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Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro

Laboratório de Ciências Químicas – CCT

Laboratório de Química Geral I

2017
AULA 1

Aula de apresentação da disciplina, regras de segurança e vidrarias

Laboratórios são lugares de trabalho e pode ser seguro desde que se trabalhe com prudência
para evitar acidentes. Acidentes em laboratórios ocorrem por descuido, falta de atenção e ignorância
de perigos. Todo aquele que trabalha em laboratório deve ter responsabilidade no seu trabalho e evitar
atitudes que possam acarretar acidentes e possíveis danos para si e para os demais. Deve prestar
atenção a sua volta e se prevenir contra perigos que possam surgir do trabalho de outros, assim como
do seu próprio.

Regras Básicas de Segurança


01. Use os óculos protetores de olhos, sempre que estiver no laboratório.
02. Use sempre guarda-pó, de algodão com mangas compridas. É proibido o uso de saias, bermudas e
sapatos abertos.
03. Aprenda a usar extintor antes que o incêndio aconteça.
04. Não fume, não coma ou beba no laboratório.
05. Não jogue material insolúvel nas pias (sílica, carvão ativo, etc). Use um frasco de resíduo
apropriado.
06. Não jogue resíduos de solventes nas pias. Resíduos de reações devem ser antes inativados, depois
armazenados em frascos adequados.
07. Em caso de acidente, mantenha a calma, desligue os aparelhos próximos, inicie o combate ao fogo,
isole os inflamáveis, chame os Bombeiros.
09. Não entre em locais de acidentes sem uma máscara contra gases.
10. Ao sair do laboratório, o último desliga tudo, e verificando se tudo está em ordem.
11. Trabalhando com reações perigosas, explosivas, tóxicas, ou cuja periculosidade você não está bem
certo, use a capela, o protetor acrílico (Shield), e tenha um extintor por perto.
12. Nunca jogue no lixo restos de reações.
13. Realize os trabalhos dentro de capelas ou locais bem ventilados.
14. Em caso de acidente (por contato ou ingestão de produtos químicos) procure o médico indicando o
produto utilizado.
15. Se atingir os olhos, abrir bem as pálpebras e lavar com bastante água. Atingindo outras partes do
corpo, retirar a roupa impregnada e lavar a pele com bastante água.
16. Por questões de segurança, telefones celulares devem permanecer desligados dentro do laboratório.

Regras Básicas em Caso de Incêndio no laboratório.


01. Mantenha a calma.
02. Comece o combate imediatamente com os extintores de CO2 (gás carbônico). Afaste os
inflamáveis de perto.
03. Caso o fogo fuja ao seu controle, evacue o local imediatamente.
04. Ligue o alarme que fica no corredor (uma pequena caixa vermelha), quebrando o vidro para
acioná-lo.
05. Evacue o prédio.
06. Desligue a chave geral de eletricidade.
07. Vá até o telefone direto, na secretaria ou use o orelhão na entrada do prédio.
- Bombeiro 193.
07. Dê a exata localização do fogo (ensine como chegar lá).
08. Informe que este é um laboratório químico e que não vão poder usar água para combater incêndio
em substância química. Solicite um caminhão com CO2 ou pó químico.
Acidentes e primeiros socorros
Ácidos e álcalis: Queimam e corroem os tecidos com que entram em contato e, em casos extremos,
podem fazer um orifício na parede estomacal.

Álcool: Atua como enérgico depressor do sistema nervoso central.

Cianeto: Provoca o colapso da vítima. A morte é rápida em consequência da paralisia respiratória.


Pode ser ingerido ou absorvido por um ferimento ou através da pele. É usado em certos formicidas.

Cianeto e monóxido de carbono: Provoca a morte por asfixia em virtude de combinação com o
sistema carreador do oxigênio no sangue, o que impede a transferência do oxigênio para partes vitais
do organismo humano.

Sulfeto de hidrogênio: Gás inflamável e venenoso, com cheiro de ovos podres; perceptível na
diluição de 0,002 mg/l de ar. Muito perigoso. Pode provocar o colapso, o coma e a morte em alguns
segundos depois de apenas uma ou duas inspirações. É insidioso, pois o olfato fica insensível ao seu
cheiro depois de exposição prolongada. As concentrações mais baixas provocam irritação das
mucosas, dor de cabeça, enjoo e fadiga.

Chumbo: O envenenamento agudo pelo chumbo pode provocar anorexia, vômitos, mal-estar,
convulsões e injúria permanente no cérebro. Os casos crônicos evidenciam-se pela perda de peso,
fraqueza e anemia.

Mercúrio: Perigoso por ser razoavelmente volátil (pressão de vapor de 0,002 mmHg a 25ºC) e
facilmente assimiláveis pelas vias respiratórias, pela pele e pelo tubo digestivo. O envenenamento
agudo pelo metal, ou seus sais, provoca ferimentos na pele e nas mucosas, náusea aguda, vômitos,
dores abdominais, diarreia sanguinolenta, lesões nos rins e morte num lapso de dez dias. O
envenenamento crônico provoca inflamação da mucosa bucal e das gengivas, salivação abundante,
queda dos dentes, lesões nos rins tremores musculares, espasmos, depressão e brutas alterações de
personalidade, irritabilidade e nervosismo. Antídoto: dimercaprol (BAL: Britsh anti-lewisite).

Álcool metílico: Tem um efeito especifico de degeneração do nervo óptico que pode provocar lesão
permanente e cegueira, mesmo quando a quantidade assimilada tiver sido pequena.

Piretrina: Encontrado em certos inseticidas. Provoca hiperexcitabilidade, descoordenação e paralisia


dos músculos e das ações respiratórias.

Nitrato de prata: O contato com a pele ou com as mucosas pode ser cáustico e irritante. A ingestão
pode causar severa gastroenterite e até a morte.

A maior parte dos reagentes de laboratório é venenosa; é importante ter uma certa
compreensão sobre os sintomas provocados pelos venenos (lista acima). É imprescindível que um
médico seja procurado com urgência, em qualquer caso. Apenas alguns primeiros socorros podem ser
realizados no local:

Ferimentos
Proteger o ferimento de infecç5es e controlar as hemorragias. Usar pensos esterilizados e
pressionar o ferimento até o término da hemorragia.
Estado de choque
Pele húmida e pálida, respiração pouca profunda, olhos sem brilho, pulso fraco. Manter o
paciente deitado em posição confortável com os pés elevados quando não houver lesões na cabeça ou
no tórax. Cobrir o paciente com cobertores (não provocar transpiração). Administrar água.

Respiração artificial
Ausência de respiração em virtude de choque elétrico, ou de afogamento ou de
envenenamento provocado por gases. Desobstruir e manter livres as vias respiratórias, provocar o
aumento e a diminuição alternados do volume torácico. Empurrar o maxilar inferior para frente e
inclinar a cabeça do paciente para trás. Fechar as narinas da vítima. Soprar ar para o interior dos
pulmões pela boca da vítima. Afastar a boca e deixar a vítima expirar o ar. Repetir a operação de 15 a
20 vezes por minuto.

Venenos
Queimaduras em torno da boca, frasco esvaziado. Diluir com água ou leite, induzir o vômito
com solução concentrada de bicarbonato de sódio ou com dedo na garganta da vítima. Antídoto
universal: 1 parte de chá forte, 1 parte de leite de magnésia, 2 partes de pão carbonizado (ou carvão
ativo) . Não provoque o vômito se a vitima engoliu um ácido forte, ou querosene ou estriquinina.
Verifique em todos os rótulos dos frascos o antídoto recomendado.

Fraturas
Dor, inchaço ,deformação. Manter imóvel os ossos fraturados e as juntas adjacentes. Use um
material rígido, uma almofada ou um cobertor, e entale como estiver. Se for necessário deslocar a
vítima, não curve, nem dobre, nem sacuda o paciente. Arraste a vítima sobre um cobertor, ou um
casaco ou um tapete; use uma cadeira, uma maca ou várias pessoas para transportá-la e não provocar
outras lesões.

Queimaduras
Do 1º grau - vermelhidão; do 2º grau - bolhas; do 3º grau - lesão profunda do tecido. Mitigar a
dor e impedir infecção. Cobrir a vítima com uma camada espessa de penso seco e estéril. Queimaduras
químicas: lavar com água.

Desmaio
Faça a pessoa deitar supina (de peito para cima) ou então com a cabeça entre os joelhos e
respirar profundamente. Use, se for acessível, suavemente, um frasco de amônia como inalador.

Realização dos experimentos


Os alunos deverão trabalhar em grupos em quantidade estabelecida pelo professor e também
de acordo com as preferências pessoais. As experiências deverão ser realizadas dentro do tempo de
execução previsto. Somente será tolerado o atraso de 10 minutos para início da prática.
O procedimento experimental fornecido pelo professor é um roteiro a ser seguido. O aluno
deverá anotar os resultados e qualquer mudança de procedimento assim como marcas de reagentes,
etc. Cada aluno deverá utilizar um caderno de laboratório apropriado para isso. No relatório
descrever alterações que ocorreram ocasionalmente durante a aula prática.

Relatório
O relatório deverá ser entregue uma semana após o fim de cada experimento antes do início da
prática seguinte. O relatório entregue no prazo estipulado receberá uma nota entre zero e 10,0. Deixar
de entregar o relatório no dia pode implicar na diminuição da nota final à critério do professor.
O professor poderá pedir o relatório individual ou em grupo. Pode ser feito à mão,
datilografado ou digitado (desde que legível, organizado e limpo). Recomenda-se o uso de
computador (digitado), porém isto não influenciará a nota.
ATENÇÃO: Somente as faltas por motivos de trabalho ou casos de doença devidamente
comprovados por atestado são passíveis de justificativa e reposição. Alunos não enquadrados nestes
casos não deverão entregar relatório ou ter seus nomes incluídos no relatório de grupo e receberão
conceito zero neste experimento.

Um relatório deve conter as seguintes partes:

I) Título, data e nome do autor – na primeira página (capa) – (até 0,25 ponto)

II) Objetivos (não confunda objetivos com título) - Muitas vezes o título ilustra parte dos objetivos
mas não explica por si só todos os objetivos a serem alcançados com a prática. (até 0,75 ponto)

III) Introdução –(até 1,50 ponto)


Uma introdução deve ser objetiva e versar sobre a teoria da prática. De meia a uma página
muitas vezes é suficiente – depende da extensão do assunto e da capacidade de síntese do aluno.

IV) Parte Experimental – (até 1,50 ponto) deve conter:


a) Material – descrição dos materiais utilizados (reagentes, vidrarias, equipamentos, etc).
b) Métodos – descrição dos métodos usados (quando for o caso).
c) Procedimento experimental – descrição de todos os procedimentos realizados (sempre
impessoal – nunca use FIZ, PESEI, MEDI e sim fazer, pesar, medir...etc).

V) Resultados e Discussão – (até 4,00 pontos) deve conter:


a) Valores obtidos – peso, medida, temperatura. Os valores devem ser apresentados com os
respectivos erros quando possível!
b) Cálculos – cálculos envolvendo os valores experimentais obtidos para obtenção de alguma
relação e valores a serem correlacionados com a teoria. Deve-se usar a propagação dos erros quando
possível!
c) Resultados fínais e discussão – descrição dos valores obtidos após os cálculos e suas
correlações com a teoria (resultados esperados x resultados obtidos....etc). O autor deve justificar
possíveis falhas experimentais que possam ter ocorrido ocasionando divergência entre os valores
teóricos e os valores experimentais ou o fato de não ter alcançado os objetivos pretendidos

VI) Conclusões (até 1,50 ponto)


Neste item o autor deve relatar suas conclusões experimentais (obteve êxito na prática,
alcançou o objetivo, etc). O autor deve fazer recomendações sobre como evitar possíveis falhas que
tenham ocorridos ou sugerir metodologias alternativas para que se atinja o objetivo proposto. Deve
fazer sugestões que possam ser usadas para a melhoria dos procedimentos experimentais visando
eliminar possíveis fontes de erro ou outros fatores que possam interferir na boa realização da prática.

VII) Referências Bibliográficas (até 0,50 ponto)


As referências bibliográficas usadas nos relatórios deverão ser indicadas no texto,
numeradas na ordem do seu aparecimento no relatório. No final do relatório, a seção
“Referências” deverá conter as informações de todas as referências citadas, usando o padrão definido
abaixo.

- Livros: iniciais e sobrenome de todos os autores, utilizando vírgulas para separar cada autor, título do
livro “entre aspas”, edição (se for o caso), volume (se for o caso), Editora: cidade, ano, páginas inicial
e final separadas por um traço (ex. p.302-305).
Exemplo: L. Smart, E. Moore, “Solid State Chemistry: an Introducition”, 2a. ed., Stanley Thornes
Ltd.: NewYork, 1996, p.238-272.
- Livros com editores (quando cada capítulo foi escrito por um autor diferente): iniciais e sobrenome
de todos os autores, utilizando vírgulas para separar cada autor, em: título do livro “em itálico (à mão,
sublinhado), iniciais e sobrenome de todos os editores, utilizando vírgulas para separar cada editor e
escrevendo a palavra (ed.) após o último editor, edição (se for o caso), volume (se for o caso), Editora:
cidade, ano, páginas inicial e final separadas por um traço (ex. p.302-305).
Exemplo: J. C. Jansen, em: Introduction to Zeolite Science and Practice; H. Van Bekkun, E. M.
Flanigen e J. C. Jansen (editores), Elsevier: Amsterdan, 1991, p.77-136.

- Periódicos: iniciais e sobrenome de todos os autores, utilizando vírgulas para separar cada autor,
abreviatura do nome do periódico (não é aleatória) em itálico (sublinhado quando escrito à mão),
volume em negrito (sublinhado quando escrito à mão), ano entre parêntese, página inicial (sem utilizar
a abreviatura p. antes do número da página).
Exemplo: K. J. Balkus, K. T. Ly, J. Chem. Educ., 68 (1991), 875.

- Livros organizados por instituições: nome completo da instituição, título do livro “entre aspas, edição
(se for o caso), volume (se for o caso), país de publicação, páginas inicial e final separadas por um
traço (ex. p.302-305).
Exemplo: Nacional Reseach Council, Chemical Science and Technology, Commission on Physicals
Sciences, Mathematics and Applications. “Prudent Practices in the Laboratory: Handling and Disposal
of Chemicals”, Estados Unidos, 1995, p. 121-127.

- Internet: endereço do site, seguido da data de acesso.


Exemplo: www.uenf.br, acessado em 04/07/2017.
ALGUNS MATERIAIS UTILIZADOS EM LABORATÓRIOS DE QUÍMICA
1. Equipamentos para fixação de peças

Suporte universal: usado para sustentar peças.

Garras: para fixar peças ao suporte universal.


argola
Argola: para fixar um funil ao suporte universal.

suporte universal garras

2. Equipamentos para aquecimento

4 6
1. bico de Bunsen
2. tripé de ferro
3 3. tela metálica com amianto
4. triângulo
2 5. chapa de aquecimento
6. estufa
5

1
Bico de bunsen, chapa de aquecimento: usados para fazer aquecimento.
Tripé de ferro, tela de amianto e triângulo: acessórios p/ aquecimento com bico de Bunsen.
Estufa: para secagem de sólidos.
Mufla: forno que opera a altas temperaturas

3. Vidraria geral

3 1. almofariz e pistilo: para triturar sólidos.


1 2
2. cápsula de porcelana: para evaporação sob
aquecimento.
6 7
4 5 3. cadinho de porcelana: para aquecer amostras
sólidas sob altas temperaturas.

4. vidro de relógio: para evaporação lenta.

5. béquer: para aquecer líquidos. dissolver


substâncias, etc.

6. erlenmeyer: para aquecer líquidos , para


titulação, etc.

7. tubo de ensaio: para efetuar testes de reações.


4. Vidraria volumétrica

1
3 4
1. bureta
2. proveta
5 3. pipeta graduada
4. pipeta volumétrica
2
5. balão volumétrico

5. Sistemas de separação

1 4
3
1. funil analítico
2. kitassato
3. funil de Büchner
4. funil de separação
2

6. Outros acessórios

5
1
1. dessecador
2. condensador de bolas
3. condensador liso
4. condensador em espiral
6 5. tenaz de aço
2 3 4 6. pisseta
Técnicas de Transferência de Líquidos e
Sólidos e Técnicas de Pesagem

Retirada de líquidos de frascos

Antes de retirar líquidos de um frasco, deve-se tomar


alguns cuidados, como os descritos a seguir:

a) Ler o rótulo do frasco pelo menos duas vezes para se


assegurar de que se tem em mãos, realmente, o líquido
desejado;
b) Se o líquido que se estiver manuseando for corrosivo,
certifique-se que o frasco não esteja externamente
umedecido; caso esteja, limpe-o com papel-toalha úmido e
seque-o;
c) Para verter um líquido de um frasco, faça-o sempre no lado
oposto ao rótulo; isto evita que o líquido escorra
externamente sobre o rótulo, danificando-o e podendo,
futuramente, impedir a identificação do líquido;
d) Ao retirar uma tampa plástica rosqueável de um frasco,
nunca a coloque sobre a bancada com o lado aberto tocando a
bancada. Deste modo, evita-se que o líquido, eventualmente,
escorra da tampa para a bancada e, também, que a tampa se
contamine por contato com a bancada;
e) Sob nenhuma hipótese, coloque objetos sujos no interior de
um frasco, pois isto contaminaria a substância; só retorne
uma substância ao seu frasco original se tiver certeza absoluta
que ela não foi contaminada durante o seu manuseio;
f) Se a substância que se está manuseando é volátil, isto é, se
ela evapora facilmente à temperatura ambiente nunca cheire
uma substância diretamente na boca do frasco, pois ela pode
ser muito tóxica. Para evitar intoxicações graves, cheire as
substâncias através do deslocamento de seus vapores,
conforme ilustrado a seguir.
g) Sempre que algum líquido entrar em contato com as mãos
lave-as imediatamente com muita água e sabão
Transferência de Sólidos

Antes de retirar o sólido de um frasco, deve-setomar alguns cuidados, quais sejam:


a) Ler o rótulo do frasco pelo menos duas vezes para se assegurar de que se tem em mãos,
realmente, o sólido desejado;
b) Se o sólido que se estiver manuseando for corrosivo, certifique-se que o frasco não esteja
externamente umedecido; caso esteja, limpe-o com papel-toalha úmido e seque-o.
c) Ao retirar uma tampa plástica rosqueável de um frasco, nunca a coloque sobre a bancada
com o lado aberto tocando a bancada, para evitar que a tampa se contamine por contato com a
bancada;
d) Sob nenhuma hipótese coloque objetos sujos no interior de um frasco, pois isto
contaminaria a substância nele contida. Somente retorne uma substância ao seu frasco original
se tiver certeza absoluta que ela não foi contaminada durante o seu manuseio;
e) Sempre que algum sólido entrar em contato com as mãos, leve-as imediatamente com
muita água e sabão.

Uso do Bico de Bunsen:

O gás combustível é introduzido em uma haste vertical, onde há uma abertura para a
entrada de ar atmosférico, sendo queimado na sua parte superior. Tanto a vazão do gás como
a entrada de ar podem ser controlados de forma conveniente.
Como se vê na abaixo, com o regulador de ar primário parcialmente fechado, distinguimos
três zonas de chama.

a) Zona externa: Violeta pálida, quase invisível, onde


os gases fracamente expostos ao ar sofrem combustão
completa, resultando em CO2 e H2O. Esta zona é
chamada de zona oxidante (Temperaturas de 1560-
1540ºC).
b) Zona intermediaria: Luminosa, caracterizada por
combustão incompleta, por deficiência do suprimento de
O2. O carbono forma CO, o qual se decompõe pelo
calor, resultando diminutas partículas de C (carbono)
que, incandescentes, dão luminosidade à chama. Esta
zona é chamada de zona redutora (Temperaturas
abaixo de 1540ºC).
c) .Zona interna: Limitada por uma “casca” azulada
contendo os gases que ainda não sofreram combustão –
mistura carburante (Temperaturas em torno de 300ºC).
Para se aquecerem bequer, erlenmeyer, balões etc., não se deve usar diretamente o
bico de Bunsen; estes aquecimentos são feitos através da tela de amianto, cuja função é deixar
passar o calor uniformemente e não permitir que passe a chama.
Os tubos de ensaio podem ser aquecidos diretamente na chama do bico de Bunsen. A
chama deve ser média e o tubo deve estar seco por fora, para evitar que se quebre ao ser
aquecido. O tubo deve ficar virado para a parede ou numa direção em que não se encontre
ninguém, pois é comum, aos operadores sem prática, deixar que repentinamente o líquido
quente salte fora do tubo, o que pode ocasionar queimaduras. O tubo é seguro próximo de sua
boca, pela pinça de madeira e agita-se brandamente, para evitar superaquecimento do líquido.

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