Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
120 A 120 B
Expressão relativa de WNK1 (%)
100 100
Captação de glicose pelas
80 80
células (%)
60 60
40 40
20 20
0 0
Grupo I Grupo II Grupo I Grupo II
Figura 1. Expressão relativa de WNK1 (A). Captação de glicose pelas células (B)
Baseado em Henriques, A. F. A. et al. (2019). WNK1 phosphorylation sites in TBC1D1 and TBC1D4 modulate cell
surface expression of GLUT1. Science Direct. Doi.org/10.1016/j.abb.2019.108223
Nos itens de 1. a 7., selecione a letra da opção correta.
1
3. Não constitui uma variável dependente do estudo, a quantidade de
(A) WNK1 silenciada.
(B) siWNK1 injetada.
(C) glicose captada pelas células.
(D) proteínas transportadoras GLUT produzidas.
4. Nas células dos embriões dos seres humanos, o processo que se segue à transcrição dos seus genes
(A) ocorre no núcleo e inclui a remoção dos intrões.
(B) ocorre no núcleo e inclui a remoção dos exões.
(C) consiste na migração de RNA mensageiro do núcleo para o citoplasma.
(D) ocorre no citoplasma e resulta na polimerização de uma cadeia peptídica.
5. Considere o seguinte fragmento do gene correspondente à proteína WNK1: 3´...GTA CGG TAT ... 5’. Os
anticodões correspondentes a este fragmento de gene serão
(A) 3’ GUA 5’; 3’ CGG 5’; 3’ UAU 5’
(B) 5’ CAU 3’; 5’ GCC 3’; 5’ AUA 3’
(C) 3’ CAU 5’; 3’ GCC 5’; 3’ AUA 5’
(D) 5’ GUA 3’; 5’ CGG 3’; 5’ UAU 3’
6. Um codão é um tripleto de ____ que origina apenas um aminoácido específico, uma vez que o código
genético _______ ambíguo.
(A) DNA … não é
(B) DNA … é
(C) RNA … é
(D) RNA … não é
7. Comparativamente às células dos rins humanos, as células cancerígenas possuem um _______ grau
de diferenciação e uma taxa metabólica _____.
(A) maior … menor (C) menor … maior
(B) menor … menor (D) maior … maior
9. Explique, tendo em conta os resultados da investigação descrita, de que forma a utilização de siWNK1
poderia interferir com o desenvolvimento das células cancerígenas.
Grupo II
A Ulva rigida, de nome comum alface-do-mar, tal como todas as algas, não possui diferenciação
em raízes, folhas e tecidos de transporte e não produz flores nem sementes. A sua cor verde deve-
se à clorofila presente nos cloroplastos. É considerada uma espécie marinha cosmopolita,
encontrando habitats desde o Ártico ao Antártico, percorrendo as latitudes das costas continentais
do Atlântico, Índico e Pacífico, inclusive as ilhas oceânicas. É frequente encontrar esta alga em
todo o sistema litoral do arquipélago dos Açores, nomeadamente, na zona de marés, em rochas
expostas e nas poças.
2
Ulva rigida é uma espécie em que ocorre a separação de sexos, existindo indivíduos do sexo
masculino e indivíduos do sexo feminino. A reprodução dá-se por zoósporos tetraflagelados e por
gâmetas biflagelados que são libertados para a água, onde realiza uma fecundação externa a partir
da qual se dá a formação de um zigoto que se desenvolve num novo indivíduo. A reprodução
vegetativa, por fragmentação, é muito comum em algumas populações.
4. Num ciclo celular normal de Ulva rigida, durante a fase S, a estrutura dos cromossomas sofre alterações
(A) devido ao aumento da síntese proteica.
(B) devido ao aumento da condensação da cromatina.
(C) passando a ser constituídos por dois cromatídios resultantes da transcrição do DNA.
(D) passando a ser constituídos por dois cromatídios resultantes da replicação semiconservativa do DNA.
3
5. Na observação microscópica do processo mitótico que ocorre nos zoósporos tetraflagelados, é possível
verificar cromossomas no seu máximo grau de condensação
(A) apenas na metáfase.
(B) apenas na prófase.
(C) na metáfase e na anáfase.
(D) desde a metáfase até ao final da telófase.
6. Em Ulva rígida, os processos envolvidos na meiose II são semelhantes à mitose, uma vez que, em
ambas as divisões,
(A) a ploidia dos núcleos é mantida.
(B) ocorre a replicação do DNA.
(C) se originam células-filhas diploides.
(D) se verifica o emparelhamento dos cromossomas homólogos.
7. O facto de os cloroplastos de Ulva rigida se replicarem por bipartição, à semelhança do que acontece
com a maioria dos procariontes atuais, apoia a hipótese
(A) autogénica para a origem das células eucarióticas.
(B) endossimbiótica para a origem das células procarióticas.
(C) endossimbiótica, que pretende explicar a origem dos eucariontes unicelulares.
(D) autogénica, que pretende explicar a origem dos eucariontes unicelulares.
Coluna A Coluna B
(a) Ocorre o crossing-over. (1) Prófase II
(b) Nos núcleos haploides, os cromossomas são constituídos por (2) Prófase I
um cromatídio. (3) Metáfase I
(c) Os pontos de quiasma encontram-se dispostos no plano (4) Telófase II
equatorial. (5) Telófase I
9. Ulva rigida é uma espécie com uma grande capacidade de proliferação e de adaptação a diversos
habitats mundiais.
Relacione os tipos de reprodução realizados pela alga com o seu sucesso dispersivo e adaptativo.
Grupo III
A domesticação dos coelhos iniciou-se no Sul de França há cerca de 1400 anos. Nessa altura, os
coelhos selvagens estavam praticamente restritos à Península Ibérica, onde existiam duas sub-espécies –
Oryctolagus cuniculus cuniculus e Oryctolagus cuniculus algirus –, e à França, que tinha sido colonizada
pelo O. c. cuniculus (figura 3B).
A domesticação dos animais resulta de mudanças significativas no comportamento, morfologia,
psicologia e modo de reprodução. Uma equipa de investigadores procurou desvendar os mecanismos que
permitem explicar a domesticação do coelho selvagem, comparando os genomas de populações de
coelhos domésticos e selvagens. Neste estudo foram utilizadas amostras de seis populações de coelhos
domésticos (figura 3A), amostras de três populações de coelhos franceses selvagens (FRW1, FRW2,
FRW3) e amostras de onze populações de coelhos selvagens ibéricos (IW1 a IW11) (figura 3C).
A investigação concluiu que a evolução dos coelhos selvagens para coelhos domésticos resultou da
modificação de uma diversidade de genes ao nível do cérebro e do sistema nervoso que conduziu a
4
mudanças comportamentais e fenotípicas significativas, permitindo aos coelhos ficarem mais tolerantes e
adaptados aos ambientes fornecidos pelos seres humanos.
B C
Figura 3. Coelhos domésticos utilizados no estudo (A). Mapa da Península Ibérica e Sul de França com a localização
dos habitats dos coelhos utilizados no estudo (B). Diversidade nucleotídica de genes analisados nos coelhos
domésticos e selvagens (uma maior diversidade nucleotídica corresponde a uma maior variabilidade genética) (C).
Baseado em Carneiro, M. et al. (2014). Rabbit genome analysis reveals a polygenic basis for phenotypic change
during domestication. Science, 345 (6200), 1074-1079. Doi:10.1126/science.1253714
1. A análise da figura 3C mostra que há _______ da variabilidade genética desde os coelhos selvagens
mais antigos até aos coelhos domésticos. Assim, podemos concluir que o surgimento de coelhos
domésticos é comparável a um processo de evolução por _______.
(A) uma diminuição … deriva genética associada ao efeito gargalo
(B) um aumento … cruzamentos ao acaso entre os indivíduos da população
(C) uma diminuição … cruzamentos ao acaso entre os indivíduos da população
(D) um aumento … deriva genética associada ao efeito gargalo
5
2. As relações filogenéticas entre os coelhos selvagens e domésticos foram determinadas através de
análises
(A) citológicas.
(B) bioquímicas.
(C) biogeográficas.
(D) paleontológicas.
5. Quanto ao modo de obtenção de energia e quanto à fonte de carbono, os coelhos são classificados de
(A) fotoautotróficos.
(B) foto-heterotróficos.
(C) quimioautotróficos.
(D) quimio-heterotróficos.
6. Faça corresponder a cada uma das afirmações da coluna A a designação expressa na coluna B. Utilize
cada letra e cada número apenas uma vez.
Coluna A Coluna B
(a) Sistema de classificação pré-evolucionista que organiza os (1) Tipo de nutrição
seres vivos de acordo com um número reduzido de (2) Horizontal
características. (3) Prático
(b) Qualquer sistema de classificação que não considere o fator (4) Interação nos
tempo. ecossistemas
(c) Critério de classificação que distingue os macroconsumidores (5) Fenético
dos microconsumidores.
7. Explique, à luz do neodarwinismo, a evolução dos coelhos domésticos a partir dos coelhos selvagens.
Grupo IV
Otodus megalodon, mais vulgarmente conhecido por megalodonte, é uma espécie extinta, apesar de,
no cinema, os filmes continuarem a alimentar a conspiração de que estes animais de quase 20 metros de
comprimento ainda se escondem nas profundezas dos oceanos.
Estudos recentes revelam que Otodus megalodon desapareceu há cerca de 3,6 milhões de anos, cerca
de um milhão de anos antes das estimativas anteriores, que apontavam que a extinção do megalodonte
6
estaria ligada a uma extinção marítima em massa, que ocorreu no final do Plioceno, há 2,6 milhões de
anos, devido a alterações climáticas que baixaram os níveis da água do mar e tornaram os mares polares
demasiados frios para a sua sobrevivência. A nova data coincide com a ascensão do grande tubarão-
branco moderno (Carcharodon carcharias), levantando novas teorias acerca da razão da extinção do
megalodonte.
Os dentes de Otodus megalodon seriam, em muitos aspetos, similares aos do Carcharodon carcharias,
mas com um tamanho maior, cerca 17,5 cm de comprimento, podendo considerar-se a existência de um
estreito parentesco entre as espécies. No entanto, alguns investigadores opinam que as similitudes entre
os dentes de ambos os animais são produto de um processo de evolução convergente. Tanto o
megalodonte como o tubarão-branco pertencem à classe Chondrichtyes.
Baseado em https://www.natgeo.pt/animais/2019/02/o-megalodonte-esta-definitivamente-extinto-o-
tubarao-branco-pode-ser-o-culpado (consult. 23 jan 2020) e Boessenecker, R. W. et al. (2019). The
Early Pliocene extinction of the mega-toothed shark Otodus megalodon: a view from the Eastern
North Pacific. Peer J, 7: e6088. Doi: 10.7717/peerj.6088.
Nos itens de 1. a 7., selecione a letra da opção correta.
3. De acordo com a teoria evolucionista de Darwin, a extinção do megalodonte poderia explicar-se pela
(A) competição que terá existido com o tubarão-branco.
(B) acumulação de mutações genéticas negativas que não permitiam a adaptação ao meio ambiente.
(C) seleção artificial que ocorreu devido às alterações climáticas.
(D) baixa variabilidade genética existente na população.
6. Numa perspetiva evolutiva, comparativamente com os seres coloniais, os seres pluricelulares, como o
tubarão-branco, apresentam
(A) maior taxa metabólica celular.
(B) menor especialização celular.
7
(C) maior capacidade de regulação da expressão génica.
(D) menor independência em relação ao meio.
9. Tendo em conta os critérios utilizados por Whittaker na classificação dos cinco reinos, explique por que
razão se pode considerar que o reino Protista alberga a maior heterogeneidade de características dos
seres vivos.
8
Cotações
Grup Item
o Cotação (em pontos)
1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. 8. 9.
I
5 5 5 5 5 5 5 5 10 50
1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. 8. 9.
II
5 5 5 5 5 5 5 5 10 50
1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. 8.
III
5 5 5 5 5 5 10 10 50
1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. 8. 9.
IV
5 5 5 5 5 5 5 5 10 50
Total 200
Cotaçã
Critérios de correção
o
Grupo I
1. Opção (A). 5
2. Opção (C). 5
3. Opção (B). 5
4. Opção (A). 5
5. Opção (A). 5
6. Opção (D). 5
7. Opção (C). 5
8. C – B – D – A – E. 5
9. – Relação entre a inibição da expressão dos WNK1 e a diminuição da
captação de glicose por parte da célula.
– Referência à necessidade de glicose para a produção de energia para a
divisão descontrolada por parte das células cancerígenas. 10
– Relação entre a falta de energia para a divisão celular/produção de
biomoléculas necessárias à multiplicação celular e o impedimento do
desenvolvimento das células cancerígenas.
Grupo II
1. Opção (D). 5
2. Opção (C). 5
3. Opção (B). 5
4. Opção (D). 5
5. Opção (C). 5
6. Opção (A). 5
7. Opção (C). 5
9
8. (A)(2); (B)(4); (C)(3). 5
9. – Relação entre a reprodução assexuada por fragmentação e a rápida
produção de um número elevado de descendentes.
– Relação entre a reprodução sexuada e a possibilidade do surgimento de 10
características que permitem a adaptação das populações a diferentes
ambientes.
Grupo III
1. Opção (A). 5
2. Opção (B). 5
3. Opção (D). 5
4. Opção (C). 5
5. Opção (D). 5
6. (A)(3); (B)(2); (C)(4). 5
7. – Relação entre as modificações genéticas ocorridas ao nível do cérebro e do
sistema nervoso e o desenvolvimento de características que proporcionavam uma
maior adaptação ao ambiente fornecido.
– Referência à seleção artificial feita pelo ser humano dos coelhos que 10
apresentavam melhores características genéticas.
– Relação entre a reprodução diferencial e a alteração do fundo genético da
população.
8. – Classificação do sistema em vertical, uma vez que tem em
consideração o fator tempo.
10
– Classificação do sistema em filogenético, uma vez que utiliza dados do
genoma de diferentes espécies para calcular as relações evolutivas.
Grupo IV
1. Opção (A). 5
2. Opção (B). 5
3. Opção (A). 5
4. Opção (A). 5
5. Opção (B). 5
6. Opção (C). 5
7. Opção (D). 5
8. E – B – A – D – C. 5
9. – Referência ao tipo de organização celular, que inclui indivíduos
unicelulares e multicelulares.
– Referência ao modo de nutrição, que inclui indivíduos autotróficos e
10
heterotróficos por ingestão e absorção.
– Referência à interação nos ecossistemas, que inclui microconsumidores,
macroconsumidores e produtores.
TOTAL 200
10