Você está na página 1de 2

Eterno guardião

Me vem uma história confesso

Contada pelo meu velho pai

Que falava de uma sangrenta batalha

Travada as margens do rio Uruguai

Já faz mais de 300 anos

Que as missões, bandeirantes ousaram invadir

Diante da desvantagem guarani

Um guardião se fez necessário ali

M'Bororé foi o escolhido

Índio destemido e o mais fiel

Como guardião dos tesouros jesuítas

Enfrentou aquela guerra cruel

Recordo de um casebre sagrado

Escondido, sem rastro algum

Sem portas, sem janelas

Seria uma casa branca comum?

Era onde M'bororé vigiava

Com uma missão bem clara

Proteger os tesouros sagrados

Da guerra que deles se aproximava

Defendeu por incansáveis dias

Daria a vida se necessário fosse

Pelos jesuítas foi esquecido

E a liberdade nunca o trouxe


M'Bororé é história viva

É folclore é tradição

Das riquezas do passado

Nosso eterno guardião

Você também pode gostar