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CAPÍTULO 115

Entretanto Leonor Teles já fugiu de Lisboa e já esteve em Santarém. D.João de


Castela já veio ter com a sogra a Santarém e toda a gente sabe que ele vem a
caminho de Lisboa para cercar esta.
“Per que guisa estava a cidade corregida pera se defender, quando el-Rei de
Castela pôr cerco sobr’ela.”
Titulo: Lisboa prepara-se para o cerca de Castela e toma medidas para viver o
máximo tempo possível dentro de uma Lisboa que sabem que vai ser cercada.
Temos uma cidade que vai buscar pão, carne, que salga a carne para a manter
e que se prepara com os mantimentos necessários para sobreviver ao cerco.
Pessoas fora da cidade viajam para Lisboa para se protegerem também do
cerco.
A cidade começa a proteger-se, reforça as muralhas, reúne armas. Quer
vencer o cerco que aí vem.
D.João andava de noite pela cidade com aqueles que o acompanhavam a ver
se estava tudo bem porque era ele que fazia a distribuição das pessoas pelos
lugares. Aqui temos a participação coletiva, temos a identidade nacional que se
está a construir. Temos os que protegiam os muros, os que protegiam as
portas, os que protegiam a cidade e D.João era o mentor desta proteção.
Temos aqui, o que hoje podemos chamar, “Hospital de Campanha”. Temos as
camas prontas, os lençóis, o cirurgião, o médico.
D.João lembrou-se até de proteger aquilo que poucos se lembrariam, a
margem do rio.
Temos o cantar das moças, referência ao Conde Andeiro que foi morto pelo
Mestre no capítulo XI e referência ao bispo que foi também ele morto no
capítulo XI.
DIVISÃO EM PARTES:
 o 1ª Parte: Introdução: Preparativos para enfrentar o cerco (1º parágrafo)
 o 2ª Parte: Medidas sociais e militares tomadas (desenvolvimento)
 o 3ª Parte: Estratégia militar – homens e armas (último parágrafo)
PREPARATIVOS:
 o Alimentação: Pão, carne, outros mantimentos. Fazem referência a que a carne vem
das Lezírias e faz referência a Santarém onde estava a rainha Isabel Teles fugida do
povo de Lisboa.
 o Defesa: Muros, portas da cidade e a ribeira.
MESTRE (estratega na defesa da cidade contra este cerco)
 o Atribui as tarefas de defesa aos responsáveis
 o Confirma, de noite, se as muralhas e as portas estão seguras
 o Confia as chaves a homens da sua confiança
 o Manda construir estacas para defender a zona da Ribeira
POVO:
 o Manifesta-se contra a influência castelhana
 o Suporta as duas condições do cerco
 o Une-se para vencer o inimigo, o rei de Castela, tentado assim não perder a
independência no século XIV.
  Episódio rico em descrição, pormenorizado como se estivéssemos lá. Capítulo
muito enumerativo. Fernão Lopes utiliza muito a enumeração e o visualismo para
descrever o plano estratégico que D.João fez para proteger Lisboa.

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