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MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO

UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUÍ – UFPI


CAMPUS SENADOR HELVÍDIO NUNES DE BARROS - CSHNB
CURSO DE BACHARELADO EM ADMINISTRAÇÃO
DISCIPLINA: TOPICOS ESPECIAIS EM GESTAO COM PESSOAS

ILANA LINA ALMEIDA DE AMORIM

EU, DANIEL BLAKE. Direção: Ken Loach. Produção: Rebecca O'Brien. Inglaterra: Sixteen
Films, 2016. (97 min.).

“Eu, Daniel Blake” é um filme que faz críticas ao serviço público britânico, sendo este
considerado modelo para outros lugares do mundo. Porém, ao decorrer da história, fica evidente o
quanto o governo dificulta o processo para a continuidade de um auxílio-doença, solicitado por
Daniel, o qual é submetido a um questionário de invalidez vago e inapropriado, não obtendo a
pontuação mínima para aprovação do governo e tem o seu auxílio-doença cortado.
Ao buscar o Serviço Social inglês, se depara com manobras burocráticas que inviabilizam
a solicitação do que corresponde aposentadoria por invalidez, sendo colocado num lugar de
nulidade, enfrentando telefonemas longos e ineficientes, não sabendo lidar com plataformas
digitais, devido à falta de conhecimentos de informática, e que, por isso, ele busca ajuda do seu
vizinho China.
China, é um jovem negro vizinho de Blake, que trabalha como Freelancer, ganhando
muito pouco, comparado ao serviço prestado. China, busca por outros meios uma fonte de renda.
Por se tratar de um jovem negro e imigrante tentando se estabelecer em uma sociedade
preconceituosa, lhe resta viver e tentar se estabelecer no subúrbio.
Paralela a história desses personagens, temos Katie, jovem e solteira, com dois filhos
pequenos e sem fonte de renda, que também busca ajuda do governo, só que não é atendida.
Vinda da capital por problemas de moradia e dificuldades para empego, encontra o mesmo dilema
na nova cidade. Katie não concluiu o curso superior e tem que se desdobrar para prover a casa e
os filhos, enfrentando a dura realidade social, sem condições de ter itens básicos de higiene
pessoal. Ao contrário de Daniel, Katie tem saúde para trabalhar. Entretanto, enfrenta dificuldades
por causa de sua falta de formação profissional e escassez de emprego.
O Estado a todo momento desampara pessoas consideradas inaptas para ele, e isso é muito
bem retratado no filme. E no aspecto administrativo, faltam melhorias nas organizações públicas,
profissionais desumanos, que não se empenham em dar encaminhamentos às demandas das
pessoas, não prestando esclarecimentos, nem informações a respeito dos seus direitos e deveres.

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