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Princípio do Ensaio
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Um aspecto fundamental do teste é garantir que o concreto esteja
SUFICIENTEMENTE ÚMIDO para completar o circuito necessário para uma medição
válida.
O CONCRETO ESTÁ SUFICIENTEMENTE ÚMIDO SE O POTENCIAL MEDIDO EM
UM PONTO DE TESTE NÃO MUDAR EM MAIS DE ± 20 mV EM UM PERÍODO DE 5
minutos (ASTM C 876).
Se o valor medido do potencial de meia célula varia com o tempo, é necessário
umedecer previamente o concreto e a ASTM C 876 fornecem duas abordagens para fazer
isso.
Quando for necessário umedecer previamente, não deve haver água livre na
superfície entre os pontos de teste no momento da medição do potencial.
Se a estabilidade não puder ser alcançada por umedecimento prévio, pode ser
devido às correntes elétricas parasitas ou à resistividade elétrica excessiva no circuito.
Em ambos os casos, o método do potencial de meia célula não deve ser usado.
De acordo com ASTM C 876, AS LEITURAS DE POTENCIAL DE MEIA CÉLULA
DEVEM SER USADAS EM CONJUNTO COM OUTROS DADOS, COMO TEOR DE CLORETO,
PROFUNDIDADE DE CARBONATAÇÃO, DESCOBERTAS DE PESQUISAS DE
DELAMINAÇÃO E CONDIÇÕES DE EXPOSIÇÃO, PARA FORMULAR CONCLUSÕES SOBRE
A ATIVIDADE DE CORROSÃO.
O apêndice da ASTM C 876 fornece as seguintes diretrizes (para o eletrodo de
referência de sulfato de cobre-cobre):
• Se o potencial for mais positivo do que –200 mV (em relação à meia célula de
sulfato de cobre-cobre), há uma grande probabilidade de que não esteja ocorrendo
corrosão no momento da medição.
• Se o potencial for mais negativo do que –350 mV, há uma grande
probabilidade de haver corrosão ativa.
• A atividade de corrosão é incerta quando a tensão está na faixa de –200 a –
350 mV.
No entanto, afirma-se que, a menos que haja evidência positiva para sugerir sua
aplicabilidade, esses critérios numéricos não devem ser usados nas seguintes condições:
• A carbonatação se estende até o nível do reforço
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As precauções acima são recomendadas devido à importância da resistividade
do concreto e disponibilidade de oxigênio nas taxas reais de corrosão.
O teste geralmente é realizado em pontos organizados em uma grade. O
espaçamento necessário entre os pontos de teste depende da estrutura específica.
Espaçamento excessivo pode perder pontos de atividade ou fornecer espaço
insuficiente dados para avaliação adequada, enquanto espaçamentos mais próximos
aumentam o custo do levantamento.
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2. TESTE DE RESISTIVIDADE DO CONCRETO
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Com base em seus estudos, Millard et al. recomendam um espaçamento de
eletrodo de 50 mm como suficiente para misturas típicas de concreto, e a largura e
profundidade do membro deve ser pelo menos quatro vezes a espaçamento dos
eletrodos. Além disso, a distância da borda não deve ser inferior a duas vezes o
espaçamento do eletrodo.
As Tabelas 11.1 e 11.2 salientam relações entre a RESISTIVIDADE ELÉTRICA X GRAU DE
RISCO E PROBABILIDADE DE CORROSÃO.
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A RESISTIVIDADE ELÉTRICA é um função direta da porosidade do concreto e seu
grau de saturação de água (Andrade et al.2000; McCarter e Garvin, 1989), e a taxa de
corrosão resulta função direta da resistividade com a consequência de que o controle
ôhmico é o mecanismo de controle dessa taxa.. Portanto, através da RESISTIVIDADE
ELÉTRICA pode-se monitorar, qualitativamente, o risco de corrosão, muito embora não
se tenha, quantitativamente, a perda de seção face essa corrosão. O ensaio de
POLARIZAÇÃO LINEAR trata dessa perda de seção.
A RESISTIVIDADE ELÉTRICA do concreto é capaz de informar também sobre:
- Porosidade;
- Grau de Saturação de Água;
- Qualidade da cura;
- Tempo de pega do cimento;
- Resistência mecânica do concreto;
- Taxa de aderência do reforço;
- Permeabilidade ao gás e à água.
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3. MÉTODO DE POLARIZAÇÃO LINEAR (RESISTÊNCIA À POLARIZAÇÃO LINEAR)
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As densidades de corrente de corrosão podem ser convertidas em perda de
metal usando a lei de Faraday (ASTM G 10214).
POR EXEMPLO, 1 µA/CM2 CORRESPONDE A CERCA DE 0,012 mm/ano DE
PERDA DE SEÇÃO.
Isso assume que a corrosão está ocorrendo uniformemente na barra, que é a
condição típica da corrosão induzida por carbonatação. A corrosão induzida por
cloreto, no entanto, está associada à corrosão localizada ou pitting. Foi relatado que
a profundidade da corrosão local pode ser de quatro a oito vezes a profundidade
média da corrosão.
Existem outras limitações que devem ser consideradas ao planejar o teste de
taxa de corrosão. Alguns deles foram descritos em um método de teste proposto e são
os seguintes:
• A superfície de concreto deve ser lisa (sem rachaduras, cicatrizes ou
irregulares);
• A superfície de concreto deve estar livre de revestimentos ou revestimentos
impermeáveis à água;
• A profundidade da cobertura deve ser inferior a 100 mm;
• O aço de reforço não pode ser revestido com epóxi ou galvanizado;
• O aço a ser monitorado deve estar em contato direto com o concreto;
• A armadura não é protegida catodicamente;
• O concreto armado não está próximo a áreas de correntes elétricas parasitas
ou campos magnéticos fortes;
• A temperatura ambiente está entre 5°C e 40°C;
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Finalizando, torna-se imperiosa a criação, no estilo da Medicina, de Residências
Tecnológicas de Inspeções Estruturais idosas com a prática intensa dos ensaios não
destrutivos.
Torna-se imperioso uma mudança na legislação sobre Inspeção de Estruturas
para agregar essas habilidades e cognições dos ENDs às Perícias Estruturais.
CHC/18/11/2022
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