Você está na página 1de 80

QUI Exposição com as obras premiadas nas dez edições

NAS
do Salão Nacional Victor Meirelles - 1993 a 2008

DESEJANTES

31-10-2021 a
20-02-2022
Apresentação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 03
Salão Victor Meirelles . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 05
Biografia Victor Meirelles . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 06
Texto curadoria: Máquinas Desejantes . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 07
Infográfico - Cronologia edições SNVM . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 08
Primeira edição - 1993 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10
Edições anuais - 1994 a 1998 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 15
Segunda edição - 1994 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16
Terceira edição - 1995 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 19
Quarta edição - 1996 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 23
Quinta edição - 1997 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 28 Sumário
Sexta edição - 1998 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 34
Anos seguintes - 2000 a 2008 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 41
Sétima edição - 2000 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 42
Oitava edição - 2002 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 48
Nona edição - 2006 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 52
Décima edição - 2008 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 55
Exposição "Máquinas Desejantes" no MASC . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 61
NOTAS - Fontes . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 74
Apresentação
O Museu de Arte de Santa Catarina já realizou outras exposições com obras premiadas nas edições do Salão Nacional Victor Meirelles
pertencentes ao seu acervo. No entanto, todas juntas desde a 1ª até a 10ª edição (1993 a 2008), somente acontece pela segunda vez.
Embora se tenha registro de uma mostra organizada e montada paralelamente na edição do 5º Salão, na Galeria do CIC - Centro
Integrado de Cultura, com obras premiadas no Salão de 1993 a 1996, toda a coleção proveniente deste conjunto foi apresentada ao
público no MASC, em 2009, na exposição "MASC 6O anos". A mostra foi realizada em comemoração ao sexagésimo aniversário do museu
e contou com a curadoria de Janga – João Otávio Neves Filho, que como artista e crítico de arte também teve um papel muito relevante
na criação e na trajetória deste salão para a produção de arte contemporânea em Santa Catarina.

O diferencial desta reedição de exposição com as obras premiadas do Salão Nacional Victor Meirelles, com curadoria de Susana Bianchini
e Juliana Crispe, está presente tanto no título “Máquinas Desejantes”, inspirado no pensamento dos filósofos franceses Deleuze &
Guattari*1, quanto no plano de montagem ao organizarem a mostra estabelecendo diálogos entre os trabalhos dos(as) artistas pela
materialidade, linguagens ou temas.

Embora a proposta curatorial da exposição "Máquinas Desejantes" não tenha sido pautada pelo viés cronológico, a presente publicação
foi organizada com essa característica, de modo a apresentar os trabalhos premiados em cada edição, assim como recortes de alguns
apontamentos críticos das comissões julgadoras, curadores e de outras personalidades, extraídos dos catálogos e/ou matérias
jornalísticas, contidas nos arquivos do MASC das dez edições do SNVM. Além disso, observamos que se trata de um levantamento inicial
de informações, pois ainda se faz necessária uma pesquisa mais ampliada, a fim de incluir as referências especiais das comissões
julgadoras e de trabalhos doados para o acervo do MASC por artistas que participaram como selecionados, mas não foram premiados.
Esperamos que este pequeno levantamento da memória do Salão Nacional Victor Meirelles (SNVM) possa contribuir para potencializar
outras pesquisas e mais publicações deste conjunto da produção de arte contemporânea na coleção do museu.

Maria Helena Rosa Barbosa


Susana Bianchini
Salão Nacional
Victor Meirelles
Salão Victor Meirelles
O salão recebeu o nome do pintor catarinense,
"Porque Victor Meirelles, glória de nossa terra natal,
conheceu o sucesso e o esquecimento e lembrá-lo é
resgatar a memória de quem sempre dignificou
Santa Catarina. Viveu ele grandes momentos de
encantamento e morreu em meio a dias de angústia
e dor. [...]. Motivo de orgulho de sua terra natal, em
relação à qual sempre se ligou afetivamente,
reproduzindo seus cantos e encantos em um sem-
número de concepções – A Primeira Missa, Moema,
A Bacante, para citarmos apenas algumas – Victor
Meirelles passa agora a emprestar seu nome a
certame cultural que, esperamos, revele talentos que
continuem a trilhar a senda aberta [...] por um
barriga-verde que daqui saiu para o Mundo."

Alcídio Mafra de Souza, 1993.*2


Victor Meirelles de Lima nasceu em Nossa Senhora do Desterro, atual Florianópolis, em 18 de
agosto de 1832, filho do imigrante português Antônio Meirelles de Lima e da brasileira Maria
da Conceição.

Pintor, desenhista e professor, começou sua trajetória precocemente, realizando paisagens


da cidade. Frequentou a Academia Imperial de Belas Artes, no Rio de Janeiro e aos vinte anos,
conquistou o Prêmio Especial de Viagem à Europa. De 1853 a 1861, viveu primeiro na Itália e
em seguida na França, onde se dedicou ao estudo e ao trabalho. Foi professor honorário da
Academia Imperial de Belas Artes, onde ensinou pintura histórica e professor do Liceu de
Artes e Ofícios, no Rio de Janeiro.

Autor de quadros históricos, retratos, panoramas e da mais popular das telas brasileiras,
“Primeira Missa no Brasil”, exposta no Salão de Paris em 1861 (obra pertencente ao acervo do
Museu Nacional de Belas Artes/IBRAM/MinC), Victor Meirelles deixou um extraordinário
acervo, minuciosos esboços, estudos em papel e óleos sobre tela. O artista faleceu no Rio de
Janeiro em 22 de fevereiro de 1903.

(Biografia extraída do site do Museu Victor Meirelles)


Máquinas Desejantes Inicialmente, o Salão tinha abrangência estadual, e assim se manteve até 1997,
quando passou a ter âmbito nacional buscando-se a partir daí valorizar a
representatividade qualitativa e de singularidade de expressão das obras
selecionadas. Desde sua primeira edição, o SNVM contou com a presença de
O Museu de Arte de Santa Catarina reabre as portas com uma
críticos dentre profissionais experientes e reconhecidos especialistas na área de
mostra que reúne todos os trabalhos premiados nas dez edições artes visuais em sua comissão julgadora.
realizadas do Salão Nacional Victor Meirelles. Depois de mais de
um ano e meio fechado por causa da pandemia de Covid-19, o A exposição pretende apresentar ao visitante um recorte do acervo permanente do
MASC apresenta a exposição que precede o 11ª. SNVM – Edição MASC e trazer a memória dos artistas que participaram das edições já realizadas.
2021 e vêm retomar o concurso, motivo de reivindicação da Não podemos esquecer dos agentes organizadores dos salões, que com suas
classe artística, cuja última edição ocorreu em 2008. convicções defenderam a importância deste evento para situar Santa Catarina no
circuito de arte contemporânea nacional.
Na tentativa de provocar uma reflexão sobre a importância e
reivindicar a continuidade do Salão, em 2017 um grupo de artistas Assim, intitulamos a exposição que conta parte da história do Salão Victor Meirelles
promoveu uma edição extra oficial intitulada de 11º Salão Nacional de Máquinas Desejantes, que expressa o desejo de continuidade deste que foi e
Victor Meirelles*, selecionando todos os 400 trabalhos inscritos
ansiamos que continue sendo, o principal evento de arte contemporânea do
por artistas de vários lugares do Brasil e expondo no espaço do
estado.
Coletivo NaCasa, em Florianópolis.

As Máquinas Desejantes tornam-se e são conexões que funcionam como


Criado em 1993 e voltado para as artes visuais, o Salão
homenageia o artista catarinense Victor Meirelles de Lima, singularidades que se acoplam a um "circuito" mais amplo composto por várias
nascido em Nossa Senhora do Desterro, atual Florianópolis, em outras máquinas. Os sistemas das Artes, o desejo de andança, mudança,
1832 e falecido no Rio de Janeiro, em 1903. Foi pintor, desenhista transformações, continuidades; ações como esta dizem sobre seu tempo, suas
e professor. Estudou na Academia Imperial de Belas Artes – AIBA, histórias e proliferações.
na cidade do Rio de Janeiro. Em Paris pinta sua obra mais
conhecida “Primeira Missa no Brasil”, exposta pela primeira vez no Susana Bianchini
Salão de Paris de 1861. Juliana Crispe

1993

A organização da primeira edição do Salão Victor


Meirelles aconteceu por iniciativa de algumas pessoas e
Comissão Julgadora de parcerias entre a Fundação Catarinense de Cultura
Hugo Mund Junior (SC) (FCC), Museu de Arte de Santa Catarina (MASC) e
João Otávio Neves Filho (SC) Associação do Museu Victor Meirelles, a partir de uma
Romanita Disconzi (RS) ideia deixada pelo escritor, crítico de arte e ex-diretor
do MASC, Harry Laus, conforme destaca Narloch (1998),
Curadoria de Montagem no texto "O Salão Reinventado", publicado no catálogo
Juliana Wosgraus do 6º SNVM. *3

Assim, a primeira edição do Salão aberta à participação


MASC de artistas catarinenses e/ou residentes no estado,
16/09/1993 a 10/10/1993 contou com 199 inscritos e 54 selecionados.
*5 - Imagens: destaques das fotos de Caio Cezar, na matéria de Oscar Gomes, 1993.
1993 "Pelo nível das obras selecionadas, o
Salão Victor Meirelles reafirma a
atualização do fazer artístico em
Santa Catarina, integrando nosso
Estado ao movimento nacional. Uma
curadoria rigorosa e competente
pautou-se pela conceituação da arte
vista no contexto de nossos dias. A
reflexão e atitude consciente do
artista perante seu trabalho; a forma
como manipulou o material para
atingir o resultado buscado; a
autenticidade da contribuição pessoal
ao movimento no qual se insere – bem
como o fato de a obra ser ou não
portadora de um sentido, conceito ou
idéia – foram fatores que passaram na
escolha."

Janga, 1993.*4
PREMIADOS
Rubens Oestroem (SC)
1ª EDIÇÃO
1993
"A premiação de Rubens Oestroem
referente a obra de um artista que já
obteve reconhecimento nacional. Sua
participação no Salão é com uma
instalação que utiliza telas de formato
retangular presas em hastes de madeira
pintadas de negro. As leituras possíveis
são várias, mas prevalece o sentido
ascensional da verticalidade, sugerindo
uma busca de espiritualidade. Rubens
saiu-se muito bem nessa instalação que
mesmo mantendo o rigor de suas
construções anteriores introduz novos
elementos"

Janga, 1993.*6 Os intocáveis, (12 peças), 1993, madeira, acrílica e óleo s/tela, 300x400cm.
PREMIADOS "Neno Brazil foi a grande revelação do salão desde

1ª EDIÇÃO o momento que apresentou seu projeto de


instalação, um trabalho profissionalíssimo e que
1993 Neno Brazil (SC) também foi muito bem apresentado. Possui uma
grande beleza plástica e um clima que aproxima-se
da revelação da poesia zen. Em primeiro plano há
uma pequena pedra triangular com cracas de
ostras, e um triângulo de lodo vem a seguir. Sobre
ele juncos verdes traçam curvas delicadas no
espaço. Ao fundo um barco desenhado sobre uma
superfície de um azul mate. Um ventilador
estrategicamente instalado movimenta um tecido
de pano vermelho. Eis uma brilhante leitura
contemporânea da paisagem da ilha que pode ser
abordada das mais diferentes formas, desde que
quem o faça seja um artista como é o caso de
Neno Brazil."
Habitat,1993, serigrafia s/papel, 45,5x62cm
[Registro de Instalação]. Janga, 1993.*7
PREMIADOS
1ª EDIÇÃO Cléa Espindola (SC)
1993
Ubiratan de Oliveira (SC)

Tênis, (peça integrante da instalação


Oratório, (detalhe), 1992, metal, lâmpada, barbante “Vitrine – A Poética do Cotidiano”), 1991,
e tijolos, 88x67x49cm. terracota e engobe, 30,5x31x66cm.
1994
Edições Na edição do 2º Salão, o regulamento contemplou a participação de artistas

Anuais
brasileiros e estrangeiros legalmente residentes no Brasil há mais de 2 anos.
Participação de artistas: 350 inscritos e 79 selecionados.

1995
A edição do 3º Salão, pela primeira vez, abre espaço para vídeo-arte.
Participação de artistas: 818 inscritos e 77 selecionados.

“O conjunto de artistas que


participaram dessas cinco edições 1996
do Salão [1993 a 1997], não aponta Primeira publicação de catálogo a partir do 4º Salão.
para uma única escola ou Participação de artistas: 897 inscritos e 62 selecionados.
tendência, na diversidade de suas
formas, técnicas e estilos, são
movidos por objetivos similares que 1997
são os da exploração dos limites e Na denominação do 5º Salão, é acrescentado "Nacional".
Participação de artistas: 968 inscritos e 50 selecionados.
funções da arte dentro de outra
exploração maior centrada nas
alternativas do destino do homem.” 1998
A partir do 6º Salão, a proposta de sala especial para artista
João Otávio Neves Filho homenageado torna-se recorrente nas edições posteriores.
[Janga], 1998.*8 Participação de artistas: 907 inscritos e 34 selecionados.
SALÃO
VICTOR MEIRELLES
2ª EDIÇÃO
1994 "Para [Juliana Wosgraus, gerente de artes
plásticas FCC] os artistas selecionados
representam bem a passagem do popular
Comissão Julgadora para o contemporâneo e o II Victor Meirelles
Adalice Araújo (PR) cumpre a função de recuperar a tradição
Carlos Pasquetti (RS) catarinense da arte popular, fazendo uma
releitura da pós modernidade.” [...]. Foram
João Otávio Neves Filho (SC)
premiados três artistas: Marta Berger de São
José (SC), com a obra “Casulos” (instalação-
Curadoria de Montagem
objetos); Jussara Salazar, de Curitiba (PR),
Janga
com “Andy Warhol amava as nuvens” (objeto-
escultura); e Edilson Viriato, também de
Curitiba, com um desenho a que não titulou."
MASC
19/12/1994 a 15/02/1995 A Notícia, 1994.*9
PREMIADOS Jussara Salazar (PR)

2ª EDIÇÃO
1994
Marta Berger (SC)

Andy Warhol amava as nuvens, 1994,


nylon, isopor e cordão de seda,
Dependentes, 2000/2001, papel e cordão (20 objetos), 9m².** 143x75cm.
PREMIADOS Edilson Viriato (PR)
2ª EDIÇÃO
1994
Eduardo Haesbaert (RS)

Enquanto pássaros estranhos rondam minha


cabeça, sou seduzido por um furacão,
Limites, 1994, acrílica e pastel oleoso s/tela, 130x200cm. 1994, grafite e tinta s/tela, 71x38cm.
SALÃO
"Colocando Santa Catarina no circuito nacional das
3ª EDIÇÃO
artes, a terceira edição do Salão Victor Meirelles
1995 consolida-se como uma das amostragens mais
significativas da produção plástica brasileira. [...]."

Comissão Julgadora
"Referendando a produção de nossos artistas
Alberto Beuttenmüller (SP)
contemporâneos, trazendo novas informações,
Aline Figueiredo (MT)
George Racz (RJ)
permitindo um confronto com o que se vem
produzindo nos maiores centros culturais do país,
Curadoria de Montagem o Salão Victor Meirelles reveste-se de uma
Charles Narloch importância fundamental para os destinos da arte
catarinense. "
MASC

21/12/1995 a 18/02/1996 João Otávio Neves Filho (Janga), 1995.*10


PREMIADOS
3ª EDIÇÃO
1995

Raimundo Mundin (BA)


Paladar, 1995, VHS, sonoro, em
cores, aproximadamente 7´12”.

'A modalidade de vídeo-arte marcou uma grande presença, destacando-se na alta qualidade em geral do salão. O vídeo
“Paladar”, de Raimundo Mundin, contém vários fatores de destaque. Narrativa lírica, e coerente, com implicações
lúdicas, sensuais e de comunicação universal, e inclusive popular, ressaltando-se o perfeito acabamento artesanal
requerido por uma obra de arte visual contemporânea.'
Comentários do Júri, 1995.*11
PREMIADOS Luiz Antonio Felkl (RS)

3ª EDIÇÃO
1995
Marcelo Pires da Costa (PR)
Pêndulo, 1995, ferro e granito,
179x87x53cm.

Sem título,1995, terracota e pintura a frio,


30x70x56cm.

"A escultura de Marcelo Pires da "O cenário de terracota em três peças reúne o
Costa, pelo resgate do significado e significado em uma só obra, que reconduz à
do simbolismo dentro da escultura apreciação de expressão dramática do ser humano
contemporânea, ressalta seu impacto urbano nas artes plásticas. O artista maneja com
plástico. Resgata para a escultura maestria o espaço e a expressão mais profunda da
contemporânea o arcaico do homem." angústia humana."

Comentários do Júri, 1995.*12 Comentários do Júri, 1995.*13


Elisa Iop (SC) PREMIADOS Lú Pires (SC)

Aspectos lúdicos, 1995, madeira,


3ª EDIÇÃO Outono (políptico), 1995,
eucatex e impressão, 196x196cm. 1995 gravura em metal, 90x180cm.

"A instalação de Elisa Iop é uma obra aberta que


reúne numa proposta de instalação várias
linguagens. Além de ser conceitual, introduz uma "As obras de Lú Pires têm a qualidade de ser uma continuação de uma
idéia perceptiva de instalação, elevando-a ao nível renovação da gravura catarinense iniciada pelo grande artista José
lúdico e popular. Além da instalação propriamente Silveira D’Ávila. É um trabalho de grande dimensão, com ousadia e
dita, o trabalho atinge diversas linguagens: linguagem universal, aspecto criativo e conceitual, qualidade técnica
xilogravura, pintura e vídeo documentário." permeada de grande sensibilidade plástica."

Comentários do Júri, 1995.*15 Comentários do Júri, 1995.*14


SALÃO
4ª EDIÇÃO
1996
"Procurou-se contemplar os mais significativos trabalhos em cada
conjunto de obras, agrupadas por afinidades de linguagens e
propostas estéticas. Não se adotou nenhum critério exclusivista ou
Comissão Julgadora
excludente, a não ser o da qualidade, característica difícil de
Edson Machado (SC)
precisar, mas que o olhar e a sensibilidade do júri, e a consagração
Enock Sacramento (SP)
dessas tendências pela crítica nacional, ajudaram a dirigir o
José Augusto Avancini (SC)
julgamento. A reflexão e o aprofundamento de questões estéticas
atuais possibilitou identificar o grau de inovação e seriedade dos
Curadoria
trabalhos apresentados. [...]. As premiações procuraram contemplar
Charles Narloch
diferentes linguagens e tendências, tendo como critério orientador
a qualidade estética da obra e a contribuição que elas trazem para a
produção e o debate contemporâneo das artes."
MASC

22/10/1996 a 15/12/1996 Machado, Sacramento, Avancini, 1996 - Catálogo 4º SVM.*16


Ricardo Kolb Filho (SC) PREMIADOS
Origem, 1996, madeira, ferro e pintura s/tela, 9m².
4ª EDIÇÃO
1996

"Ricardo Kolb (SC), traduz o discurso


historicista da barbárie, da violência e das
obscuras conquistas bélicas entre as
civilizações tribais. Contundentes e
orgânicas setas de madeira, metal e
aramadas amarras dissecam a hipocrisia
do homem pós-moderno."

Edson Machado, 1996.*17


PREMIADOS Rubens Oestroem (SC)

4ª EDIÇÃO Zig-Zag, 1996, madeira, acrílica


e óleo s/tela, 176x200cm.
1996

"Rubens Oestroem (SC), impõe com a


segurança de suas raízes, heranças
pictóricas, toda a extensão de uma
geração de bons e novos artistas. Cria a
força dos volumes, a fluidez das linhas
perspectivas, a incontinência da cor, e
desconecta qualquer olhar definitivo. Suas
telas, monumentais produzem o fascínio
[libertário] dos portais vitais."

Edson Machado, 1996.*18


PREMIADOS
4ª EDIÇÃO Ana Vitória Freire (RJ)
1996 Valises, 1996, VHS, sonoro, aproximadamente 10'.

"Ana Vitória Freire (RJ) – impossível deixar a emoção


diante da sensibilidade e riqueza da performance
desta artista. O público poderá conhecê-la através
de um vídeo em contínua exibição durante toda a
mostra. Ousadia do júri premiar um efêmero
movimento? Neste caso o gesto é etéreo. Ana Vitória
e a coreografia “Valises” é um pouco da memória de
todos nós. É o homem desprendendo-se das
angústias, tristezas e exacerbadas saudades de sua
existência. A interpretação conjuga as belíssimas
músicas de Willian Sheller e Nicola Porpora, recursos
de cinema, a dramaticidade das artes cênicas, a
fragmentação harmoniosa da dança, as artes visuais,
plásticas, humanas."

Edson Machado, 1996.*19


PREMIADOS Marcos Coga (PR)
Sem título, 1995,
4ª EDIÇÃO nanquim s/papel,
1996 60x40cm.

Linda Poll (SC)

"Marcos Coga (PR), faz alusão ao pensamento do motivo


perpétuo num minucioso desenho onde a simbologia
argumenta sua cartografia própria. Mandalas e construções
compõem o ideário de meditação e concentração do artista."
Almofada para altar na alquimia, 1998, tecido,

linha e esponja, 15x76x28cm. *** Edson Machado, 1996.*20


SALÃO
5ª EDIÇÃO
1997 "Um salão, por sua própria abertura expõe toda a
diversidade da manifestação visual e poética entre nós.
Comissão Julgadora Apresenta as tendências vigentes em cada meio,
Aracy Amaral (SP) considerando as diferentes procedências culturais dos
Lisette Lagnado (SP) inscritos; [...].”
Nélson Aguilar (SP)
‘Assim, a grande parcela da responsabilidade sobre a
Curador “linha” ou “tom” do salão é conferida pela atuação do júri;
Charles Narloch
[...]. O envio dos inscritos é matéria-prima de um salão
para o processo de trabalho de um júri.’
MASC
25/11/1997 a 01/03/1998 Amaral, Lagnado, Aguilar, 1997 - Catálogo 5º SNVM.*21
PREMIADOS
5ª EDIÇÃO
1997

João Carlos Machado (RS)


Chico Machado

"Chico Machado (RS) perde-se em


inumeráveis circuitos elétricos para chegar
a uma proposta rica de sentidos,
percursos, entradas e saídas. Arte
interativa e maquinal, traz o bom humor
transgressivo dos inventores artistas. Sua
engenhosidade criativa está vinculada à
linhagem de um Barão ou mais
remotamente à inventividade de um
Abraham Palatnik."
Parafonia, 1997, madeira, papel impresso, fio elétrico, lâmpada,
Amaral, Lagnado, Aguilar, 1997.*22 vinil, metais e plástico, 200x200x175cm.

PREMIADOS "Cristina Padão Gosling (RJ) prolonga o território da pintura produzindo uma
série que pode ser vista como a das últimas telas, numa surpreendente
5ª EDIÇÃO delicadeza construtivo-poética. O têxtil e as bordas queimadas entrelaçam-se

1997 renovando a problemática pós neo-concretista. Pelo despojamento e


economia, o repertório minimalista ganha nova contribuição."

Cristina Padão Gosling (RJ) Amaral, Lagnado, Aguilar, 1997.*23

Sem título, 1997 (1) 1996 (2), tela, 90x90cm.


Odires Mlászho (SP)
Cavo um fóssil repleto de anzóis, 1997, PREMIADOS
fotomontagem s/papel, 66x46cm.
5ª EDIÇÃO
1997

Cavo um fóssil
repleto de anzóis,
1996, 66x46cm.

"Odires Mlazho (SP) reinventa a fotografia


histórica inserindo na antiguidade romana a
lupa da atualidade. A característica da arte
contemporânea reside na reversão temporal."
Cavo um fóssil repleto de
Amaral, Lagnado, Aguilar, 1997.*24 anzóis, 1996, 66x46cm.
PREMIADOS Hugo Ferreira de Souza (RJ)
5ª EDIÇÃO Sem título, 1992, conduite, 115x110x106cm.

1997

"Hugo Ferreira (RJ) é um escultor absolutamente


singular. Trabalha com materiais industriais
(condutos, pneus), empresta-lhes uma forma que
oscila entre estabilidade e instabilidade e formula
peças negras de alto teor informativo."

Amaral, Lagnado, Aguilar, 1997.*25


Sandra Cinto (SP)
Flauta doce modificada, 1997, bronze, 50,5x3 Ø.

PREMIADOS "Sandra Cinto (SP) propõe uma instalação que se organiza a partir de seus
limites: constrói um quarto, por assim dizer sonoro, com painéis desenhados
5ª EDIÇÃO com traços de uma arquipartitura. Num canto, solitária e majestosa, reina a
presença transversal do instrumento musical, num resultado cinestésico onde
1997 o som e espaço se encontram pela primeira vez."

Amaral, Lagnado, Aguilar, 1997.*26


SALÃO "A diversidade de propostas selecionadas confirma alguns
direcionamentos da arte que se faz em nosso país na atualidade. O
6ª EDIÇÃO significativo número de instalações, objetos ou interferências, consolida

1998 a tendência de artistas contemporâneos lidarem cada vez mais com o


espaço real, ao invés de criarem um espaço fictício numa representação
ilusória."

Comissão Julgadora João Otávio Neves Filho [Janga], 1998 - Catálogo 6º SNVM.*27
Agnaldo Farias

João Otávio Neves Filho


Tadeu Chiarelli "As obras de Paulo Whitaker, Daniel Acosta, Clara Fernandes e Elias
Muradi, sem sombra de dúvidas, representam alternativas bastante
Curador Geral significativas para os campos da pintura e do tridimensional no país.
Charles Narloch Suas obras premiadas, ao passarem a integrar o acervo do Museu de Arte
de Santa Catarina, significam não apenas uma salutar atualização do
referido acervo mas, principalmente, um acréscimo efetivo da qualidade
dessa coleção."
MASC

03/12/1998 a 01/03/1999
Tadeu Chiarelli, 1998 - Catálogo 6º SNVM.*28
PREMIADOS
6ª EDIÇÃO
1998

Paulo
Whitaker (SP)
Sem título, 1998,
óleo e spray s/tela.

Sem título (140x100cm). Sem título (125x100cm). Sem título (140x100cm).

"As telas de Paulo Whitaker demonstram cabalmente como em arte a idéia de anacronismo de uma determinada linguagem é coisa fora de
questão. Muito já se falou em morte da pintura e o avanço crescente nos anos 90 da produção de objetos, como o progressivo interesse pela
fotografia, igualmente verificado neste salão, faz talvez crer aos incautos que ela estaria em vias de desaparição. Whitaker renova a pintura ao
torná-la um campo onde o desenho e a mancha se enfrentam, onde o desejo de se apropriar das coisas por via de um olhar atento sobre seus
gumes cruza-se à capacidade de construir atmosferas, de enunciar situações e temperaturas."

Agnaldo Farias, 1998 - Catálogo 6º SNVM.*29


PREMIADOS Daniel Acosta (RS)

6ª EDIÇÃO Quem duvida do senso comum?


1998, tecnil, cordas de nylon
1998 e grama sintética, 12m².

"Daniel Acosta, cujo trabalho vem oscilando do comentário aos


espaços já existentes – a arquitetura das casas, os fragmentos da
paisagem construída das cidades em que vivemos -, até obras
provenientes do ambiente em que ela se apresenta. Obras site-
specifity, produzidas especialmente para um espaço determinado.
Estas últimas parecem uma espécie de contra-arquitetura, aquilo
que aqui está mas que não se vê porque preferimos não encher o
vazio que os nosso olhos desinteressados e superficiais somente
conseguem enxergar."

Agnaldo Farias, 1998 - Catálogo 6º SNVM.*30


PREMIADOS Elias Muradi (SP)
Genuflexório para dois,
6ª EDIÇÃO s/data, latão, aço e
1998 fotografia, 60x40x43 e
120x80cm.

"A referência ao corpo é também um dado recorrente no trabalho de Elias


Muradi, mas a ambiguidade deriva de uma escultura cuja frieza é o ponto
de partida. O emprego do metal prateado soma-se à estranha aparência
de objetos que tanto podem aludir aqueles equipamentos médicos feitos
com a finalidade de extrair e colher nossos fluidos para melhor desvendar
o mistério que nos vai por dentro, quanto aos objetos que pertencem ao
universo religioso, como genuflexórios e bancos, cujo papel é nos facilitar
a contemplação do sagrado. Em ambos os casos eles nos parecem sugerir
que sejamos dóceis, servis em nossa submissão."

Agnaldo Farias, 1998 - Catálogo 6º SNVM.*31


PREMIADOS Clara Fernandes (SC)
“Impenetrável”, 1998, fio de
6ª EDIÇÃO metal, 270x90x90cm.
1998

"De Florianópolis chega-nos também o lirismo misterioso "Clara Fernandes, com seus objetos
de Clara Fernandes, cujo trabalho de há muito anda a têxteis escultóricos, conclui a lista
merecer um conhecimento maior que o faça transbordar dos premiados. Tecendo tramas de
dos limites regionais. A maturidade de sua pesquisa apelos táteis ilusórios, cria
expressa-se na maneira como ela obtém conjugar num penetráveis – impenetráveis que
mesmo trabalho o atraente e aconchegante com o hostil, jogam com as perenes dualidades:
como ela é pródiga em demonstrar que sob a superfície atração - repulsão, aconchego -
dos materiais tranquilos palpita uma seiva secreta e asfixia, sedução - dor."
agressiva."


João Otávio Neves Filho [Janga],
Agnaldo Farias, 1998 - 1998 - Catálogo
Catálogo 6º SNVM.*32 6º SNVM.*33
PREMIADOS
6ª EDIÇÃO
1998

Gabriela Machado (SC)


Sem título, 1997, nanquim
s/papel, 200x190cm.

"[...] os desenhos de Gabriela Machado, cujas dimensões


parcem resultar da envergadura da artista, daquilo que só
pode ser expresso pelo gesto limítrofe, que flui pelas
pontas dos dedos. O corpo entre com a escala e com os
riscos que vão ferindo a extensa superfície. A tinta,
quando aguada, transborda pelas margens do sulco
espraiando-se pelo branco, inventando-lhe camadas."

Agnaldo Farias, 1998 -


Catálogo 6º SNVM.*34
PREMIADOS
6ª EDIÇÃO
1998

Paulo Gaiad (SC)


Cicatrizes 1997, chumbo
e papel, 52x41x7cm.

"O caso do pintor Paulo Gaiad é ainda diverso. Sinalizando que a condição do artista é mesmo o descontentamento, Gaiad permite-se
abandonar seu conhecido virtuosismo para realizar uma obra que impressiona pela dramaticidade de tom íntimo. Sob as capas cinzas e
espessas de chumbo de seus livros encontram-se folhas compactadas, agarradas umas às outras, emudecidas, efeitos de um
amordaçamento a base de fios de arame dos quais só restam os vestígios, as cicatrizes enferrujadas."

Agnaldo Farias, 1998 - Catálogo 6º SNVM.*35


Anos seguintes

2000 2002 2006 2008


O 7º Salão contou com No 8º Salão, optou-se O 9º Salão define pela O 10º Salão manteve o
a participação de 714 por duas comissões primeira vez pró-labore pró-labore para artistas
artistas inscritos(as) e julgadoras: uma de equitativo para todos(as) selecionados(as), mas teve
40 selecionados(as). seleção e outra de artistas selecionados(as) júri de premiação para as
Sala Especial - Artista premiação. e transfere a escolha da aquisições acervo MASC.
homenageada: Eli Heil. A edição contou com aquisição para a comissão A edição contou com 733
758 artistas inscritos(as) consultiva do MASC. trabalhos inscritos e 30
e 30 selecionados(as). A edição teve um total de artistas selecionados(as).
Sala Especial - Artista 731 inscrições e 30 artistas A mostra do Salão aconteceu
homenageado: selecionados(as). no MASC e na Fundação
Silvio Pléticos. Sala Especial - Artistas Cultural Badesc.
homenageados: Rodrigo Sala Especial - Artista
de Haro e Sálvio Daré. homenageada: Doraci Girrulat.
SALÃO
7ª EDIÇÃO "O recado que esta seleção envia aos artistas é,
2000 desse modo, que a qualidade de criação é vital e
bem-vinda e que, como contrapartida dessa
liberdade, suas obras devem sustentar-se por si
Comissão Julgadora
João Otávio Neves Filho (SC) mesmas e não por aquilo que delas diz o crítico
José Texeira Coelho Netto (SP) ou curador. E, para o público, é lembrado que
Lorenzo Mammi (SP) arte é sobretudo diferença e multiplicidade, e
Márcio Sampaio (BH) que a aparente desarmonia das soluções visuais
Osmar Pisani (SC) apresentadas, por árdua que seja para a
intelecção, é a base do desenvolvimento do
Curador Geral
gosto próprio a cada um. [...]."
Charles Narloch

Teixeira Coelho, 200 -


MASC
Catálogo 7º SNVM.*36
21/12/2000 a 15/03/2001
PREMIADOS Suely Fahri (RJ)

7ª EDIÇÃO Fome de mundo, 1999/2000, corte em parede,


garfo e faca de prata, 250x20x20cm.
2000

'Suely Fahri é a grande premiada por


conseguir falar tudo ou quase nada,
recodificando matéria e espaço. Sua obra
“Fome de Mundo”, eminentemente
minimalista mostra um corte horizontal na
parede, que termina com a inserção de um
garfo e uma faca, mantidos como
referências de uma ação num elemento
arquitetônico, nesse caso a parede. O
resultado é uma ruptura brusca da visão
que - como a própria artista e arquiteta
coloca – torna a parede cortável como
papel, diluindo as noções espaciais e a
rigidez do elemento.’

Charles Narloch, 2000.*37


Vânia
Mignone (SP)

Sem título,
2000, óleo
s/MDF,
70x70cm.

Sem título, 2000. Sem título, 2000. Sem título, 2000.

PREMIADOS "Vânia Mignone, sem dúvida, merece o prêmio por suas propositadamente más pinturas, onde cores fortes e
gestos largos exploram características do livre pensamento, representadas pelo corpo humano através dos
7ª EDIÇÃO atos de voar, sonhar, navegar ou explodir. Em uma de suas pinturas, a figura do corpo que pensa é sutilmente
definida por discretos sulcos na tinta, exigindo-nos mais do que um mero olhar, roubando-nos um
2000 pensamento a partir de sua bem composta armadilha."

Charles Narloch, 2000.*38


PREMIADOS Marcelo Roberto Gobatto (SC)

7ª EDIÇÃO Já não há + tempo (4 fitas), 2000,


VHS, em cores, sonoro,
2000 aproximadamente 12’45” (total).

'A vida no caos urbano e a escravidão ao


relógio fecham esse ciclo de forma
inegavelmente drástica e emocional com a
vídeo-instalação de Marcelo Gobatto
também premiado. Os quatro vídeos
simultâneos que compõem sua obra
intitulada “Já não há+tempo” são
cuidadosamente produzidos, a ponto de nos
permitir o luxo de sentir uma abrupta
taquicardia, tão grande o estresse passado
pela obra, sem que o autor se utilize dos já
desgastados truques de imagens apelativas
ou sons irritantes . É pura sensibilidade.'

Charles Narloch, 2000.*39


PREMIADOS Pitágoras Gonçalves (GO)
7ª EDIÇÃO
2000

"A ousadia obtida pelo asco, por


manifestações da dor e pela
sensação de estranheza, ainda é
constante em muitas obras. Entre
os que se enquadram nessa
vertente, Pitágoras [...] sequestram
imagens fotográficas e interferem
nas mesmas com grafismos e
pinceladas gestuais."

Okotô (228 peças), s/data, papel impresso, acrílica, esmalte sintético,
Charles Narloch, 2000.*40 giz de cera, pastel oleoso e spray, 9m²
SALÃO "O que define a arte contemporânea é justamente a
8ª EDIÇÃO busca do sentido. Artistas contemporâneos perseguem
sentido. Um sentido que pode utilizar as preocupações
2002 formais que são intrínsecas à arte e que se
Comissão de seleção sofisticaram no desenvolvimento dos projetos
Fernando Cocchiarale modernistas do século XX, mas que finca seus valores
Katia Canton na compreensão (e apreensão) da realidade, infiltrada
Regina Silveira dos meandros da política, da economia, da ecologia, da
educação, da cultura, da fantasia, da afetividade."
Comissão de premiação
Adolfo Montejo Navas
"Nos salões de hoje, artistas contemporâneos
Katia Canton
incorporam e comentam a vida em suas grandezas e
Tadeu Chiarelli
pequenezas, em seus potenciais de estranhamento e
em suas banalidades. Para o júri torna-se um privilégio
Curadoria de Montagem poder ouvir esses comentários, conhecer suas vozes,
Charles Narloch fazê-las repercutir, dialogar com elas."

MASC Kátia Canton, 2002 -


26/11/2002 a 02/03/2003 Catálogo 8º SNVM.*41
SALÃO
8ª EDIÇÃO
2002 "Os artistas estão mais conscientes de seu papel na sociedade e no meio artístico. O sistema
que catapulta alguns e solapa a maioria, continua sendo questionado por muitos. Há os que
primitivamente gritam e, por isso mesmo, não saem do lugar comum. Não é fácil produzir,
sobreviver e ser lembrado nesse meio. O trabalho que melhor reflete essa angústia, no mínimo
inteligente é de um(a) artista anônimo(a). Ele(a) recebe o principal prêmio do salão justamente
por uma ideia incomum, livre das armadilhas comumente preparadas pelo exacerbado ego
humano. Ao omitir sua identidade, o(a) artista conclui seu trabalho no ato. [...]."

"Os que habitam as grandes cidades não escondem os conflitos e as delícias de suas
ambiguidades coletivas. É possível ter esperança por um espaço digno para todos, mesmo que
dependurado, talvez divinamente protegido e iluminado, um 'acampamento dos anjos'
projetado por Eduardo Srur. É possível apreender a estética, a poesia concreta no emaranhado
dos fios elétrico e placas de alvenaria que cobrem portas e janelas das casas cegas de
Rochele Costi."

Charles Narloch, 2002.*42


PREMIADOS
8ª EDIÇÃO
2002

Anônimo (MG)****
Para entender a arte
(os mais importantes
quadros do mundo 'Tendo como base três reproduções de obras
analisados e de artistas famosos – entre eles Georges
minuciosamente Latour e Delacroix - “Anônimo apresenta um
explicados), 2002, trabalho conceitual que usa a história da arte
impressão digital sobre como suporte ideológico", avalia o diretor do
lona canvas Masc, João Evangelista de Andrade Filho.'
e vinil adesivo (tríptico)
160x120cm (cada). Citado por Rafaela Giordano, 2002.*43
PREMIADOS Rochele Costi (RJ)
Casa Cega, 2002, fotografia,
8ª EDIÇÃO 120x100cm.
2002

"Pela definição do jurado


Tadeu Chiarelli [...] a
artista [Rochele Costi]
consegue apresentar a
“frieza clínica na série de
fotografias Casacega, na
qual mostra casas
deterioradas."

Citado por
Rafaela Giordano,
2002.*44

Casa cega 134 Casa cega 303 Casa cega 562


PREMIADOS Eduardo Srur (SP)
Acampamento dos Anjos, 2003.
8ª EDIÇÃO Registro da intervenção urbana, realizada
2002 no prédio do CIC (3 fotos).

"De acordo com a crítica


de arte Katia Canton, uma
das juradas do Salão, Srur
realizou um trabalho
delicado e com qualidade
poética, lirismo."

Citado por Rafaela


Giordano, 2002.*45
SALÃO
9ª EDIÇÃO
2006 "Na soma dos fatores envolvidos na
equação proposta ['artista + instituição +
Comissão Julgadora iniciativa + olhar curatorial'], pode-se
Charles Narloch (SC) arriscar afirmar que esta edição do SALÃO
Fernando Bini (PR) NACIONAL VICTOR MEIRELLES apresenta
Márcio Doctors (RJ) um resultado positivo. Nos procedimentos
Maria Amélia Bulhões (RS) de seleção alguns aspectos recorrentes,
Olívio Tavares de Araújo (SP)
formais ou poéticos, puderam ser
Curador Geral percebidos, permitindo sugerir diferentes
Joâo Evangelista de Andrade Filho percursos possíveis, a partir do conjunto
Curadoria de Montagem apresentado."
Fernando Lindote
Charles Narloch, [2006] -
MASC Catálogo 9º SNVM.*46
19/12/2006 a 04/03/2007
PREMIADOS
9ª EDIÇÃO
2006

Alice Yuki Shintani (SP)


Sem título I, 2006, acrílica
s/tela, 200x266cm.
PREMIADOS Marcelo Moschetta

9ª EDIÇÃO Land escapes, 2006, carvão


s/papel, 70x100cm.
2006

Land escapes VI

Land escapes X Land escapes XI


SALÃO Juri de Seleção
10ª EDIÇÃO Paulo Herkenhoff Filho (RJ)
Márcio Sampaio (BH)
2008 Anita Prado Koneski (SC)
Ana Gonzalez (PR)
Cauê Alves (SP)

'O fator “invenção” foi importante [...]. Por exemplo uma


Juri de Premiação
questão foi a do objeto hoje. As suas relações com a
Márcio Sampaio (BH)
arquitetura, com o design, com a psicologia, com o
Anita Prado Koneski (SC)
esporte [...].'
Ana Gonzalez (PR)

Cauê Alves (SP)


Paulo Herkenhoff, 2009.*47
Fernando Lindote (SC)

MASC Curadoria de Montagem


04/11/2008 a 04/01/2009 Fernando Lindote
SALÃO 'Em relação à predominância da fotografia no [10º] Salão, o jurado [Márcio Sampaio]
avalia que esta modalidade contemplada no Victor Meirelles está bem ajustada à
10ª EDIÇÃO contemporaneidade, fazendo uma consideração sobre si mesma por meio do registro,
2008 mas com adensamento. Fernando Lindote, curador da montagem do salão, e substituto
de Paulo Herkenhoff no júri do prêmio de aquisição, enxerga nos trabalhos uma forma
de pensar a paisagem, e com “um sentido de isolamento”.'

Márcio Sampaio e Fernando Lindote,


citados por Jéferson Lima, 2008.*48

'Segundo Fernado Lindote, artista e curador de montagem deste Salão [...] duas discussões principais devem
mover alguns caminhos da leitura: a pintura, seja em uma retomada do suporte tradicional em uma chave mais
contemporânea ou seu pensamento através da fotografia e outros meios; e o objeto, em sua relação com
processos industriais e formas imaginárias. Por outro lado, o tema do corpo, recorrente na arte contemporânea,
também está muito presente.'
Fernando Lindote, citado
por Victor da Rosa, 2009.*49
PREMIADOS
10ª EDIÇÃO
2008

Pedro Motta (MG)


“Reação Natural”, 2008, fotografia em cores – 7 peças, 100x100cm (cada peça).
PREMIADOS Tony Camargo (PR)
Sem título, 2008.
10ª EDIÇÃO
2008

Sem título, 2008, tinta industrial


sobre fotografia em metacrilato,
55x80x5cm.

Sem título, 2008, tinta industrial sobre


fotografia em metacrilato, 55x80x5cm.
Sem título, 2008, tinta industrial
sobre fotografia em metacrilato,
57x73x5cm.
PREMIADOS Tatiana Sampaio Ferraz (SP)
Série "Observatórios", 2008.
10ª EDIÇÃO
2008

Série Observatórios, (díptico), 2008,


Série Observatórios, (díptico), 2008, marchetaria com fórmica marchetaria com fórmica sobre compensado
sobre compensado e caixa com monóculo, 58x69x4cm. e caixa com monóculo, 50x85x4cm.
PREMIADOS
10ª EDIÇÃO Fabiana Wielewick (SC)
2008 Sem título, 2008.

Sem título - da Série “Do outro lado”, 2008, impressão Sem título - da Série “Do outro lado”, 2008,
s/ papel fotográfico (díptico), 75x149cm. impressão s/ papel fotográfico (díptico), 75x129cm.
Exposição
Máquinas
Desejantes
no MASC

31-10-2021 a
20-02-2022

Curadoria
Susana Bianchini
Juliana Crispe
Homenagem
ao artista
Victor
Meirelles

Coleção
Catarina
Acervo
Ylmar Corrêa
NOTAS - Fontes
*1 - Sobre os filósofos Deleuze e Guatarri e o conceito de "máquiana desejante":
<https://razaoinadequada.com/filosofos/deleuze/ > I
<https://razaoinadequada.com/2013/05/10/deleuze-maquinas-desejantes/>. Acesso: fev. 2022.
*2 - SOUZA, Alcídio Mafra de. Victor Meirelles, Sempre. Salão Victor Meirelles, 1993 (Folder p&b). Arquivos MASC / NPD –
I Salão Victor Meirelles 1993 (pasta).
*3 – NARLOCH, Charles. O Salão reinventado. Catálogo 6º Salão Nacional Victor Meirelles, 1998.
*4 - JANGA [NEVES FILHO, João Otávio]. Salão Victor Meirelles - Instalações ganham destaque. Diário Catarinense,
Variedades, quinta-feira, 16 de setembro de 1993. Arquivos MASC / NPD – I Salão Victor Meirelles 1993 (pasta).
*5 - GOMES, Oscar. SC em sintonia com a contemporaneidade. A Notícia, Variedades, quinta-feira, 16 de setembro de
1993 (Fotos: Caio Cezar). Arquivos MASC / NPD – I Salão Victor Meirelles 1993 (pasta).
*6 - JANGA - Crítico de Arte. Salão Victor Meirelles - Instalações ganham destaque. Diário Catarinense, Variedades,
quinta-feira, 16 de setembro de 1993. Arquivos MASC / NPD – I Salão Victor Meirelles 1993 (pasta).
*7 - Idem.
*8 - NEVES FILHO, João Otávio (Janga). Um trem chamado história ou a vala dos ressentidos. Ô Catarina! - Fundação
Catarinense de Cultura, n. 27, janeiro/fevereiro, 1998. Arquivos MASC / NPD – VI Salão Victor Meirelles 1998 (pasta).
*9 - Salão Victor Meirelles resgata arte popular. A notícia, Variedades, segunda-feira, 19 de dezembro de 1994. Arquivos
MASC / NPD – II Salão Victor Meirelles 1994 (pasta).
*10 - NEVES FILHO, João Otávio (Janga). Em sintonia com as propostas contemporâneas. Diário Catarinense, Especial
DC - Em Pauta, 1995. Arquivos MASC / NPD – III Salão Victor Meirelles 1995 (pasta).
*11 - Comentários do júri sobre as obras premiadas. Documento datilografado – boneco catálogo III Salão Victor Meirelles
1995. Arquivos MASC / NPD – III Salão Victor Meirelles 1995 (pasta).
*12, 13, 14 e 15 – Idem.
*16 - MACHADO, Edson; SACRAMENTO, Enock; AVANCINI, José Augusto. Catálogo IV Salão Victor Meirelles 1996. Arquivos
MASC / NPD – IV Salão Victor Meirelles 1996 (pasta).
*17, 18, 19 e 20 - MACHADO, Edson. A gente não quer só quadro com vaso de flores. Ô Catarina!, n.20, Novembro/
dezembro’96. Florianópolis - SC, FCC: 1996. Arquivos MASC / NPD – IV Salão Victor Meirelles 1996.
*21 - AMARAL, Aracy; LAGNADO, Lisette; AGUILAR, Nelson. V Salão Nacional Victor Meirelles. Catálogo V Salão Nacional
Victor Meirelles, 1997. Arquivos MASC / NPD – V Salão Nacional Victor Meirelles 1997.
*22, 23,24, 25, 26 - Idem.
*27 - NEVES FILHO, João Otávio (Janga). 6º Salão Nacional Victor Meirelles 1997. Catálogo 6º Salão Nacional Victor
Meirelles, 1998. Arquivos MASC / NPD – VI Salão Nacional Victor Meirelles 1998.
*28 - CHIARELLI , Tadeu. Os salões e o Salão Nacional Victor Meirelles. Catálogo 6º Salão Nacional Vitor Meirelles, 1998.
Arquivos MASC / NPD – VI Salão Nacional Victor Meirelles 1998.
*29, 30, 31 e 32. FARIAS, Agnaldo. 6º Salão Nacional Victor Meirelles. Catálogo 6º Salão Nacional Vitor Meirelles, 1998.
Arquivos MASC / NPD – VI Salão Nacional Victor Meirelles 1998.
*33 - NEVES FILHO, João Otávio (Janga). 6º Salão Nacional Victor Meirelles 1997. Catálogo 6º Salão Nacional Vitor Meirelles,
1998. Arquivos MASC / NPD – VI Salão Nacional Victor Meirelles 1998.
*34 e 35 - FARIAS, Agnaldo. 6º Salão Nacional Victor Meirelles. Catálogo 6º Salão Nacional Victor Meirelles, 1998. Arquivos
MASC / NPD – VI Salão Nacional Victor Meirelles 1998.
*36 - COELHO, Teixeira. Como um salão permanece contemporâneo. Catálogo 7º Salão Nacional Victor Meirelles, 2000.
Arquivos MASC / NPD – VII Salão Nacional Victor Meirelles 2000.
*37, 38,39 e 40 - NARLOCH, Charles. Poética do corpo, fonte de inspiração – Especial para o Anexo – Recorte de jornal.
Arquivos MASC / NPD – VII Salão Nacional Victor Meirelles 2000 (pasta).
*41 - CANTON, Kátia. Salão de arte Victor Meirelles. Catálogo 8º Salão Nacional Victor Meirelles, 2002.
*42 - NARLOCH, Charles. Enfim, o século 21 – A atualidade marca a presença no Salão Victor Meirelles. Especial para o
Anexo [2002]. Arquivos MASC / NPD – VIII Salão Nacional Victor Meirelles 2002 (pasta).
*43, 44 e 45 - GIORDANO, Rafaela. Artista Anônimo vence o Salão. Diário Catarinense, Variedades, terça-feira, 19/11/2002.
Arquivos MASC / NPD – VIII Salão Nacional Victor Meirelles 2002 (pasta).
*46 - NARLOCH, Charles. Uma equação do sistema. Catálogo 9º Salão Nacional Victor Meirelles, 2006.
*47 – HERKENHOFF, Paulo. O salão e a cidade. Entrevista concedida a Vitor da Rosa. Ô Catarina! - FCC, n. 69, 2009, p.11.
Arquivos MASC / NPD – X Salão Nacional Victor Meirelles 2008 (pasta).
*48 - LIMA, Jéferson. Paisagem da solidão - 10º Salão Victor Meirelles abre suas portas em dois endereços da capital.
Diário Catarinense, terça-feira, 04/11/2008. Arquivos MASC / NPD – X Salão Nacional Victor Meirelles 2008 (pasta).
*49 - ROSA, Victor da. Enquanto recorte provisório. Ô Catarina! - FCC, n. 69, 2009, p.10. Arquivos MASC / NPD – X Salão
Nacional Victor Meirelles 2006 (pasta).
** “Obra substituída pela premiada no II Salão, por deterioração do material utilizado”.
** “Obra substituída pela premiada no IV Salão, por deterioração do material utilizado”.
**** Premiada como Anônimo - Fernanda Guimarães Goulart - Acervo Virtual MASC:
<https://aplicacoes.fcc.sc.gov.br/wpmasc/> .
FICHA TÉCNICA EXPOSIÇÃO

Realização
Museu de Arte de Santa Catarina

Coordenação Pesquisa e Documentação


Susana Bianchini Débora Judite Fernandes
Eliane Prudêncio da Costa
Assistente de Coordenação
Felipe Antônio da Rosa Montagem e Iluminação
Anézio Antônio Ramos
Curadoria
Susana Bianchini Apoio Administrativo
Juliana Crispe Kelly Tatiane Oliveira Aguiar

Conservação e Acervo Identidade Visual


Álvaro Henrique Fieri Móyses Lavagnoli
Giovana Fernandes Schweitzer
Izabella Cavalcante Fotografia
Márcio Henrique Martins
Ação Educativa Digitalização de vídeos
Maria Helena Rosa Barbosa Cândido Detoni Gazzoni
Sérgio Da Silva Prosdócim Laboratório de Conservação e Digitalização
Patrícia Peruzzo Museu da Imagem e do Som de Santa Catarina – MIS/SC
Equipe Técnica do MASC *

Conservação e Acervo
Álvaro Henrique Fieri
Presidente da Fundação Izabella Trindade Cavalcante
Catarinense de Cultura Luiza May (Estagiária)
Edson Lemos
Ação Educativa
Maria Helena Rosa Barbosa
Diretor de Arte e Cultura Patricia Peruzzo Lopes
Luiz Ekkel Moukarzel Sérgio Da Silva Prosdócimo

Pesquisa e Documentação
Administradora do Museu Débora Judite Fernandes
de Arte de Santa Catarina Eliane Prudencio da Costa
Susana Bianchini

Apoio Administrativo
Recepção
Felipe Antônio da Rosa
Gabriel dos Reis
Kleber Marcos
Jonathan da C. dos Santos Stanezyh
Nilton Cesar Amaral
Montagem e Iluminação
Tairone de Souza Sutil
Anézio Antônio Ramos
Sérgio Adolfo Guint
* Fevereiro 2022

CRÉDITOS

Coordenação Curadoria da exposição


Susana Bianchini Susana Bianchini
Juliana Crispe
Organização
Susana Bianchini
Maria Helena Rosa Barbosa
Izabella Trindade Cavalcante

Design gráfico
Moysés Lavagnoli

Fotos
Acervo Virtual MASC
Registros da expografia:
Marcio Henrique Martins
Maria Helena Rosa Barbosa Florianóplis (SC)
Izabella Trindade Cavalcante Dezembro 2022

Você também pode gostar