Edição 7
RAMADAN MUBARAK!!! FELIZ RAMADÃ!!!
VOLNESTA
. XXII, EDIÇÃO
NO .
CARTAS AO EDITOR.......................................... 2
NOTÍCIAS DO MUNDO ISLÂMICO..................3
RAMADAN - J EJUM............................................ 4
LEIS DA DIETA ISLÂMICA.....................................6
MILAGRES DO ALCORÃO.................................7
O ALCORÃO E A CIÊNCIA...................................8
CANTO DAS CRIANÇAS.................................. 9
AS MULHERES NO ISLÃ...................................... 11
CANTO DO COZINHEIRO...............................13
PROFETA HUD (PBUH).........................13
ENSINAMENTOS DO PROFETA.........................15 O objetivo do jejum é tornar o muçulmano capaz de controlar suas paixões, para que
se torne uma pessoa de boas ações e intenções. A raiva, uma fraqueza humana
FONTES/EDITORES.............................................. 15 afaste de todas as más ações durante seu jejum. Ele não deve mentir, quebrar uma
O BOLETIM ISLÂMICO
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O Boletim Islâmico
Assalamu alaikum!
Caros Leitores,
O mês do Ramadã começou mais uma vez. Este mês é um momento muito especial
no coração e na alma de um muçulmano. É uma época em que o Todo-Poderoso
concede muitas bênçãos em nossas vidas. É também um momento de perdão,
arrependimento e uma oportunidade de ganhar inúmeras recompensas.
É muito importante aumentar a adoração durante o Ramadã lendo o Alcorão,
fazendo orações “extras” – como Tahajjud e Taraweeh, sendo gentil e fazendo boas
ações. Esses bons hábitos durante o Ramadã também devem, se Deus quiser,
continuar após o término do mês de jejum.
O jejum desenvolve o autocontrole e nos ajuda a vencer o egoísmo, a ganância, a
preguiça e outras falhas. É um programa de treinamento anual para nos relembrar
do cumprimento de nossos deveres para com o Todo-Poderoso, o Criador e
Sustentador.
O jejum nos dá a sensação de fome e sede. Experimentamos por nós mesmos como
é ter o estômago vazio. Isso desenvolve nosso sentimento pelos pobres e famintos.
O jejum nos ensina a controlar o amor ao conforto. Além disso, nos ajuda a manter
nossos desejos sexuais sob controle. Fome, conforto e sexo são três fatores que
devem ser mantidos sob controle para nos comportarmos como servos do Todo-
Poderoso.
comum, também pode ser controlada pelo jejum. Espera-se que um muçulmano se
promessa ou cometer qualquer ato enganoso.
Durante o mês do Ramadã, deve-se visitar e oferecer orações com mais frequência
nos Masjids locais. Este é um momento em que os muçulmanos devem se unir e
mostrar sua força em números, apoiando seus Masjids e centros islâmicos. O
Ramadã também é uma época para visitar nossos amigos e familiares e compartilhar
nossas refeições com os menos afortunados.
RAMADAN MUBARAK!!! FELIZ RAMADÃ!!!
- de todos nós do Boleti m Islâmico e do Centro Islâmico de São
Francisco. Neste momento também desejamos a cada um de nossos
Leitores um Eid Mubarak.
Edição 7 Página 1

CARTAS AO EDITOR
Caro Editor:
VIAGEM AO BRASIL
Cinco irmãos e eu tivemos a
oportunidade, com
misericórdia de Deus, de visitar
a comunidade muçulmana no
Brasil.
Há cerca de 4 a 6 milhões de
muçulmanos vivendo no Brasil,
consistindo principalmente de
descendentes do Líbano,
Palestina e Síria.
Para contar uma breve história
do movimento de imigração
dos muçulmanos no Brasil, tudo começou por volta do ano de
1880, quando a ocupação e as dificuldades econômicas se
abateram sobre os muçulmanos na Grande Síria.
Encontrei o pregador na rua enquanto ele pregava o
cristianismo. Ele não me permitiu sair até que eu explicasse o
Islã para ele.
Este pregador ficou muito interessado no Islã e me
acompanhou ao Masjid.
Ele então declarou sua Shahadah e começou a trocar sua Bíblia
Sagrada, com 12 anos de anotações, por um Glorioso Alcorão
em português.
a muçulmanos, não devemos nos surpreender com as passagens do
JAMAAT PARA O BRASIL
- por Mohammed Asan Khan, Daly City
“Quanto aos que lutam por Nós, certamente os
guiamos em Nossos caminhos, e eis! Deus está com
os bons”. (Alcorão 29:69)
RUÍNAS DE CIDADE PERDIDA DESCOBERTAS NA ARÁBIA
Comentários do Editor
Os arqueólogos e exploradores não tinham livros ou outras fontes de
informação para consultar, exceto o Alcorão Sagrado. Passagens do
Sagrado Alcorão eram até citadas nos noticiários noturnos e nos
principais programas de entrevistas.
Não deveria ser nenhuma surpresa para nós, muçulmanos, que a
precisão do Alcorão tenha mais uma vez provado ser verdadeira. Nós,
Alcorão e sua veracidade.
Os muçulmanos também devem tomar cuidado e observar como Deus
cria e também destrói. O povo de Ad desobedeceu a Deus e, como
resultado, Deus os puniu destruindo uma cidade inteira. Achamos que,
por vivermos em tempos tão modernos, somos imunes a tal punição?
Lembra do terremoto de outubro de 1989? Este foi apenas um pequeno
lembrete de como o homem realmente é impotente. Se tivéssemos sido
destruídos, estaríamos preparados para encontrar nosso Criador? Para
que serviria nosso dinheiro, riqueza e poder em tal momento?
Somente nossas boas ações terão valor em tal momento. Vamos todos
nos arrepender ao Todo-Poderoso neste abençoado mês do Ramadã a
partir de agora.

A imigração estava no auge na década de 1950, quando a
economia do Brasil estava em seu ápice.
Hoje, há primeira, segunda, terceira e até quarta geração de
muçulmanos morando lá.
A boa notícia, graças a Deus, é que o Islã e os muçulmanos estão
bem. Existem centenas de mesquitas bem construídas em todos os
lugares e milhares de bons muçulmanos praticantes.
Há também escolas islâmicas e centros comunitários. Tudo isso se
deve à misericórdia de Deus e ao esforço de centenas de Dawa
Jamat que passaram seu tempo lá ensinando o Islã desde a década
de 1950.
Quando chegamos ao aeroporto de São Paulo, não tínhamos
nomes, endereços ou telefones de muçulmanos para contatar. O
líder do nosso grupo sugeriu que procurássemos na lista telefônica
nomes que "soassem" muçulmanos e ligássemos para eles.
Para nossa surpresa, a segunda pessoa que ligamos foi o Amir
(líder) de todos os Centros Islâmicos do Brasil.
46 pessoas aceitaram o Islã enquanto estávamos no Brasil. Entre
eles estava um general do exército, um estadista, 7 engenheiros,
um cantor de rock, um baterista e até um pregador.
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Para esta “chamada” os muçulmanos são obrigados a poupar seu
tempo para viajar em grupos, de casa em casa, rua em rua, aldeia
em aldeia, cidade em cidade e país em país, extorquindo as
pessoas a levarem suas vidas de acordo com os Princípios
Mencionado acima.
Nenhuma quantidade de oposição, ameaça ou perseguição deve
impedi-los de realizar este trabalho que tem sido, de fato, a missão
de vida de todos os profetas em geral e de Maomé (saws) em
particular.
Graças a Deus, um Jamaat de São Francisco partiu em 10 de
novembro de 1991 para o Brasil para cumprir o mandamento de
Allah, Subhana Wa Tala e a Sunnah do Profeta Maomé (que a paz
esteja com ele).
O Jamaat ficou em duas grandes cidades, Rio de Janeiro e São
Paulo.
Tendo trabalhado em tantos Masjids e conhecido irmãos
muçulmanos de diferentes países, principalmente do Oriente
Médio (já que a maioria da população é do Oriente Médio), muitos
irmãos mostraram intenções de ir para o Paquistão por 4 meses e
outros fizeram suas intenções por 40 dias. .
Como o Jamaat (Grupo) de outros países também está visitando
este país (Brasil), o trabalho de Dawa (convite ao Islã) começou e
muitas mudanças estão ocorrendo.
Porém, ainda é necessário muito esforço.
46 pessoas abraçaram o Islã. No caminho de volta para São
Francisco, Jamaats de Nova York, Portugal e África do Sul
estiveram nas cidades vizinhas do Brasil.
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Guiados por mapas antigos e pesquisas detalhadas do espaço,
arqueólogos e exploradores descobriram uma cidade perdida nas
profundezas das areias da Arábia e têm quase certeza de que é
Ubar, o lendário centro do rico comércio de incenso milhares de
anos atrás.
Os líderes da expedição relataram que as escavações até agora
descobriram as ruínas de oito torres e paredes adjacentes e
depósitos de cerâmica que datam da época romana de 2000 a.C.,
talvez antes. Eles disseram que a localização e o tamanho do local e
as evidências de uma destruição violenta pareciam corresponder
aos relatos históricos da ascensão e queda de Ubar.
Ubar foi chamada de “a Atlântida das areias” por T.E. Lawrence -
Lawrence da Arábia - que planejara procurar o local. As ruínas
estão à beira do Bairro Vazio da Península Arábica, na região de
Dhofar, no sul de Omã.
Muitas pesquisas ligaram Ubar à cidade de Iram no Alcorão e ao
Omanum Emporium nos mapas de Cláudio Ptolomeu, o geógrafo
alexandrino do século II d.C. Ele se referiu ao povo da região como
ubaritas.
Mas foi apenas quando os cientistas começaram a análise
minuciosa das imagens de satélite que eles descobriram vestígios
geológicos que os levaram ao local. Imagens feitas com luz
infravermelha próxima invisível mostraram evidências de antigas
rotas de caravanas, indetectáveis no solo, levando de e para uma
área específica.
No Alcorão, a cidade de Iram, possivelmente Ubar, é descrita como
a “cidade com muitas colunas... cujo semelhante não foi construído
em toda a terra”.
Condenado por suas vidas pecaminosas e impenitentes, relata o
Alcorão, o povo de Iram foi destruído por Deus. A expedição
encontrou evidências de sua causa.
Os edifícios do local foram construídos sobre uma grande caverna
de calcário, que em algum momento no passado distante desabou,
mergulhando grande parte da cidade em um buraco enorme. As
ruínas acabaram sendo enterradas na areia flutuante.
(Veja também o San Francisco Chronicle, 5 de fevereiro de 1992)
O Boletim Islâmico Edição 7
Para saber mais sobre o povo de Ad, clique aqui e consulte também o
Alcorão 7:65-72; 11h50-60; 25:38; 26:123-140; 29:38; 41:15-16;
46:21-26; 51:41-42; 54:18-21; 69:4-8; 89:6-14.
PRESIDIÁRIOS MUÇULMANOS CUMPREM O RAMADÃ
São Francisco: Graças a Deus e à gentil assistência de um
reverendo, pela primeira vez os 23 presidiários da prisão do
condado de S.F. terão permissão para se reunir em uma sala
durante todo o Ramadã. Eles poderão fazer suas refeições antes do
nascer do sol e ao pôr do sol. As datas serão fornecidas para a
realização do jejum.
NASCIMENTO DA INDÚSTRIA DE AÇO KOSHER
Chocado ao descobrir que a maioria das latas contém vestígios de
gordura animal; uma improvável coalizão de judeus, muçulmanos e
adventistas do sétimo dia persuadiu grandes siderúrgicas a começar a
fabricar aço kosher.
O grupo U.S. Steel-POSCO em Pittsburgh tornou-se recentemente uma
das primeiras siderúrgicas do país a se qualificar para a certificação
kosher. O aço produzido na fábrica para uso em latas de alimentos e
bebidas e tambores de aço agora tem a garantia de atender aos
rigorosos requisitos judaicos kosher, muçulmanos halal-haram e
adventistas do sétimo dia.
Leis dietéticas religiosas, que datam dos tempos bíblicos, regulam
quais alimentos judeus, muçulmanos e adventistas do sétimo dia
podem comer ou beber. Muçulmanos e judeus não podem consumir
carne de porco ou quaisquer produtos de origem animal provenientes
de carne não abatida de acordo com o ritual religioso. Os adventistas
do sétimo dia não comem carne.
A ideia de que as leis de alimentos poderiam afetar as vendas de aço
parecia absurda até que alguém descobriu que o aço usado para
fabricar latas é rotineiramente revestido durante o processamento
com lubrificantes contendo gorduras animais. A análise mostrou que,
mesmo após a limpeza, o aço retinha parte do óleo lubrificante.
(Veja também o San Francisco Chronicle, 5 de fevereiro de 1992)
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RAMADÃ - JEJUM
SIYAM (JEJUM)
Em árabe, jejum significa abstinência de fazer algo. De acordo com
estudiosos religiosos, é uma abstinência de comida, bebida e relações
sexuais, realizada desde o amanhecer até o pôr do sol, ou o propósito de
obter O Agrado de Deus. Os princípios do jejum são definidos no Alcorão
da seguinte forma:
“Ó vós que credes! O jejum é prescrito para você como foi prescrito
para aqueles antes de você, para que você possa (aprender)
autocontrole.
(Jejue) por um número fixo de dias; mas se algum de vocês estiver
doente ou em viagem, o número prescrito (deve ser compensado) dias
depois. Para aqueles que podem fazê-lo (com dificuldade), é um
resgate, a alimentação de um que é indigente. Mas aquele que dá
mais, por sua própria vontade, é melhor para ele. E é melhor para você
que jejue, se você souber.
O Ramadã é o (mês) em que foi enviado o Alcorão como um guia para
a humanidade, também (Sinais) claros para orientação e julgamento
(entre o certo e o errado). Portanto, cada um de vocês que estiver
presente (em sua casa) durante esse mês deve gastá-lo em jejum, mas
se alguém estiver doente ou em viagem, o período prescrito (deve ser
compensado) por dias depois. Deus pretende todas as facilidades para
você; Ele não quer colocar você em dificuldades. (Ele quer que você)
complete o período prescrito e glorifique-O naquilo em que Ele o
guiou; e talvez você seja grato. (Alcorão 2:183-185)
Em “Ó vós que credes! O jejum é prescrito para você como foi prescrito
para aqueles antes de você,” Deus explica que o jejum não é novo entre
as Leis Sagradas; foi ordenado a povos anteriores também. Isso sem
dúvida acalma o coração, facilita a aceitação do jejum e afasta o
sentimento de irritação, porque os muçulmanos não são as únicas
pessoas solicitadas a jejuar.
Depois disso, Deus acrescenta “para que você possa (aprender)
autocontrole”, e esse é o propósito do jejum. As pessoas são
ordenadas a adotar o jejum como um meio de se proteger contra
motivos perversos e malignos. O jejum protege a pessoa como
indivíduo e a sociedade como um todo. Protege a pessoa de se
transformar em uma fera vivendo de acordo com a Lei da Selva;
também protege a sociedade preparando o indivíduo devoto para
trabalhar pelo bem-estar geral, vivendo assim como um ser humano
com outros seres humanos, não como uma fera com outros seres
humanos. Para este efeito, o Profeta (saws) confirma: “O jejum é um
abrigo. Quando um de vocês estiver jejuando, não deixe que ele se
comporte de maneira obscena ou tola. Se alguém pretende lutar
contra ele ou repreendê-lo, diga apenas: estou jejuando! Estou
jejuando!”
O jejum é um abrigo no sentido de que o jejuador sabe que seu jejum
é feito para evitar o mal de sua natureza “animal”. Quando ele
proclama: “Estou jejuando!” ele está plenamente consciente de que o
diz sob o efeito de sua natureza humana, não animal. Quando ele se
protege contra os males de sua natureza animal e sua sociedade
contra seu próprio mal, ele ganha o contentamento de Deus e, assim,
toma sua posição entre os justos.
Jejuar acima de tudo é um ato de obediência e submissão ao Todo-
Poderoso. Essa submissão e compromisso são baseados no amor do
Todo-Poderoso e no esforço sincero de obter a Sua satisfação e evitar
Seu desagrado.
Hazrat Abu Hurairah (R.A.A.) diz que o Sagrado Profeta (S.A.W.) disse: O
Todo-Poderoso e Mestre de Honra diz: Todas as outras ações de uma
pessoa são para ela mesma, exceto o caso de seu jejum que é
exclusivamente para Mim e eu pagarei (recompensa) a ele pelo mesmo. O
jejum é um escudo (contra o vício e o fogo do Inferno). Portanto, quando
algum de vocês estiver jejuando, você deve se abster de conversa fiada e
evitar verbosidade e troca de palavras barulhentas. Se alguém começar a
abusá-lo ou começar uma briga com vós, vós devem dizer a ele 'estou
fazendo um jejum.' Este jejum é mais agradável aos olhos do Todo-
Poderoso do que a fragrância do almíscar. Uma pessoa que jejua obtém
dois tipos de prazer: em primeiro lugar, ela sente prazer quando quebra o
jejum e, em segundo lugar, fica alegre em virtude de seu jejum, quando
encontra seu Senhor. (Bukhari e Muslim)
O Boletim Islâmico Edição 7
Outra versão de Bukhari acrescenta: O Todo-Poderoso diz: A pessoa que
jejua se abstém de comida, bebida e de satisfazer sua paixão simplesmente
por Minha causa; como tal jejum é feito por minha causa, eu lhe concederei
a recompensa por isso. Outras ações virtuosas (feitas no mês do Ramadã)
são recompensadas dez vezes.
A versão do Imam Muslim diz: As boas ações de um homem são
recompensadas muitas vezes, de dez a setecentas vezes. Deus O
exaltado diz: Mas um jejum é uma exceção porque é realizado
simplesmente por minha causa (ou seja, não há limite para suas
recompensas). Somente eu concederei a recompensa por isso. (A
pessoa que observa um jejum), desiste de sua comida, bebida e
desejos sensuais por minha causa. Para uma pessoa que jejua, há dois
prazeres - primeiro, uma alegria quando ele quebra o jejum e, em
segundo lugar, outra alegria quando encontra seu Senhor. Seu hálito é
mais agradável aos olhos de Deus do que a fragrância do almíscar.
“Para que possas”, aqui, carrega o sentido de preparação e prontidão.
A maneira como o jejum prepara os espíritos dos jejuadores para a
devoção a Deus se manifesta em muitos aspectos. Como um assunto
pessoal, o jejum é deixado para a convicção do próprio jejuador, sem
que ninguém assuma o papel de guardião dele exceto Deus. Quando o
jejuador obedece aos mandamentos de Deus rejeitando os apelos de
seus desejos que lhe vêm à mente durante o jejum, ou quando se
exercita para ser paciente toda vez que é tentado por delícias e
desejos, por sentir que Deus o observa e conhece todos as segredos de
seu coração-- quando ele mantiver isso por um mês inteiro (Ramadã),
de sua atenção contínua acompanhando suas atividades, ele
certamente alcançará o dom da Vigilância de Deus sobre ele, bem
como seu próprio temor do Todo-Poderoso. Ele tentará evitar a
situação vergonhosa de Deus encontrá-lo onde ele é proibido de estar.
O cuidado de Deus sobre ele permite que ele realize todas as ações de
bondade e o mantém longe do mal. Ele então não trapacearia,
maltrataria ou faria injustiça aos outros; nem espalharia a corrupção
entre as pessoas.
No entanto, a mera abstinência de comida e bebida não é o verdadeiro
significado do jejum que Deus ordenou aos justos. O Sagrado Profeta
(saws) declara: “Deus não aceita o jejum daqueles que não se abstêm
de dizer mentiras ou de praticar atos falsos.” A verdade básica do
jejum no Islã brota da Vigilância de Deus sobre o jejuador, bem como
da realização deste último de seu jejum pela causa de ninguém além
de Deus. Para este efeito, o Sagrado Profeta (saws) explica: “Deus
perdoará todos os pecados daqueles que jejuarem durante o Ramadã
por causa da verdadeira crença e em antecipação à recompensa de
Deus na outra vida”.
Da mesma forma, o jejum prepara os espíritos dos vacilantes para a
devoção a Deus, no sentido de que o jejum modera a violência de seus
desejos instintivos, fonte de todos os pecados. Nesse sentido, o Sagrado
Profeta (saws) declara: “Ó vós, jovens! Aqueles de vocês que podem se
casar, deixe-os se casar, pois limita os olhos à modéstia e protege os
úteros (das mulheres) de más intenções. Aqueles de vocês que não
podem fazer isso, jejuem porque o jejum quebra suas concupiscências”.
O jejum também promove a forma islâmica de sociabilidade. Os
muçulmanos são instados a convidar outras pessoas para quebrar o jejum
com eles ao pôr do sol, para se reunirem para o estudo do Alcorão, oração
e visitas. Isso proporciona uma atmosfera espiritual - uma melhor chance
de socialização em uma atmosfera fraterna e espiritual.
Hazrat Zaid bin Khalid al-Juhani (R.A.A.) relatou que o Sagrado Profeta
(S.A.W.) disse: Qualquer pessoa que oferece refeição para quebrar o jejum
de outra pessoa ganha o mesmo mérito que aquela que estava observando
o jejum sem diminuir de forma alguma a recompensa do jejuador. (Tirmizi
relatou isso e disse que era bom).
Hazrat Umm Ammarah Al Ansaria (R.A.A.) relatou que certa vez o Sagrado
Profeta (S.A.W.) a visitou quando ela colocou comida diante dele. Ele
(S.A.W.) pediu para ela comer também. Então ela disse: “Estou jejuando
hoje”. Isso Ele (S.A.W.) observou quando pessoas que não jejuam comem
antes de um jejuador, os anjos pedem as misericórdias de Deus sobre ela
até que tenham terminado ou ele disse, até que tenham comido até
ficarem satisfeitos. (Tirmizi relatou isso e disse que era bom).
Hazrat Abu Hurairah (R.A.A.) relata que o Sagrado Profeta (S.A.W.)
disse: Quando algum de vocês for convidado a participar de uma
refeição, ele deve aceitar o convite. E se ele está jejuando, deve
rezar pelo anfitrião, e se não está jejuando, deve se juntar ao
anfitrião. (Muslim)
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VIRTUDES E BENEFÍCIOS DO JEJUM
Tanto no nível individual quanto no social, o jejum tem muitas virtudes e
benefícios. Destes podemos citar o sentimento de simpatia pelos pobres.
Afinal, o senso de compaixão do homem brota de seu sentimento de dor, e
o jejum é um meio prático de desenvolver a compaixão em seu espírito.
Quando os ricos estabelecem tal sentimento pelos pobres famintos, seus
princípios humanos internos adquirem uma autoridade efetiva. A esse
respeito, é relatado que o Profeta Maomé (saws) foi o mais generoso entre
as pessoas e foi especialmente generoso durante o Ramadã.
Além disso, o jejum estabelece a igualdade entre ricos e pobres. De
certa forma, é uma experiência obrigatória da pobreza na medida em
que se destina a fazer com que todas as pessoas compartilhem uma
igualdade, não diversidade, de sentimento e simpatizem umas com as
outras através de um sentimento coletivo de dor, não através de uma
discórdia ou diversidade de desejos.
Entre as outras virtudes do jejum está a moderação do poder dos
hábitos. Com algumas pessoas, os ditames do hábito chegaram ao
extremo da escravidão. Se uma refeição é servida tarde quando estão
com fome, eles perdem a paciência. Os efeitos de estimulantes como
café, chá ou fumo são ainda mais fortes em seus viciados do que os da
comida. Essas pessoas são escravas de seus hábitos. No jejum há um
aguçamento da força de vontade da pessoa.
Com base no Alcorão, tem sido consenso entre os muçulmanos ao
longo da história que um muçulmano que rejeita a legitimidade do
Siyam também rejeita o Islã. É relatado que o Sagrado Profeta disse
sobre o significado do mês do Ramadã:
“Um grande mês, um mês abençoado, contendo uma noite que é
melhor do que mil meses. O Todo-Poderoso designou a observância
do jejum como um dever obrigatório e a passagem de suas noites em
oração como uma prática voluntária. Se alguém se aproximar do
Todo-Poderoso durante ele com alguma boa ação, ele será como
aquele que cumpre um dever obrigatório em outro mês, e aquele que
cumpre um dever obrigatório nele será como aquele que cumpre
setenta deveres obrigatórios em outro mês."
Uma citação de outro Hadith afirma: “O mês do Ramadã é o
mês da resistência e a recompensa pela resistência é o paraíso.
É um mês cujo começo é a misericórdia, cujo meio é o perdão
e cujo fim é a libertação do inferno”.
JEJUAR NÃO É UMA DIFICULDADE
Algumas pessoas podem ficar doentes durante o mês do Ramadã ou
apenas fazer uma viagem cansativa. Nesse caso, a Sabedoria de Deus
exige que a severidade do jejum seja mitigada para essas pessoas e,
nesse sentido, Deus instrui:
“Se algum de vocês estiver doente ou em viagem, o período prescrito
(deve ser compensado) dias depois.” (Alcorão 2: 184)
Essas pessoas podem compensar os dias em que quebram o jejum,
fora do Ramadã, quando podem pagar. É permitido ao viajante
quebrar o jejum quando faz uma marcha moderada de um dia e uma
noite, que percorre cerca de oitenta e seis quilômetros e meio.
A esse respeito, Abdullah Yusuf Ali comenta dizendo: “A doença e a
viagem não devem ser interpretadas em um sentido elástico: devem
ser tais que causem dor ou sofrimento real se o jejum for observado.
Para a viagem, alguns comentaristas tornam preciso nomeando uma
distância de 16 farsakhs, equivalente a 48 milhas. Uma viagem de oito
ou nove milhas a pé é mais cansativa do que uma semelhante em
carroça de casco. Existem vários graus de fadiga ao percorrer uma
determinada distância a cavalo ou de camelo ou em um trem
confortável ou de carro ou de vapor, avião ou dirigível. Na minha
opinião, o padrão deve depender do meio de transporte e dos recursos
relativos do viajante. É melhor determiná-lo em cada caso de acordo
com as circunstâncias”.
Então temos a palavra de Deus: “Para aqueles que podem fazê-lo (com
dificuldade), é um resgate, o sustento do indigente”. Tal habilidade com
dificuldades significa alcançar o máximo que uma pessoa pode suportar, e
os árabes fazem essa afirmação apenas quando uma pessoa está muito
fraca para fazer algo, de modo que sofre muito ao fazê-lo. As pessoas
mencionadas neste versículo são pessoas idosas, doentes, mulheres
amamentando seus bebês, mulheres grávidas ou aquelas cuja doença é
terminal. Essas pessoas podem quebrar o jejum e, a cada dia que quebram
o jejum, oferecem comida para uma pessoa pobre o suficiente para
alimentar um homem de meia-idade; e assim escapar da condenação.
O Boletim Islâmico Edição 7 Página 5
Deus então acrescenta: “Mas aquele que dará mais, por sua própria pobres e indigentes. (Abu Daud)
vontade” - aumentando o resgate prescrito, alimentando mais do que
apenas um pobre por cada dia que quebra o jejum, ou combinando outro
jejum com o resgate prescrito - “é melhor para ele”; o benefício e o bom
crédito de tal ação serão dele, afinal.
O Ramadã é o (mês) em que foi enviado o Alcorão, como um guia
para a humanidade, também (Sinais) claros para orientação e
julgamento (entre o certo e o errado). Esta parte do versículo
especifica o período de jejum exigido dos muçulmanos, os dias do
Ramadã. A sabedoria subjacente à escolha deste mês para este
tipo de adoração é que este o mês em que o Alcorão foi revelado.
O jejum também tem muitos benefícios psicológicos. Ele aumenta
a sensação de paz interior, contentamento e otimismo. Esses
sentimentos resultam da percepção do prazer do Todo-Poderoso.
O jejum ensina paciência e perseverança e aumenta o sentimento
de realização moral.
Hazrat Abu Hurairah (R.A.A.) relatou que o Sagrado Profeta
(S.A.W.) disse: Se uma pessoa não se abstiver de mentir e
praticar atividades indecentes, o Todo-Poderoso não quer que
ela se abstenha de comer e beber. (Bukhari)
Nota: A ideia por trás dessa tradição é que calúnias, mentiras e
atividades indecentes durante o jejum diminuem a recompensa do
jejum e diminuem seu brilho. Portanto, deve-se evitar essas coisas
durante o jejum. A privação voluntária do apetite leva a pessoa a
apreciar as dádivas do Todo-Poderoso, que geralmente são tidas
como certas (até que sejam perdidas!)
Durante um mês completo todos os anos, os muçulmanos passam por
uma experiência diferente e emocionante que quebra a rotina normal
da vida. Isso não apenas pode ser revigorante, como também ensina
a pessoa a se adaptar a condições e circunstâncias variadas.

RAMADÃ
Desenvolva um interesse especial pelas orações durante o mês do
Ramadã.
LAILA-TUL-QADR (NOITE DE GLÓRIA)
Organize-se para oferecer tantos Nafls (orações opcionais) quanto
possível durante o Laila-tul-Qadr e recite o Alcorão Sagrado, pois a
importância desta noite reside no fato de que foi nesta mesma noite
que a mensagem Divina desceu. O Sagrado Alcorão na Sura Al-Qadr
(A Noite do Poder) diz:
“Revelamos esta (Mensagem) na Noite do Poder. E o que você sabe
(sobre o significado e a importância) desta noite? A Noite Gloriosa é
melhor do que mil meses. Nesta noite, os anjos e Hadrat Jibrail
(Gabriel) desceram (embarcam em sua missão designada) pelo
comando de seu Sustentador. Essa (Noite) é toda paz até o
amanhecer.” (Alcorão 97:1-5)

I’TIKAF NO RAMADÃ
A tradição diz que o Sagrado Profeta (saw) realizou I'tikaf (ou seja,
orações em reclusão) durante o Ramadã e, portanto, devemos seguir
a mesma prática. De acordo com Hadrat Ayesha (ra), “Quando os
últimos dez dias do Ramadã chegaram, o Sagrado Profeta (saw)
costumava ficar acordado o máximo possível e oferecer orações. Ele
também fez arranjos para acordar suas esposas e orou com toda a
devoção ao Todo-Poderoso”.

ZAKAT AL-
FITR
Deve ser dado em nome de muçulmanos adultos, menores, homens ou
mulheres. Consiste em um sa'a (medida de cerca de 2,5 kg) de arroz, trigo,
tâmaras ou alimentos semelhantes ou seu equivalente em dinheiro de $3
dólares e 50 centavos ou $4 dólares. Dê-o voluntariamente e sem
qualquer hesitação, no dia do Eid, ou um ou dois dias antes, para permitir
que os necessitados e os pobres providenciem suas necessidades para que
possam celebrar e desfrutar das festividades do Eid junto com os outros. O
Sagrado Profeta (saw) recomendou fortemente o Zakat al-Fitr para expiar
as irregularidades cometidas durante o Ramadã e ajudar no sustento dos

O Boletim Islâmico Edição 7 Página 4 O Boletim Islâmico Edição 7 Página 5


LEIS DA DIETA ISLÂMICA
TÂMARAS – Ricas em Proteínas e Vitaminas
Os muçulmanos geralmente quebram o jejum comendo tâmaras. É
relatado que o profeta Maomé (que a paz esteja com ele) disse: “Se
alguém de vocês está jejuando, quebre seu jejum com tâmaras. Caso
não os tenha, então com água. Na verdade, a água é purificadora.”
O Profeta costumava quebrar seu jejum comendo algumas tâmaras
antes de oferecer a oração do Maghrib e, se não houvesse tâmaras
maduras, ele costumava substituí-las por algumas uvas secas. Quando
estas também não estavam disponíveis, ele costumava tomar alguns
goles de água, segundo alguns relatos.
A ciência moderna provou que as tâmaras fazem parte de uma dieta
saudável. Elas contêm açúcar, gordura e proteínas, e também
vitaminas importantes. Daí a grande importância atribuída a elas pelo
Profeta.
As tâmaras também são ricas em fibras naturais. A medicina moderna
mostrou que elas são eficazes na prevenção do câncer abdominal. Elas
também superam outras frutas na grande variedade de seus
constituintes. Elas contêm óleo, cálcio, enxofre, ferro, potássio,
fósforo, manganês, cobre e magnésio. Em outras palavras, uma tâmara
é o mínimo de uma dieta equilibrada e saudável.
Os árabes costumam combinar tâmaras com leite e iogurte ou pão,
manteiga e peixe. De fato, essa combinação cria uma dieta
autossuficiente e saborosa, tanto para a mente quanto para o corpo.
Tâmaras e tamareiras foram mencionadas no Sagrado Alcorão 20
vezes, mostrando assim sua importância. O Profeta comparou um bom
muçulmano à tamareira dizendo: “Entre as árvores, há uma árvore
como um muçulmano. Suas folhas não caem.”
Sayyidah Mariam (a Virgem Maria) comia tâmaras quando sentia
dores de parto e durante o parto. Elas são definitivamente a “Coroa
dos doces” e o alimento ideal, fácil de digerir, e meia hora depois
de ingeri-la, o corpo cansado recupera um novo vigor. O motivo
disso é que a falta de açúcar no sangue é o principal fator que deixa
as pessoas com fome e não o estômago vazio, como muitas vezes
se supõe.
Quando o corpo absorve a essência nutricional de algumas
tâmaras, a sensação de fome é aplacada. Quando alguém que
quebra o jejum com tâmaras toma algum outro alimento depois,
ele não pode comer muito. Parece que quebrar o jejum com
tâmaras ajuda a evitar comer em excesso.
As experiências também mostraram que as tâmaras contêm alguns
estimulantes que fortalecem os músculos do útero nos últimos
meses de gravidez. Isso ajuda a dilatação do útero no momento do
parto, por um lado, e reduz o sangramento após o parto, por outro.
Os nutricionistas consideram as tâmaras como o melhor alimento
para mulheres em confinamento e lactantes. Isso porque as
tâmaras contêm elementos que auxiliam no alívio da depressão das
mães e enriquecem o leite materno com todos os elementos
necessários para tornar a criança saudável e resistente às doenças.
O Profeta enfatizou a importância das tâmaras e sua eficácia no
crescimento do feto. Ele também recomendou que elas fossem
dadas a mulheres.
Na Mesquita do Profeta em Madinah e no Santo Haram em
Makkah, grandes quantidades de tâmaras são fornecidas por
pessoas generosas em todos os dias do Ramadã.
O Boletim Islâmico Edição 7
Os institutos dietéticos modernos agora recomendam que as
tâmaras sejam dadas a crianças que sofrem de natureza nervosa ou
com hiperatividade.
O Profeta também recomendou tâmaras como remédio para
problemas cardíacos, de acordo com alguns relatos. A ciência
moderna também comprovou a eficácia das tâmaras, na prevenção
de doenças do aparelho respiratório.
Ayisha (R.A.), costumava prescrever tâmaras para quem sofria de
vertigem.
Já é sabido que a queda do nível de açúcar no sangue e a pressão
arterial baixa estão entre as causas da vertigem. Ela também teria
usado tâmaras combinadas com pepino para tratar sua condição de
magreza. Ela disse “eles tentaram me engordar me dando de tudo.
Mas não engordei. Então eles me engordaram com pepinos e
tâmaras maduras e eu ganhei peso.”
Ayisha estava certa. Como sabemos agora, um quilo de tâmaras
contém quase 3.000 calorias, que por si só são suficientes para
suprir as necessidades diárias mínimas de um homem ativo por um
dia inteiro.
As tâmaras são ricas em várias vitaminas e minerais. Quando o
nível de oligoelementos cai no corpo, a saúde dos vasos sanguíneos
é afetada, levando a um aumento da frequência cardíaca e
consequente incapacidade de desempenhar sua função com
eficiência normal.
Como as tâmaras também são ricas em cálcio, elas ajudam a
fortalecer os ossos. Quando o teor de cálcio no corpo diminui, as
crianças são afetadas com raquitismo e os ossos dos adultos
tornam-se quebradiços e fracos.
As tâmaras também são importantes para manter a saúde dos
olhos. Elas são bastante eficazes na proteção contra a cegueira
noturna. Nos primeiros anos do Islã, as tâmaras eram servidas
como alimento para os guerreiros muçulmanos. Eles costumavam
carregá-las em sacolas especiais penduradas nas laterais. Eles são o
melhor estimulante para os músculos e, portanto, o melhor
alimento para um guerreiro prestes a entrar em batalha.
O Profeta costumava combinar tâmaras com pão às vezes. Em
outras ocasiões, ele misturava tâmaras maduras com pepinos, ou
tâmaras combinadas com ghee. Ele costumava comer todas as
variedades de tâmaras, mas preferia a variedade chamada ajwah.
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MILAGRES DO ALCORÃO
A ONIPOTÊNCIA DE DEUS
O milagre da concepção virginal de Maria, conforme retratado no
Alcorão, é um exemplo claro do poder absoluto de Deus e Seu domínio
sobre os acontecimentos do universo. O imenso significado desse
milagre é que ele envolveu um fenômeno fisiológico que não poderia
ter ocorrido sob o funcionamento normal das leis da natureza. Ao
descartar o processo natural pelo qual macho e fêmea se unem para
produzir uma prole, Deus demonstrou Seu poder e dominação
absolutos. Isso foi para convencer a humanidade de que a criação não
precisa necessariamente seguir as regras de causa e efeito ou estar
sujeita a elas. Pois Deus tem a capacidade de ordenar que uma coisa
seja e produza efeitos sem pré-requisitos que engendrem causas.
Aqui, Deus está envolvido com quatro diferentes processos de criação
para demonstrar que a reprodução e perpetuação da espécie humana
pode ser realizada sem a necessidade de contato físico entre homem e
mulher ou sua participação, se Ele assim ordenar. Esses quatro
processos são:
- a criação de Adão do pó;
- a criação de Eva de Adão (ou fêmea de macho);
- a criação da humanidade através da união de macho e fêmea;
- o nascimento de Jesus de uma mulher sem ser tocada por um
homem.
Assim Deus realizou os quatro tipos de criação da raça humana.
Embora o nascimento e a reprodução tenham sido ordenados para
ocorrer de acordo com a união entre homem e mulher, a
fecundidade de tal união depende da vontade e providência de
Deus. Sobre esta vontade divina, o Alcorão diz:
“A Deus pertence a soberania dos céus e da terra. Ele cria o que
Ele quer. Ele concede fêmea (descendência) a quem Ele deseja, e
macho (descendência) a quem Ele deseja. Ou Ele os mistura,
machos e fêmeas, e torna estéril quem Ele quer...” (Alcorão Al-
Shura 42:49-50)
Deus diz aos crentes para não sucumbirem ao desespero ou
confusão se falharem em explicar as causas e efeitos, porque, em
última análise, é somente Ele que determina todas as causas e seus
efeitos como Ele deseja, independentemente de leis ou normas.
Com esse conhecimento em mãos, o crente está mais bem
preparado para enfrentar as turbulências da vida diária com maior
confiança na providência e onisciência de Deus. Essa fé reacende
seu coração e sua alma com uma esperança renovada. O
pensamento de acontecimentos inexplicáveis ocorrendo não é mais
perturbador ou assustador. Uma vez que esta fé se enraíza no
coração do crente, o verdadeiro crente mantém firmemente a
convicção de que Deus é capaz de ordenar acontecimentos e
eventos isoladamente de suas devidas causas. Esse desespero
injustificado é mencionado na Surata da Família de Imran (Al
'Imran), onde Deus diz:
“(Lembre-se) quando a esposa de ‘Imran disse: Meu Senhor! Eu
jurei a Ti o que está em meu ventre como uma (oferta)
consagrada. Aceite isso de mim. Olha! (Você, somente Você) é o
Ouvinte, o Conhecedor. E quando ela deu à luz, ela disse: Meu
Senhor! Eu nasci de uma mulher...” (Alcorão Al ‘Imran 3:35-6)
A frase “Eu nasci de uma mulher”, dita pela esposa de Imran,
indicando seu desapontamento porque a criança nascida não era um
homem, ilustra o tipo de desespero que somos advertidos a não deixar
infiltrar nossa fé em Deus e Sua sabedoria. . A esposa de Imran havia
prometido oferecer seu filho ainda não nascido ao serviço de Deus e,
portanto, tinha certeza de que Ele lhe daria um filho que, em sua
opinião, seria mais capaz de servi-Lo. Esta foi uma crença infundada à
qual Deus responde: “(Deus sabia melhor do que ela foi entregue). O
macho não é como a fêmea.” (Alcorão Al 'Imran 3:36)
Nesse versículo, Deus novamente nos adverte a não julgar Seus decretos e
planos em termos de nosso conhecimento e lógica imperfeitos. Em todos os
O Boletim Islâmico Edição 7
atos divinos há um propósito que pode não ser óbvio no momento de sua
manifestação real. Este versículo também corrige o equívoco de que os
homens são superiores às mulheres no serviço a Deus ou no cumprimento de
Seu propósito. Daí veio o lembrete de que 'o homem não é como a mulher'.
Em outras palavras, a filha que a esposa de Imran deu à luz era muito mais
digna do que qualquer filho que ela poderia ter desejado. Só Deus sabia qual
seria o grande significado do nascimento desta menina para a humanidade.
Ao preparar Maria para seu papel predestinado, Deus planejou que ela
fosse oferecida por sua mãe a Seu serviço no templo. Sua educação
espiritual começou sendo instilada com fé no poder de Deus para fazer
as coisas acontecerem independentemente de suas causas naturais.
Ela recebeu evidência disso quando Ele lhe forneceu comida diferente
de qualquer outra encontrada na terra e frutas fora da estação. Apesar
de muitos sinais divinos, porém, Maria continuou a duvidar da
possibilidade de uma concepção milagrosa, perguntando a Gabriel,
que viera anunciar a ela a vontade de Deus:
“Como posso ter um filho se nenhum mortal me tocou, nem fui
impura?” (Alcorão Maryam 19:20)
Para reforçar sua fé e assegurá-la de Seu poder onipotente, Deus disse
a ela por meio de Gabriel:
“Assim (será). Seu Senhor diz: É fácil para mim. E (será) para que
possamos fazer dele uma revelação para a humanidade e uma
misericórdia Nossa.” (Alcorão Maryam 19:21)
O que Deus estava dizendo a Maria era: “Você se pergunta o que está
acontecendo com você depois de tudo o que você viu do Meu poder
ilimitado?”
Outro versículo (3:49) nos diz que Jesus recebeu o poder de “curar o cego
de nascença e o leproso, e ressuscitar os mortos com a permissão de
Deus”. Em outras palavras, o verdadeiro curador era o próprio Deus. Ele
foi, igualmente, Aquele que deu a vida e a tirou. Por outro lado, temos a
segunda classe de milagres que Jesus podia realizar espontaneamente,
usando os poderes divinos já investidos nele. Ao contrário da classe
anterior, Deus revelou a ele os segredos desses (últimos) milagres e deu-
lhe acesso ao Seu conhecimento a respeito deles. Assim, embora tenha
recebido o poder de reviver os mortos, nem ele nem nenhum outro
Profeta recebeu o segredo da vida e da morte.
Apesar dos milagres que demonstraram o poder do Absoluto e o apoio
que deu a Jesus desde o momento de seu nascimento até sua morte,
os israelitas rejeitaram sua mensagem e se recusaram a acreditar em
seu Deus. Eles pareciam se afastar ainda mais de Deus e começaram a
conspirar contra ele e lançar dúvidas sobre sua mensagem,
exatamente como haviam feito anteriormente com Moisés. Mesmo
quando pareciam ter se livrado da atração do mundo material, sua fé
não durava muito e eles sempre regrediam aos seus velhos hábitos e
ao culto da matéria, conforme afirma o seguinte versículo:
“Mas, quando Jesus se deu conta da descrença deles, exclamou:
Quem ajudará na causa de Deus? Os discípulos disseram: Nós
seremos os ajudantes de Deus. Acreditamos em Deus e
testemunhamos que nos rendemos (a Ele) [somos Muçulmanos]”.
(Alcorão Al 'Imran 3:52)
Assim, Jesus começou a procurar verdadeiros crentes e apoiadores
quando descobriu que todos os milagres e evidências que ele trouxe
aos israelitas não podiam enfraquecer sua corrupção profundamente
enraizada e amor pelo mundo material. Ao buscar discípulos para levar
sua mensagem após sua ascensão, Jesus estava mostrando seu
desespero de que os israelitas nunca veriam a luz da verdade, que
jamais deixariam de lutar contra sua religião.
Ele colocou toda a sua esperança em espalhar sua mensagem para a
humanidade em seus discípulos e nos poucos seguidores que
realmente acreditavam em seu Deus, e começou a ensinar-lhes o
conteúdo e o propósito de sua mensagem divina. Ele explicou a eles os
mandamentos e injunções contidos em sua mensagem e os fez
prometer espalhá-la por todo o mundo.
Na verdade, a mensagem de Jesus era uma personificação do poder
ilimitado da vontade de Deus, que se manifestou ao longo da vida
de Jesus. Isso se mostrou mais vividamente quando Deus revelou à
esposa de Imran que só Ele sabia melhor por que ela deveria dar à
luz uma menina. O mesmo poder divino mostrou-se ao fornecer a
Maria um alimento diferente de qualquer outro. Finalmente, a
concepção imaculada e o nascimento de Jesus, sua capacidade de
falar e defender sua mãe quando ele tinha apenas alguns dias de
idade deram mais evidências da vontade de Deus Todo-Poderoso.
Página 7
 POR QUE EU ACEITEI O ISLÃ

ASTRONOMIA Hajj Malik Shabazz (Malcolm X)

Enquanto a Astronomia definhou na Europa medieval, ela floresceu “O daltonismo da sociedade

dentro do Islã. Os astrônomos renascentistas aprenderam com os religiosa do mundo
textos dos estudiosos islâmicos, que preservaram, desenvolveram e muçulmano e o daltonismo da
transformaram a ciência dos antigos gregos. sociedade humana do mundo
muçulmano; essas duas
A era do Profeta Maomé (PBUH) trouxe grande zelo, entusiasmo e influências vinham causando a
iluminação entre os árabes nômades para adquirir e difundir cada dia um impacto maior e
conhecimentos que são simplesmente surpreendentes. O Sagrado uma persuasão crescente
Alcorão dá suprema importância para a aquisição de conhecimento contra minha maneira anterior
para sondar as vastas extensões do Universo com o poder de de pensar...
raciocínio e intelecto concedido à humanidade.
Eram dezenas de milhares de
O Sagrado Alcorão declara: “E Ele sujeitou a vós, como por Ele, tudo P: 1. O que vem antes do mês do Ramadã? peregrinos, de todo o mundo.
o que está nos céus e na terra: eis que há realmente Sinais para sobre Astronomia, um comentário crítico sobre o “Zij” de Al- Shaban ou Shawwal? Eram de todas as cores, de
aqueles que refletem.” (Alcorão 45:13) Khawarzmi e um comentário sobre “Almagest”. Isso foi de loiros de olhos azuis a
africanos de pele negra. Mas
Os dois séculos seguintes, depois do Hijri, foram considerados a era de extrema importância, pois fornecia em árabe um relato P: 2. Durante quantos anos o Sagrado Alcorão estávamos todos participando
completo da astronomia ptolomaica em um texto claro e bem
ouro nas ciências islâmicas. Nas palavras de um grande historiador da
ciência de Harvard, George Sarton: “Da segunda metade do século VIII organizado que possuía considerável popularidade. foi completamente revelado? do mesmo ritual. Exibindo um
espírito de unidade e
ao final do século XI, o árabe foi a língua científica e progressiva da fraternidade que minhas
humanidade. Quando o Ocidente estava suficientemente maduro para
Abu Abdullah Al-Battani: De todos os primeiros astrônomos P: 3. Qual é o Zakah do corpo? experiências na América me
árabes, ele foi o maior e o mais famoso. Al-Battani, um sabian de levaram a acreditar que nunca
sentir a necessidade de um conhecimento mais profundo, ele voltou Harran, fez observações astronômicas de Al-Raqqa na margem
sua atenção, em primeiro lugar, não para as fontes gregas, mas para as norte do Eufrates. Ele fez observações de eclipses e outros
P: 4. Quem era conhecido pelo nome de Al- poderia existir entre o branco
e o não-branco.”
árabes.”
fenômenos celestes. Sua contribuição mais notável para o campo Amin?
Um historiador do Ocidente diz que do século VIII ao XIV, a maior foi seu “Kitab Al-Zij” (Livro de Tabelas Astronômicas). Ele também - Hajj Malik (Malcolm X)
parte da atividade astronômica ocorreu no Oriente Médio, Norte da construiu vários instrumentos astronômicos para fazer Q: 5. Nomeie o local de nascimento do Santo
África e Espanha moura, enquanto a Europa definhava na Idade das observações e medições precisas.
Trevas. Profeta (PBUH)?
Abdul Wafa Al-Buzjani: Ele foi outro grande representante da Breve História Cronológica
A riqueza do conhecimento em Astronomia e outras ciências
preservadas e desenvolvidas pelos estudiosos islâmicos caiu nas mãos
escola astronômica e matemática que cresceu após a fundação de P: 6. Em que mês jejuamos? 1925, 19 de Maio Nasce Malcolm Little em Omaha, Nebraska
Bagdá. Ele escreveu um livro-texto completo sobre Astronomia
dos europeus, o que acabou abrindo caminho para o Renascimento na
Europa.
do ponto de vista matemático, com soluções explícitas. P: 7. Existem algumas pessoas mencionadas no 1940 Abandona a escola aos 15 anos
O crescimento da astronomia islâmica aos trancos e barrancos deveu-
Abdul Hussain Al-Sufi: Ele foi um astrônomo do final do século X Alcorão que são elegíveis para receber o Zakah.
do Irã, conhecido por suas observações e descrições das estrelas Cite pelo menos quatro. 1946 Condenado por roubo e enviado à prisão
se principalmente às observâncias religiosas islâmicas, que
apresentaram uma série de problemas na astronomia matemática, e seu “Livro da Constelação das Estrelas Fixas”. Este livro se
principalmente relacionados à medição do tempo. Ao resolver esses tornou um clássico na Astronomia Islâmica e Abul Hussain foi 1949-1951 Estuda a Nação do Islã
problemas, os estudiosos islâmicos foram muito além dos métodos reconhecido no Ocidente como Azophi.
matemáticos gregos. 1952 Deixa a prisão, dedica-se à construção da Nação do Islã e
Abu Rayhan Al-Biruni: Um intelectual multifacetado do Irã R: O mês que vem antes do mês sagrado do Ramadã é muda de nome para Malcolm X
Esses desenvolvimentos notadamente no campo da Trigonometria também contribuiu para o campo da Astronomia, embora seus chamado de Shaban.
forneceram as ferramentas essenciais para a criação da Astronomia do principais interesses fossem a Astrologia. Suas contribuições 1963, Dec 4 Suspenso da Nação do Islã
Renascimento Ocidental. Os vislumbres da Astronomia Islâmica foram em Geografia Astronômica, usando eclipses para
Medieval são visíveis até hoje. Os termos astronômicos familiares determinar a longitude de lugares na Terra. Ele também fez
R: O Sagrado Alcorão foi completamente revelado em
1964, Março Deixa a Nação do Islã, inicia a Muslim Mosque,
como Zênite, Azimute e as Estrelas no Triângulo do Verão Vega, Altair observações astronômicas para determinar a distância de um 23 anos. Inc.
e Deneb e muitas outras palavras semelhantes são de origem árabe. grau do meridiano.
Abdul Hassan Ibn Yunus: Foi outro grande astrônomo no final do
R: O jejum é o zakat do corpo. 1964, 22 de Abril Faz seu Hajj e se torna Al Hajj Abdul Malik
século X, do Egito com grandes contribuições na área de Shabazz
Mencionados abaixo estão alguns dos astrônomos islâmicos R: O Sagrado Profeta (SAW) também era comumente
mais proeminentes. influência astronômica dos tempos de oração. Suas tabelas eram
muito extensas - elas tinham mais de 10.000 entradas da posição conhecido como Al-Amin. 1964, 28 de Junho Forma a Organização da Unidade Afro-
do Sol ao longo do ano. Essas tabelas eram tão precisas que Americano
Musa Al-Khawarzmi: Ele estava entre os astrônomos mais importantes foram usadas no Cairo até o século XIX. R: Meca é o local de nascimento do Sagrado Profeta
do início do século IX. Além de sua notável contribuição para a 1964, 17 de Julho Faz uma apresentação na Organização
Ulugh Beg: Ele era neto do famoso conquistador mongol (SAW). da Unidade Africana no Cairo
matemática, ele também escreveu sobre Astronomia, especialmente Tamerlão. Ulugh Beg também fez observações astronômicas e foi
sobre o “Almagesto” (Sintaxe) de Ptolomeu. Ele preparou um conjunto uma força dinâmica por trás da vida cultural de Samarkhand, que
de “Zij” (tabelas astronômicas) de futuras posições planetárias e R: Os muçulmanos jejuam no mês sagrado do Ramadã. 1964, 13 de Agosto O Departamento de Estado e Justiça dos
foi interrompida abruptamente devido ao seu assassinato
estelares, chamadas “Zijal Sindhind”, pois eram baseadas em algumas EUA percebe sua influência sobre os líderes africanos na ONU.
prematuro. R: Existem 4 categorias de pessoas mencionadas no
tabelas hindus que foram trazidas para Bagdá. Essas tabelas são as
primeiras das principais obras astronômicas islâmicas que Os grandes esforços dos astrônomos islâmicos tornaram-se muito Alcorão que são elegíveis para receber o Zakah: Os 1965, 13 de Fevereiro A casa de Al Hajj Malik no Queens, N.Y. é
sobreviveram em sua totalidade. úteis para os astrônomos europeus renascentistas aprenderem e bombardeada
desenvolverem o campo da astronomia. pobres, os necessitados, os escravos e os devedores.
Abu Al-Abbas Al-Farghani: Ele escreveu um livro mais geral
1965, 21 de Fevereiro Al Hajj Abdul Malik Shabazz foi
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assassinado em Nova York

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Em 19 de maio de 1925, em Omaha, Nebraska, Malcolm Little
nasceu, filho do reverendo Earl Little e Louise Little. O Rev. Little,
que acreditava na autodeterminação, trabalhou pela unidade do
povo negro. Malcolm foi criado em um ambiente de consciência
étnica e dignidade, onde a violência surgiu de racistas brancos para
impedir que negros, como o Rev. Little, pregassem pela causa
negra.
Quando Malcolm tinha seis anos, seu pai foi assassinado por
racistas brancos. A história da árvore genealógica de Malcolm
mostra que sua dedicação aos negros, como a de seu pai, pode ter
sido motivada pela total opressão de sua família. Com a tenra idade
de seis anos, Malcolm, seus pais, irmãos e irmãs foram baleados,
expulsos de casa, queimados, assediados e ameaçados, culminando
na morte de seu pai.
Alguns anos depois, Malcolm “desistiu” da escola aos 15 anos.
Aprendendo os costumes das ruas, Malcolm conheceu bandidos,
ladrões, traficantes de drogas e cafetões. Condenado por roubo
aos 20 anos, ele ficou na prisão até os 27 anos e foi libertado em
1952 como um homem mudado. Durante sua estada na prisão, ele
tentou se educar. Igualmente importante, foi nessa época de prisão
que ele conheceu a seita muçulmana negra.
Ao aprender sobre os muçulmanos negros, Malcolm estudou os
ensinamentos por inteiro. Quando libertado da prisão, ele foi para
Detroit, juntou-se às atividades diárias da seita e recebeu
instruções do próprio Elijah Muhammad. O compromisso pessoal
de Malcolm ajudou a construir a organização nacionalmente,
tornando-o uma figura internacional. A inveja e outros problemas
forçaram Malcolm a deixar a seita negra com a intenção de iniciar
sua própria organização em 12 de março de 1964.
“Sinto-me como um homem que esteve um pouco adormecido e
sob o controle de outra pessoa. Sinto que o que estou pensando e
dizendo agora é para mim. Antes, era para e por orientação de
outro, agora penso com minha própria mente.” - Malcolm X
Malcolm tinha 38 anos quando deixou a Nação do Islã de Elijah
Muhammad. Foi então que Malcolm refletiu sobre o evento que
aconteceu antes de partir. “Em uma ou outra faculdade ou
universidade, geralmente nas reuniões informais após minha palestra,
talvez uma dúzia de pessoas geralmente de pele branca se
aproximavam de mim, identificando-se como muçulmanos árabes, do
Oriente Médio ou do norte da África que por acaso estavam visitando,
estudando ou morando nos Estados Unidos. Eles me disseram que
minhas declarações de acusação aos brancos eram sinceras ao me
considerar um muçulmano - e eles achavam que se eu fosse exposto
ao que eles sempre chamaram de "verdadeiro Islã", eu o "entenderia e
o aceitaria". Automaticamente, como seguidor de Elijah Muhammad,
eu me refreava sempre que isso era dito. Mas, na privacidade de meus
próprios pensamentos, depois de várias dessas experiências, eu me
questionei: se alguém é sincero em professar uma religião, por que
deveria se recusar a ampliar seu conhecimento dessa religião?
Aqueles muçulmanos ortodoxos que eu conheci, um após o outro, me
instaram a conhecer e conversar com o Dr. Mahmoud Youssef
Shawarbi... Então, um dia, o Dr. Shawarbi e eu fomos apresentados por
um jornalista. Ele foi cordial. Ele disse que tinha me seguido na
imprensa; Eu disse que tinha ouvido falar dele e conversamos por 15
ou 20 minutos. Nós dois tivemos que sair para fazer compromissos que
tínhamos, quando ele me disse algo cuja lógica nunca mais sairia da
minha cabeça. Ele disse: “Nenhum homem acredita perfeitamente até
que deseje para seu irmão o que deseja para si mesmo”.
A peregrinação a Meca, conhecida como Hajj, é uma obrigação
religiosa que todo muçulmano cumpre, se for humanamente capaz,
pelo menos uma vez na vida. O Sagrado Alcorão diz: “A peregrinação à
Caaba é um dever que os homens devem a Deus; aqueles que são
capazes, façam a jornada.” Deus disse: “E proclamai a peregrinação
entre eles; eles virão até você a pé e sobre cada camelo magro, eles
virão de todas as ravinas profundas.
Foi depois de deixar a Nação do Islã que Malcolm se tornou um
muçulmano ortodoxo, fez uma peregrinação sagrada, viajou pelo
Oriente Médio e pela África e conversou com muitos diplomatas e
chefes de estado. Os efeitos que teve e sua mudança ficaram claros
em sua atitude, palavras e ações, a ponto de muitos ficarem
confusos quanto ao seu novo programa. O Alcorão foi seu guia e
O Boletim Islâmico Edição 7
e sua experiência histórica e pessoal fizeram dele o líder mais dinâmico
da Revolução Negra.
Malcolm fez a peregrinação que todo muçulmano deve fazer pelo
menos uma vez na vida à cidade sagrada de Meca. Foi nessa época que
Malcolm refletiu sobre sua peregrinação a Meca. “Cada um dos
milhares no aeroporto, prestes a partir para Jeddah, estava vestido
dessa maneira. Você poderia ser um rei ou um camponês e ninguém
saberia. Algumas pessoas poderosas, que foram discretamente
apontadas para mim, usavam a mesma coisa que eu. Uma vez assim
vestidos, todos nós começamos a gritar 'Labbayka! (Allahumma)
Labbayka!' (Aqui vou eu, ó Senhor!) No avião estavam pessoas
brancas, negras, marrons, vermelhas e amarelas, olhos azuis e cabelos
loiros, e meu cabelo ruivo crespo - todos juntos, irmãos! Todos
honrando o mesmo Deus, todos por sua vez dando igual honra uns aos
outros...”
“Foi quando comecei a reavaliar o ‘homem branco’. Foi quando
comecei a perceber que 'homem branco', como comumente usado,
significa tez apenas secundariamente; isso descrevia principalmente
atitudes e ações. Na América, ‘homem branco’ significava atitudes e
ações específicas em relação ao homem negro e a todos os outros
homens não-brancos. Mas no mundo muçulmano, eu tinha visto que
os homens de tez branca eram mais genuinamente fraternos do que
qualquer outra pessoa. Aquela manhã foi o início de uma mudança
radical em toda a minha visão em relação aos homens 'brancos'.
“Foram dezenas de milhares de peregrinos, de todo o mundo. Eram de
todas as cores, de loiros de olhos azuis a africanos de pele negra. Mas
estávamos todos participando do mesmo ritual exibindo um espírito
de unidade e fraternidade que minhas experiências na América me
levaram a acreditar que nunca poderia existir entre o branco e o não-
branco”.
“A América precisa entender o Islã, porque esta é a única religião que
apaga de sua sociedade o problema racial. Ao longo de minhas viagens
pelo mundo muçulmano, conheci, conversei e até comi com pessoas
que na América seriam consideradas brancas – mas a atitude “branca”
foi removida de suas mentes pela religião do Islã. Nunca antes vi
fraternidade sincera e verdadeira praticada por todas as cores juntas,
independentemente de sua cor.”
“Cada hora aqui na Terra Santa me permite ter maiores percepções
espirituais sobre o que está acontecendo na América entre negros
e brancos. O negro americano nunca pode ser culpado por suas
animosidades raciais – ele está apenas reagindo a quatrocentos
anos de racismo consciente dos brancos americanos. Mas como o
racismo leva a América ao caminho do suicídio, acredito, pelas
experiências que tive com eles, que os brancos da geração mais
jovem, nas faculdades e universidades, verão a escrita na parede e
muitos deles vão voltar-se para o caminho espiritual da verdade - o
único caminho que resta à América para evitar o desastre ao qual o
racismo inevitavelmente deve levar.
“... Acredito que Deus agora está dando à chamada sociedade
branca ‘cristã’ do mundo sua última oportunidade de se
arrepender e expiar os crimes de explorar e escravizar os povos
não-brancos do mundo. É exatamente como quando Deus deu a
Faraó uma chance de se arrepender. Mas o Faraó persistiu em sua
recusa em fazer justiça àqueles que ele oprimia. E, sabemos, Deus
finalmente destruiu o Faraó.”
“Nunca me esquecerei do jantar na casa dos Azzam com o Dr.
Azzam. Quanto mais conversávamos, mais seu vasto reservatório
de conhecimento e sua variedade pareciam ilimitados. Ele falou da
linhagem racial dos descendentes de Maomé (PBUH), o Profeta, e
mostrou como eles eram negros e brancos. Ele também apontou
como a cor e os problemas de cor que existem no mundo
muçulmano existem apenas onde e na medida em que essa área do
mundo muçulmano foi influenciada pelo Ocidente. Ele disse que se
alguém encontrasse alguma diferença com base na atitude em
relação à cor, isso refletia diretamente o grau de influência
ocidental”.
Malcolm também teve tempo para reconhecer a contribuição que
sua irmã Ella teve em sua vida. “Eu não conseguia acreditar no que
ela tinha feito. Ela teve um papel muito significativo na minha vida.
Nenhuma outra mulher foi forte o suficiente para me apontar
direções; Apontei as direções para as mulheres. Eu havia trazido
Ella para o Islã e agora ela estava me financiando para Meca.
Página 10
Foi durante sua peregrinação que ele começou a escrever Al Hajj Malik Shabazz foi assassinado em 25 de fevereiro de 1965,
em um comício. Graças a Deus, ele realizou o Hajj e foi guiado à
algumas cartas para seus leais assistentes na recém-formada
verdadeira religião do Islã.
Mesquita Muçulmana no Harlem. Ele pediu que sua carta fosse
duplicada e distribuída à imprensa. “Nunca testemunhei uma
hospitalidade tão sincera e o espírito avassalador de
verdadeira fraternidade como é praticado por pessoas de
todas as cores e raças aqui nesta Antiga Terra Santa, lar de
Abraão, Maomé e todos os outros Profetas das Sagradas
Escrituras. Na semana passada, fiquei totalmente sem palavras
e encantado com a graciosidade que vejo exibida ao meu
redor por pessoas de todas as cores...”
“Você pode ficar chocado com essas palavras vindas de mim. Mas
nesta peregrinação, o que vi e experimentei me forçou a
reorganizar muitos dos meus padrões de pensamento
anteriormente mantidos e a deixar de lado algumas de minhas
conclusões anteriores. Isso não foi muito difícil para mim. Apesar
das minhas convicções firmes, sempre fui um homem que tenta
enfrentar os fatos e aceitar a realidade da vida conforme novas
experiências e novos conhecimentos os revelam. Sempre mantive a
mente aberta, necessária à flexibilidade que deve andar de mãos
dadas com toda forma de busca inteligente da verdade.”
“Durante os últimos onze dias aqui no mundo muçulmano, comi do
mesmo prato, bebi do mesmo copo e dormi na mesma cama (ou no
mesmo tapete) – enquanto orava ao mesmo Deus – com
companheiros Muçulmanos, cujos olhos eram o mais azul dos
azuis, cujo cabelo era o mais loiro dos loiros e cuja pele era a mais
branca dos brancos. E nas palavras, e nas ações dos muçulmanos
‘brancos’, senti a mesma sinceridade que senti entre os
muçulmanos africanos negros da Nigéria, Sudão e Gana.”
“Éramos realmente todos iguais (irmãos) - porque a crença em um
Deus havia removido o 'branco' de suas mentes, o 'branco' de seu
comportamento e o 'branco' de sua atitude.”
“Pude ver com isso que, talvez, se os americanos brancos
pudessem aceitar a Unicidade de Deus, talvez também pudessem
aceitar na realidade a Unicidade do Homem – e deixar de medir,
impedir e prejudicar os outros em termos de suas 'diferenças' de
cor.”
“Com o racismo assolando a América como um câncer incurável, o
chamado coração americano branco ‘cristão’ deveria ser mais
receptivo a uma solução comprovada para um problema tão
destrutivo. Talvez seja a tempo de salvar a América de um desastre
iminente – a mesma destruição trazida à Alemanha pelo racismo
que acabou destruindo os próprios alemães.”
“. Eles me perguntaram o que mais me impressionou sobre o Hajj.
Eu disse: “A Irmandade! As pessoas de todas as raças, cores, de
todo o mundo se unindo como um! Isso provou para mim o poder
do Deus Único.” “Todos comeram como um e dormiram como um.
Tudo sobre a atmosfera de peregrinação que acentuava a Unidade
do Homem sob o Deus Único.”
Malcolm voltou da peregrinação do Hajj com um novo estímulo
espiritual como Hajj Malik Al-Shabazz, sabendo que a luta havia
aumentado dos direitos civis de um nacionalista aos direitos
humanos de um internacionalista e humanitário. A questão havia
sido levantada sobre o apoio dos povos africanos e muçulmanos,
mesmo nas Nações Unidas, sobre o tratamento das minorias na
América. Malcolm era Hajj Malik, um verdadeiro muçulmano e uma
ameaça ao estabelecimento imoral da América.
Malcolm, ao se tornar Hajj Malik, chamou a América (Negros e
Brancos) para a verdadeira religião da humanidade. Ele via o Islã
como a resposta para problemas individuais e nacionais, como o
racismo, e talvez a única esperança para a América.
“Se eu puder morrer trazendo alguma luz, tendo exposto qualquer
verdade significativa que ajudará a destruir o câncer racista que é
maligno no corpo da América, então todo o crédito é devido a
Allah. Só os erros foram meus.” -Al Hajj Malik Shabazz
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 ASMAA BINT ABU BAKR
Asmaa bint Abu Bakr pertencia a uma distinta família muçulmana.
Seu pai, Abu Bakr, era um amigo próximo do Profeta (saws) e o
primeiro Khalifah após sua morte. Sua meia-irmã, Aishah, era
esposa do Profeta. Seu marido, Zubayr ibn al Awwam, era um dos
assessores pessoais especiais do Profeta (saws). Seu filho,
Abdullah ibn az-Zubayr, tornou-se conhecido por sua
incorruptibilidade e sua devoção inabalável à Verdade.
A própria Asmaa foi uma das primeiras pessoas a aceitar o Islã.
Apenas cerca de 17 pessoas, incluindo homens e mulheres, se
tornaram muçulmanas antes dela. Mais tarde, ela recebeu o
apelido de Dhat an-Nitaqayn (aquela com as duas faixas na
cintura), por causa de um incidente relacionado à partida do
Profeta (saws) e de seu pai de Meca na histórica hijrah para
Medina.
Asmaa era uma das poucas pessoas que sabiam do plano do
Profeta de partir para Medina. O máximo sigilo teve que ser
mantido por causa dos planos coraixitas de assassinar o Profeta
(SAW). Na noite da partida, ela preparou uma sacola com comida
e uma vasilha com água para a viagem. Ela não encontrou nada
para amarrar os recipientes e decidiu usar o cós. Abu Bakr sugeriu
que ela o dividisse em dois. Isso ela fez e o Profeta (SAW) elogiou
sua ação. A partir daí ela ficou conhecida como “Aquela das Duas
Faixas”.
Quando a emigração final de Meca para Medina ocorreu logo
após a partida do Profeta (saws), Asmaa estava grávida. Ela não
deixou que a gravidez ou a perspectiva de uma longa e árdua
jornada a impedissem de partir. Assim que chegou a Quba, nos
arredores de Medina, ela deu à luz um filho, Abdullah. Os
muçulmanos gritaram de felicidade e ação de graças porque esta
foi a primeira criança a nascer do muhajireen em Medina.
Asmaa tornou-se conhecida pelas suas belas e nobres qualidades
e pela agudeza da sua inteligência. Ela era uma pessoa
extremamente generosa. Seu filho Abdullah disse uma vez sobre
ela: “Não vi duas mulheres mais generosas do que minha tia
Aishah e minha mãe Asmaa. Mas sua generosidade foi expressa de
maneiras diferentes. Minha tia acumulava uma coisa atrás da
outra até juntar o que achava ser suficiente e então distribuía
tudo para os necessitados. Minha mãe, por outro lado, não
guardava nada nem para amanhã.”
A presença de espírito de Asmaa em circunstâncias difíceis foi
notável. Quando seu pai deixou Meca, ele levou toda a sua riqueza,
no valor de cerca de 6.000 dirhams, e não deixou nada para sua
família. Quando o pai de Abu Bakr, Abu Quhafah soube de sua
partida, ele foi até sua casa e disse a ela: “Eu entendo que ele não
deixou nenhum dinheiro para você depois de abandoná-la.” “Não,
avô,” respondeu Asmaa, “na verdade ele nos deixou muito dinheiro.”
Ela pegou algumas pedrinhas e as colocou em um pequeno recesso
na parede onde costumavam colocar dinheiro. Ela jogou um pano
sobre a pilha e pegou a mão do avô - ele era cego - e disse: "Veja
quanto dinheiro ele nos deixou". Com esse estratagema, Asmaa
queria acalmar os medos do velho e impedi-lo de dar-lhes qualquer
coisa de sua própria riqueza. Isso porque ela não gostava de receber
qualquer ajuda, mesmo que fosse seu próprio avô.
Asmaa tinha atitude e não estava disposta a comprometer sua
honra e sua fé. Sua mãe, Qutaylah, uma vez veio visitá-la em
O Boletim Islâmico Edição 7 Página 10 O Boletim Islâmico Edição 7 Página 11
Medina. Ela não era muçulmana. Sua mãe trouxe passas, manteiga
clarificada e qaraz (vagens de uma espécie de árvore) como
presentes. A princípio, Asmaa recusou-se a admiti-la em sua casa
ou a aceitar os presentes. Ela enviou alguém a Aishah para
perguntar ao Profeta (saws) sobre sua atitude para com sua mãe e
ele respondeu que ela certamente deveria admiti-la em sua casa e
aceitar os presentes. Nesta ocasião, a seguinte revelação veio ao
Profeta (pbuh):
“Deus não vos proíbe, em relação àqueles que não lutam contra
vocês por (sua) fé, nem os expulsam de suas casas, de lidar com
eles com bondade e justiça: porque Deus ama aqueles que são
justos. Deus apenas os proíbe em relação àqueles que lutam com
vocês por (sua) Fé, e os expulsam de suas casas, e apoiam
(outros) em expulsá-los, de recorrer a eles (por amizade e
proteção). É como recorrer a eles (nessas circunstâncias) que
fazem o mal.” (Alcorão Al-Mumtah-anah 60: 8-9)
Para Asmaa e, na verdade, para muitos outros muçulmanos, a vida em
Medina foi muito difícil no início. Seu marido era muito pobre e, para
começar, sua única posse importante era um cavalo que havia
comprado. Ela descreveu esses primeiros dias: “Eu costumava
fornecer forragem para o cavalo, dar-lhe água e tosá-lo. Eu moía grãos
e fazia massa, mas não conseguia assar bem. As mulheres do Ansar
costumavam assar para mim. Elas eram mulheres muito boas. Eu
costumava carregar os grãos na minha cabeça do lote de az-Zubayr
que o Profeta (saws) havia alocado para ele cultivar. Ficava a cerca de
três farsakh (cerca de oito quilômetros) do centro da cidade. Um dia
eu estava na estrada carregando os grãos na cabeça quando encontrei
o Profeta (saws) e um grupo de Sahabah. Ele me chamou e parou seu
camelo para que eu pudesse cavalgar atrás dele. Senti vergonha de
viajar com o Profeta (saws) e também me lembrei da inveja de Zubayr
– ele era o mais ciumento dos homens. O Profeta (saws) percebeu que
eu estava envergonhado e seguiu em frente.” Mais tarde, Asmaa
relatou a Zubayr exatamente o que havia acontecido e ele disse: “Por
Deus, que você tenha que carregar grãos é muito mais angustiante
para mim do que cavalgar com (o Profeta).”
Obviamente, Asmaa era uma pessoa de grande sensibilidade e
devoção. Ela e o marido trabalharam arduamente juntos até que
sua situação de pobreza mudou gradualmente. Às vezes, porém,
Zubayr a tratava com severidade. Uma vez ela foi até o pai e
reclamou com ele sobre isso.
Sua resposta a ela foi: “Minha filha, tenha sabr (paciência), pois se
uma mulher tiver um marido justo e ele morrer e ela não se casar
depois dele, eles serão reunidos novamente no Paraíso.”
Zubayr eventualmente se tornou um dos homens mais ricos entre
os Sahabah, mas Asmaa não permitiu que isso corrompesse seus
princípios. Certa vez, seu filho, al-Mundhir, enviou-lhe um vestido
elegante do Iraque, feito de um material fino e caro. A essa altura,
Asmaa estava cego. Ela sentiu o material e disse: “É horrível. Leve
de volta para ele. Al-Mundhir ficou chateado e disse: “Mãe, não foi
transparente.” “Pode não ser transparente”, retrucou, “mas é
muito justo e mostra os contornos do corpo”. Al-Mundhir comprou
outro vestido que teve sua aprovação e ela aceitou.
Se os incidentes e aspectos da vida de Asmaa podem ser
facilmente esquecidos, então seu encontro final com seu filho,
Abdullah, deve permanecer como um dos momentos mais
inesquecíveis do início da história muçulmana. Naquela reunião,
ela demonstrou sua inteligência, sua determinação e a força de sua
fé.
Abdullah estava concorrendo ao Califado após a morte de Yazid
ibn Mu'awiyah. O Hijaz, Egito, Iraque, Khurasan e grande parte
da Síria foram favoráveis a ele e o reconheceram como o califa.
Os Ummayyads, no entanto, continuaram a contestar o Califado
e a colocar um enorme exército sob o comando de Al-Hajjaj.
Batalhas implacáveis foram travadas entre os dois lados,
durante as quais Abdullah ibn az-Zubayr exibiu grandes atos de
coragem e heroísmo.
Muitos de seus partidários, entretanto, não conseguiram resistir à
tensão contínua da batalha e gradualmente começaram a abandoná-
lo. Finalmente buscou refúgio na Mesquita Sagrada de Meca. Foi
então que ele foi até sua mãe, agora uma velha cega, e disse:
O Boletim Islâmico Edição 7
“Que a paz esteja com você, mãe, e a misericórdia e as bênçãos de Deus.”
“Que a paz esteja com você, Abdullah”, respondeu ela. “O que o
traz aqui a esta hora, enquanto pedras das catapultas de Hajjaj
estão caindo sobre seus soldados no Haram e sacudindo as casas de
Meca?” “Vim buscar seu conselho”, disse ele. “Para buscar meu
conselho?” ela perguntou espantada. "Sobre o que?" “As pessoas
me abandonaram por medo de Hajjaj ou por serem tentadas pelo
que ele tem a oferecer. Até meus filhos e minha família me
deixaram. Há apenas um pequeno grupo de homens comigo agora
e, por mais fortes e firmes que sejam, só podem resistir por mais
uma ou duas horas. Mensageiros dos Banu Umayyah (os omíadas)
agora estão negociando comigo, oferecendo-se para me dar
quaisquer bens mundanos que eu queira, caso eu deponha minhas
armas e jure lealdade a Abdul Malik ibn Marwan. O que você
acha?" Erguendo a voz, ela respondeu: “É problema seu, Abdullah,
e você se conhece melhor. Se, no entanto, você acha que está certo
e que está defendendo a Verdade, então persevere e lute como
seus companheiros que foram mortos sob sua bandeira mostraram
perseverança. Se, no entanto, você deseja o mundo, que miserável
você é. Você teria se destruído e teria destruído seus homens. “Mas
eu serei morto hoje; não há dúvidas sobre isso." “Isso é melhor para
você do que se render ao Hajjaj voluntariamente e que alguns
lacaios de Banu Umayyah brinquem com sua cabeça.” “Não temo a
morte. Só tenho medo de que me mutilem.” “Não há nada após a
morte que o homem deva temer. Esfolar não causa nenhuma dor às
ovelhas abatidas”.
O rosto de Abdullah se iluminou ao dizer: “Que mãe abençoada!
Benditas sejam suas nobres qualidades! Eu vim até você nesta hora
para ouvir o que ouvi. Deus sabe que não enfraqueci nem me
desesperei. Ele é testemunha sobre mim de que não defendi o que
tenho por amor a este mundo e suas atrações, mas apenas por
raiva por causa de Deus. Seus limites foram transgredidos. Aqui
estou eu, indo para o que é agradável para você. Portanto, se eu for
morto, não fique triste por mim e me recomende a Deus”.
“Eu lamentarei por você,” disse a idosa, porém resoluta Asmaa,
“somente se você for morto por uma causa vã e injusta.”
“Tenha certeza de que seu filho não apoiou uma causa injusta, nem
cometeu nenhum ato detestável, nem fez nenhuma injustiça a um
muçulmano ou um Dhimmi e que não há nada melhor aos olhos
dele do que a vontade de Deus, o Poderoso, o Grande. Não digo
isso para me exonerar. Deus sabe que eu só disse isso para tornar
seu coração firme e inabalável.”
“Louvado seja Deus que te fez agir de acordo com o que Ele gosta e
de acordo com o que eu gosto. Aproxime-se de mim, meu filho,
para que eu possa cheirar e sentir seu corpo, pois este pode ser o
último encontro com você. Abdullah ajoelhou-se diante dela. Ela o
abraçou e cobriu sua cabeça, seu rosto e seu pescoço com beijos.
As mãos dela começaram a apertar o corpo dele quando de repente
ela as retirou e perguntou: “O que é isso que você está vestindo,
Abdullah?”
“Esta é a minha placa de armadura.”
“Esta, meu filho, não é a vestimenta de quem deseja o martírio.
Tire-a. Isso tornará seus movimentos mais leves e rápidos. Em vez
disso, use o sirwal (uma longa roupa interior) para que, se você for
morto, seu 'awrah não seja exposto.
Abdullah tirou a placa da armadura e vestiu o sirwal. Ao partir para
o Haram para se juntar à luta, ele disse: "Minha mãe, não me prive
de sua du'a (oração)".
Erguendo as mãos para o céu, ela orou: “Ó Senhor, tenha misericórdia
de ele ficar acordado por longas horas e de seu alto choro na escuridão
da noite enquanto as pessoas dormiam...” Ó Senhor, tenha
misericórdia de sua fome e de sua sede em suas viagens de Medina e
Meca enquanto ele jejuava. ”Ó Senhor, abençoe sua justiça para com
sua mãe e seu pai ”Ó Senhor, eu o recomendo à Tua causa e estou
satisfeita com tudo o que Tu decretas para ele. E concede-me por amor
dele a recompensa daqueles que são pacientes e que perseveram”.
Ao pôr do sol, Abdullah estava morto. Pouco mais de dez dias
depois, sua mãe se juntou a ele. Ela tinha cem anos. A idade não a
deixou enferma nem atrapalhou a agudeza de sua mente.
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PROFETA HuD (PBuH)
AO POVO DE ‘AD
ZIGNEE Hud foi o Profeta enviado aos Bani ‘Ad para sua reforma. A genealogia
de sua linhagem une-se à do Profeta Nuh (que a paz esteja com ele) e
seus filhos. Nuh teve 3 filhos que foram salvos do dilúvio - Sam, Ham e
Yafith. Os filhos de Sam foram espalhados na Península Arábica. Sam
teve um filho chamado Iram. E um dos filhos de Iram era 'Ad. Então
(um prato delicioso e extremamente picante da Etiópia)
eles batizaram a cidade com o nome de seu filho - a cidade foi chamada
de 'Ad'. A cidade de ‘Ad era muito empoeirada e localizada perto de
Ahqaf, perto de Hadramout no Iêmen.
Ingredientes: Quem eram essas pessoas de ‘Ad? Eles foram o povo que Deus enviou
a eles, o Profeta Hud. Eles moravam perto de Hadramout, que agora
fica no Iêmen. Lá eles construíram palácios, ergueram templos e
adoraram divindades e estrelas.
- 1 frango (cortado em porções)
“Não vês como Teu Senhor tratou com o ‘Ad (povo), da (cidade de)
- 1 cebola grande (picada) Iram, com altos pilares, como os quais não foram produzidos em
(toda) a terra?” (Alcorão 89:6-8)
- 3 colheres de sopa de pimenta vermelha (primenta em pó)
Os nomes de suas principais divindades eram Saqi'ah, Salimah, Raziqah
- 2 colheres de sopa de óleo e Hafizun. Essa adoração de estátuas surgiu depois de uma época em
que o povo de ‘Ad acreditava no único Deus.
- 4-5 tomatos bati dos (o sufi ciente para cobrir o frango “(Lembre-se também) os 'Ad e os Thamud (povo): claramente
na panela) aparecerão para você a partir (dos vestígios) de seus edifícios (seu
destino) Satanás tornou suas ações atraentes para eles e os manteve
- 4 ovos cozidos (fure os ovos com uma faca afiada para fazer um afastados do Caminho, embora eles fossem perspicazes.” (Alcorão
pequeno buraco) 29:38)
O povo de ‘Ad era alto em estatura e eram pedreiros habilidosos. Deus
- Sal a gosto
lhes dera abundância de riquezas, gado, filhos e jardins. Eles haviam
atingido um grau considerável de civilização. Entre eles prosperou o
- Um pouco de água
famoso rei Shaddad. Ele construiu um magnífico palácio perto de
‘Aden. Era conhecido como o Jardim de Iram. Ele era um rei poderoso e
suas conquistas se estenderam à Síria, Iraque e à fronteira do
subcontinente do Indo-Paquistão.
Preparo:
Essas pessoas tinham orgulho de suas conquistas e se consideravam
invencíveis. Elas foram indulgentes com os pecados e cometeram atos
de injustiça e violência. Em vez de expressar um profundo sentimento
1. Frite as cebolas no óleo até ficarem translúcidas. de gratidão ao Deus Todo-Poderoso pelos favores que lhes concedeu,
elas se tornaram transgressoras e mostraram desobediência a Ele.
2. Adicione a pimenta em pó e um pouco de água e frite mais um
Deus enviou a essas pessoas e à cidade de ‘Ad um homem chamado
pouco.
Hud. Como ele era um homem do meio deles, era certo que eles
estariam mais inclinados a ouvi-lo. O povo de ‘Ad costumava chamar
3. A seguir, adicione o frango e continue fritando até o frango
Hud de louco. Havia um homem em particular, chamado Abu Thamud,
ficar dourado. que costumava chamar o povo para ouvir Hud falar. Ele queria provar
ao povo que Hud realmente havia enlouquecido.
4. Adicione os tomates batidos e diminua o fogo.
As pessoas perguntaram a Abu Thamud: “Sabemos que Hud não
5. Sal a gosto e continue cozinhando até ficar pronto. vem às nossas reuniões nem acredita em nossos deuses. O que
aconteceu com ele para que não se misture conosco?”
6. Quando o frango estiver pronto, adicione os ovos cozidos à
panela e deixe os ovos absorverem o molho de pimenta vermelha. Abu Thamud respondeu (zombeteiro) que Hud declara que Deus o
enviou como profeta e como um avisador ao povo de 'Ad. E a
menos que eles parem de acreditar em estátuas, ocorrerá um
severo castigo de Deus.
Sirva e aprecie um prato etíope autêntico! O povo da cidade decidiu então ir até Hud e ouvir o que ele queria
deles. Hud respondeu que não queria nada deles, exceto que
acreditassem no Deus Único. O povo da cidade recusou a acreditar
O Boletim Islâmico Edição 7 Página 13

e começou a dizer que Hud realmente enlouqueceu. Como eles eram
tão fortes em tamanho corporal, costumavam acreditar que ninguém
era mais poderoso do que eles.
Eles insistiram que não deixariam seus deuses. Eles também alegaram
que, como Hud não veio com nenhum sinal, ele devia estar mentindo.
Ainda outra pessoa disse que se Hud quisesse que eles deixassem seus
deuses, então ele deveria vir com a punição de que estava falando.
“Para o Povo de 'Ad (enviamos) Hud, um de seus próprios irmãos. Ele
disse: “Ó meu povo! Adorar Deus! Você não tem outro deus senão
Ele. Vocês são apenas falsificadores. “Ó meu povo! Não vos peço
recompensa por isso (Mensagem). Minha recompensa não vem de
ninguém, exceto daquele que me criou: não entendereis então? “E ó
meu povo! Peça perdão ao seu Senhor e volte-se para Ele (em
arrependimento): Ele enviará a vocês céus derramando chuva
abundante e aumentará sua força: Portanto, não recuem no pecado!
Eles disseram: “Ó Hud! Nenhum (sinal) claro nos trouxeste, e não
somos nós que abandonamos nossos deuses por tua palavra! Nem
devemos acreditar em ti! “Não dizemos nada além de que (talvez)
alguns de nossos deuses possam ter te apreendido com o mal.” Ele
disse: “Chamo Deus para testemunhar, e vocês testemunham, que
estou livre do pecado de atribuir a Ele: “Outros deuses como
parceiros!” (Alcorão 11:50-55)
No entanto, Abu Thamud começou a ouvir lentamente o que Hud
estava falando. Ele começou a acreditar no que Hud estava dizendo
sobre o único Deus e sobre como o homem seria ressuscitado após a
morte. Quando o povo da cidade começou a ouvir o que Abu Thamud
estava dizendo, eles alegaram que Hud devia tê-lo enfeitiçado.
Abu Thamud insistiu que Hud não havia colocado nenhum feitiço
sobre ele, mas que agora ele acreditava no que Hud estava dizendo.
Abu Thamud afirmou ainda que é ridículo acreditar que estátuas feitas
pelo homem poderiam ter feito a terra e tudo o que ela continha,
junto com o céu, estrelas, lua e sol. Ele disse que certamente tinha que
haver um ser superior-
-Um Deus.
Abu Thamud ficou muito feliz e disse ao povo que agora iria
procurar por Hud. Antes de partir, ele lembrou às pessoas que
deveriam observar de perto a maneira como viviam e acreditavam
nas estátuas. Ele afirmou que as estátuas não têm poder e não
servem para nada.
Ele afirmou ainda que eles deveriam olhar para suas vidas e como
as desperdiçavam com jogos de azar, bebidas alcoólicas e luxos.
Abu Thamud então procurou Hud para que Hud pudesse lhe contar
mais sobre Deus, o Único, que criou o homem com generosidade
O Boletim Islâmico
e que fará o homem morrer e ressuscitar novamente.
Ele então foi até Hud e declarou sua fé no único Deus.
Abu Thamud era então chamado de Abdullah (o servo de Deus).
Ele ficava bravo se alguém o chamasse pelo nome anterior. O
povo de 'Ad ainda viria a Abdullah e tentaria convencê-lo de que
Hud o havia enfeitiçado. A cada vez, Abdullah declarava sua fé no
Deus Único.
Finalmente, o povo desistiu de Abdullah. Eles lhe deram uma
mensagem para entregar a Hud. Eles queriam dizer a Hud que
continuariam a acreditar em seus deuses. E que eles nunca
acreditariam no que Hud estava pregando.
Eles também queriam que Hud viesse com a punição sobre a
qual ele estava falando se o que ele dizia fosse verdade. Então o
povo de ‘Ad voltou para suas casas rindo e zombando.
Abdullah foi até Hud para relatar a ele o que havia acontecido.
Hud disse ai deles. Eles vão discutir sobre as divindades que eles
e seus antepassados fizeram com suas próprias mãos? Deixe-os
apenas esperar. Eles merecem o castigo de Deus. Ele então se
levantou e orou: “Dá-me a vitória sobre o que eles me chamaram
de mentiroso.”
Então veio a ordem de Deus – O castigo de não mais chover.
Houve uma terrível seca por três anos. A grama e o gado foram
destruídos. Então uma enorme nuvem negra apareceu.
O povo de ‘Ad ficou muito feliz quando viu esta nuvem porque
presumiu que continha muita chuva. Eles declararam que esta
nuvem traria de volta a terra e os rios fluiriam novamente.
Mal sabiam eles o que os aguardava. Em vez disso, essa nuvem
negra trouxe um vento terrível que levantava os homens e
depois os derrubava com tanta força que os esmagava.
Muitos homens até tentaram escapar deste vento escondendo-
se nas cavernas da montanha. No entanto, não havia como
escapar desse vento. Esse vento os seguiria até nas cavernas.
O Sagrado Alcorão descreve:
“E os 'Ad, eles foram destruídos por um vento furioso,
extremamente violento: Ele o fez se enfurecer contra eles sete
noites e oito dias consecutivos: para que você pudesse ver o
povo (inteiro) deitado em seu (caminho) como se fossem raízes
de palmeiras ocas caídas!” (Alcorão 69:6-7)
O povo de ‘Ad costumava se gabar de que não havia ninguém
mais forte do que eles. Deus certamente provou que eles
estavam errados por sua desobediência. Deus destruiu não
apenas o povo de ‘Ad, mas também toda a cidade.
“Agora os ‘Ad se comportavam arrogantemente através da
terra, contra (toda) a razão, e diziam: “Quem é superior a nós
em força?” O que! Eles não viram que Deus, que os criou, era
superior a eles em força? Mas eles continuaram a rejeitar
Nossos Sinais!” (Alcorão 41:15)
Hud e seus fiéis seguidores que partiram para outro lugar, foram os
únicos que sobreviveram a este terrível castigo de Deus.
“Nós o salvamos e aqueles que aderiram a ele, por Nossa
Misericórdia e cortamos as raízes daqueles que rejeitaram Nossos
Sinais e não acreditaram.” (Alcorão 7:72)
Posteriormente, os remanescentes que sobreviveram
estabeleceram-se no Iêmen. A sepultura do Profeta Hud (AS) está
em Hadramaut. Ela é visitada pelos muçulmanos no mês de Rajab.
Edição 7 Página 14
ENSINAMENTOS DO PROFETA
HADITHS DIVERSOS
Com a autoridade de Abu Huraira (R.A.A.), que disse: O Profeta
(PBUH) disse: “Olhe para alguém que está abaixo de você em
status. Desta forma, você não menosprezará a graça que Deus
lhe concedeu”. (Bukhari e Muslim)
Nota: As mensagens deste Hadith são:
1. Conte suas Bênçãos.
2. Compare-se com pessoas que têm menos do que você, em vez
daquelas que têm mais. Esta é a melhor maneira de ser feliz e
apreciar o que Deus fez por você.
Com a autoridade de Abu Abbas Sahl Bin Sa'ad Al-Sa'idi (R.A.A.)
que disse: 'Um homem veio ao Profeta (PECE) e pediu-lhe:
“Mensageiro de Deus (PBUH), diga-me algo por qual eu poderia
ganhar o amor do Todo-Poderoso e do povo.” O Profeta disse a
ele: “Não ame o mundo, e o Todo-Poderoso o amará; e não
anseie por aquilo que as pessoas têm, e elas o amarão.” (Ibn-
Majah)
Nota: Não amar o mundo significa: Não amar os materiais deste
mundo. Não fique ansioso para ter dinheiro, propriedades, fama,
liderança, etc. Apenas viva uma vida simples e Deus o amará.
Com a autoridade de An-Nu'man bin Bashir (R.A.A.), que disse: O
mensageiro de Deus (PBUH) disse: “O lícito é claro e o ilícito é
claro, e entre eles há coisas duvidosas, que não são conhecidas
para a maioria das pessoas. Aquele que se afasta das coisas
duvidosas protege sua fé e honra; e aquele que se entrega a atos
duvidosos, comete atos ilícitos. (Bukhari e Muslim)
Nota: O ponto principal deste hadith é “ficar do lado seguro”
porque muitas vezes você não saberá sobre certas coisas e não terá
certeza se elas estão certas ou erradas.
Com a autoridade de Ibn 'Umar (R.A.A.) que disse: O Mensageiro de
Deus (PBUH) segurou meu ombro e disse: “Esteja no mundo como
se você fosse um estranho ou um viajante.” (Bukhari)
Nota: A mensagem deste Hadith é que a vida é um estado temporário
porque vivemos por alguns anos e depois morremos. Devemos nos
considerar como estrangeiros de passagem e não devemos nos
preocupar em adquirir bens materiais e luxo.
Com a autoridade de Anas Bin Malik (R.A.A.), que disse: O Mensageiro
de Deus (PBUH), disse: “Três coisas seguem uma pessoa morta:
membros, seus pertences e suas ações - Os dois primeiros voltam e o
terceiro permanece com dele." (Bukhari e Muslim)
Nota: Este Hadith explica que as três coisas que se seguem ao funeral
de uma pessoa – membros da família e ações – somente as ações de
uma pessoa poderão ajudá-la na próxima vida. As boas ações
permanecerão com ele e serão benéficas.
F
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estão alguns DITORES
dos principais editores e
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Em primeiro lugar e mais importante, o Dr. Speight tentou o seu
melhor para remover alguns mal-entendidos sobre o Islã, ajudando
os cristãos a superar a tendência de estereotipar os muçulmanos.
Ele descreve a distribuição mundial da população muçulmana,
FERIADO
identificando os países predominantemente muçulmanos, e S
também aqueles onde eles são minoritários, apontando assim sua
importância geopolítica.
O Dr. Speight discute as crenças e a adoração dos muçulmanos,
enfatizando corretamente a mais alta estima e o lugar exaltado ao
qual o Sagrado Alcorão e o Hadith são mantidos pelos
muçulmanos. Ele discute brevemente como o Sagrado Alcorão
menciona repetidamente os profetas dos judeus e cristãos, e
outras histórias e incidentes, também relatados na Bíblia.
O Dr. Speight aborda brevemente os valores morais, a justiça
social, os direitos humanos, e também a prática da política e da
economia, conforme enfatizado no Islã. A vida familiar, o
casamento, o divórcio e a posição da mulher no Islã são discutidos
e também as semelhanças e diferenças entre o Islã e o
Cristianismo, com uma recomendação de mente aberta e
compreensão.
O Dr. Speight é direto ao dar crédito às contribuições dos Os seguintes feriados são aceitos entre as comunidades
muçulmanos no avanço da ciência moderna, matemática,
medicina, filosofia, cultura e civilização, etc., que tirou a Europa da muçulmanas em todo o mundo:
“idade das trevas”.
Embora ele cite apenas alguns exemplos e muito brevemente, ele
desmentiu o tema popular e favorito da mídia de hoje, que pinta
os árabes, ou melhor, todos os muçulmanos, como terroristas ‘Eid al-Fitr - também conhecido como o Pequeno
incivilizados, incultos e bárbaros. Duas orações de Hazrat Ali Zainul Festim, marca o fim do grande jejum do Ramadã. Ele
Abidine (saw) também estão incluídas aqui.
ocorre no primeiro dia de Shawwal.
No entanto, algumas de suas afirmações precisam de
esclarecimentos e comentários. Por exemplo, na página 42, o Dr.
Speight menciona que Abraão (saws) “repudiou” Hagar.
Esta é, na verdade, a versão bíblica, que difere do Sagrado
Alcorão e Hadith. O Sagrado Alcorão relata Abraão dizendo: “Ó ‘Eid al-Adha - Festim do Sacrifício, também conhecido
nosso Senhor! Fiz alguns de meus descendentes morarem em como o Grande Festim, 70 dias após o Eid al-Fitr, no
um vale sem cultivo, perto de Tua Casa Sagrada...” (Alcorão dia 10 de Dhu al-Hijjah.
14:37)
Esse arranjo de manter suas duas esposas em lugares separados
era para manter a paz na família.
Na página 45, o Dr. Speight escreve: “O Alcorão não dá o nome do Ra’s al-Sannah - Festival de Ano Novo, cai no primeiro
filho que foi oferecido” em sacrifício, mas o Hadith refere-se a
Ismael (saws) como o filho que foi sacrificado por Abraão (saws), dia do mês de Muharram
enquanto o A Bíblia se refere a Isaque como este filho.
Além disso, na página 68, o Dr. Speight em sua discussão sobre a
seita xiita, ele oferece a opinião de que os xiitas sustentam que
Maomé “realmente preferia seu primo e genro, Ali, e que essa Mawlid an-Nabi - o aniversário do Profeta, é
preferência era suprimida pelos líderes que tinham outra opinião
sobre a sucessão”. Eles acreditam que a escolha de Ali como comemorado no dia 12 do mês de Rabi' al-Awwal.
sucessor de Maomé foi divinamente ordenada e não estritamente
dependente da vontade do Sagrado Profeta (SAAS).
No entanto, o Dr. Speight continua a apontar que “... é seguro dizer
que os elementos da unidade [discutidos anteriormente] ...mantêm
sunitas e xiitas juntos mais fortemente do que suas divergências os Eid Mubarak!! Feliz Eid!!
separam”.
“Deus é Um” é um livreto introdutório e descritivo, escrito em
linguagem simples e fácil de entender. Ele é, no entanto, muito
informativo não apenas para os não-muçulmanos, mas também
para os muçulmanos que não conhecem as contribuições dos
primeiros muçulmanos para a civilização moderna.
Este livro pode ajudar a preencher a lacuna, pelo menos um pouco,
ao remover um mal-entendido sobre o Islã. Ele mencionou
corretamente que o mal-entendido sobre o Islã se deve ao meio
ambiente. Sem dúvida, este livro foi escrito para que os cristãos
leigos adaptem sua abordagem e comportamentos para entender
o Islã para a propagação do cristianismo.
No entanto, no geral, “Deus é Um” é uma contribuição positiva
para uma melhor compreensão do Islã.

O Boletim Islâmico Edição 7 Página 16