores mais utilizados para estimativa de custos.
A Lei nº 4.591, de 16 de dezembro de 1964, no § 3 do Art. 54 descreve
que os orçamentos ou estimativas, baseados nos custos unitário, só poderão
ser considerados atualizado, em certo mês, se baseados em custos relativos
ao próprio mês, ou a um dos dois meses anteriores. Os responsáveis pela
33

divulgação mensal dos custos unitários de construção a serem adotados é de


obrigatoriedade dos sindicatos estaduais da indústria da construção civil.
Segue amostra da tabela do custo da construção no Estado de São
Paulo, divulgada no ano de 2012 pelo Sinduscon-SP até o mês de julho de
2012 referente ao padrão PIS.

Quadro 1: Custo da Construção no Estado de São Paulo – 2012

Custo da construção no Estado de São Paulo - 2012 - padrão PIS


R$/m² Variação %
Mês
Global Mão de obra Material Adm Global Mão de obra Material Adm
654,90 316,37 325,79 12,74 0,11% 0,06% 0,15% 0,00%
Jan
656,61 317,64 326,23 12,74 0,26% 0,40% 0,14% 0,00%
Fev
659,04 318,81 327,47 12,76 0,37% 0,37% 0,38% 0,16%
Mar
659,62 318,81 328,05 12,76 0,09% 0,00% 0,18% 0,00%
Abr
678,12 335,35 329,57 13,20 2,80% 5,19% 0,46% 3,45%
Mai
688,51 344,81 329,98 13,72 1,53% 2,82% 0,12% 3,94%
Jun
691,95 346,66 331,57 13,72 0,50% 0,54% 0,48% 0,00%
Jul
Fonte: Adaptado de Sinduscon-SP, 2012

Sua variação (%) demonstra o aumento referente ao mês anterior, por


exemplo, o mês de julho R$ 691,95 obteve aumento de 0,50% com relação ao
mês de junho R$ 688,51.
As siglas utilizadas para o projeto padrão discriminadas pelo Sinduscon-
SP é demonstrada conforme o quadro abaixo:

Quadro 2: Siglas para projeto-padrão


RPQ1: Residência Popular PIS: Projeto de Interesse Social

R-8: Residência Multifamiliar GI: Galpão Industrial

R-16: Residência Multifamiliar CSL-8: Comercial Salas e Lojas

R-1: Residência Unifamiliar CSL-16: Comercial Salas e Lojas

PP-4: Prédio Popular CAL-8: Comercial Andares Livres

Fonte: Adaptado de Sinduscon-SP, 2012


34

Torna-se fácil estimar o custo de construção de um imóvel consultando a


tabela correspondente ao padrão e multiplicá-la pela área construída.
(MATTOS, 2006)
Logo:

Custo Total = Área de Construção x CUB

A estimativa de custo é citada por Tisaka (2011) da seguinte forma:

Avaliação de custo da obra obtida através do exame de dados


preliminares de uma ideia de projeto em relação à área a ser
construída, com a aplicação de um valor médio por m², para
determinadas opções de estrutura de acabamento, publicadas em
revistas especializadas, ou outras formas de avaliação sintética
baseadas nas experiências de outras obras similares. (TISAKA, 2011,
p. 69)

2.6.2 Orçamento preliminar

Segundo Sampaio (1989), o orçamento preliminar corresponde à


avaliação de custo obtida através de levantamento e estimativa de quantidades
de materiais e de serviços e pesquisa de preços médios, efetuada na etapa do
anteprojeto.
O Instituto de Engenharia (2011) reafirma que o orçamento preliminar
corresponde à avaliação de custo obtido através de exames de dados
preliminares de uma ideia de projeto em relação à área a ser construída,
quantidade de materiais e serviços envolvidos e preços médios.
Para Mattos (2006), este tipo de orçamento é mais detalhado do que a
estimativa de custos, onde pressupõe o levantamento de quantidade e requer a
pesquisa de preço dos principais insumos e serviços.

No orçamento preliminar, trabalha-se com uma quantidade maior de


indicadores, que representam um aprimoramento da estimativa inicial.
Os indicadores servem para gerar pacotes de trabalho menores, de
maior facilidade de orçamentação e análise de sensibilidade de
preços. (MATTOS, 2006, p. 39)

Tisaka (2011) esclarece que o orçamento preliminar, para não ser


apenas custo, deve incluir o Benefício e Despesas Indiretas (BDI) que
caracteriza a margem adicionada para determinar o valor do orçamento.
35

2.6.3 Orçamento analítico ou detalhado

Compreende a avaliação do custo através da composição de custos


unitários, com nível de precisão adequado obtido através do levantamento de
quantidades, materiais, serviços e equipamentos, realizado na etapa de
projeto. De acordo com o Instituto de Engenharia (2011), o orçamento analítico
ou detalhado, inclui todos os custos diretos, despesas indiretas, tributos e o
lucro do construtor.
Valentini (2009) define orçamento analítico como detalhamento de todas
as etapas do empreendimento, resultando na confiabilidade do preço
apresentado, considerando todos os recursos e variáveis mensurados por
custo direto, custos indiretos acrescidos de BDI, formando, assim, o preço de
venda.
Segundo Cordeiro (2007), na análise de interpretação do projeto, é
indispensável extrair os dados necessários para compor o projeto, como
instalações, estrutura, fundações e outros dados que discriminam os itens e
subitens relacionados aos serviços que compõem o orçamento obtendo uma
relação completa de informações.

2.6.4 Orçamento sintético ou resumido

Compreende o resumo do orçamento analítico expresso através das


etapas com valores parciais ou grupos de serviços a serem realizados, com
seus respectivos totais e o preço do orçamento da obra, conforme descreve
Tisaka (2011).

2.7 Cotação de preço

Consiste na coleta de preços de mercado para os diversos insumos da


obra. Mattos (2006) esclarece que a cotação de preço dos materiais é uma
tarefa que requer cuidado, devendo considerar algumas particularidades e
comparar as cotações entre os fornecedores.
36

O orçamento deve ser capaz de refletir a realidade e conduzir a um


preço justo, onde, de acordo com Mattos (2006) no processo de compra
existem aspectos que influenciam no preço de aquisição do material, como:
a) especificações técnicas – descreve a qualidade do material;
b) unidade e embalagem – tipo de embalagem em que o material vem
acondicionado;
c) quantidade – analisar a disponibilidade que o fornecedor possui;
d) prazo de entrega – período compreendido entre o pedido e a entrega
do material;
e) condições de pagamento – programar desembolso, se à vista ou a
prazo, com ou sem entrada, com ou sem desconto;
f) validade de proposta – verificar se o início da obra, ou a época
provável de compra são atendidos pelo prazo da proposta;
g) local e condições de entrega – se na obra, na fábrica ou depósito;
h) despesas complementares – caso o vendedor não se comprometer
a entregar a mercadoria.
Outro fator importante de avaliação da cotação de preço é a comparação
obtida entre dois ou mais fornecedores, analisando nem sempre o menor
preço, mas sim o melhor preço, verificando os aspectos acima mencionados,
conforme Mattos (2006).
A importância de obter os preços dos produtos é fundamental para
auxiliar na lucratividade da empresa, sendo este relacionado com as compras
mais representativas adequadamente controladas. Para o setor de compras,
dois principais objetivos relacionados na cotação de preço são: as compras de
materiais ou insumos mais baratos obedecendo ao padrão de qualidade e a
negociação das melhores condições de pagamento.

2.8 Tabela de composição de preços para orçamento

A Tabela de Composição de Preços para Orçamento (TCPO) norteia o


orçamento de construção, planejamento e controle de obras. De acordo com
Tisaka (2011) é na TCPO que se encontram os parâmetros de quantitativos,
produtividade e de consumo necessárias para a composição dos principais
serviços utilizados na construção civil.
37

Para Tognetti (2011), para compreender o orçamento em construção é


necessário entender o conceito de insumos e composições. Os insumos são
considerados parte integrante dos materiais, mão de obra e equipamentos,
considerando a hora do pedreiro, o tijolo, o quilo do cimento, o dia da máquina
de terraplenagem, a hora do servente. Já a composição refere-se à
combinação dos insumos para realização do empreendimento.
Para melhor entendimento, segue exemplo prático do orçamento de uma
parede de blocos de concreto 14x19x19 cm, com 5 metros de comprimento e 3
metros de altura, correspondente a 15 m².

Quadro 3: Composição de preço para orçamento


Insumos Consumo (C) Unidade Preço (P) Subtotal (CxP)

Pedreiro 0,92 H R$ 4,65 R$ 4,28

Servente 1,10 H R$ 3,81 R$ 4,19

Areia 0,023 m² R$ 79,20 R$ 1,82

Cal Hidratada 4,14 Kg R$ 0,34 R$ 1,41

Cimento 3,24 Kg R$ 0,37 R$ 1,20

Bloco de concreto

14x19x19 cm 13 Um R$ 1,92 R$ 24,96

Leis Sociais 120% R$ 10,16

Benefícios e Despesas Indiretas 20% R$ 12,00

TOTAL (por m²) R$ 60,02

Parede com 15m² (3x5m) R$ 900,37

Fonte: Tognetti, 2011.

Além da TCPO, de acordo com Tognetti (2011), existem outras fontes de


tabela para orçamentos disponibilizados por órgãos governamentais, como da
Fundação para o Desenvolvimento da Educação (FDE) e o Sistema Nacional
de Pesquisa de Custos e Índices da Construção Civil (SINAPI) disponibilizado
pela Caixa Econômica Federal, que fornecem os preços dos insumos sem a
composição, porém auxiliam na ideia da grandeza dos custos dos serviços.
38

Quadro 4: Fontes de composições para orçamentos

Editora Pini possui a composição


de custos de vários serviços da
construção.

Possui a composição dos principais


serviços de obras e reforma e
construção de escolas.

SINAPI – Sistema Nacional de


Pesquisas de Custo e Índices da
Construção Civil - Caixa

Fonte: Adaptado de Tognetti (2011)

Cardoso (2009) menciona que a composição de preço demonstra as


necessidades na realização de serviços no que diz respeito a todos os itens
envolvidos na execução da obra, como quantidade de materiais, mão de obra,
encargos sociais e equipamentos, caso necessário.
A TCPO deve ser utilizada como referência inicial, de acordo com
Cardoso (2009), de modo que o orçamentista possa comparar alguns índices
de produtividade com os seus próprios levantamentos.

2.9 Curva ABC

A curva por Atividade Baseada em Custo (ABC), de acordo com


Valentini (2009), consiste no método de classificação dos insumos ou serviços
que possui maior destaque financeiro no empreendimento.
Cardoso (2009) ressalva que a curva ABC é uma informação gerencial
importante para o planejamento e controle de custo do empreendimento.
“A análise baseada nas curvas ABC permite verificar de imediato os
itens críticos do orçamento: os insumos e os serviços que pesam mais.”
(CORDEIRO, 2007, p. 54)
Segundo Mattos (2006), a Curva ABC auxilia o orçamentista a mensurar
os principais insumos, orientando a prioridade de cotação de preços, definindo
as negociações mais criteriosas.
39

A Curva ABC é uma ferramenta que o orçamentista não pode deixar


de gerar ao final do processo de orçamentação. Ela traz benefícios
para o próprio orçamentista e também para o engenheiro que vai
gerenciar a obra. A curva ABC aponta os itens que mais pesam na
obra. É justamente nesses itens que o gerente da obra deve se
concentrar para melhorar o resultado de sua obra. (MATTOS, 2006,
p. 176)

Mattos (2006) afirma que o nome Curva é originário da


representatividade do gráfico e discrimina as características da Curva ABC,
como:

Figura 10: Curva ABC


Percentual de custo acumulado

C
B
A

Insumos

Fonte: Mattos, 2006, p. 175

Ainda de acordo com Mattos (2006), a Curva ABC demonstra os


insumos, desde os mais representativos (Faixa A e B) até os menos
significantes (Faixa C). Os principais insumos em termos de custos são
expressas nas faixas A e B, o que exige do orçamentista uma cotação rigorosa
para adquirir produtos com preços favoráveis. A faixa C demonstra os insumos
com custos baixos, porém não exime o orçamentista de cotar o preço dos
40

mesmos. A Curva ABC é uma ferramenta essencial para auxiliar as prioridades


de cotação para o orçamento.

2.10 Etapas do orçamento

Para a elaboração do orçamento é necessário obter informações que


expressem os custos para a realização do empreendimento, com o objetivo de
absorver informações exatas com relação aos valores que serão estabelecidos.
Segundo Mattos (2006), o orçamento engloba três etapas de trabalho,
como: estudo das condicionantes, composição de custos e determinação do
preço.

Figura 11: Etapas do orçamento

Leitura e interpretação do projeto

ESTUDO
DAS Leitura e interpretação do edital
CONDICIONANTES

Visita Técnica

Custo direto

Cotação
Encargos
de Preço

Composição de
Custo
COMPOSIÇÃO Identificação Levantamento
DOS dos de
CUSTOS Serviços. Quantitativo.
Custo indireto

Cotação
Encargos de Preço

FECHAMENTO Planilha
Preço de
DO Lucro de
ORÇAMENTO venda/BDI Preço.

Fonte: Adaptado de Mattos, 2006.


41

2.10.1 Estudo das condicionantes

É o estudo das condicionantes quem norteia o orçamentista conforme


afirma Mattos (2006), auxiliando na identificação das condições da obra através
da leitura e interpretação do projeto composto por:
a) plantas baixas;
b) cortes;
c) vistas – fachadas, perfis;
d) perspectivas – isométricas, cavaleiras;
e) notas esclarecedoras;
f) detalhes – em escala que permita melhor observação;
g) diagramas – croquis;
h) gráficos – perfis de sondagem, curvas cota-volume;
i) tabelas – de elementos topográficos, curvas granulométricas;
j) quadros – de ferragem, de cabos.
Além da interpretação do projeto, o orçamentista necessita avaliar as
especificações técnicas que, segundo Mattos (2006), são documentos de texto
de natureza mais qualitativa do que quantitativa, como:
a) descrição qualitativa dos materiais;
b) padrão de acabamento;
c) tolerâncias dimensionais dos elementos estruturais e tubulações;
d) critério de aceitação de materiais;
e) tipo de quantidade de ensaios a serem feitos;
f) grau de compactação exigido para aterro;
g) interferências com tubulações enterradas.
Após a compreensão do projeto, o orçamentista avalia o edital através
de leitura de modo a interpretar as regras do projeto para a elaboração do
orçamento. Mattos (2006) esclarece que o edital é o documento que rege as
licitações no caso de a obra ser objeto de uma concorrência.
O edital informa as condições necessárias para a elaboração do
orçamento, como:
a) prazo da obra;
b) penalidade por atraso no cumprimento do prazo;
c) critérios de medição, pagamento e reajustamento;
42

d) regime de preço;
e) limitação de horários de trabalho;
f) critérios de participação na licitação;
g) documentação requerida para habilitação;
h) seguros exigidos.
A visita técnica no local da obra é um item indispensável para
complementar o estudo das condicionantes, sendo possível efetuar o
levantamento de dados importantes para o orçamento, avaliar o estado das
vias de acesso e disponibilidades de itens necessários para à realização do
empreendimento na região.

2.10.2 Composição dos custos

A composição de custos são peças básicas na elaboração do


orçamento. Segundo Cordeiro (2007), esta composição de custo exige o
conhecimento dos materiais, mão de obra, encargos sociais e o BDI.
A composição de custo compreende em primeiro plano a identificação
dos serviços integrantes da obra. Cada serviço identificado precisa ser
quantificado. De acordo com Mattos (2006) este levantamento de quantitativo é
a principal tarefa do orçamentista.
Os custos diretos, segundo Valentini (2009), é o somatório de todos os
custos provenientes dos insumos necessários à realização das atividades de
execução do empreendimento, como: mão de obra, materiais e equipamentos.
Os custos indiretos são aqueles que não estão diretamente associados
aos serviços de campo, mas que são requeridos para que tais serviços sejam
realizados, como a equipe técnica, de suporte e identificação de despesas
gerais da obra, conforme Mattos (2006).
De acordo com Tisaka (2011) a soma dos custos unitários dos serviços
necessários para a construção, mais os custos de infraestrutura para a
realização do empreendimento, são os fatores que constituem os custos diretos
e os custos indiretos. E quando os custos recebem o acréscimo de BDI
denomina-se o preço de venda.
Assim, a composição de custo, auxilia e contribui para análise da
lucratividade sobre o empreendimento, assim como estabelece o preço de
43

venda e o BDI aplicado uniformemente sobre todos os serviços a fim de


garantir o retorno do investimento.

2.10.2.1 Encargos sociais e trabalhistas

Segundo Mattos (2006), os encargos sociais e trabalhistas são definidos


pelo percentual a ser aplicado na mão de obra. Envolve impostos que incidem
sobre a hora trabalhada e os benefícios que tem direito os trabalhadores e que
são pagos pelo empregador.
Este mesmo autor afirma que os encargos em sentido estrito são os
mais utilizados pelos orçamentistas, baseia-se nos encargos sociais,
trabalhistas e indenizatórios previstos em lei e ao qual o empregador está
obrigado a arcar.

2.10.2.2 Composição e cálculo do BDI

O cálculo do BDI é definido pela própria empresa, efetuando a relação


entre as despesas operacionais e o faturamento alcançado. O cálculo do BDI
de acordo com a TCPO é realizado após a apuração dos custos diretos.
Segundo o Instituto de Engenharia (2011), o BDI refere-se à taxa
adicionada ao custo direto de uma obra ou serviço. Quando a empresa
estabelece a taxa de BDI a cada um dos componentes, deve justificar a origem
das mesmas e analisar a qualificação e quantificação de estrutura mínima das
empresas que participam de uma licitação.
Enquanto o Custo Direto representa todos os valores constantes da
planilha, o BDI é a margem que se adiciona ao Custo Direto para determinar o
valor do orçamento, conforme descreve Tisaka (2011).
Uma vez que compreendidos os materiais, é necessário trabalhar os
custos que envolvem a mão de obra representada pelo salário dos
trabalhadores, acrescidos dos encargos sociais, onde a remuneração ocorre
por horas trabalhadas. Ainda, conforme Tisaka (2011), é preciso calcular as
despesas de alimentação, transporte e equipamento de proteção individual
(EPI) e as ferramentas de uso pessoal.
Tisaka (2006) representa, figurativamente, o BDI da seguinte maneira:
44

PV = CD x 1 + BDI (%) ou PV = CD (1+b)


100

Onde:
PV = Preço de Venda ou Orçamento
CD = Custo Direto
BDI = Benefício e Despesa Indireta expresso em percentual
b = Benefício e Despesa Indireta expresso em número decimal

“Em termos práticos, o BDI é o percentual que deve ser aplicado sobre o
custo direto dos itens da planilha da obra para chegar ao preço de venda.”
(MATTOS, 2006, p. 235)

2.10.3 Fechamento do orçamento

O fechamento do orçamento é estabelecido com a definição do lucro


baseado no levantamento dos custos do empreendimento.
Cardoso (2009) esclarece que o orçamento é um documento que
necessita de absoluta credibilidade, para que as informações produzidas em
decorrência, como o controle de custo da obra possa funcionar como
ferramentas seguras para tomada de decisão.
O fechamento do orçamento é demonstrado em planilha que formaliza a
discriminação de cada item do empreendimento, preço unitário de material,
preço unitário de mão de obra, preço total dos materiais e mão de obra,
incluindo os custos diretos, custos indiretos, preço de venda e BDI.
Para Mattos (2006), no fechamento do orçamento o construtor define a
lucratividade que deseja obter na obra, considerando os fatores de
concorrência e risco do empreendimento.

2.11 Planilha orçamentária

A planilha orçamentária é o documento que reúne todos os serviços de


forma discriminada correspondente aos custos diretos especificados nos
projetos, suas unidades de medições, quantidades e seus respectivos preços
unitários e totais.
45

Proporciona a apropriação de todos os custos facilitando sua análise e


aprovação pelos cálculos do orçamento que a planilha disponibiliza.
Segundo Cardoso (2009), é importante que a planilha do orçamento
compreenda as composições de custos dos serviços que a compõe,
demonstrando correta e integralmente todas as atividades da construção, de
modo a listar todos os materiais que serão aplicados no empreendimento.
De acordo com Tisaka (2011), uma vez apresentada a proposta para
concorrer em certame licitatório, de acordo com a Lei nº 8.666/93, não poderá
haver arrependimento, sendo essencial estudar e analisar profundamente os
custos diretos e indiretos e despesas indiretas envolvidas, uma vez que o
princípio fundamental que rege a Lei de Licitações é o menor preço, não se
permitindo negociações após a abertura das propostas.

2.12 Memorial descritivo

O memorial descritivo conforme ressalva Xavier (2008), corresponde à


execução do empreendimento de forma manuscrita detalhando as etapas a
serem realizadas na obra de maneira a explicitar o modo de utilização dos
materiais e as especificações técnicas que deverão ser abordadas. Segue a
ordem da planilha orçamentária referente aos serviços e atividades, tendo por
objetivo estabelecer o diário de obra, evitando erros durante o processo de
execução do empreendimento, detalhando desde a demolição, limpeza do
terreno, até a pintura e revestimentos.
Segundo Tisaka (2011), o memorial descritivo é a descrição detalhada
do objeto projetado na forma escrita, apresentando soluções técnicas adotadas
e as justificativas que são necessárias ao pleno entendimento do projeto.

2.13 Cronograma

O cronograma, de acordo com Almeida (2003), é importante para


garantir que as ações estabelecidas sejam realizadas, de modo a cumprir as
metas da execução de cada serviço. O cronograma demonstra as etapas de
execução da obra e a estimativa de prazo a contar do início estabelecido
através da ordem de serviço até a conclusão e entrega definitiva da obra.
46

Para que os períodos estabelecidos no cronograma sejam cumpridos, é


importante planejar os objetivos a serem alcançados para obter um resultado
satisfatório dentro do prazo.
Segundo Mattos (2010), o cronograma é um instrumento do
planejamento no dia a dia da obra, tornando-se como base para tomada de
decisões do gerente e sua equipe, como: programar as atividades das equipes
de campo, instruir equipes, fazer pedidos de compra, alugar equipamento,
recrutar operários, aferir o progresso das atividades, monitorarem atrasos ou
adiantamento das atividades, replanejar obras, pautar reuniões, entre outras
decisões.
Tisaka (2011) cita o cronograma físico da seguinte forma:

Representação gráfica do desenvolvimento dos serviços a serem


executados ao longo do tempo de duração da obra, demonstrando
em cada período o percentual físico a ser executado e o respectivo
valor financeiro envolvido. (TISAKA, 2011, p. 53)

O cronograma descreve detalhes profundos e cuidadosos sobre as


atividades a serem executadas durante o período determinado.
47

CAPÍTULO III

LEI DAS LICITAÇÕES


LEI FEDERAL Nº 8.666 DE 21 DE JUNHO DE 1993

3 LICITAÇÃO

3.1 Conceito de licitação

Licitação de acordo com Mattos (2006), é o procedimento utilizado pelo


governo federal, estadual e municipal, para realizar compra de bens e serviços
ou venda de bens que não são mais utilizados pelos mesmos. São poucas as
situações que não se exige licitação, como por exemplo, no caso de
calamidade pública. Toda entidade que possua recursos públicos está
vinculada ao processo licitatório.

A licitação é a regra padrão para qualquer aquisição ou venda por


parte do Poder Público. Segundo a Constituição Federal, obras,
serviços, compras e alienações serão contratados mediante processo
de licitação pública que assegure igualdade de condições a todos os
concorrentes. (MATTOS, 2006, p. 264).

Para o TCU (2010), licitação é a regra utilizada para a compra de bens


ou contratação de obras e serviços pela Administração Pública. Ocorre por
meio de convocação através da divulgação das condições estabelecidas, onde
empresas interessadas apresentam suas propostas para disponibilizar seus
bens e serviços. A convocação é realizada por meio de edital ou convite,
garantindo a importância do princípio constitucional da isonomia com o objetivo
de selecionar a melhor proposta, assegurando oportunidade a todos os
interessados.
A Lei Federal nº 8.666, de junho de 1993, regulamenta o art. 37, inciso
XXI, da Constituição, institui normas para licitações e contratos da
Administração Pública.
De acordo com a Lei nº 8.666/93 e suas posteriores alterações, são
estabelecidas normas pertinentes à contratação de obras, serviços, inclusive
48

de publicidade, compras, alienações e locações na esfera dos Poderes da


União, dos Estados, do Distrito Federal e Municípios.

3.2 Regulamento de licitação

A Constituição da República Federativa do Brasil promulgada em 1988,


estabelece no inciso XXI do art. 37 que as obras, serviços, compras e
alienações serão contratadas mediante processo de licitação pública que
assegure igualdade de condições a todos os concorrentes, com cláusulas que
estabeleçam obrigações de pagamento, mantidas as condições efetivas da
proposta, nos termos da lei, o qual somente permitirá as exigências de
qualificação técnica e econômica indispensável à garantia do cumprimento das
obrigações.
Para regulamentar o artigo 37, inciso XXI da Constituição Federal
brasileira, foi instituída pela presidência da república, a partir de 1993, a Lei das
Licitações instituída pela Lei nº 8.666 de 21 de junho de 1993, estabelecendo
normas gerais sobre licitações e contratos no âmbito dos Poderes da União,
dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios.
Posteriormente, a Lei 8.666/93 sofre alterações pelas Leis de nº 8.883,
de 08 de junho de 1994, de nº 9.032 de 28 de abril de 1995, de nº 9.648 de 27
de maio de 1998, de nº 9.854 de 27 de outubro de 1999, de nº 11.445 de 05 de
janeiro de 2007, de nº 12.440 de 07 de julho de 2011 e posteriores alterações.
A Lei das Licitações estabelece, de acordo com a alteração efetuada
pela Lei Complementar nº 123 de 14 de dezembro de 2006, normas gerais
relativas ao tratamento diferenciado e favorecido a ser dispensado às
Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (EPP) no âmbito dos Poderes
da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios.

3.3 Princípios da licitação

De acordo com TCU (2010), os procedimentos licitatórios são orientados


por princípios que norteiam as regras para o processo de concorrência pública.
Esses princípios devem ser utilizados para que não ocorra malogro nos
procedimentos que regem a licitação.
49

Abaixo é demonstrado o quadro dos princípios básicos da licitação.

Quadro 5: Princípios da licitação


(continua)

Vincula os licitantes e a Administração


Princípio da Legalidade
Pública às regras estabelecidas.

Tratamento igual a todos os


Princípio da Isonomia
interessados.

Observação obrigatória por parte da


Princípio da Impessoalidade Administração nas decisões referente
aos critérios estabelecidos.

Conduta lícita, compatível com a moral,


Princípio da Moralidade e da a ética, os bons costumes e as regras
Probidade Administrativa da boa administração, por parte dos
licitantes e dos agentes públicos.

Divulgação dos atos praticados pelos


Princípio da Publicidade administradores em todo o procedimento
de licitação a qualquer interessado.

Observação obrigatória por parte da


Princípio da Vinculação ao Administração e o licitante referente às
Instrumento Convocatório normas e condições estabelecidas no
ato convocatório.

Julgamento da documentação e das


Princípio do Julgamento
propostas, onde o administrador observa
Objetivo
critérios objetivos definidos no edital.
50

(conclusão)
As decisões, sempre que possível,
Princípio da Celeridade devem ser tomadas no momento da
sessão.

Conduz o gestor a buscar sempre o


Princípio da Competição maior número de competidores
interessados no objeto licitatório.

Fonte: Adaptado de Brasil, 2010.

3.4 O edital

Edital é o ato convocatório produzido pelo órgão público com o objetivo


de estabelecer os critérios e exigências para participação das empresas
interessadas em fornecer bens ou serviços através de concorrência. Deve se
claro, preciso e fácil de ser consultado.
Segundo Mattos (2006), o edital é o documento que rege a licitação
demonstrando as exigências do certame e todos os requisitos de participação.
É a base de informações sobre os critérios de habilitação e julgamento da
proposta. O edital denomina o objeto a ser licitado, as documentações
exigidas, o valor estimado da construção, os prazos para apresentação da
proposta, forma de apresentação, local e data de entrega dos envelopes.
A lei que rege o edital refere-se à Lei 8.666/93 denominada lei das
licitações, em seu art. 40 relata que o edital deve conter no prefácio o número
de ordem de série anual, a identificação da repartição interessada e se seu
setor, a modalidade, o regime de execução e o tipo de licitação. Deve ainda
conter o local, dia e hora para recebimento da documentação e proposta.
Além dos itens já mencionados, o edital deve conter anexo, o projeto
básico ou executivo, demonstrativo do orçamento estimado em planilha de
quantitativo e custos unitários, a minuta de contrato a ser firmado entre a
Administração Pública e o licitante vencedor, especificações complementares e
as normas de execução pertinentes a licitação, seguindo criteriosamente os
parâmetros da Lei 8.666/93.
51

O edital deve ser publicado no mínimo uma vez, no diário oficial da


União, do Estado e Distrito Federal, ou em jornal de grande circulação onde
será realizada a obra, indicando o local em que os interessados poderão ler e
obter o texto integral do edital e todas as informações sobre a licitação,
conforme rege a lei.
Em caso de modificação no edital, a lei 8666/93 exige a divulgação pela
mesma forma que se deu o texto original, estabelecendo novo prazo para
abertura da proposta.

3.5 Modalidades de licitação

Mattos (2006) afirma que a Lei 8.666/93 estabelece algumas


modalidades de licitação, onde cada uma obtém uma forma diferente de
procedimento administrativo de acordo com o tipo de bem a ser licitado e o
valor de aquisição pretendida pelo poder público.
As modalidades de licitação são caracterizadas da seguinte forma, de
acordo com a Lei 8.666/93: concorrência, tomada de preço, convite, concurso e
leilão.

3.5.1 Concorrência

Concorrência é a modalidade com ampla divulgação, para garantir a


participação de qualquer interessado desde que atenda aos requisitos previstos
no edital. Os contratos de maior valor é uma das principais características
nesta modalidade. Sua publicação é elaborada no mínimo trinta dias de
intervalo até a data de recebimento e a abertura das propostas. Diferindo das
demais modalidades, a concorrência não se exige registro ou cadastro dos
interessados caracterizado como Certificado de Registro Cadastral (CRC).

3.5.2 Tomada de preço

Para essa modalidade, os interessados devem obter o CRC no prazo


estipulado em edital que garante o cadastro dos fornecedores de bens e
execução de obras e serviços. Sua principal característica é tornar a licitação
52

mais rápida. Nessa modalidade é utilizado um prazo de quinze dias no mínimo


para a publicação em Diário Oficial e para recebimento da proposta, porém se
considerado os tipos de melhor técnica ou técnica e preço, o prazo mínimo é
de trinta dias para a publicação, sendo igual à modalidade da concorrência.

3.5.3 Convite

Para essa modalidade deve haver no mínimo três interessados do ramo,


cadastrados ou não, escolhidos ou convidados pela unidade administrativa,
porém até mesmo quem não foi convidado pode participar e seu interesse deve
ser manifestado com vinte e quatro horas de antecedência, devendo estar
devidamente cadastrado. Esta modalidade é a mais simples de todas. Se não
houver no mínimo três qualificados, o TCU impõe a repetição do ato e a
abertura do envelope é realizada na data e hora marcada e em público.

3.5.4 Concurso

Nessa modalidade qualquer interessado pode participar e sua escolha é


através da melhor técnica e não menor preço. Sua divulgação deve ser ampla,
com no mínimo quarenta e cinco dias da publicação do edital e os participantes
devem ser pessoas idôneas.

3.5.5 Leilão

Essa modalidade consiste na venda de bens e imóveis sem utilidade


para o poder público ou de produtos legalmente apreendidos ou de
procedimento judicial. Os bens que serão leiloados devem passar por uma
avaliação e o preço mínimo deve constar no edital e por isso é indispensável à
descrição de todos os bens. Além disso, deve constar no edital o local onde os
bens estão expostos para uma avaliação por parte dos interessados. Nenhum
interessado precisa se manifestar antes do leilão. A única exigência é o
pagamento total ou de um pagamento parcial realizado através de depósito e o
valor restante deve ser pago em um curto espaço de tempo. O lance é verbal e
quem arremata o bem é aquele que ofertar o maior valor.
53

3.6 Fases da licitação

Baseado na lei das licitações, Mattos (2006) classifica as fases de


licitação como interna e externa, onde a primeira trata da preparação por parte
da administração do órgão da contratante e a segunda refere-se à publicação
da licitação para conhecimento das empresas proponentes.
Na fase interna, a administração efetua a abertura do processo licitatório
através de autorização que desencadeia o processo, com o estabelecimento do
objetivo da licitação. Realiza pesquisa e a orçamentação dos custos a fim de
determinar as modalidade do processo licitatório e aprovisionar os recursos
necessários. Por fim, elabora o edital para realização do ato convocatório
contendo as normas e requisitos para a disputa e publicação para
conhecimento de todos os interessados, conforme Mattos (2006).
Na fase externa, ainda segundo Mattos (2006), as empresas
interessadas na disputa entregam os documentos para a respectiva habilitação
e a proposta comercial. Durante o certame licitatório, a comissão de licitação
efetua a análise das documentações entregues pelas proponentes. Ocorre a
inabilitação de participantes, caso haja divergências de acordo com a exigência
exposta em edital e posterior lavratura de ata com as empresas habilitadas.
Após este processo, efetua-se o julgamento das propostas através de
avaliação e comparação, selecionando a licitante vencedora e posteriormente a
comissão realiza o ato de declaração através de homologação da vencedora.
A adjudicação correspondente ao ato de confirmação oficial da
regularização do processo licitatório, decretando o seu encerramento, para
assim, realizar-se a contratação entre o órgão público e a empresa vencedora.
De acordo com a Lei Complementar 123/2006, caso a empresa
inabilitada seja classificada como EPP ela tem a preferência de interpor recurso
caso não concorde com o exposto pela comissão de licitação. A comissão lavra
ata, estabelecendo prazo para a apresentação dos recursos e nova data para
abertura das propostas. Esta lei também estabelece critérios de preferências,
caso a EPP apresente proposta com o valor de até 10% acima daquela
apresentada pela empresa que não se enquadra nos termos da lei, podendo,
dentro dos requisitos e documentos comprobatórios tornar-se habilitada e até
mesmo vencedora do certame.
54

3.7 Tipos de licitação

De acordo com Cardoso (2009), os tipos de licitação tratam do


julgamento da proposta dos proponentes, sendo constituído de acordo com o
que determina a lei para cada situação licitada. Constituem tipos de licitação:
a) a de menor preço: determinando que o vencedor do certame será o
que apresentar proposta mais vantajosa para a Administração;
b) a de melhor técnica: denominado para serviços de natureza
predominantemente intelectual;
c) a de técnica e preço: refere-se à junção dos itens a e b, onde, além
de requisitos intelectuais, avalia-se a proposta mais vantajosa.

3.8 Critérios para habilitação

Segundo TCU (2010), a Administração Pública tem por dever exigir no


procedimento licitatório documentos compatíveis com o objeto licitado para
aprovação da participação do interessado no certame. Esta exigência tem por
objetivo comprovar a capacidade econômico-financeira e capacidade técnica
do proponente, obedecendo aos limites da razoabilidade de modo a restringir
apenas o necessário para o cumprimento do objeto licitado.
“Exigências de habilitação estão subordinadas especialmente aos
princípios da razoabilidade e da proporcionalidade.” (TCU, 2010, p. 332)
De acordo com Cardoso (2009), com base na lei das licitações, para
efetiva habilitação da empresa interessada no certame, é necessária a
apresentação de documentação relativa a:
a) habilitação jurídica;
b) qualificação técnica;
c) qualificação econômico-financeira;
d) regularidade fiscal;
e) cumprimento no disposto no disposto no inciso XXXIII do art. 7º da
Constituição Federal, incluso pela Lei nº 9.854/99, tratando-se da
não contratação de menores de 16 anos em trabalhos noturno ou
insalubres.
55

O art. 32 da lei 8666/93, de acordo com a redação dada pela lei 8883 de
08 de junho de 1994, esclarece que a apresentação dos documentos para a
habilitação poderão ser através de documento original, por qualquer processo
de cópia autenticada em cartório competente ou por servidor público da
administração ou publicação em órgão da imprensa oficial.
Para a modalidade tomada de preço, é necessário realizar um
cadastramento prévio denominado CRC. Este é elaborado pela entidade
pública ou órgão promotor do certame. Tem por objetivo tornar a licitação mais
simplificada, onde a entidade solicitará do licitante que apresentar o CRC,
apenas os documentos de habilitação ausentes no respectivo registro,
conforme descreve TCU (2010). Ressalva-se que o CRC não se confunde com
habilitação, sendo estes procedimentos distintos. O CRC é um documento que
complementa o critério para habilitação.
O TCU (2010) esclarece que as empresas interessadas na participação
do certame, caso apresente os documentos em desacordo com as exigências
estabelecidas no edital ou documentos irregulares, serão desqualificadas e não
aceitos documentos posteriormente apresentados, sendo consideradas
inabilitadas.
Havendo concordância de todos os licitantes quanto à decisão da
Comissão de Licitações tomadas na fase de habilitação e expressa a
desistência quanto à interposição de recurso, poderá ocorrer a abertura das
propostas.

3.9 A proposta

3.9.1 Apresentação da proposta

De acordo com TCU (2010), a proposta deve ser apresentada de modo


padrão conforme estabelecido no ato convocatório para facilitar a análise no
julgamento. Pode ser elaborada em formulário que contenha identificação da
empresa licitante, por computador ou datilografada, em única via de
preferência.
A proposta deve conter ainda:
a) clareza, sem emendas, rasuras, acréscimos ou entrelinhas;
56

b) folhas numeradas e rubricadas;


c) razão social da empresa licitante, número do cadastro nacional de
pessoa jurídica (CNPJ), dados para contato;
d) identificação da modalidade e ao número da licitação;
e) descrição detalhada e correta das características do bem, da obra
ou dos serviços, conforme especificações do edital;
f) preço em moeda nacional;
g) valores expressos em algarismos e, no que couber, por extenso;
h) prazo de validade das propostas, entrega, execução da obra,
prestação dos serviços, montagem, instalação, quando for o caso;
i) menção expressa ao prazo de garantia oferecido;
j) data e assinatura de quem tenha poderes para esse fim;
k) outras informações julgadas necessárias e convenientes ao objeto
da licitação.
Caso necessário, pode ser informado na proposta o nome do banco e o
código da agência onde o licitante tem conta, assim como o número da conta
bancária e identificação do responsável pela assinatura para agilizar os
procedimentos de contratação, segundo o TCU (2010)

Em qualquer modalidade licitatória, não podem ser modificados os


termos da proposta ou dos documentos, em qualquer hipótese, salvo
quanto a erros ou falhas materiais que possam ser sanados ou
corrigidos, por meio de despacho fundamentado, registrado em ata e
acessível a todos, atribuindo-lhes validade e eficácia jurídica para fins
de classificação das propostas e habilitação dos licitantes. Possíveis
correções devem constar do ato convocatório. (TCU, 2010, p. 474).

É vedada a entrega das propostas após a data e hora marcadas no


edital para a abertura do certame, inclui também a vedação, a inclusão de
dados ou informação que possam favorecer o proponente.

3.9.2 O julgamento da proposta

Segundo Mattos (2006), o julgamento das propostas observa desde o


procedimento da abertura dos envelopes contendo as documentações
referentes à habilitação dos proponentes, devolução dos envelopes dos
concorrentes inabilitados, abertura das propostas dos habilitados e análise da
57

conformidade de cada proposta apresentada, de acordo com os requisitos do


edital e classificação das propostas.
O julgamento das propostas é vinculado a critérios e fatores
estabelecidos no ato convocatório, conforme afirma TCU (2010). Deve ser
objetivo e realizado em conformidade com as normas e princípios
estabelecidos na Lei de Licitações, a fim de garantir transparência aos atos
processuais, de modo a verificar a conformidade de cada proposta com os
requisitos previstos em edital.
Cardoso (2009) afirma que a comissão de licitação deve realizar o
julgamento da proposta em conformidade com o tipo de licitação e critérios
descritos em edital de maneira a facilitar aferição pelos licitantes e pelos órgãos
de controle.
Caso as propostas apresentem preços excessivos, inexequíveis ou não
atenderem as exigências contidas na licitação, serão consideradas inabilitadas
do certame. (TCU, 2010)

3.10 A Contratação

3.10.1 Conceito de Contrato

De acordo com a Lei 8666/93, é todo e qualquer ajuste realizado entre


órgãos ou entidades da Administração Pública e órgãos ou entidades
particulares, onde é realizado acordo de vontades para o estabelecimento de
vínculo e a estipulação de obrigações entre ambas as partes, sejam qual for a
denominação utilizada.
Para o TCU (2010), o contrato é realizado com base na lei das licitações
depois de concluído os procedimentos licitatórios do certame, sendo
estabelecidas com clareza e precisão por meio de cláusulas que instauram
direitos, obrigações e responsabilidade da Administração e do particular,
estando de acordo com os termos da proposta vencedora.
“Contrato Administrativo somente pode ser celebrado se houve efetiva
disponibilidade de recursos orçamentários no exercício financeiro
correspondente.” (TCU, 2010, p. 646)
58

3.10.2 Principais tipos de contratos

São estabelecidos três tipos de contrato amparados pela Lei 8.666/93,


cujo objeto refere-se a:
a) contratos de compra: trata da remuneração de bens para
fornecimento, como aquisição de material de expediente;
b) contratos de obras: realizado para construção de hidroelétricas,
ponte, estradas, reforma ou ampliação de edifícios;
c) contratos de serviços: realizados no caso de demolição, conserto,
instalação, montagem, operação, conservação, reparação,
adaptação, entre outros.
Como garantia do disposto em contrato, a administração pública exige
que a empresa vencedora apresente garantia do cumprimento das obrigações
dos termos contratuais, podendo ser através de caução em dinheiro ou títulos
da dívida pública.
Assim, a Lei das Licitações estabelece as normas e os critérios definidos
pelos princípios de igualdade a todos os interessados no certame para
promover obras e serviços em caráter competitivo. Sendo um procedimento
administrativo utiliza-se o edital como lei interna que enumera todas as
condições que devem ser cumpridas pelo órgão público e pelos licitantes. A
proposta mais vantajosa torna-se a vencedora, desde que apresentada dentro
dos parâmetros legais, uma vez que o preço apresentado pode ser inexequível
para contratação pelo Poder Público. Em cumprimento da lei, os certames
regem a contratação da empresa vencedora e realiza os procedimentos
cabíveis para a homologação contratual entre as partes com os deveres,
direitos e obrigações da Administração Pública e a empresa vencedora do
processo licitatório.
59

CAPÍTULO IV

ORÇAMENTO NA CONSTRUÇÃO CIVIL COMO INSTRUMENTO PARA


PARTICIPAÇÃO EM PROCESSO LICITATÓRIO
ALFINI ENGENHARIA E CONSTRUÇÃO LTDA EPP

4 INTRODUÇÃO

A pesquisa surgiu com o objetivo de demonstrar a importância do


orçamento utilizado no ramo da construção civil, analisando os critérios
envolvidos no atendimento da prestação de serviços através de metas geradas
no processo orçamentário e sua influência na participação de licitação.
Para entendimento deste trabalho faz-se necessária uma abordagem
sobre a empresa e o processo de licitação com base na Lei Federal nº
8.666/93, de modo a compreender os critérios que são abordados para
participação em concorrência pública.
Foi realizado um estudo de caso na empresa Alfini Engenharia e
Construção Ltda. EPP através de pesquisa de campo e observação sistemática
no período de fevereiro a outubro de 2012, analisando a importância do
orçamento na construção civil como instrumento para participação em processo
licitatório.
Para demonstrar a eficácia do estudo de caso foram abordados alguns
procedimentos necessários para a participação em licitação e o planejamento
orçamentário como peça fundamental para o controle. As técnicas utilizadas na
realização do estudo foram:
Roteiro de Estudo de Caso (APÊNDICE A);
Roteiro de Observação Sistemática (APÊNDICE B);
Roteiro de entrevista para o orçamentista (APÊNDICE C);
Roteiro de entrevista para o engenheiro civil (APÊNDICE D);
Roteiro de entrevista para o administrador (APÊNDICE E);
Roteiro de entrevista para o contador (APÊNDICE F);
Roteiro de entrevista para o servidor público (APÊNDICE G).
60

Assim como as empresas interessadas na participação de concorrência


licitatória, a empresa analisada, através do Diário Oficial, efetua busca das
publicações realizadas na imprensa e, de acordo com o seu interesse do objeto
licitado, solicita o edital junto ao órgão público interessado na aquisição dos
serviços oferecidos pela empresa, com o intuito de conhecer as condições para
a participação do certame. Quando disponibilizado o edital, a Administração
Pública acrescenta os anexos para melhor estudo dos interessados no
processo. Tais anexos referem-se a modelos de declarações, assim como o
projeto para estudo e viabilidade dos critérios que deverão ser utilizados para a
realização do empreendimento, incluindo o memorial descritivo, planilha
orçamentária e cronograma físico financeiro.

4.1 Aviso de licitação

Com o objetivo de disponibilizar a prestação de serviços aos órgãos


públicos, a empresa realiza pesquisa de licitações em andamento, sendo esta
efetuada em site específico do Diário Oficial que divulga os avisos de licitações
da União, do Estado e Municípios, conforme ANEXO A.
A partir do momento da publicação em Diário Oficial referente à abertura
de licitação, o órgão público disponibiliza aos interessados o edital com anexos
que esclareçam a modalidade de licitação, tipo de licitação, o objeto a ser
licitado, projeto para a execução, valor licitado, assim como planilha
orçamentária, cronograma físico financeiro, memorial descritivo da obra e
normas para a habilitação dos proponentes.
Além da divulgação em Diário Oficial, a empresa realiza pesquisa na
imprensa dos municípios ou sites das prefeituras da região que comunicam o
aviso de abertura de licitação aos interessados em participar do processo
licitatório.

4.2 Aquisição do edital

Após análise do aviso de licitação e constatado que o objeto de


execução refere-se a atividades exercidas no ramo da construção civil, a
empresa, quando interessada na participação do processo de licitação, solicita
61

o edital junto ao órgão público. A aquisição do edital pode ser por meio
eletrônico ou na própria administração pública mediante pagamento de guia de
retirada de edital.
A aquisição do edital é necessária para a empresa avaliar os requisitos
exigidos para a participação da licitação. Estes requisitos esclarecem para a
empresa: o objeto licitado, a modalidade de licitação, tipo de licitação, regime
de execução, prazos, local, data e horário da realização da abertura dos
envelopes de documentação e proposta, condições de participação e
habitação, critérios de julgamento das proponentes, dotação orçamentária,
condições de medições e pagamentos e orçamento estimado, conforme
ANEXO B.
A empresa, através da leitura do edital e as exigências que o compõem,
avalia se atenderá na íntegra todos os requisitos estabelecidos referentes ao
objeto licitado, documentações dentro do prazo de validade, capacidade
econômica financeira, índice de liquidez e qualificação técnica comprovada
mediante a apresentação de Acervo.
Analisados todos os procedimentos exigidos e constando que no edital
possui todas as informações precisas e os anexos que auxiliam a empresa na
avaliação do empreendimento, o próximo procedimento é a realização da visita
técnica.

4.3 Visita in loco

A visita técnica corresponde ao conhecimento do local onde será


realizado o empreendimento. O engenheiro da empresa realiza a visita técnica
para analisar in loco a viabilidade dos padrões do terreno, com relação ao nível
e as necessidades iniciais para o início da execução da obra, como:
terraplanagem, remoção de vegetação ou entulhos, demolições se houver
algum tipo de construção no terreno que não possa ser reformada.
A visita técnica auxilia a empresa a obter uma visão das condições de
realização do empreendimento, como analisar a distância para entrega dos
materiais por parte de seus fornecedores, a locomoção dos colaboradores,
instalação provisória de energia elétrica e água.
62

Para comprovar que a empresa realizou a visita in loco, a administração


pública elabora o atestado de visita técnica comprovando que a empresa
possui conhecimento do local onde será executada a obra. Este documento
deverá ser anexo junto à documentação para a habilitação, conforme exigência
do edital.

4.4 Avaliação do projeto

Após a verificação do local onde será realizado o empreendimento, a


empresa, por seu engenheiro, efetua a avaliação do projeto, analisando se o
mesmo atende aos parâmetros exigidos pelas normas técnicas da engenharia
civil.
A avaliação do projeto norteia os valores que irão compor a planilha
orçamentária quanto aos itens relacionados para a execução da construção. O
engenheiro analisa área a ser construída e quais as especificações contidas no
projeto.

4.5 Estudo da planilha orçamentária

A planilha orçamentária disponibilizada junto aos anexos do edital é a


etapa na qual a empresa, após a visita técnica e avaliação do projeto, avalia
cada item composto na planilha, conforme exemplo abaixo:

Quadro 6: Planilha orçamentária


CÓDIGO DESCRIÇÃO UNID. QUANT.
1 Serviços preliminares
Limpeza e raspagem da área com remoção de
1.1 vegetação espessura 15 cm m² 1.379,15
Ligação provisória de água para obra e instalação
1.2 sanitária provisória unid. 1,00
1.3 Ligação provisória de energia para obra unid. 1,00
1.4 Locação da obra, e execução de gabarito m² 254,00
1.5 Placa de obra 3,00 x 2,00 m m² 6,00
2 Terraplenagem
2.1 Corte e compensação m³ 415,00
3 Infraestrutura
Estaca moldada in loco Ø 25 cm profundidade
3.1 10,00 metros m 540,00
3.2 Forma de madeira para infraestrutura m² 101,40
Fonte: Adaptado de Prefeitura Municipal de Lins, 2012.
63

A empresa elabora este estudo efetuando com seus fornecedores, a


cotação de preços dos materiais a serem utilizados na obra, buscando o
melhor preço de mercado, não deixando de lado a qualidade dos produtos, o
prazo de entrega, para que possa atender as exigências da execução da obra,
comparando com os valores fornecidos na planilha contida no edital.

4.6 Orçamento e elaboração da proposta

Efetuado o estudo e a cotação dos preços dos insumos, os dados para o


fechamento do orçamento ficam mais evidentes ao administrador da empresa
para efetivar o valor do BDI a ser aplicado no orçamento.
A elaboração da proposta da empresa é objetiva, seguindo as
exigências que compõem o edital. Tem por característica a apresentação em
papel timbrado e dados de identificação da empresa, valores unitários e total
de cada item, valor global da proposta expressos em moeda corrente nacional,
prazo de execução da obra, prazo de validade da proposta, garantia da obra e
identificação da modalidade da licitação.

4.7 As documentações para habilitação

Enquanto ocorre o estudo do projeto e a elaboração da proposta por


parte do engenheiro e do orçamentista, é juntada a documentação para
habitação a ser apresentada na abertura do certame. É analisado o tipo de
modalidade da licitação onde, no caso de Concorrência Pública, não é
necessária a apresentação do Certificado de Registro Cadastral (CRC). No
caso da maioria das Tomadas de Preços torna-se obrigatória a apresentação
do CRC, sendo este, um cadastro prévio realizado junto à prefeitura para
facilitar a habilitação da empresa no julgamento das documentações na
abertura do processo de licitação.
As documentações que a empresa apresenta tratam-se da habitação
jurídica com a apresentação do contrato social em vigor; regularidade fiscal
com comprovação de inscrição no Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica
(CNPJ); prova de inscrição no cadastro de Contribuinte Estadual; prova de
regularidade para com a Fazenda Federal, Estadual e Municipal; prova de
64

regularidade junto à Seguridade Social; prova de regularidade em relação ao


Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) e prova de inexistência de
débitos perante a Justiça do Trabalho. A empresa analisa as documentações
conferindo as datas de validade para evitar sua inabilitação no processo de
licitação.
Além destes documentos, a empresa apresenta sua qualificação técnica
com a comprovação através de certidão de registro de pessoa jurídica e do
profissional técnico, no caso o engenheiro, junto ao Conselho Regional de
Engenharia e Arquitetura (CREA).

4.8 Entrega dos envelopes

A empresa efetua a entrega do envelope de documentação e envelope


de proposta, com identificação da empresa e da licitação. O horário de entrega
é respeitado por ocorrer o impedimento de participação em caso de atraso. No
edital são especificadas todas as informações necessárias, entre elas, local e a
data de entrega dos envelopes para a participação. A empresa apresenta suas
documentações e propostas em envelopes opacos, lacrados, devidamente
rubricados nos fechos e indevassável para evitar a ocorrência de investigação
por parte de seus concorrentes. A entrega é realizada no setor de protocolo da
prefeitura ou diretamente para a comissão de licitação seguindo os tramites de
exigência do edital.

4.9 Julgamento das proponentes

O julgamento das proponentes inicia-se no horário conforme


especificado em edital. Com todos os proponentes e comissão de licitação
presentes, inicia-se a lavratura em ata referente à abertura dos envelopes
contendo os documentos de habilitação. Estes documentos são conferidos um
a um, onde a comissão de licitação analisa a veracidade de cada documento e
as datas de emissão que comprovem estar dentro do prazo de validade
estipulado em edital. Caso ocorram divergências nas documentações, a
comissão de licitação justifica a inabilitação da proponente. A empresa
inabilitada, estando em conformidade com a Lei 8.666/93 poderá solicitar
65

recurso para melhor análise da comissão de licitação, onde esta lavra a ata e
anunciará nova data para a abertura dos envelopes de proposta. Porém, se
comprovado no momento que a proponente não respeitou os enunciados dos
itens impostos no edital, esta será inabilitada, não cabendo apresentação de
recurso e o envelope da proposta é devolvido devidamente lacrado para as
proponentes inabilitadas conforme fora entregue à comissão de licitação.
Após este procedimento, a comissão de licitação inicia a abertura dos
envelopes contendo as propostas de preço das empresas habilitadas. É
avaliada cada proposta apresentada. A comissão de licitação analisa as
conformidades de acordo com o edital e a empresa que apresentar a proposta
mais vantajosa torna-se vencedora. A comissão de licitação anuncia a empresa
vencedora e registra em ata a decisão que procedeu e todos os presentes e
integrantes da comissão de licitação assinam a ata, documentando e
registrando os procedimentos que foram adotados na licitação para homologar
a contratação da empresa vencedora.
A homologação é anunciada em diário oficial para conhecimento público
sobre o valor que será investido no objeto licitado e sobre a empresa
responsável para a execução do empreendimento.

4.10 Contratação da empresa vencedora

A empresa, após a homologação, assinará o contrato de prestação de


serviços emitido pela prefeitura em duas vias de igual teor, permanecendo uma
via com a empresa e outra com o órgão público, estando estas devidamente
rubricadas em todas as folhas e assinadas pelo responsável competente da
prefeitura e pelo sócio administrador da empresa. É imprescindível a leitura de
cada item que compõe o contrato para esclarecer qualquer dúvida e analisar a
conformidade contratual, verificando os dados da empresa e se valor da
proposta está coerente. Já com o contrato em mãos, a empresa anexa todos
os documentos referente a este contrato como a garantia de cumprimento,
matrícula de Cadastro Específico do INSS (CEI), ordem de serviço emitido pela
prefeitura, ART, assim como o próprio edital, a planilha de proposta da
empresa, cronograma, memorial descritivo e outros documentos relacionados à
obra.
66

4.11 Início da obra

O início da obra é realizado a partir do momento em que a contratante


emite a ordem de serviço, autorizando o início da construção do
empreendimento. Com a ordem de serviço em mãos, a empresa solicita junto
ao CREA a emissão da Anotação de Responsabilidade Técnica (ART) onde o
engenheiro da empresa assume o compromisso de sua responsabilidade para
realização da obra em documento formalizado, com sua assinatura e
assinatura da contratante.

4.12 Conclusão da obra

A conclusão da obra está relacionada ao cronograma físico e este com o


prazo contratual e a empresa busca respeitá-lo para entregar a obra no prazo
determinado. Há casos em que não é possível entregar a obra dentro do
período estipulado por ocorrer situações de fenômeno natural como as chuvas
excessivas que impedem a execução dos serviços. Caso isso realmente
prejudique a finalização da obra no tempo determinado, a empresa documenta
e solicita a prorrogação do prazo justificando o motivo de atraso da conclusão
do empreendimento e a prefeitura julga se os argumentos apresentados para a
prorrogação do término da obra procedem. Sendo a solicitação aprovada, a
prefeitura emite um termo aditivo informando o novo prazo que a empresa
deverá cumprir e concluir a obra. Mas, se não houver justificativa legalmente
aceitável, a prefeitura indefere o pedido e a empresa é multada de acordo com
os requisitos contratuais.
Concluída a obra, a prefeitura fiscaliza os padrões e as conformidades
de entrega do empreendimento, confirmando a execução de acordo com as
exigências da contratante. Comprovada a regularidade, a contratante elabora
para a empresa o termo de recebimento definitivo da obra, que não torna
imune a empresa de reparar danos decorrentes da obra por um prazo de cinco
anos, conforme declaração de garantia pela solidez e segurança da obra
apresentada pela contratada.

4.13 Acervo técnico


67

Com o cumprimento do prazo determinado pela prefeitura constata-se a


garantia da obra, comprovando que o empreendimento seguiu as normas e
padrões de segurança da construção civil. Sendo assim, a empresa solicita um
atestado de conclusão de obra comprovando que a mesma realizou o
empreendimento de acordo com o firmado em contrato entre as partes,
demonstrando neste atestado os itens que foram cumpridos conforme
composto na planilha orçamentária. O atestado de conclusão de obra é emitido
em duas vias, em papel timbrado da prefeitura e com a assinatura do
engenheiro responsável da prefeitura que fiscalizou e acompanhou a obra,
sendo esta assinatura reconhecida em cartório.
Com o atestado, a empresa solicita o acervo técnico da obra junto ao
CREA, preenchendo o requerimento e efetuando o pagamento da taxa para a
aquisição do acervo.
O acervo técnico é o documento que comprova que a empresa e o seu
engenheiro responsável possuem capacidade técnica competente para
participar em futuras licitações.
Em concorrências públicas para execução de obras, o acervo técnico é
um documento essencial para a empresa ser qualificada e habilitada para a
realização do empreendimento, pois o mesmo comprova a capacidade de
execução de obras futuras.

4.14 Resultado da pesquisa

Com a realização da pesquisa, pode-se constatar a importância do


orçamento para o planejamento de execução de obra e instrumento necessário
para participação em licitação pública. O orçamento apresenta informações
importantes para a empresa desde que executado com clareza e com precisão.
O orçamentista pode realizar a composição de custos com o auxilio da
TCPO e outros meios como tabela SINAPI e comparando preços com seus
fornecedores.
A pesquisa contribuiu para esclarecer que uma empresa que seja
interessada em participar de processo licitatório, tenha chances para vencer é
necessário obter todas as informações para demonstrar a capacidade de
realização da obra. Além de dados que compõem o orçamento, o processo de
68

licitação é esclarecido pela lei de licitação instituída pela Lei Federal 8.666 de
21 de junho de 1993 e suas posteriores alterações, que é o manual de consulta
obrigatório a todos os interessados em concorrências públicas para ciência de
suas obrigações e direitos.
69

PROPOSTA DE INTERVENÇÃO

Com o aumento do poder de investimento do Governo, quando o mesmo


necessita aplicar recursos financeiros na área pública, verifica-se a
necessidade de mão e obra qualificada para a prestação de serviços no ramo
da construção civil. Para atendimento desta necessidade, o Governo efetua o
tramite de licitação, convocando empresas interessadas em apresentar
proposta para executar os serviços para a construção da obra necessária pelo
poder público contratante.
A empresa Alfini Engenharia e Construção Ltda. EPP, com o interesse
de participar em processo de licitação solicita junto ao Órgão Público o edital
que compõe todos os dados informativos do objeto a ser licitado, uma vez que
é imprescindível um estudo de todos os dados e auxiliam na análise da
viabilidade da realização do empreendimento.
Com base na pesquisa de campo realizada e descrita no capítulo IV
constatou-se que a empresa Alfini Engenharia e Construção Ltda. EPP através
das atividades de construção civil em geral possui capacidade de prestar
serviços em obras públicas, porém há um número significante de concorrentes
interessados na apresentação de proposta no processo de licitação.
Diante do exposto propõe-se:
Implantar um sistema que facilite a elaboração do orçamento, buscando
dar mais atenção aos insumos que apresentem maior impacto nos custos da
obra;
Manter um banco de dados de custos de materiais e mão de obra
atualizado para elaborar o orçamento a ser proposto, comparando com a
fornecida pela tabela de custos de obra apresentada pelo órgão público
contratante e a tabela fornecida por uma entidade especializada, atualmente
utilizada pela Alfini para elaboração do orçamento. Para isto, seria necessário
fazer um cadastro com vários fornecedores para a atualização destes valores.
Implantar uma gestão de custos da empresa para que seja possível
calcular o BDI de forma técnica, que auxilie a formação do preço final da obra,
que não comprometa a rentabilidade da empresa e que não seja tão alta que
prejudique a sua classificação no processo licitatório como vencedora.
70

Elaborar um controle de fluxo de caixa da empresa para facilitar a


administração das execuções das obras.
Qualificar o profissional responsável pela elaboração do orçamento.
71

CONCLUSÃO

Após a pesquisa elaborada, conclui-se que o orçamento é uma parte


fundamental da construção civil em qualquer processo de licitação de acordo
com a Lei 8.666/93, no qual o orçamento é realizado antes do início da obra, a
fim de mensurar os resultados até sua conclusão, contribuindo, assim, para a
tomada de decisão.
Ressalta-se que um bom orçamento não é obtido sem a elaboração de
um planejamento, que tem como uma de suas tarefas calcular os custos
através de informações apresentadas no edital e na visita técnica no local onde
será executada a obra.
O processo de licitação é utilizado pelos órgãos do Governo Federal,
Estadual e Municipal para a realização de compra de bens e serviços, sendo
que a grande parte das situações é exigida a licitação e que obrigatoriamente é
divulgada no Diário Oficial para as empresas interessadas. Nesta publicação, é
informado o tipo de licitação, o objeto a ser licitado e o local onde é
disponibilizado o edital completo.
A empresa interessada solicita o edital da licitação para obter
informações necessárias, a fim de avaliar os requisitos exigidos, analisando a
viabilidade de execução da obra e a elaboração dos trâmites para a
participação do processo de licitação.
O resultado desta pesquisa demonstra como o orçamento elaborado de
forma adequada pode ser um instrumento determinante para ter sucesso na
concorrência de um processo licitatório, pois apresenta os custos, tanto de
matérias como de mão de obra e a forma de retorno de tais custos, analisando
sempre as exigências para atendimento da prestação de serviços.
Portanto, o assunto deve ser constantemente atualizado e explorado,
buscando a evolução contínua na elaboração do orçamento. Sugere-se que
seja dada uma atenção especial à determinação do BDI, pois o mesmo
representa o retorno do resultado da empresa.
Diante do exposto, conclui-se que a elaboração correta do orçamento é
peça fundamental para o sucesso na participação de um processo licitatório.
72

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um plano estratégico com a utilização de planilhas Excel. 2ª ed. São Paulo:
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TISAKA, M. Orçamento na construção civil: consultoria, projeto e execução.


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______ Orçamento na construção civil: consultoria, projeto e execução. São


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2009. Monografia (Especialização em Construção Civil) – Escola de
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http://www.lamehousing.com.br/uploads/artigos/18042010_190858.pdf>
Acesso em 28 ago. 2012.
75

APÊNDICES
76

APÊNDICE A – Roteiro do Estudo de Caso

1 INTRODUÇÃO

O estudo de caso tem por objetivo principal analisar os critérios


utilizados para a elaboração do orçamento voltado para a construção civil e a
sua influência no processo de tomada de decisão. Serão descritos os métodos
e técnicas de pesquisa utilizados na coleta de dados, assim como as técnicas
de orçamentação utilizadas na empresa.

1.1 Relato do trabalho realizado referente ao assunto estudado

a) Descrição da importância do orçamento empresarial na construção


civil;
b) Análise do processo utilizado para a elaboração do orçamento e a sua
preparação;
c) Verificação dos critérios adotados para os procedimentos
estabelecidos na conclusão e fechamento da planilha orçamentária.

1.2 Discussão

Através da pesquisa será realizado um confronto entre a teoria e a


prática utilizada na empresa.

1.3 Parecer final sobre o caso e sugestões sobre a manutenção ou


modificações de procedimentos.
77

APÊNDICE B – Roteiro de Observação Sistemática

I IDENTIFICAÇÃO
Empresa:
Localização:
Ramo de Atividade:

II ASPECTOS A SEREM OBSERVADOS

1 Evolução da construção civil


2 Histórico da empresa
3 Obras públicas realizadas pela empresa
4 Orçamento empresarial
5 Lei das Licitações
6 Critérios de propostas orçamentárias
7 Tabelas de Composições de Preços para Orçamentos (TPCO)
78

APÊNDICE C – Roteiro entrevista para o orçamentista

I IDENTIFICAÇÃO

Profissão:
Escolaridade:
Experiência Profissional:

II PERGUNTAS ESPECÍFICAS

1 Em seu ponto de vista qual a definição para Orçamento?


...............................................................................................................................
...............................................................................................................................

1 Quais são as etapas para a elaboração de orçamento?


...............................................................................................................................
...............................................................................................................................

2 Qual o tipo de orçamento utilizado pela empresa?


...............................................................................................................................
...............................................................................................................................
79

APÊNDICE D – Roteiro entrevista para o engenheiro civil

I IDENTIFICAÇÃO

Profissão:
Escolaridade:
Experiência Profissional:

II PERGUNTAS ESPECÍFICAS

1 Qual a importância da visita técnica no local da obra?


...............................................................................................................................
...............................................................................................................................

2 Qual a funcionalidade da identificação dos serviços a serem realizados?


...............................................................................................................................
...............................................................................................................................

3 Qual a essência da composição dos projetos?


...............................................................................................................................
...............................................................................................................................

4 A necessidade das especificações técnicas estabelece informação


qualitativa ou quantitativa?
...............................................................................................................................
...............................................................................................................................

5 O orçamento na construção civil é o fator primordial para a tomada de


decisão?
...............................................................................................................................
...............................................................................................................................
80

APÊNDICE E – Roteiro entrevista para o administrador

I IDENTIFICAÇÃO

Profissão:
Escolaridade:
Experiência Profissional:

II PERGUNTAS ESPECÍFICAS

1 É importante definir as especificações técnicas para a elaboração do


orçamento?
...............................................................................................................................
...............................................................................................................................

2 A empresa utiliza-se de programa específico para a elaboração do


orçamento?
...............................................................................................................................
...............................................................................................................................

3 Na composição do orçamento, quais são as dificuldades e as


facilidades?
...............................................................................................................................
...............................................................................................................................

4 Quais os aspectos necessários para a elaboração do orçamento?


...............................................................................................................................
...............................................................................................................................

5 O orçamento é um fator primordial para a tomada de decisão?


...............................................................................................................................
...............................................................................................................................
81

APÊNDICE F – Roteiro entrevista para o contador

I IDENTIFICAÇÃO

Profissão:
Escolaridade:
Experiência Profissional:

II PERGUNTAS ESPECÍFICAS

1 Qual a importância do orçamento no ramo da construção civil?


...............................................................................................................................
...............................................................................................................................

2 Como são determinados os custos indiretos no planejamento


orçamentário?
...............................................................................................................................
...............................................................................................................................

3 Qual o papel do contador na elaboração do orçamento?


...............................................................................................................................
...............................................................................................................................

4 O orçamento é um instrumento de controle de custo?


...............................................................................................................................
...............................................................................................................................

5 Quais as recomendações básicas em relação ao planejamento


orçamentário?
...............................................................................................................................
...............................................................................................................................
82

APÊNDICE G – Roteiro entrevista para o servido público

I IDENTIFICAÇÃO

Profissão:
Escolaridade:
Experiência Profissional:

II PERGUNTAS ESPECÍFICAS

1 Como é avaliada a necessidade de abertura de licitação, tendo como


objeto a execução de construção civil?
...............................................................................................................................
...............................................................................................................................

2 Quais os critérios de habilitação da empresa e formas de aprovação da


proposta apresentada?
...............................................................................................................................
...............................................................................................................................

3 Qual o objetivo da Lei Federal nº 8666/93 e a sua importância para o


Governo?
...............................................................................................................................
...............................................................................................................................

4 De acordo com a Lei 8.666/93, qual o critério para julgamento da


proposta para obras e serviços de engenharia?
...............................................................................................................................
...............................................................................................................................
83

ANEXOS
84

ANEXO A – Diário Oficial.


85

ANEXO B – Edital Tomada de Preço 003/2011 da Prefeitura Municipal de Lins.

PREFEITURA MUNICIPAL DE LINS


TOMADA DE PREÇOS Nº. 009/2010
PROCESSO Nº. 108/2010

A PREFEITURA MUNICIPAL DE LINS, Estado de São Paulo, através de sua Comissão


Permanente de Licitação e Cadastro de Fornecedores, torna público, para conhecimento dos
interessados, que se encontra aberta licitação na modalidade TOMADA DE PREÇOS nº.
009/2010 – Processo Administrativo nº. 108/2010, para a contratação de empresa para
construção de uma Unidade de Saúde da Família no bairro Jardim Tangará, conforme
memorial descritivo, planilha orçamentária e cronograma físico-financeiro constantes no
Caderno de Licitação desta Tomada de Preços.

MODALIDADE DE LICITAÇÃO: Tomada de Preços;

TIPO DE LICITAÇÃO: Menor Preço Global;

REGIME DE EXECUÇÂO: Empreitada global por preços unitários


RECEBIMENTO DOS ENVELOPES E INÍCIO DA SESSÃO: às 14:30 horas do dia 24 de setembro de
2010;

LOCAL DE RECEBIMENTO DOS ENVELOPES: Divisão de Licitações desta Prefeitura, à Rua Olavo
Bilac nº 640, Sala 17, Lins – SP.

FUNDAMENTO LEGAL: Lei Federal nº. 8.666/93, atualizada pelas Leis nº.s 8.883/94, 9.032/95,
9.648/98 e 9.854/99, demais normas aplicáveis à matéria ou pertinentes ao objeto desta
licitação.

O interessados poderão retirar o edital completo na Divisão de Licitação desta


Prefeitura, no horário das 12:00 às 18:00 horas, de segunda a sexta-feira, mediante
recolhimento por guia ou depósito na conta nº 06-20009-1 da Caixa Econômica Federal –
Agência 0318, da importância da R$ 69,25 (sessenta e nove reais e vinte e cinco centavos)
conforme decreto nº 8.070 de 17/10/2008.
Os interessados que solicitarem o edital por e-mail (licitacao@lins.sp.gov.br), ou o
retirarem no site da Prefeitura Municipal de Lins (www.lins.sp.gov.br), estarão isentos do
pagamento da taxa de expediente mencionada acima.

ESCLARECIMENTOS: Esclarecimentos sobre esta licitação poderão ser obtidos na Divisão de


Licitações, rua Olavo Bilac, nº 640, pelo telefone/fax (14) 3533-7000 ramal 7039. As dúvidas a
serem dirimidas por telefone serão somente aquelas de ordem estritamente informal.
Caso o proponente não solicite esclarecimentos, pressupor-se-á que os elementos
fornecidos são suficientemente claros e precisos, não cabendo portanto, qualquer reclamação
posterior.
86

1. DO OBJETO

1.1. É objeto desta licitação a contratação de empresa para construção de uma Unidade de
Saúde da Família no bairro Jardim Tangará, conforme memorial descritivo, planilha
orçamentária e cronograma físico-financeiro constantes no ANEXO III deste Edital.

2. DO PRAZO

2.1. O prazo para o início das obras e dos serviços será de 05 (cinco) dias corridos, contados a
partir da expedição da ordem de serviço e o de conclusão de até 04 (meses), a contar do início
dos serviços.

2.2. A vigência contratual será de 09 (nove) meses.

3. DAS CONDIÇÕES DE MEDIÇÕES E PAGAMENTOS

3.1. As medições serão feitas com base na quantidade de serviços executados e considerando
os preços unitários da planilha de preços da proposta da CONTRATADA.

3.2. As medições serão apresentadas mensalmente pela CONTRATADA através de


correspondência e Planilha Orçamentária.

3.3. As medições serão conferidas e liberadas pelo Setor de Projetos e Obras Civis da Prefeitura
Municipal de Lins até o 2º (segundo) dia útil após sua apresentação.

3.4. Os pagamentos referentes às medições serão efetuados até o 5º (quinto) dia, contados a
partir da data da sua liberação do Setor de Projetos e Obras Civis da Prefeitura de Lins e da
Secretaria de Economia e Planejamento do Estado de São Paulo, observadas as cláusulas
contratuais a respeito, mediante ordem bancária.

3.5. O contrato não poderá sofrer qualquer tipo de alteração em seu valor, ressalvadas as
hipóteses previstas no artigo 65 da Lei Federal 8.666/93.

3.6. Não serão aceitas propostas com exigências de pagamento antecipado ou sem a devida
contra-prestação do serviço e ainda não serão levadas em consideração quaisquer ofertas que
não se enquadrem nas especificações exigidas. Não se admitirá proposta que apresente preços
unitários simbólicos, irrisórios ou de valor zero ou incompatíveis com os preços dos insumos e
salários de mercado, acrescidos dos respectivos encargos, ainda que o ato convocatório da
licitação não estabeleça limites mínimos para os mesmos.

3.7. A CONTRATADA deverá, com base no artigo 71, § 2º da Lei Federal nº. 8.666/93,
comprovar o recolhimento prévio das contribuições previdenciárias incidentes sobre a
remuneração dos segurados, incluídas em Nota Fiscal-Fatura correspondente aos serviços
executados, quando do pagamento da referida nota.

4. DOS RECURSOS ORÇAMENTÁRIOS

4.1. Os recursos orçamentários encontram-se previstos na seguinte rubrica da despesa,


constante do orçamento para o exercício de 2010: Construção de uma USF no Jardim Tangará
02.03.02.4.4.90.51.10.301.0126-1.460 Fichas 592 e 593.

5. DA VISITA TÉCNICA
87

5.1. O proponente deverá participar da visita técnica aos locais em que os serviços serão
realizados, a fim de se inteirar de todas as condições técnicas e operacionais para a execução
dos serviços.
Nesta visita, o proponente deverá se fazer representar por meio de seu profissional
responsável técnico, que deverá se apresentar, com o documento comprobatório de sua
inscrição no CREA como responsável técnico da empresa licitante.
A fim de cumprir o disposto nesta cláusula, o interessado deverá participar de visita
técnica juntamente com o representante da Prefeitura de Lins a ser realizada nos dias 22 e 23
de setembro de 2010, tendo como ponto de encontro o Paço Municipal, situado na Rua Olavo
Bilac nº. 640, na sala da Secretaria de Obras (SUSOP), às 14:00 horas.
Aos participantes da visita técnica será fornecido atestado o qual deverá ser anexado
nos documentos de habilitação.
Aos participantes do certame será exigida declaração formal de que tem pleno
conhecimento dos locais e das condições técnicas e operacionais para a execução da obra e
que examinaram e concordam com a documentação técnica apresentada, conforme ANEXO
VIII, que deverá ser juntada no Envelope Nº. 1 – Documentos de Habilitação, bem como o
Atestado de Visita Técnica a ser entregue aos participantes nos termos desta cláusula.

6. DAS CONDIÇÕES PARA PARTICIPAÇÃO

6.1. Serão consideradas em condições de participação nesta licitação, as empresas


devidamente cadastradas junto a esta Prefeitura até o terceiro dia anterior à data marcada
para abertura dos envelopes, que atenderem os requisitos do presente edital e apresentarem
a documentação abaixo no envelope 01 – DOCUMENTAÇÃO PARA HABILITAÇÃO:

a) Certificado de Registro Cadastral (CRC) emitido pela Prefeitura Municipal de Lins


dentro do prazo de validade, sendo que os documentos que por ventura estiverem vencidos
deverão ser juntados no envelope nº. 1 – Documentação.

b) Atestado de Visita Técnica nos termos da Cláusula 5 do Edital.

c) Declaração formal de que tem conhecimento dos locais e dos serviços que serão
executados, e que examinou o Memorial Descritivo, a planilha de preços estimativos e demais
anexos, não existindo nenhuma falha nos mesmos, concordando assim com estes documentos
na sua íntegra, conforme ANEXO VIII.

d) Declaração firmada pelo licitante acerca da estrita observância do art. 7º., XXXIII, da
Constituição Federal conforme ANEXO VI, sendo que a eventual revelação da infringência à
regra acarretará imediata inabilitação ou desclassificação do certame, conforme a fase em que
ela se encontre.

6.2. O licitante caracterizado como Micro-Empresa (ME) ou Empresa de Pequeno Porte (EPP)
que desejar utilizar os direitos conferidos pelos Artigos 42 a 46 da Lei Complementar 123/06,
deverá apresentar declaração conforme ANEXO IX atestando que se enquadra na situação de
ME ou EPP e que inexistem fatos supervenientes que conduzam ao seu desenquadramento
desta situação. Este declaração deverá ser apresentada no Envelope nº. 1 – Documentos de
Habilitação.

6.3. Nas certidões a serem apresentadas nesta licitação, na hipótese de não constar prazo de
validade nas mesmas, a PREFEITURA aceitará como válidas as expedidas até 90 (noventa) dias
imediatamente anteriores à data da apresentação das propostas.
88

7. DAS RESTRIÇÕES DE PARTICIPAÇÃO

7.1. Encontram-se impedidos de participar do presente certame os interessados que:

7.1.1. estejam cumprindo as sanções dos incisos III e IV do Artigo 87 da Lei Federal nº
8.666/93, com suas alterações posteriores.

7.1.2. estejam sob o regime de falência decretada após o trânsito em julgado;

7.1.3. que funcionem sob regime de consórcio ou grupo de empresas nacionais ou estrangeiras
com sub-contratação ou formas assemelhadas;

7.1.4. que, entre os dirigentes, gerentes, acionistas ou detentores de mais de 5% (cinco por
cento) do capital com direito a voto ou controladores, responsáveis técnicos ou sub-
contratados, haja alguém que seja dirigente, funcionário ou servidor público do órgão licitante.

7.2. Os impedimentos acaso existentes deverão ser declarados pela empresa licitante, sob
pena de responsabilidade administrativa e penal cabíveis, conforme legislação vigente.

8. APRESENTAÇÃO DOS ENVELOPES E ABERTURA DA LICITAÇÃO

8.1. Para participar da presente Tomada de Preços na condição de licitante, deverá o


interessado entregar, na Divisão de Licitações da Prefeitura Municipal de Lins, no edifício do
Paço Municipal, sito à Rua Olavo Bilac nº 640, Sala 17 – Centro, em Lins, estado de São Paulo,
até dia 24 de setembro de 2010, até as 14:30 horas, os envelopes com a documentação de
habilitação e proposta comercial, rubricados e assinados pelo representante ou preposto
autorizado a representar o licitante por ocasião da abertura dos envelopes, facultada a entrega
dos mesmos na própria sessão de abertura.

8.1.1. Para maior facilidade e transparência na execução dos trabalhos, a Comissão solicita que
os licitantes encaminhem o conteúdo dos envelopes com folhas numeradas, com índice, na
ordem do edital e com termo de encerramento com o total de folhas.

8.2. Envelope nº 01 – “DOCUMENTAÇÃO PARA HABILITAÇÃO”.

8.2.1. A documentação para habilitação deverá ser apresentada em uma via, em envelope
fechado e indevassável, com a identificação da empresa proponente, rubricado no fecho,
contendo em destaque:

PREFEITURA MUNICIPAL DE LINS


COMISSÃO PERMANENTE DE LICITAÇÃO
REF.: TOMADA DE PREÇOS Nº 009/2010
DATA DE ABERTURA: 24/09/2010
ENVELOPE Nº 01 – DOCUMENTAÇÃO PARA HABILITAÇÃO

Este envelope conterá toda documentação exigida na cláusula 6, que será aceita no
original ou por qualquer processo de cópia autenticada por cartório competente ou por
publicação em órgão de imprensa pública ou por servidor desta administração municipal.

8.3. Envelope nº 02 – “PROPOSTA COMERCIAL”


89

8.3.1. A proposta comercial deverá ser apresentada em envelope fechado e indevassável, com
a identificação da empresa proponente, rubricado no fecho, contendo em destaque:

PREFEITURA MUNICIPAL DE LINS


COMISSÃO PERMANENTE DE LICITAÇÃO
Ref.: TOMADA DE PREÇOS Nº 009/2010
DATA DA ABERTURA: 24/09/2010
ENVELOPE Nº 02 – PROPOSTA COMERCIAL

8.3.2. A proposta comercial deverá ser apresentada em uma via, em impresso próprio,
contendo o número da Tomada de Preços, o CNPJ, endereço, razão social da empresa
proponente, datilografada ou impressa, sem rasuras, emendas, entrelinhas ou ressalvas,
datada e assinada por pessoa com poderes para tanto, devendo conter:

8.3.2.1 – Valor global dos serviços, discriminando o valor dos materiais e o valor da mão-de-
obra;

8.3.2.2 – Prazo de validade da proposta, que deverá ser de no mínimo 60 (sessenta) dias
corridos, a contar da data de abertura do envelope nº. 01 “DOCUMENTAÇÃO PARA
HABILITAÇÃO”, devendo este prazo constar obrigatoriamente na proposta;

8.3.2.3 – Prazo de observação da obra de 90 (noventa) dias após o recebimento provisório,


para que a mesma possa ser recebida definitivamente;

8.3.2.4 – Condições de pagamento, conforme item 3.

8.3.3. Deverá conter ainda:

8.3.3.1 – a planilha de orçamento, com colunas referentes a quantidades ofertadas, preço


unitário e total de cada item e total geral do orçamento, expressos em moeda corrente
nacional;

8.3.3.2 – cronograma físico-financeiro do objeto licitado;

8.3.3.3 – declaração de garantia dos serviços executados pelo período de 05 (cinco) anos,
conforme item 9;

8.3.3.4 – Para agilizar o andamento dos trabalhos, o licitante poderá indicar o nome,
nacionalidade, estado civil, profissão, cargo ou função exercida, CPF/MF, cédula de identidade
e domicílio da pessoa que irá assinar o contrato, no caso da empresa ser julgada vencedora,
bem como os dados bancários para crédito dos pagamentos, sendo: nome do banco, nome e
número da agência, cidade da agência, tipo e número da conta

8.4. Os envelopes entregues na forma do item 8.2, serão abertos às 14:30 horas do dia 24 de
setembro de 2010, pela Comissão Permanente de Licitações, em sessão pública específica para
este fim.

9. DA GARANTIA DO SERVIÇO

9.1. O licitante deverá apresentar no Envelope PROPOSTA COMERCIAL, declaração de garantia


dos serviços executados pelo período de 05 (cinco) anos, nos termos do novo Código Civil
Brasileiro, independentemente do Termo de Recebimento Definitivo, ficando a Adjudicatária
90

responsável, neste período, pela solidez e segurança da obra, sendo obrigada a reparar,
corrigir, remover, reconstruir, as suas expensas, no total ou em parte, os serviços executados,
toda vez que forem apontados vícios ou irregularidades pelo Município, contados da data do
recebimento definitivo do objeto contratado.

10. DO CREDENCIAMENTO E ENTREGA DOS ENVELOPES

10.1. Entrega da documentação de credenciamento e dos envelopes da documentação de


Habilitação e da Proposta Comercial:

10.1.1. os envelopes nº. 01 e nº. 02, concernentes aos DOCUMENTOS DE HABILITAÇÃO e


PROPOSTA COMERCIAL, respectivamente, deverão ser entregues, na Divisão de Licitação, que
os receberá no local, até a data e hora e nas condições estabelecidas no preâmbulo deste
edital;

10.1.2. o documento relativo ao credenciamento, de 01 (um) representante por empresa,


convidado a participar da sessão pública da licitação, deverá ser entregue à Comissão
Permanente de Licitações, acompanhado de documento que identifique o credenciado, diretor
ou sócio proponente, ou preposto, devendo, no caso de prepostos, mencionar os poderes a
que está investido, sendo que para desistência de interposição de recursos, tal poder deverá
ser expresso;

10.1.2.1 – o documento de credenciamento será retido pela Comissão de Licitação e juntado


ao processo licitatório;

10.1.2.2 – o documento relativo ao credenciamento deverá ser apresentado em original ou por


qualquer processo de cópia, desde que autenticado por cartório competente ou por
publicação em órgão de imprensa pública ou por servidor da administração municipal.

11. DO PROCESSAMENTO DA LICITAÇÃO

11.1. A presente Tomada de Preços será processada e julgada de acordo com procedimento
estabelecido pelo artigo 43 da Lei nº. 8.666/93 e suas alterações, conforme abaixo descrito:

11.1.1. abertura dos envelopes DOCUMENTAÇÃO:

11.1.1.1 – uma vez abertos os envelopes da “DOCUMENTAÇÃO” não serão admitidos


proponentes retardatários e nem serão permitidas quaisquer retificações ou inclusões de
documentos;

11.1.1.2 – os documentos contidos nos envelopes nº. 01 DOCUMENTAÇÃO serão examinados


e rubricados pelos membros da Comissão, bem como pelos proponentes ou seus
representantes credenciados;

11.1.1.3 – qualquer manifestação feita durante a fase de abertura dos envelopes nº. 01
DOCUMENTAÇÃO, será através de pessoa devidamente credenciada pela empresa
proponente, e inserida em ata assinada pelos membros da Comissão de Licitações e pelo
proponente ou seu credenciado;

11.1.1.4 – os envelopes contendo a “PROPOSTA COMERCIAL” de empresas inabilitadas ficarão


à disposição das mesmas após o transcurso dos prazos de recurso e a publicação do resultado
no Diário Oficial do Município;
91

11.1.1.5 – a Comissão, ou autoridade superior, na forma da Lei, poderá em qualquer fase da


licitação promover diligências destinadas a esclarecer ou complementar a instrução do
processo;

11.1.1.6 – A PREFEITURA MUNICIPAL DE LINS reserva-se o direito de revogar a licitação em


face de fato superveniente devidamente comprovado e pertinente, ou anulá-la, por razões de
ilegalidade, ou motivadamente rejeitar todas as propostas, sem que caiba aos participantes,
direito a qualquer indenização, salvo os casos previstos em lei, respeitando sempre o interesse
público;

11.1.2. Critérios para julgamento da documentação:

11.1.2.1 – Serão inabilitados para a presente licitação os participantes que:

11.1.2.1.1. apresentarem documentação incompleta ou com borrões, rasuras, entrelinhas,


cancelamentos em partes essenciais, sem a devida ressalva;

11.1.2.1.2. não atenderem ou não preencherem as condições exigidas neste edital.

11.1.2.2 - Se o licitante caracterizado como ME ou EPP apresentar documentação referente à


REGULARIDADE FISCAL com restrições e/ou problemas, esse fato não impedirá sua
habilitação, que será feita condicionalmente. Caso esse licitante venha a ser declarado
vencedor do certame, lhe será assegurado o prazo de 2 (dois) dias úteis, prorrogável por igual
período, para a regularização da documentação. A não regularização da documentação no
prazo estipulado, implicará na decadência do direito à contratação, sem prejuízo das sanções
aplicáveis previstas na Lei Federal nº.8666/93 e suas posteriores alterações.

Observação importante: O licitante caracterizado como ME ou EPP que tiver problemas com
a documentação referente à REGULARIDADE FISCAL e quiser se beneficiar com o acima
descrito, deverá apresentar TODA a documentação solicitada, mesmo que ela apresente
restrições e/ou problemas.

11.1.2.3 – se todos os proponentes forem inabilitadas, a PREFEITURA poderá fixar o prazo de


08 (oito) dias úteis para apresentação de nova documentação, escoimada da causa que
ensejou a inabilitação.

11.1.3. Abertura do envelope PROPOSTA COMERCIAL:

11.1.3.1 – os envelopes “PROPOSTA COMERCIAL” das proponentes habilitadas, serão abertos


pela Comissão no mesmo local mencionado no preâmbulo do edital, após o resultado da fase
de habilitação, se houver desistência expressa de interposição de recursos por parte de todos
os licitantes, ou de decorrido o prazo para interposição ou julgados os recursos e com data e
horário comunicados através da imprensa oficial:

11.1.3.2 – uma vez abertas as propostas não serão admitidas quaisquer providências
posteriores tendentes a sanar falhas ou omissões que as ofertas apresentarem em relação às
exigências e formalidades previstas neste edital;

11.1.3.3 – as propostas serão examinadas e rubricadas pelos membros da Comissão, bem


como pelos proponentes ou seus representantes credenciados presentes.
92

11.1.3.4 – qualquer manifestação feita durante a fase de abertura do envelope nº. 02


PROPOSTA COMERCIAL, será através da pessoa devidamente credenciada pela empresa
proponente, devendo toda e qualquer declaração pertinente constar da ata que será assinada
pelos membros da Comissão de Licitações e pelos proponentes;

11.1.3.5 – a Comissão Permanente de Licitação e Cadastro de Fornecedores, designada pela


autoridade competente na forma do disposto no artigo 51, caput, da Lei Federal nº. 8.666/93,
procederá à classificação das propostas dos licitantes habilitados, julgando pelo critério do
menor preço global;

11.1.4. Critérios para julgamento da PROPOSTA COMERCIAL:

11.1.4.1 – desclassificação:

11.1.4.1.1. serão desclassificadas as propostas comerciais que:

a) estiverem em desacordo com edital;

b) não estiverem assinadas pelo representante legal da empresa;

c) apresentarem preços manifestamente inexeqüíveis, verificados de acordo com o disposto


no § 1º do artigo 48 da Lei Federal nº. 8.666/93 e pela Lei nº . 9.648/98, obedecidas as
condições do § 2º do mesmo dispositivo;

11.1.4.1.2. se todas as propostas comerciais forem desclassificadas, a PREFEITURA poderá fixar


aos licitantes o prazo de 08 (oito) dias úteis para apresentação de outra, escoimada da causa
que ensejou a desclassificação.

11.1.4.2 – classificação:

11.1.4.2.1. após o exame das propostas comerciais, a Comissão fará a classificação, levando
em conta exclusivamente o menor preço global das que atendam integralmente o Edital:

a) será classificada em 1º lugar a empresa que tiver apresentado o menor preço global e as
demais, sequencialmente, na ordem crescente de seus respectivos preços globais.

b) No caso de empate entre propostas, estará assegurado, como critério de desempate,


preferência de contratação para as ME e EPP pela aplicação da Lei Complementar 123/06 a
qual qualifica como empate quando a proposta apresentada por ME ou EPP for igual ou até
10% (dez por cento) superior à proposta mais bem classificada (desde que a proposta mais
bem classificada não seja ME ou EPP). Ocorrendo o empate, a ME ou EPP poderá apresentar
proposta de preço inferior àquela. Isto ocorrendo, a ME ou EPP será declarada vencedora do
Certame. Aplicam-se, nesses casos, as determinações dos Artigos 44 e 45 da Lei Complementar
123/06.

c) No caso de empate entre vencedores e nenhum deles for ME ou EPP, o desempate se fará
por sorteio o qual será realizado em ato público convocando-se previamente as empresas
empatadas.

11.1.4.3 – da adjudicação:
93

11.1.4.3.1. o objeto da licitação será adjudicado à empresa que tiver sua respectiva proposta
comercial classificada, obedecida à ordem de classificação.

11.1.5 – Dos termos de renúncia:

11.1.5.1 – Os licitantes poderão abrir mão dos prazos para recursos de que tratam as alíneas
“a” e “b” do inciso I, do artigo 109 da Lei Federal nº. 8.666/93 através de:

a) fax, ou

b) comunicação direta à Comissão, via representantes presentes à reunião, lavrada em ata; ou

c) termos de renúncia assinados por representante legal da empresa

12. DA DIVULGAÇÃO

12.1. A divulgação dos atos decorrentes deste procedimento licitatório, tendo como princípio a
sua publicidade, será feita por:

a) fax, com confirmação do recebimento, ou

b) comunicação direta aos interessados, via representantes presentes à reunião, lavrada em


ata; ou

c) publicação no Diário Oficial do Estado e da União e em jornal local na forma da Lei.

12.2. Os atos objeto de divulgação são os relativos à habilitação ou inabilitação de licitação,


desclassificação ou classificação de propostas comerciais, resultado do certame, anulação ou
revogação da licitação e demais ocorrências que afetem o desenrolar do processo, e possam
influir na isenção dos procedimentos.

13. DA CONVOCAÇÃO E DO CONTRATO

13.1. A Adjudicatária deverá assinar o contrato dentro de 03 (três) dias da convocação feita
pela PREFEITURA.

13.2. A PREFEITURA convocará a Adjudicatária para assinar o contrato, que deverá fazê-lo no
prazo e nas condições estabelecidas, sob pena de decair do direito de contratação e incidir na
multa de 10% (dez por cento) sobre o valor total de sua proposta comercial, além de sujeitar-
se a outras sanções previstas nas Leis Federais 8.666/93 e 8.883/94.

13.3. Quando a Adjudicatária não assinar o contrato no prazo e condições estabelecidas, é


facultado à PREFEITURA convocar as outras proponentes na ordem de classificação para fazê-
lo, com igual prazo e condições da proposta comercial vencedora, ou ainda revogar a licitação
independentemente da cominação prevista no art. 81 da Lei Federal 8.666/93 e item 13.2
deste edital.

13.4. A licitação poderá ser revogada mesmo após a adjudicação, sem qualquer ônus ou
responsabilidade à PREFEITURA em casos de inconveniência ou inoportunidade administrativa.

13.5. A Adjudicatária é obrigada a aceitar nas mesmas condições contratuais, os acréscimos ou


supressões que se fizerem nas obras até 25% (vinte e cinco por cento) do valor inicial
94

atualizado do contrato, mediante aditamento contratual de acordo com artigo 65, § 1º da Lei
Federal nº. 8666/93.

13.6. A PREFEITURA, em todo tempo e sem qualquer ônus ou responsabilidades para si,
independentemente de ação, notificação ou interpelação judicial, poderá, sem prejuízo das
demais penalidades aplicáveis à contratada, rescindir o contrato, baseada nas Leis Federais
8.666/93 e 8.883/94, respeitando o princípio contraditório e ampla defesa.

14. DA GARANTIA E SANÇÕES

14.1. Será exigida a prestação de garantia de cumprimento de contrato, a ser ulteriormente


celebrado com a empresa vencedora desta licitação, no valor de 5% (cinco por cento) do valor
total do contrato, conforme Parágrafo 2º do Artigo 56, da Lei Federal nº. 8.666/93 e suas
alterações posteriores, podendo o licitante optar por uma das seguintes modalidades:
CAUÇÃO EM DINHEIRO, TÍTULO DA DÍVIDA PÚBLICA, SEGURO GARANTIA ou FIANÇA
BANCÁRIA.

14.1.1. No caso da garantia ser por meio de seguro garantia ou fiança bancária, o prazo
mínimo da garantia ofertada deverá ser de 9 (nove) meses.

14.2. A garantia deverá ser efetuada no prazo de 5 (cinco) dias úteis após notificação feita pela
PREFEITURA à empresa vencedora desta licitação.

14.3. A restituição da garantia prestada pela Contratada, somente será liberada após a
execução do contrato e o recebimento definitivo dos serviços pela PREFEITURA.

14.4. Caso o pagamento da garantia prestada seja efetuado em dinheiro, o recolhimento far-
se-á por guia própria, vinculada em conta especial remunerada, em agência bancária a critério
da PREFEITURA.

14.5. O não cumprimento de quaisquer exigências contidas na legislação em vigor ou nas


condições contratuais pactuadas sujeitará a Contratada às penalidades e sanções previstas na
Lei Federal nº. 8.666/93 e suas alterações posteriores, artigos 86 a 88, em especial:

14.5.1. Advertência, por escrito, sempre que verificadas irregularidades;

14.5.2. Multa de 5% (cinco por cento) sobre o valor da etapa ou etapas não concluídas nos
prazos pactuados.

14.5.3. Multa de 10% (dez por cento) sobre o valor da medição da etapa em execução, pelo
descumprimento de quaisquer das cláusulas deste Edital e do Contrato.

14.5.4. Multa de 10% (dez por cento) do valor do contrato pela rescisão contratual por
inexecução total ou parcial do contrato;

14.5.5. Perda parcial ou total da Caução no caso de paralisação dos serviços ou rescisão
contratual, em valor correspondente às penalidades aplicadas.

14.5.6. Suspensão temporária de participação em licitação e impedimento de contratar com a


Administração, por até 02 (dois) anos;

14.5.7. Declaração de inidoneidade para licitar e contratar com a Administração Pública


95

enquanto perdurarem os motivos determinantes da punição ou até que seja promovida a


reabilitação na forma da Lei, perante a própria autoridade que implicou a penalidade.

14.6. A multa de que trata o subitem 14.5.2. deste Edital somente poderá ser relevada, quando
os fatos geradores da penalidade decorrerem de casos fortuitos ou de força maior, que
independam da vontade da Contratada e quando aceitos, justifiquem o atraso.

14.7. Na hipótese de aplicação de multa, é assegurado à PREFEITURA o direito de optar pela


dedução do respectivo valor sobre qualquer pagamento a ser efetuado à empresa
CONTRATADA ou se não tiver saldo, inscrever na Dívida Ativa do Município.

14.8. A aplicação das sanções poderá ser sequencial e cumulativa, conforme o caso.

15. DA DIREÇÃO E FISCALIZAÇÃO

15.1. Os serviços de que trata o presente edital serão dirigidos por engenheiro com registro no
CREA, devendo o mesmo fazer parte do quadro permanente da empresa.

15.1.1. No prazo máximo de 5 (cinco) dias corridos contados da assinatura do contrato, a


empresa contratada deverá encaminhar à fiscalização do MUNICÍPIO DE LINS, cópia da guia de
recolhimento da ART (anotação de responsabilidade técnica) junto ao CREA-SP.

15.2. A fiscalização da PREFEITURA exercerá a mais ampla fiscalização e supervisão dos


trabalhos referentes ao objeto licitado, sem prejuízo da responsabilidade do licitante
contratado, designando para tanto engenheiro e/ou prepostos, devidamente credenciados,
aos quais caberá fiscalizar em todos os seus aspectos a execução dos mencionados trabalhos.

15.3. A fiscalização terá acesso a todas as etapas e dependências referentes às operações de


execução do objeto licitado, cabendo-lhe, ainda:

15.3.1. agir e decidir soberanamente perante a empresa contratada acerca da execução do


objeto licitado, inclusive rejeitando os trabalhos que estiverem em desacordo com o projeto
básico e proposta vencedora, com as normas de especificações ou com a melhor técnica
consagrada pelo uso;

15.3.2. ordenar a imediata retirada do local dos equipamentos e dos materiais rejeitados, no
máximo em 48 (quarenta e oito) horas, que possam dificultar a realização dos trabalhos
referentes ao objeto licitado ou à fiscalização feita;

15.3.3. notificar por escrito a empresa contratada e comunicar seus superiores acerca de todas
as ocorrências especificadas nos itens anteriores.

15.4. A Adjudicatária manterá, no local dos serviços, o diário de serviço ou diário de


ocorrência, com todas as folhas devidamente rubricadas pelo seu representante e pela
Fiscalização, onde serão registrados:

15.4.1. Pela Adjudicatária:

a) as condições prejudiciais ao andamento dos trabalhos;

b) as consultas à fiscalização;
96

c) as data de conclusão das etapas no cronograma aprovado;

d) os acidentes ocorridos no decurso do trabalho;

e) números de empregados presentes;

f) outros fatos que, a critério do responsável, devam ser anotados;

15.4.2. Pela Fiscalização:

a) veracidade dos apontamentos efetuados pela Adjudicatária;

b) soluções às condutas formuladas ou providências solicitadas;

c) juízos ou restrições a respeito do andamento da obra;

d) outros fatos que, a critério do responsável, devam ser anotados.

15.5. A Adjudicatária é obrigada a permitir a fiscalização dos materiais e da execução dos


serviços, além de facultar o acesso a todas as partes dos serviços contratados.

15.6. É assegurado à FISCALIZAÇÃO o direito de ordenar a suspensão dos serviços, sem


prejuízo das penalidades a que ficar sujeita a Adjudicatária e sem que esta tenha direito a
qualquer indenização, no caso de não ser atendida dentro de 48 (quarenta e oito) horas, a
contar da entrega da notificação correspondente, referente a defeito essencial em serviços
executados ou em material posto no canteiro de obra.

15.7. A Adjudicatária obriga-se a retirar dos locais dos serviços, imediatamente, após o
recebimento da notificação correspondente, qualquer empregado, tarefeiro, operário ou
subordinado seu que, a critério da FISCALIZAÇÃO, venha a demonstrar conduta nociva,
incapacidade técnica, ou mantiver atitude hostil para com os fiscais ou prepostos do
CONTRATANTE.

16. DO REAJUSTE

16.1. Não haverá reajuste de preço para o presente objeto, exceto no caso de desequilíbrio
econômico-financeiro, o qual deverá ser requerido e provado pelo CONTRATADO, em
conformidade com a legislação vigente.

17. DO PEDIDO DE ESCLARECIMENTOS

17.1. A proponente poderá solicitar esclarecimentos através de correspondência protocolada


no Setor de Protocolo da PREFEITURA MUNICIPAL DE LINS, aos cuidados da Comissão
Permanente de Licitação e Cadastro de Fornecedores.

17.2. As consultas de esclarecimentos poderão ser formuladas até 05 (cinco) dias úteis antes
da data final consignada para a entrega das propostas, devendo ser obrigatoriamente
respondidas;

17.3. Caso a proponente não solicite esclarecimentos dentro do prazo legal, pressupõe-se que
os elementos fornecidos são suficientemente claros e precisos, não cabendo, portanto,
qualquer reclamação posterior.
97

18. DOS RECURSOS ADMINISTRATIVOS

18.1. Dos atos da PREFEITURA praticados na presente Tomada de Preços, cabem os recursos
previstos no artigo 109 da Lei Federal nº. 8.666/93 os quais, se interpostos, deverão observar o
disposto nos incisos e parágrafos do mesmo artigo.

18.2. Os recursos deverão ser dirigidos ao Prefeito Municipal, protocolados no Setor de


Protocolo e Serviços Gerais da PREFEITURA, aos cuidados da Comissão Permanente de
Licitação e Cadastro de Fornecedores, em duas vias sendo a segunda via devolvida no ato,
como recibo.

18.3. Não serão considerados os recursos que se baseiem em aditamento ou modificações da


proposta, bem como sobre matéria já decidida em grau de recurso.

18.4. interposto o recurso, dele será dada ciência aos licitantes, que poderão impugná-lo no
prazo de 05 (cinco) dias úteis;
18.5. É vedada a apresentação de mais de um recurso sobre a mesma matéria pela mesma
empresa;

18.6. A decisão em grau de recurso será definitiva e dela dar-se-á conhecimento, por escrito,
aos interessados.

19. DAS CONDIÇÕES GERAIS

19.1. A contagem dos prazos estabelecidos neste edital, deverá, estritamente, obedecer às
disposições ao artigo 110, da Lei Federal nº. 8.666/93.

19.2. É facultada à Comissão ou Autoridade superior desta PREFEITURA, em qualquer fase da


licitação, a promoção de diligência, destinada a esclarecer ou complementar instrução do
processo licitatório, vedada a inclusão posterior de documento ou informação que deveria
constar originariamente na proposta.

19.3. Os proponentes responderão pela veracidade dos dados e declarações por eles
fornecidos, sob as penas da lei.

19.4. Não será permitida terceirização e a sub-empreitada do serviço, no todo ou em parte,


sem a expressa anuência da PREFEITURA.

19.5. Correrão por conta e risco da Adjudicatária todas as despesas, inclusive os encargos
trabalhistas, previdenciários, fiscais e comerciais resultantes da execução do contrato.

19.6. A CONTRATADA se obriga a tomar todas as precauções quanto a acidentes com seus
funcionários e terceiros em geral, fornecendo todos os equipamentos necessários,
sinalizações, respondendo também pelos terceiros contratados.

19.7. Até a assinatura do contrato, o licitante vencedor poderá ser desclassificado, se a


PREFEITURA tiver conhecimento de fato desabonador à sua habilidade jurídica, regularidade
fiscal, não apreciado pela Comissão, ou decorrente de fatos supervenientes, só conhecido após
o julgamento;
98

19.8. Ocorrendo a desclassificação do licitante vencedor por fatos referidos no item anterior
deste Edital, a PREFEITURA poderá convocar os licitantes remanescentes por ordem de
classificação, ou revogar a licitação;

19.9. Poderão ser constituídas comissões técnicas ou assessorias de livre escolha do Presidente
da Comissão, feitas para assessorar a Comissão Permanente de Licitações em qualquer etapa
do procedimento licitatório;

19.10. O licitante vencedor contratado deverá manter as condições de sua habilitação durante
toda a vigência contratual.

19.11. Os casos omissos neste Edital serão resolvidos pela Comissão.

19.12. Edital completo com todos os anexos poderá ser obtido diretamente na PREFEITURA
MUNICIPAL DE LINS, situada à Rua Olavo Bilac nº. 640, Sala 17, Centro, na cidade de Lins,
Estado de São Paulo, no horário das 12:00 às 18:00 horas, pelo valor de R$ 69,25 (sessenta e
nove reais e vinte e cinco centavos).

19.12.1 - Os interessados que solicitarem o edital por e-mail (licitacao@lins.sp.gov.br), ou


retirarem o edital no site da Prefeitura Municipal de Lins (www.lins.sp.gov.br), estarão isentos
do pagamento da taxa de expediente mencionada acima.

20. FAZEM PARTE DESTE INTEGRANTE DESTE EDITAL:

20.1. Minuta do contrato a ser firmado com a empresa vencedora;

20.2. Decreto nº 8.439, de 19 de janeiro de 2010, que constitui a Comissão Permanente de


Licitação e Cadastro de Fornecedores para o exercício de 2010;

20.3. Projeto, memorial descritivo, planilha orçamentária e cronograma físico-financeiro;

Para conhecimento público, expede-se o presente Edital, que é publicado por “Aviso de
Licitação”, na imprensa oficial do Estado, na imprensa regional e afixado no local de costume
no quadro de aviso de licitações do Paço Municipal.

Prefeitura Municipal de Lins – SP, 03 de setembro de 2010

WALDEMAR SÂNDOLI CASADEI


Prefeito Municipal
__________________________________________
CUSTÓDIO MARCELINO DE JESUS
Presidente da Comissão Permanente de Licitação e Cadastro de Fornecedores
Área solicitante: Secretaria Municipal de Urbanismo, Serviços e Obras Públicas

De acordo:_____________________________________________________
CLÁUDIA REGINA NUNES
Secretária Municipal de Saúde

Registrado na Secretaria Municipal dos Negócios Administrativos.


_________________________________________
JOSÉ ROBERTO ALVES DE OLIVEIRA
Secretário Municipal dos Negócios Administrativos
99
ANEXO C – Planilha Orçamentária da Prefeitura Municipal de Lins - 2011
PREFEITURA OBRA CONSTRUÇÃO POSTO DE SAÚDE 254,00 m²
MUNICIPAL DE LOCAL JARDIM TANGARA
LINS LOCAL RUA PEDRO AUGUSTO ARIANO N.º 220
BDI: 20,00%
CÓDIGO DESCRIÇÃO UNID. QUANT. R$ UNIT. SEM BDI COM BDI
1 Serviços preliminares
Limpeza e raspagem da área com
1.1 remoção de vegetação espessura 15 cm m² 1.379,15 0,49 675,78 810,94
Ligação provisória de água para obra e
1.2 instalação sanitária provisória unid. 1,00 299,93 299,93 359,92
1.3 Ligação provisória de energia para obra unid. 1,00 899,80 899,80 1.079,76
Locação da obra, e execução de
1.4 gabarito m² 254,00 5,67 1.440,18 1.728,22
1.5 Placa de obra 3,00 x 2,00 m m² 6,00 286,19 1.717,14 2.060,57
total do item 5.032,83 6.039,40
2 Terraplenagem
2.1 Corte e compensação m³ 415,00 4,46 1.850,90 2.221,08
total do item 1.850,90 2.221,08
3 Infra-estrutura
Estaca moldada in loco Ø 25 cm
3.1 profundidade 10,00 metros m 540,00 42,77 23.095,80 27.714,96
3.2 Forma de madeira para infra estrutura m² 101,40 25,22 2.557,31 3.068,77
Concreto estrutural dosado em central
3.3 FCK 20 mpa, inclusive lançamento m³ 7,60 387,44 2.944,54 3.533,45
Armadura de aço para estrutura geral
3.4 CA 50 kg 760,00 6,06 4.605,60 5.526,72
total do item 33.203,25 39.843,90
4 Superestrutura
4.1 forma de madeira para estrutura m² 174,40 35,11 6.123,18 7.347,82
Concreto estrutural dosado em central
4.2 FCK 20 mpa inclusive lançamento m³ 14,10 387,44 5.462,90 6.555,48
Armadura de aço para estrutura geral
4.4 CA 50 kg 1.410,00 6,06 8.544,60 10.253,52
Laje treliçada h = 8 cm recobrimento 4
4.5 cm m² 254,00 74,08 18.816,32 22.579,58
total do item 38.947,01 46.736,41
5 Alvenaria
Alvenaria de vedação com tijolo
cerâmico furado 9 x 19 x 19 cm
espessura da parede 9 cm junta de 12
5.1 mm, traço 1:2:8 m² 647,10 27,80 17.989,38 21.587,26
total do item 17.989,38 21.587,26
6 Cobertura
Cobertura telha romana, inclusive
madeiramento, cumeeira e rufo
emboçamento c/ argamassa cimento cal
6.1 e areia traço 1:2:8 m² 302,80 97,07 29.392,80 35.271,36
Cobertura em policarbonato espessura 8
6.2 mm com estrutura de alumínio m² 18,00 130,00 2.340,00 2.808,00
total do item 31.732,80 38.079,36
Revestimento parede interna, externa
7 e laje
Chapisco com argamassa de cimento e
7.1 areia traço 1:3 e = 5 mm m² 1.408,05 3,82 5.378,75 6.454,50
Emboço paulista massa única traço
7.2 1:2:9 m² 1.408,05 17,90 25.204,10 30.244,91
100
Azulejo 20 x 20 cm assentado com
cimento cola junta a prumo e
7.3 rejuntamento m² 389,10 34,70 13.501,77 16.202,12
total do item 44.084,62 52.901,54
8 Esquadria de madeira
Porta de madeira, interna colocação e
acab, folha batente, guarnição e
8.1 ferragem 0,90 x 2,10 unid. 18,00 383,66 6.905,88 8.287,06
Porta de madeira, interna colocação e
acab, folha batente, guarnição e
8.2 ferragem 0,60 x 2,10 unid. 2,00 235,30 470,60 564,72
total do item 7.376,48 8.851,78
9 Esquadria de ferro
Vitro em caixilho de ferro basculante de
9.1 1,00 x 1,00 m, colocação e acabamento m² 12,00 182,55 2.190,60 2.628,72
Vitro em caixilho de ferro basculante de
9.2 2,00 x 1,10 m, colocação e acabamento m² 19,80 238,44 4.721,11 5.665,33
Porta de ferro completa com 2 folhas de
aço reforçada lisa 0,90 x 2,10 colocação
9.3 e acab. m² 3,78 169,06 639,05 766,86
Porta de ferro completa com 2 folhas de
aço reforçada lisa 0,60 x 2,10 colocação
9.4 e acab. m² 2,52 169,06 426,03 511,24
Porta de ferro completa com 1 folha de
aço reforçada lisa 0,90 x 2,10 colocação
9.5 e acab. m² 1,89 208,00 393,12 471,74
total do item 8.369,91 10.043,89
10 Vidros
Vidro comum fantasia, colocação em
caixilho com , duas demãos de massa
10.1 e= 4 mm m² 31,70 83,93 2.660,58 3.192,70
total do item 2.660,58 3.192,70
11 Pintura geral
Emassamento de parede interna e laje
11.1 com massa corrida acrílica 2 demãos m² 622,92 11,85 7.381,60 8.857,92
Látex acrílica em parede interna e com
11.2 duas demãos m² 622,92 11,91 7.418,98 8.902,77
Emassamento de parede interna com
11.3 massa corrida a óleo com 2 demãos m² 93,80 12,24 1.148,11 1.377,73
Tinta óleo em parede interna em duas
11.4 demãos m² 93,80 7,89 740,08 888,10
Emassamento de portas com massa a
11.5 óleo 2 demãos m² 126,63 11,62 1.471,44 1.765,73
Tinta em esmalte em esquadria de
madeira com duas demãos sem massa
11.6 corrida m² 126,63 9,06 1.147,27 1.376,72
Pintura em esquadria metálica a esmalte
11.7 em duas demãos m² 76,90 16,10 1.238,09 1.485,71
Pintura externa com revestimento
texturizado de alta camada aplicada com
11.8 desempenadeira m² 277,43 10,53 2.921,34 3.505,61
total do item 23.466,91 28.160,29
12 Instalação elétrica
Pontos de tomada e pontos de
interruptor completo inclusive fiação e
12.1 eletroduto unid. 85,00 79,78 6.781,30 8.137,56
Ponto de tomada para telefone com
tomada para telefone caixa 4 x 2 com
placa, eletroduto de PVC e tomada e
12.2 fiação unid 4,00 99,27 397,08 476,50
12.3 Poste de concreto com padrão CPFL unid. 1,00 1.309,24 1.309,24 1.571,09
101
completo com entrada subterrânea e
entrada para telefone embutido em
alvenaria
Quadro de distribuição de força e luz
embutido em alvenaria c/ ate 24
12.4 disjuntores inclusive disjuntores unid. 1,00 496,76 496,76 596,11
Comando para ventilador inclusive caixa
12,.5 de ligação 4 x2" unid. 4,00 38,00 152,00 182,40
Ventilador de teto 220 v incl caixa de
12.6 ligação unid. 4,00 100,00 400,00 480,00
Luminária fluor completa c/ 1 lâmp de 20
w com reator eletrônico 220 V incl cx de
12.7 ligação unid. 3,00 46,40 139,20 167,04
Luminária fluor completa c/ 2 lâmp de 40
w com reator eletronico220 V, incl cx de
12.8 ligação unid. 36,00 75,44 2.715,84 3.259,01
Luminária fluo completa c/ 1 lâmp de 40
w com reator eletronico220 V, incl cx de
12.9 ligação unid. 4,00 53,91 215,64 258,77
Para raio de latão cromado , cobre
cromado ou aço inoxidável tipo franklin,
12.10 completo unid. 1,00 425,79 425,79 510,95
Luminária refletora simples c/ 1 lâmpada
vapor de sódio 250 w - completa e
poste de aço cônico reto com altura
livre de 9,00 m inclusive eletroduto e
12.11 fiação unid. 4,00 1.148,33 4.593,32 5.511,98
Aparelho de ar-condicionado 14000
12.12 BTUs unid. 1,00 1.954,00 1.954,00 2.344,80
12.13 Aparelho de ar-condicionado 7500 BTUs unid. 5,00 977,00 4.885,00 5.862,00
Tomada para ar condicionado caixa,
12.14 eletroduto, fiação e tomada unid. 6,00 132,83 796,98 956,38
total do item 25.262,15 30.314,58
13 Instalação hidridraulica
Cavalete de ferro d= 3/4"com abrigo
dimensões 0,65 x 0,85 x 0,30 padrão a
13.1 SABESP unid. 1,00 117,66 117,66 141,19
Tubo de PVC soldável marrom inclusive
13.2 conexões Ø 25 mm m 136,30 10,56 1.439,33 1.727,19
Tubo de PVC soldável marrom inclusive
13.3 conexões Ø 32 mm m 143,00 15,25 2.180,75 2.616,90
Registro de gaveta bruto Ø 1" inclusive
13.4 conexões unid. 2,00 51,70 103,40 124,08
Registro de pressão Ø 3/4" c canopla -
13.5 incl. Conexões unid. 2,00 55,34 110,68 132,82
Registro de gaveta c/ canopla Ø
13.6 3/4"inclusive conexões unid. 9,00 54,93 494,37 593,24
Torneira cromada 3/4" para jardim
13.7 padrão alto fornecimento e instalação unid. 2,00 56,58 113,16 135,79
13.8 Torneira bóia Ø 3/4" unid. 1,00 44,29 44,29 53,15
Reservatório retang. Brasulflex CRFS
13.9 capacidade de 1000 litros unid. 1,00 278,42 278,42 334,10
total do item 4.882,06 5.858,47
14 Metais, peças e acessórios
Bacia acoplada de louça branca c/
14.1 tampa e acessórios unid. 5,00 236,80 1.184,00 1.420,80
Bacia acoplada de louça branca c/
tampa e acessórios e barra de apoio em
14.2 duas paredes unid. 1,00 869,55 869,55 1.043,46
14.3 Ducha higiênica cromada unid. 1,00 287,88 287,88 345,46
Balcão de laminado melamínica com
14.4 divisória 1,25 x 0,40 m e divisórias unid. 1,00 678,57 678,57 814,28
102
Lavatório de louça cor branca s/ coluna
com torneira de ferro cromado válvula
de ferro cromado, e sifão de ferro
14.5 cromado unid. 4,00 124,95 499,80 599,76
14.6 Bebedouro elétrico 220 v unid. 1,00 688,04 688,04 825,65
14.7 Saboneteira de louça 7,5 x 15,00 cm unid. 2,00 28,98 57,96 69,55
14.8 Porta papel de louça unid. 6,00 34,62 207,72 249,26
Bancada de granito cinza andorinha
1,50 x 0, 54 m com 2 cuba de inox,
torneira de ferro, cromado Válvula
14.9 americana e sifão unid. 1,00 631,01 631,01 757,21
Bancada de granito cinza andorinha
1,90 x 0,54 m com cuba de louça, sifão
14.10 e torneira de ferro cromado unid 1,00 583,25 583,25 699,90
Bancada de granito cinza andorinha
1,20 x 0,54 m com cuba de louça, sifão
14.11 e torneira de ferro cromado unid 3,00 415,80 1.247,40 1.496,88
Bancada de granito cinza andorinha
2,00 x 0,54 m com cuba de louça, sifão
14.12 e torneira de ferro cromado unid 1,00 594,12 594,12 712,94
Bancada de granito cinza andorinha
2,40 x 0,54 m com cuba de louça, sifão
e torneira de ferro cromado válvula
14.13 americana e sifão unid 1,00 683,28 683,28 819,94
Bancada de granito cinza andorinha
2,40 x 0,54 m com 2 cubas de louça,
14.14 sifão e torneira de ferro cromado unid 1,00 831,62 831,62 997,94
Bancada de granito cinza andorinha
1,40 x 0,54 m com cuba de louça, sifão
14.15 e torneira de ferro cromado unid 1,00 460,39 460,39 552,47
Bancada de granito cinza andorinha
14.16 1,40 x 0,54 m unid 2,00 312,05 624,10 748,92
Balcão de granito cinza andorinha em
14.17 curva 4,00 x 0,40 m unid 1,00 891,56 891,56 1.069,87
total do item 11.020,25 13.224,30
15 Rede de esgoto
Tubo PVC esgoto PB soldável Ø 40 mm
15.1 inclusive conexões m 50,00 15,17 758,50 910,20
Tubo PVC esgoto PB soldável Ø 50 mm
15.2 inclusive conexões m 20,00 20,79 415,80 498,96
Tubo PVC esgoto PB soldável Ø 100
15.3 mm inclusive conexões m 95,00 30,32 2.880,40 3.456,48
Caixa sifonada de PVC rígido Ø 150
15.4 x150 x 50 mm unid. 10,00 24,36 243,60 292,32
Ralo de PVC, rígido seco 100 x 50 x 40
15.5 mm unid. 1,00 12,46 12,46 14,95
Caixa de inspeção (60x60x60 cm) em
15.6 alvenaria de 1 tijolo unid. 15,00 107,25 1.608,75 1.930,50
total do item 5.919,51 7.103,41
16 Incêndio
16.1 Extintor de água pressurizada 10 litros unid. 1,00 161,29 161,29 193,55
16.2 Extintor de pó químico cap. 4 kg unid. 3,00 141,69 425,07 510,08
total do item 586,36 703,63
17 Serviços Externos
Alambrado c/ tela de arame galvanizado
malha quadrangular 5x5 fio 12 altura 2
m fixado em mourão de concreto
armado quadrado curvo c furos 2,60 =
0,40 m o alambrada será fixado em
17.1 canaleta de concreto m 145,05 90,94 13.190,85 15.829,02
17.2 Portão de correr com estrutura tubular unid. 1,00 1.005,57 1.005,57 1.206,68
103
de ferro galvanizado Ø 11/2" com
fechamento de tela de arame
galvanizado malha quadrangular 5,x 5
cm fio 12 (4,00 x 2,00)
Portão de correr com estrutura tubular
de ferro galvanizado Ø 11/2" com
fechamento
de tela de arame galvanizado malha
quadrangular 5 x 5 cm fio 12 comp. 2,00
17.3 x h= 2,00 m unid. 1,00 502,00 502,00 602,40
Piso rústico em concreto espessura 7
cm em quadro de 2,00 x 2,00 com junta
17.4 de dilatação m² 325,00 53,93 17.527,25 21.032,70
Calçada externa em concreto Fck 15
17.5 mpa espessura 5 cm em volta do prédio m² 50,50 25,59 1.292,30 1.550,75
Passeio público em concreto Fck 15
mpa controlo tipo C inclusive preparo de
17.6 caixa m² 127,25 25,59 3.256,33 3.907,59
Abrigo para compressor em alvenaria
alt. 1,00 - comp. 1,20 - largura de 0,60 m
e uma portilhola de grade de ferro em 2
17.7 folhas com suporte para cadeado unid. 1,00 362,83 362,83 435,40
Abrigo para lixo em alv. altura 2,00 -
comp. 2,00 - largura de 0,60 m e um
portão de 2 folhas de 1,00 x 2,00 de
alumínio, chapiscada, rebocado,
17.8 azulejada por dentro, laje e pint. Externa inid. 1,00 1.706,57 1.706,57 2.047,88
17.9 Divisor de solo de borracha cor verde m 50,00 4,90 245,00 294,00
Grama tipo batatais em placas de 50 x
17.10 50 cm inclusive preparo de solo m² 681,65 14,58 9.938,46 11.926,15
17.11 Pedrisco cor branco espessura 5 cm m³ 2,00 101,02 202,04 242,45
Palmeira Seafortia altura de 2,00 x em
17.12 cava de 80 x 80 x 80 cm unid. 4,00 92,46 369,84 443,81
Plantio de forração Maria sem vergonha
17.13 em canteiro de 25 cm de profundidade m² 24,00 20,68 496,32 595,58
Pintura de faixa para estacionamento
17.14 (piso) m 50,00 4,65 232,50 279,00
total do item 50.327,85 60.393,42
18 Diversos
Instalação de tubulação de cobre Cl "E"
54 mm c/ conexões p/ oxigênio inalação
18.1 3 unidades m 12,30 50,42 620,18 744,21
total do item 620,18 744,21
19 Limpeza final de obra
19.1 Limpeza geral da edificação m² 254,00 1,06 269,24 323,09
total do item 269,24 323,09
20 Piso Interno
Lastro impermeabilizado de concreto
não estrutural e=6cm regularizado para
assentamento de Piso cerâmico
20.1 esmaltado m² 245,90 31,79 7.817,16 9.380,59
Piso cerâmico esmaltado 33 x 33 cm, PI
5 sobre base regularizada com
argamassa de cimento, cal e areia sem
peneirar 1:0,5:5 e=2,5 cm incluindo
20.2 rejuntamento e rodapé m² 227,90 54,46 12.411,43 14.893,72
Piso cerâmico esmaltado 33 x 33 cm, PI
5 sobre base regularizada com
argamassa de cimento, cal e areia sem
peneirar 1:0,5:5 e=2,5 cm incluindo
20.2 rejuntamento e rodapé m² 18,00 54,46 980,28 1.176,34
104
total do item 21.208,88 25.450,65
21 Projetos
Projetos, estrutural, elétrico,
hidrosanitário, cobertura e projeto para
21.1 aprovação na PML unid. 1,00 5.500,00 5.500,00 6.600,00
total do item 5.500,00 6.600,00

Total geral 340.311,13 408.373,36


Data:Lins 20 de abril de 2011
SINAPI Data: (março de 2011)

Marco Aurelio Mirandola


Engenheiro Civil
CREA – 5060046754/D
105

ANEXO D – Memorial Descritivo

MEMORIAL DESCRITIVO

Assunto: Construção de Posto de Saúde da Família


Local Jardim Tangará.
Rua Pedro Augusto Ariano n.º 220.
Área a construir: 254,00 m².

SERVIÇOS A SEREM EXECUTADOS

1. Instalação do Canteiro de Obras

A contratada providenciará junto às concessionárias locais as instalações de água e esgoto,


energia elétrica, bem como arcará com o consumo durante a execução da obra.
A contratada fornecerá e afixará em lugar visível placa de identificação da mesma nas
dimensões e com informações exigidas pelo órgão fiscalizador.
Deverá ser executado um gabarito nivelado, em todo o perímetro da obra, de sarrafos de 2cm
x 10cm fixados em pontaletes de 5cm x 6cm a cada 3,00m fixos no solo.
Deverá ser fornecido pela construtora uma placa de obras medindo 1,50 x 3,00m, com os
dizeres fornecidos pela Prefeitura.

2 Limpeza e Aterro de Terreno:

O serviço de terraplenagem deverá ser feito pela empresa ganhadora do certame seguindo o
projeto arquitetônico e deverá ser bem compactado.

3 Execução de Infra-estrutura:

A execução das fundações deverá respeitar o projeto estrutural, e constituir-se-ão de:


a) estacas: serão moldadas in loco manualmente com diâmetro médio de 25cm e
profundidade média de 10,00m. Deverá ser executado com concreto fck=20 mpa no mínimo,
armadas com 04 barras de aço tipo CA 50 – diâmetro 8mm com comprimento mínimo de
3,00m corridos, estribadas a cada 20 cm com barras de aço tipo CA 60-diâmetro de 5mm em
toda a sua extensão. O arranque mínimo das brocas deverá ser de 50 cm, a partir da cota de
arrasamento das mesmas;
b) blocos e vigas baldrames: Deverá proceder-se a escavação manual em valas de terra até a
profundidade máxima de 50cm. Posteriormente dever-se-á executar a regularização de fundo
de vala com apiloamento manual, maço de 30kg, e posterior lançamento de brita números 1 e
2 com espessura mínima de 5 cm, também apiloada; execução de formas com tábuas de
cedrilho travadas reutilizáveis no máximo 5 vezes como modelador da geometria das vigas
baldrames e blocos. Armadura em aço CA 50 nas dimensões, posições e formas especificadas
em projeto próprio; concreto preparado, lançado e adensado de acordo com as normas
brasileiras, com resistência mínima aos 28 dias de l5 MPA; a impermeabilização será executada
com argamassa de cimento e areia no traço l:3 com dosagem de no mínimo l00 kg de
impermeabilizante “VEDACIT” ou similar por metro cúbico de argamassa pronta, com
espessura mínima de 2,0 cm no respaldo das peças estruturais e a cada l5 cm nas faces laterais
106

em toda a extensão. Proceder-se-á então a pintura com trincha de “NEUTROL” ou similar em 2


demãos.
Após a execução destes serviços, deverá ser executado o aterro apiloado de valas.

4 Superestrutura

A confecção de pilares, vigas comuns e vigas aparentes deverá obedecer rigorosamente as


especificações de projetos executivos, seguindo as orientações das normas da ABNT.
Primeiramente deverá ser executado a caixaria em formas de tábuas ou chapas plastificadas,
conforme necessidade, que deverão ser tomados alguns cuidados especiais, tais como:
a- utilizar cimento da mesma marca e partida;
b- utilizar de agregados de coloração uniforme e de mesma procedência ;
c- reforçar os painéis de forma de modo a evitar deformações nos alinhamentos ou
superfícies.
d- Planejar as interrupções no lançamento do concreto;
e- Perfeitas vedações e limpeza de modo a permitir a não fuga de nata de cimento;
f- Tratar a superfície das formas com desmol, ou similar, para facilitar a desforma e obter
melhor acabamento;
g- As formas já usadas deverão ser rigorosamente limpas de concreto velho, isentas de
pregos e parafusos;
h- Tratamento de concreto aparente
- eliminação de eventuais rebarbas;
- estucamento de eventuais nichos;
- lixamento de superfície.
Nos locais onde o concreto não for aparente utilizar-se-á formas de cedrilho para estrutura
reutilizáveis duas vezes no mínimo. Posicionar-se-á então a armadura de forma a obedecer as
especificações de projeto. Executar-se-á então o lançamento, aplicação e adensamento do
concreto estrutural pré-misturado.
O concreto estrutural deverá apresentar fck mínimo de 20 Mpa.

- Execução do forro de laje pré-moldada (treliça):

A laje a ser utilizada deverá ser a do tipo forro pré-moldada, altura total acabado 12cm. Com
sobrecarga de 200 Kgf/m² devidamente armada no sentido perpendicular ao posicionamento
dos trilhos, ocasionando o perfeito funcionamento do concreto estrutural que deverá ser
capeamento mínimo de 4cm. O concreto deverá ser pré-misturado com fck mínimo de 20
Mpa. Todo o escoramento deverá ser rigorosamente verificado, evitando-se assim possíveis
recalques prejudiciais à estética da obra;

5 Alvenaria:

As paredes externas e internas deverão ser executadas em tijolos cerâmicos de boa qualidade
do tipo 8 furos com dimensões de 9xl9xl9cm e tijolo maciço comum maquinado, assentados
com argamassa de cimento, cal e areia no traço l:2:8, com rejuntamento máximo de l5 mm.
Vergas: sob e sobre todos os vãos de janelas e portas, deverão ser pré-moldados em concreto
com resistência mínima de 18 MPA, armadas longitudinalmente com aço CA 50B, diâmetro
8mm. As extremidades da armadura deverão ser dobradas em gancho; transversalmente, a
verga deverá ser estribada a cada l5 cm com aço CA 60B-diâmetro 5mm. As dimensões
deverão ser: largura igual à parede; comprimento igual à largura do vão mais 30cm de cada
lado no mínimo e altura igual a l0 cm no mínimo.

6 Cobertura
107

A alvenaria de elevação dos oitões e o fechamento lateral deverão ser executados em tijolos
cerâmicos de 8 furos com dimensões de 9x19x19cm, assentados com argamassa de cimento,
cal e areia no traço 1:2:8 e rejuntamento máximo entre peças de 15mm;
Em complementação ao travamento destes painéis, deverão ser confeccionados pilares e
cintas de travamento. Os pilares obedecerão as dimensões e especificações de execução
estabelecidas a eles desde a infra-estrutura. As cintas de travamento deverão ser executadas
em toda a extensão do respaldo dos oitões e deverão ser confeccionadas em concreto fck=20
Mpa, com dimensões de 10x10cm, armadas com aço de 2 diâmetro CA 50B 6,3mm corridos;

Execução de estrutura de madeira:

A estrutura deverá ser em madeira peroba do norte, nas bitolas comerciais, com as dimensões
mínimas comprovadas por ensaios, e seguindo rigorosamente as normas de segurança.
A cobertura deverá ser em telha cerâmica do tipo romana, devidamente afixadas. Nos locais
necessários utilizar-se-á em peças adequadas do mesmo material de telha. A inclinação da
cobertura será de 32%.
Deverá ser executado rufo nos locais necessários.
Observar atentamente aos cortes para execução apropriada dos beirais e aparelhar e lixar o
madeiramento que estiver aparente.

Execução de estrutura metálica:

A execução deverá seguir o projeto de cobertura fornecido pela contratada.


A estrutura de cobertura frontal, deverá conter: pilares metálicos para apoio da estrutura.
Perfis de alumínio afixados nos pilares e na parede da fachada com inclinação de 10%. A
cobertura da varanda será com placas de Policarbonato de 1,5x1,5m, na cor de acordo com a
pintura da fachada.

7 Revestimento de parede interna, externa e laje

Considerações Gerais:
Deverão ser executados somente após o término e testes das instalações e conclusão da
cobertura.
As superfícies a serem revestidas deverão ser limpas e molhadas a fim de evitar gorduras,
vestígios orgânicos (limo, fuligem, etc.) e outras impurezas que possam acarretar
desprendimento futuros.
Argamassa deverá ser preparada mecanicamente, salvo quando a quantidade for insuficiente
para justificar o processo. Sua duração de emassamento será pelo menos de 90 minutos, a
contar do momento em que todos os componentes da mistura, inclusive água, tenham sido
lançados.
Será aplicada massa corrida em toda área interna que receberá pintura em látex.
Todas as paredes internas, exceto área de espera e corredores, serão revestidas com azulejo
até 2,00m de altura. Estas que sobraram, serão revestidas com tinta esmalte até a mesma
altura: 2,00m.
Em todos os cantos expostos que estejam revestidos com azulejo, e nos cantos de aberturas
de portas sem batentes, deverão ser assentadas cantoneiras de alumínio até a altura de 2,00
m a contar do piso.

Chapisco
108

Composição:

Argamassa executada no traço volumétrico 1:3 com teor mínimo de 486 Kg/m³ de argamassa.
Fator água/cimento na proporção ideal, observando que:
a) cimento de fabricação recente;
b) areia isenta de argila, gravetos, impurezas orgânicas, etc. diâmetro máximo de 2,4 mm;
c) água limpa isenta de óleos, ácidos, alcalinidade, etc..

Execução

A superfície destinada a receber chapisco comum será limpa a vassoura e abundantemente


molhada antes de receber a aplicação do mesmo. Considera -se insuficientemente molhadas
as superfícies projetando-se água com auxílio de vasilhames. A operação terá de ser
executada, para atingir o seu objetivo, com emprego de esguicho de mangueira.
Deverá ser executada quantidade de mescla conforme as etapas de aplicação a fim de se evitar
o início de seu endurecimento antes do emprego.
A argamassa deverá ser utilizada no máximo de 2 horas e meia a partir do contato da mistura
com a água e desde que não apresente quaisquer vestígios de endurecimento.
O excedente da argamassa que não aderir a superfície não poderá ser reutilizado, sendo
expressamente vedado remassá-la.

Emboço / Reboco desempenado (1x)

Composição

Argamassa executada no traço volumétrico de 1:2: 8 de cal e areia fina com adição de
158Kg/m³ de mistura previamente preparada.
a) cimento dentro da data de validade;
b) areia isenta de argila, gravetos, impurezas orgânicas, etc. diâmetro máximo de 2,4 mm;
c) água limpa isenta de óleos, ácidos, alcalinidade, etc..
d) cal hidratada;

Execução

Os materiais de mescla deverão ser dosados a seco.


A argamassa deverá ser utilizada no máximo 2,5 horas a partir do contato da mistura com a
água e desde que não apresente quaisquer vestígios de endurecimento.
Deverão ser utilizadas guias mestras para sarrafeamento, espaçadas no máximo em 2,00m
aprumadas e alinhadas.
A argamassa deverá ser aplicada em camada de espessura uniforme, nivelada e fortemente
comprimida sobre a superfície a ser revestida, atingindo a espessura máxima de 2,0cm.
As cantoneiras deverão ser chumbadas antes da execução dos serviços de revestimento para a
proteção das arestas que deverão ser bem definidas e vivas.
Todo o painel de revestimento corresponde a uma parede que deverá ser executado de uma
só vez; os andaimes deverão ser retirados tão logo termine a execução da parte superior da
parede, para a execução da parte inferior cuidando especialmente do prumo nesta transição.
O acabamento da superfície será executado com régua de alumínio (sarrafeado) e
desempenadeira de madeira (desempeno).
Com a colocação de régua de 2,00m, não poderão haver afastamentos maior que 4,00m para
pontos intermediários, e 8,00m para os pontos e desvios de prumo superior a 3,00mm/m.

8 Esquadrias de Madeira
109

- Portas de madeira de 35mm, revestidas em ambas as faces com folha de fibra de madeira
prensada de 3,2 mm para receber pintura.
- Reforço de madeira para colocação de fechadura nas duas faces.
- Terão batentes e guarnições em peroba.

Acessórios
- Dobradiças zincadas; 3 x 2 ½’ fixados no batente.
- Fechadura de latão tipo de embutir d= 55mm. Maçaneta de latão tipo alavanca.
- Roseta de latão de forma redonda.
- As portas terão protótipo comercial, em chapa lisa de imbuía ou similar. As dobradiças,
rosetas, maçanetas, serão La fonte ou similar.
- Ao serem instaladas, as portas deverão apresentar folga constante em relação ao piso de 8
mm.

9 ESQUADRIAS METÁLICAS

A fixação dos caixilhos será feita com grapas de ferro em calda de andorinha, chumbadas na
alvenaria com argamassa de cimento e areia traço 1:3 e espaçadas não mais que 60cm sendo
que terá um número mínimo de duas grapas para cada lado.
Os vãos livres de espaçamento entre perfis não deverão ultrapassar 15cm em uma das
direções por motivo de segurança.
As esquadrias de ferro antes de serem colocadas levarão tratamento com pintura
antiferruginosa.
Os cantos dobrados da báscula deverão ser rebatidos para perfeito esquadrejamento. As
folgas verticais e horizontais deverão ser uniformes em toda a esquadria.
Os caixilhos com peças móveis serão devidamente protegidos contra infiltração de águas,
devendo os requadros externos ser obrigatoriamente executados com ferro T completados
com perfil L, formando conjunto “cadeirinha”. Caixilhos de correr dotado de pingadeira e
extravasor inferior.
As esquadrias deverão obedecer rigorosamente, quanto a sua localização e execução as
indicações do projeto.
As portas externas serão executadas em chapa dupla de aço reforçado, com colocação de
vidro acima de 60cm.

10 COLOCAÇÃO DE VIDROS

Os serviços de envidramento deverão ser executados de acordo com o projeto nas áreas
indicadas, sendo que a sua espessura será determinada em função das áreas das aberturas,
distância do mesmo em relação ao piso vibração e exposição a ventos fortes e dominantes.
Os vidros serão do tipo liso, não poderão apresentar bolhas, lentes, ondulações, rachaduras e
deverão ser do mesmo tipo do vidro já instalado no local.
As placas de vidro não deverão apresentar defeitos de corte (beira das lascas, pontas salientes,
cantos quebrados corte em bisel), e nem apresentar folga excessiva com relação a requadros
de encaixe.
Antes da colocação dos vidros nos requadros dos caixilhos estes serão bem limpos e lixados.
Assentamento da chapa de vidro será efetuado com massa de vidraceiro em duas demãos a
qual deverá ser composta normalmente, acrescentando-se o pigmento adequado.

11 PINTURA DE PAREDES INTERNA, EXTERNA, ESQUADRIAS DE MADEIRA, ESQUADRIA


METÁLICA E ESTRUTURAS METÁLICAS
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Descrição:
Acabamento final para dar proteção e acabamento nas paredes, elementos metálicos de
madeira e outros.

Considerações Gerais:
As tintas especificadas deverão ser tipo “preparado e pronto para uso”, em embalagem
original e intacta, recomendando-se apenas uso de solvente adequado. Não serão aceitos
adição de secantes, pigmentos, ou qualquer outro material estranho a menos quando
especificado ou para caiação e pintura látex.
As superfícies a serem pintadas deverão estar secas (a menos de especificações em contrário),
limpas, retocadas e lixadas, sem partes soltas, mofo, ferrugem, óleo, graxa, poeira ou outras
impurezas.
Deverão ser evitados os escorrimentos e salpicos, nas superfícies não destinadas a pintura.

Pintura látex em Duas Demãos – paredes internas

As paredes internas deverão receber selador acrílico em duas demãos.


Aplicar líquido selador sobre superfície preparada e pronta, diluído a água 10 % para fundo
com rolo, ou pistola nas paredes novas.
Nas paredes internas, abaixo de 1,5 m aplicar esmalte sintético seguindo rigorosamente as
instruções do fabricante, utilizando pistola ou rolo.

Pintura Texturizada de alta camada – paredes externas terão aplicação de textura.

As paredes externas deverão receber selador acrílico em duas demãos ou mais se necessário
sobre reboco novo, diluído a água 10 % para fundo com rolo.
Sobre a pintura de selador será aplicada textura de alta camada, de primeira linha, nas cores
listadas abaixo;

Pintura Esmalte em Duas Demãos – Esquadrias de Ferro

As superfícies de metal deverão ser preparadas com lixamento e lavagem do pó com


removedor, eliminando-se toda ferrugem; os vestígios de óleo ou graxa deverão ser
eliminados com solvente, aplicando-se a seguir uma demão de primer antiferruginoso.
Aplicar a tinta com rolo de espuma, pincel e pistola em duas demãos ou mais se necessário,
sobre base pronta, observando as proporções de: 1ª demão, diluir com 15 % de solvente e as
demais com 10 % de solvente.

Pintura Esmalte – Portas de madeira.

Na superfície, já preparada com uma demão de fundo selador para madeira, aplicar uma
demão primária, seladora de acordo com o material a ser pintado.
Após secagem de base, deverão ser aplicadas 2 a 3 demãos de tinta esmalte, com
espaçamento mínimo de 12 h entre cada uma.

12 INSTALAÇÕES ELÉTRICAS

A execução deverá seguir o projeto de instalações elétricas fornecido pela Contratada e as


normas da ABNT e CPFL.
Os disjuntores serão do tipo monopolar, bipolar e, conforme necessidades dos quadros QM,
devendo ser de fabricação “Eletromar” ou similar.
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Os eletrodutos serão de polietileno e PVC rígidos, conforme necessidade com parede de


espessura conforme a normalização específica, estes deverão ser embutidos nos pisos e
paredes.
As caixas metálicas serão do tipo embutir de formato retangular, quadrada ou oitavada,
conforme necessidade, de fabricação P. Thomeu ou similar. O aterramento deverá ser
executado em haste Copperveld com diâmetro 5/8’ x 3m, com conector apropriado.
As luminárias internas serão do tipo calha tubular com lâmpadas fluorescentes de 20W e 40W
com reatores eletrônicos de partida rápida AFP 2 x 40W, conforme necessidade. Todas as
luminárias deverão ser entregues completas incluindo-se as lâmpadas de marca PHILLIPS ou
similar.
Os fios e cabos deverão ser de marca “Pirelli” ou similar, do tipo “Pirastic”, isolação
termoplástica de 750 W e 70 C.
As cores padronizadas deverão ser utilizadas para a distinção de fase, retorno, neutro e terra.
Instalação de pára-raios tipo Franklin completo, seguindo as normas da ABNT e da CPFL.

13 INSTALAÇÕES HIDRÁULICAS, ÁGUA FRIA E ESGOTO.

A execução deverá seguir o projeto hidro-sanitário e de combate a incêndio fornecido pela


Contratada e as normas da ABNT e SABESP.
As especificações técnicas dos equipamentos, peças, conexões e dispositivos a seguir são
genéricos e tentam servir de subsídio para a aquisição dos mesmos, que deverão ser de
primeira qualidade, novos e perfeitos e obedecendo as especificações da ABNT.

Tubos e Conexões de PVC – água fria e esgoto

A tubulação de água fria deverá ser em PVC rígido conforme especificações da EB 892/ABNT e
estanques à pressão de 7,50 kgf/ cm², com diâmetro externo nominal em mm.
As conexões nos pontos de consumo deverão ser azuis, tipo solda e rosca metálica.
Referências: Tigre, Brasilit e Fortilit ou similar.
A tubulação de esgoto deverá ser em PVC branco, tipo ponta e bolsa, ou bolsa e bolsa para
esgoto secundário.
Nos locais indicados em projeto, onde houver necessidade de colocação de bebedouros,
deverão ser construídas novas instalações de rede de água e esgotos, e interligá-las à rede
existente no prédio.
Caixas sifonadas, caixas secas e prolongamentos de PVC

Deverão ser de PVC rígido injetado, com dimensões nominais indicadas no projeto, com
possibilidade de ajuste de prolongamento. Os prolongamentos deverão ser do mesmo
material das caixas.
Referência: Tigre, Brasilit ou similar.
Nos locais cujas caixas sifonadas estiverem desprovidas de tampas, deverá ser providenciado o
seu fechamento.

14 Metais, peças e acessórios

As louças deverão ser da linha Deca, Celite ou Ideal Standart. As bacias sanitárias, lavatórios,
mictório e tanque s/ coluna deverão ser da marca Cipla ou similar.
As papeleiras e saboneteiras também em louça na mesma cor.
As peças em granito deverão ser do tipo cinza andorinha com espessura mínima de 3,0cm .
A linha de torneiras para cozinha, lavagem, lavatório, pia e tanque deverão ser cromadas na
marca Deca ou similar. As torneiras para jardim deverão ser amarela na bitola- diâmetro ¾’.
Os registros de gaveta deverão ser amarelos com a respectiva canopla.
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Os registros de pressão deverão ser cromados com a respectivas canoplas.


As válvulas de descarga com registro deverão ser da marca Deca, Hidra ou similar.
Os porta toalhas deverão ser cromados e o conjunto deverá ser acompanhado de 5 ganchos
para recebimento de vestiário.
Os filtros d’água serão em polietileno alto impacto cartucho filtrante fibra de celulose, resina
melamínica densidade de 5 micra, vazão recomendados. Deverão estar embutidos no preço
dos bebedouros.
O cavalete com hidrômetro deverá estar no padrão SABESP completo.
A cuba simples deverá ser de aço inox tipo n 304 ( 400 x 340 x 140mm).
A cuba dupla deverá ser de aço inox tipo n 304 – dupla ( 800 x 400 x 250mm).
Todos os engates flexíveis e sifões deverão ser metálicos ajustando-se perfeitamente à todas
as peças sanitárias.

15 Rede de esgoto

A tubulação de água fria deverá ser em PVC rígido conforme especificações da EB 892/ABNT e
estanques à pressão de 7,50 kgf/ cm², com diâmetro externo nominal em mm.
As conexões nos pontos de consumo deverão ser azuis, tipo solda e rosca metálica.
Referências: Tigre, Brasilit e Fortilit.
A tubulação de esgoto deverá ser em PVC branco, tipo ponta e bolsa, ou bolsa e bolsa para
esgoto secundário.

16 Incêndio

Posicionar os extintores listados em planilha orçamentária de acordo com as normas da ABNT


e Corpo de Bombeiros.

17 SERVIÇOS EXTERNOS

Cercamento da obra em mureta com altura de 60 centímetros composta de duas fiadas de


blocos de concreto pré-moldado e a ultima fiada com bloco tipo canaleta para engaste da tela
de alambrado e mourões em concreto pré-moldado com espaçamento máximo de 2,50
metros.
Portão em estrutura tubular de ferro galvanizado e fechamento de tela de arame galvanizado,
de correr em 2 folhas de 4 metros de largura por dois metros de altura o que dá acesso ao
estacionamento, e 2 metros de largura e 2 metros de altura o acesso de pedestres.
Calçada em cimentado ao redor de todo o terreno com 2 metros de largura.
Calçada de 1 metro de largura ao redor de toda a edificação.
Piso rústico em concreto, executado conforme delimitado em projeto de implantação.
Plantio de grama, arbustos e forrações: seguir rigorosamente projeto.

18 Diversos

Instalação de tubo de cobre para ar-comprimido para sala de nebulização e odontologia.


Execução de abrigo para lixo séptico na área externa, com acesso para recolhimento.

19 LIMPEZA FINAL

Para a limpeza deverá ser usado de modo geral água e sabão neutro; o uso de detergentes,
solventes e removedores químicos deverão ser restritos e feitos de modo a não causar danos
nas superfícies ou peças.
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Todos os respingos de tintas, argamassas, óleos, graxas e sujeiras em geral deverão ser
raspados e limpos.
Os pisos cimentados e ardósia, azulejos, vidros, aparelhos sanitários, etc., deverão ser
totalmente lavados. As ferragens cromadas em geral, após limpas com removedor adequado,
deverão ser polidas com flanela seca.
O entulho, restos de materiais, andaimes e outros equipamentos da obra deverão ser
totalmente removidos.

20 PISO INTERNO E EXTERNO

Materiais destinados a construção e revestimentos de pisos em áreas internas e externas da


construção.

Considerações Gerais:
As sub-bases (solo) deverão estar totalmente limpas e prontas para execução do contrapiso na
espessura de 5cm.
Todos os serviços de tubulação enterrados deverão ser executados antes do preparo da sub
base (elétrica, hidráulica, gás e etc.).
Os contrapisos deverão ser executados de forma a garantir superfícies contínuas, planas, sem
falhas e perfeitamente niveladas obedecendo aos níveis indicados no projeto arquitetônico.
A utilização de cada piso deverá estar de acordo com o projeto de arquitetura.
Só serão iniciados os serviços de assentamentos de pisos após a execução de todos os serviços
de revestimentos de paredes e lajes.
Todos os pisos serão deverão ter declividade mínima de 0,1 % em direção a ralos e portas
externas, essa declividade deverá ser dada no contrapiso ou no piso quando a dimensão da
área assim permitir.
No caso de piso de natureza diferente, em áreas contínuas a soleira deverá ser do mesmo
material do piso que estiver do lado interno da porta quando fechada.
Nas áreas de contato direto, piso interno e externo com diferença de nível, deverá ser
executada cinta de tijolos comuns assentados com argamassa mista de cimento e areia no
traço 1:3 com 10% de impermeabilizante sobre o peso de cimento iniciando 20cm abaixo do
nível inferior acabado, respaldando no contrapiso acabado do nível interior.

Revestimento de piso interno

A utilização de cada piso deverá estar de acordo com o projeto de arquitetura.


Só serão iniciados os serviços de assentamentos de pisos após a execução de todos os serviços
de revestimentos de paredes.
Todos os pisos laváveis deverão ter declividade mínima de 0,1 % em direção a ralos e portas
externas, essa declividade deverá ser dada no contrapiso ou no piso quando a dimensão da
área assim permitir.
O piso deverá ser em cerâmica PEI 4 ou superior, com argamassa pré-fabricada de cimento
colorante, inclusive rejunte com juntas de 5mm.

Composição
Camada de argamassa executada no traço volumétrico 1:3, cimento e areia com aditivo
impermeabilizante na proporção de 20 Kg por metro cúbico de argamassa observando que:
a) cimento dentro do prazo de validade;
b) areia isenta de argila, gravetos, impurezas orgânicas, entre outros e diâmetro máximo dos
grãos de 2,4 mm
c) água limpa isenta de óleos, ácidos e alcalinidade.
d) Aditivo impermeabilizante dentro da validade e especificações do fornecedor.
114

Regrados com juntas em material plástico (polietileno) de 1,5mm x 3mm, com tamanhos de
1,20m x 1,20m ou menor conforme divisão de área.

Execução:

Base existente deverá ser perfeitamente limpa e abundantemente lavada no momento do


lançamento do cimentado o qual será inteiramente constituído por uma camada de argamassa
de 1,5cm de espessura.
A superfície deverá ser dividida em painéis com juntas de polietileno alinhadas colocadas
juntamente com a execução do revestimento. Para garantia da linearidade e alinhamento das
juntas deverá ser utilizado um gabarito.
Deverão ser previstas declividades de 0,1% em direção as portas ou pontos de saída de água e
1% para o último quadro junto aos lados vazados do ambiente.
A superfície final deverá ser desempenada e alisada com desempenadeira de aço após
polvilhamento com cimento.
As juntas deverão ficar aparentes, lixando quaisquer irregularidade e qualquer desnível até 2,0
cm entre pisos contínuos, deverão ter as arestas boleadas evitando cantos vivos.
As superfícies dos cimentados serão cuidadosamente curadas, devendo ser conservadas
úmidas durante os sete dias que sucederem sua execução e o trânsito sobre a mesma
interrompido por dois dias.

21 PROJETOS COMPLEMENTARES

Ganhadora do certame deverá fornecer os projetos complementares, ante do inicio da obra.

Lins, 16 de março de 2010

Marco Aurélio Mirandola


Engenheiro Civil
CREA n° 5060046754/D
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ANEXO E – Projeto Arquitetonico Posto de Saúde Jardim Tangará em Lins/SP.


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ANEXO F – Construção Posto de Saúde Jardim Tangará em Lins/SP.

Foto do canteiro de obra da construção do Posto de Saúde Jardim Tangará em Lins/SP

Placa de identificação de obra da construção do Posto de Saúde Jardim Tangará

Foto da obra da construção do Posto de Saúde Jardim Tangará em Lins/SP já concluída.


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ANEXO F – Certificado de Acervo Técnico – CREA-SP


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