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SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO

FUNDAÇÃO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO DE NITERÓI

REFERENCIAIS CURRICULARES DA REDE


PÚBLICA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO DE
NITERÓI

Niterói
Dezembro/2022
FICHA TÉCNICA

Prefeitura Municipal de Niterói


Axel Schmidt Grael

Secretaria Municipal de Educação


Lincoln de Araújo Santos

Fundação Municipal de Educação


Felipe Leal Bellot

Subsecretaria de Desenvolvimento Educacional


Djenane Luisa Freire Firmino

Subsecretaria de Projetos Educacionais Transversais


Thiago Soares Risso Possas

Subsecretaria de Planejamento e Gestão


Marcio Anciães Ferreira

Subsecretaria do Programa Criança na Creche


Patrícia Gomes Pereira

Diretoria de Gestão Escolar


Jessica Fernandes

Diretoria de 1º e 2º ciclos
Andréia Mello Rangel

Diretoria de 3º e 4º ciclos
Camilla Ferreira Souza Alô
Diretoria de Ensino de Jovens e Adultos
Greyce Kelly F. de Almeida

Diretoria de Educação Infantil


Fernanda Pinheiro de Macedo

Diretoria de Articulação Pedagógica


Silvana Malheiro Gama

Casa de Avaliação e Formação - CAF


Maria Cristina Rezende de Campos

Coordenação de Educação em Direitos – CEDIR


Ronald dos Santos Quintanilha

Coordenação de Educação Especial


Lucienne de Oliveira Jesus Souza

Coordenação de Educação em Sustentabilidade, Esporte e Saúde – CESESS


Juliana Martins de Souza

Coordenação de Mídias e Novas Tecnologias


Carla Sena dos Santos Pinto

Coordenação de Educação e Cultura – CECULT


Liliane Balonecker Daluz

Coordenação de Educação na Diferença – CEDIF


Cristiane Gonçalves de Souza

Coordenação de Aceleração e Progressão Parcial


Jessé Magalhães
Coordenação de Indicadores, Dados e Programas Educacionais- CIDaPE
Carla Cristina Martins da C. Vasconcellos

Coordenação de Programas Artísticos Literários - CProAl


Samuel Barreto

Coordenação de Supervisão Educacional - COESE


Romana Camarinha Dominguez

Conselho Municipal de Educação


Cintia da Luz Rodrigues

Comissão de Acompanhamento dos Referenciais Curriculares da Rede Pública


Municipal de Educação de Niterói – PORTARIA SME Nº 018/2022

Djenane Luisa Freire Firmino (Presidente)


Alessandra da Costa Abreu
Andréia Mello Rangel
Carla Cristina Martins da Conceição Vasconcellos
Carla Sena dos Santos Pinto
Cíntia da Luz Rodrigues
Cristiane Gonçalves de Souza
Cristina Ferreira Gonçalves Padilha
Delma Marcelo dos Santos
Eloisa Fátima Figueiredo Semblano Gonçalves
Fernanda Pinheiro de Macedo
Greyce Kelly Fernandes de Almeida
Jessica Fernandes Braga
Lucienne de Oliveira Jesus Souza
Lucilaine Maria da Silva Reis
Maria Cristina Rezende de Campos
Mônica Pereira da Costa Ianov
Nathalie D'Oliveira Mendes
Patrícia Brito de Oliveira Feitosa
Robson de Souza
Romana Camarinha Dominguez
Sandra Cristina Ferreira de Sousa
Silvana Malheiro do Nascimento Gama

Revisão
Ana Julia Castanheira Campos Moraes Louzada
Fabiana Botelho dos Santos
Nadilene Nery de Melo
Roberta Viegas Noronha
Rosana Ribeiro

Capa
Tatiana Freire de Moura

Diagramação
Carla Sena dos Santos Pinto
Eloisa Fatima Figueiredo Semblano Gonçalves
Lauane Baroncelli Nunes
FICHA TÉCNICA DA MINUTA DOS REFERENCIAIS CURRICULARES DA REDE
PÚBLICA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO DE NITERÓI (DEZEMBRO/2020)

Prefeitura Municipal de Niterói


Rodrigo Neves

Secretaria Municipal de Educação, Ciência e Tecnologia


Flávia Monteiro de Barros Araujo

Fundação Municipal de Educação


Fernando Soares da Cruz

Subsecretaria Municipal de Educação


Patrícia Gomes Pereira

Subsecretaria de Projetos Especiais


José Henrique Antunes

Superintendência de Desenvolvimento de Ensino


Cristiane Gonçalves de Souza

Equipes SMECT/FME - Niterói


Assessoria Especial de Articulação Pedagógica – Cristiane Gonçalves de Souza
Aceleração das Aprendizagens – Márcia Ferreira Netto
Assessoria de Avaliação Institucional – Maria Cristina Rezende de Campos
Assessoria de Estudos e Pesquisas Educacionais – Nelson Ricardo da Costa Silva
Assessoria de Mídias e Novas Tecnologias – Carla Sena dos Santos Pinto
Coordenação da Educação de Jovens e Adultos – Greyce Kelly F. de Almeida
Coordenação de Educação Especial – Andrea Pierre dos Reis
Coordenação de Progressão Parcial – Carmen Déborah Dias Bragança
Coordenação de Promoção da Leitura – Liliane Balonecker Daluz
Coordenadoria Especial de Supervisão Educacional – Romana Camarinha Dominguez
Diretoria de Educação Infantil – Andreia Viana da Silva Diniz
Diretoria de Gestão Escolar – Érika Machado da Rocha
Diretoria de 1º e 2º Ciclos – Silvana Malheiro Gama
Diretoria de 3º e 4º Ciclos – Rosane Cristina Feu Santos
Núcleo de Ações Integradas – Juliana Martins de Souza
Núcleo de Assessoria Técnica – Ronald dos Santos Quintanilha

CAPA E DIAGRAMAÇÃO
Tatiana Freire de Moura

CONCEPÇÃO E ELABORAÇÃO DOS TEXTOS

Ensino Fundamental
Rosane Cristina Feu Santos
Silvana Malheiro do Nascimento Gama

Educação de Jovens e Adultos


Greyce Kelly Fernandes de Almeida
Eduardo Garritano

Educação Infantil
Andreia Viana da Silva Diniz
Cristiane Gonçalves de Souza
Delma Marcelo dos Santos
Eliza Helena Pandino Botelho Leonardo
Fernanda Macieira Bortone
Leda Marina Santos da Silva
Lílian Garcia
Lucimeire Bezerra Costa
Márcia Nico Evangelista
Rosana Ribeiro
Rosângela Motta Dias
Sandra Cristina Ferreira de Sousa
Sirlane Vieira Alves
Sonia de Oliveira Martins
Verônica da Silva Santos

Educação Ambiental
Juliana Martins de Souza

Educação em Direitos Humanos: perspectivas curriculares em construção


Márcia Ely Bazhuni Pombo Lemos
Ronald dos Santos Quintanilha

Educação e Inclusão: direitos de todos


Andréa Pierre dos Reis
Lucienne de Oliveira Jesus Souza
Robson de Souza

A leitura literária e a formação do leitor-autor na Rede Pública Municipal de Educação


de Niterói
Elana Cristiana dos Santos Costa
Jacqueline Martins da Silva
Liliane Balonecker Daluz

Tecnologias na Aprendizagem
Carla Sena dos Santos Pinto
Eloisa Fatima Figueiredo Semblano Gonçalves
Érika Francisco de Paulo David
Jaqueline Devillart de Macedo
Márcia Luzia Correia de Abreu
Rosangela Aurelia Motta de Alcantara

Avaliação: Institucional e da Aprendizagem


André Luiz Abreu de Mattos
Andréa Pierre dos Reis
Carla Cristina Martins da C. Vasconcellos
Cristina Ferreira Gonçalves Padilha
Maria Cristina Rezende de Campos
Nelson Ricardo da Costa Silva
Romana Camarinha Dominguez
Tatiana Freire de Moura

Currículo, Cultura e Diferença


Cristiane Gonçalves de Souza

Movimento para elaboração dos Referenciais Curriculares da Rede Pública Municipal


de Educação de Niterói
Sandra Cristina Ferreira de Sousa

Professores Colaboradores (Colaborações descritas no capítulo 2 da Parte I)


Prof. Dr. Adriano Freitas Vargas/UFF
Prof.ª Dra. Ana Angelita C. N. da Rocha/UFRJ
Prof.ª Dra. Ana Maria Monteiro/ UFRJ
Prof.ª Dra. Andrea Vieira Thees/UNIRIO
Prof.ª Dra. Carmen Teresa Gabriel Le Ravellec/UFRJ
Prof.ª Dra. Cecília Goulart/UFF
Prof.ª Dra. Denise Souza Destro/SME de Juiz de Fora/MG
Prof. Dr. Diego da Silva Vargas/UNIRIO
Prof. Dr. Dilton Ribeiro do Couto Junior/UERJ/FEBF
Prof.ª Dra. Dinah Vasconcellos Terra/UFF
Prof.ª Dra. Elizabeth Fernandes Macedo/UERJ
Prof. Dr. Guilherme Augusto Rezende Lemos/UERJ
Prof. Dr. Ivo da Costa do Rosário/UFF
Prof. Dr. Joel Windle/UFF
Prof.ª Dra. Lea Tiriba/UNIRIO
Prof.ª Dra. Ligia Maria Leão de Aquino/UERJ
Prof.ª Dra. Luciana Esmeralda Ostetto/UFF
Prof.ª Dra. Márcia Serra Ferreira/UFRJ
Prof.ª Dra. Maria Cristina Corais/IFRJ
Prof.ª Dra. Maria Margarida Gomes/UFRJ
Prof.ª Dra. Rita de Cássia Prazeres Frangella/UERJ
Prof. Dr. Roberto Marques/UFRJ
Prof.ª Dra. Sandra Escovedo Selles/UFF
Prof. Dr. Thiago Ranniery/UFRJ
Prof.ª Dra.Vera Vasconcelos/UERJ
Prof.ª Dra. Walcéa Barreto Alves/UFF
Prof. Dr. Wilson Cardoso Júnior/UFRJ

Grupos de Trabalho / Professores da Rede Pública Municipal de Educação de Niterói

ARTE
Eires Melo da Silveira (Coordenador – 3º e 4º Ciclos)
Fernanda F. Marques Silva (Coordenadora – 1º e 2º Ciclos)
Ana Carolina Senos E Santos
Ana Catarina M. C. M. Portugal
André Luiz da Costa Valim
Andrea Santos Alves
Cristiane Rodrigues
Fábio Silva Guimarães
Isabella Ferreira Siqueira
Lisiane de Aguiar Tavares
Marcelo Inagoki Rodrigues
Máslova T. Valença
Paola Queiroz de Figueiredo
Samuel Barreto

CIÊNCIAS
Ana Regina de L. P. Peixoto (Coordenadora – 1º e 2º Ciclos)
Camilla Ferreira Souza Alô (Coordenadora – 3º e 4º Ciclos)
Camile Mizumoto
Carmen Pazoto
Cristiane M. Ferreira
Daratilde B. Santana
Deise Fernandes Santos Almeida
Felipe Carvalho de Oliveira
Geisa da Silva Capistrano
João Ricardo Assis
Kelly M. Leal
Stella Maris B. S. Kisse
Thiago Machado da Silva

EDUCAÇÃO AMBIENTAL
Juliana Martins de Souza (Coordenadora do NAI)
Camilla Ferreira Souza Alô
Carmen Edith Pazoto Mauricio
Carolina da Silva Ribeiro
Cristiane Menezes Ferreira
Fernando Fortunato Faria Ferraz
Janaina Silva de Souza
João Ricardo Assis da Silva
João Carlos Moreira Tristão
Kelly Mauricio Leal
Letícia D'Amato dos Reis Grigorovski
Maíra Jansen Olinisky
Márcia Cristina Palmar de Rezende
Márcia Cristina Soares de Moura Victorino
Renato do Nascimento Moser
Silvia Mauricio Leal
Thiago Machado da Silva
EDUCAÇÃO FÍSICA
Lucia Regina Bessa Voss (Coordenadora – 3º e 4º Ciclos)
Marise S. C. Fazziola Mendel (Coordenadora – 1º e 2º Ciclos)
Alexandre Marques da Costa
Aline Fernandes Louzada
Analice Antunes da Fonseca
Andressa Brasil Barbeito de Paula
Antonio Florêncio Braga Monteiro
Cecília Silvano
Diogo Oliveira Gomes
CristovãoElba Mattos Silva Fernandes
Gustavo Oliveira dos Santos
Gutemberg Barros de Moura
Jordão Bruno Neto
Júlio César Araújo da Silva
Laertes Paixão
Luciana Dantas R. Moreira
Luciana dos Santos Aguiar Tavares
Lucineide Vieira Drolhe da Costa
Luiz Felipe Martins Valladão
Marcelo Luiz de Souza
Marlon Torquato de Souza Mattos
Michelle Rodrigues Ferraz Ramos
Paulo César Nayfeld Granja
Ramon Diego Moura Tinoco
Renata de Melo Cardoso Palmares
Renata Fernandes Ramos
Renato do Nascimento Moser
Sandra Souza dos Santos
Silvia Maria Lyrio Figueira Rodrigues
Soyane de Azevedo Vargas do Bonfim
Thiago Coqueiro Mendonça
GEOGRAFIA
Luciano Palmares de Souza (Coordenador – 3º e 4º Ciclos)
Nanaíra da Silva Ferreira (Coordenadora – 1º e 2º Ciclos)
Angélica Quintanilha J. Devillart Lemos
Aparecida Abreu Ferreira da Silva
Carlos Alexandre Turque Duarte
Helena de Oliveira Silva
João Carlos M. Tristão
Juliana Martins De Souza
Márcia Cristina Palmar
Raphael e Silva Girão
Solange Tubino
Vanderlei Silva Ferreira

HISTÓRIA
Karyne Alves Santos (Coordenadora – 1º e 2º Ciclos)
Renato Luna (Coordenador – 3º e 4º Ciclos)
Aline de Almeida Hoche
Andreia Coutinho de Andrade Fonseca
Dilma Eunice Marques Silva
Hugo M. Rosa e Silva
Lilian Germano Guimarães
Marcele Moreira de Castro
Marcelo Ramos Duarte
Maria Lucia Cunha do Carmo Lannes
Raphaela de Almeida Santos
Rosiléa Silva Faria

LÍNGUA ESTRANGEIRA
Adjomara Leitão de Souza (Coordenadora – 1º e 2º Ciclos)
Ana Paula Fernandes (Coordenadora – 3º e 4º Ciclos)
Patrícia B. de Oliveira Feitosa (Coordenadora – 3º e 4º Ciclos)
Alice Piza Reis Elizeu
Amanda A. Siqueira Moritz
Ana Carolina da Silva Pinto
Bárbara Cristina de Abreu
Carolina Ecard Barros
Cíntia de Andrade N. Miranda
Fátima Lopes do Amaral Lutfy
Gabrielle O. R. Martins
Isabella S. G. Pereira
Jessica Natarelli
Luciana C. H. Bastos
Luciano do Amaral Silva
Thábata Christina Gomes de Lima
Valéria Teixeira Leite
Vanessa de A. B. A. Pereira

LÍNGUA PORTUGUESA
Fernanda de Araújo Frambach (Coordenadora – 1º e 2º Ciclos)
Letícia Fernandes Franco (Coordenadora – 3º e 4º Ciclos)
Adriana Teixeira Lima
Alessandra dos Santos Mendes Oliveira de Souza
Alex Sandro Lins Ramos
Angela Bittencourt Machado
Angélica Araújo da S. Affonso
Daianne Ribeiro
Fabiana Botelho dos Santos
Fernanda de Souza Lima
Homero dos Santos
Janaína S. Souza
Julie Francine S. Braga
Luana Rodrigues Machado
Márcia Luzia Cardoso Carneiro
Mariana Pereira de Oliveira
Marina de M. Lima Barreto
Pamela de Andrade Lima dos Santos
Raphael Cássio de Oliveira Pereira
Renata Vale Ribeiro
Renato Bruno
Robson de Souza (Educação Especial)
Wandréia Lúcia de Souza do Nascimento

MATEMÁTICA
Anne Rocha de Almeida (Coordenadora – 1º e 2º Ciclos)
Cristiane Custódio S. Andrade (Coordenadora – 1º e 2º Ciclos)
Nice de Oliveira (Coordenadora – 3º e 4º Ciclos)
Alex Fabiano Metello Silva
Bruno de Assis Xarifa
Deiwison Sousa Machado
Diego S.M. Belay
Jessica Folly
João Marcos B. Jucá
Keyla L. Bruck Thedin
Marcia Andrade Oliveira
Maria de Fátima C. Borges
Raphaela Duarte
Rodrigo Pessanha da Cunha
Rosiney de Jesus Ferreira
Vanessa Nunes de Souza

Grupo de Trabalho da Educação de Jovens e Adultos


Adalberto de Moraes Gomes Filho
Adilene das Graças Cardoso
Adriana Teixeira Lima
Beatriz Rabello Amin
Claudia Zunino Lombardi de Carvalho
Felipe Valadão
Fernanda Gomes Ribeiro
Geyser C. Amorim
Glaice Lúcio de Oliveira
Gleice Coelho G. da Silva
Iraci da Silva Caputo
Jacqueline Monteiro Pereira
Juliana Alves S. Monteiro
Julio Cesar Araújo da Silva
Lúcio Paulo Marques Cordeiro
Luiz Claudio da Costa Ferreira
Magno Sales Coutinho
Marcelo Luiz de Souza
Maria Lúcia Xavier Cavalcante
Priscila Leal Mello
Rafael Farias de Carvalho
Rita de Cássia M. Moreira Pinto
Rita Faeda
Rodrigo da Nóbrega Fernandes
Rosiney de Lemos Ferreira
Sandra Valéria Sampaio
Sonia Maria da Luz Campanatti
Valéria Cristina Cirne Soares
Vander Macedo Caillaux
Vicentina Ribeiro Vianna
Comissão Especial para análise e pronunciamento sobre os Referenciais Curriculares da
Rede Pública Municipal de Ensino de Niterói

Coordenação: Luciana Laureano Costa

I - Representantes do Conselho Municipal de Educação de Niterói:


André Antunes Martins
Lilian Azevedo da Silva
Luiz Fernando Conde Sangenis
Luiza Cristina Rangel Pinto Sassi
Maria Felisberta Baptista da Trindade (In memoriam)
Marta Nidia Varella Gomes Maia
Severine Carmem Macedo
Tatiana Ribeiro dos Santos

II - Representantes Especialistas:
Aline Javarini
Andréia Mello Rangel
Carla Sena dos Santos Pinto
Cristiane Gonçalves de Souza
Delma Marcelo dos Santos
Elana Cristiana dos Santos Costa
Juliana Martins de Souza
Lívia Moraes Ornelas
Luciana Laureano Costa
Roberta Teixeira de Souza
Rosane Cristina Feu

III - Representantes de Professores e Pedagogos da Rede Pública Municipal de Ensino de


Niterói:
Alyne Oliveira Pecly Tavares
Ana Cláudia Santana da Silva Cruz
Fernanda de Araújo Dias
Gisele Coelho de Oliveira
Juliana Cristina da Silva Ignacio
Luciana Silva dos Santos
Ludiany Tavares da Costa Carvalho
Mônica Gonçalves
Priscila Artte Rosa Nascimento
Raphael Cássio de Oliveira Pereira
Rosa Aletice
Sonia de Oliveira Martins

Pareceristas da Minuta dos Referenciais Curriculares da Rede Pública Municipal de


Educação de Niterói
- Prof. Dr. Adriano Vargas Freitas/UFF
- Profª Dra. Dagmar Mello e Silva/UFF
- Profª Dra. Denise de Souza Destro/UFF
- Profª Dra. Érika Leme/UFF
- Profª Dra. Helen Ferreira/UFF
- Profª Dra. Lea Tiriba/UNIRIO

Relatoria Final dos Referenciais Curriculares da Rede Pública Municipal de Educação


de Niterói
Cristiane Gonçalves de Souza
Andréia Mello Rangel
Queli Cristina de Andrade Novaes
Sandra Cristina Ferreira de Sousa
Virginia Maria Muniz
AGRADECIMENTOS

A TODOS E A TODAS QUE COLABORARAM COM ESTE PROCESSO DE UMA


NOVA CONSTRUÇÃO CURRICULAR PARA A REDE MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO DE
NITERÓI.
A experiência da construção dos Referenciais Curriculares Municipais nos últimos
dois anos faz Niterói amadurecer em sua autonomia política que, mesmo garantida na
legislação, sabemos bem, é conquista política do nosso dia a dia. Este documento que chega à
comunidade escolar é sinal de nossa capacidade de conduzirmos coletivamente nossos
próprios caminhos nas perspectivas do aprimoramento do que entendemos sobre a qualidade
social da educação.
Após dois anos de discussão com os profissionais da Rede Pública Municipal de
Educação, a Minuta dos novos Referenciais Curriculares foi apresentada ao Conselho
Municipal de Niterói (CMEN) em dezembro de 2020, para apreciação e votação. No ano de
2021, o CMEN instituiu a Comissão Especial pela Deliberação CMEN nº 045/2021, composta
por Conselheiros, Especialistas, Professores e Pedagogos da Rede, para análise e
pronunciamento sobre a Minuta dos Referenciais. Em novembro do mesmo ano, a Comissão
emitiu recomendações que foram apreciadas pelo CMEN, que emitiu o Parecer CMEN nº
011/2021, indicando a publicação da Deliberação nº 046/2021, que aprovou os Referenciais
em sua íntegra. Cabe destacar que o CMEN dedicou a conclusão desse trabalho à Conselheira
Prof.ª Maria Felisberta Baptista da Trindade, que participou ativamente das discussões, além
de ter devotado toda a sua vida na incansável luta pela Educação Pública.
Do CMEN, ao envolvimento de professores-técnicos nas discussões e até ao “chão da
escola”, do comprometimento dos professores nos debates, das disputas de concepções
filosóficas diante do ensinoaprendizagem, os Referenciais Curriculares Municipais são a
expressão do que queremos, do que vislumbramos em termos de formação cultural e cidadã
para uma cidade e um país soberanos.
Registro aqui a importância das gestões anteriores que iniciaram este processo, dos
Secretários Municipais de Educação e Presidentes do CMEN que tomaram posição diante das
expectativas deste documento, tão esperado pela comunidade escolar. A impessoalidade
exigida no desenvolvimento das Políticas Públicas Educacionais não dispensa o
reconhecimento daqueles que se empenharam para que estes Referenciais se consolidassem
para o aprimoramento da Rede Pública Municipal de Educação de Niterói. Desta forma,
lembremos dos esforços da Professora Dra. Flávia Monteiro de Barros Araujo e do Sr.
Vinicius Wu nas decisões e encaminhamentos para a consolidação dos Referenciais.
Concebido por várias mãos comprometidas com a educação municipal de Niterói, este
documento é o eixo orientador dos nossos fazeres escolares, é luz que desencadeará uma
atualização das práxis pedagógicas, articulando, dos gestores aos professores, a repensarem
dialeticamente seus ofícios. Este desafio é de todos nós.
Os Referenciais Curriculares Municipais são as possibilidades de avançarmos na
consolidação da Escola Pública Municipal de Niterói, democrática, popular e de qualidade
referenciada socialmente.
Dezembro de 2022.
(No ano do Centenário de nascimento de Darcy Ribeiro)

Professor Dr. Lincoln de Araújo Santos


Secretário Municipal de Educação
Presidente do Conselho Municipal de Educação
Aos colegas professores, pedagogos e a todos os profissionais da Rede Pública
Municipal de Educação de Niterói, representando toda a equipe da Subsecretaria de
Desenvolvimento Educacional, me dirijo a vocês, para apresentar os nossos tão esperados
Referenciais Curriculares Municipais.
Os Referenciais Curriculares para a Rede Pública Municipal de Educação se
materializam em um momento histórico em que a luta pela democracia ganha novo fôlego no
contexto nacional. Nas suas páginas, encontramos os princípios e diretrizes em consonância
com as legislações federais e municipais que compõem a história da Educação de Niterói. O
texto de Introdução, comum aos três volumes, possui um breve histórico da construção dos
Referenciais e outros escritos que indicam as principais perspectivas teóricas e frentes de
trabalho das áreas transversais do conhecimento.
Nos textos específicos, da Educação Infantil, do Ensino Fundamental e da Educação
de Jovens e Adultos (EJA), encontramos as reflexões coletivamente construídas ao longo dos
encontros formativos e dos debates sobre as singularidades teórico-práticas de cada
segmento/modalidade de ensino.
Nosso objetivo é que os Referenciais Curriculares Municipais sejam norteadores das
Políticas Educacionais da nossa rede, que ofereçam subsídios para a revisão dos Projetos
Políticos Pedagógicos e que desse modo orientem os trabalhos das Unidades de Educação e
dos grupos de referência.
A expectativa é que este documento ganhe sentido a cada dia nas Unidades de
Educação e é isto o que mais nos dá esperança: que os objetivos propostos no documento se
concretizem nos fazeres pedagógicos para que tenhamos um currículo com centralidade nas
demandas educacionais das crianças, dos jovens e dos adultos da Rede Pública Municipal de
Educação de Niterói.
A entrega desses documentos, cuja elaboração contou com a ampla participação da
rede, terá, além do seu elemento prático, – oferecer subsídios ao trabalho pedagógico da rede
– dois elementos simbólicos: o reestabelecimento do pacto com o nosso Município da
Educação Que Queremos e a celebração da vitória da democracia, pois o diálogo, o respeito e
a coletividade estão presentes em cada canto das páginas que se seguem.

Professora Dra. Djenane Freire


Subsecretária de Desenvolvimento Educacional
SUMÁRIO
APRESENTAÇÃO ................................................................................................................. 27
PARTE I
1. CURRÍCULO E MOVIMENTOS INSTITUINTES ....................................................... 30
2. MOVIMENTO PARA ELABORAÇÃO DOS REFERENCIAIS CURRICULARES
DA REDE PÚBLICA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO DE NITERÓI ............................. 35
3. EDUCAÇÃO E INCLUSÃO: DIREITOS DE TODOS .................................................. 45
3.1 Porque é lei .................................................................................................................... 46
3.2 Porque as vivências são as ações modeladoras do ato de aprender ......................... 48
3.3 Porque a escola continua sendo o espaço no qual se é possível viver a experiência
da aprendizagem .............................................................................................................. 49
4. EDUCAÇÃO EM DIREITOS HUMANOS E CIDADANIA: PERSPECTIVAS
CURRICULARES EM CONSTRUÇÃO ............................................................................. 50
5. CURRÍCULO, CULTURA E DIFERENÇA ................................................................... 56
6. A LEITURA LITERÁRIA E A FORMAÇÃO DO LEITOR-AUTOR NA REDE
PÚBLICA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO DE NITERÓI ................................................ 60
7. EDUCAÇÃO AMBIENTAL ............................................................................................. 67
7.1 Educação em riscos ambientais ................................................................................... 71
8. TECNOLOGIAS NA APRENDIZAGEM ....................................................................... 73
8.1 Sociedade contemporânea ............................................................................................ 73
8.2 Sociedade em rede ........................................................................................................ 75
8.3 Cultura digital ............................................................................................................... 76
8.4 Infância e juventude na educação contemporânea..................................................... 77
8.5 Redefinição dos espaços e tempos da escola ............................................................... 79
8.6 Metodologias Ativas da Aprendizagem ...................................................................... 80
8.7 Considerações finais ..................................................................................................... 84
9. AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL E DA APRENDIZAGEM ....................................... 84
10. CONSIDERAÇÕES SOBRE A TRANSIÇÃO ENTRE CICLOS ............................... 88
11. CICLOS DO ENSINO FUNDAMENTAL ..................................................................... 92
11.1 A Trajetória da Revisão Curricular no Ensino Fundamental ............................. 102
11.2 Leitura e devolutiva das Unidades de Educação ................................................... 105
12. REFERÊNCIAS ............................................................................................................. 106
PARTE II
ÁREA DE CONHECIMENTO: LINGUAGENS ............................................................... 116
1. LÍNGUA PORTUGUESA ............................................................................................... 117
1.1 Gêneros Discursivos ................................................................................................... 120
1.2 Contextos de produção ............................................................................................... 121
1.3 Linguagem oral e linguagem escrita ......................................................................... 122
1.4 Variedades linguísticas ............................................................................................... 123
1.5 Multimodalidade ......................................................................................................... 123
1.6 O lugar da literatura no currículo ............................................................................ 124
1.7 Concepções de alfabetização ...................................................................................... 126
1.8 A alfabetização como processo discursivo ................................................................ 130
1.9 Educação de surdos .................................................................................................... 132
MATRIZ CURRICULAR – LÍNGUA PORTUGUESA................................................... 135
REFERÊNCIAS ................................................................................................................... 249
2 LÍNGUA ESTRANGEIRA ............................................................................................... 251
MATRIZ CURRICULAR – LÍNGUA ESTRANGEIRA ................................................. 256
2.1 Língua Inglesa ............................................................................................................. 256
2.2 Língua Espanhola ....................................................................................................... 290
2.3 Língua Francesa ......................................................................................................... 325
REFERÊNCIAS ................................................................................................................... 335
3. ARTE ................................................................................................................................. 337
MATRIZ CURRICULAR – ARTE .................................................................................... 342
REFERÊNCIAS ................................................................................................................... 418
4. EDUCAÇÃO FÍSICA ...................................................................................................... 419
4.1 Um pouco da nossa história... .................................................................................... 419
4.2 Um breve histórico da Educação Física na Rede Pública Municipal de Niterói .. 420
4.3 A Educação Física nos dias atuais ............................................................................. 421
4.4 Concepções de corpo e Educação Física ................................................................... 423
4.5 Saúde na escola e a Educação Física ......................................................................... 425
4.6 Refletindo sobre currículo.......................................................................................... 427
4.7 A Educação Física e a inclusão .................................................................................. 428
4.8 A Educação Física que queremos .............................................................................. 429
Temas articuladores ......................................................................................................... 430
MATRIZ CURRICULAR – EDUCAÇÃO FÍSICA .......................................................... 432
REFERÊNCIAS ................................................................................................................... 465
ÁREA DE CONHECIMENTO: MATEMÁTICA ............................................................. 469
1. MATEMÁTICA ............................................................................................................... 470
1.1 Organização da Matriz Curricular ........................................................................... 472
MATRIZ CURRICULAR – MATEMÁTICA ................................................................... 475
REFERÊNCIAS ................................................................................................................... 516
ÁREA DO CONHECIMENTO: CIÊNCIAS NATURAIS ............................................... 517
1. CIÊNCIAS......................................................................................................................... 518
1.1. Alfabetização Científica ...................................................................................... 519
MATRIZ CURRICULAR – CIÊNCIAS ............................................................................ 524
REFERÊNCIAS ................................................................................................................... 552
ÁREA DO CONHECIMENTO: CIÊNCIAS HUMANAS ............................................... 553
1. GEOGRAFIA ................................................................................................................... 554
1.1 Por uma Educação Geográfica Significativa ............................................................ 555
1.2 O Espaço ...................................................................................................................... 556
1.3 A Cidade ...................................................................................................................... 557
1.4 Território ..................................................................................................................... 558
1.5 Região .......................................................................................................................... 559
1.6 Lugar............................................................................................................................ 560
1.7 Paisagem ...................................................................................................................... 560
1.8 Natureza ...................................................................................................................... 561
1.9 Representação Espacial .............................................................................................. 562
1.10 Organização da Matriz Curricular ......................................................................... 563
MATRIZ CURRICULAR – GEOGRAFIA ....................................................................... 565
REFERÊNCIAS ................................................................................................................... 589
2. HISTÓRIA ........................................................................................................................ 591
MATRIZ CURRICULAR – HISTÓRIA ........................................................................... 598
REFERÊNCIAS ................................................................................................................... 648
ANEXOS ............................................................................................................................... 650
ANEXO 1 – DELIBERAÇÃO CME nº 045/2021 .............................................................. 651
ANEXO 2 – PARECER CME Nº 011/2021 ........................................................................ 653
ANEXO 3 – DELIBERAÇÃO CME Nº 046/2021 ............................................................. 658
ANEXO 4 – PORTARIAS SME Nº 018/2022 E 019/2022 ................................................ 660
27

APRESENTAÇÃO1

A todos educadores, educadoras e comunidade escolar da Rede Municipal de


Educação de Niterói, orgulhosamente, apresento a minuta do novo Referencial Curricular para
esta rede de ensino. Um trabalho de muita pesquisa, estudo, conversa, escuta, troca, realizado
a inúmeras mãos pelos nossos Profissionais da Educação, ao longo dos anos de 2019 e 2020.
O caminho é pelo diálogo, pelo consenso, pelo debate e pela negociação. Não acredito
na necropolítica, mas na política que é construída nas relações. Não basta modelar belos
documentos curriculares, se estes não pulsam na vida da escola. E não há dúvidas que, ao
elaborar esse Referencial Curricular, cada escola pode contribuir trazendo caminhos trilhados
para compor a escrita desta proposta, que, com certeza, após sua homologação, passará por
muitos processos de reinterpretação no dia a dia de cada realidade escolar.
A Rede Municipal de Educação tem profissionais excelentes, pessoas que dão
continuidade a sua formação inicial, investem em sua formação e, com muito compromisso
político, constroem práticas voltadas à realidade escolar, em prol do desenvolvimento e
aprendizado de cada aluno. Penso que a pessoa do professor é central no processo educativo.
E percebo uma inoperância em processos massivos alinhados a propostas verticalizadas. Para
construir uma proposta curricular, antes de tudo, é preciso fortalecer os processos de formação
continuada e ir criando consensos possíveis, através do trabalho coletivo, da discussão e da
própria construção desses consensos. Prima-se pela consciência das escolhas pedagógicas, dos
caminhos possíveis para o desenvolvimento da docência e pelo aprofundamento dos
referenciais adotados.
Considero sincronicamente a construção do bem comum e a micropolítica, que traz
para a reinterpretação os documentos oficiais. Com isso digo que esta proposta curricular, ao
seguir para as escolas, passará por processos criativos e singulares, marcados pelo
imprevisível. Gosto desta discussão e pulsão pedagógica que urge neste movimento. Vejo,
com esperança, que possa trazer contribuições para o debate pedagógico, o aperfeiçoamento
aos processos educativos e a afirmação da democracia.

Flávia Monteiro de Barros Araujo


Secretária Municipal de Educação, Ciência e Tecnologia

1
Documentos referentes à Minuta dos Referenciais Curriculares da Rede Pública Municipal de Educação de
Niterói.
28

Especialmente às educadoras e aos educadores – meus colegas na Rede Municipal de


Educação de Niterói – às crianças, aos adolescentes, jovens e adultos que fazem parte dessa
querida Rede Municipal, me dirijo neste momento.
Desde 2019, reuniões internas entre os integrantes do corpo técnico-pedagógico da
Secretaria Municipal de Educação, Ciência e Tecnologia de Niterói e encontros com as
Unidades de Educação dessa Rede marcam as discussões que se apresentam sintetizadas nesta
minuta do novo Referencial Curricular da Rede Municipal de Educação de Niterói. É com
alegria que apresentamos este texto! Ousamos dizer que a potência destes escritos reside nas
ressignificações que as equipes de articulação pedagógica, professoras, professores, crianças,
jovens e adultos certamente produzirão nos espaços educacionais que compõem a nossa Rede.
Nossa certeza nessa potência provém da aposta que fazemos na produção local do
currículo, na gestão democrática que buscamos mobilizar nas Unidades da Rede e, sobretudo,
no caminho que escolhemos construir para a elaboração deste novo Referencial. Esse percurso
foi marcado pela prática do diálogo, que tentou garantir a contribuição das Unidades para
esses escritos, de modo que estas reconhecessem suas vozes nesse documento, o qual objetiva
ser – como o próprio nome aponta – um referencial, e não um guia para a prática docente.
Acreditamos que a mudança não precisa, necessariamente, ser realizada de maneira
técnica e programada, de forma que acabe por tentar abafar as diferenças sempre presentes
nas realidades educacionais. Por isso, defendemos que o foco não no “objeto final”, mas no
processo de construção destes escritos nos possibilitou viver de maneira significativa os
momentos deste caminhar.
Agradecemos às Unidades de Educação que estiveram junto com os profissionais que
atuam na sede, para que esse documento fosse construído deforma reflexiva e dialógica. É
impossível estar sozinho na produção curricular!
Esperamos que este novo Referencial colabore para o desenvolvimento e o
aprofundamento dos debates curriculares que articulam e constroem as ações educativas, de
modo que o fazer educacional dessa Rede Municipal de Educação seja sempre voltado para
uma perspectiva humana e social, acolhedora, crítico-reflexiva e democrática.

Patrícia Gomes Pereira


Subsecretária de Educação
29

PARTE I
30

1. CURRÍCULO E MOVIMENTOS INSTITUINTES

Estamos convencidos de que nós, educadores,


temos uma tarefa urgente: precisamos nos
deseducar do cânone limitador para que tenhamos
condições de ampliar os horizontes do mundo,
nossos e das nossas alunas e alunos. Educação
deve gerar gente feliz, escrevendo, batendo
tambor, dando pirueta, imitando bicho, fazendo
ciência e gingando com gana de viver.
(SIMAS e RUFINO, 2018, p. 19).

Quando iniciamos este processo de revisão dos Referenciais Curriculares, fomos


mobilizados por perguntar a cada um de nós, Profissionais da Educação na Rede Pública
Municipal de Educação de Niterói, quais sentidos de escola, currículo e docência produzimos
e defendemos nas Unidades em que atuamos?
Este primeiro passo de mobilização revela o entendimento e a defesa por um processo
coletivo, em que nos distanciamos dos objetivos fortemente voltados para a eficácia e os
resultados, especialmente em avaliações de larga escala, e nos aproximamos vivamente da
luta por um documento curricular que se constrói no decorrer de conversas complicadas, mas
boas conversas. Conversas que movimentam, iluminam como chamas o que o breu das
normatizações e dos dados das avaliações nacionais não revelam, que é o impulso criador
potente presente na relação dos professores e seus alunos que produzem currículo
cotidianamente em suas Unidades de Educação.
Portanto, buscamos, nesta revisão dos Referenciais Curriculares, potencializar as
conversas sobre currículo nas Unidades de Educação, com amplo diálogo com Professores,
Equipes de Articulação Pedagógica e demais Profissionais da Educação. Acreditamos que a
experiência vivida de docentes e seus alunos poderia ser ouvida e, dessa forma, fortalecer o
reconhecimento, nos Referenciais Curriculares, das experiências educacionais e promover, a
partir das conversas nas reuniões de planejamento, nas salas dos professores e nos momentos
informais, possibilidades de ressignificação destas artes do fazer docente e discente, pois
currículo é movimento, é vida, e o bonito da vida é o encontro com o outro que nos provoca
para outras formas de ser e estar no mundo.

O currículo concebido como verbo – currere – privilegia o conceito do


indivíduo nos estudos de currículo. É um conceito complicado em si. Cada
um de nós é diferente, o que significa que todos temos uma constituição
diferente, uma carga genética específica e criações, famílias, cuidadores e
31

companheiros diferentes e, de forma mais geral ainda, em termos de raça,


classe e sexo, eles próprios conceitos de desindividuação infletidos pelo
lugar, momento e circunstâncias. Influenciados pela cultura e por outras
forças frequentemente homogeneizantes, cada um de nós é, ou pode ser,
característico. De fato, podemos cultivar essa diferenciação. Podemos nos
tornar individualistas, comprometidos com efetivar qualquer independência
que vivenciemos, e podemos nos juntar para pôr em prática modos de agir
(inclusive de pensar) que escolhemos como sendo significativos. (PINAR,
2016, p. 21)

Nessa trajetória de discussão e revisão dos Referenciais Curriculares, estava claro


desde o início que não buscaríamos a univocidade teórica, ainda que fôssemos, inúmeras
vezes, questionados sem definir qual seria a teorização curricular predominante nos
Referenciais Curriculares da Rede Pública Municipal de Educação de Niterói. Nossa resposta
sempre apontava para o entendimento do currículo como instituinte de sentidos, e que esses
sentidos estavam em disputa na luta pela significação curricular e que qualquer tentativa de
fixação seria fadada ao fracasso, pois os processos de significação não cessam. Cabe
esclarecer também que não defendemos a ideia de que qualquer currículo é válido, mas
acreditamos que a construção do documento curricular de uma rede deve ser realizada a partir
de uma agenda política, na qual cada unidade escolar e seu coletivo tenham participação e,
neste processo relacional de construção, enfraquecermos uma única possibilidade de definição
e apostarmos na negociação de diferentes possibilidades de significação.
Partindo do conceito de um currículo sem fundamentos (LOPES, 2015), apresentamos
ao debate uma possibilidade de pensar a proposta de currículo, de modo a não garantir uma
fixação que não seja passível de desestabilizações. Se entendermos o currículo como um texto
que será lido e traduzido cotidianamente, e assim disputando as significações sobre as práticas
curriculares: como vamos ensinar? Quais conteúdos e conhecimentos serão escolhidos? Para
quais finalidades sociais o currículo deve preparar os alunos? Ainda assim, temos pontos
consensuais sobre quais conteúdos que são importantes ser ensinados (a língua materna, por
exemplo), temos uma tradição do pensamento curricular que tem traços hegemônicos, como a
importância do planejamento e dos objetivos, com base na racionalidade tyleriana e das
disciplinas escolares que determinam a organização da grade curricular.
Desse modo, práticas instituintes são incorporadas ao instituído, promovendo na
política curricular movimentos que podem reforçar os processos de fixação, mas também
outros movimentos que desestabilizam significados, produzindo novos sentidos, tornando a
política curricular e a produção de currículos espaço de criação, em constante fluxo entre
permanência e mudança.
32

[...] as experiências instituintes estão sempre em devir, pisando em um


terreno movediço, sem certezas e comprovações da história, mas enfrentando
e infiltrando-se nas tramas instituídas, para aproveitar frestas e contradições
e, assim, afirmar a outridade. Afinal, não podemos esquecer que, a despeito
de profetas agourentos, a escola pode ser outra, com outra pode ser a
sociedade, e as próprias políticas e racionalidade que nos organizam
(LINHARES, 2005, p. 9).

Apostamos na imprevisibilidade e nas ações criativas, poeticamente, defendemos uma


didática da invenção (BARROS, 1993), abrimo-nos ao encanto da incerteza, ao vir a ser como
possibilidade, como criação, como pulsação que reivindica as diferentes possibilidades de
educar.
A leitura deste documento curricular é um convite para pensarmos o currículo
apostando na sua produção contextual. Acreditamos na produção local dos currículos e
entendemos ser esta uma agenda política relevante para responder às tentativas
centralizadoras na produção curricular. No entanto, destacamos que a crítica à produção local,
argumentando que cada escola, então, pode produzir o currículo que quiser, não considera as
tradições curriculares e as demandas contextuais que também limitam a produção de sentidos.
Significar o currículo como político nos mobiliza a fazer um investimento radical no debate
sobre as políticas curriculares, envolvendo os professores na sua arte de fazer currículo com
seus alunos. Não podemos deixar de considerar que o debate sobre currículo deve também
envolver toda a comunidade escolar.
Produzir currículo torna-se um processo sem fim, no qual não há o momento de
construção de princípios e regras que nos façam supor ser possível descansar do jogo político,
estabelecer consensos que garantam a solução de todo e qualquer conflito, pois a cada novo
conflito, regras podem ser refeitas. Este jogo nos coloca o desafio da transcriação do
currículo. Se somos transcriadores, como tais, vamos esperar em vão o sétimo dia de descanso
da atividade política. (LOPES, 2014, p. 59)
Reafirmamos o nosso compromisso com o horizonte democrático e, por isso, não
estabelecemos, neste documento, uma única forma de entender o currículo e sim nos abrimos
ao diálogo com os diferentes sentidos que circulam na rede, porque também entendemos que
qualquer forma de definição à priori seria falsa, pois outros currículos e sentidos sempre
estarão emergindo nas práticas pedagógicas.
Contudo, contextualmente, podemos sinalizar alguns sentidos presentes neste
documento e que apontam para a possibilidade de uma grande articulação de demandas em
comum, quais sejam: reafirmar a importância da leitura literária enquanto experiência estética
nas práticas pedagógicas dos diferentes componentes curriculares; a defesa por uma educação
33

antirracista, que reconheça e promova a discussão sobre os gêneros da escola e a sexualidade;


um currículo que se posicione contra a intolerância religiosa, contra qualquer discriminação e
violência no espaço escolar; um currículo aberto a outras epistemologias; o fortalecimento da
educação ambiental; em defesa de uma educação inclusiva; pela ampliação da Educação
Integral e das novas tecnologias da aprendizagem e a opção por pensar os processos de
avaliação das aprendizagens e avaliação institucional, a partir de seus indicadores locais.
Este processo de revisão dos Referenciais Curriculares procurou fazer um
investimento radical, ou seja, um investimento na contingência, um investimento no
protagonismo dos Profissionais da Educação, em discutir amplamente estes Referenciais,
buscando trazer, para esta experiência de pensar o currículo da Rede, as narrativas presentes
em nossas Unidades de Educação. Um investimento que coloca, no horizonte, a possibilidade
de pensar o currículo para uma rede distante das lógicas normativas e próxima dos
movimentos instituintes que impulsionam os Projetos Políticos Pedagógicos. Pretende-se
semear, em cada espaço escolar, o reconhecimento de que professores e pedagogos não
implementam currículos, mas sim, produzem currículos em vigência. Destacamos também a
importância dos Projetos Políticos Pedagógicos como documentos de produção curricular.
Nosso compromisso, neste processo, foi mobilizar conversas em reuniões de
planejamento sobre a Base Nacional Comum Curricular, o contexto de sua produção e a
defesa de que nossas Unidades de Educação produzem currículos, ou seja, o reconhecimento
de nossos movimentos instituintes como potência para desestabilizar sentidos que se
pretendem hegemônicos.
Nessa trajetória de discussão dos Referenciais Curriculares, procuramos destacar que
sujeitos singulares vivem experiências da escolarização de formas distintas, produz em
diferentes saberes, percebem diferentes horizontes para o ato de educar e viver a experiência
de estar na escola e participar de um projeto de Educação. Mesmos e quiséssemos, jamais
teríamos um currículo igual em todas as Unidades de Educação, pois em cada espaço escolar,
o currículo será traduzido de uma certa maneira.
Docentes e discentes são sujeitos diferentes, viveram experiências singulares, portanto
carregam em si afetos e desejos que imprimem a marca da identificação em seus projetos de
educação e vida. Parece-nos que, neste ponto, temos o belo de ser da educação, como canta o
poeta Caetano Veloso, que nos faz lembrar a amorosidade de Paulo Freire: “Gente espelho de
34

estrelas, reflexo do esplendor, se as estrelas são tantas, só mesmo o amor. [...] Gente, espelho
da vida, doce mistério”2
Enfim, faz-se necessário o fechamento provisório e contingente deste documento
curricular. Desde o início deste processo, a Superintendência de Desenvolvimento de
Ensino/Assessoria Especial de Articulação Pedagógica, participou de reuniões de
planejamento nas Unidades de Educação, sempre a convite da Unidade de Educação,
abríamos essa conversa com um poema do Manoel de Barros, do qual destacamos aqui um
trecho: “Quem acumula muita informação, perde o condão de adivinhar: divinare. Os sabiás
divinam”. (BARROS, 1998).
Para nós, foi uma forma poética de trazer para esta conversa a poesia presente nas
artes do fazer docente e a possibilidade de pensar sobre este fazer, sobre o imprevisto, aquilo
que ainda não foi criado, um convite para nos sabermos sabiás. Estão todos convidados a
ecoar seu canto...

Superintendência de Desenvolvimento de Ensino

2
VELOSO, Caetano. Gente. Intérprete: Caetano Veloso. In: Caetano Veloso. Bicho. Rio de Janeiro: Philips. 1
disco sonoro (LP). Lado A, faixa 3. 1977.
35

2. MOVIMENTO PARA ELABORAÇÃO DOS REFERENCIAIS CURRICULARES


DA REDE PÚBLICA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO DE NITERÓI

O peso da pergunta numa prática educativa


mostra e desdobra seu sentido: o de colocar em
questão o mundo e expor que, sendo como é, ele
poderia ser também de muitas maneiras.
(KOHAN, 2019, p. 160).

Sensibilizados por esta epígrafe de abertura, em que Walter Kohan (2019, p. 160) nos
inspira a pensar a educação rememorando Paulo Freire, voltamo-nos aos ensejos de revisão do
documento curricular da Rede Pública Municipal de Educação de Niterói, um convite que nos
instiga a mobilizar sentidos sobre o lugar da pergunta, da provisoriedade do conhecimento,
dos processos discursivos que redimensionam as produções curriculares, as relações escolares
que impulsionam o aprender a aprender com a ciência, a arte, a poesia, a dimensão cultural da
vida, frente ao imprevisível (inesperado) com o qual nos deparamos diariamente dentro e fora
da escola. Esses são horizontes que provocam a construção destes Referenciais Curriculares.
Ao nos debruçarmos neste intento, muitos desafios estão postos, entre eles: mobilizar
sentidos junto aos profissionais da Rede Pública Municipal de Educação de Niterói e a
comunidade escolar; produzir um documento que dialogue com o documento curricular
anterior, visto que politicamente, este também passou por processos democráticos para sua
elaboração e contempla narrativas potentes quanto ao trabalho pedagógico desta Rede; e
como construir um documento curricular que, ao afirmar sentidos, mesmo que provisórios,
não congele práticas pedagógicas, nem conduza a um controle, a uma regulação que restrinja
experiências e sentidos da prática educativa.
Consideramos relevante destacar que, frente aos desafios, observamos, como potência
durante esta construção, o seu processo de elaboração, ocorrido ao longo dos anos de 2019 e
2020, com a possibilidade de favorecer encontros pedagógicos e amplas trocas para, desse
modo, fortalecermos o debate e o nosso diálogo enquanto coletivo da Rede.
A produção deste movimento de discussão curricular, desde o seu início, assumiu o
compromisso de abraçar os desafios da Educação Pública Municipal como pertinente a todo o
coletivo que o protagoniza. Contudo, sem pretender abarcar todo o movimento de corrente
desta revisão curricular, a seguir, apresentamos marcos deste processo, ações e
desdobramentos.
No final de 2018, a Assessoria Especial de Articulação Pedagógica foi mobilizada
para construir junto a Rede Pública Municipal de Educação de Niterói um movimento
36

coletivo para revisão do documento curricular de 2010. Identificamos como argumentos para
revisão dos Referenciais Curriculares para a Rede Municipal de Ensino de Niterói: uma
construção coletiva/2010, mudanças do contexto político, social e educacional após dez anos
de sua elaboração; demanda para revisão do documento, apresentada por Diretores/as e
Pedagogos/as frente à complexidade do cotidiano escolar em reunião com a Assessoria
Especial de Articulação Pedagógica, no dia 08 de outubro de 2018; necessidade de mobilizar
discussões entre os profissionais da rede e a comunidade escolar, para que através de processo
participativo e deliberativo, fosse produzido documento curricular que nos fortalecesse
enquanto Rede Pública Municipal de Educação, em consonância com as Diretrizes
Curriculares da Educação Básica, passando pelo estudo sobre a Base Nacional Comum
Curricular (BNCC). Pensamos que ao firmarmos neste documento nossas escolhas
pedagógicas, ele poderá favorecer a tomada de decisão por parte de instâncias macro para
proposição de políticas curriculares negociadas.
Podemos citar como alguns dos objetivos para realizar este movimento: fomentar o
debate sobre as produções curriculares e a possibilidade do registro destes sentidos para nos
compreendermos como Rede Pública Municipal de Educação; aprimorar o trabalho
pedagógico para Educação com crianças, adolescentes, jovens e adultos em fomento às
aprendizagens e ao desenvolvimento pelas Ciências, Artes e Tecnologias; valorizar as
produções de saberes locais, outras epistemologias, as negociações de sentidos; fortalecer
através de processos formativos, a alteridade, a diferença, culturas e meio ambiente; favorecer
a integração entre os segmentos; envolver a comunidade escolar quanto ao sentimento de
corresponsabilidade e parceria frente aos desafios da educação; incentivar o protagonismo
docente e discente pelos princípios éticos, políticos e estéticos.
Durante os anos de 2019 e 2020, podemos considerar como tônica da elaboração deste
documento sua articulação com os processos formativos e o diálogo constante entre a
Educação Básica e o Ensino Superior, com a colaboração de diferentes grupos de pesquisa.
Em 2019, o processo voltou-se para uma dinâmica de mobilização e a simultaneidade
de cursos e encontros voltados para revisão da versão anterior e para a escrita do documento
curricular. Já no início de 2020, a versão preliminar foi encaminhada para as escolas,
solicitando a participação destas através de pareceres que envolvessem toda a comunidade
escolar. Concomitantemente à elaboração destes pareceres por parte das Unidades de
Educação, as formações na Rede foram acontecendo por meio de encontros on-line (em
decorrência da situação pandêmica instaurada durante este ano) como propósito da análise da
versão preliminar.
37

Podemos indicar as ações centrais inerentes ao processo de revisão curricular que


ocorreram em 2019 quanto a participação da gestão central da Secretaria Municipal de
Educação, Ciência e Tecnologia (SEMECT)/Fundação Municipal de Educação (FME); os
encontros de cunho formativo com palestras envolvendo a articulação entre a Educação
Básica e o Ensino Superior; e os encontros por representatividade das Unidades de Educação
tendo em vista as proposições e a operacionalização coletiva para definições dos princípios e
dos pressupostos dos Referenciais Curriculares da Rede Pública Municipal de Educação de
Niterói, entre outras ações.
Abaixo apresentamos quadros com as especificidades de ações referentes à revisão dos
Referenciais Curriculares da Rede Pública Municipal de Educação de Niterói/2010 durante o
ano de 2019.

Quadro com a participação da gestão central da SEMECT/FME.

Equipe gestora da SEMECT Evento


Participação em fóruns promovidos pela Undime
Secretária Municipal de Educação e – União Nacional dos Dirigentes Municipais de
Subsecretária Municipal de Educação Educação (7° Fórum Nacional Extraordinário e
17° Fórum Nacional).

Organização de evento da SEMECT, sediando


encontro do Conselho Estadual de Educação,
Secretária Municipal de Educação
para consulta pública acerca da Base Curricular
do Estado do Rio de Janeiro.

Quadro dos seminários internos promovidos pela Superintendência de


Desenvolvimento de Ensino, envolvendo as equipes pedagógicas da SEMECT/FME, como as
Diretorias, Núcleos e suas Assessorias.

Seminário Interno FME/FSDE -


Data Pautas e temas discutidos nos Grupos de Trabalho (GTs) com equipes
pedagógicas da SEMECT/FME
GT1-“Transição da educação infantil para o ensino fundamental: escolarização da
12/07/2019 educação infantil?”
GT2-“Alfabetização nos anos iniciais: posições em debates”
GT3-“O Professor especialista e sua investigação pedagógico-didática e
12/07/2019 instituinte”
38

GT4-“Educação de Jovens e Adultos: implicações pedagógicas em diferentes


contextos”

Os quatro GTs internos se reuniram para estudo e debate em continuidade ao


processo.
A Superintendência de Desenvolvimento de Ensino sugeriu com referências de
leituras:
MACEDO, Elizabeth. Base Nacional Comum para Currículos: direitos de
29/08/2019 aprendizagem e desenvolvimento para quem? Educação e Sociedade, Campinas,
v. 36, n.133, out/dez, 2015.
_______. Currículo como espaço-tempo de fronteira cultural. Revista Brasileira
de Educação.v.11, n.32, maio/ago,2006.
_______. Currículo e Conhecimento: Aproximações entre educação e ensino.
Cadernos de Pesquisa, v.42, n.147, set/dez, 2012.

Os quatro GTs internos se reuniram para estudo e debate em continuidade ao


30/09/2019 processo para organização dos encaminhamentos a partir de dados já coletados do
processo de construção junto à Rede Pública Municipal de Educação de Niterói.

Cada GT produziu uma primeira “boneca” como estruturação dos Referenciais


11/10/2019
Curriculares da Rede Pública Municipal de Educação de Niterói escritos.

Houve a palestra presencial no auditório Darcy Ribeiro (Casa Amarela) do Prof.


21/10/2019 Wagner Palanch, Diretor de Currículos da Secretaria Municipal de São Paulo
tratando sobre o movimento de revisão curricular paulista.

Produção do texto da primeira versão para os Referenciais Curriculares da Rede


19/11/2019 Pública Municipal de Educação de Niterói com a compilação dos conceitos,
pressupostos, princípios e decisões que foram tomadas junto ao coletivo da Rede.3

Quadro de encontros provocativos e propositivos junto às Unidades de Educação com


foco na revisão curricular/2019.

Etapa/Modalidade/Setor Evento Datas

Encontros dos GTs por 30/08, 27/09,17/10,


Educação Infantil representatividade das Unidades de 31/10 e14/11/2019
Educação.

3
Este foi um primeiro movimento de escrita do texto para os Referenciais Curriculares, que, ao ser encaminhado
para as Unidades de Educação em 2020, passou por modificações em diálogos com a Rede, até assumir a
versão Referenciais Curriculares da Rede Pública Municipal de Educação de Niterói entregue ao Conselho
Municipal de Educação em 14 de dezembro de 2020.
39

III Seminário da Educação Infantil: Eu


Educação Infantil fico com a pureza da resposta das 25 e 26/09/2019
crianças.
14/08, 04/09, 25/09 e
16/10/2019
(Matemática, Ciências
e Arte)

14/08, 04/09, 25/09 e


09/10/2019
Ensino Fundamental Encontros GTs com representatividade (Educação Física)
(1°e2°,3°e4°ciclos) dos docentes das Unidades de Educação.
14/08, 11/09, 09/10,
16/10 e 30/10/2019
(Língua Portuguesa,
História, Geografia,
Língua Estrangeira-
Inglês, Espanhol e
Francês)
Ensino Fundamental IV Jornada de Alfabetização do
02 e 03/10/2019
(1° e 2° ciclos) Município de Niterói.
A Relação da Educação Infantil com o 1°
Educação Infantil e Ensino ciclo do Ensino Fundamental: diálogo 19/06, 10/07, 30/10 e
Fundamental (1° e 2° ciclos) sobre/com as infâncias nos espaços 04/12/2019
educativos.
Encontros dos GTs por adesão e 14/08, 21/08, 28/08,
Educação de Jovens e Adultos representatividade das Unidades de 02/10, 16/10 e
Educação. 23/10/2019
Encontros dos GTs sobre Educação
Ambiental (com 39 participantes e como
desdobramento dos encontros 21/08, 18/09 e
Núcleo de Ações Integradas
presenciais aconteceram discussões 02/10/2019
permanentes por meio de Whatsapp, e-
mail e drive).
III Fórum de Educação Ambiental – Meio
Núcleo de Ações Integradas Ambiente e Currículo (com 72 07/08/2019
participantes).
Superintendência de
Jornada de Relações Étnico-Raciais e
Desenvolvimento de Ensino e 27/08/2019
Currículo.
Núcleo de Ações Integradas

I Jornada de Avaliação (organizada em


três eixos:
Eixo 1- relatos de experiência dos
profissionais da Rede trazendo reflexões
acerca da avaliação da aprendizagem;
Assessoria de Avaliação
Eixo 2 - relatos que apresentaram 28/08/2019
Institucional
experiências relacionadas às avaliações
externas;
Eixo 3 - relatos nos quais se destacaram
indicadores construídos como
parâmetros autoavaliativos das Unidades
de Educação para reflexão de propostas
40

que articulam planejamento e avaliação


em prática participativa.

Semana Municipal de Inclusão Digital:


Mesa redonda “Currículo e Cultura
Digital: o papel da escola nesse
contexto”, com mediação da Prof.ª Dra.
Cristiane Gonçalves de Souza e palestras
do Prof. Dr. Alexandre
Farbiarz/PPGMC-UFF, da Prof.ª Dra.
Assessoria de Mídias e Novas Dagmar de Melo e Silva/PPGMC-UFF e 25 a 27/06/2019
Tecnologias do Prof. Dr. Marco Braga/CEFET-RJ;
Relatos de Experiência;
Painel digital colaborativo;
Mostra de atividades produzidas pelos
estudantes participantes do Projeto
Robótica Educacional da Rede Pública
Municipal de Educação de Niterói no
Robótica Day.

Quadro com as formações ocorridas em 2019 através da articulação entre a Educação


Básica, o Ensino Superior e o Ministério da Educação (PACTO NACIONAL DE
ALFABETIZAÇÃO NA IDADE CERTA/PNAIC).

Ciclos e
Instituição/Coordenador(es) Evento Modalidades para Datas
formação docente
22/05, 29/05,
12/06, 19/06,
PROPED/UERJ e UFRJ 03/07, 10/07,
Educação Infantil 14/08, 28/08,
Prof. Dr. Guilherme Curso de Extensão:
e Ensino 11/09,
Augusto Rezende Lemos Produção Curricular
Fundamental 25/09,09/10,
Prof. Dr. Thiago Ranniery 16/10, 13/11,
27/11, 04/12 e
11/12/2019
UNIRIO (Grupos de pesquisa
NINA e GITAKA)
03/04, 17/04,
Prof.ª Dra. Léa Tiriba Curso: Infâncias, Natureza 12/06,14/08,
Educação Infantil
e Artes 18/09, 16/10 e
13/11/2019

PROPED/UERJ As muitas faces de uma


Prof.ª Dra. Vera Maria Ramos Educação Infantil 28/11/2019
creche
de Vasconcellos
41

PNAIC (Pacto Nacional pela Alfabetização, leitura e 18/03, 15/04,


Alfabetização na Idade escrita como processo Ensino
10/06, 01/07,
Certa) discursivo e suas Fundamental
implicações no currículo – (1º e 2º ciclos) 19/08, 09/09
UFRJ
em 14 polos. e 21/10/2019
Diretoria de 1° e 2° ciclos
PNAIC (Pacto Nacional pela Formação sobre Ensino
26/02 a
Alfabetização na Idade Alfabetização Fundamental
27/11/2019
Certa) – EAD On-line (64 horas) (1° e 2° ciclos)
PNAIC (Pacto Nacional pela Ensino
Fundamental 17/04, 29/05,
Alfabetização na Idade Oficinas presenciais sobre
(1° e 2° ciclos) 12/06, 07/08,
Certa) Alfabetização
18/09/2019
UFRJ
Pedagogia Social da UFF -
PIPAS/UFF
Prof.ª Dra. Margareth Docentes da Rede
Martins Araújo Pública Municipal
Roda de Conversa: de Educação de
Prof.ª Dra. Gelta Terezinha
Diversidade e Currículo, o Niterói e 14/05/2019
Ramos Xavier que temos para hoje? integrantes do
Prof.ª Dra. Cristiane grupo de pesquisa
Gonçalves de Souza PIPAS.
Mediadora: Márcia Bazhuni
Pombo

Quadro de consultas em links e construções de drives das equipes pedagógicas da


SEMECT/FME às Unidades de Educação.

Levantamento por consultas em link se construções de textos coletivos


Diretoria /
através de drives das equipes pedagógicas da SEMECT/FME às
Assessoria / Núcleo
Unidades de Educação

Consultas em links com levantamento sobre a BNCC, atéo dia


Educação Infantil
12/08/2019.
Consultas em links acerca da Revisão dos Referenciais Curriculares e
3° e 4° Ciclos
do diálogo com a BNCC, até o dia 19/07/19.
Construção de drives no “Gmail”, organizados por cada componente
1° e 2° Ciclos e
3° e 4° Ciclos
curricular, para construção coletiva de textos e matrizes curriculares
do Ensino Fundamental.
Núcleo de Ações Construção de textos coletivos em continuidade às discussões presenciais
Integradas sobre Educação Ambiental e Currículo
Construção de drive no “Gmail”, para escrita sobre Formação do Leitor,
Promoção da Leitura Literária e Currículo.
Leitura

Mencionamos ainda os comunicados através de Ofícios Circulares da


Superintendência de Desenvolvimento de Ensino às Unidades de Educação da rede: envio de
42

Ofício Circular n.°7, de 29 de janeiro de 2019, solicitando a participação de todos os


profissionais das Unidades Municipais de Educação Infantil (UMEIs) e Escolas Municipais
(EMs) para produção dos Novos Referenciais Curriculares da Rede Pública Municipal de
Educação de Niterói; e o envio às Unidades de Educação de textos acadêmicos, do documento
das Diretrizes Curriculares Nacionais da Educação Infantil/2009 e da BNCC, assim como, de
artigos científicos que fomentaram a análise crítica destes documentos nos Conselhos de
Planejamento da Unidade de Educação, CAP UE, em 1/02, 30/07 e 31/07/2019 e na Formação
Continuada, em 04/02/2019. Houve também o fomento às reflexões junto ao corpo docente
das Unidades de Educação (EMs/UMEIs e Núcleos Avançados de Educação Infantil), através
de formações continuadas, durante o horário de planejamento coletivo, sob o título “Diálogos
sobre a BNCC”, a partir do convite das Gestoras Escolares.
Em 2020, foi enviada às Unidades de Educação e para professores universitários (de
referência em suas áreas de pesquisa), a versão preliminar dos Referenciais Curriculares da
Rede Pública Municipal de Educação de Niterói/2020. A partir do documento recebido, foram
realizadas novas discussões com docentes e equipes de articulação pedagógica, com em média
80 participantes por sessão. Foram elas:

Diálogos sobre os Referenciais


Curriculares da Rede Pública
Professor Convidado Instituição Data
Municipal de Educação de
Niterói

Prof.ª Dra. Carmen Teresa


UFRJ História 25/05/2020
Gabriel Le Ravallec

Prof.ª Dra. Ana Maria Monteiro


UFRJ História 18/06/2020

Prof.ª Dra. Maria Margarida


Gomes UFRJ Ciências 19/06/2020

Prof. Dr. Adriano Freitas


UFF
Vargas Educação de Jovens e Adultos 23/06/2020
UFRJ
Prof. Dr. Thiago Ranniery
Prof.ª Dra. Ana Angelita C. N.
da Rocha UFRJ Geografia 26/06/2020

Prof.ª Dra. Márcia Serra


Ferreira UFRJ Ciências 09/07/2020
43

Prof. Dr. Wilson Cardoso Júnior


UFRJ Artes 04/08/2020

Prof.ª Dra. Sandra Selles UFF Ciências 20/08/2020

Prof. Dr. Diego Vargas UNIRIO Língua Espanhola 25/08/2020

Secretaria
Municipal de
Prof.ª Dra. Denise Souza Destro Educação de Educação Física 04/09/2020
Juiz de
Fora/MG
Prof.ª Dra. Cecília Goulart
UFF Alfabetização na Perspectiva
Prof.ª Dra. Maria Cristina 04/09/2020
IFRJ Discursiva
Corais
Leitura e Escrita na Educação
Prof.ª Dra. Bruna Molisani FFP/UERJ Infantil: a criança como sujeito 10/09/2020
da linguagem

Prof.ª Dra. Andrea Vieira Thees UNIRIO Matemática 14/09/2020

Leitura e Escrita na Educação


Prof.ª Dra. Adriana da Mata UFF 15/09/2020
Infantil: concepções e práticas
Prof.ª Dra. Anabelle Loivos
Considera
Prof.ª Dra. Andrea Serpa UFRJ
A Leitura Literária e a Formação
Prof.ª Cássia Continentino UFF 17/09/2020
do Leitor-Autor na Escola
Prof.ª Maria Julião dos Reis FME
Bibliotecária Jandira da Silva de
Jesus
Secretaria
Municipal de Práticas antirracistas no
Prof.ª Ma. Angela Ramos 22/09/2020
Educação do cotidiano na Educação Infantil
Rio de Janeiro
Prof. Dr. Ivo da Costa do
UFF Língua Portuguesa 25/09/2020
Rosário

Docência na Educação Infantil: a


Prof.ª Dra. Ligia Aquino UERJ 30/09/2020
formação nossa de cada dia
Docência com Bebês na
Prof.ª Dra. Nazareth Saluto UFF Educação Infantil: a construção 23/10/2020
do cotidiano nos detalhes
Concepções entre Criança e
Prof.ª Dra. Vera Maria Ramos Infâncias no RCEI de Niterói:
UERJ 28/10/2020
de Vasconcellos conversa sobre docência na
educação infantil
Poéticas Negras: inspirações
Prof.ª Ma. Greice Duarte UFF para a luta antirracista na 29/10/2020
Educação Infantil
44

Os Desafios da Decolonialidade
da Literatura Infantil: questões
Prof.ª Dra. Heloisa Carreiro FFP/UERJ 13/11/2020
para se pensar a educação
literária das crianças pequenas
Leitura Literária na Educação
Prof.ª Dra. Fernanda Frambach FME 17/11/2020
Infantil
Relação entre Brinquedo,
Prof.ª Carita Portilho de Lima 01/12 e
UFPB Brincadeira e Desenvolvimento
Prof. Francisco Ribeiro Viana 08/12/2020
Humano

Em 2020, houve a continuidade na parceria com a UNIRIO (grupos de pesquisa NINA


e GITAKA), com o curso de extensão “Infâncias Brasileiras: pandemia, desemparedamento e
decolonialidade” em busca de uma pedagogia nossa (foram oferecidas 250 vagas para
profissionais de Niterói), em 02/10, 07/10 e 21/10/2020, 04/11 e 18/11/2020 e 02/12 e
16/12/2020. Assim como, Rodas de Conversa: “BNCC, Ensino de Ciências e Prática Docente:
o que temos para discutir em tempos de Covid-19?” integradas ao Projeto ABEsc – ABQ vai
à escola, em 22/10 e 27/10/2020,10/11 e 26/11/2020 e 08/12/2020.
As Equipes Pedagógicas da SEMECT/FME, através de convite das Unidades de
Educação, estiveram em formações no horário de planejamento fomentando debates, como
apresentamos no quadro a seguir.
Quadro de formações oferecidas por integrantes das Equipes Pedagógicas da
SEMECT/FME às Unidades de Educação em horário de planejamento coletivo semanal.

Setor da
Integrante da Equipe Formação
SEMECT/FME

“A Importância da Música para


Diretoria de Educação
Prof.ª Ma. Eliza Pandino elaboração do currículo na Educação
Infantil
Infantil”
Diretoria de Educação “Um tempo para poesia: Conversas
Prof.ª Ma. Fernanda Bortone
Infantil sobre artes, infância e imaginação”

Diretoria de Educação
Prof.ª Ma. Fernanda Bortone “Bidocência na Educação Infantil”
Infantil

Diretoria de Educação “A representatividade negra dentro e


Prof. ª Ma. Andréia Diniz
Infantil fora do livro: mito ou realidade?”

Diretoria de Educação “Trabalho Pedagógico da/na Educação


Prof.ª Delma Marcelo dos Santos
Infantil Infantil em Niterói”
45

Diretoria de Educação
Prof.ª Lucimeire Bezerra Costa “Desenvolvimento Infantil”
Infantil

“Os Referenciais Curriculares e a


Promoção da Leitura Prof.ª Ma. Elana Costa
BNCC”
Superintendência de
Prof.ª Dra. Cristiane Gonçalves “BNCC: Sentidos em disputa pela
Desenvolvimento de
de Souza significação da produção curricular”
Ensino
Superintendência de “Em foco: a BNCC e o documento
Prof.ª Ma. Sandra Cristina
Desenvolvimento de preliminar do Referencial Curricular
Ferreira de Sousa
Ensino para a educação infantil/Niterói”

Os pareceres enviados pelas Unidades de Educação para a Superintendência de


Desenvolvimento de Ensino, entre os meses de julho a outubro de 2020, foram distribuídos
entre as Diretorias, Assessorias e Núcleos da Secretaria Municipal de Educação, Ciência e
Tecnologia e da Fundação Municipal de Educação. Recebemos das Unidades de Educação
cinquenta e seis pareceres em um universo de noventa e três Unidades de Educação. Após
análise destes pareceres, em articulação com a versão preliminar do documento curricular,
houve a reescrita do texto final, como minuta dos Referenciais Curriculares da Rede Pública
Municipal de Educação de Niterói/2020, posto à submissão do Conselho Municipal de
Educação de Niterói, em dezembro de 2020.
Destacamos que para a escrita dos Referenciais Curriculares da Rede Pública
Municipal de Educação de Niterói/2020, tomamos como fio condutor as narrativas dos
profissionais das Unidades de Educação em articulação com referenciais teóricos que nos
ajudam a pensar, a sentir e a construir movimentos instituintes de sentidos nas escolas. Mais
do que instituir arbitrariamente valores, conceitos, objetos de conhecimento, objetivos de
aprendizagem para os ciclos e as metodologias, procuramos articular saberes, experiências no
âmbito do trabalho pedagógico da Rede, de modo a nos organizar enquanto coletivo e
favorecer a construção de caminhos possíveis de nossa prática educativa.
Consideramos oportuno mencionar que o registro deste processo, com desdobramento
das ações aqui indicadas, traz para o presente os acontecimentos que demandam as produções
de sentidos que emergem para além do texto escrito destes Referenciais Curriculares.

3. EDUCAÇÃO E INCLUSÃO: DIREITOS DE TODOS


46

A lógica presente no discurso positivista, que fundamenta o modelo médico, permitiu


olhar para a deficiência enfatizando as questões fisiológicas e/ou biológicas, com o objetivo
de restaurar o corpo à normalidade, tratando ou amenizando as diferenças. O ato de perceber o
diferente como alguém fora da norma traz aspectos negativos às práticas pedagógicas e
discursivas, que não contribuem para a formação crítica do professor e para a construção de
uma sociedade mais justa. O “outro”, nesse sentido, segundo Veiga-Neto (2011), pode ser
considerado como depositário de todos os males da humanidade, como sujeito pleno de uma
marca cultural ou como alguém a tolerar. Esse tipo de pensamento serviria para engessar
ainda mais as nossas proposições acerca da diferença. Para Larrosa e Perez (1998):

A alteridade do outro permanece como reabsorvida em nossa identidade e a


reforça ainda mais; torna-a, se é possível, mais arrogante, mais segura e mais
satisfeita de si mesma. A partir desse ponto de vista, o louco confirma nossa
razão; a criança, nossa maturidade; o selvagem, nossa civilização; o
marginalizado, nossa integração; o estrangeiro, nosso país; o deficiente,
nossa normalidade (LARROSA E PEREZ, 1998 apud VEIGA-NETO, 2011,
p. 124).

Apesar do caminho no fio da navalha, não é impossível a tarefa de educar na


diferença. Dizer que todos os alunos devem estar matriculados nas escolas regulares não é o
mesmo que dizer que todos devem aprender da mesma maneira. Diante disso, expor os
argumentos que fundamentam a inclusão educacional torna-se fundamental para o êxito das
políticas públicas de inclusão escolar. Vamos à discussão teórica de, pelo menos, três motivos
que fundamentam a perspectiva da inclusão educacional.

3.1 Porque é lei

O reconhecimento da escolarização para todos pode ser considerado um


acontecimento que trouxe novas percepções sobre espaços e tempos, mas que carregou
consigo um volume inestimável de propósitos de mudança, novos desafios, novos olhares,
novos sujeitos. Esse acontecimento fez-se acompanhar de políticas públicas que visam à
garantia de acesso às escolas, no sentido de garantir a presença de todas as crianças no
ambiente escolar, de permanência e de qualidade no processo de aprendizagem. Os
procedimentos implementados dirigem-se especialmente aos sujeitos com deficiência, uma
vez que eles que vêm sendo historicamente excluídos da educação escolar.
A partir da demanda social, diversos outros dispositivos e diretrizes institucionais
foram estabelecidos no sentido de garantir e promover a Educação Básica para todos os
47

alunos, sem exceção. Um desses dispositivos é o Estatuto da Criança e do Adolescente


(ECA/1990), que dispõe, em seu artigo 13, que “a criança e o adolescente gozam de todos os
direitos inerentes à pessoa humana” (BRASIL, 1990) e que as crianças e os adolescentes
“portadores de deficiência” 4 têm direito ao “atendimento educacional [...] preferencialmente
na rede regular de ensino” (BRASIL, 1990, Art. 54, inciso III). Já a Política Nacional de
Educação Especial (BRASIL, 1994, p. 7) estabeleceu objetivos gerais e específicos referentes
à “interpretação dos interesses, necessidades e aspirações de pessoas portadoras de
deficiências, condutas típicas e altas habilidades”. Alguns anos depois, foi estabelecida a
Política Nacional para a Integração da Pessoa Portadora de Deficiência, Decreto n.º 3.298
(BRASIL, 1999), que estabeleceu a “matrícula compulsória de pessoas com deficiência em
escolas regulares”.
De acordo com a documentação vigente, podemos perceber que a inclusão educacional
está estreitamente implicada com a inclusão social. O Projeto Educar na Diversidade: material
de formação docente elaborado pelo MEC (BRASIL, 2005) salienta que “[...] a educação
inclusiva é um aspecto da sociedade inclusiva”. Em 2006, o Brasil promulga a Convenção
sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência (ONU, 2006), por meio do Decreto n.º
6949/2009, assumindo o compromisso de assegurar o acesso das pessoas com deficiência a
um sistema educacional inclusivo em todos os níveis e de adotar medidas que garantam as
condições para sua efetiva participação. Desse modo, a inclusão educacional é um direito do
estudante e requer mudanças na concepção e nas práticas de gestão, de sala de aula e de
formação de professores para a efetivação do direito de todos à escolarização.
Fundamentada nos marcos legais e princípios pedagógicos da igualdade de condições
de acesso e à participação em um sistema educacional inclusivo, a Política Nacional de
Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva (MEC, 2008) define a Educação
Especial como modalidade de ensino transversal a todos os níveis, etapas e modalidades.
Ainda disponibiliza recursos, serviços e o atendimento educacional especializado,
complementar ou suplementar, aos estudantes com deficiência, transtornos globais do
desenvolvimento e altas habilidades/superdotação no ensino regular.
Mais recentemente, foi promulgada a Lei n.º13.146/2015, Lei Brasileira de Inclusão
(LBI, 2015), que promove uma grande mudança de perspectiva sobre a palavra “deficiência”.

4
A PEC 25/2017 muda na Constituição Federal. Expressões como “pessoa portadora de deficiência” ou
“portador de deficiência” serão substituídos por “pessoa com deficiência”. A PEC padroniza o termo em 10
artigos da Carta Maior. A padronização segue a Convenção Internacional sobre o Direito das Pessoas com
Deficiência, da Organização das Nações Unidas, criada em 2006.
48

Antes desta Lei, a visão que existia era de que a deficiência era uma condição das pessoas.
Hoje, ela é entendida como uma situação dos espaços (físicos ou sociais), que não estão
prontos para recebê-las. A tendência atual é enxergar, cada vez mais, a educação como
inclusiva e, cada vez menos, como especial. Isso significa que as metodologias, espaços e
materiais devem ser capazes de atender a todos, ao longo da vida e com foco na
potencialidade, segundo o art. 27 da LBI:

A educação constitui direito da pessoa com deficiência, assegurado sistema


educacional inclusivo em todos os níveis e aprendizado ao longo de toda a
vida, de forma a alcançar o máximo desenvolvimento possível de seus
talentos e habilidades físicas, sensoriais, intelectuais e sociais, segundo suas
características, interesses e necessidades de aprendizagem (BRASIL, 2015).

3.2 Porque as vivências são as ações modeladoras do ato de aprender

As Neurociências envolvem áreas diversas, visando a agregar conhecimentos para os


estudos sobre os atos intermediados pelo cérebro. Não se trata somente de pensar no cérebro
como estrutura anatômica, mas nas conexões neurais em funções desempenhadas, em etapas
do desenvolvimento, nas relações estabelecidas. Dessa maneira, as Neurociências articulam-
se com a Educação no sentido essencial de buscar entender os processos relativos à
aprendizagem.
Aprender é um conceito amplo, diretamente ligado às oportunidades experimentadas
pelos sujeitos. Não basta ter acesso à informação, é necessário transformá-la em algo
significativo, substrato, que será consolidado como algo aprendido. Envolve o discente como
agente ativo do próprio aprendizado, o professor como mediador das experiências, as ações
pedagógicas planejadas como cenário, as famílias engajadas e atentas ao desenvolvimento de
suas crianças e adolescentes. Sendo assim, fatores cognitivos, emocionais, socioculturais,
intra e interpessoais, de maneira geral, são importantes para o processo de aprendizagem
(PEREIRA, 2010).
Diante das experiências vivenciadas rumo a serem aprendidas, o cérebro modifica-se,
modelando-se em circuitos que formam redes para o aprendizado. A Neuroplasticidade,
fenômeno complexo que ocorre devido à exposição aos mais diversos estímulos, sejam
internos ou externos, evidencia que a imersão sociolinguística é um fator determinante para
mudanças neuronais que desejamos para um cérebro em desenvolvimento.
Nesse sentido, as ações pedagógicas constituem o substrato em que os profissionais da
Educação medeiam a inclusão dos alunos em esferas sociais mais complexas, provendo
49

acesso ao conhecimento de mundo que os permitirão exercer cidadania, autonomia e


criatividade. Nesses ambientes pedagogicamente estruturados, as relações dialógicas
configuram-se em ferramentas de reconhecimento, de conhecimento e transformação.
De fato, devemos ressaltar a potência que é validar o aprendizado dos diferentes,
consolidando a ideia de diversidade como realidade. Numa rede pública de Educação, de salas
heterogêneas quanto aos seus alunos, professores, localidades e realidades, traçar um modelo
único excluiria a possibilidade da diferença. A proposta, então, aponta para a construção dos
horizontes desejados para esse processo de ensino-aprendizagem que envolve desafios
complexos e muitas incertezas, mas que se consolida em práticas cientificamente embasadas,
engajadas e afetivas.

3.3 Porque a escola continua sendo o espaço no qual se é possível viver a experiência da
aprendizagem

O par experiência/sentido apresentado por Larrosa (2016) permite-nos pensar na


inclusão sem a tentativa de revelar a verdadeira natureza da aprendizagem e focalizar maior
atenção na experiência como uma forma de ser e de estar no mundo, não como um
conhecimento científico acumulado que está fora de nós, mas assumindo um estilo, uma
postura ética, estética e política de conduzir a vida e, portanto, as interações com os outros nos
espaços de convivência, entre eles, a escola, entendendo que a experiência "é em primeiro
lugar um encontro ou uma relação com algo que se experimenta, que se prova" (Ibid ,p. 26).
A possibilidade de uma experiência tem um pouco do princípio de reflexividade, "um
movimento de ida porque a experiência supõe um movimento de exteriorização, de saída de
mim mesmo, de saída para fora, um movimento que vai ao encontro com isso que passa, ao
encontro do acontecimento." (LARROSA, 2011, p. 6). E é a partir da inserção no espaço
interativo que fazemos da experiência a "passagem da existência, a passagem de um ser que
não tem essência ou razão ou fundamento, mas que simplesmente 'existe' de uma forma
sempre singular, finita, imanente, contingente" (LARROSA, 2016, p. 27).
Segundo Larrosa (2016, p. 32), "o saber da experiência é um saber que não pode
separar-se do indivíduo concreto em quem encarna". É por meio da possibilidade de
transformação de nós mesmos e dos outros, como o território de passagem ou como lugar de
chegada, que a transformação acontece, ainda que as críticas aos fazeres da escola como
produtores de indivíduos para o trabalho sejam cada vez mais acirradas. É em meio às críticas
que se insere a luta por acessibilidade e inclusão.
50

4. EDUCAÇÃO EM DIREITOS HUMANOS E CIDADANIA: PERSPECTIVAS


CURRICULARES EM CONSTRUÇÃO

A expressão “Direitos Humanos” historicamente tem sido empregada em uma


perspectiva marcada por um processo dialético e que apresenta diferentes marcadores
culturais, concebendo-a como uma das maiores conquistas da humanidade e constituindo,
assim, as identidades dos povos em suas formações ao longo do tempo.
A construção histórica do termo possui dimensões de ordem política, social e cultural,
apresentando múltiplas expressões de práticas e de linguagens, elaboradas com base nas
noções do reconhecimento da dignidade humana e dos direitos sociais em cada território.
Entretanto, devemos reconhecer que esta construção não se consolidou em alguns estados-
nações, o que nos leva a refletir a ideia de construção e de (re)elaboração histórica de direitos
humanos no mundo. A ideia de sua universalização não se consolidou em todo o mundo,
apesar de ser essa a premissa dos organismos internacionais.
Se, no âmbito das relações sociais historicamente constituídas, os direitos humanos
foram concebidos em razão das mudanças de paradigmas, expressadas pelo acúmulo de
experiências entre os diferentes povos, em busca de respostas às suas expectativas e demandas
sociais, podemos compreendê-los como um processo político e educativo. Político porque tal
processo se insere no campo simbólico das lutas travadas em busca de um novo contexto
humanizador e civilizatório, potente em seus objetivos e propostas para a implementação de
novos projetos societários de cidadania. Educativo porque possui uma dimensão ideológica de
difusão coletiva sobre a importância que todos os cidadãos possuem. Com efeito, é mister
considerar que, assim como a dimensão política pode sofrer variações nos distintos territórios,
seu caráter educativo também deve ser passível de diferentes interpretações e concepções com
base na experiência de cada país. Sendo assim, ambas as dimensões são indissociáveis.
Os parâmetros normativos que orientam tal concepção se fundamentam na Declaração
Universal de Direitos Humanos de 1948, na Convenção sobre os Direitos da Criança (1989),
ratificada por 196 países, na Constituição Federal de 1988, no Estatuto da Criança e do
Adolescente (Lei nº. 8069/1990), na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (Lei n.º
9394/1996), no Plano Nacional de Educação em Direitos Humanos, nas Diretrizes Nacionais
Para a Educação em Direitos Humanos dentre outros instrumentos normativos similares em
vigência.
O primeiro artigo da Declaração Universal (1948) alude que “todos os seres humanos
nascem livres e iguais em dignidade e direitos, dotados de razão e consciência, devem
51

comportar-se fraternalmente uns com os outros”. (Declaração Universal dos Direitos


Humanos, 1948, Art. 1º)
No âmbito da Convenção dos Direitos da Criança, ficam estabelecidas as diversas
condições que garantem uma Educação em Direitos Humanos que priorize o direito da criança
a ter um desenvolvimento integral pleno, concebido como dever do Estado, da sociedade e da
família.
Nesse contexto, principalmente a partir do processo de redemocratização do Estado
brasileiro em meados da década de 1980, com as reivindicações dos diversos segmentos da
sociedade, novas concepções de direitos (civis, políticos e sociais) foram sendo
ressignificadas no âmbito das políticas públicas. Naquele momento, adquirem especial
relevância as atividades de Educação em Direitos Humanos. Uma nova consciência social e
coletiva surge pela potência que marca a luta dos movimentos sociais no Brasil pelo
reconhecimento da dignidade dos seus cidadãos.

[...] Por se apresentar como fenômeno multifacetado, exige, para sua


compreensão, não só repensá-lo no interior de um horizonte histórico, mas
que a este horizonte histórico se incorporem às noções de complexidade
manifestas na cultura político-social de uma sociedade que produz (e
reproduz) a comunidade e a sociedade de direitos (VIOLA, 2007, p. 119).

Sendo assim, a proposta da Educação em Direitos Humanos parte do princípio da


necessidade de mudanças das práticas sociais e da luta pelo movimento social e coletivo de
uma práxis dialógica, que possui por atributos a horizontalidade e a igualdade de valor na
ótica da dimensão humana em sua essência.
Nesse sentido, em que pese o caráter educativo da concepção de Educação em Direitos
Humanos, compreende-se que ele possui dimensão histórica e se fundamenta nas propostas
das diretrizes dos organismos internacionais, devidamente concebidas na perspectiva da
dignidade humana. A educação em Direitos Humanos, como elemento da história, é dialética
e precisa ser refletida e aprofundada, pois não ocorre de forma estática e assume novas
configurações no curso da história, especificamente no atual cenário da sociedade
contemporânea.
Destacamos que, nesse processo de luta pela redemocratização do país, o direito à
Educação Básica foi ampliando (Educação Infantil, Ensino Fundamental e Ensino Médio)
compreendendo-se assim a importância da educação na formação dos demais direitos. Essa
ampliação decorre da Emenda Constitucional nº 59 de 2009. O avanço de nossa Constituição
para o olhar da educação em direitos humanos se apresenta no art.205, que afirma: “A
52

educação, direito de todos e dever do Estado e da família, será promovida e incentivada com a
colaboração da sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o
exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho”. (BRASIL, 1988)
Nessa sequência dos textos legais que nos dão embasamento para a concretização das
políticas educacionais, aprova-se a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional – LDB nº
9394/1996, reafirmando a educação como direito e caracterizando-a baseada em princípios de
liberdade e nos ideais da solidariedade humana, conforme seu artigo 2°, e complementa, logo
em seguida, em seu artigo 3°, que o ensino será ministrado com base nos seguintes princípios:

I - Igualdade de condições para o acesso e permanência na escola;


II - Liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar a cultura, o
pensamento, a arte e o saber;
III - Pluralismo de ideias e de concepções pedagógicas;
IV- Respeito à liberdade e apreço à tolerância;
V - Coexistência de instituições públicas e privadas de ensino;
VI- Gratuidade do ensino público em estabelecimentos oficiais;
VII - Valorização do profissional da educação escolar;
VIII - Gestão democrática do ensino público, na forma desta Lei e da
legislação dos sistemas de ensino;
IX - Garantia de padrão de qualidade;
X - Valorização da experiência extraescolar;
XI -Vinculação entre a educação escolar, o trabalho e as práticas sociais.
(BRASIL, 1996).

Assim, historicamente, foi no curso da consolidação das políticas educacionais no


território brasileiro que se elaborou o Plano Nacional de Educação em Direitos Humanos –
PNDEH, cujo enfoque é dado aos grupos minoritários e com deficiência em seus processos de
formação e de educação.
No contexto das políticas públicas brasileiras, a premissa de uma Educação em
Direitos Humanos contempla os segmentos da infância e da adolescência como prioridade
absoluta. Diante de tal argumento, na atual conjuntura, a partir dessas definições, o UNICEF
ressalta o papel da escola frente ao aprendizado e à proteção de crianças e adolescentes.
Na esteira das políticas educacionais, a Educação em Direitos Humanos emerge como
um projeto societário que deve levar os cidadãos a uma consciência coletiva sobre a
importância da difusão das ideias e da implementação das práticas que corroborem com o
princípio de sua universalidade.
Com base nessa perspectiva de análise, concebem-se as políticas educacionais do
município de Niterói, articuladas com a proposta da Educação em Direitos Humanos. Parte-se
do princípio de que tais políticas pautam-se nas mudanças das práticas sociais oriundas da luta
do movimento social e coletivo por meio de uma práxis dialógica, e que, portanto, traz em
53

seus atributos os valores de relações com horizontalidade e a igualdade sob a ótica da


dimensão humana em sua essência.
Como destacado anteriormente, a dimensão de uma cultura de Direitos Humanos é
historicamente recente e tem se constituído um campo fértil para o aprofundamento de
reflexões, especificamente sobre o papel da escola, locus privilegiado para o desenvolvimento
de uma sociedade mais fraterna, justa e igualitária.
As discussões sobre o tema têm adquirido importantes direcionamentos no debate
nacional e, apesar da complexidade que ele envolve e das ideias que não se confluem, as
discussões representam um esforço assentado na racionalidade contínua para o trato devido
das questões que envolvem as pautas da educação pública.
Ressalta-se que a formação da Educação em Direitos Humanos não se limita, portanto,
ao campo cognitivo das aprendizagens, direcionando-se também aos valores de
comportamentos, das relações e respostas frente aos desafios da vida cotidiana escolar.
Estudos de Candau (2007) contribuem para o aprimoramento do debate sobre os
direitos humanos, levando-nos a compreendê-los como um processo histórico dinâmico,
contraditório e complexo. A difusão desta concepção no campo das ideias pode ser localizada
em um conjunto de outros estudos que nos fornecem elementos contundentes, sobretudo para
repensarmos, na perspectiva curricular, os caminhos teórico-metodológicos que orientam as
práticas pedagógicas.
As experiências de Educação em Direitos Humanos têm se multiplicado ao longo de
todo o continente latino-americano. A partir das informações disponíveis, constatamos que a
maior parte delas tem sido realizada em âmbitos de educação não formal, aspecto
tradicionalmente privilegiado pela educação popular (Ibid., p. 401).
Com base nesses argumentos, considera-se que, historicamente, o Brasil é um país
ainda jovem, em processo de reconhecimento e de consolidação dos direitos humanos e da
cidadania pela via das políticas públicas, buscando, gradualmente, assegurar que todos os
indivíduos sejam reconhecidos em sua dignidade e múltiplas formas de expressão da
diversidade.
As reflexões da autora consideram que a Educação em Direitos Humanos deve se
pautar numa consciência coletiva sobre a diversidade,

[...] afirmando os direitos humanos como algo universal e necessário na luta


contra todas as formas de violência presentes na manifestação do
preconceito contra os indivíduos com incapacidade na sociedade de classes
submetida a lógica do capital” (COSTA, 2018, p. 57).
54

Nesse sentido, os estudos apresentados reafirmam a necessidade de se considerarem os


sujeitos da diversidade em suas mais variadas singularidades e em seus contextos de vida,
representados nas questões étnico-raciais, na diversidade de gênero, de classe social, na
diversidade religiosa, no âmbito das pessoas com deficiências, altas habilidades e
superdotação e em outros aspectos que expressam as múltiplas formas das experiências
humanas exercidas no curso da história.
É no espaço da escola que eles vivem longos períodos de suas vidas, portanto, além de
espaço de aprendizagem, ela também é espaço de relações, afetos, valores, cultura e direitos,
que devem estar refletidos no projeto político pedagógico das escolas, em seus currículos,
suas práticas e seus sujeitos.
Na observância de tais argumentos, ressalta-se que o projeto político pedagógico da
escola precisa estar em consonância com a realidade local, bem como dialogar com a
realidade de vida dos alunos, apropriando-se de suas vivências e estabelecendo uma
aproximação dialógica entre suas expectativas e os objetivos propostos pela escola.
Com efeito, a proposta deve contemplar a parceria indissolúvel entre famílias e
escolas, compreendendo essa ação como um fundamento importante para o processo de
desenvolvimento do aluno, na perspectiva de seu desenvolvimento integral.
No contexto da política educacional, diferentes concepções curriculares
desenvolveram propostas teórico-metodológicas sobre o trabalho pedagógico como eixo
orientador das práticas exercidas no âmbito escolar.
Com a proposta da nova Base Nacional Comum Curricular (BNCC), os sistemas de
ensino estão inseridos em dez competências gerais para nortear os trabalhos de todos os anos,
bem como os componentes curriculares em cuja estrutura é mister que haja o entendimento de
que a educação deve trabalhar a favor da prevenção e da proteção contra as violências, cuja
ação pedagógica se insere na luta pelos Direitos Humanos, afirmando a igualdade entre todos
os educandos.
No entanto, é possível que, na contemporaneidade, se detecte um novo olhar sobre a
problemática dos Direitos Humanos, visto que as questões relativas à justiça, à superação das
desigualdades socioeconômicas, à igualdade de oportunidades e as que se referem ao
reconhecimento de diferentes grupos socioculturais se fazem cada vez mais presentes. Além
disso, as questões relativas à diversidade vêm adquirindo cada vez mais relevância.
Parafraseando Santos (2002), Candau sintetiza de maneira especialmente oportuna
esta tensão, pois “as pessoas e os grupos sociais têm o direito a ser iguais quando a diferença
os inferioriza, e o direito a ser diferentes quando a igualdade os descaracteriza”.
55

A partir das reflexões que se apresentam, é possível conceber a Educação em Direitos


Humanos como uma ferramenta pedagógica potente em seus objetivos e ações efetivas, pois
viabiliza ao indivíduo em formação a capacidade de autonomia, emancipação e reflexão, ao
passo que a apropriação do saber sistematizado e das experiências produzidas no campo dos
saberes e das relações justifica, de certa forma, a ideia de uma educação de qualidade. Com
base nesta premissa, Costa (2018) destaca que

[...] a sociedade brasileira tem realizado esforços a favor da afirmação de


uma cultura contrária à discriminação das minorias historicamente excluídas
e consequentemente cresce a demanda por inclusão em suas diversas
instâncias e pela afirmação da educação em direitos humanos [...] (COSTA,
2018, p. 59).

Com isso, deve-se refletir sobre as políticas públicas, especificamente as políticas


educacionais inclusivas, por meio das quais as concepções curriculares contribuam para o
acesso, permanência e direitos de aprendizagem para todos, sem quaisquer distinções. Para
tanto, conceber uma proposta curricular em que tais aspectos estejam plasmados é criar
condições para que a educação púbica escolar seja “uma instituição necessária para a
formação de indivíduos autônomos, democráticos, emancipados, sem desconsiderar os limites
dessa sociedade” (Ibid., p. 39).
É importante ressaltar que a escola possui uma função social pública relevante, o que
deve reforçar a ideia de que todos possuem direitos de cidadania, de que todos devem ser
contemplados por uma formação que fortaleça a democracia e que se materialize nas formas
de enfrentamento das exclusões.
As novas perspectivas de base curricular precisam assumir os desafios que se impõem
no cotidiano das escolas. Portanto, é preciso refletir e desenvolver novas propostas
curriculares que contribuam para outra configuração da Educação em Direitos Humanos,
contextualizada a partir de uma agenda de política pública de transformação e que possibilite
o reconhecimento da diversidade em todas as suas dimensões, como destacado anteriormente.
Como um exercício crítico necessário no campo das lutas educacionais, defendemos
uma proposta de políticas públicas que restabeleça a potência do estado democrático de
direitos, que integre, por meio de políticas curriculares, os indivíduos e que os inclua de fato
no contexto de uma educação emancipadora. Cabe aos sistemas de ensino, especificamente à
escola, reinventarem-se e instrumentalizarem-se dos elementos necessários, com o propósito
de promover a autonomia de seus educandos, por meio de um processo pedagógico claro e
efetivo em seus objetivos e metas. Acreditamos ser este o caminho possível para se
56

(re)estabelecer uma nova consciência social coletiva de largo alcance, pois, diante de um
contexto que modifica no tempo e no espaço, diante de um “novo cenário, é importante
analisar e debater as questões relativas ao sentido da educação em Direitos Humanos e os
objetivos que pretende alcançar” (CANDAU, 2007, p. 403).

5. CURRÍCULO, CULTURA E DIFERENÇA

A noção de encruzilhada emerge como


disponibilidade para novos rumos, poética, campo
de possibilidades, prática de invenção e afirmação
da vida, perspectiva transgressiva à escassez, ao
desencantamento e à monologização do mundo.
A encruza emerge como a potência que nos
possibilita estripulias (RUFINO, 2019, p. 13).
Os Outros: o melhor de mim sou Eles.
(BARROS, 1998)

De acordo com os Referenciais Curriculares para a Rede Municipal de Ensino de


Niterói: uma construção coletiva/2010, podemos apontar dois sentidos que são apresentados
como norteadores da proposta curricular: diversidade e formação para a cidadania, tendo
como base teórica o multiculturalismo, na perspectiva teórica desenvolvida por Banks (2004),
Candau e Moreira (2008) e Ivenick e Santos (2009).

O multiculturalismo pode contribuir para se pensar em um currículo que


forneça respostas à diversidade cultural, de modo a interrogar discursos
hegemônicos e a dar vozes às identidades plurais. O currículo deve ser
repensado em função do diálogo com as identidades plurais que circulam nas
unidades escolares, valorizando os saberes, a diversidade de sotaques, a
multiplicidade das identidades étnicas, raciais, culturais, linguísticas,
religiosas, geracionais e outras que constituem a realidade escolar
(Referenciais Curriculares da Educação Infantil, 2010, p. 10).

A diversidade e a pluralidade cultural fazem parte das preocupações curriculares,


desde pelo menos a década de 1950. Com o processo de redemocratização, os movimentos
sociais, notadamente o movimento negro e os povos indígenas, iniciaram um processo de
articulação para ampliar a representação de suas culturas e suas agendas nas políticas
educacionais.
A perspectiva multicultural está presente em muitos dos discursos constantes nos
currículos da Rede Pública Municipal de Educação de Niterói, a qual analisamos ser relevante
no sentido de fortalecermos que os Projetos Políticos Pedagógicos tenham como princípios a
57

educação antirracista, anticapacitista e contra a homofobia, em que sejam reconhecidos os


gêneros e as sexualidades e o pluralismo religioso. Contudo, iniciamos esta trajetória de
revisão dos Referenciais Curriculares, trazendo para o debate a cultura como lugar de
enunciação, não como repertório de sentidos partilhados.
Uma primeira mudança que promovemos é destacar a diferença (e não a diversidade)
como pressuposto e sentido potente no currículo, ou seja, pensar a diferença cultural para
além da identidade. Compreendemos que o conceito de identidade e as políticas de identidade
manifestam demandas por reconhecimento nos currículos, envolvendo, principalmente, o
movimento negro e os povos indígenas. Dessa forma, reconhecemos ser fundamental a
implementação das Leis 10.639/2003 e 11.645/2008. Juntam-se a esta agenda os temas
relacionados aos gêneros e às sexualidades.
Nesse sentido, dialogamos com Mouffe (2003), que afirma:

Ao estar consciente do fato de que a diferença é a condição da possibilidade


de constituir a unidade e a totalidade, ao mesmo tempo que ele fornece seus
limites essenciais, tal abordagem agonística poderia contribuir para subverter
a tentação sempre presente nas sociedades democráticas de naturalizar suas
fronteiras e essencializar suas identidades.[...] Graças ao reconhecimento de
que as identidades abrangem uma multiplicidade de elementos, tal
abordagem está numa posição melhor para enfrentar uma identidade que
acomoda outras, admite a porosidade das suas fronteiras e se abre ao exterior
que a torna possível (MOUFFE, 2003, p. 19).

Portanto, dialogamos em defesa do que Mouffe (2003) chama de “pluralismo


agonístico”, que tem como base a multiplicidade de cada sujeito, não consistindo
simplesmente em tolerar as diferenças, “mas em celebrá-las positivamente porque admite que,
sem alteridade e o outro, nenhuma identidade poderia se afirmar” (Ibid., p. 19).
No contexto de revisão dos Referenciais Curriculares da Rede Pública Municipal de
Educação de Niterói/2020, trouxemos para a discussão a perspectiva pós-estrutural, a partir da
qual consideramos que diversidade não é o mesmo que diferença. O diverso é outra
manifestação do mesmo.

Abrir o currículo à diferença implica recusar a perspectiva da identidade,


rechaçaras fixações que criam as identidades como golpes de força sobre a
possibilidade de ampla significação. Um currículo marcado pela diferença é
um currículo concebido como cultura. [...] Trata-se de ver o currículo como
um processo de produção de sentidos, sempre híbridos, que nunca cessa e
que, portanto, é incapaz de construir identidades (LOPES e MACEDO,
2011, p. 227).

Manifestamos aqui a possibilidade de significar o currículo como produção cultural,


como lugar de enunciação, de potencializar os movimentos de diferir, ao investir na
58

desconstrução de uma identidade fixa, que impede outras possibilidades de ser dos sujeitos.
Consideramos o ato de educar como espaço de interações entre os sujeitos e, portanto, espaço
de experiências vividas, de práticas pedagógicas que potencializem a diferença em si, em que
o sujeito singular emerge por meio de atos de criação.

Em vez do silêncio produzido pela presunção autossegregadora da política


de identidade – com sua reinscrição invertida de estereótipos, o caráter dos
estudos de currículo é comunicativo, comprometido com o encontro
dialógico através da diferença (PINAR, 2016, p. 39).

O currículo é território político, no qual as disputas pela significação não cessam. É


cultura, movimento e diferença; produz novos sentidos, é ato criativo, invenção e, portanto,
provoca deslocamentos em sentidos hegemônicos, que dificultam o fluxo do diferir. A luta
política e o debate sobre as políticas curriculares que desenvolvemos neste processo de pensar
os novos Referenciais Curriculares denunciam as estratégias que tentam domesticar as
diferenças e, contra todas as tentativas de significar de tal modo, o currículo, com o que e
como devemos ensinar.

Como questionaria o caboclo Fanon (2008) ao enfrentar de forma radical os


limites existenciais impostos pelo racismo/colonialismo no mundo moderno,
o que são os seres senão um SIM vibrando com as harmonias cósmicas.
Fechamos com Fanon, Exu e Orunmilá e colocamos como alvo a ser
descadeirado o processo educativo reivindicado como modo único de
formação de seres e sustentado pelo paradigma de ensino que opera em favor
das lógicas coloniais (SIMAS e RUFINO, 2019, p. 35).

Nesta proposta dos Referenciais Curriculares da Rede Pública Municipal de Educação


de Niterói, tomamos a decisão de envolver todos os componentes curriculares na discussão
das relações étnico-raciais, das questões ambientais e dos temas que envolvem os gêneros e as
sexualidades, afirmando uma proposta curricular inspirada pelo manifesto de Chiapas, que
defende “um mundo onde todos os mundos tenham o seu lugar” (CANDAU, 2008, p. 47).
Estes Referenciais Curriculares apostam num projeto de construção de uma educação na qual
todos os mundos tenham o seu lugar.
Consideramos que contemplar, no currículo, o tema das relações étnico-raciais, a
presença da história e cultura dos povos indígenas e dos afro-brasileiros no Brasil, o tema da
sustentabilidade ambiental, com experiências de quilombolas e indígenas no manejo da terra,
nos estudos da botânica, na literatura e na etnomatemática, são algumas possibilidades de
produção curricular e o ato de educar em outras lógicas. Se apostarmos na produção cotidiana
de um currículo “onde todos os mundos tenham o seu lugar” (Comandante Marcos, Chiapas
apud CANDAU, 2008, p. 47), assumiremos pensar a produção curricular em diálogo amplo
59

com outras lógicas do educar. Educar dialogando com outras epistemologias é possibilidade
potente de produzirmos currículos na diferença.
Inserir o tema do gênero e da sexualidade no currículo não é algo novo. Com a
redemocratização dos anos 80, percebemos a inclusão dos temas relacionados à sexualidade,
ainda que significados como temas das Ciências, dos Programas de Saúde e da Biologia. Era
preciso dar o sentido da ciência e do cuidado com o corpo para que o tema fosse inserido nos
conteúdos curriculares. “Talvez, de tão higienizada, ela nem fosse reconhecida como tal pelos
corpos que passavam pelo portão” (MACEDO, 2017, p. 31). Nos últimos anos, pudemos
observar a ampliação dos temas da sexualidade e do gênero e propomos, neste documento, a
potência de vida e laços presentes na escola, não como um novo componente curricular, mas
como abertura ao impensável, aquilo que desconcerta, mas nutre de vida e plenitude as
trajetórias vividas no contexto escolar.

Noções assentes em outras experiências socioculturais nos apontam diversas


possibilidades para pensar a existência e as relações com aquilo que
convencionamos ser o humano e as suas formas de fazer no mundo.
Perspectivas do ser/saber como o sumakkwsai, noção dos povos andinos
falantes da língua quícha, otekóporã, próprio dos povos guaranis localizados
em grande extensão do território latino-americano, o ubunto, assente no
pensamento dos falantes das línguas advindas do tronco bantu e
disponibilidades conceituais como Ifá, Exu, iwáeiwápele, presente na
cosmogonia iorubá, nos apresentam outras rotas fora das coordenadas
cartesianas edificadas pela dominação moderna-ocidental (SIMAS e
RUFINO, 2019, p. 33).

Reconhecemos, na reconexão e reverência às culturas ancestrais e aos povos das


florestas, a sua significativa produção de conhecimento e cosmovisões que nos inspiram a
pensar o mundo de outras formas; de perceber, por exemplo, na árvore, nas andorinhas, nos
rios, possibilidades de estabelecer relações de alteridade com todos os seres, em um
compromisso moral como futuro planetário. Isso contribui para pensarmos que o ser humano
não é o centro da natureza, mas parte dela, resgatando a sacralidade e a dimensão subjetiva da
natureza, presente entre os povos indígenas e nas culturas ancestrais.

Quando despersonalizamos o rio, a montanha, quando tiramos deles os seus


sentidos, considerando que isso é atributo exclusivo dos humanos, nós
liberamos esses lugares para que se tornem resíduos da atividade industrial e
extrativista. Do nosso divórcio das integrações e interações com a nossa
mãe, a Terra, resulta que ela está nos deixando órfãos, não só aos que em
diferente graduação são chamados de índios, indígenas ou povos indígenas,
mas a todos (KRENAK, 2019, p. 49).
60

Nessa direção, reconhecemos, nos projetos instituintes, que potencializam o currículo


como espaço de criação, um currículo instituinte de sentidos, um currículo que aposta na luta
pela justiça social e na educação que se produz na diferença, assumindo um projeto de
educação antirracista e contra todas as discriminações, para lutar pela justiça social, que
defendemos aqui como o emergir do sujeito singular. E mesmo reconhecendo a incerteza do
horizonte e a impossibilidade plena de realização de qualquer projeto, apresentamos o melhor
de nós nesta luta.
Expressamos sentidos e possibilidades de pensar a produção curricular na Rede
Pública Municipal de Educação de Niterói, entretanto esta é uma discussão de todos nós que
se amplia a cada experiência construída e constitutiva da prática educativa. Acreditamos no
compromisso de cada um de nós, profissionais de educação, na construção de uma proposta
curricular que se insere no debate constante, comprometida com uma teoria curricular que se
produz contextualmente e que exige alteridade.

6. A LEITURA LITERÁRIA E A FORMAÇÃO DO LEITOR-AUTOR NA REDE


PÚBLICA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO DE NITERÓI

A leitura pulsa em nós desde a tenra idade. Lemos o movimento das folhas das
árvores, o vai e vem das ondas do mar, as cores do céu, o olhar e os gestos daqueles que
colorem nossas vidas. Afinal, não se leem apenas letras e livros, lê-se o mundo em toda a sua
complexidade. Lemos “o verde da manga-espada verde, o verde da manga-espada inchada, o
amarelo-esverdeado da mesma manga amadurecendo, as pintas negras da manga mais além de
madura” (FREIRE, 2003, p. 13). Lemos o verde das matas ameaçadas, o verde da bandeira, o
verde-esperança pintado nos quadros. A noção ampliada de texto que aqui trazemos nos
conduz a compreender a leitura enquanto produção de sentidos. O ato de ler se descortina em
nossas experiências por meio das múltiplas linguagens que nos circundam. O clássico texto A
importância do ato de ler, de Paulo Freire (FREIRE, 2003), mobiliza-nos na defesa pela
leitura para além das palavras escritas. A leitura, nessa concepção, possibilita-nos uma
diferenciada relação como outro e com o mundo.
Na perspectiva da leitura como ato interativo, em que esta pode ser sentida, indagada e
refletida, encontramos o ato de ler sendo produzido por meio do diálogo entre leitor-texto-
autor. Este entrelace dialógico, em que discursos disputam espaço, pois implica valores
ideológicos, tensão e diferentes pontos de vista sobre o mundo, pode promover
61

desdobramentos de sentidos, além de desencadear no leitor uma “compreensão ativamente


responsiva” (BAKHTIN, 2011, p. 272).
Essa compreensão a respeito da leitura ancora-se nos estudos do filósofo Mikhail
Bakhtin (2006, 2011), para quem o indivíduo, ao ler, o faz como um participante real do ato
de ler, e não como um leitor passivo. O leitor traz significações externas para o interior do
texto e produz, explícita ou implicitamente, uma resposta, uma concordância ou objeção ao
que se lê (SILVA, 2016; MORAIS & SILVA, 2015).
Perspectivando, portanto, a leitura por esse viés, ressalta-se o processo dialógico-
interativo nas esferas de uso da linguagem e, desse modo, a categoria básica de concepção de
linguagem de Bakhtin (2006, 2011), a interação verbal, cuja realidade fundamental é seu
caráter dialógico. O sentido do enunciado se dá por meio de uma compreensão responsiva
ativa entre sujeitos, a partir da interação. O enunciado se constitui como uma unidade de
comunicação e significação, inserido em um determinado contexto, podendo ser atualizado
muitas vezes. A cada nova situação, ganha um novo sentido em função do contexto de
produção, gerando diversas possibilidades de ressignificação, pois uma enunciação sempre
pressupõe outras enunciações que a antecederam e que lhe sucederão, visto que ela constitui
apenas um elo na cadeia da interação verbal.
Assim, uma enunciação concreta, produzida de modo significativo em um dado
momento social e histórico, não deixa de atingir os muitos fios dialógicos existentes.
Qualquer campo de produção da linguagem está repleto de relações dialógicas. O dialogismo
está no cerne da linguagem, é parte integrante de todo processo de comunicação, conforme
salienta o filósofo do diálogo, que destaca que toda enunciação, mesmo na forma imobilizada
da escrita, é uma resposta, não passando de um elo da cadeia dos atos de fala, pois toda
inscrição prolonga aquelas que a precederam, travando uma polêmica com elas, pois “conta
com as reações ativas da compreensão, antecipa-as” (BAKHTIN, 2006, p. 99).
Desse modo, “para que a educação seja de fato um espaço pleno de significados e
aprendizagens, é importante não esquecer que é na interação com o outro e com o mundo que
se constrói o conhecimento e se compreende a realidade” (E. M. EULÁLIA DA SILVEIRA
BRAGANÇA/Parecer, 2020)5. Conforme ressalta Tezza (2003), a palavra só diz, só é capaz
de produzir sentidos se concebida “em relação”. De igual modo, o sentido só é construído

5
No decorrer deste documento, serão apresentadas citações de pareceres ou de grupos de trabalho (GTs)
realizados pelos profissionais em suas Unidades de Educação da Rede Pública Municipal de Educação de
Niterói. Ressalte-se que todos os pareceres e estudos dos GTs estão disponíveis no Conselho Municipal de
Educação para consulta.
62

dialogicamente de forma relacional. Nessa direção, a criação estética demanda então um


processo constante de busca por sentidos, que estão sempre no encontro com o outro. Sem a
presença inexorável do outro, não há palavra, não há construção de sentidos. O movimento de
criação estética, por conseguinte, pressupõe sempre o encontro com o outro.
Como salienta Tezza (2007, p. 244): “Para Bakhtin, o homem tem uma necessidade
estética absoluta do outro. Nossa individualidade não teria existência se o outro não a
criasse”. Temos, portanto, uma dependência constitutiva da alteridade, uma vez que “há uma
limitação intransponível no meu olhar, que só o outro pode preencher”. Assim, a relação
dialógica fundamentará todo ato de criação, pois toda arte só se constitui como tal a partir da
presença de um outro que lhe atribua sentidos, por meio do dialogismo inerente à linguagem,
uma vez que o significado é construído por meio de uma relação dialógica entre sujeitos.
Nesse sentido, compreendemos a literatura em seu caráter ético e estético, a partir de seu viés
alteritário (DALUZ, 2019).
A significativa contribuição de Bakhtin e sua filosofia da alteridade nos leva a pensar
sobre a palavra que se constrói no encontro de duas consciências, na/a partir das relações
sociais. E a literatura se constitui a partir dessa perspectiva. Bakhtin nos inspira a refletir
sobre a formação de leitores-autores pelo viés da alteridade, da relação com o outro, com o
mundo e com as palavras nos entremeios dos fios e tramas discursivos, que contribuem
também para a construção da autoria.
Compreendemos a autoria a partir de uma concepção de criação, em sua dimensão
social e alteritária, dialógica, interativa, reflexiva, intertextual, em rede, destacando-se a
importância do social nesse processo de criação, que se faz e refaz coletivamente, nas
múltiplas redes de interação. Portanto, independentemente da linguagem utilizada pela
criança, devemos “reconhecê-la como autora de suas próprias histórias, compositora de seus
ritmos e criadora do belo quadro de suas artimanhas, num constante fluxo do movimento de
suas indagações e inquietações” (UMEI ANTÔNIO VIEIRA DA ROCHA/Parecer, 2020).
Kramer (1993) enfatiza a vertente humana da autoria quando afirma que

[...] ser autor significa dizer a própria palavra, cunhar nela sua marca pessoal
e marcar-se a si e aos outros pela palavra dita, gritada, sonhada, grafada...
Ser autor significa resgatar a possibilidade de “ser humano”, de agir
coletivamente pelo que caracteriza e distingue os homens... Ser autor
significa produzir com e para o outro... (KRAMER, 1993, p. 83).

A função do educador é chamar os alunos para a autoria e para o desejo de


conhecer/aprender. “Acreditar e confiar que a criança pode aprender é o primeiro passo para
63

que ela conquiste sua autonomia e por consequência a sua autoria de pensamentos” (UMEI
PROFESSOR IGUATEMI COQUINOT DE ALCÂNTARA NUNES/Parecer, 2020). A
autoria, portanto, não constitui um ato individual, mas pressupõe a alteridade, a produção de
um enunciado que caminha para e com o outro. Criar é um ato ético e estético. Nesse sentido,
Larrosa (1996) nos convoca a pensar que a íntima relação estabelecida entre o texto e a
subjetividade resulta na leitura como formação, gerando experiência. Leitura que se tece e
(entre)tece na troca, na interação e interlocução com o outro, com o texto, em um movimento
dialógico. Trata-se de pensar a leitura como “algo que nos forma (ou nos de-forma e nos
trans-forma), como algo que nos constitui ou nos põe em questão naquilo que somos”
(LARROSA, 1996, p. 133).
Pensar a leitura e a autoria por esse viés implica concebê-las como um processo que se
relaciona com a subjetividade do leitor. Não somente com aquilo que o leitor sabe, mas,
sobretudo, com aquilo que ele é. O papel formativo da leitura representa construção de
sentido, relação de significação entre texto e leitor que o faz ser capaz de pensar, de se ver
para além de si mesmo. É relação subjetiva e profunda com o texto lido. Compreender a
leitura como processo formativo implica militância, na tentativa de desnaturalizar práticas que
podem ser esvaziadas de sentido e/ou ter o tom de controle, autoritarismo, cerceamento e
emudecimento de vozes.
Diante disso, ciente da importância da leitura como um meio de crescimento
individual e coletivo, a escola configura-se como um espaço fundamental de desenvolvimento
da leitura enquanto experiência (BENJAMIN, 1994). Afinal, coadunamos com a ideia de que
“a presença do livro e outros materiais onde a escrita está presente fará parte do repertório de
experiências” (UMEI ANTÔNIO VIEIRA DA ROCHA/Parecer, 2020). A leitura tem o poder
de transformação, apresenta mundos e realidades outrora desconhecidas, abre caminhos, olhos
e consciências, afasta as cortinas do mundo e nos faz sentir partes integrantes deste espetáculo
que é a vida.
Desse modo, faz-se imprescindível ressaltar a importância da leitura na vida dos
educandos, porquanto eles precisam, desde cedo, ter acesso aos livros e a diversos materiais
escritos. Esse encontro acontece, na maioria das vezes, no ambiente escolar, pois, para muitos
de nossos alunos, a escola torna-se o local privilegiado de encontro com o texto literário.
Portanto, “o livro precisa ser manuseado, lido, relido, ‘amassado’, consumido. Um livro
fechado, em cima de uma prateleira é só um monte de papel cheio de poeira e ácaros. Um
livro aberto na mão de um leitor é a entrada em um universo de possibilidades sem sair do
64

lugar” (UMEI PROFESSOR IGUATEMI COQUINOT DE ALCÂNTARA NUNES/Parecer,


2020).
Defendemos a presença da literatura, enquanto experiência, desde o início da
Educação Infantil até o final do Ensino Fundamental. Concordamos que os livros literários e
de diferentes gêneros precisam ser disponibilizados pelas instituições, tanto para uso no
próprio espaço escolar, quanto para empréstimo responsável para as crianças e suas famílias.
Os livros ainda se constituem como artigos de difícil acesso para uma parcela da população
brasileira. “A escola, desse modo, poderá agir como mediadora entre as crianças, as famílias e
os livros, fomentando contextos de leitura” (E. M. JOÃO BRAZIL/Parecer, 2020) em todos
os componentes curriculares, como uma leitura que gere reflexão, fruição, que exista para
além do momento em que foi realizada, que se converta em experiência.
A leitura constitui um elemento essencial na formação do aluno, pois é capaz de levá-
lo a desenvolver a reflexão e a capacidade crítica, sendo também uma prática que contribui
para o processo de reconhecimento de si mesmo e do outro. A leitura, mais do que um mero
exercício que desenvolve o nível intelectual do indivíduo, possibilita a ampliação da leitura de
mundo, o crescimento interior, a vivência de diferentes experiências que aguçarão emoções e
sentimentos. Por meio da leitura, o ser humano não só adquire conhecimento, como também
pode transformá-lo, em um processo contínuo de construção e aprimoramento. Ler é criar
uma teia de sentidos que se diferencia de leitor para leitor, é interagir com o texto e lhe
atribuir sentidos, em um contínuo processo dialógico.
A leitura, assim, está associada à criação, à interação, à multiplicidade de sentidos e,
portanto, contribui para o desenvolvimento da reflexão e da capacidade crítica do sujeito, não
podendo ser concebida como prática mecânica de decodificação. Ler não se associa à
passividade e à aquiescência, mas refere-se à partilha, à interação, à atribuição de sentidos, ao
processo de tecer argumentos e pontos de vista, à revisão de conceitos e quebra de
preconceitos. A leitura traz respostas, mas também faz nascer novas perguntas, amplia a
percepção, aguça o olhar, sensibiliza.
E o professor, também ele leitor-autor, mediador nesse processo de formação, buscará,
por meio da literatura, independentemente da etapa de ensino e do componente curricular com
o qual esteja trabalhando, contribuir com a formação crítica que vise à “autorização” dos
sujeitos e ao aprofundamento de suas leituras, que possibilite que esses sujeitos escrevam e se
inscrevam no mundo, ética e esteticamente.
Assim sendo, compreende-se que a leitura e seus sentidos não se encontram nem no
texto, nem fora dele, mas na relação, no processo de interação que se estabelece entre aquele
65

que escreve e aquele que lê, mediado pelo texto e, nesse processo, entram em cena, também,
outros mediadores, bem como outros sujeitos que podem compor as interações de leitura:
professor-educando, educando-educando, educando-bibliotecário etc. Dessa forma, é
importante destacar que o trabalho com a literatura não está restrito apenas ao planejamento
do professor de língua portuguesa, do professor da Sala de Leitura e daqueles cuja atribuição
está mais explicitamente direcionada ao texto literário. A leitura é uma responsabilidade de
todo professor. A literatura refere-se à vida e é um direito inalienável do sujeito (CANDIDO,
1989). A leitura é um ato político, ético e estético, e nossa função enquanto escola pública
direciona-se à formação de leitores-autores críticos, reflexivos e conscientes de seu papel
social no contexto em que vivemos e atuamos.
A literatura infantil precisa estar presente entre as crianças desde os primeiros anos de
vida. A criança, desde cedo, já demonstra interesse em ouvir a leitura de um poema ou uma
história bem contada, em manusear um livro bem ilustrado. A literatura tem o poder de
despertar o encantamento, trabalhar o imaginário, sensibilizar, mobilizar o mundo interior do
indivíduo. Defendemos, portanto, a presença do texto literário desde a creche. Salutto (2017)
salienta que a Educação Infantil pode ser um lugar de liberdade para se ter acesso à cultura
escrita, para vivê-la ampla e plenamente. E pensar a leitura literária na Educação Infantil
significa “compreendê-la como um lugar de relações, de brincadeiras, de produção de sentido,
de conhecimento de si e do outro, de constituição da subjetividade, de ampliação das
experiências e, também, de imersão na cultura escrita”, sem o propósito de alfabetizar. Nessa
direção, acreditamos que a literatura precisa estar presente na Educação Infantil como relação,
troca, ampliação, jogo, ludicidade, imaginação, criação (SALUTTO, 2017, p. 28).

A contação de histórias é muito apreciada por nossas crianças, nas rodas de


leituras propostas pelas professoras nas salas de atividades ou na nossa
biblioteca, os olhos brilham diante da magia dos enredos que vão se
desenrolando. E é nesse contato com o universo literário que vão sendo
instigados pelo gosto da escrita. Vão sendo apresentados ao mundo letrado.
De modo que alguns, espontaneamente, formulam suas primeiras hipóteses
sobre a escrita (UMEI ANTÔNIO VIEIRA DA ROCHA/Parecer, 2020).

Que os livros de literatura e as histórias estejam presentes em todas as escolas,


acessíveis a todos os alunos, desde os menores até os leitores mais experientes. Que os
professores e também as crianças contem histórias. Que as narrativas e a contação de histórias
sejam recorrentes nas diversas etapas de escolarização. A contação de história é a arte de
narração oral capaz de instigar a imaginação, a criatividade e a oralidade tanto em quem conta
66

quanto em quem ouve a narrativa. Além disso, pode enriquecer a leitura de mundo na
trajetória de cada indivíduo, contribuindo para a formação docente e discente.
A literatura trabalha a percepção, o aprofundamento da sensibilidade. Almejamos uma
escola que eduque para a sensibilidade, uma educação que valorize todos os sentidos, que em
todo o processo de ensino-aprendizagem, independentemente da etapa de escolarização,
evidencie-se o sentir (DALUZ, 2019). O texto literário se fará presente em qualquer
componente curricular, impregnando de figuras de linguagem, de sentidos conotativos e
metáforas a existência, promovendo um desvendamento do olhar. Cavalcanti (2002) entende
que o texto literário é constituído por uma grande metáfora e que “o sentido metafórico é
aquele que remete sempre ao sentido anterior, portanto ao significante e, então, apreendemos
a escritura como algo que gera possibilidades”. Nessa direção, afirma a autora, o sujeito que
lê “torna-se capaz de viver uma vida simbólica mais rica, fazendo da realidade concreta um
palco para vivências significantes” (CAVALCANTI, 2002, p. 25).

Já que o sujeito é autor e o ator principal no processo da experiência, é


preciso considerar, em uma sociedade, a diversidade que a constitui e as
idiossincrasias de cada indivíduo que compõe este conjunto. Além das
questões sociais, econômicas e históricas, existem outros dados importantes
no ser humano: seus sentidos, suas percepções, sua criatividade, suas
reflexões etc. Este ser não pode ser visto como uma forma simples, mas sim
como uma trama de complexidades que precisam ser observadas, analisadas
e respeitadas (E. M.VILA COSTA MONTEIRO/Parecer, 2020).

Eliana Yunes e Glória Pondé (1988) afirmam que a literatura assume um papel
político muito mais amplo, deixando de ser mero sinal de erudição para “contribuir para a
formação do pensamento crítico e atuar como instrumento de reflexão, uma vez que pode
questionar, através de sua linguagem, a hegemonia do discurso oficial e o consenso
estabelecido pela ideologia dominante” (YUNES & PONDÉ, 1988, p. 37). Desse modo,
compreendemos a “força democratizadora da leitura”, sabendo que a literatura influencia não
apenas o aprendizado linguístico, mas contribui para o desenvolvimento da criticidade, da
busca por respostas divergentes do senso comum, o que significa trabalhar o imaginário, a
criatividade sobre o uso da linguagem e também para a vida, a ampliação do olhar, a criação
de outras perspectivas, o pensamento divergente, a luta por justiça social.
A partir de nossas experiências, cremos que “a criança que ouve literatura se apaixona
pela leitura e pela escrita. Logo, o professor tem que ser leitor. Devemos olhar para a
literatura como um tesouro” (E. M. SEBASTIANA GONÇALVES PINHO/Parecer, 2020). A
literatura nos auxilia no processo de formação do leitor crítico, aquele que não é apenas um
decifrador de sinais, um decodificador de palavras, mas alguém capaz de decifrar a palavra
67

enquanto signo ideológico, ler a sua própria história, os implícitos e as entrelinhas da História.
A arte nos leva a questionar o mundo:

Questionamos em nossa prática as narrativas oficiais e a configuração


eurocêntrica no mundo da Arte, desnaturalizando esses discursos e práticas
dominantes e excludentes. Percebemos e refletimos sobre as contribuições
das Artes para a construção de nossa identidade e memória. É preciso
valorizar artistas e explorar práticas curatoriais e artísticas que questionem e
os legados coloniais na Arte. Um dos propósitos da Arte é criar a noção de
senso estético, despertar a sensibilidade e ser um meio de expressão do que
habita no mundo interior dos indivíduos, seus anseios, sonhos, medos,
percepções sobre a vida, sobre si e os demais (E. M. PROFESSOR ANDRÉ
TROUCHE/Parecer, 2020).

Sendo assim, a literatura evoca a multiplicidade de vozes que ecoam, e as narrativas


concebidas pelas crianças reafirmam que “uma única história definitivamente não pode dar
conta das nossas histórias” (UMEI HERMÓGENES REIS/Parecer, 2020). Que a escola seja
um espaço de circulação de histórias, que estas estejam sempre presentes no cotidiano escolar,
ocupando os diversos espaços-tempo de aprendizagem, e que nos sirvam para questionar as
próprias narrativas que nos são impostas, afinal:

As histórias importam. Muitas histórias importam. As histórias foram usadas


para espoliar e caluniar, mas também podem ser usadas para empoderar e
humanizar. Elas podem despedaçar a dignidade de um povo, mas também
podem reparar essa dignidade despedaçada (ADICHIE, 2019, p. 32).

7. EDUCAÇÃO AMBIENTAL

A Educação Ambiental é garantida pelo artigo 1º da Lei 9.795, de 27 de abril de 1999,


que institui a Política Nacional de Educação Ambiental, devendo estar presente em todos os
níveis e modalidades do processo educativo em caráter formal e não formal. A política ainda
apresenta como princípios o enfoque humanista, holístico, democrático e participativo, o
pluralismo de ideias e concepções pedagógicas, a vinculação entre a ética, a educação, o
trabalho e as práticas sociais. Determina como objetivos fundamentais, no artigo5°, o
desenvolvimento de uma compreensão integrada do meio ambiente em suas múltiplas e
complexas relações, envolvendo aspectos ecológicos, psicológicos, legais, políticos, sociais,
econômicos, científicos, culturais e éticos.
Vale ressaltar que educação e ambiente são conceitos completamente articulados,
podendo-se dizer que não há educação que não seja ambiental, já que, se não houver
68

ambiente, não há educação. Além disso, como humanos, somos também natureza, somos
também ambiente e temos um duplo nascimento: o biológico/natural e o social (PINO, 1999).
A cada dia que passa, a Educação Ambiental torna-se mais importante no contexto
mundial, haja vista a inserção das sociedades em uma dinâmica autodestrutiva, que se dá,
muitas vezes, por falta do conhecimento adequado e pela própria apropriação de um sistema
que promove o finito; um sistema socioeconômico que não dialoga com os pressupostos
básicos de um ambiente e sua qualidade. A preocupação com o meio ambiente envolve
principalmente mudança de hábitos e comportamentos, caso contrário, jamais seremos
agentes transformadores comprometidos com a melhoria consciente do espaço em que
vivemos.
A importância do debate e da temática ecológica (ação predatória, destruição
planetária x sustentabilidade), bem como a formação escolar sobre este assunto tão
imprescindível no momento, devem ser trabalhadas de forma sistemática para que seja
possível uma transformação dos olhares e práticas presentes e futuras. Nós temos que atuar
nas instituições existentes, impulsionando-as dialeticamente na direção dos novos objetivos
(SAVIANI, 2013).
Estamos inseridos em uma lógica na qual, por muito tempo, as questões ambientais
permearam discussões de cunho conservacionista, o que acabou por não gerir a humanidade
de forma crítica acerca do ambiente e este ser compreendido em sua esfera tanto dinâmica
quanto sistêmica.
Com o advento da Revolução Industrial e o vertiginoso crescimento dos processos de
produção, de tecnologias e aberturas de mercados, presenciaram-se e presenciam-se, a cada
instante, também novos modelos de sociedade, em que se organizam e se reorganizam para
atender às novas realidades e demandas. Os seres humanos, nesta perspectiva, passam, então,
a assumir um novo adjetivo que, por muitas vezes, acaba se tornando até mesmo um
substantivo. Os seres humanos, hoje, são chamados de consumidores, ou seja, são objetos de
interesse do mercado, que amplia, cada vez mais, a destruição do ambiente e cria esferas
envolventes para se acreditar que as pessoas, leia-se consumidores, precisam ter o que na
realidade não precisam, apenas para fomentar seus interesses, riquezas e promover o
desequilíbrio entre a sociedade.
Nesta nova fase, percebe-se um enorme desapego que, outrora, permeava as relações
entre homem e natureza: o cerne do respeito, que se concentra o direito de ser e de existir. Na
nova realidade, o dominar o ambiente ecoa sem preocupações significativas nos
69

desdobramentos e, com isso, os impactos são os mais devastadores possíveis, principalmente


quando se compreende que o ambiente trata de vida.
A produção de resíduos aumenta substancialmente, os espaços vão sendo suprimidos,
a ocupação e o uso do solo ganham novas dimensões, o ar e a água ficam cada vez mais
poluídos, ações políticas desbravam para um ecogenocídio, não se respeitam as
individualidades, as diversidades dos povos, culturas e gerações, os seres humanos vão
caminhando sem olhar para as pegadas que estão deixando e que implicarão, cada vez mais, a
própria dinâmica do existir. Abandona-se o ouvir os outros, as tradições que, por séculos,
foram construídas e passadas para os que chegavam, em detrimento do domínio dos espaços
e, consequentemente, das naturezas presentes. O lugar do outro não importa mais, as diversas
manifestações culturais e identitárias não se aplicam se não couberem em um sistema rígido
de um desenvolvimento desigual e combinado.
Em um momento em que se privilegia a cultura das monoculturas nos campos, busca-
se formar também uma monocultura de pensamentos, na qual o que é real para todos que
promovem a mega sociodiversidade, que enriquece e enobrece as dinâmicas ambientais por
conta do enorme acervo de conhecimentos acumulados por meio das experiências, não é
respeitado. O que passa a ter respeito são os interesses individuais e as especulações, que
acabam por fomentar os abismos existentes entre as pessoas e a natureza. Quando falamos
com o outro, pensamos em toda a biodiversidade que nos cerca. Entendemos que não somos
dominadores dessa biodiversidade, mas sim parte integrante desse todo, que precisamos estar
em um constante equilíbrio. Essa falta do outro acaba promovendo o aumento dos
desequilíbrios que vivenciamos.
Ainda no século presente, emerge um conceito que, para muitos, surge como uma
possibilidade de mudança e, para outros, como mais uma forma de promover-se diante do
sistema para fomentar ainda mais os abismos da sociedade e do ambiente, o conceito de
desenvolvimento sustentável.
É fato que se deve pensar no desenvolvimento sem que se comprometam as gerações
futuras, mas o uso do discurso não pode ficar no campo das falácias. Ao tratarmos de temas
que envolvem propostas sobre as questões ambientais, quase sempre emergem discussões e
trabalhos ligados à reciclagem, porém cabe problematizarmos diversas questões assim como
esta, para além do óbvio, do que é perceptível, como nesse caso, para além do
reaproveitamento de materiais, pois a reciclagem e o reaproveitamento têm seu limite de
afetação como resposta ao desequilíbrio. As ações precisam ser reais e ter dimensões com
70

significado para os envolvidos. A gestão e a fiscalização devem existir para garantir a


aplicabilidade do conceito.
Torna-se urgente a conscientização de que o desenvolvimento não pressupõe a
degradação ambiental e de que o ser humano também é ambiente. Só assim se corrobora para
o entendimento do ambiente de forma global. Para que esse entendimento de fato permeie o
cotidiano, a abordagem crítica na Educação Ambiental se torna fundamental, pois contribui
para uma reflexão ampliada ou, como ainda nos traz Loureiro (2004), promove o
questionamento às abordagens comportamentalistas, reducionistas e dualistas no
entendimento da relação cultura-natureza, como meio de se alcançarem mudanças efetivas
para as questões socioambientais.
A Educação Ambiental Crítica é reconhecida também por uma educação ambiental
transformadora em contrapartida àquelas de caráter conservacionista ou tradicional, que já
não acompanhavam as transformações necessárias à nova sociedade do século XXI e da crise
ambiental que está posta.
Vale ressaltar que tais mudanças necessitam emergir com força, sobretudo em tempos
em que questões ambientais, além de perpassarem o cotidiano, desdobram-se em
respostas/impactos cada vez mais intensos, ocasionando inclusive perdas e danos. É
necessário que a sociedade não esteja distanciada nem das discussões, nem das pesquisas,
para que, com a compreensão efetiva, possa criar e reivindicar atitudes que minimizem efeitos
negativos e potencializem os positivos.
Assim, a Educação Ambiental corrobora para que a compreensão acerca de temáticas
que implicam direta e indiretamente o cotidiano ganhem proporções com sentido e possam ser
transformadoras. Apenas com significado, o cotidiano dos alunos passa a ser objeto de análise
e passível de transformações que gerem valor e desenvolvimento de autonomia.
Pensar nos espaços e nas relações neles estabelecidas é oportunizar uma amplitude dos
olhares. Dessa forma, o aluno começa a questionar onde está inserido e por que o lugar se
encontra de determinada forma. Assim, os espaços escolares surgem como mola propulsora
de análise a partir de suas áreas verdes ou da inexistência delas, do chão gramado ou da
inexistência dele, dos recipientes corretos para descarte de resíduos ou da falta deles, entre
outros. É importante que o aluno dialogue com o ambiente no qual está inserido, questione e
busque possibilidades de diálogo e ações para possíveis transformações.
Os espaços escolares que desenvolvem a educação ambiental desde a Educação
Infantil geram crianças, jovens e adultos conscientes, podendo dialogar a partir da
compreensão dos ambientes vividos e percebidos. Sendo assim, cidadãos preparados
71

ambientalmente para agir no mundo podem corroborar para a minimização dos desastres, pois
os riscos seriam percebidos. Isso nos leva a pensar em “mudanças de paradigmas”, temas
pertinentes, novas concepções e práticas educativas que venham dar conta do atual contexto
em que vivemos.
É preciso estar em sintonia com as mudanças, em busca de uma maior consciência do
ser humano num amplo e diverso mundo. Capacitar-nos e dialogarmos mais com senso ético,
de valores universais de preservação e complementaridade, ou até mesmo de resolução de
erros individuais e coletivos, no sentido de aprender, ensinar e conhecer a nós mesmos, o
nosso mundo e de buscar uma vida social mais sustentável e cidadã.

7.1 Educação em riscos ambientais

Os riscos exprimem toda a complexidade da sociedade contemporânea em seus


diferentes embates e natureza (MARANDOLA e HOGAN, 2003). Constituem-se em fatores
que propiciam a iminência de um possível acidente ou desastre e podem ser definidos como
objetos sociais, pois não há risco sem uma população ou indivíduo que o perceba e que possa
sofrer seus efeitos. O risco é a tradução de uma ameaça, de um perigo para aquele que está
sujeito a ele e o percebe como tal, é a combinação de frequência e consequência de eventos
indesejáveis envolvendo perdas e danos, segundo Rocha (2006).
Os riscos ainda são definidos como a possibilidade de ocorrência de acidentes, com
consequências sociais e econômicas (CERRI e AMARAL, 1998) em função da presença de
um perigo, sendo este compreendido como condição ou fenômeno de ameaça à vida humana,
saúde, propriedade ou elementos da natureza, trazendo consequências danosas (FERNANDES
e ROCHA, 2007). São definidos a partir de escalas ou hierarquias de probabilidades e de
graus/níveis de aceitabilidade de ocorrência dos eventos perigosos, na tentativa de classificar
áreas com níveis maiores ou menores.
O acidente, ao contrário do conceito de risco, é um fato já ocorrido, constitui um
evento repentino, imprevisto (LOURENÇO, 2007), não intencional, que pode causar
ferimento, perdas e danos materiais e/ou ambientais (FERNANDES e ROCHA, 2007),
limitados no tempo e no espaço (LOURENÇO, 2007) e representa colapso da combinação
perigo e risco.
A importância de se abordar e estudar a questão dos riscos ambientais tornou-se tão
fundamental quanto à preservação da vida, já que a existência dos seres humanos na biosfera,
72

em muitos casos, depende de seu entendimento para lidar com processos naturais. O número
de pessoas residindo em áreas de riscos ambientais apresenta vertiginoso aumento, sobretudo
em áreas urbanizadas, como é o caso das principais cidades brasileiras, em especial, nas
regiões metropolitanas. A BBC BRASIL (2003) aponta que o Brasil é o país do continente
americano com maior número de pessoas afetadas por eventos de ordens ambientais. Os
riscos ambientais já se subdividem em classes e subclasses, sendo: riscos sociais, riscos
tecnológicos e riscos naturais.
Os riscos sociais se apresentam colocando o homem em destaque, pois não é mais
compreensível vê-lo apenas como parte do ambiente. O homem é ambiente em constante
troca de energia, confirmando, assim, a teoria geral do sistema, trazida por Christofolleti em
1979. O risco social emerge como resultante de carências sociais que contribuem para uma
degradação das condições de vida da sociedade (CASTRO et al., 2005). Aborda guerras,
assaltos, sequestros, atentados e outros que se apresentem dentro da mesma ótica. Castro et al.
(2005) ainda apresentam outra perspectiva, onde buscam a compreensão de necessidades
coletivas essenciais que vão desde infraestrutura, condição de habilidade, saneamento básico
até a condição e a existência de emprego, entre outros.
Os riscos tecnológicos compreendem a presença de três fatores interligados: os
processos de produção (recursos, técnicas, equipamentos, maquinário); os processos de
trabalho (relações entre direções empresariais e estatais e assalariados) e a condição humana
(existência individual e coletiva, ambiente), de acordo com Sevá Filho (1988). Nessa
perspectiva, entende-se que os riscos tecnológicos resultam da ação direta ou indireta de
atividades industriais e processos produtivos associadas à condição e situação humana. De
forma a exemplificar, os riscos tecnológicos trazem à luz da reflexão os vazamentos de
produtos tóxicos, radioativos, construções de barragens, entre outros.
Os riscos naturais fazem parte da própria dinâmica da natureza, ou seja, continuarão a
ocorrer. Porém, com a intensificação de atividades antrópicas, muitos desses riscos podem ser
acelerados e/ou potencializados pelas alterações decorrentes do uso e ocupação do solo. Os
riscos naturais subdividem-se em: riscos físicos, relacionados às questões atmosféricas
(furacões, secas, tempestades, granizo etc.), questões hidrológicas (enchentes e inundações) e
questões geológicas (terremotos, atividades vulcânicas, tsunamis, movimentos de massa,
erosão, colapsos de solo etc.) e riscos biológicos às questões associadas à fauna e à flora. É
importante a compreensão de que um mesmo tipo de fenômeno natural pode ocasionar
impactos negativos e riscos com níveis diferentes sobre a população.
73

Faz-se necessário e urgente ampliar a discussão acerca da temática e, dentro desta


premissa, as escolas se tornam lócus privilegiado para tal ação. Os docentes, além de terem a
facilidade das múltiplas linguagens para atingir diferentes faixas etárias e saberem como
conduzir o processo de forma significativa para alcançar os objetivos junto aos alunos, podem
favorecer uma educação pautada nos riscos que podem surgir do ambiente e assim mitigar,
através da cultura de prevenção, tanto a degradação ambiental quanto a minimização de
perdas e danos.
Educar é um ato político, pois, ao assumir o compromisso com o outro, estamos no
processo de construção deste, para que possa ser sujeito da sua história e do seu processo de
aprendizagem, fazendo a leitura do mundo, devendo compreender ações que possibilitem a
construção de autonomia, para que a educação seja também uma forma de intervenção no
mundo (FREIRE, 1996). Nessa perspectiva, compreender a educação passa necessariamente
por entender a dimensão da vida e das relações que se estabelecem. Dessa forma,
compreende-se que a educação para riscos ambientais, além de necessária por tudo que já fora
exposto, é também parte do processo de emancipação dos sujeitos, da formação de atores
críticos e reflexivos na construção do seu existir e de onde estão inseridos.
Podemos, então, ressaltar que a Educação Ambiental atua diretamente na busca de
atitudes positivas para o cuidado com o ambiente e o próprio existir. Assim sendo, oferece
parâmetros para a busca de estratégias educativas. Pensar na Educação Ambiental e ampliar
sua discussão para uma educação para riscos ambientais junto à comunidade escolar podem se
tornar um importante agente social no trabalho de uma cultura de prevenção e transformação.
Pode ainda levar ao entendimento do ambiente em suas mais variadas complexidades,
contribuindo para a formação de um cidadão consciente da realidade que o cerca e a
possibilidade de um futuro diferenciado para as gerações futuras no que tange às questões
socioambientais.

8. TECNOLOGIAS NA APRENDIZAGEM

8.1 Sociedade contemporânea

Desde a transformação das formas de ser e estar no mundo propiciadas pelo


surgimento e pelo desenvolvimento das tecnologias da informação e comunicação, incluindo
as mídias digitais, vários termos foram cunhados na busca por identificar e compreender as
74

mudanças proporcionadas por essa evolução. Intitulada na Sociologia como sociedade pós-
industrial6 e em outros momentos como era da informação7, que Lévy (1999) apresenta com
o codinome de cibercultura e Castells (2000) denomina como sociedade em rede, mas que,
desde os anos 80, já se apresentava como uma grande mudança nunca antes vista: a era da
comunicação e da informação.
Castells (2000) compreende as tecnologias de informação e comunicação como uma
forma de linguagem que propicia novas percepções, trocas e identidades, considerando, assim
como Lévy (1999, p. 17), “não apenas a infraestrutura material da comunicação digital, mas
também o universo oceânico de informações que ela abriga, assim como os seres humanos
que navegam e alimentam esse universo”.
Nelson Pretto (2013) pontua que o aperfeiçoamento dos computadores foi introduzindo
novas alianças nas indústrias da comunicação. No final do século XX, dá-se início ao
consumo das multimídias com uma associação entre todas as novas tecnologias colocadas à
disposição de um número cada vez maior de pessoas, possibilitada pela diversidade de
técnicas e o uso diferenciado de cada uma delas, individual ou coletivamente. Esse novo
espaço de comunicação e informação, criado a partir da invenção de uma grande “máquina”8
como o computador, não deve ser visto como uma forma de substituição de meios já
estabelecidos como o jornal, correio, telefone, mas sim como uma nova forma de
comunicação e acesso à informação que proporciona novos meios de se relacionar com o
mundo e com o outro. As tecnologias digitais passam a marcar novas atividades dos sujeitos
sociais, de forma que:

[...] como resultado de um processo de relação simbiótica entre o homem, a


natureza e a sociedade, vivemos a era do desenvolvimento das linguagens
digitais em rede e, por consequência, estamos favorecendo, cada vez mais, a
produção de uma sociedade conectada que transforma o comportamento
humano, a sua forma de ver, sentir e estar no mundo (AMARAL; RIBEIRO;
WEBER, 2015, p. 141).

Esses diferentes contornos permitem aos sujeitos se engajarem nos modos como a
informação é veiculada, interferindo em sua forma e conteúdo. Como André Lemos (2007)

6
O conceito foi introduzido pelo sociólogo e professor emérito da Universidade de Harvard Daniel Bell na sua
obra The Coming of Post Industrial Society: A Venture in Social Forecasting, de1973.
7
Também conhecida como era digital ou era tecnológica, é o nome dado ao período que vem após a era
industrial, mais especificamente após a década de 1980.
8
“a própria noção de máquina que está sendo definitivamente substituída por um agenciamento instável e
complicado de circuitos, órgãos, aparelhos diversos, camadas de programas, interfaces, cada parte podendo,
por sua vez, decompor-se em redes de interfaces” (SANTAELLA, 1997, p. 41).
75

aponta, nos seus estudos sobre cibercultura, os sujeitos antes apenas receptores, agora são
produtores de mídias informativas e transitam entre os polos “emissão” e “recepção”. A
liberação do polo de emissão9 possibilita que pessoas comuns sejam capazes de produzir e
emitir suas próprias informações, por meio de diferentes formatos midiáticos, como
fotografias, vídeos ou podcasts. Hjarvard (2014, p. 23)10 sugere que como resultado dessa
liberação “várias formas de mídia foram integradas nas práticas da vida cotidiana, desde os
locais de trabalho até na família”, evidenciando uma estreita relação entre as mudanças
ocorridas nas esferas socioculturais. Dessa forma, torna-se fundamental a problematização,
junto aos educandos, dos usos e conteúdos produzidos e emitidos tanto nas mídias de massa
quanto nas mídias sociais, no contexto escolar.

8.2 Sociedade em rede

Na sociedade em rede, todo o potencial humano interage de modo dinâmico e criativo,


oportunizando ideias e realizando interações com as novas tecnologias da informação e
comunicação. Edméa Santos (2014, p. 25) aponta que o princípio digital traz uma diferença
como surgimento da web ao apresentar-se como sistema de interação e conectividade on-line.
Passamos da massa receptora às redes interagentes no espaço e no ciberespaço.
Segundo Don Tapscott (1996), a organização em rede não é uma característica das
novas tecnologias da informação e comunicação, mas, sobretudo, dos seres humanos:

Não se trata da organização em rede da tecnologia, mas da organização em


rede dos seres humanos através da tecnologia. Não se trata de uma era de
máquinas inteligentes, mas de seres humanos que, através das redes, podem
combinar a sua inteligência, gerando uma inteligência-em-rede, um novo
tipo de inteligência coletiva (TAPSCOTT, apud FRANCO, 2008, p. 30).

De acordo com Lévy (2003, p. 28), a inteligência coletiva “é uma inteligência


distribuída por toda parte, incessantemente valorizada, coordenada em tempo real, que resulta
numa mobilização efetiva das competências”. Nesse sentido, é válido pensar nas dinâmicas de
ensinar-aprender que perpassam a produção do conhecimento, que deveriam se assemelhar à
dinâmica das redes, baseada no conceito de inteligência coletiva. A inteligência coletiva nasce

9
A liberação do polo de emissão é o princípio básico da cultura pós-massiva e a principal característica da
cibercultura (LEMOS, 2007).
10
“(internet, telefones móveis, televisão via satélite etc.)” (HJARVARD, 2014, p. 23).
76

de uma visão em que se reconhece que todos os indivíduos têm potencialidades e são
detentores de conhecimentos que, a partir da colaboração e interação, criam e recriam novos
saberes, por meio de uma fusão entre liberdade de expressão e cooperação.
Associando essa questão ao conceito de ciberespaço, Lévy (1999, p. 29) aponta que o
seu crescimento “não determina automaticamente o desenvolvimento da inteligência coletiva,
apenas fornece a esta inteligência um ambiente propício” ao reunir diferentes mídias e
interfaces. A partir desses conceitos, o ciberespaço apresenta-se como o local onde a
inteligência coletiva se forma pela interação entre as pessoas, resultando na construção da
cibercultura − um movimento sociocultural que estabelece novas relações entre conhecimento
e saber, em novos espaços, mediados pelo digital em rede. Numa perspectiva freireana, aliar a
educação aos elementos de seu tempo é fundamental.
Santos (2014, p. 31) afirma que “aprendemos porque nos comunicamos, fazemos
cultura e produzimos sentidos e significados”. Assim, podemos afirmar que é dessa forma que
se faz a construção do conhecimento, tecida em rede, a partir das aprendizagens construídas,
na apropriação dos artefatos culturais, tecnologias e interações sociais.

8.3 Cultura digital

Não há como negar que a cultura digital vem sendo muito utilizada por crianças e
jovens na contemporaneidade e que esse elemento se faz presente nos seus processos
cotidianos de aprendizagem. Uma das discussões mais importantes da educação é a garantia
da construção do conhecimento. Marco Silva (2015) aponta que, para garantir uma
aprendizagem colaborativa, é essencial uma abordagem inspirada no construtivismo e no
interacionismo: “De acordo com esses referenciais, a aprendizagem acontece na interação dos
aprendizes entre si e na interação com os conteúdos, com os objetos de aprendizagem” (Ibid.,
p .46). Para garantir a construção da mediação da aprendizagem, o docente tem “a seu favor
expressão livre e plural da autoria, compartilhamento, conectividade, colaboração, autonomia,
diversidade, dialógica e democracia” (Ibid., p. 57), baseados na ambiência comunicacional da
cibercultura.
Pensando na construção de um referencial que reflita a realidade específica do
município de Niterói, fazemos menção à Base Nacional Comum Curricular, já que a discussão
sobre as tecnologias e a cultura digital permeia todo o texto11. Ademais, duas de suas

11
Em todos os componentes curriculares, diversas habilidades fazem menção explícita à tecnologia.
77

competências gerais12 apontam, de forma mais objetiva, a questão de interesse deste estudo:
Comunicação13 e Cultura Digital14. De acordo com essas competências, o mundo digital
insere-se nas formas de comunicação na atualidade, não podendo, portanto, ficar de fora da
formação das crianças e dos jovens contemporâneos, cabendo à escola a oferta e a
qualificação deste uso, considerando a ubiquidade propiciada pelos dispositivos móveis.
Em 2020, durante a pandemia de Covid-19, evidenciou-se a necessidade de
apropriação da cultura digital, por parte de professores e estudantes, tendo em vista que esta
cultura ainda não se fazia presente no cotidiano escolar. Como é possível observarmos na
reflexão de uma escola da Rede:

Durante a pandemia do Novo Coronavírus, ficou bem claro como a escola


está desconectada da realidade cotidiana do aluno no que se refere à inclusão
digital, criando um abismo entre realidade e a necessidade social que é
rodeada pela tecnologia. Isso evidenciou a urgência na implantação efetiva
dessas tecnologias dentro da escola como ferramentas imprescindíveis para o
processo do ensino e da aprendizagem e formação da criança como sujeito
histórico de um mundo todo conectado (E. M. Eulália da Silveira
Bragança/Parecer, 2020).

A formação do estudante articulada a essas competências passa pela compreensão de


que a cultura digital, presente no cotidiano escolar, deve se basear em uma perspectiva de
educação crítica para as mídias e tecnologias digitais de informação e comunicação,
possibilitando que os sujeitos possam protagonizar as ações de suas práticas sociais, sendo
capazes de propor soluções para seus problemas cotidianos. A proposta curricular que observa
os desafios do mundo contemporâneo oferece subsídios fundamentais para a formação dos
estudantes para a vida no século XXI.

8.4 Infância e juventude na educação contemporânea

É importante pontuar alguns pressupostos relacionados à temática da infância e da


juventude na sociedade contemporânea, compreendendo que os usos que fazem das
tecnologias digitais e a relação desses sujeitos com a cultura digital trazem implicações para
as dinâmicas educacionais no espaço escolar. Refletir, (re)pensar e (re)configurar novos
modelos relacionais com os estudantes, novas estratégias pedagógicas e novos modelos de
12
As Competências Gerais da BNCC “articulam-se na construção de conhecimentos, no desenvolvimento de
habilidades e na formação de atitudes e valores, nos termos da LDB” (BRASIL, 2019, p. 9).
13
Competência 4.
14
Competência 5.
78

avaliação que incluam a cultura digital, sem desconsiderar os modos existentes, permitirá a
ampliação das formas de fazer educação n contemporaneidade.
De acordo com Fernandes (2019, p. 44), “o convívio com as novas tecnologias
modificou a maneira como as crianças aprendem”, apontando uma nova forma de apreender a
realidade e transitar no mundo. As crianças imersas na cultura digital vão considerar a
construção do conhecimento como processo que se dá de forma não linear. Nesse sentido,
significando diferentes pontos de vista, diferentes realidades que perpassam a história
registrada nos livros até a história pessoal/familiar dos indivíduos envolvidos no processo de
ensinar e aprender.
Fernandes (2019, p.44) aponta que a relação das crianças com as mídias “forja uma
nova concepção de infância” e, portanto, não pode ser desconsiderada. O convívio com as
novas tecnologias nos apresenta uma criança que aprende diferente, de uma forma não linear,
a lógica da linearidade não existe mais para essa criança, já que "com a Internet, os assuntos
nunca são isolados e sempre estão ligados a outros em temas relacionados" (Ibid., p. 44). A
criança desta nova infância compreende a construção do conhecimento pautada neste
movimento, portanto temos uma concepção de "infância como um ser em desenvolvimento"
(Ibid., p. 47), para quem os espaços da mídia tornam-se lugares de formação tanto quanto a
escola.

Na atualidade, a cultura da mídia assume, ao lado das instituições


tradicionais, importante papel na socialização das crianças e jovens e estes,
muitas vezes, recebem da mídia os papéis e elementos mais decisivos para a
formação de sua identidade através de dispositivos pedagógicos da mídia
(Ibid., p. 48).

A autora entende a cultura como um processo inacabado e como produção coletiva,


afirmando que os sujeitos a produzem nas relações com o outro e em sociedade. As crianças
são também produtoras de cultura, já que a forma como elas lidam com o conhecimento é
cultural.
Para pensar o jovem contemporâneo e as suas relações na cibercultura, os autores
Ferreira, Oswald e Chaves (2015) apontam que as juventudes, que se encontram imersas nos
contextos informacionais, vivem suas experiências na cultura pós-massiva, por meio dos
dispositivos tecnológicos, o que as leva a uma nova compreensão de suas formas de ser e estar
no mundo. Os usos que os jovens, praticantes culturais, fazem das tecnologias digitais em
rede são fundamentalmente parte integrante da formação de suas subjetividades e também
79

contribuem para que possamos compreender melhor o jovem deste século. Para Santos,
Carvalho e Pimentel:

[...] e vêm provocando transformações em todos os setores da vida


contemporânea. As novas práticas, modos de comunicação, organização e
mobilização social, maneiras de viver e compartilhar o que se passa em
nosso cotidiano com os usos das tecnologias digitais em rede dão forma à
cibercultura (CARVALHO; SANTOS; PIMENTEL, 2016, p. 24).

O jovem imerso nesta era digital já não apenas se comporta de forma diferente, mas
também pensa diferente. A dinâmica das redes potencializa esse jovem no sentido de criar,
simular, emitir sua opinião, criticar, construir e desconstruir o mundo em tempo real.
Ao considerarmos a imersão das crianças e jovens na cultura digital na sociedade
contemporânea, é válido consultar as orientações da Organização Mundial de Saúde (OMS) e
da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) com referência ao tempo de exposição a telas por
parte desses sujeitos.

8.5 Redefinição dos espaços e tempos da escola

Outro aspecto que pode ser pontuado é a definição de espaço e tempo. A escola tem a
delimitação de tempos e espaços com normas específicas. Redefinir os tempos e os espaços na
escola é fundamental na atual sociedade contemporânea. Para se comunicar com o outro, não
é necessariamente mais preciso estar ao mesmo lado fisicamente. A lógica de crianças
sentadas, enfileiradas, quietas umas atrás das outras, de frente para o quadro, é colocada em
xeque no momento atual, assim como abordam Ferreira e Mattos (2015) se reportando a uma
reflexão de Bauman:

A cultura escolar continua organizada para atender um sujeito adaptado a


uma sociedade que valoriza a ordem, estabilidade, padronização, rotina,
previsibilidade, determinação, ou seja, tudo o que vem sendo liquefeito na
modernidade líquida (BAUMAN, 2001). Imprevisibilidades, diferenças e
liberdades variadas ainda são, comumente, interpretadas como ameaças à
ordem escolar (FERREIRA; MATTOS, 2015, p. 282).

Dessa forma, a compreensão dos modos de ser e pensar de crianças e, principalmente,


de jovens torna-se imprescindível para aproximá-los cada vez mais da escola, da sua cultura.
Se não refletirmos sobre quem são as crianças e jovens das escolas de hoje, se não tivermos
uma escuta sensível e qualificada para o que eles têm a dizer, como repensar a escola e o
sistema educacional, no sentido de possibilitar a formação de professores para atuar neste
80

novo cenário? Cenário esse que remete a outros tempos, em múltiplos espaços, diferenciados,
principalmente, no tocante à relação de crianças e jovens com as mídias e tecnologias digitais
móveis.
Pode-se perceber a importância dos espaços e tempos pelos quais os jovens transitam
na cidade e que esses se configuram como territórios culturais, nos quais o protagonismo é
uma das principais características vivenciadas por eles; são “espaços próprios de socialização
que se transformam em territórios culturalmente expressivos e nos quais diferentes
identidades são elaboradas” (CARRANO; MARTINS, 2011, p. 44). Tal protagonismo
permite a reconfiguração dos espaços e tempos vividos e a escola não pode estar distante
disto.
A cultura digital vigente traz inovações às práticas pedagógicas, uma vez que amplia
os espaços/tempos de ensino-aprendizagem para além das salas de aula, colaborando para
uma educação comprometida com a formação de sujeitos que relacionem criticamente os
conteúdos curriculares com suas práticas culturais e suas experiências cotidianas, o que
propicia “uma atualização reflexiva e transformadora da escola contemporânea” (FERREIRA;
MATTOS, 2015, p. 275).
Assim, as mídias e tecnologias digitais, integradas aos processos de ensino e
aprendizagem, podem propiciar a compreensão e a produção do conhecimento de forma
ampla e global. No entanto, vale ressaltar que as tecnologias, por si sós, não são capazes de
revolucionar as práticas pedagógicas. É preciso mediação, formação e experimentação.

8.6 Metodologias Ativas da Aprendizagem

Tendo em vista a construção de um currículo que se utiliza dos instrumentos culturais


da prática social contemporânea e se propõe como uma construção social, que considera
tempo, lugar e contexto, desenvolvendo-se na ação (ALMEIDA; SILVA, 2011), deseja-se
romper com um modelo tradicional de ensino, no qual não são consideradas as experiências e
a cultura dos estudantes como parte significativa do eixo da aprendizagem, articulando os
fazeres e saberes em sala de aula de forma dialógica e reflexiva. Para Valente (2014), o
desenvolvimento de abordagens educacionais baseadas na aprendizagem ativa implica

[...] transformações conceituais, como repensar o currículo, entender o que


significa aprender e como a escola pode ser geradora e não só consumidora
de conhecimento, espaço de diálogo, solidariedade, articulação entre o
conhecimento local e o global, e convivência com a diferença (p. 162).
81

Na perspectiva de um currículo flexível e construído de forma participativa por toda a


comunidade escolar, mais centrado nos alunos e nos seus processos formativos, encontram-se
as Metodologias Ativas (Moran, 2013), predominantemente com um trabalho interdisciplinar.
As Metodologias Ativas acabam por ser uma crítica ao modelo de “Educação Bancária”, tal
qual afirma Paulo Freire (1970).
Uma das formas de se trabalhar nesta perspectiva é por meio do STEAM (Science,
Technology, Engineering, Arts and Mathematics), que mais do que uma metodologia é uma
abordagem pedagógica que se constitui em uma forma de ensino. De acordo com Bacich e
Holanda,

[...] a educação STEAM pode contribuir para lidar com os desafios


contemporâneos, ajudando a pensar uma educação que, sem abandonar a
excelência acadêmica, também desenvolva competências importantes, como
a criatividade, o pensamento crítico, a comunicação e a colaboração
(BACICH; HOLANDA, 2020, p. 2).

Este tipo de abordagem possibilita ao estudante não só a integração das áreas do


conhecimento, mas seu uso para estabelecimento de conexões na hora de resolução de
problemas diários. O aprendizado é amplamente beneficiado com a interdisciplinaridade e se
apresenta como um processo que oferece uma forma de valorizar as experiências vividas
pelos alunos, em especial as experiências práticas, em que os estudantes aprendem a colaborar
uns com os outros e a se preparar para desafios que enfrentarão enquanto cidadãos.
É papel importante do professor ser o mediador dessa nova proposta pedagógica. Ele
deve levar os estudantes a entenderem como aprender fazendo:

Existe uma mudança no papel dos professores quando tratamos de projetos


STEAM. A primeira delas acontece na concepção e no planejamento do
projeto. Para desenhar um projeto, é necessário, para além de escolher um
contexto autêntico, ter conhecimento dos objetivos de aprendizagem das
demais áreas e de recursos que possam contribuir com o protagonismo dos
estudantes, como um conhecimento sobre metodologias, práticas inovadoras
ou recursos digitais (BACICH; HOLANDA, 2020, p. 8).

É nesta perspectiva que Moran (2018, p.3) nos ensina que “ ensinar e aprender
tornam-se fascinantes quando se convertem em processos de pesquisa constantes, de
questionamento, de criação, de experimentação, de reflexão e de compartilhamento crescentes
[...]” A educação, dessa forma, fica mais desafiadora e atrativa.
No contexto das metodologias ativas, temos, ainda, a aprendizagem baseada em
projetos, cuja abordagem permite a integração de diversos saberes com o protagonismo dos
82

alunos na construção de seu conhecimento. O trabalho baseia-se na elucidação de problemas,


desenvolvendo a criatividade e o pensamento crítico de forma cooperativa.
Segundo Campos (2013), a Aprendizagem Baseada em Projetos (PBL) tem sido um
dos principais focos da discussão, não apenas como abordagem de aprendizagem ativa, mas
também como alternativa para elaborarem-se currículos e adotarem-se práticas inovadoras na
educação. Exige que o professor reflita sobre a atividade docente e mude a sua postura
tradicional de especialista em conteúdo para mediador e que os estudantes assumam maior
responsabilidade em sua própria aprendizagem.
Hernández e Ventura (1998) tratam da pedagogia de projetos como um percurso
metodológico que envolve professores e alunos em uma dinâmica busca pelo conhecimento.
Movimento esse que tem como forte característica “evitar o perigo da estandardização e
homogeneização das fontes de informação” (Ibid., p. 64), garantindo espaço para a troca entre
as diferentes fontes de saberes elencadas pelo grupo envolvido no estudo. A prática
pedagógica que tem a pedagogia de projetos como forma estruturante do seu caminhar prevê a
elaboração de “um dossiê de síntese dos aspectos tratados no projeto” desenvolvido, como
podemos observar:

O projeto permite aos estudantes, a partir do índice final (síntese), organizar


uma observação das atividades que se realizaram durante o seu
desenvolvimento […] a recapitulação final tem razão de ser não só como
agrupamento do estudado, mas sim como percurso ordenado […] em função
dos diferentes aspectos da informação trabalhados e dos procedimentos que
se tenham utilizado para isso (Ibid., p. 80).

O trabalho por projetos colabora com a produção do conhecimento à medida que, a


partir de um determinado tema, problema ou questão de seu interesse, os alunos são levados a
desenvolver suas estratégias de pesquisa, a buscar diferentes fontes de informação,
mobilizando, assim, tanto saberes produzidos na escola quanto aqueles que emergem de suas
vivências e experiências em seus contextos sociais e culturais. Por meio de atividades
práticas, em grupos ou individualmente, diferentes conteúdos são trabalhados, abrangendo
ainda os conteúdos atitudinais, conceituais e procedimentais.
Ainda sobre o trabalho por projetos, Corsino (2009, p. 106) afirma que esses
“valorizam o trabalho e a função do professor que, em vez de ser alguém que reproduz ou
adapta o que está nos livros didáticos e nos seus manuais, passa a ser pesquisador do seu
próprio trabalho”. Com isso, destaca que, em um trabalho baseado na pedagogia de projetos, a
função do professor passa a ser de pesquisador de sua prática e que este professor-pesquisador
compreende que os alunos são sujeitos que possuem uma história, da qual participam de
83

forma ativa, e produtores de cultura no mundo em que vivem. Corsino (Ibid., p. 105) ressalta
ainda que “trabalhar com projetos na escola desde a Educação Infantil é uma forma de
vincular o aprendizado escolar aos interesses e preocupações das crianças, aos problemas
emergentes na sociedade em que vivemos, à realidade fora da escola e às questões culturais
do grupo”.
Diante do cenário de pandemia imposto à toda a sociedade no ano de 2020, fez-se
urgente repensar as estratégias e percursos metodológicos a serem adotados pelos professores
da Rede Pública Municipal de Educação de Niterói, com o intuito de manter o vínculo com os
alunos e, de forma emergencial, ampará-los no que diz respeito ao acesso à educação.
Com esse pensamento, fez-se necessário apontar formas para uma abordagem
pedagógica que, num primeiro momento, se valesse de encontros assíncronos e síncronos
mediados por AVAs. O atual cenário nos aponta a necessidade de pensar formas e estratégias
que vislumbrem uma educação mediada pelo ensino híbrido, perspectiva que compreende
combinar o ensino presencial com propostas de ensino remoto. Tais abordagens podem estar
amparadas na perspectiva da sala de aula invertida, método que inverte a lógica convencional
de organização do fazer pedagógico. Essa abordagem compreende que os alunos tenham um
primeiro contato com os conteúdos em suas próprias casas, por meio de diferentes mídias e
recursos digitais, como videoaulas, games e podcasts, indicados pelos professores. A aula
presencial seria o momento de problematizar esses conteúdos, um espaço para a realização de
exercícios, de atividades em grupo e privilegiado espaço para a construção de projetos.

O referencial curricular está sendo construído para um mundo que não existe
mais como o conhecíamos e é necessário que reflitamos sobre os modos de
ensinar e aprender com base nos novos comportamentos de segurança, saúde
e tecnologia necessários.[...] É urgente pensar novos espaços educacionais
com estratégias híbridas, atraentes para as crianças das várias faixas etárias e
a criação de estratégias de “alfabetização” digital para docentes e discentes
(E. M. Eulália da Silveira Bragança/Parecer, 2020).

Pensar a escola a partir das perspectivas metodológicas apresentadas aponta para a


multiplicidade cultural e para as múltiplas formas de comunicação atuais. Para tanto, Rojo
(2012) avalia serem necessárias novas práticas escolares que contemplem desde a “produção
de conteúdos” até a “análise crítica como receptor” (Ibid., p. 21), isto é, tornam-se necessárias
novas abordagens para além dos registros de escrita manual e impressa, contemplando
também o áudio, o vídeo, o tratamento da imagem, a edição e a diagramação. O acesso às
novas formas de comunicação e informação “acarretam novos letramentos, de caráter
84

multimodal ou multissemiótico” (Ibid., p. 13), emergindo uma necessidade por uma


pedagogia dos multiletramentos15.

8.7 Considerações finais

Dessa forma, trazemos questões que possam refletir sobre todo o trabalho já realizado
com mídias e tecnologias digitais na Rede Pública Municipal de Educação de Niterói, iniciado
em 1996, com a implementação dos laboratórios de informática nas Unidades de Ensino
Fundamental, passando pelo uso de recursos digitais diversos desde a Educação Infantil até o
trabalho com diferentes metodologias no momento atual. Tais propostas priorizam o fazer
pedagógico mediado pelas mídias e tecnologias digitais de forma crítica e reflexiva,
potencializando a produção do conhecimento entre professores e alunos, nas mais variadas
formas: uso de aplicativos, softwares, projetos com robótica educacional, atividades maker,
filmes de animação digital, produção midiática, atividades gamificadas, realidade aumentada,
plataformas digitais, aproximando a escola da cultura digital.

9. AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL E DA APRENDIZAGEM

Diante do papel que a avaliação tem assumido enquanto política pública no Brasil e no
mundo, provocando questionamentos e tensões, torna-se imprescindível o estabelecimento de
diálogo e parceria com a comunidade educativa, compreendendo o movimento de
participação como manifestação indispensável para o avanço das discussões no campo da
avaliação.
Na Rede Pública Municipal de Educação de Niterói, busca-se construir uma cultura
avaliativa fundamentada em princípios democráticos e de responsabilização participativa,
promovendo reflexões acerca da aprendizagem, do fazer pedagógico e dos processos de
gestão que influenciam as ações desenvolvidas.
A perspectiva participativa da avaliação busca implementar os processos de
autoavaliação, que podem estar combinados com os procedimentos de avaliação externa, e
“nisto diferem das avaliações objetivistas, quase exclusivamente externas e para uso de

15
Termo cunhado pelo Grupo de Nova Londres para abranger a multiculturalidade característica das sociedades
globalizadas e a multimodalidade dos textos por meio dos quais a multiculturalidade se comunica e informa
(Rojo, 2012, p. 13).
85

pessoas que não fazem parte do cotidiano das instituições avaliadas” (SOBRINHO, 2003, p.
125). Busca, portanto, envolver os agentes internos de todos os níveis e categorias e
representantes da comunidade externa com uma intencionalidade educativa e fundamentos
assentados em princípios democráticos. “Neste caso, a relação entre os participantes não é de
autoridade, mas de intersubjetividade, ou seja, entre sujeitos que, baseados na
responsabilidade, se expressam livremente sobre os dados e processos que devem ser
interpretados e avaliados” (Ibid., p. 125).
A avaliação que se deseja participativa e democrática valoriza a participação social na
construção e execução de seus próprios processos. Distinguem-se dos enfoques tecnológicos,
de corte empirista-objetivista que, em geral, valorizam sobremaneira o aparato técnico e seus
produtos predeterminados e que, pretensamente, dariam legitimidade aos resultados
avaliativos que produzem. Trata-se, portanto, de uma outra perspectiva ética e epistemológica
distinta das avaliações que adotam modelos tecnocráticos.
Para Sordi e Freitas (2013, p. 91), “a busca de outra ética e epistemologia para os
processos de regulação da qualidade da escola pública tem desafiado as redes de ensino a
conceber e implementar modelos alternativos”, a partir de uma concepção de
“responsabilização participativa”. Sob o viés da participação e da negociação com os atores
implicados no processo avaliativo, a Rede aposta em objetivos e compromissos amplos de
qualidade da educação, que acarretem o exercício coletivo de apropriação das situações do
cotidiano e da reflexão sobre o futuro, principal função dos processos avaliativos.
Desse modo, propõem-se movimentos de articulação e interação, tendo em vista a
construção de perspectivas que considerem diferentes sentidos de qualidade da educação.
Avaliar, nessa visão, tem a ver com o modo como os atores se relacionam nos espaços intra e
extraescolares e se reconhecem no processo educativo, caracterizando-se como ato político-
pedagógico.
Nesse sentido, procura-se desenvolver um trabalho de avaliação mais abrangente, na
perspectiva da avaliação institucional participativa, cujo objetivo é criar instrumentos
avaliativos, visando à produção de informações que viabilizem um maior conhecimento do
contexto socioeducativo, com a finalidade de redimensionar ações para a qualificação do
processo de ensino-aprendizagem.
Cabe destacar a importância de se avaliar cada aspecto que afeta direta ou
indiretamente o desenvolvimento escolar de cada discente, compreendendo a necessidade de
uma avaliação que considere suas múltiplas dimensões – as relações interpessoais, as relações
com a comunidade, as condições de trabalho dos profissionais, o envolvimento dos estudantes
86

com a aprendizagem, a participação dos responsáveis pelos estudantes na vida escolar deles, a
gestão do trabalho pedagógico, entre outras –, realizada em diferentes âmbitos, por todos os
atores envolvidos.
Freitas et al.(2014) destacam que

[...] pensar em avaliação institucional implica repensar o significado da


participação dos diferentes atores na vida e no destino das escolas. Implica
recuperar a dimensão coletiva do projeto político pedagógico e,
responsavelmente, refletir suas potencialidades, vulnerabilidades e
repercussões em nível de sala de aula, junto aos estudantes (FREITAS ET
AL., 2014, p. 35).

Neste cenário, a avaliação institucional colabora para o reconhecimento das


expectativas e propostas pedagógicas, propiciando momentos de discussão e reflexão quanto
aos planos de ação e aos entraves detectados no percurso de realização destes. Deve servir,
também, como incentivo à participação da comunidade educativa, no processo de
planejamento e tomada de decisões para a proposição de mudanças necessárias à
aprendizagem dos alunos.
Assim, trabalhar com a perspectiva de responsabilização participativa permite à Rede
Pública Municipal de Educação de Niterói construir e analisar indicadores locais de
qualidade, possibilitando a sinalização da situação das dimensões avaliadas, a partir da
identificação dos pontos favoráveis e daqueles que necessitam de atenção em cada contexto.
As situações do cotidiano escolar, traduzidas em indicadores, apenas
quantitativamente, não representam tudo o que significam para os que vivenciam o processo
pedagógico. Torna-se necessário interpretar e qualificar as informações que as avaliações,
sejam elas internas ou externas, expressam por meio de seus resultados. Além disso,
considera-se importante estabelecer e discutir indicadores processuais, que não são
necessariamente expressos em números. A articulação entre indicadores numéricos e
processuais, em contexto participativo, contribui para o entendimento amplo de avaliação, que
integra, aproxima e contextualiza o fazer pedagógico.
Dessa maneira, avaliar implica outros modos de pensar o ser humano, não mais como
sujeito pronto, determinado, mas sim em permanente construção e transformação. Uma
proposta pedagógica que busca a formação integral dos sujeitos compreende o conhecimento
em sua complexidade, concebendo a avaliação a partir de uma perspectiva que considere o
ensino e a aprendizagem como fenômenos sociais construídos na relação dialógica entre
87

sujeitos e saberes. Tal concepção aponta a existência de múltiplos modos, tempos, estratégias,
estilos e jeitos de ensinar e aprender16.
Nessa ótica, ensinar e aprender são frutos da interação entre os sujeitos e as diferentes
formas de comunicação, expressão e construção social, sendo, então, a avaliação assumida
como parte do processo pedagógico. Para isso, ela deve ser contínua, realizada em diferentes
momentos, oportunizando um acompanhamento sistematizado do ensino e da aprendizagem.
Gatti (2003) ressalta

[...] que a avaliação não seja apenas finalista, mas, sim, incluída no processo
de ensino e aprendizagem como meio para o autodesenvolvimento, tanto dos
alunos em suas aprendizagens, quanto dos professores, como profissionais,
em face das suas formas de ensinar (GATTI, 2003, p.102).

Não é possível considerar apenas os produtos da aprendizagem demonstrados em


habilidades e inabilidades expostas pelos alunos, mas a compreensão de novas formas de
ensinar e aprender, que fazem parte do processo contínuo e individualizado do aprendizado,
reconhecendo diferentes condições, tempos, ritmos e trajetórias de vida. Ao considerar que a
avaliação não é um fato isolado, atende-se às necessidades de todos os envolvidos neste
processo, principalmente alunos, com ou sem deficiência, e professores, desencadeando a
construção do conhecimento e redirecionando as práticas pedagógicas, fornecendo subsídios
que permitam garantir direitos fundamentais e humanos.
Como diz Luckesi (2011, p. 263): “[...] o ato de avaliar a aprendizagem na escola é um
meio de tornar os atos de ensinar e aprender produtivos e satisfatórios”. Dessa forma, não se
pode desvincular a avaliação do aluno do processo de ensino do professor. Não se quer dizer
com isso, por exemplo, que, se o aluno não aprendeu, o professor não ensinou
adequadamente. O processo de ensino-aprendizagem é de uma complexidade maior do que
isso. A avaliação, como instrumento a serviço da aprendizagem do aluno, deve contribuir para
a análise e para a decisão de quais ações pedagógicas podem ser tomadas durante o processo
de ensino.
Ainda presente em muitas escolas, a avaliação feita apenas no fim do processo e como
mera constatação não contribui para o avanço da aprendizagem do aluno. A constatação é o
início de um processo, é o ponto em que atribuímos uma qualidade (positiva ou negativa) ao
que está sendo avaliado. A partir daí, entra a análise e a tomada de decisão sobre “o que
fazer”, por isso a avaliação deve ser contínua, e não feita tão somente no fim do processo.
É o mesmo Luckesi (2011) quem nos diz que
16
Parágrafo adaptado do texto apresentado pelo grupo de trabalho que discutiu a Proposta Pedagógica em 2015.
88

[…] para qualificar a aprendizagem de nossos educandos, importa, de um


lado, ter clara a teoria que utilizamos como suporte de nossa prática
pedagógica, e, de outro, o planejamento de ensino, que estabelecemos como
guia para nossa prática de ensinar [...] (LUCKESI, 2011, p. 265).

Caso seja percebido, durante o processo de ensino, que alguns alunos não conseguiram
atingir os objetivos propostos, é hora de redirecionar as ações para que as metas de
aprendizagem sejam atingidas. Por outro lado, também é importante que se desenvolva nos
alunos a habilidade de se autoavaliar, para que assim possam apropriar-se dos recursos
internos que utilizam (metacognição) e, dessa forma, sejam capazes de estabelecer ações que
favoreçam a autorregulação da própria aprendizagem.
Tudo isso reforça a ideia de que a prática da avaliação da aprendizagem deve apontar
para a busca do melhor (potencial) de todos os educandos, por isso é diagnóstica e não se
interrompe na simples constatação.
Acrescenta-se a esse ponto de vista o entendimento de que se faz necessária a
participação e a responsabilidade de todos os atores da comunidade educativa neste processo.
Cabe destacar que, no espaço educativo, todos ensinam e aprendem, mútua e continuamente,
portanto, todos devem avaliar seus fazeres.

Esta aprendizagem de viver, colaborativamente, um projeto implica entender


e usar a avaliação como uma estratégia organizadora dos múltiplos olhares e
ações sobre a realidade, na perspectiva de produzir melhorias (SORDI;
LUDKE, 2009, p. 316).

É essa cultura avaliativa que este documento pretende disseminar, uma cultura
entendida como prática articulatória em constante negociação, engendrada em diferentes
tempos e espaços, ou seja, que não é dada a priori nem é estanque, mas se constitui pelos
diferentes sentidos, pelas diferentes leituras produzidas pelos diferentes atores e situações de
aprendizagem e de ensino.

10. CONSIDERAÇÕES SOBRE A TRANSIÇÃO ENTRE CICLOS

A infância não é aqui concebida como um mero período da vida, com limites impostos
para o seu início e fim. Pelo contrário, compreendemos a infância como construção social que
se constitui na relação com o outro e com o contexto sócio-histórico-cultural, como parte
essencial dos aspectos que nos tornam humanos.
89

Nesse sentido, reafirmamos o compromisso de pensar a infância em sua dimensão


plural, pois caminhamos na direção contrária à ideia de concebê-la a partir de um conceito
único, abstrato e fixo, para além de sua raiz etimológica. Além disso, perspectivando pensar
sobre as crianças e suas infâncias com amorosidade, afetos e legitimação do outro como
sujeito singular/plural, concebemos a infância enquanto experiência humana, permeada por
sentidos, brincadeiras, imaginação, criação e ruptura com as tentativas de fragmentação e
engessamento da sociedade.
Assim, lançamos um olhar atento para essas questões, pois elas nos convocam a
refletir sobre a passagem da criança da Educação Infantil para o Ensino Fundamental, assim
como para os processos de ensino-aprendizagem, na perspectiva da humanidade em
transformação.
Nesse sentido, dedicamos as linhas que se seguem a trazer à cena reflexões em torno
da questão da transição de alunos de uma etapa para outra, com o propósito de suscitar olhares
outros, mais sensíveis, para esse movimento inerente ao processo de escolarização.
As crianças ingressam no universo escolar com expectativas e curiosidades. Na escola,
elas interagem, estabelecem relações, vivem experiências variadas, aguçam percepções, fazem
descobertas, afloram sensibilidades e afetos, falam e agem com desenvoltura e
espontaneidade. O reconhecimento dessa infância com base em uma concepção que rompa
com uma dimensão didatizadora adultocêntrica evidencia a necessidade de uma escuta
sensível às questões apresentadas pelas crianças. Estudos do campo do currículo articulados
com estudos da infância nos ajudam a conclamar por práticas educacionais com as crianças no
contexto escolar e não apenas sobre e para elas, o que revela a compreensão de que o
protagonismo da criança esteja em cena na produção curricular desde a mais tenra idade.
Afinal, precisamos superar, na prática, a ideia da criança como infante, pois sabemos que “a
fala é um instrumento de direito, uma proclamação: negação daquilo que o silêncio é –
submissão, complacência, desigualdade, menoridade” (MARTINS, 1993, p. 54).
Assim, inspirados em Benjamim (2002), dizemos que é preciso ser colecionador do
que as crianças trazem consigo. Segundo esse autor, a criança estabelece entre os mais
diferentes materiais, através daquilo que cria em suas brincadeiras, uma relação nova. A
criança cria, inova, faz do universo dos adultos o seu grande canteiro de obras, criando para si
um mundo imaginário baseado na criatividade, na brincadeira e na fantasia (SANCHES e
SILVA, 2018).
A fantasia do brincar, o lúdico, não são novidades teórico-práticas nos/para os espaços
de Educação Infantil, no entanto o modo de organização da sociedade letrada conduz a
90

criança à passagem para um novo ciclo de escolarização. E, se estar na escola desde os


primeiros anos de vida é desafiador, essa mudança de etapa escolar pode trazer à baila
angústias, medos e dúvidas. Sentimentos muitas vezes gerados na própria dinâmica escolar
quando o reforço de lógicas prefixadas e predefinidas para a transição dominam um processo
que deveria estar alicerçado na continuidade do trabalho pedagógico desenvolvido com foco
em aprendizagens significativas e ressignificação dessas aprendizagens para as crianças e
adultos envolvidos no processo.
Nesse contexto, um olhar mais panorâmico, processual e mais próximo da criança
subjaz essa relação que não se encerra ao fim da Educação Infantil. O fosso que se estabelece
nessa transição, relegando o lúdico a segundo plano, em prol de um aprender fixado no
“conteúdo”, é o que buscamos confrontar. Acreditamos que é possível subverter a lógica
escolar da previsibilidade e incorporar a essa transição o reconhecimento da(s) infância(s) em
curso, de tal forma que a experiência da infância continue dando contorno e sentidos às
práticas cotidianas na escola.
Essas reflexões também se estendem ao processo de transição dos alunos do Ensino
Fundamental, sobretudo aqueles que saem do quinto ano de escolaridade (2º ciclo do Ensino
Fundamental) e são recebidos no sexto ano de escolaridade (3º ciclo do Ensino Fundamental).
Guimarães Rosa, em Grande Sertão: Veredas, diz: “O real não está no início nem no fim, ele
se mostra pra gente é no meio da travessia” (ROSA, 1994, p. 85). É preciso ter em conta o
caráter “processual” da aprendizagem, sem perder de vista a beleza do trajeto. Por isso,
destacamos a importância do acolhimento, da escuta sensível em relação à chegada da criança
em seu novo espaço-tempo de aprendizagem.
Somos seres relacionais, singulares, sociais, portanto a conversa, a troca e o vínculo
afetivo tanto nos dizem respeito. Daí a importância de se proporem situações e práticas que
busquem aproximações reais com a etapa escolar vivida. Fazemos esse destaque, pois, por
vezes, a ludicidade e o brincar até são incorporados ao fazer pedagógico, mas a maneira como
são concebidos e desenvolvidos acabam por burocratizar as relações. Eles são mediados de
modo diferente, às vezes com tom prescritivo e nesse momento tornam-se pretexto para o
encaminhamento de atividades pedagógicas, estratégias para deixar um determinado momento
do dia menos cansativo. Contudo, tais práticas não são reconhecidas como linguagem e força
potencial para o desenvolvimento e aprendizagem dos sujeitos.
Salientamos, portanto, a importância de se construir um fazer pedagógico dialógico,
interacional e contínuo. Por esse viés, a produção de conhecimento, o processo de ensino-
aprendizagem é concebido com/a partir de estratégias que valorizem e legitimem as
91

aprendizagens já vivenciadas na etapa anterior de estudos. Há, nesse sentido, a preocupação


em se promoverem ações que buscam favorecer a continuidade de experiências próprias do
universo infantil. Desse modo, a possível ruptura no processo do “rito de passagem” pode, em
certa medida, ser suavizada, e tal movimento constitutivo da vida moderna pode ser
vivenciado com menos ansiedade e insegurança.
Nesse sentido, destacamos a importância das interações. Ao abordar a disponibilidade
ao diálogo no processo educativo, Freire (2019) aponta que “[...] o sujeito que se abre ao
mundo e aos outros inaugura com seu gesto a relação dialógica em que se confirma como
inquietação e curiosidade, como inconclusão em permanente movimento na história”
(FREIRE, 2019, p. 133).
Nós somos seres singulares e sociais, inconclusos. Constituímo-nos na relação com o
outro. É também nesse movimento alteritário que ampliamos nossa percepção sobre nós
mesmos e sobre o mundo, despontamos processos criativos, autorais, tomamos consciência
no/do mundo e de nós mesmos. Portanto, na interação uns com os outros produzimos
conhecimentos. Dessa forma, almejamos que os espaços escolares de todas as etapas de
ensino sejam repletos de ludicidade, vivacidade, imaginação, criação e encontros com o outro.
Em vez de focar na (re)produção, a escola precisa investir na criação, no
desenvolvimento da sensibilidade, no aguçamento dos sentidos, deslocando o conceito de
criatividade de um viés produtivo para um viés mais sensível, caminhando na contramão da
concepção utilitária do pensamento (DALUZ, 2019). Para estimular o pensamento criativo na
escola, torna-se fundamental desviar o foco das atividades intrinsecamente pragmáticas,
literais, que visem a uma suposta unicidade, que busquem a resposta certa, caminhando para
uma atitude estética e filosófica que indague os fenômenos por meio do olhar e da escuta
sensível. É preciso, portanto, que caminhemos para uma abertura do olhar, dos sentidos, da
metaforização, da multiplicidade de leituras, da sensibilidade, para “a liberdade de
imaginação e o desenvolvimento da sensibilidade estética” (SILVA, 2013, p. 31).
Em uma sociedade capitalista que não cansa de impor uma educação marcada pelo
viés econômico utilitário, a arte e o brincar cumprem o importante papel de contraexistir
como uma forma de resistência. Assim, que haja continuidade e ampliação das narrativas
discentes, dos afetos, das brincadeiras, conversas, jogos, repertórios de histórias, faz de conta,
rodas de interesses, da experiência estética com a literatura e as artes. Que ao chegar ao
Ensino Fundamental, as experiências que as crianças trazem da Educação Infantil e as suas
vivências fora da escola não tenham uma escuta limitada e regulada. Que assim também seja
em qualquer momento de transição. Que saibamos valorizar as histórias e as bagagens da
92

viagem. Que a importância do que sabem e pensam sejam reveladoras de caminhos para
novas "leituras" que estejam além da decodificação das palavras. Que a espontaneidade e
sabedoria infantis sejam motrizes para um processo de ensino-aprendizagem significativo em
todos os anos do Ensino Fundamental da Rede Pública Municipal de Educação de Niterói. E
que a viagem seja bonita, incrível e leve para todos.

11. CICLOS DO ENSINO FUNDAMENTAL

O Ensino Fundamental atende aos sujeitos que, em seus diferentes ciclos de


desenvolvimento (infâncias e adolescências17), são ativos social e culturalmente, porque
aprendem e interagem. Tais crianças e jovens

[...] são cidadãos de direitos e deveres em construção; copartícipes do


processo de produção de cultura, ciência, esporte e arte, compartilhando
saberes, ao longo de seu desenvolvimento físico, cognitivo, socioafetivo,
emocional, tanto do ponto de vista ético, quanto político e estético, na sua
relação com a escola, com a família e com a sociedade em movimento
(BRASIL, 2010, p. 35).

Os ciclos de desenvolvimento são marcados por profundas e extensas transformações


físicas, afetivo-emocionais, socioemocionais, psicológicas e cognitivas. Reconhecendo que
tais transformações não acontecem em tempos iguais para todos os sujeitos, enfatizamos a
necessidade do reconhecimento da diferença como inerente ao humano e da assunção de que
as crianças e os adolescentes são atores sociais, sujeitos de direito e de cultura (GADOTI,
2006; SARMENTO, 2018). “É preciso levar em conta a pluralidade cultural na qual nos
inserimos e o respeito às diferenças que dela provém e caracterizam cada educando como um
ser único com suas especificidades” (E. M. PROFESSOR ANDRÉ TROUCHE/GTs, 2019).
O Estatuto da Criança e do Adolescente (BRASIL, 1990) considera a infância como o
período que vai do nascimento até os 12 anos incompletos, e a adolescência como a etapa da
vida compreendida entre os 12 e os 18 anos de idade. A Constituição de 1988, no artigo 227,
declara que

[...] é dever da família, da sociedade e do Estado assegurar à criança e ao


adolescente, com absoluta prioridade, o direito à vida, à saúde, à

17
Como sujeitos históricos que são, as características de desenvolvimento dos educandos estão muito
relacionadas com seus modos próprios de vida e suas múltiplas experiências culturais e sociais, de sorte que
mais adequado seria falar de infâncias e adolescências no plural (BRASIL, 2010, p. 110).
93

alimentação, à educação, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à


dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária,
além de colocá-los a salvo de toda forma de negligência, discriminação,
exploração, violência, crueldade e opressão (BRASIL, 1988).

Embora considerando a importância destas legislações, destaca-se a necessidade de se


esclarecer quais concepções de criança e de adolescente baseiam esta proposta curricular.
Não podemos conceber como sinônimos “infância” e “criança”, tendo em vista que
são diversas as infâncias que as crianças vivem. Por um lado, infância é uma construção
sócio-histórica, ou seja, é produzida pelo conjunto da sociedade a partir de ideias, práticas e
valores, que se referem, sobretudo, às crianças, o que implica afirmar que esta não é natural,
mas um fato social, ou seja, é uma construção coletiva que assume uma forma, tem um
sentido e um conteúdo, estabelecidos a partir das formas de agir, pensar e/ou sentir de uma
coletividade.
A esse respeito, Kramer (2006, p. 15) nos acrescenta que “a infância, mais que estágio,
é categoria da história: existe uma história humana, porque o homem tem infância”. Por outro
lado, há uma representação social de criança, pautada em fases apropriadas de
desenvolvimento infantil e formas de socialização que a caracterizam pela imaturidade e
dependência, orientando práticas para que desenvolvam a autonomia.
Neste documento, concebemos a criança “como um ser que permanentemente reflete
sobre as pessoas, objetos e relações do mundo a que tem acesso e que simultaneamente vai
constituindo e atribuindo-lhe significados” (NIA, 1992, p. 18). Assumimos como pressuposto
que toda criança é um sujeito histórico, produtor de cultura, capaz de aprender, sem deixar de
destacar a importância das práticas pedagógicas que respeitem seu processo de
desenvolvimento e sua subjetividade. “São cidadãs, pessoas detentoras de direitos, que
produzem cultura e são nela produzidas” (KRAMER, 2006, p. 15). Também advogamos que
“A linguagem da criança é impregnada de conteúdos e valores sociais adquiridos pela
inserção e participação nos grupos que frequenta, consequentemente na trama dos valores
culturais daqueles grupos” (NIA, 1992, p. 22).
Destacamos também que a criança, desde a mais tenra idade, apresenta capacidade de
criar, reelaborando impressões vivenciadas em seu cotidiano. Nesse sentido, “a criação é
condição necessária da existência” (VIGOTSKI, 2009, p. 16). Junto a essa capacidade de
criação, ressaltamos a imaginação ou fantasia, “base de toda atividade criadora [...]”
(VIGOTSKI, 2009, p. 14). Assim, é fundamental que a escola leve isso em consideração,
buscando caminhos para que a criança se reconheça como sujeito crítico e atuante, “capaz de
94

pensar, refletir e analisar o mundo em que vive, construindo sua própria leitura ao participar
ativamente do processo histórico coletivo, mantendo sua autonomia” (NIA, 1992, p.21).
A respeito da adolescência, destacamos que o senso comum aponta essa fase como
uma transição entre as infâncias e a fase adulta, devido às intensas transformações vividas
pelo ser humano. No entanto, sabemos que o ser humano está sempre mudando, aprendendo
e, logo, em transição. Entendemos que as colocações que concebem a adolescência apenas
como transição tendem a fortalecer a concepção de um não-lugar, que tira dessa fase da vida
humana o caráter “de ser”, em contraposição a nossa defesa do adolescente como sujeito.
O amadurecimento psicológico, as mudanças biológicas, corporais e emocionais
colocam o sujeito em novas posições ainda não experimentadas, tanto no que diz respeito a
sua própria constituição, quanto a novas possibilidades de tornar-se. Da mesma forma,
estabelecem-se novas relações com os outros e com o mundo, o que pode ocasionar conflitos.
Tudo isso torna a adolescência uma fase em que grandes desafios se apresentam para a família
e para a escola, em que a adolescência é vivida em grande parte do tempo.
No entanto, essa fase do desenvolvimento também agrupa grandes possibilidades na
expansão da autonomia do sujeito, que poderá ser incentivado a pensar não apenas o seu papel
no mundo, mas sua possibilidade/responsabilidade de intervenção, permeada por relações de
solidariedade; a ultrapassar limites que a sociedade lhe impõe, ou que ele próprio estabelece; a
aprofundar conhecimentos, relacionando-os com os saberes que já possui; a desenvolver a
capacidade de tomar decisões mais assertivas e de se expressar.
Apesar de algumas características serem similares na adolescência, como foi dito
anteriormente, não há homogeneidade entre sujeitos. Concordamos com Gadoti (2006, p. 139)
ao afirmar que “a nossa pedagogia dirige-se a um aluno médio, que é uma abstração. O nosso
aluno real, contudo, o aluno concreto, é único. Cada um deles é diferente e precisa ser tratado
em sua individualidade [...]”. Por isso, é preciso avançar no reconhecimento de que seres
humanos têm construções culturais diferentes, influenciadas por classe, gênero, etnia e
religião, que os constituem como sujeitos.
Além das diferentes fases de desenvolvimento, é preciso atentar para os diferentes
contextos geográficos em que crianças e adolescentes vivem no município de Niterói. Esses
contextos constituem histórias e trajetórias plurais que nossos estudantes possuem e com as
quais serão feitas conexões para possibilitar a construção de novos conhecimentos.
95

Dessa forma, é preciso considerar diferentes formas de aprender na relação com os


distintos contextos de vida. Se os objetos de conhecimento 18 permanecem os mesmos, as
práticas, estratégias e recursos podem ser diversos, a fim de aumentar as oportunidades de
aprendizagem e construção de sentidos.
A maioria das crianças e adolescentes no mundo, atualmente, vive em cidades 19, onde
estabelecem seus universos culturais, dentro de realidades socioeconômicas distintas e
desiguais, configurando uma enorme complexidade, que condiciona, em grande medida, a
vida daqueles que vivem as (nas) cidades.
A dualidade na produção do espaço condiciona possibilidades diferentes de
apropriação do espaço urbano e de convivência dos diferentes, a exemplo dos espaços
públicos e patrimônios materiais e imateriais da cidade. Nesse sentido, a escola pública
aparece como uma grande porta de acesso dos nossos estudantes a essa vivência, de inúmeras
questões atuais, a exemplo da questão ambiental, tratada em capítulo anterior neste
documento20. Não é mais possível ignorar que o modelo de desenvolvimento baseado apenas
em crescimento econômico levou o planeta a um esgotamento de recursos e às mudanças nos
sistemas climáticos.
Reafirmamos o princípio de que o estudante é um sujeito de direito; reconhecemos que
ele pode e deve participar ativamente da tomada de decisões (visto que é na ação política que
se constitui sujeito) e contribuir para uma reflexão e um fazer democráticos. Apesar de muitas
vezes essa visão ser aceita no campo das ideias (respaldada tanto por documentos oficiais
quanto na literatura educacional), ainda há dificuldades para colocá-la em prática no cotidiano
da escola, em que as vozes dos estudantes muitas vezes são silenciadas ou ignoradas nas mais
diferentes situações do ambiente escolar.
No mesmo sentido, é preciso desmistificar “os conflitos” como a normalidade da
convivência humana. O dissenso é parte de relações humanas democráticas e o conflito não é
necessariamente o confronto, ele está presente nas relações entre indivíduos que são diferentes
(apesar de iguais em direitos e deveres) e que, portanto, possuem visões de mundo distintas. É
importante a preparação de todos que atuam na escola para a mediação e resolução de
conflitos nas relações interpessoais. Defendemos a opção política de que os conflitos não

18
Esses “objetos de conhecimento” a que nos referimos são temas diversos que constam nas matrizes
curriculares e serão trabalhados em sala de aula por professores e alunos para a construção do conhecimento.
19
ONU News. Disponível em: https://news.un.org/pt/story/2019/02/1660701.
20
Capítulo que trata sobre Educação Ambiental.
96

sejam invisibilizados e de que práticas de não violência sejam desenvolvidas na resolução


deles, a partir do diálogo como escolha consciente, sempre incentivado em estratégias que em
sua natureza devem abrir espaço para o contraditório, como assembleias, rodas de conversa,
mesas de debate e grêmios estudantis.
Uma proposta curricular não pode se esquivar dessas e de outras questões que se
colocam à formação do ser humano. Dessa forma, apontamos aqui na direção de uma
educação para o desenvolvimento integral do ser humano, considerando as dimensões
intelectual, social, emocional, física e cultural, em uma proposta que borre as fronteiras entre
essas dimensões e entre outras possíveis que não foram citadas aqui.
Podemos acrescentar ainda a formação cidadã como a formação de um sujeito que
exerce seus direitos e responsabilidades com o coletivo. Acerca do que seria mais relevante
para atingir esses objetivos, temos: “As proposições que buscam desenvolver nos alunos uma
visão ampla diante das questões contextuais da vida cotidiana em sociedade, bem como o
desenvolvimento de uma postura cidadã ativa, sustentável e transformadora” (professora da E.
M. LEVI CARNEIRO/GTs, 2019).
A formação integral tem sido pensada no conjunto de possíveis soluções para a
melhoria da qualidade educacional no Brasil por diversas áreas do conhecimento, como a
Sociologia, a Filosofia e a Pedagogia. Uma proposta de educação integral ultrapassa os fatores
cognitivos e afetivos, relacionando-se às múltiplas dimensões do estudante e às relações
dentro e fora da escola, definidas com intencionalidade. Dentre as relações intraescolares,
ganha destaque a articulação dos componentes curriculares, trabalhado sem práticas
interdisciplinares, no sentido de superar o caráter fragmentário existente entre as diferentes
áreas de conhecimento, buscando uma integração que possibilite tornar os conhecimentos
mais significativos para os alunos. Também é importante a conciliação com os interesses dos
estudantes, valorizando ações criativas e o prazer na construção do conhecimento.
Não se pode esperar que o currículo apenas se infle de conhecimentos sem que haja
uma constante e recorrente reflexão sobre a seleção do que é fundamental a ser abordado. O
currículo escolar atualmente é inflado de conteúdos, muitos dos quais apresentados sem real
articulação com o contexto do estudante (professora da E. M. JOÃO BRAZIL/GTs, 2019).
Conceituamos, assim, a educação integral como aquela que promove o
desenvolvimento do estudante em todas as suas dimensões (intelectual, física, social,
emocional e cultural) e que explicita a fluidez das fronteiras entre essas dimensões.
Acreditamos na educação integral como potente para a formação de um sujeito de direito e de
deveres, “não entendendo o sujeito como um ser pronto e acabado, mas como aquele que se
97

constitui em decisões políticas, em processos de subjetivação” (UMEI DARCY


RIBEIRO/Parecer, 2019). Ressaltamos uma abordagem pedagógica voltada a desenvolver
todo o potencial dos estudantes e prepará-los para se realizarem como pessoas, profissionais e
cidadãos comprometidos com o seu próprio bem-estar, com a humanidade e com o planeta.
Maia e Fagundes (2021) propõem que a educação integral seja

[...] uma proposta que se volta à formação ampliada dos alunos, que
enriquece o relacionamento humano e que vislumbra um panorama mais
comunitário. Para isso, sem dúvidas, a extensão da jornada diária é uma
estratégia facilitadora, mas que precisa ser acompanhada de outras formas de
organização social da escola. Essas outras formas irão fomentar novas
possibilidades e novos desafios a todos os envolvidos nos processos
educativos em seu interior e, consequentemente, às relações tecidas no
ambiente escolar (MAIA e FAGUNDES, 2021, p. 165).

Entendemos que o fato de a Rede Pública Municipal de Educação de Niterói organizar


sua proposta educacional em ciclos21, desde 1999, relaciona-se intimamente a várias razões
que justificam a defesa de uma educação integral. A proposta em ciclos justifica-se pela busca
de formas para se assegurar uma maior continuidade do processo educativo e uma diminuição
das rupturas da trajetória escolar, que não configura um processo linear e progressivo de
aquisição de conhecimento. A opção está diretamente relacionada a um novo paradigma para
a educação, baseado no reconhecimento das diferentes necessidades dos educandos, no
reconhecimento de diferentes e desiguais realidades socioeconômicas e na possibilidade de
construir estratégias mais includentes que abarquem ritmos diversos, com trajetórias distintas
e outros tempos e espaços no cotidiano escolar, associados a um processo de planejamento e
de avaliação continuada e formativa.
A partir, sobretudo, das contribuições dadas pela Prof.ª Dra. Érika Virgílio da Cunha
(Universidade Federal do Mato Grosso), em uma das Conversas Pedagógicas promovidas em
setembro/2020 para fomentar discussões no processo de construção destes Referenciais
Curriculares, entendemos que a política de ciclo não tem uma essência dada a priori, mas
pode se constituir como um compromisso democrático na medida em que considere múltiplas
formas de educar e que seja pensada como uma possibilidade de se abrir ao outro em seu
fluxo da diferença e em sua complexa experiência educacional.

21
A organização curricular em ciclos na Rede Pública Municipal de Educação de Niterói foi regulamentada pela
Portaria 132/2008, discutida e legitimada nos Referenciais Curriculares da Rede de 2010 e, após a
implementação destes últimos, a proposta em ciclos foi novamente regulamentada pela Portaria 085/2011, que
instituiu as Diretrizes e os Referenciais Curriculares e Didáticos da Rede.
98

Para isso, defendemos a importância de um constante e atento investimento nas


Unidades de Educação da Rede, sobretudo no que diz respeito aos aspectos infraestruturais,
para que a organização escolar por ciclos, anunciada em documentos da Rede de Educação de
Niterói, seja facilitada.
Também partindo principalmente das contribuições de Cunha (2020), compreendemos
que há uma dimensão da política relacionada ao que precisa ser previamente definido como
condição de realização (como os aspectos infraestruturais mencionados acima). Entendemos a
importância de ressaltar essa dimensão da política como investimento nas escolas, para que a
experiência educativa construída por professores, educandos e demais profissionais das
Unidades de Educação − que por ser incontrolável, complexa e imponderável não pode ser
definida antecipadamente − tenham condições de construir uma política de ciclos fora da
norma da aplicabilidade, pensando a política como negociações contextuais e contingentes.
Antes de passarmos à apresentação dos quatro ciclos que organizam o Ensino
Fundamental na Rede Pública Municipal de Educação de Niterói, precisamos expressar mais
algumas considerações a respeito do processo de avaliação das aprendizagens que
defendemos. A avaliação deve ser “contínua e cumulativa no percurso educativo, com
prevalência dos aspectos qualitativos sobre os quantitativos e dos resultados ao longo do
período sobre os de eventuais provas finais”22. Considerando as diferentes formas de
mediação para a aprendizagem, em termos práticos, é preciso que o docente utilize múltiplos
instrumentos de avaliação, sem que haja um peso maior para avaliações que encerram
períodos. A avaliação compõe o processo de ensino e aprendizagem em um contexto amplo,
ou seja, ela deve ser considerada em seus aspectos formativos e precisa ser adotada na
recondução do planejamento do trabalho pedagógico, sempre que necessário. Sendo assim, os
estudos de recuperação das aprendizagens são obrigatórios e precisam ser realizados
paralelamente ao período letivo, não devendo ser alvo de um momento específico ao final do
período.
Os nove anos do Ensino Fundamental, portanto, são organizados em quatro ciclos.
O Primeiro Ciclo compreende a trajetória de crianças ao longo de três anos de
escolaridade (1º ao 3º ano de escolaridade) que não deixaram de viver as infâncias pelo
simples fato de ingressarem no Ensino Fundamental. Neste ciclo, priorizam-se os tempos e
espaços escolares e as propostas pedagógicas que possibilitam o aprendizado da leitura, da
escrita e da alfabetização matemática e científica, bem como a ampliação de relações sociais e
22
Acompanhamos as indicações da LDBEN 9394/1996.
99

afetivas nos diferentes espaços vivenciados. Nesse sentido, confirmamos as premissas


indicadas pelo Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa (BRASIL, 2015) e pelo
Núcleo Integrado de Alfabetização − NIA (NITERÓI, 1992), defendendo que

● as infâncias são diversas, pois as crianças atuam e participam de diferentes espaços


socioculturais e de seus tempos;

● crianças são detentoras de direitos e deveres. Elas têm suas necessidades, seus
processos físicos, cognitivos, emocionais e características individuais – sexo, idade,
etnia, raça e classe social – e, portanto, têm seus direitos e deveres. Destacamos, nessa
direção, a premissa de que as propostas pedagógicas devem privilegiar a participação
infantil pautada no diálogo e no compromisso ético-político com a educação pública
de qualidade socialmente referenciada;

● crianças têm direito a acessar múltiplas linguagens, inclusive a escrita. Nessa fase,
a escola deve promover a integração entre a aprendizagem da leitura e a produção
textual de forma articulada às aprendizagens dos diferentes Componentes
Curriculares, em plena sintonia e convivência com a brincadeira, com o lúdico e com
o tecnológico. “O trabalho de alfabetização não deve se restringir ao campo da Língua
Portuguesa, pois lemos e escrevemos em qualquer área do conhecimento” (UMEI
JACY PACHECO/GTs, 2019). Acreditamos que esse trabalho não deve obrigar as
crianças a aprender a ler, a escrever e a operar matematicamente por meio de
exercícios enfadonhos e inadequados para a sua faixa etária, mas o conhecimento deve
ser construído de modo reflexivo, instigante e prazeroso para que os alunos possam
desenvolver o pensamento e a compreensão d emundo. Além disso, a criança deve se
expressar nas várias linguagens (oral, corporal, cênica, plástica, literária, musical etc.),
por meio de propostas de atividades criativas que lhe possibilitam externar seus
conhecimentos, sentimentos, emoções e valores. Deve-se, ainda, considerar o desenho
como uma outra forma de linguagem, de representação da realidade e que, portanto,
assume um papel fundamental no processo de alfabetização;

● a brincadeira é um direito fundamental da criança. O brincar constitui-se em


oportunidade de interação com os outros, de interação com a cultura e seus processos
de tomada de decisões são capazes de tornar a aprendizagem mais significativa. Não
pode ser visto como uma atividade complementar, supérflua ou até mesmo
dispensável, pois faz parte do processo de desenvolvimento infantil, cognitivo e
100

afetivo-emocional, sendo considerado um instrumento de aprendizado e de


compreensão do mundo;

● atividades lúdicas e desafiadoras facilitam e mobilizam a aprendizagem escolar.


Jogos, brinquedos e brincadeiras contribuem de forma preponderante para o
desenvolvimento das crianças e são importantes recursos pedagógicos na relação
ensino-aprendizagem. O uso de jogos e brincadeiras como recurso pedagógico pode
contribuir para a formação de conceitos e estruturação do pensamento.

● espaços escolares diversificados são potencialmente lúdicos e adequados ao


desenvolvimento das ações pedagógicas. No entanto, a sala de aula não pode perder
a importância do desenvolvimento dessas ações, mesmo considerando todos os
espaços escolares como educativos;

● a alfabetização é um processo discursivo. O processo de aprendizagem pode se


iniciar antes e fora dos muros da escola, tendo em vista que as crianças são seres
sociais que estão permanentemente pensando e interagindo. Contudo, os anos iniciais
do Ensino Fundamental constituem o momento apropriado para a alfabetização,
entendida como

[...] um processo de produção de significados sociais, que acontece de forma


coletiva e individual, numa dinâmica de troca, com relevância para a
aquisição da leitura e da escrita, de modo que amplie a participação da
criança na sociedade, através do desenvolvimento dos seus conhecimentos,
da sua autonomia e da sua subjetividade (NIA, 1992, p. 20).

Esta forma de compreender a alfabetização redimensiona o processo pedagógico,


tendo em vista que os modos de ensinar dos professores e os modos de aprender das crianças
estão intrinsecamente relacionados e encontram-se entretecidos às práticas historicamente
construídas.
O Primeiro Ciclo demanda um trabalho docente coletivo, sistemático e coordenado.
Professores precisam atuar de forma conjunta para assegurar a continuidade e
complementaridade do processo pedagógico ao longo dos três anos, “entendendo o aluno
como um ser global” (E. M. VERA LÚCIA MACHADO/GTs, 2019). As reuniões
pedagógicas semanais, “destinadas ao estudo e à formação continuada” (E. M. EULÁLIA DA
SILVEIRA BRAGANÇA/GTs, 2019), constituem-se como momentos privilegiados para a
discussão e planejamento coletivo das ações. Os registros das crianças articulados aos
101

registros de práticas dos professores também são fundamentais para que se possa consolidar
as experiências vivenciadas e acompanhar o progresso das crianças.
O Segundo Ciclo, que abrange a trajetória das crianças por dois anos (4º e 5º anos de
escolaridade), tem a finalidade de integrar os saberes básicos construídos no Primeiro Ciclo,
aprofundando-os e ampliando-os, de modo a possibilitar um diálogo mais estreito entre as
diferentes áreas do conhecimento, mas sem nunca perder de vista o caráter integrador do
trabalho pedagógico. Nesse sentido, é preciso enfatizar a necessidade de se levar em
consideração as premissas indicadas para o trabalho no Primeiro Ciclo como necessárias ao
Segundo Ciclo, tendo em vista que grande parte do seu público constituir-se-á por crianças.
No entanto, atentos ao fato de que ao final do Segundo Ciclo parte dos educandos podem
encontrar-se em transição para a adolescência, não podemos deixar de considerar a
necessidade ainda maior de os projetos pedagógicos e de os planos de trabalho do ciclo
contextualizarem práticas e metodologias que incentivem o protagonismo juvenil, a ampliação
de canais de diálogo e a produção de sentidos pelos educandos.
O Terceiro Ciclo compreende mais dois anos do tempo escolar (6º e 7ºanos de
escolaridade), em um período no qual os estudantes estão na fase final da transição da
adolescência. Esse ciclo acompanha a mesma transição da infância para a adolescência, que se
inicia no segundo ciclo. Nele há uma grande mudança na organização do trabalho pedagógico
que, até o ciclo anterior, era realizado com auxílio de quatro professores e, no terceiro ciclo,
passa a contar com a colaboração de nove professores, um para cada componente curricular.
Há mudanças consideráveis na divisão do tempo escolar, na organização e no volume do
material de uso pessoal do estudante.
Por ser a escola o espaço que privilegia a aprendizagem em um processo de interação
constante com o outro, esse período de transição, que concentra tantas novidades para o
estudante, deveria ser alvo de atenção e ações de acolhimento de toda a comunidade escolar,
no entanto, muitas vezes, percebemos educandos e familiares sem a devida orientação para
vivenciar um momento tão marcante.
Reconhecemos aqui a experiência de algumas Unidades de Educação nas quais os
primeiros dias de aula são dedicados ao acolhimento dos estudantes que chegam ao 6º ano de
escolaridade. Nesses dias, professores e estudantes do 3º ciclo recebem os novos alunos e
apresentam os espaços escolares e as novidades dessa etapa do Ensino Fundamental.
É preciso um grande cuidado dos educadores em auxiliar os estudantes nessa fase, a
fim de não fortalecer barreiras na construção do conhecimento, as quais podem enfraquecer os
sentidos da escola e as relações com o que é vivido pelos alunos. A busca por práticas
102

interdisciplinares deve ser constante. A interdisciplinaridade não anula as especificidades das


áreas de conhecimento, mas reconhece a necessidade de articulação de saberes dos
componentes curriculares entre si e com o contexto de vida dos estudantes, a fim de propiciar
maior significado às aprendizagens. A palavra de destaque é diálogo.
A prática dialógica se faz necessária diante das diferenças. Nessa busca, o uso do
espaço-tempo das reuniões de planejamento para o diálogo entre os profissionais da educação
é essencial, permitindo a construção de planos de ação integradores. Outros espaços-tempos
para a promoção e estabelecimento do diálogo com e entre os discentes, a exemplo de
assembleias e grêmios estudantis, já citados anteriormente, precisam ser potencializados.
O Quarto Ciclo abrange a trajetória de adolescentes nos últimos dois anos do Ensino
Fundamental (8º e 9º anos de escolaridade). Nessa fase, busca-se a complexificação dos
pensamentos acerca da realidade e os estudantes devem ser incentivados a questionar e a
solucionar problemas reais que se colocam para o coletivo. Propõe-se expandir e qualificar a
capacidade de analisar, relacionar, argumentar e sistematizar diferentes questões sociais,
culturais, históricas e ambientais.
Reconhecendo toda a complexidade da prática dialógica, nossos estudantes devem ser
incentivados a expressar seus sentimentos e convicções, em um movimento marcadamente
democrático de respeito a si mesmo e ao outro.

11.1 A Trajetória da Revisão Curricular no Ensino Fundamental

A revisão dos Referenciais Curriculares da Rede Pública Municipal de Educação de


Niterói se desenhou como uma construção coletiva, com o objetivo duplo de refletir sobre o
trabalho pedagógico que acontece nas Unidades de Educação e de ser ampla e continuamente
significada pelos educadores da Rede. Um processo dialógico e colaborativo uniu a Diretoria
de 1º e 2º ciclos e a Diretoria de 3º e 4º ciclos para reunir os professores que atuam no Ensino
Fundamental, com o propósito comum de pensar as concepções e práticas pedagógicas dos
quatro ciclos e diminuir a fragmentação entre os eles.
Os ofícios n.º 07/2019, n.º 18/2019 e n.º 21/2019 foram encaminhados às Unidades de
Educação, solicitando discussões curriculares e que as contribuições fossem registradas e
encaminhadas à Fundação Municipal de Educação. Depois do desenvolvimento dessas
primeiras discussões nas escolas, os ofícios n.º113/2019 e nº.127/2019, da Diretoria de 3º e 4º
ciclos e da Diretoria de 1º e 2º ciclos, respectivamente, foram enviados às escolas convidando
103

docentes do Ensino Fundamental para representarem suas Unidades de Educação na Revisão


dos Referenciais Curriculares da Rede, por meio da formação de Grupos de Trabalho (GTs)
reunidos de acordo com os nove componentes curriculares que compõem a grade curricular
do município de Niterói.
Em 14 de agosto de 2019, cerca de 200 docentes, indicados por suas Unidades de
Educação, reuniram-se para discutirem bases conceituais e metodológicas a fim de pensar o
currículo da Rede Pública Municipal de Educação de Niterói. Houve formação de oito GTs,
que se reuniram em diferentes datas e dedicaram-se a atualizar o pensamento sobre a
Educação em Niterói e sobre as matrizes curriculares, esforçando-se no diálogo com a Base
Nacional Comum Curricular (BNCC)23, mas, acima de tudo, dando voz ao que acontece nas
escolas, colocando nosso educando no centro do processo e mantendo um compromisso com
a educação de qualidade que defendemos e na qual acreditamos.
Adotamos nesta revisão as áreas do conhecimento, com agrupamento dos
componentes curriculares da seguinte forma: Linguagens − Língua Portuguesa, Língua
Estrangeira (Inglês, Espanhol e Francês), Arte e Educação Física; Matemática − Matemática;
Ciências da Natureza − Ciências; Ciências Humanas − Geografia e História.
A apresentação de cada componente curricular se faz por meio de textos introdutórios
com pressupostos de importância para a educação defendida na Rede, seguidos das matrizes
curriculares. Os textos e matrizes apresentados neste documento foram elaborados e
discutidos de forma coletiva, a partir das reflexões dos professores que formaram os GTs.
Atendemos à BNCC, mas optamos por ir além do que é proposto por ela, atendendo ao direito
de aprendizagem dos nossos estudantes no que diz respeito a conhecimentos não previstos
pela Base, mas considerados de importância pelos docentes.
O que se apresenta nos textos introdutórios e nas matrizes não tem a intenção de servir
como determinações para o trabalho pedagógico das escolas, e sim como uma orientação do
que se defende na Rede como direito de aprendizagem e se reconhece como uma educação de
qualidade socialmente referenciada, objetivando, como colocado anteriormente, uma
formação integral do ser humano. A prática pedagógica nas Unidades de Educação qualificará
as orientações aqui apresentadas.

23
Homologada em 20 de dezembro de 2017, tem o ano de 2019 como de sua implantação em todo o território
nacional, por meio da construção de currículos locais, de responsabilidade das redes de ensino e escolas, que
têm autonomia para organizar seus percursos formativos a partir da sua própria realidade.
104

As matrizes buscam a praticidade para o planejamento no cotidiano escolar,


possibilitam fácil compreensão e apropriação das informações, com a visualização de
objetivos cognitivos e de desenvolvimento. Para garantir que a mesma concepção de educação
de cada componente permeasse todo o Ensino Fundamental, optamos por apresentar, na
primeira coluna, os Núcleos Temáticos, que agrupam Objetos de Conhecimento que se
comunicam entre si. Cabe destacar que os Núcleos Temáticos também foram pauta de
discussão nos GTs e traduzem o movimento de cada componente curricular em direção ao
trabalho interdisciplinar no Ensino Fundamental.
A interdisciplinaridade é, portanto, entendida aqui como abordagem teórico-
metodológica em que a ênfase incide sobre o trabalho de integração das diferentes áreas do
conhecimento, um real trabalho de cooperação e troca, aberto ao diálogo e ao planejamento
(NOGUEIRA, 2001). Pela abordagem interdisciplinar, ocorre a transversalidade do
conhecimento constitutivo de diferentes disciplinas e cabe destacar, neste propósito, o papel
fundamental da ação didático-pedagógica mediada pela pedagogia dos projetos temáticos
(BRASIL, 2010).
Os Objetos de Conhecimento especificam, de forma ampla, temas trabalhados em sala
de aula. Na coluna ao lado dos Objetos de Conhecimento, estão os Objetivos de
Aprendizagem e Desenvolvimento, que dizem respeito ao conjunto de saberes que serão
desenvolvidos no processo de ensino e aprendizagem, em múltiplas experiências. Finalmente,
na última coluna, são apresentadas as propostas e sugestões de estratégias e possíveis
metodologias para o trabalho pedagógico.
Tanto a proposta de ciclos quanto a proposta de formação integral requerem que a
abordagem feita dos conhecimentos historicamente construídos, se tratados como
componentes curriculares, siga uma lógica de problematização dos Objetos de Conhecimento.
Seguimos a orientação dos Referenciais de 2010, que sugerem:

[os] conhecimentos deixam de ser vistos como informações recebidas pelos


alunos para serem objetos de reflexão, indagação e construção, tendo, como
meio para tal, o estabelecimento de métodos e técnicas pedagógicas mais
significativas que possibilitem o trabalho com conteúdos, de forma que estes
se relacionem entre si e como cotidiano dos alunos (NITERÓI, 2010, p. 19).

No mesmo sentido, busca-se a interdisciplinaridade por meio de um diálogo constante


entre os componentes. Deixamos claro que, para alcançar esses objetivos, conta-se com a
articulação dos professores da mesma área de conhecimento e de diferentes áreas, do mesmo
ciclo e dos diferentes ciclos, nas discussões e na organização dos planejamentos e planos de
105

ação das escolas. A integração será buscada por meio da permeabilidade dos saberes e de uma
vinculação com os saberes dos nossos estudantes.

11.2 Leitura e devolutiva das Unidades de Educação

Quando planejamos o envio dos documentos preliminares dos novos Referenciais


Curriculares da Rede Pública Municipal de Educação de Niterói às Unidades de Educação,
pensamos em momentos conjuntos de formação com os professores do Ensino Fundamental,
reunindo os diferentes ciclos e privilegiando a ênfase nas propostas interdisciplinares.
Tencionamos também possibilitar a continuidade dessas discussões, mesmo após o término da
revisão do documento, tendo em vista que tal ação proporcionará a contínua reelaboração de
conhecimentos e garantirá Referenciais Curriculares que atendam ao contexto das escolas
municipais de Niterói.
Nesse sentido, não podemos deixar de considerar que o texto preliminar foi lido e
discutido pelas escolas em um momento excepcional, de mudanças nas relações interpessoais
em todas as sociedades do mundo, sendo necessário mencionar neste documento os impactos
da pandemia de Covid-19 sobre a feitura destes Referenciais Curriculares. Isso se deve não
apenas ao planejamento da continuidade das discussões, que precisou ser reconsiderado, mas
também às necessidades que afloraram na educação suscitadas pelo ensino remoto e pela
necessidade de adoção das estratégias e instrumentos que exigiram, em caráter excepcional, o
ensino híbrido.
Nesse contexto, recebemos, em setembro de 2020, pareceres de inúmeras Unidades do
Ensino Fundamental acerca da leitura dos documentos preliminares para revisão dos
Referenciais Curriculares da Rede Pública Municipal de Educação de Niterói, os quais
consideramos à luz das discussões legitimadas pelos Grupos de Trabalho de 2019.
Consideramos de grande importância o destaque dado pelas Unidades de Educação à
necessidade de incluir, no calendário de formação continuada em serviço dos profissionais da
Rede, temas de um currículo pós-pandemia, chamando a atenção para a utilização de
Metodologias Ativas, Salas de Aula Invertidas, Uso de Novas Mídias e Tecnologias, com o
uso de aplicativos e Softwares Educacionais.
Não pode ser ignorado o destaque dado pelas Unidades de Educação à infraestrutura e
aos equipamentos necessários para a oferta e construção de uma educação de qualidade, como
a atualização e manutenção de equipamentos de tecnologia da informação, ambientes virtuais,
106

laboratórios de ciências, salas de arte, salas ambiente, auditórios, quadras poliesportivas


cobertas e refeitórios.

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115

PARTE II
116

ÁREA DE CONHECIMENTO: LINGUAGENS


117

1. LÍNGUA PORTUGUESA

LINGUAGEM, LÍNGUA E ENSINO

Pensar na aprendizagem da Língua Portuguesa implica considerar que esta é


fundamentada em quatro atividades presentes nas diversas práticas sociais: falar, ouvir, ler e
escrever. Atividades essas que norteiam os núcleos temáticos da presente matriz curricular:
oralidade / sinalidade24, leitura, produção de textos e análise linguística / multimodal.
De acordo com Travaglia (1997), a concepção de linguagem e de língua altera
fortemente o modo de estruturar o trabalho para o ensino da língua materna, determinando o
que, como e para que se ensina. Por isso, é fundamental explicitar alguns conceitos que são
primordiais, especialmente linguagem, língua, texto e discurso.
A linguagem, ao longo da história, foi concebida de diversas formas, sendo as mais
predominantes: a concepção de linguagem como expressão do pensamento; a linguagem
como instrumento de comunicação; e a linguagem como interação. Cada uma dessas
concepções implica uma prática pedagógica específica e, consequentemente, uma maneira
distinta de nos relacionarmos com a língua (GERALDI, 2003).
A concepção da linguagem como expressão do pensamento está ancorada estritamente
na relação psíquica entre linguagem e pensamento, caracterizando a primeira como algo
individual, centrada na capacidade mental do indivíduo. Nessa tendência, a língua é entendida
como um sistema de normas acabado, imutável, abstrato, baseado em “certo” e “errado”,
privilegiando apenas a variedade dita padrão ou culta em detrimento de outras. Nesse
paradigma, o não saber pensar é a causa das pessoas não conseguirem se expressar, o que
resulta na lógica da necessidade de incorporação de regras a serem seguidas, estas situadas no
domínio do estudo gramatical normativo. Além disso, o discurso que se materializa no texto
independe da situação, do interlocutor, dos objetivos, dos fenômenos sociais, culturais e
históricos, podendo prescindir da linguagem do cotidiano e das criações artísticas. Por isso, o
texto é compreendido como um produto lógico do pensamento do autor, e ao leitor/ouvinte,
que exerce um papel essencialmente passivo, cabe “captar” essa representação mental,
juntamente com as intenções do produtor (GERALDI, 2003). O ensino escolar baseado nesta
concepção estaria ancorado numa proposta de fazer os alunos decorarem listagem de regras,
fundamentado em exercícios para memorização. Desta forma, seria baseado na transmissão de
24
Entendemos por sinalidade a produção verbal por meio das línguas de sinais.
118

conhecimentos, e o aluno seria compreendido como um ser passivo diante de textos artificiais,
estes vistos como produto de informação.
A linguagem como instrumento de comunicação tem uma importante influência da
Teoria da Comunicação, postulada especialmente por Roman Jakobson, que defende a língua
como um conjunto organizado de signos que, combinados através de regras, possibilita a um
emissor transmitir uma mensagem a um receptor, considerando que ambos conhecem e
dominam um código. Portanto, esta teoria não considera os interlocutores e a situação de
produção como determinantes das unidades e regras que constituem a língua, tampouco esta
como uma construção social e histórica. Nessa abordagem, o texto é visto como simples
produto da codificação de um emissor a ser decodificado pelo leitor/ouvinte. O
“decodificador”, portanto, também assume um papel passivo, uma vez que a informação deve
ser recebida do modo como foi idealizada na mente do emissor. Em tal perspectiva, o ensino
da leitura e escrita fica restrito ao processo interno de organização do código, privilegiando-se
a forma, o aspecto material da língua, em detrimento do conteúdo, do significado e dos
elementos extralinguísticos, tendendo ao ensino gramatical a partir da prática e da repetição
(GERALDI, 2003).
Ao contrário das duas anteriores, a concepção da linguagem enquanto processo de
interação, assumida neste documento, situa-a como um lugar de ação humana mediada pela
produção de sentidos entre os interlocutores, que são sujeitos que ocupam lugares sociais, em
uma dada situação e em um contexto sócio-histórico e ideológico. Para Bakhtin (2014a),
importante referência desta concepção de linguagem, a língua não é constituída por um
sistema abstrato de formas linguísticas, nem pelo ato psicofisiológico de sua produção, mas
pelo fenômeno social da interação verbal, realizada através da enunciação ou das enunciações.
A linguagem tanto é constituída pelos sujeitos que interagem por meio dela, quanto é
constitutiva desses mesmos sujeitos, veiculando valores que são (re)elaborados por estes nas
interações, sendo, portanto, ideológica. Assim, ela é histórica e social, sendo estabelecida no
uso, uma vez que os sentidos são construídos num processo de interlocução entre os sujeitos
que produzem o discurso e os sujeitos que leem/escutam.
Portanto, a linguagem é compreendida neste documento como a capacidade humana
de interação, tendo em vista não apenas a expressão de sentimentos, a manifestação de
desejos e opiniões, a troca de informações entre diferentes culturas, mas também como uma
forma de o sujeito agir, atuar sobre o outro e sobre o mundo (GERALDI, 2003). Sob esse
aspecto, a linguagem pode ser de natureza verbal- concernente à modalidade escrita,
119

sinalizada ou oral; e não verbal- vinculando-se aos símbolos de uma maneira geral, como
gestos, expressões faciais, desenhos, pinturas, danças, entre outros elementos.
Nessa perspectiva, a língua não é transmitida, mas se constitui num processo evolutivo
contínuo, no qual os indivíduos não “adquirem” sua língua materna, mas se tornam sujeitos ao
penetrarem na corrente de comunicação (BAKHTIN, 2014a). Tendo em vista seu caráter
social, esta não permite mudanças arbitrárias, uma vez que se torna necessário obedecer a
certas regras para que a comunicação se realize de maneira plausível. Contudo, ela se
modifica historicamente nas interações verbais, uma vez que se realiza por meio das
enunciações em uma dada situação e em um contexto, retratando diferentes formas de
significar a realidade e, por isso, não pode ser estudada fora do contexto social e das
condições de produção.
O discurso é, portanto, entendido como o ato de comunicação verbal, ou seja, como
uso individual e concreto da língua no complexo processo da linguagem, fruto da interação
entre os participantes do enunciado e os elementos históricos, sociais e linguísticos. Conforme
a perspectiva da linguagem como interação,
[...] o discurso vivo e corrente está imediata e diretamente determinado pelo discurso-
resposta futuro: ele é que provoca esta resposta, pressente-a e baseia-se nela. Ao se constituir
na atmosfera do “já-dito”, o discurso é orientado ao mesmo tempo para o discurso-resposta
que ainda não foi dito, discurso este, porém, que foi solicitado a surgir e que já era esperado
(BAKHTIN, 2014b, p. 89).
O texto é, então, o espaço de concretização desse discurso, seja ele oral ou escrito,
visto não como uma unidade fechada, mas como uma dimensão discursiva, considerando-o
em suas múltiplas situações de interlocução, como resultado de trocas entre os sujeitos,
situados em um contexto sócio-histórico. (GERALDI, 2003). Trata-se do modo como um
sujeito escolhe organizar os elementos de expressão de que dispõe para veicular seu discurso
ao outro.
Desta forma, o ensino da língua ancorada nesta concepção e proposta neste documento
pretende, não apenas levar o aluno ao conhecimento da gramática, mas, sobretudo,
desenvolver sua capacidade de refletir, de maneira crítica, sobre o mundo que o cerca e sobre
a utilização da língua como recurso para a interação social. A reflexão linguística é feita a
partir da compreensão, da análise, da interpretação e da produção de textos verbais,
considerando seu contexto de produção, as diferentes situações de comunicação, os gêneros e
a intenção de quem os produz. Essa posição não pressupõe abandonar o ensino gramatical,
120

mas abordá-lo de maneira contextualizada, buscando revelar suas implicações na produção


dos múltiplos sentidos.

1.1 Gêneros Discursivos

A partir do estudo do texto, é possível estudar o discurso, o gênero no qual foi


organizado e os demais conteúdos implicados na atividade verbal. Como estão diretamente
relacionados ao uso que as pessoas fazem da linguagem em diferentes situações
comunicativas, os gêneros discursivos25 correspondem a certos padrões de composição do
texto determinados pelo contexto em que são produzidos, pelo público a que se destinam, por
sua finalidade, por seu contexto de circulação.
Consoante Bakhtin (2011, p. 290), “cada esfera de utilização da língua elabora seus
tipos relativamente estáveis de enunciado”. Estáveis do ponto de vista temático,
composicional e estilístico. Dessa forma, a fim de formar cidadãos participativos socialmente,
entendemos que elencar os gêneros a serem abordados nas aulas favorece a promoção de
práticas educativas que possibilitem ao estudante participar de práticas sociais de linguagem
que se realizem para além do espaço escolar.
Como os textos representativos dos variados gêneros são expressos por meio de
diferentes tipos de composição (ou tipos textuais) - expositivo, descritivo, argumentativo ou
opinativo, narrativo e injuntivo - estudá-los possibilita o desenvolvimento de atividades de
leitura, compreensão, interpretação e produção textual. E, como estão ligados a diferentes
esferas comunicativas, abordá-los em sala de aula é uma forma de possibilitar aos alunos a
apropriação de gêneros que circulam em campos sociais variados, como o jornalístico-
midiático (a partir de gêneros como a notícia, a reportagem, o editorial, por exemplo), o
artístico-literário, o campo da vida cotidiana, da esfera pública, jurídica e acadêmica.
Por serem abordados como elementos norteadores das aulas de Língua Portuguesa, é
preciso alertar para o perigo de gramaticalização dos gêneros, ou seja, para a prática de
recorrer-se ao conceito de gênero apresentado por Bakhtin (2011) e enfocar aspectos que não
são pertinentes a este, ao direcionar-se o objetivo da análise textual para a formação de
25
Neste documento, utiliza-se o termo gêneros discursivos em detrimento de gêneros textuais, por entender que,
apesar de estarem fundamentados na perspectiva bakhtiniana, não é apenas uma diferença terminológica, mas
conceitual, diferenciando-se a partir do foco desenvolvido por cada uma. Conforme Rojo (2005), a
terminologia gêneros do discurso recorre às marcas textuais e linguísticas com vistas à produção de sentido nas
situações enunciativas, enquanto a teoria dos gêneros textuais não apenas recorre a estes aspectos como parte
da composição textual, mas os considera elementos primordiais na formação e classificação dos gêneros.
121

conjuntos de textos que se enquadram neste ou naquele gênero. Por exemplo, pode-se
trabalhar com o gênero notícia com foco em aspectos estruturais, como os que compõem o
lead, deixando-se de explorar os aspectos discursivos, como as escolhas lexicais. Portanto,
não se trata de substituição de nomenclatura gramatical pelo estudo da composição dos
gêneros, mas de preparação do estudante para ler, entender, inferir acerca da ideologia
perpassada no texto e instrumentá-lo a atuar em relação ao conteúdo lido e em relação à
produção de textos.
A fim de buscar um trabalho integrado entre as diversas áreas do conhecimento,
pautado na interdisciplinaridade, destacamos alguns temas norteadores que podem ser
contemplados nos textos de diversificados gêneros discursivos elencados nas matrizes
curriculares, tais como: discriminação racial, discriminação social, discriminação aos idosos,
inteligência emocional, criatividade, comunicação não violenta, mobilidade urbana,
preservação ambiental, saúde física e mental, saúde e cuidado, intolerância religiosa,
desigualdade de gênero, pluralidade / diversidade cultural, valores (solidariedade, empatia),
Niterói, cidadania, bullying, consumo consciente, trabalho infantil, desenvolvimento
sustentável, consciência ecológica, educação para riscos ambientais, educação para o trânsito,
(re)educação alimentar, identidade, infâncias/adolescências, famílias, combate às fake news,
enfrentamento aos discursos de ódio, os riscos da negação da ciência, dentre outros.

1.2 Contextos de produção

Cabe ressaltar que, na perspectiva da linguagem como interação, os sujeitos elaboram


os discursos de acordo com a finalidade de cada espaço, este entendido como esfera social,
ou seja, os discursos são sempre orientados e determinados pelas características dos
contextos de produção em que se efetivam. Além disso, os enunciados são elaborados tendo
em vista as finalidades e as representações que o sujeito produtor tem de seus
interlocutores, isto é, o contexto de recepção. Cabe, ainda, a consideração do portador e do
espaço de circulação dos textos, o que orienta a escolha de determinado gênero do discurso.
Conforme salienta Bakhtin (2011), os contextos de produção são únicos e irrepetíveis, o que
torna os discursos também únicos. Dessa forma, tal discussão precisa estar presente na
escola, bem como a busca por garantir condições para que os alunos aprendam a
construir textos adequados às características de produção e a seus interlocutores. Objetivando-
se uma formação cidadã, a qual pretende que os alunos sejam capazes de agirem criticamente
122

nas diversas situações comunicativas, as práticas sociais que se realizam dentro e fora da
escola precisam ser objetos de aprendizagem nas unidades de ensino.

1.3 Linguagem oral e linguagem escrita

Considerando-se que a linguagem pode ser de natureza verbal e não verbal, essas
diferentes modalidades precisam estar presentes nas práticas escolares, possibilitando a
interlocução entre as distintas áreas do conhecimento, estruturando os diferentes objetivos de
aprendizagem.
Em relação à linguagem verbal, esta é efetiva na oralidade/sinalidade e na escrita,
assumindo algumas características distintas. Poderíamos afirmar que a linguagem oral ou
linguagem sinalizada geralmente é direta, guiada pelo diálogo e que pode dispor de recursos
extralinguísticos como gestos, expressões faciais, prosódia, entonação e postura corporal.
Num contexto de produção face a face, é possível refazer a mensagem se não bem
interpretada, uma vez que esta modalidade apresenta constante inovação e implica um maior
envolvimento entre os falantes. A linguagem escrita, por outro lado, seria, a priori, de contato
indireto, necessitando de uma elaboração mais adequada, havendo uma preocupação maior
com o conteúdo e com a correção, o que nem sempre acontece na fala. Ainda na linguagem
escrita, existe, a princípio, uma maior distância e menor interferência do interlocutor.
Contudo, a discussão sobre as linguagens oral, sinalizada e escrita não pode ser
baseada apenas em suas diferenças, considerando-se a complexidade das situações de
enunciação na sociedade atual. Quando analisamos as manifestações verbais nos diversos
contextos de produção, podemos observar que questões como formalidade ou planejamento
não são determinantes para caracterizar a linguagem. Um discurso falado pode ser organizado
em um registro formal, dependendo de seu contexto de produção, do mesmo modo que um
discurso escrito pode ser organizado em um registro informal, ou seja, a materialidade do
discurso - fônica ou grafada - não determina o registro. Além disso, um discurso oral pode ser
mais planejado, dependendo dos interlocutores, e um texto escrito pode ser mais espontâneo,
tendo em vista a situação comunicativa. Por fim, um discurso falado pode ser ancorado num
discurso escrito, organizado em gêneros típicos tanto de instâncias públicas como particulares.
Portanto, a linguagem verbal precisa ser tomada como objeto de ensino, o que
significa planejar situações didáticas em que a oralidade e a escrita estejam imbricadas
mutuamente. Isto implica em não compreender a linguagem oral e a linguagem escrita como
123

oposições, mas, sim, como manifestações que estão presentes nas diferentes circunstâncias
comunicativas das culturas atuais, que incorporam características próprias, mas também
similares.

1.4 Variedades linguísticas

As línguas humanas são heterogêneas e, portanto, variáveis. Os usos que são feitos
destas são plurais e variam conforme a classe social, o gênero, a idade, a escolaridade, a
profissão, a localização geográfica e as diversas atividades humanas. Desta forma, as
variedades linguísticas devem ser objeto de reflexão nas aulas de Língua Portuguesa,
sobretudo o valor social atribuído às variedades de prestígio e às variedades estigmatizadas.
Considerando-se os diferentes modos de realização dos discursos, segundo os
pressupostos da Sociolinguística, importa ressaltar, junto aos estudantes, que não há forma
melhor ou pior de se empregar uma língua, mas, sim, incentivá-los a refletir acerca das
escolhas linguísticas dos falantes em um determinado contexto. Cabe, então, à escola abordar
a questão da adequação linguística às diversas situações comunicativas, a fim de discutir e
combater o preconceito linguístico, sem minimizar o ensino da norma-padrão, a qual
permitirá aos alunos o conhecimento de gêneros discursivos, escritos ou orais/sinalizados,
mais ou menos formais, e a circulação em meios socialmente prestigiados.

1.5 Multimodalidade

Com o aparecimento de novas esferas da atividade humana, sobretudo com a


ampliação do uso das Tecnologias Digitais da Informação e Comunicação (TDIC), o
componente curricular de Língua Portuguesa vem enfrentando mudanças e um grande
desafio: unir as novidades tecnológicas à tradição escolar. A escola precisa, então, estar atenta
e conectada a essa era digital, explorando os gêneros discursivos mais próximos da
contemporaneidade e do cotidiano – tanto infantil quanto juvenil e adulto –, além de abordar
os textos mais clássicos, canônicos.
Tendo em vista que novos gêneros têm sido formados, com finalidades discursivas
específicas, o ensino e a aprendizagem da leitura e da escrita precisam considerar essa
variedade dos modos de comunicação atualmente existentes, a que chamamos de
multimodalidade. Nessa perspectiva, devem-se considerar os modos de comunicação
linguísticos (a escrita e a oralidade), visuais (imagens, fotografias) e/ou gestuais (apontar o
124

dedo, balançar a cabeça negativamente ou afirmativamente, por exemplo), conforme Street26.


Essa diversidade de modos de comunicação está sendo incorporada tanto pelos meios de
comunicação mais tradicionais, como livros e jornais, quanto pelos mais modernos, como
computadores, celulares, televisão, dentre outros.
A inclusão da multimodalidade em abordagens educacionais nos exige uma mudança
fundamental – não apenas na maneira como enxergamos a comunicação, mas também na
forma como professores e alunos interagem no mundo moderno, multimodal e multimídia. A
questão central permanece sendo a de que somos produtores de significados e a de que os
modos e os meios de comunicação são recursos dos quais nos apropriamos para produzir
significados.
Caberá, portanto, à escola, levar os alunos a desenvolverem o conhecimento e as
habilidades necessárias para produzir significados e apropriarem-se das múltiplas linguagens
como objeto de discussão, de modo a contribuir para uma recepção mais crítica e consciente
dessa nova realidade que se impõe a partir da era digital.
Convém destacar a importância de condições físicas e estruturais necessárias às
escolas, para que essas atividades possam ser desenvolvidas. O investimento em
equipamentos de qualidade, ambientes adequados, recursos didáticos diversos e acesso à
internet mostra-se extremamente necessário e urgente, assim como a formação continuada
para os professores da Rede. Oportunizar momentos de formação para que os docentes
possam conhecer essas novas ferramentas que se apresentam mediante o uso das novas
tecnologias, e delas se apropriar, é fundamental.

1.6 O lugar da literatura no currículo

Conforme a perspectiva de linguagem assumida neste documento, segundo a qual nos


formamos a partir do contato com o outro, que nos fala a respeito de nós, compreendemos a
importância da literatura. Na obra literária, o outro está presente de forma assumida no
discurso, seja do autor, que abre seu discurso ao outro, seja na presença de outras vozes como
a do narrador e dos personagens, que se desdobram em vozes de inúmeras facetas, memórias e
papéis. Por isso, a palavra literária é, ao mesmo tempo, um trabalho ético e estético, por

26
STREET, B. V. Multimodalidade. Disponível em:
http://ceale.fae.ufmg.br/app/webroot/glossarioceale/verbetes/multimodalidade. Acesso em: 28 mai. 2019.
125

permitir que o texto seja lugar para vozes diferentes, múltiplas, dissonantes, constituintes da
linguagem.
De acordo com Zilberman (2008), a leitura do texto literário constitui uma atividade
sistematizadora, na medida em que permite ao indivíduo penetrar o âmbito da alteridade, sem
perder de vista sua subjetividade e história. Neste sentido, a literatura precisa ser reconhecida
como um direito de todos, conforme defende Antônio Cândido (1995), que a equipara aos
direitos básicos do ser humano, como saúde, educação e lazer: “se ninguém pode passar vinte
e quatro horas sem mergulhar no universo da ficção e da poesia, a literatura (...) parece
corresponder a uma necessidade universal, que precisa ser satisfeita e cuja satisfação constitui
um direito.” (1995, p.3). Tal proposição nos convoca ao ato responsável e político de
compreender que a literatura deve ser garantida aos estudantes de nossa Rede.
Essa perspectiva traz desafios para as práticas escolares no que se refere à formação de
leitores. Tendo em vista que não há educação fora da similitude entre o eu e o outro, é
possível compreender que a instituição escolar tem o compromisso de compartilhar a
literatura, criando, assim, elos de coletividade e ampliando as possibilidades de interações dos
alunos consigo mesmos, com os outros e com a cultura. E ainda, considerando que as
experiências com textos literários na escola vão inserindo o sujeito na esfera social da qual a
literatura faz parte, ao mesmo tempo em que permite a entrada na cultura escrita pela palavra
enquanto arte (CORSINO, 2014), esse movimento precisa se iniciar desde a Educação
Infantil, considerar sua importância no processo de alfabetização e pressupor o investimento
em sua continuidade em todos os ciclos do Ensino Fundamental.
Além disso, tanto na educação, como na literatura, o caminho de aproximação entre as
palavras do eu e do outro constitui uma compreensão que não é um simples reconhecimento
de signos, mas uma resposta aberta a negociações e novas construções e, por isso, precisa se
dar por uma prática dialógica. A partir dessa premissa, é necessário pensar em um trabalho
com a literatura que possibilite o espaço para o diálogo e no qual os leitores na escola tenham
a oportunidade de ampliar suas referências textuais e discursivas.
Ressaltamos que a formação do leitor é bem mais do que uma habilidade pronta e
acabada de ler textos literários. Também não é apenas um saber que se obtém sobre a
literatura ou sobre os textos literários, mas, sim, uma experiência de dar sentido ao mundo por
meio de palavras que falam de palavras, transpondo os limites de tempo e espaço. A partir
desse pressuposto, o ensino da literatura na escola precisa objetivar a formação de leitores
capazes de se inserir em uma comunidade linguística, manipular os instrumentos culturais e
construir um sentido para si e para o mundo em que vivemos.
126

Por esse viés, destacamos a importância de unir a essa discussão o papel e o lugar de
autoria dos sujeitos. Dirigimos, então, o nosso olhar para os autores de textos literários em
nossa cidade, muitos deles professores e profissionais da Rede. Esses autores, ao burilarem as
palavras, provocam sonhos, encantamentos, resistência e lampejos de esperança. Nossa cidade
é berço de artistas e escritores, cujas obras devem ser valorizadas enquanto patrimônio desta
cidade. São muitos autores e artistas de Niterói que lutam contra a massificação editorial,
transitam pela cidade promovendo poesia, arte e vida. Por isso, a literatura local, os autores e
os artistas de Niterói precisam compor a teia literária que a escola, como lugar de descortinar
horizontes, propõe-se a desvelar. Nesse sentido, reafirmamos a necessidade de legitimar e
valorizar as produções literárias dos autores de nossa cidade. Que a escola seja o lugar de
valorização da arte local e, também, um espaço de fazer nascer novos artistas. Que a escola
propicie a gestação de novos autores, poetas, artistas, que seja um espaço-tempo de incentivo
à criação. O trabalho com o texto literário no ambiente escolar, em todas as etapas, desde a
educação infantil até o final do Ensino fundamental, pode potencializar a sensibilidade
estética contra o anestesiamento dos sentidos.
Portanto, a literatura não é um pretexto para a aquisição de conhecimentos, tampouco
se reduz à possibilidade de proporcionar prazer, tendo em vista que também tem a função
suscitar questionamentos, fomentar tensões, conflitos e sentidos e ajudar a produzir
compreensões sobre quem somos, quem podemos ser e sobre o mundo que nos cerca,
independentemente da idade que tenhamos.
Por isso, os textos literários podem ser trabalhados nas práticas de produção de textos
orais e escritos, assim como nas práticas de leitura e escuta de textos, empreendendo ações em
que os textos sejam comentados pelos/com os alunos, na troca, no elogio, na crítica, no relato,
em situações nas quais se fale de livros e histórias, contos, poemas ou personagens, e se
compartilhem interpretações e reflexões. Nessa perspectiva, importa a leitura literária de
clássicos ou contemporâneos, nos variados gêneros discursivos com dimensão artística, não
com ênfase no acúmulo de informações sobre gêneros, estilos, escolas ou correntes literárias
(embora esses conhecimentos sejam importantes), mas, sim, buscando reconhecer a qualidade
do texto literário e o modo de realização da leitura; produzindo sentimentos e reflexões para
além do momento em que a leitura acontece. Uma leitura que contribui para a humanização e
o agir ético, conforme evidencia Kramer (2010).

1.7 Concepções de alfabetização


127

Na história da alfabetização no contexto brasileiro, passamos por diferentes


momentos, com preocupações, estudos e concepções distintas, conforme aponta Soares
(2016). Tendo em vista que o processo de alfabetização não parou de mudar ao longo dos
anos, esta é uma realidade sensível a mudanças políticas, sociais, acadêmicas e educacionais,
o que implica diretamente nos processos de ensino e aprendizagem.
Nas últimas décadas do século XIX, ler e escrever dependia de aprender os nomes das
letras, para, posteriormente, realizar a combinação de consoantes e vogais, formando as
sílabas, depois palavras e, finalmente, frases. Nessa perspectiva, o método de excelência era a
soletração (b + a = BA), resultando numa aprendizagem centrada na grafia, como se letras
fossem sons, ignorando que elas os representam.
No início do século XX (até os anos 80), a ênfase era nos métodos sintéticos, que
privilegiam o ensino das relações entre letras e sons até chegar à palavra, depois para frases e
textos, com foco na percepção auditiva. A progressão vai do mais fácil para o mais difícil.
Simultaneamente, considerando-se a realidade psicológica da criança, entram em cena os
métodos analíticos (palavração, sentenciação, método global, etc.) partindo do texto como
objeto de leitura, isto é, da análise de seus componentes semânticos e fonéticos, da
compreensão da palavra até chegar às sílabas e letras, com ênfase na percepção visual.
Todavia, ambos se limitam à aprendizagem do sistema alfabético-ortográfico da escrita,
utilizando palavras e/ou textos artificiais, com rígido controle léxico, para composição e
decomposição. O texto é apenas um pretexto para os exercícios, com uma progressão prevista
pelos elaboradores dos materiais utilizados, como as cartilhas. Nessas perspectivas, o domínio
do sistema de escrita é considerado condição e pré-requisito para que o sujeito desenvolva
habilidades de leitura e escrita, para só posteriormente ler e produzir textos reais.
A partir dos anos de 1980, as discussões no campo da alfabetização se alteram, com o
deslocamento do foco de “como se ensina” para o “como se aprende”, com a chegada das
pesquisas da epistemologia genética de Jean Piaget no Brasil, especialmente pela obra de
Emília Ferreiro. Esses estudos argumentavam que o ensino, até então, prevalecia sobre a
aprendizagem e concebia a criança como ser passivo. Ao contrário, o construtivismo
pressupunha a prevalência da aprendizagem sobre o ensino e, por isso, o foco passa a ser o
aprendiz, ancorado na concepção de que o processo de aprendizagem da língua escrita se dá
por uma construção progressiva do princípio alfabético, a partir da interação com materiais
reais de leitura e escrita (diferentes gêneros e portadores textuais).
Embora essa visão, trazida pelo construtivismo, da criança como sujeito ativo, que
vivencia um “conflito cognitivo” no processo de aprendizagem, evidenciando as tentativas e
128

hipóteses relativas à escrita, seja muito importante para a história da alfabetização, bem como
o reconhecimento do “erro” como fundamentalmente construtivo no processo, sua influência
no processo de alfabetização teve algumas consequências indesejadas, conforme salienta
Smolka (2003). Segundo a autora, os estudos de Ferreiro & Teberosky têm sido reduzidos à
questão de correspondência grafo-sonora, categorizando crianças e turmas em termos de
níveis de hipóteses, quando o processo de leitura e escrita abrange os aspectos das funções e
configurações, da dimensão simbólica e do processo de conceituação e elaboração das
experiências, da metalinguagem, além do conflito social (SMOLKA, 2003, p. 63).
Ainda podemos citar outras limitações, como a desconsideração do papel dos
conhecimentos convencionais, como por exemplo, informações sobre as letras e seus nomes e
a visão uniforme e sequencial de ocorrência das hipóteses (as quatro principais: pré-silábica,
silábica, silábico-alfabética e alfabética, e as hipóteses de quantidade mínima e de variação)
que podem ocasionar uma confusão entre alcançar a hipótese alfabética e estar alfabetizado.
Não obstante, o não estudo do processo de consolidação das relações entre fonemas e
grafemas, bem como do domínio de diferentes estruturas silábicas pode implicar, em muitos
casos, o adiamento do ensino de ortografia. Dessa forma, embora tenha trazido muitas
contribuições para pensarmos como as crianças aprendem, tal perspectiva situa a linguagem
como construção individual.
Mais adiante, a perspectiva de compreender as funções e configurações da escrita no
contexto social toma forma na educação brasileira com o advento dos estudos de Letramento,
nos anos de 1990, que surgiu a partir de discussões relacionadas à distinção entre o domínio
do princípio alfabético e seu uso efetivo e competente. De acordo com Soares (2012), autora
que foi fundamental para a repercussão desse termo na educação brasileira, a palavra
Letramento é uma tradução do termo inglês literacy (“condição de ser letrado”), ou literate,
adjetivo que caracteriza a pessoa que domina a leitura e a escrita. Para a autora, está implícita
nesse conceito a ideia de que a escrita e a leitura trazem consequências sociais, culturais,
políticas, econômicas, cognitivas e linguísticas, tanto para o indivíduo, quanto para o grupo
social no qual ele está inserido. Contudo, devido à apropriação do termo no Brasil, articulado
ao campo da alfabetização, tal perspectiva culmina, muitas vezes, numa visão reducionista,
sendo abusivamente utilizado e estreitamente relacionado à escrita alfabética e não aos usos e
práticas da leitura e da escrita que marcam também a oralidade nas diferentes esferas sociais.
Conforme salienta Goulart (2014), a problemática da adoção indiscriminada do termo se
amplia, uma vez que há propostas que intentam compreender o “como” trabalhar com o
letramento, isto é, como transformá-lo em conteúdo ou método: “O termo entra no circuito
129

escolar, em que tudo precisa se tornar conteúdo - didatizável e mensurável -, esvaziando-se,


muitas vezes, do sentido cultural, socialmente referenciado” (p. 43).
Além disso, a autora evidencia que a dicotomia dos termos divide as dimensões do
ensinar e aprender a escrita, permitindo significar alfabetizar como a aprendizagem do sistema
alfabético de escrita e letrar como a aprendizagem do sentido social da linguagem escrita. A
discussão passa a girar em torno de para qual termo dar mais relevância: alfabetizar letrando,
no qual se ensina o sistema alfabético da escrita na perspectiva do seu sentido social; ou letrar
alfabetizando, partindo do sentido social da escrita para ensinar o sistema alfabético. Por esse
motivo, a autora sinaliza que a concepção desses dois processos distintos determina uma
cisão, ainda que sejam considerados indissociáveis, e evidencia a preocupante proliferação de
tantos “letramentos” (adjetivados) no panorama de propostas educacionais, uma vez que “os
conhecimentos e seus modos de organização, como a linguagem escrita, são objeto da cultura
e não da escola.” (GOULART, 2014, p. 43).
Importa salientar que, em um processo histórico de pesquisas e discussões no campo
educacional, os estudos de Letramento foram fundamentais. Um provento relevante advindo
dessa concepção foi apontar o valor social da aprendizagem da leitura e da escrita. No
entanto, conforme Goulart, a dicotomização entre os termos alfabetização e letramento talvez
esteja servindo para, mais uma vez, esvaziar o conteúdo do primeiro em seu sentido político,
além de “perpetuar as diferenças de conhecimentos que grupos sociais populares levam para a
escola como insuficiências que acarretam dificuldades, que precisam ser compensadas.”
(GOULART, 2014, p. 49).
Nos anos 2000, ressurge no cenário da educação nacional a perspectiva do Método
Fônico, especialmente com a contribuição da Psicologia Experimental. Os autores dessa
abordagem referendam sua posição apresentando estudos de casos e de grupos quanto à sua
utilização e sua suposta eficácia, afirmando que, para o desenvolvimento de um leitor crítico,
é imprescindível que a criança possa codificar e decodificar o sistema alfabético de sua língua
materna. Portanto, o método pressupõe que a criança deva pronunciar isoladamente cada um
dos fonemas de uma palavra, submetendo os aprendizes a textos limitados e artificiais, o que
deforma as competências de leitura e produção textual almejadas para sujeitos críticos, que
aprendam a língua materna para se compreenderem e se expressarem nas diversas esferas
sociais. Como salienta Goulart (2014), trata-se de uma argumentação falaciosa, tendo em vista
que “o discurso encobre a disputa que também existe em outros países sobre modos mais
culturais e modos mais estritamente estruturais de ensinar a língua escrita, além de sonegar
130

outras informações e desconsiderar as diferenças históricas de realidades político-sociais.”


(2014, p. 41).
Outras limitações de um processo de ensino fundamentado somente no paradigma
fonológico são a visão adultocêntrica de escrita alfabética como “código” e de leitura e escrita
como meras “codificação” e “decodificação” e o tratamento inoportuno da noção de fonema e
valorização de habilidades de consciência fonêmica que nem adultos alfabetizados conseguem
realizar sem pensar na imagem gráfica das palavras. Além disso, as práticas de ensino
fundamentadas nesta perspectiva acabam por propor treinamentos desestimulantes e
padronizados, com uso de pseudotextos com ênfase na promoção de uma “fluência de leitura”
que prescinde da atribuição de sentidos e contribui, assim, para a resistência à produção de
textos, uma vez que esvazia de significado os atos de ler e escrever.
Vale aqui ressaltar a importância de se trabalhar o conhecimento histórico da
construção alfabética, incluindo as relações grafofônicas que fazem parte do processo de
apropriação da língua escrita (o sistema de escrita). Contudo, é preciso reconhecer o lugar e o
valor atribuídos aos conhecimentos fonológicos nas metodologias de alfabetização. Neste
sentido, concordamos com Corais (2019) ao afirmar que:

Compreendemos que os conhecimentos linguísticos são produções culturais,


criação dos sujeitos do discurso, logo, sua aprendizagem não pode se dar
fora da cultura e do contexto das interações discursivas. A aprendizagem das
relações grafofônicas deve ser significativa e, nesse processo, internalizadas.
Não é preciso fragmentar a linguagem e seu ensino para que os
conhecimentos fonológicos sejam trabalhados, nem enfocá-los de modo
exaustivo. (p. 159-160).

Dessa maneira, consideramos que o trabalho voltado para a percepção dos


conhecimentos fonológicos deve estar articulado com as percepções morfológica, sintática e
semântica, a fim de que os sujeitos possam aprender a utilizar e compreender a linguagem
intencionalmente. Portanto, argumentamos sobre a necessidade de se pensar o processo de
ensino e aprendizagem da leitura e escrita a partir de uma compreensão da linguagem como
processo discursivo, no qual os sujeitos operam com a língua viva, com o discurso social.
(SMOLKA, 2003; GOULART, 2014b; GOULART; GARCIA; CORAIS, 2019).

1.8 A alfabetização como processo discursivo

Falar do processo de alfabetização implica em pensar algumas questões fundamentais:


para que ensinamos o que ensinamos? E por que as crianças aprendem o que aprendem?
131

Conforme discutido anteriormente, toda atividade desenvolvida em sala de aula


implica uma metodologia de ensino articulada a uma opção política, o que envolve uma
compreensão e interpretação da realidade e uma perspectiva de linguagem. Nesse sentido, é
possível argumentar sobre a potência de ancorar as práticas de ensino da leitura e da escrita a
partir de uma perspectiva de linguagem como forma de interação. Isso implica que, mais do
que instrumento de transmissão de informações, a linguagem é vista como lugar de interação
humana. Concordando com Goulart (2017), este documento pressupõe a perspectiva do
discurso como necessária para pensar a alfabetização, pois, muito mais do que letras, palavras
e sons, o discurso é uma forma de constituição de sentidos e de seus modos de produção,
histórica e culturalmente construída na ação coletiva e individual dos sujeitos com outros
sujeitos e com outros tempos-espaços (2017, p. 109). O ensino da língua, ancorado nessa
concepção, pretende o desenvolvimento da capacidade de refletir, de maneira crítica, sobre o
mundo que o cerca e, em especial, sobre a utilização da língua como recurso para a interação
social. A reflexão linguística é feita a partir da compreensão, da análise, da interpretação e da
produção de textos verbais, considerando seu contexto de produção, as diferentes situações de
comunicação, os gêneros e a intenção de quem os produz. Essa proposição anela o ensino da
gramática numa abordagem contextualizada, de modo a fazer sentido ao aluno e a possibilitar
a adequação dos discursos às intenções interlocutivas.
O modo de conceber a alfabetização como processo discursivo aparece no contexto
brasileiro na década de 1980, a partir de interlocuções da Educação com autores do campo da
Psicologia e dos Estudos da Linguagem – ressaltamos as contribuições de Smolka (2003) –
além de um trabalho de atuação e investigação com crianças pré-escolares e dos primeiros
anos de escolarização.
O argumento central dessa perspectiva é o da natureza social do desenvolvimento
humano, ou seja, a compreensão de que os modos de agir, pensar, falar e sentir dos sujeitos
vão se constituindo e adquirindo sentido nas relações sociais. Desta forma, a mediação e a
participação de outros na construção do conhecimento é fundamental. Também é um pilar
importante dessa abordagem de alfabetização a concepção de linguagem como produção
histórica e cultural, constitutiva dos sujeitos, da subjetividade e do conhecimento.
Destacamos como primordiais as contribuições de Lev Vygotsky e Mikhail Bakhtin,
uma vez que essa perspectiva considera a atividade mental da criança não apenas em seu
aspecto cognitivo, mas em seu aspecto discursivo, ou seja, por estar imersa em um mundo
permeado pela escrita, a criança opera com e sobre a linguagem e aprende (sobre) a escrita
(suas características, peculiaridades, funções e formas de funcionamento) em diálogo com
132

outros e consigo mesma. Portanto, a linguagem oral ou escrita é, ao mesmo tempo,


meio/modo de interação, de (inter e intra) regulação das ações e objeto de conhecimento.
A perspectiva discursiva da alfabetização tem implicações diretas na maneira de
organização do trabalho docente e nas relações de ensino, uma vez que os modos de ensinar
dos professores e os modos de aprender das crianças são percebidos como intrinsecamente
relacionados e em processo contínuo de transformação. Como interlocutor privilegiado na
relação de ensino no espaço escolar, o professor que ancora sua ação pedagógica nessa
perspectiva organiza as práticas escolares de forma a ampliar o universo das crianças,
disponibilizando as mais diversas formas, fontes e suportes de escrita e utilizando os mais
variados instrumentos e recursos, a fim de proporcionar as condições para os alunos
vivenciarem os muitos sentidos e possibilidades da linguagem.
Smolka (2003) enfatiza que o ensino da leitura e da escrita se orienta e se
redimensiona pela seguinte questão: para quem se escreve, o que se escreve, como e por quê?
Segundo a autora, do jogo simbólico e do desenho à incorporação dos papéis de leitor e
escritor; da leitura e escrita imitativas à elaboração da escrita de acordo com as normas da
convenção, a alfabetização das crianças se constitui em um laborioso trabalho simbólico,
dialógico, que se realiza em condições concretas de enunciação.
Indo ao encontro dessa perspectiva, neste documento, a alfabetização é compreendida
como um processo discursivo, no qual a criança aprende a ouvir, a entender o outro pela
leitura; aprende a falar e a dizer o que quer pela escrita. Esse aprender significa fazer, usar,
praticar, conhecer, ou seja, a criança aprende a escrever enquanto escreve e aprende sobre a
escrita, e aprende a ler enquanto lê, mesmo que ainda não consiga ler e registrar, por meio de
um sistema de representação, as palavras e textos produzidos. Nessa vertente, a alfabetização
precisa acontecer num espaço discursivo, ou seja, em um processo no qual a linguagem seja
utilizada pela interação e pela comunicação por meio das práticas sociais concretas, seja
oralmente ou por escrito, a partir de diversos gêneros discursivos, dentro e fora dos muros da
escola.

1.9 Educação de surdos

Dentre as singularidades que diferenciam o processo educacional das pessoas com


surdez, está a forma de comunicação e expressão em que o sistema linguístico de natureza
visual-motora, com estrutura gramatical própria, constitui um sistema linguístico de
transmissão de ideias e fatos, oriundos de comunidades de pessoas surdas do Brasil (BRASIL,
133

2002). Diferente da oralidade, forma de comunicação e expressão nas línguas orais, a


sinalidade "é apenas uma forma de produzir uma língua em particular, tanto quanto a fala é
um modo de se produzir uma língua", consoante Wilcox e Wilcox (2005, p. 51). A essa
diferença no modo de produzir e de receber informações, chamamos de diferença de
modalidade.
Além da diferença de língua, que justifica uma proposta de ensino bilíngue, importa
destacar que a diferença de modalidade permite enfatizar as particularidades metodológicas
no processo ensino-aprendizagem desse alunado, principalmente no que se refere à
perspectiva dialógica, funcional e instrumental para o ensino da modalidade escrita da Língua
Portuguesa como segunda língua, seguindo orientações do decreto N° 5.626/05. Ainda
segundo este documento, no Capítulo IV:

Art.16: A modalidade oral da Língua Portuguesa, na educação básica, deve


ser ofertada aos alunos surdos ou com deficiência auditiva,
preferencialmente em turno distinto ao da escolarização, por meio de ações
integradas entre as áreas da saúde e da educação, resguardado o direito de
opção da família ou do próprio aluno por essa modalidade. (BRASIL, 2005).

A Língua Brasileira de Sinais (Libras), assim como todas as línguas sinalizadas,


apresenta uma hierarquia de níveis linguísticos: fonético, fonológico, morfológico, sintático,
semântico e pragmático (BRITO, 1995; QUADROS, 2004). A educação bilíngue para surdos
é aquela em que a Libras e a modalidade escrita da Língua Portuguesa são línguas de
instrução utilizadas no desenvolvimento de todo processo educativo. Desse modo, as
modalidades produtivas utilizadas nas classes bilíngues são: a sinalizada e a escrita. Quadros
(2006, p. 33) ressalta que "no processo de aquisição do Português, as crianças surdas
apresentarão um sistema que não mais representa a primeira língua, mas ainda não representa
a língua alvo”.
Atentar para esses níveis de interlíngua em crianças surdas faz refletir sobre a
necessidade de se verificar em que nível de interlíngua estão os professores ouvintes que
afirmam saber Libras, que é a língua alvo dos ouvintes. E o quanto oferecem de elementos
conflitantes ao ensinarem Língua Portuguesa na modalidade escrita para os alunos surdos,
utilizando a Libras como língua de instrução.
Nesse aspecto, a proposta de educação bilíngue Libras/Língua Portuguesa no
município de Niterói visionou a necessidade da presença de um professor de Libras nas
classes bilíngues. Este deve ser um profissional surdo que, além de minimizar possíveis
conflitos entre os sinalizantes surdos e ouvintes que se colocam como alunos e professores,
134

pode apresentar sua experiência como pessoa surda e sua forma de ver o mundo a partir de
uma ótica desvinculada da ótica da sonoridade para as crianças no ambiente educacional.
Os professores regentes são bilíngues nas classes bilíngues do 1º ao 5º ano - primeira
etapa do Ensino Fundamental, e são acompanhados por tradutores intérpretes de Libras nas
aulas extras. Na segunda etapa, 6º ao 9º ano, as classes são inclusivas, compostas por alunos
surdos e ouvintes, nas quais os professores das diversas disciplinas são acompanhados por
tradutor intérprete de Libras ao longo de todas as aulas.
É desejável a extensão do tempo de permanência de alunos surdos na escola para
possibilitar o ensino e o reforço de Libras, bem como da Língua Portuguesa escrita como
segunda língua, pelo Atendimento Educacional Especializado e, também, pelo atendimento
realizado na Sala de Recursos da própria escola com professores especializados.
No ensino da língua para alunos com determinadas deficiências, a exemplo do
autismo, torna-se necessário o uso dos recursos de Tecnologia Assistiva (T.A.) para
proporcionar aos alunos condições de igual participação nas atividades pedagógicas. A
Tecnologia Assistiva compreende um conjunto de recursos e serviços que contribuem para
proporcionar ou ampliar habilidades funcionais de pessoas com deficiência e,
consequentemente, promover inclusão e autonomia aos alunos.
Para utilização de qualquer Tecnologia Assistiva, faz-se necessária uma avaliação
pedagógica, juntamente com o grau de funcionalidade do aluno, por um profissional
habilitado, para identificar a melhor e mais indicada tecnologia a ser utilizada, objetivando
que as limitações dos estudantes sejam superadas ou minimizadas, garantindo sua completa
inclusão no meio educacional.
135

MATRIZ CURRICULAR – LÍNGUA PORTUGUESA

1º CICLO
LÍNGUA PORTUGUESA
1º ANO
Núcleos Objetos de
Objetivos de Aprendizagem e Desenvolvimento Propostas Metodológicas
Temáticos Conhecimento
● Protocolos de leitura. ● Reconhecer que os textos são lidos e escritos da esquerda ● Produção e seleção de textos de gêneros
para a direita e de cima para baixo da página. conhecidos, tendo o professor como escriba e
leitor.
● Respeitar a colocação de outras pessoas tanto no que se ● Rodas de conversa.
refere às ideias quanto ao modo de falar, respeitando e
valorizando a variação linguística.
● Decodificação/fluência ● Ler palavras novas com precisão, no caso de palavras de ● Uso de cards com imagens e escrita para o
de leitura. uso frequente, ler globalmente, por memorização. pareamento.

Leitura ● Identificar, com ajuda do(a) professor(a), as diferentes ● Leitura e comparação de textos diversos que
origens das palavras, como africanas, indígenas e/ou apresentem palavras oriundas de diferentes
relacionadas ao mundo contemporâneo e às novas matrizes e contextos.
tecnologias. ● Utilização de dicionário etimológico.
● Compreensão em ● Ler e compreender, em colaboração com os colegas e com a ● Participação na produção desses diferentes textos.
leitura. ajuda do professor ou já com certa autonomia, listas, ● Construção de agenda de atividades tendo o(a)
agendas, calendários, avisos, convites, receitas, instruções professor(a) como escriba.
de montagem (digitais ou impressos), dentre outros gêneros ● Construção gradual do calendário etc.
do campo da vida cotidiana, considerando a situação
comunicativa e o tema/assunto do texto e relacionando
sua forma de organização à sua finalidade.
● Ler e compreender, em colaboração com os colegas e com ● Leitura e análise destes gêneros em diferentes
a ajuda do professor, quadras, quadrinhas, parlendas, suportes.
136

trava-línguas, dentre outros gêneros do campo da vida


cotidiana, considerando a situação comunicativa e o
tema/assunto do texto e relacionando sua forma de
organização à sua finalidade.
● Ler e compreender, em colaboração com os colegas e com ● Trabalho com jornais e revistas em caráter
a ajuda do professor, fotolegendas em notícias, manchetes e introdutório.
lides em notícias, álbum de fotos digital noticioso e notícias ● Leitura sistemática de jornais e notícias referentes
curtas para público infantil, dentre outros gêneros do ao município.
campo jornalístico, considerando a situação comunicativa e
o tema/assunto do texto.
● Ler e compreender, em colaboração com os colegas e com ● Elaboração de cartazes com as regras de
a ajuda do professor, cartazes, avisos, folhetos, regras e convivência, a partir de discussões a esse respeito
regulamentos que organizam a vida na comunidade escolar, nas rodas de conversa e como registro de
dentre outros gêneros do campo de atuação cidadã, assembleias de classes.
considerando a situação comunicativa e o tema/assunto do ● Construir e discutir a agenda de atividades diárias
texto. com os alunos, analisando as informações
contidas na mesma.
● Compreensão em ● Ler e compreender, em colaboração com os colegas e com ● Selecionar diferentes tipos de textos do campo
leitura. a ajuda do professor, enunciados de tarefas escolares, investigativo e formar fichários para consultas em
diagramas, curiosidades, pequenos relatos de experimentos, sala de aula.
entrevistas, verbetes de enciclopédia infantil, entre outros
gêneros do campo investigativo, considerando a situação
comunicativa e o tema/assunto do texto.

● Formação de leitor. ● Buscar, selecionar e ler, com a mediação do professor ● Seleção de textos que contemplem temáticas
(leitura compartilhada), textos que circulam em meios variadas, como por exemplo, os riscos ambientais.
impressos ou digitais, de acordo com as necessidades e ● Implementação de Roda de leitura diariamente.
interesses, em diálogo com o contexto sociocultural dos ● Leitura de textos históricos e informativos que
alunos. relatem aspectos essenciais da formação do povo
● Perceber-se como parte integrante do ambiente e, assim, brasileiro e as influências das matrizes africanas e
analisar de forma crítica, a partir dos diferentes gêneros indígenas.
137

textuais, os problemas ambientais atuais e as possíveis ● Selecionar notícias e tirinhas com a temática
intervenções. ambiental para debate e posterior produção de um
jornal mural que atente para os principais
problemas ambientais da atualidade.
● Formação do leitor ● Ler e compreender, com certa autonomia, textos literários, ● Leitura literária em voz alta realizada
literário. de gêneros variados, desenvolvendo o gosto pela leitura. frequentemente (de preferência, diariamente) pelo
● Apreciação professor e/ou pelos próprios alunos.
estética/estilo. ● Frequência sistemática em atividades de sala de
leitura (empréstimos).
● Utilização de Bornal de Leitura (Mala Viajante)
com possibilidade de registros de leitura
(desenhos, escritas individuais ou tendo os
familiares como escribas).
● Saraus, dramatização de cantigas e poemas;
brincadeira de rimas, com palavras, figuras e
nomes dos próprios alunos.
● Leitura de livros de imagens, histórias em
quadrinhos e tirinhas.

● Apreciar poemas e outros textos versificados, observando ● Saraus, dramatização de cantigas e poemas;
rimas, sonoridades, jogos de palavras, reconhecendo seu brincadeira de rimas, com palavras, figuras e
pertencimento ao mundo imaginário e sua dimensão de nomes dos próprios alunos.
encantamento, jogo e fruição.
● Construção do sistema ● Observar escritas convencionais, comparando-as às suas ● Produção de textos coletivos, podendo ter o
alfabético/ convenções produções escritas, percebendo semelhanças e diferenças. professor como escriba.
da escrita. ● Utilização de jogos de alfabetização, inclusive
construindo-os com os alunos.
● Correspondência ● Escrever, espontaneamente ou por ditado, palavras e frases ● Ditados lúdicos, com figuras, objetos, a partir de
fonema-grafema. de forma alfabética- usando letras/grafemas que mímicas ou de palavras retiradas de textos
Escrita representam fonemas. trabalhados.
● Recorte, colagem, escrita e análise de listas,
etiquetas, crachás, cantigas de rodas etc. com/sem a
utilização de banco de dados.
138

● Construção do sistema ● Produzir e copiar textos, mantendo suas características e ● Produção de textos coletivos, podendo ter o
alfabético/ voltando para o texto sempre que tiver dúvidas sobre sua professor como escriba.
estabelecimento de distribuição gráfica, espaçamento entre as palavras e
relações anafóricas na pontuação.
referenciação e
construção da coesão.
● Escrita autônoma e ● Planejar e produzir, em colaboração com os colegas e com
compartilhada. a ajuda do professor, listas, agendas, calendários, avisos,
convites, receitas, instruções de montagem e legendas para
álbuns, fotos ou ilustrações (digitais ou impressos), dentre
outros gêneros do campo da vida cotidiana, considerando a
situação comunicativa e o tema/assunto/finalidade do texto.

● Registrar, em colaboração com os colegas e com a ajuda do


professor, cantigas, quadras, quadrinhas, parlendas, trava-
línguas, dentre outros gêneros do campo da vida cotidiana,
considerando a situação comunicativa e o
tema/assunto/finalidade do texto.
● Produzir, tendo o professor como escriba, recontagens de
histórias lidas pelo professor, histórias imaginadas ou
baseadas em livros de imagens, observando a forma de
composição de textos narrativos (personagens, enredo,
tempo e espaço).
● Escrita compartilhada. ● Planejar e produzir, em colaboração com os colegas e com ● Construção de livros literários dos alunos
os colegas e com ajuda do professor, (re)contagens de (individualmente ou coletivamente).
histórias, poemas e outros textos versificados (letras de ● Produção de peças teatrais, jograis e dramatizações
canções, quadrinhas, cordel), poemas visuais, tiras e com fantoches.
histórias em quadrinhos, dentre outros gêneros do campo
artístico-literário, considerando a situação comunicativa e a
finalidade do texto.
139

● Escrever, em colaboração com os colegas e com a ajuda do ● Construção de jornal escolar impresso e/ou digital.
professor, fotolegendas em notícias, manchetes e lides em ● Criação de um caderno ou seção do jornal
notícias, álbum de fotos digital noticioso e notícias curtas exclusiva para divulgação de informações sobre
para público infantil, digitais ou impressos, dentre outros diferentes temáticas, entre eles a ambiental.
gêneros do campo jornalístico, considerando a situação
comunicativa e o tema/assunto do texto.
● Escrever, em colaboração com os colegas e com a ajuda do ● Produção de murais e slides para projeção de
professor, slogans, anúncios publicitários e textos de campanhas publicitárias e de conscientização sobre
campanhas de conscientização destinados ao público educação para riscos.
infantil, dentre outros gêneros do campo publicitário,
considerando a situação comunicativa e o
tema/assunto/finalidade do texto.
● Produção de textos. ● Planejar e produzir, em colaboração com os colegas e com ● Elaboração de enciclopédias, verbetes, dicionários
a ajuda do professor, diagramas, entrevistas, curiosidades, ilustrados, almanaques etc.
dentre outros gêneros do campo investigativo, digitais ou ● Elaboração de roteiros de entrevistas de forma
impressos, considerando a situação comunicativa e o coletiva.
tema/assunto/finalidade do texto. ● Planejamento de aulas passeio no entorno da
unidade escolar, conforme o contexto, com
elaboração de roteiro de observações, discussões
e registros (individuais e/ou coletivos).
● Produção de texto oral ● Planejar e produzir, em colaboração com os colegas e com ● Rodas de conversas.
ou sinalizado. a ajuda do professor, recados, avisos, convites, receitas, ● Atividades de experimentação (culinária, robótica,
instruções de montagem, dentre outros gêneros do campo da construção de maquetes, terrários etc.).
vida cotidiana, que possam ser repassados oralmente por
meio de ferramentas digitais, em áudio ou vídeo,
Oralidade/ considerando a situação comunicativa e o
Sinalidade tema/assunto/finalidade do texto.

● Recitar parlendas, quadras, quadrinhas, trava-línguas, com ● Rodas de conversas, cantigas de rodas, brincadeiras
entonação adequada e observando as rimas. cantadas, dramatizações.

● Elaboração de apresentação de slides e vídeos


● Planejar, em colaboração com os colegas e com a ajuda do
professor, slogans e peças de campanha de conscientização publicitários para projeção.
140

destinada ao público infantil que possam ser repassados ● Produzir podcasts e vídeos informativos e/ou
oralmente por meio de ferramentas digitais, em áudio ou realizar rodas de conversa a respeito das temáticas
vídeo, considerando a situação comunicativa e o relacionadas aos riscos ambientais.
tema/assunto/finalidade do texto.
● Planejamento de texto ● Planejar e produzir, em colaboração com os colegas e com ● Gravação de entrevistas com uso de gravador.
oral. a ajuda do professor, entrevistas, curiosidades, dentre ● Reprodução/dramatização de programas
● Exposição oral. outros gêneros do campo investigativo, que possam ser televisivos, como telejornais e programas de
repassados oralmente por meio de ferramentas digitais, em entrevistas.
áudio ou vídeo, considerando a situação comunicativa
e o tema/assunto/finalidade do texto.
● Construção do sistema ● Reconhecer o sistema alfabético como representação dos ● Realização de saraus literários e jogral.
alfabético. sons da fala. ● Realização de bingos sonoros e bingos de nomes.
● Utilização de jogos digitais voltados para a
alfabetização.
● Conhecimento do ● Distinguir as letras do alfabeto de outros sinais gráficos. ● Utilização de alfabeto móvel.
alfabeto da Língua
Portuguesa do Brasil. ● Nomear as letras do alfabeto e recitá-los na ordem das ● Utilização de materiais diversos como alfabetos
letras. móveis, alfabetário confeccionado com rótulos e/ou
recortes, produção de antologias poéticas e
Análise dicionários alfabéticos, utilização de músicas e
Linguística cantigas.
/Multimodal ● Construção do sistema ● Segmentar palavras em sílabas. ● Utilizar palavras significativas que façam parte do
alfabético e da vocabulário dos alunos, ampliando-o.
ortografia. ● Utilizar palavras presentes em textos conhecidos
● Identificar fonemas e sua representação por letras. pelos alunos, como cantigas, parlendas, histórias
literárias etc.
● Relacionar elementos sonoros (sílabas, fonemas, partes de ● Produção e utilização de textos produzidos pelos
palavras) com sua representação escrita. alunos, como listas, narrativas, cantigas etc.
● Utilizar palavras significativas que façam parte do
● Comparar palavras, identificando semelhanças e diferenças
vocabulário dos alunos, ampliando-os.
entre sons de sílabas iniciais.
141

● Comparar palavras, identificando semelhanças e diferenças ● Utilizar palavras presentes em textos conhecidos
entre sons de sílabas mediais e finais. pelos alunos, como cantigas, parlendas, histórias
literárias etc.
● Conhecimento das ● Conhecer, diferenciar e relacionar letras em formato ● Apresentação dos diferentes tipos de letras,
diversas grafias do imprensa e cursiva, maiúsculas e minúsculas. utilizando materiais como livros literários, jornais,
alfabeto/ acentuação. revistas, encartes etc.
● Trabalhar os movimentos manuais para a escrita
das letras em diferentes materiais como areia, lixa,
barbante etc.
● Segmentação de ● Reconhecer a separação das palavras, na escrita, por
palavras/ espaços em branco.
classificação de
palavras por número
de sílabas.
● Pontuação. ● Identificar outros sinais no texto além das letras, como ● Utilização de músicas a fim de trabalhar efeitos da
pontos finais, de interrogação e exclamação e seus efeitos entonação, fazendo correspondência com as letras
na entonação. por escrito.
● Leitura compartilhada realizada com frequência
pelo professor de gêneros variados.
● Sinonímia ● Agrupar palavras pelo critério de aproximação de ● Utilização de brincadeiras, livros literários com
e antonímia. significados (sinonímia) e separar palavras pelo critério de esta abordagem, jogos de expressões, emojis etc.
oposição de significados (antonímia).
● Forma de composição ● Identificar e (re)produzir, em cantiga, quadra, quadrinhas, ● Rodas de leitura com cantigas, incluindo músicas e
do texto/adequação do parlendas, trava-línguas e canções, rimas, aliterações, parlendas de origem africana e indígena.
texto às normas de assonâncias, o ritmo de fala relacionado ao ritmo e à ● Leitura compartilhada realizada com frequência
escrita. melodia das músicas e seus efeitos de sentido. pelo professor de gêneros variados.
● Identificar a forma de composição de slogans publicitários. ● Trabalho com textos publicitários como cartazes,
folders e propagandas.
● Formas de ● Identificar elementos de uma narrativa lida ou escutada, ● Leitura compartilhada realizada com frequência
composição de incluindo personagens, enredo, tempo e espaço. pelo professor de gêneros variados.
narrativas.
142

● Formas de ● Reconhecer, em textos versificados, rimas, sonoridades, ● Leitura compartilhada realizada com frequência
composição de textos jogos de palavras, palavras, expressões, comparações, pelo professor de gêneros variados.
poéticos. relacionando-os com sensações e associações.
143

1º CICLO

LÍNGUA PORTUGUESA
2º ANO
Núcleos Objetos de
Objetivos de Aprendizagem e Desenvolvimento Propostas Metodológicas
Temáticos Conhecimento
● Compreensão em ● Ler e compreender, em colaboração com os colegas e com a ● Participação na produção desses diferentes textos.
leitura. ajuda do professor ou já com certa autonomia, listas, ● Construção de agenda de atividades tendo o(a)
agendas, calendários, avisos, convites, receitas, instruções de professor(a) como escriba.
montagem (digitais ou impressos), dentre outros gêneros do
campo da vida cotidiana, considerando a situação
comunicativa e o tema/assunto do texto e relacionando sua
forma de organização à sua finalidade.
● Ler e compreender com certa autonomia cantigas, letras de ● Atividades com letras de música e paródias.
canção, dentre outros gêneros do campo da vida cotidiana,
Leitura considerando a situação comunicativa e o tema/assunto do
texto relacionando sua forma de organização à sua
finalidade.
● Ler e compreender, em colaboração com os colegas e com a ● Trabalho com jornais e revistas em caráter
ajuda do professor, fotolegendas em notícias, manchetes e introdutório.
lides em notícias, álbum de fotos digital noticioso e notícias ● Selecionar notícias e tirinhas com a temática
curtas para o público infantil, dentre outros gêneros do ambiental para leitura coletiva.
campo jornalístico, considerando a situação comunicativa e
o tema/assunto do texto.
Ler e compreender, em colaboração com os colegas e com a ● Trabalho com cartazes publicitários, encartes,
ajuda do professor, slogans, anúncios publicitários e textos elaboração de murais, montagem de jornal-mural.
de campanhas de conscientização destinados ao público ● Produção de uma campanha de conscientização
infantil, dentre outros gêneros do campo publicitário, sobre os problemas ambientais com criação de
considerando a situação comunicativa e o tema/assunto do manchetes e seleção de imagens que remetam ao
texto, em caráter introdutório. tema
144

● Ler e compreender, em colaboração com os colegas e com a ● Ler e compreender, em colaboração com os colegas e
ajuda do professor, cartazes, avisos, folhetos, regras e com a ajuda do professor, cartazes, avisos, folhetos,
regulamentos que organizam a vida na comunidade escolar, regras e regulamentos que organizam a vida na
dentre outros gêneros do campo da atuação cidadã, comunidade escolar, dentre outros gêneros do
considerando a situação comunicativa e o tem/assunto do campo da atuação cidadã, considerando a
texto. situação comunicativa e o tem/assunto do texto.
● Ler e compreender, em colaboração com os colegas e com a
ajuda do professor, enunciados de tarefas escolares,
diagramas, curiosidades, pequenos relatos de experimentos,
entrevistas, verbetes de enciclopédia infantil, entre outros
gêneros do campo investigativo, considerando
a situação comunicativa e o tema/assunto do texto.
● Reconhecer a função de textos utilizados para apresentar ● Trabalhar com revistas científicas (Ciência Hoje)
● Imagens analíticas informações coletadas em atividades de pesquisa (enquetes, e outros suportes que abordem o gênero.
em textos. pequenas entrevistas, registros de experimentações).

● Identificar e compreender o uso de parágrafos como ● Leitura e interpretação de textos de diferentes


● Paragrafação. orientadores para a localização de informações e gêneros.
organização de textos.
● Explorar, com a mediação do professor, textos informativos ● Assistir aos vídeos do Youtube e confrontar com
de diferentes ambientes digitais de pesquisa, conhecendo sites científicos.
suas possibilidades. ● Audição de podcasts e vídeos informativos sobre
● Pesquisa. ● Perceber-se como parte integrante do ambiente e, assim, riscos ambientais e, posteriormente, realizar rodas
analisar de forma crítica, a partir dos diferentes gêneros de conversa para reflexão das informações.
textuais, os problemas ambientais atuais e as possíveis
intervenções.
145

● Formação do leitor ● Ler e compreender, com certa autonomia, textos literários, ● Frequência sistemática em atividades de sala de
literário. de gêneros variados, desenvolvendo o gosto pela leitura. leitura (empréstimos).
● Apreciação ● Utilização de Bornal de Leitura (Mala Viajante)
estética/Estilo. ● Apreciar poemas e outros textos versificados, observando compossibilidade de registro de leitura.
rimas, sonoridades, jogos de palavras, reconhecendo seu ● Saraus, dramatização de cantigas e poemas;
pertencimento ao mundo imaginário e sua dimensão de brincadeira de rimas, com palavras, figuras e nomes
encantamento, jogo e fruição. dos próprios alunos.

● Escrita ● Planejar e produzir bilhetes e cartas, em meio impresso e/ou


compartilhada e digital, dentre outros gêneros do campo da vida cotidiana,
autônoma. considerando a situação comunicativa e o
tema/assunto/finalidade do texto.
● Planejar e produzir pequenos relatos de observação de
processos, de fatos, de experiências pessoais, mantendo as
características do gênero, considerando a situação
comunicativa e o tema/assunto do texto.
● Planejar e produzir, com certa autonomia, pequenos
registros de observação de resultados de pesquisa,
Escrita coerentes com um tema investigado.
● Reescrever textos narrativos literários lidos pelo professor.
● Escrita ● Planejar e produzir, em colaboração com os colegas e com
compartilhada. ajuda do professor, (re)contagens de histórias, poemas e
outros textos versificados (letras de canção, quadrinhas,
cordel), poemas visuais, tiras e histórias em quadrinhos,
dentre outros gêneros do campo artístico-literário,
considerando a situação comunicativa e a finalidade do texto.

● Escrever em colaboração com os colegas e com a ajuda do ● Construção de jornal impresso e digital.
professor, fotolegendas em notícias, manchetes e lides em ● Criar um caderno (ou seção) exclusivo para notícias
notícias, álbum de fotos digital noticioso e notícias curtas do ambientais.
para público infantil, digitais ou impressos, dentre outros
146

gêneros do campo jornalístico, considerando a situação


comunicativa e o tema/assunto do texto.
● Escrever em colaboração com os colegas e com a ajuda do ● Produção de slides para projeção.
professor, slogans, anúncios publicitários e textos de ● Elaboração de murais, campanhas de
campanhas de conscientização destinados ao público conscientização sobre Educação Ambiental e riscos.
infantil, dentre outros gêneros do campo publicitário,
considerando a situação comunicativa e o
tema/assunto/finalidade do texto.
● Planejar e produzir cartazes e folhetos para divulgar eventos
da escola ou da comunidade, utilizando linguagem
persuasiva e elementos textuais e visuais (tamanho da letra,
leiaute, imagens) adequados ao gênero, considerando a
situação comunicativa e o tema/assunto do texto.
● Escrita ● Compreender a importância da paragrafação para a
● Produção individual e coletiva de textos de
compartilhada organização de textos, iniciando sua utilização nas
diferentes gêneros discursivos.
e individual. produções individuais e coletivas.
● Planejar e produzir narrativas (auto)biográficas, utilizando
detalhes descritivos, sequência de eventos e imagens ● Escrita de narrativas autobiográficas.
apropriadas para sustentar o sentido do texto e os ● Confecção de livros (auto)biográficos.
marcadores de tempo e espaço.
● Produção de texto ● Planejar e produzir, em colaboração com os colegas e com
oral ou sinalizado. ajuda do professor, recados, avisos, convites, receitas,
instruções de montagem, dentre outros gêneros do campo da
vida cotidiana, que possam ser repassados oralmente por
meio de ferramentas digitais, em áudio ou vídeo,
Oralidade/ considerando a situação comunicativa e o
Sinalidade tema/assunto/finalidade do texto.
● Cantar (incluindo a possibilidade de ser em Libras) cantigas
e canções obedecendo ao ritmo e à melodia.
● Planejar e produzir, em colaboração com os colegas e com a ● Elaboração de jornal mural, dramas televisivos.
ajuda do professor, notícias curtas para público infantil, para ● Dramatizações.
compor jornal falado que possa ser repassado oralmente ou
em meio digital, em áudio ou vídeo, dentre outros gêneros do
147

campo jornalístico, considerando a situação comunicativa e o


tema/assunto do texto.

● Planejar, em colaboração com os colegas e com a ajuda do ● Elaboração de slides e vídeos para projeção.
professor, slogans e peça de campanha de conscientização
destinada ao público infantil que possam ser repassados
oralmente por meio de ferramentas digitais, em áudio ou
vídeo, considerando a situação comunicativa e o
tema/assunto/finalidade do texto.
● Planejamento de ● Planejar e produzir, em colaboração com os colegas e com a ● Elaboração de Podcast.
texto oral. ajuda do professor, relatos de experimentos, registros de
● Exposição observação, entrevistas, dentre outros gêneros do campo
oral/ sinalizada. investigativo, que possam ser repassados de forma oral ou
sinalizada, por meio de ferramentas digitais, em áudio ou
vídeo, considerando a situação comunicativa e o
tema/assunto/finalidade do texto.
● Forma de ● Identificar e (re)produzir, em cantiga, quadras, quadrinhas, ● Rodas de leitura com cantigas, músicas e parlendas,
composição de parlendas, trava-línguas e canções, rimas, aliterações, incluindo as de origens indígena e africana.
texto. assonâncias, o ritmo de fala relacionado ao ritmo e à
melodia das músicas e seus efeitos de sentido.
● Identificar e reproduzir, em relatos de experiências pessoais, a ● Elaboração de linha do tempo.
sequência dos fatos, utilizando expressões que marquem a ● Escrita de diários.
passagem do tempo (“antes”, “depois”, “ontem”, “hoje”, ● Diário da classe com registro de rotina.
“amanhã”, “outro dia”, “antigamente”, “há muito tempo”
Análise etc.) e o nível de informatividade necessário.
Linguística/
Semiótica ● Identificar a forma de composição de slogans publicitários.
● Formas de ● Reconhecer o conflito gerador de uma narrativa ficcional e ● Dramatização de histórias; produções textuais com
composição de sua resolução, além de palavras, expressões e frases que reescrita das histórias, mudando os finais,
narrativas. caracterizam personagens e ambientes. misturando personagens.
● Leitura compartilhada realizada com frequência
pelo professor de gêneros narrativos variados.
148

● Formas de ● Reconhecer, em textos versificados, rimas, sonoridades, ● Trabalho com poemas e poesias com diferentes
composição de aspectos visuais, jogos de palavras, palavras, expressões, estruturas.
textos poéticos. comparações, relacionando-os com sensações e associações. ● Leitura compartilhada realizada com frequência
pelo professor de gêneros poéticos variados.
● Formas de ● Observar, em poemas visuais, o formato do texto na página, ● Leitura de poemas visuais em livros e em sites.
composição de as ilustrações e outros efeitos visuais.
textos poéticos
visuais.

1º CICLO

LÍNGUA PORTUGUESA
3º ANO
Núcleos Objetos de
Objetivos de Aprendizagem e Desenvolvimento Propostas Metodológicas
Temáticos Conhecimento
● Compreensão em ● Ler e compreender, com autonomia, textos injuntivos ● Elaboração de Dicionários ilustrados.
leitura. instrucionais (receitas, instruções de montagem etc.) com a
estrutura própria desses textos (verbos imperativos, indicação de
passos a serem seguidos) e mesclando palavras, imagens e
recursos gráfico-visuais, considerando a situação comunicativa e
o tema/assunto do texto.

Leitura ● Identificar e discutir o propósito do uso de recursos de percussão ● Produções textuais que incluem a
(cores, imagens, escolha de palavras, letras) em textos conscientização ambiental e de relações étnico
publicitários e de propaganda, como elemento de convencimento. raciais.

● Ler e compreender, com autonomia, cartas pessoais e diários, ● Promover atividades em que os alunos
com expressão de sentimentos e opiniões, dentre outros gêneros do escrevam cartas com remetentes internos à
campo da vida cotidiana, de acordo com as convenções do unidade escolar havendo entre os grupos os
gênero carta e considerando a situação comunicativa e o carteiros que entregaram as cartas aos
tema/assunto do texto. respectivos remetentes. Havendo a
possibilidade da escrita para remetentes
externos como personalidades públicas vivas.
149

● Ler e compreender com autonomia, cartas dirigidas a veículo de ● Elaboração de cartas de reclamação às
mídias impressa ou digital (cartas de leitor ou reclamação a autoridades (escolares ou municipais) acerca de
jornais, revistas) e notícias, dentre outros gêneros do campo um problema ambiental na escola ou na
jornalístico, de acordo com as convenções do gênero carta e comunidade.
considerando a situação comunicativa e o tema/ assunto do texto. ● Utilização de enciclopédias e almanaques.
● Pesquisas na Internet realizadas no laboratório
de Informática.
● Pesquisas realizadas nas salas de
leitura/bibliotecas escolares ou enciclopédias
(acervo individual ou coletivo) da unidade
● Ler/ouvir e compreender, com autonomia, relatos de observações escolar.
de pesquisa em fontes de informações, considerando a situação ● Frequência sistemática em atividades de sala
comunicativa e o tema/assunto do texto. de leitura (empréstimos).
● Perceber-se como parte integrante do ambiente e, assim, analisar ● Registros de leitura /elaboração de resenhas
de forma crítica, a partir dos diferentes gêneros textuais, os e/ou indicações literárias.
problemas ambientais atuais e as possíveis intervenções. ● Saraus, dramatização de cantigas e poemas;
brincadeira de rimas, com palavras, figuras e
nomes dos próprios alunos.
● Buscar e selecionar, com apoio do professor, informações de
● Pesquisa. interesse sobre fenômenos sociais e naturais, em textos que
circulam em meios impressos ou digitais.

● Formação do leitor ● Ler e compreender, com certa autonomia, textos literários, de


literário. gêneros variados, desenvolvendo o gosto pela leitura.
● Apreciação
estética/Estilo. ● Apreciar poemas e outros textos versificados, observando rimas,
sonoridades, jogos de palavras, reconhecendo seu pertencimento
ao mundo imaginário e sua dimensão de encantamento, jogo e
fruição.
● Escrita individual ● Planejar e produzir cartas pessoais e diários, com expressão de
e colaborativa. sentimentos e opiniões, dentre outros gêneros do campo da vida
Escrita cotidiana, de acordo com as convenções do gênero carta e
considerando a situação comunicativa e o tema/assunto do texto.
150

● Planejar e produzir textos injuntivos instrucionais, com a


estrutura própria desses textos (verbos imperativos, indicação de
passos a serem seguidos) e mesclando palavras, imagens e
recursos gráfico-visuais, considerando a situação comunicativa e
o tema/assunto do texto.

● Produzir cartas dirigidas a veículos da mídia impressa ou digital


(Cartas do leitor ou de reclamação a jornais ou revistas), dentre
outros gêneros do campo político-cidadão com opiniões e
críticas de acordo com as convenções do gênero carta e
considerando a situação comunicativa e o tema/ assunto do texto.

● Produzir anúncios publicitários textos de campanhas de ● Confeccionar com o grupo cartazes, murais
conscientização destinados ao público infantil, observando os incluindo a temática de conscientização
recursos de persuasão utilizados nos textos publicitários e de ambiental.
propaganda (cores, imagens, slogan, escolha de palavras, jogo de
palavras, tamanho e tipo de letras, diagramação).

● Opinar e defender ponto de vista sobre tema polêmico ● Trabalhar com Júri simulado debatendo
relacionado a situações vivenciadas na escola e/ou na questões do cotidiano escolar e sobre filmes e
comunidade utilizando registro formal e estrutura adequada à leituras.
argumentação considerando a situação comunicativa e o
tema/assunto do texto.
151

● Planejar e produzir narrativas (auto)biográficas, utilizando ● Elaboração e/ou reescrita de narrativas


detalhes descritivos, sequência de eventos e imagens apropriadas (auto)biográficas.
para sustentar o sentido do texto e os marcadores de tempo e ● Confecção de livros (auto)biográficos.
espaço.

● Compreender a importância da paragrafação para a organização ● Produção individual e coletiva de textos de


de textos, iniciando sua utilização nas produções individuais e diferentes gêneros discursivos.
coletivas.
● Produção de texto ● Assistir, em vídeo digital, a programa de culinária infantil e, a ● Elaborar com a turma um programa de
oral ou sinalizado. partir dele, planejar e produzir receitas em áudio ou vídeo. receitas que será filmado na confecção da
receita e posteriormente exibido para turma.
● Planejamento e ● Planejar e produzir, em colaboração com os colegas, telejornal ● Reproduzir em sala textos de saúde (campanhas
produção de textos para público infantil com algumas notícias e textos de de vacinação, prevenção de epidemias),
campanhas que possam ser passados oralmente/em Libras ou em higiene.
meio digital, em áudio ou vídeo, considerando a situação
comunicativa, a organização específica da fala nesses gêneros e o
tema/assunto/ finalidade dos textos.

● Ortoépia e ● Reconhecer e compreender, implicitamente, as intenções de fala ● Roda de cantigas com elementos literários com
Oralidade/ prosódia. dos interlocutores por entonações melódicas. base no Português brasileiro, na ancestralidade
Sinalidade africana e indígena.

● Escuta de textos ● Escutar/visualizar com atenção, apresentações de trabalhos ● Apresentação de seminários e de trabalhos em
orais e realizadas por colegas, formulando perguntas pertinentes ao tema feiras de ciências e literárias.
visualização de e solicitando esclarecimentos sempre que necessário.
textos sinalizados.
● Compreensão de ● Recuperar as ideias principais em situações formais de ● Registros de palestras e apresentações.
textos orais/ escuta/visualização de exposições apresentações e palestras.
sinalizados.
152

● Planejamento de ● Expor trabalhos ou pesquisas escolares, em sala de aula com


texto apoio de recursos multissemióticos (imagens, diagramas, tabelas
oral/sinalizado. etc.), orientando-se por roteiro escrito, planejando o tempo de fala
● Exposição ou de sinalização e adequando a linguagem à situação
oral/sinalizada. comunicativa.

● Declamação. ● Declamar poemas, com entonação, postura e interpretação


adequadas.

● Forma de ● Identificar e reproduzir, em relatórios de observação e pesquisa, a ● Revisão textual coletiva de textos produzidos
composição dos formatação e diagramação específica desses gêneros (passos ou pelos estudantes.
textos. listas de itens, tabelas, ilustrações, gráficos, resumo dos ● Valorização dos textos dos alunos na
● Adequação dos resultados), inclusive em suas versões orais. elaboração de outras atividades.
textos às normas
descritas.

Análise ● Formas de ● Identificar, em narrativas, cenário, personagem central, conflito ● Leituras de gêneros dramáticos.
Linguística/ composição de gerador, resolução e o ponto de vista com base nos quais histórias
Semiótica narrativa. são narradas, diferenciando narrativas em primeira e terceira
pessoas.

● Forma de ● Identificar, em textos versificados, efeitos de sentido decorrentes ● Trabalhar com ditos populares e trava- línguas.
composição de do uso de recursos rítmicos e sonoros e de metáforas.
textos poéticos.
● Paragrafação. ● Identificar e compreender o uso de parágrafos como ● Leitura e interpretação de textos de diferentes
orientadores para a localização de informações e organização de gêneros.
textos.
Leitura/ ● Formação do leitor ● Ler e compreender, de forma autônoma, textos literários de
escuta/ Literário. diferentes gêneros e extensões, inclusive aqueles sem ilustrações,
sinalização estabelecendo preferências por gêneros, temas, autores.
(comparti-
l hada e
autônoma)
153

● Formação do leitor ● Perceber diálogos em textos narrativos, observando o efeito de


literário/ sentido de verbos de enunciação e, se for o caso, o uso de
Leitura variedades linguísticas no discurso direto.
multissemiótica. ● Ler e compreender, com certa autonomia, narrativas ficcionais
que apresentem cenários e personagens, observando os elementos
da estrutura narrativa: enredo, tempo, espaço, personagens,
narrador e a construção do discurso indireto e discurso direto.

● Apreciação ● Apreciar poemas e outros textos versificados, observando rimas,


estética/Estilo. aliterações e diferentes modos de divisão dos versos, estrofes e
refrãos e seu efeito de sentido.

● Textos dramáticos. ● Identificar funções do texto dramático (escrito para ser encenado)
e sua organização por meio de diálogos entre personagens e
marcadores das falas das personagens e de cena.

● Construção do ● Ler e escrever palavras com correspondências regulares ● Jogos pedagógicos, lista de palavras, uso de
sistema alfabético contextuais entre grafemas e fonemas - c/qu; g/gu; r/rr; s/ss; o (e dicionário, glossário, ditados e outros recursos
e da ortografia. não u) e e (e não i) em sílaba átona em final de palavra - e com lúdicos.
marcas de nasalidade (til, m, n). ● Revisão textual coletiva de textos produzidos
pelos estudantes.
● Ler e escrever corretamente palavras com sílabas CV, V, CVC, ● Valorização dos textos dos alunos na
CCV, VC, VV, CVV, identificando que existem vogais em todas elaboração de outras atividades.
Análise as sílabas.
Linguística/
semiótica ● Ler e escrever corretamente palavras com os dígrafos lh, nh, ch.

● Compreender, analisar e memorizar a grafia de palavras de uso


frequente nas quais as relações fonema-grafema são irregulares e
com h inicial que não representa fonema.
154

● Conhecimento das ● Usar acento gráfico (agudo ou circunflexo) em monossílabos ● Uso de ditados, lista de palavras e glossários.
diversas grafias do tônicos terminados em a, e, o e em palavras oxítonas terminadas ● Revisão textual coletiva de textos produzidos
alfabeto/ em a, e, o, seguidas ou não de s. pelos estudantes.
Acentuação.
● Segmentação de ● Separar as sílabas, compreendendo sua função para a estruturação ● Elaborar atividades com recorte de sílabas.
palavras/ de frases e textos. ● Análise e reflexão em relação à separação de
Classificação de sílabas para a continuação da escrita conforme o
palavras por ● Identificar o número de sílabas de palavras, classificando-as em espaço disponível (necessidade de mudar de
número de sílabas. monossílabas, dissílabas, trissílabas e polissílabas. linha).

● Construção do ● Identificar o número de sílabas de palavras tendo em vista a


sistema alfabético. sílaba tônica (última, penúltima, antepenúltima) classificando-as
em oxítonas, paroxítonas e proparoxítonas.

● Pontuação. ● Identificar a função na leitura e usar na escrita ponto-final, ponto ● Atividades de Produção Textual.
de interrogação, ponto de exclamação e, em diálogos (discurso ● Revisão textual coletiva de textos produzidos
direto), dois-pontos e travessão. pelos estudantes.
● Valorização dos textos dos alunos na
● Morfologia. ● Identificar em textos e usar na produção textual pronomes elaboração de outras atividades.
pessoais, possessivos e demonstrativos, como recurso coesivo
anafórico.

● Morfossintaxe. ● Identificar e diferenciar, em textos, substantivos e verbos e suas ● Recurso Teatral / Dramatização: representação
funções na oração: agente, ação, objeto da ação. através de frases, pequenos textos, música ou
dicionário de verbos.

● Identificar, em textos, adjetivos e sua função de atribuição de ● Elaborar dinâmicas, expressões faciais que
propriedades aos substantivos. ajudam na construção dos adjetivos.
155

● Forma de ● Identificar e reproduzir, em textos injuntivos instrucionais ● Revisão textual coletiva de textos produzidos
composição do (receitas, instruções de montagem, digitais ou impressos), a pelos estudantes.
texto. formatação própria desses textos (verbos imperativos, indicação ● Valorização dos textos dos alunos na
de passos a serem seguidos) e a diagramação específica dos elaboração de outras atividades.
textos desses gêneros (lista de ingredientes ou materiais e
instruções de execução- “modo de fazer”).

● Identificar e reproduzir, em gêneros epistolares e diários, a ● Elaborar com os grupos de referência cartas e
formatação própria desses textos (relatos de acontecimentos, e-mails.
expressão de vivências, emoções, opiniões ou críticas) e a
diagramação específica dos textos desses gêneros (data,
saudação, corpo do texto, despedida, assinatura).

● Identificar e reproduzir, em notícias, manchetes, lides e corpo de


notícias simples para público infantil e cartas de reclamação
(revista infantil), digitais ou impressos, a formatação e
diagramação específica de cada um desses gêneros, inclusive em
suas versões orais.

● Analisar o uso de adjetivos em cartas dirigidas a veículos da


mídia impressa ou digital (cartas do leitor ou reclamação a
jornais ou revistas), digitais ou impressas.

● Produção de texto. ● Planejar e produzir textos para apresentar resultados de ● Elaboração de pesquisas com o grupo e
observações e de pesquisas em fontes de informações, incluindo, confecção de relatórios com gráficos nos
Produção de quando pertinente, imagens, diagramas e gráficos ou tabelas relatos de experiência.
textos simples, considerando a situação comunicativa e o tema/assunto
do texto.

● Escrita autônoma e ● Criar narrativas ficcionais, com certa autonomia, utilizando ● Produção textual.
compartilhada. detalhes descritivos, sequências de eventos e imagens ● Confecção de livros coletivos.
apropriadas
156

para sustentar o sentido do texto, e marcadores de tempo, espaço


e de fala de personagens.
● Ler e compreender, com certa autonomia, narrativas ficcionais ● Leitura compartilhada de capítulos de livros e
que apresentem cenários e personagens, observando os elementos dramatizar.
da estrutura narrativa: enredo, tempo, espaço, personagens,
narrador e a construção do discurso indireto e discurso direto.

● Escrita autônoma. ● Ler e compreender, com certa autonomia, textos em versos,


explorando rimas, sons e jogos de palavras, imagens poéticas
(sentidos figurados) e recursos visuais e sonoros.

2º CICLO

LÍNGUA PORTUGUESA
4º ANO
Núcleos Objetos de
Objetivos de Aprendizagem e Desenvolvimento Propostas Metodológicas
Temáticos Conhecimento
● Compreensão em ● Ler e compreender, com autonomia, boletos, faturas e carnês, ● Pesquisa de encarte; criação de boletos;
leitura. dentre outros gêneros do campo da vida cotidiana, de acordo com análise e produção de notas fiscais;
as convenções do gênero (campos, itens elencados, medidas de preenchimento de cheques; leitura de bula e
consumo, código de barras) e considerando a situação produção de bula poética; roda com
comunicativa e a finalidade do texto. compartilhamento de receitas, produção das
receitas, criação de livros de receitas poéticas;
Leitura leitura, análise e comparação de rótulos.
● Ler e compreender, com autonomia, cartas pessoais de ● Leitura de cartas pessoais de reclamação;
reclamação, dentre outros gêneros do campo da vida cotidiana, de busca em sites de reclamação; análise de
acordo com as convenções do gênero carta e considerando a cartas, observando sua estrutura.
situação comunicativa e o tema/assunto/finalidade do texto.
157

● Identificar, em notícias, fatos, participantes, local e momento / ● Produção de jornal mural; criação de jornal
tempo da ocorrência do fato noticiado próprio da escola; divisão da turma de acordo
com as partes do jornal, para produção do
● Distinguir fatos de opiniões/sugestões em textos (informativos, mesmo; rádio jornal e jornal online.
jornalísticos, publicitários etc.). ● Produção de jornal em redes sociais; mural
interativo.
● Selecionar as notícias sobre um mesmo risco
ambiental divulgado em diferentes veículos.
Solicitar que os alunos debatam sobre qual
notícia eles escolheriam para um jornal da
turma.

● Ler e compreender textos expositivos de divulgação científica ● Manuseio e leitura de revistas científicas como
para crianças, considerando a situação comunicativa e o Ciência Hoje, Superinteressante, etc.
tema/assunto do texto. ● Acesso a revistas online.
● Perceber-se como parte integrante do ambiente e, assim, analisar ● Realização de feiras de conhecimento.
de forma crítica, a partir dos diferentes gêneros textuais, os ● Promover palestras de órgãos de pesquisa.
problemas ambientais atuais e as possíveis intervenções.
● Imagens analíticas ● Reconhecer e função de gráficos, diagramas e tabelas em textos, ● Análise e leitura de gráficos em diversas
em texto. como forma de apresentação de dados e informações. situações; estimular o raciocínio lógico a partir
de estatísticas; Proposta de transformar dados
de um determinado texto em gráfico/tabela;
proposta para transformar tabelas/gráficos em
textos.
● Pesquisa. ● Buscar e selecionar, com o apoio do professor, informações de ● Produção de mural.
interesse sobre fenômenos sociais e naturais, em textos que ● Roda de conversa sobre as notícias do dia.
circulam em meios impressos ou digitais. ● Apresentação de seminário.
● Formação do leitor ● Ler e compreender, de forma autônoma, textos literários de ● Visita à biblioteca e sala de leitura.
literário. diferentes gêneros e extensões, inclusive aqueles sem ilustrações, ● Caixa de livros em que os alunos escolham
estabelecendo preferências por gêneros, temas e autores. livremente o que ler.
● Leitura compartilhada; festival de poesia;
sarau; dramatizações.
158

● Formação do leitor ● Perceber diálogos em textos narrativos, observando o efeito de ● Produção de varal de cordel; tirinhas.
literário/ sentido de verbos de enunciação e, se for o caso, o uso de ● Análise de personagens do folclore e da cultura
Leitura variedades linguísticas no discurso direto. popular.
multissemiótica. ● Transcrição de trechos de filmes e novelas.
● Propostas de leitura e escrita para mudar o
foco narrativo de diálogo.
● Apreciação ● Apreciar poemas e outros textos versificados, observando rimas, ● Realização de sarau; declamação de trava
estética/estilo. aliterações e diferentes modos de divisão dos versos, estrofes e língua; realização de slam de rimas; produção
refrãos e seu efeito de sentido. de paródias de músicas.
● Textos dramáticos. ● Identificar funções do texto dramático (escrito para ser ● Leitura dramatizada; Reprodução de cenas de
encenado) e sua organização por meio de diálogos entre novelas; análise de filmes.
personagens e marcadores das falas das personagens e de cena.
● Escrita ● Planejar e produzir, com autonomia, cartas pessoais de ● Produção de carta coletiva em relação a
colaborativa. reclamação, dentre outros gêneros do campo da vida cotidiana, de reivindicações de melhorias no âmbito social.
acordo com as convenções do gênero carta e com a estrutura
própria desses textos (problema, opinião, argumentos),
considerando a situação comunicativa e o
tema/assunto/finalidade do texto.
● Produzir notícias sobre fatos ocorridos no universo escolar, ● Caderno de escrita semanal - cada aluno
digitais ou impressas, para o jornal da escola, noticiando os fatos e possui um caderno onde poderá fazer ao
seus atores e comentando decorrências, de acordo com as menos um registro escrito semanalmente (pode
Escrita convenções do gênero notícia e considerando a situação ser comentário de um livro, filme, uma
comunicativa e o tema/assunto do texto. poesia, uma música, um fato.).
● Opinar e defender ponto de vista sobre tema polêmico ● Roda de debate, com registro em ata; criar
relacionado a situações vivenciadas na escola e/ou na caderno de atas da sala.
comunidade, utilizando registro formal e estrutura adequada à
argumentação, considerando a situação comunicativa e o
tema/assunto do texto.
● Produção de textos. ● Planejar e produzir textos sobre temas de interesse, com base ● Realização de feiras do conhecimento; blog da
em resultados de observações e pesquisas em fontes de turma.
informações impressas ou eletrônicas, incluindo, quando
pertinente, imagens e gráficos ou tabelas simples, considerando a
159

situação comunicativa e o tema/assunto do texto. ● Produzir cartazes e propagandas educativas


sobre determinadas questões ambientais de
interesse de toda a comunidade escolar.
● Escrita autônoma. ● Planejar e produzir, com certa autonomia, verbetes de ● Elaboração de dicionário de gírias.
enciclopédia infantil, digitais ou impressos, considerando a ● Produção mural de palavras de diversas
situação comunicativa e o tema/assunto/finalidade do texto. origens.
● Ler e compreender, com certa autonomia, textos em versos, ● Realização de saraus; declamação de
explorando rimas, sons e jogos de palavras, imagens poéticas trava-línguas; slam de rimas; produção de
(sentidos figurados) e recursos visuais sonoros. paródias de músicas.
● Escrita autônoma e ● Criar narrativas ficcionais, com certa autonomia, utilizando ● Produção textual a partir de uma imagem,
compartilhada. detalhes descritivos, sequências de eventos e imagens apropriadas jogos, frases etc.
para sustentar o sentido do texto, e marcadores de tempo, espaço ● Confecção de livros coletivos.
e de fala de personagens.
● Ler e compreender, com certa autonomia, narrativas ficcionais
que apresentem cenários e personagens, observando os elementos
da estrutura narrativa: enredo, tempo, espaço, personagens,
narrador e a construção do discurso indireto e discurso direto.

● Planejar e produzir narrativas (auto)biográficas, utilizando ● Elaboração e/ou reescrita de narrativas


detalhes descritivos, sequência de eventos e imagens apropriadas (auto)biográficas;
para sustentar o sentido do texto e os marcadores de tempo e ● Confecção de livros (auto)biográficos.
espaço.
● Produção de texto ● Assistir, em vídeo digital, a programa infantil com instruções de ● Assistir, em vídeo digital, a programa infantil
oral ou sinalizados. montagem, de jogos e brincadeiras e, a partir dele, planejar e com instruções de montagem, de jogos e
produzir tutoriais em áudio ou vídeo. brincadeiras e, a partir dele, planejar e produzir
tutoriais em áudio ou vídeo.
Oralidade/ ● Produzir podcasts e vídeos informativos, rodas
Sinalidade de conversa a respeito das temáticas
relacionadas a riscos ambientais.
● Planejamento e ● Produzir jornais radiofônicos ou televisivos e entrevistas ● Produção de jornal mural; criação de jornal
produção de texto. veiculadas em rádio, TV e na internet, orientando-se por roteiro próprio da escola; divisão da turma de acordo
ou texto e demonstrando conhecimento dos gêneros jornal falado/ com as partes do jornal, para produção dele;
160

televisivo e entrevista. rádio jornal e jornal online e jornal em redes


sociais.
● Selecionar notícias e tirinhas com a temática
ambiental para debate e posterior produção
de um jornal mural que atente para os
principais problemas ambientais da
atualidade.

● Expor trabalhos e pesquisas escolares, em sala de aula, com apoio ● Elaboração de mural físico e mural online.
de recursos multissemióticos (imagens, diagrama, tabelas etc.),
orientando-se por roteiro escrito, planejando o tempo de
fala e adequando a linguagem à situação comunicativa.
● Escuta de textos ● Escutar/visualizar, com atenção, apresentações de trabalhos ● Realização de seminários com
orais ou realizadas por colegas, formulando perguntas pertinentes ao ● Apresentação de trabalhos.
visualização de tema e solicitando esclarecimentos sempre que necessário.
textos sinalizados. ● Ouvir/visualizar gravações, canções, textos falados em diferentes ● Audição/visualização de músicas regionais,
variedades linguísticas, identificando características regionais, novelas de época, novelas produzidas por
urbanas e rurais da fala e respeitando as diversas variedades países falantes da Língua Portuguesa.
linguísticas como características do uso da língua por diferentes
grupos regionais ou diferentes culturas locais, rejeitando
preconceitos linguísticos.
● Compreensão de ● Recuperar as ideias principais em situações formais de escuta de ● Apresentação de seminários e palestras.
textos orais ou exposições, apresentações e palestra.
sinalizados.
● Declamação. ● Declamar poemas, com entonação, postura e interpretação ● Realização de saraus; participação e realização
adequadas. de concursos de poesias.
● Textos audiovisuais. ● Reconhecer intertextualidades, gêneros e tipologias simultâneas ● Vídeos e curtas interativos (canais midiáticos
entre diferentes canais midiáticos de comunicação. como Youtube); produção de vídeos; Roda de
conversa; cine debate.
161

● Construção do ● Recorrer ao dicionário para esclarecer dúvidas sobre a escrita de ● Uso de diversos tipos de dicionário.
sistema alfabético e palavras, especialmente no caso de palavras com relações
da ortografia. irregulares fonema-grafema.
● Grafar palavras utilizando regras de correspondência ● Realização de ditado; atividades de separação
fonema-grafema regulares diretas e contextuais. de palavras; caça-palavras; segmentação de
palavras aglutinadas; jogos de palavras.
● Ler e escrever, corretamente, palavras com sílabas VV e CVV em ● Revisão textual coletiva de textos produzidos
casos nos quais a combinação VV (ditongo) é reduzida na língua pelos estudantes.
oral (ai, ei, ou).
● Valorização dos textos dos alunos na
elaboração de outras atividades.
● Compreender, analisar e memorizar a grafia de palavras de uso ● Jogo da memória; jogo de palavras;
frequente nas quais as relações fonema-grafema são irregulares e elaboração de diversos murais de palavras;
com h inicial que não representa fonema. pesquisa em jornal e revistas; recorte e
colagem.
Análise ● Conhecimento do ● Localizar palavras no dicionário para esclarecer significados, ● Uso do dicionário.
Linguística/ alfabeto do reconhecendo o significado mais plausível para o contexto que
Multimodal Português do deu origem à consulta.
Brasil/Ordem
alfabética/
Polissemia.
● Conhecimento das ● Usar acento gráfico (agudo ou circunflexo) em paroxítonas ● Realização de ditado; atividades de separação
diversas grafias do terminadas em -i(s), -l, -r, -ão(s). de palavras; caça palavras; segmentação de
alfabeto/ palavras aglutinadas; jogos de palavras.
acentuação. ● Ler e escrever corretamente palavras com os dígrafos lh, nh, ch. ● Revisão textual coletiva de textos produzidos
● Compreender, analisar e memorizar a grafia de palavras de uso pelos estudantes.
frequente nas quais as relações fonema-grafema são irregulares e ● Valorização dos textos dos alunos na
com h inicial que não representa fonema. elaboração de outras atividades.
● Pontuação. ● Identificar a função na leitura e usar, adequadamente, na escrita: ● Produção textual livre e dirigida, com escritas
ponto final, de interrogação, de exclamação, dois-pontos e coletivas e individuais.
travessão em diálogos (discurso direto), vírgula em enumerações ● Revisão textual coletiva de textos produzidos
e em separação de vocativo e de aposto. pelos estudantes.
162

● Morfologia. ● Identificar em textos e usar na produção textual a concordância ● Valorização dos textos dos alunos na
entre substantivo ou pronome pessoal e verbo (concordância elaboração de outras atividades.
verbal).
● Identificar, em textos e usar na produção textual, pronomes
pessoais, possessivos e demonstrativos, como recurso coesivo
anafórico.
● Reconhecer e grafar, corretamente, palavras derivadas com os ● Produção de mural; análise de ocorrência de
sufixos -agem, -oso, -eza, -izar/-isar (regulares morfológicas). grafias em textos diversos.
● Morfossintaxe. ● Identificar em textos e usar na produção textual a concordância ● Reescrita de textos; atividades lúdicas.
entre artigo, substantivo e adjetivo (concordância no grupo ● Revisão textual coletiva de textos produzidos
nominal). pelos estudantes.
● Forma de ● Identificar e reproduzir, em textos injuntivos instrucionais ● Produção de jogos de tabuleiro; de jogos
composição do (instruções de jogos digitais ou impressos), a formatação própria online; campeonatos de jogos populares.
texto. desses textos (verbos imperativos, indicação de passos a ser
seguidos) e formato específico dos textos orais ou escritos desses
gêneros (lista/apresentação de materiais e instruções/passos de
jogo).
● Identificar e reproduzir, em notícias, manchetes, lides e corpo de ● Elaboração de mural de notícias.
notícias simples para público infantil e cartas de reclamação ● Produção de jornal da turma/escola.
(revista infantil), digitais ou impressos, a formatação e
diagramação específica de cada um desses gêneros, inclusive em
suas versões orais.
● Analisar o padrão entonacional e a expressão facial e corporal de ● Análise de jornais locais e nacionais; produção
âncoras de jornais radiofônicos ou televisivos e de de jornais em vídeo pelos próprios alunos;
entrevistadores/entrevistados. ● Realização de entrevistas.
● Forma de ● Identificar e reproduzir, em verbetes de enciclopédia infantil, ● Realização de jogos gramaticais como quiz e
composição dos digitais ou impressos, a formatação e diagramação específica “soletrando”.
textos. desse gênero (título do verbete, definição, detalhamento, ● Pesquisas diversas.
● Coesão e curiosidades), considerando a situação comunicativa e o
articuladores. tema/assunto/finalidade do texto.
163

● Forma de ● Identificar e reproduzir, em seu formato, tabelas, diagramas e ● Produção de tabelas e gráficos.
composição dos gráficos em relatórios de observação e pesquisa, como forma de
textos. apresentação de dados e informações.
● Adequação do
texto às normas de
escrita.
● Identificar, em narrativas, cenário, personagem central, conflito ● Análise de textos diversos, escritos, orais em
● Forma de
gerador, resolução e o ponto de vista com base no qual histórias diversas mídias.
composição de
são narradas, diferenciando narrativas em primeira e terceira
narrativas.
pessoas.
● Discurso direto e ● Comparação de textos com diferentes focos
● Diferenciar discurso indireto e discurso direto, determinando o
indireto. narrativos.
efeito de sentido de verbos de enunciação e explicando o uso de
variedades linguísticas no discurso direto, quando for o caso. ● Reescritas de textos mudando do discurso
direto para o indireto.
● Forma de ● Identificar, em textos versificados, efeitos de sentido decorrentes
● Análise de poesia de diferentes origens e
composição de do uso de recursos rítmicos e sonoros e de metáforas.
textos poéticos. formatos.

● Forma de ● Observar, em poemas concretos, o formato, a distribuição e a ● Produção de poesias a partir da análise de
composição de diagramação das letras do texto na página. poemas concretos; percepção visual da
textos poéticos produção de sentido.
visuais. ● Confecção de livros de poesias coletivos.
● Forma de ● Identificar, em textos dramáticos, marcadores das falas das ● Análise, leitura e produção de textos
composição de personagens e de cena. dramáticos.
textos dramáticos.
164

2º CICLO

LÍNGUA PORTUGUESA
5º ANO
Núcleos Objetos de
Objetivos de Aprendizagem e Desenvolvimento Propostas Metodológicas
Temáticos Conhecimento
● Fluência ● Ler e compreender, silenciosamente e, em seguida, em voz alta ou em ● Visita à biblioteca e à sala de leitura.
de leitura. libras, com autonomia e fluência, textos curtos com nível de ● Caixa de livros em que os alunos escolham
textualidade adequado. livremente o que ler.
● Leitura compartilhada seguindo orientações
como ler pausadamente, com atenção a
pronúncia e sinais de pontuação.
● Festival de poesia; realização de saraus.

● Inferir informações implícitas nos textos lidos. ● Pesquisa e análise de manchetes de jornais e
capas de livros para identificar suas relações
com outros textos incluindo as alusões, as
Leitura
paráfrases, as paródias ou citações literais,
marcas de ironia etc.
● Concurso de piadas; Rodas de leitura; Análise
de textos que circulam nas redes sociais.

● Inferir o sentido de palavras ou expressões desconhecidas em textos, ● Recontar histórias.


com base no contexto da frase ou do texto.
● Recuperar relações entre partes de um texto, identificando ● Produção textual oral compartilhada através de
substituições lexicais (de substantivos por sinônimos) ou pronominais objetos ou imagens, com pesquisas feitas
(uso de pronomes Anafóricos – pessoais, possessivos, previamente para a elaboração dos argumentos.
demonstrativos) que contribuem para a continuidade do texto.
165

● Compreensão ● Ler e compreender, com autonomia, textos instrucionais de regras de ● Criação de jogos e suas regras.
em leitura. jogo, dentre outros gêneros do campo da vida Cotidiana, de acordo ● Elaboração de regras de conduta da sala de
com as convenções do gênero e considerando a situação comunicativa aula; leitura de bula e produção de bula
e a finalidade do texto. poética; roda com compartilhamento de
receitas, produção das receitas, criação de
livros de receitas poéticas.
● Ler e compreender, com autonomia, anedotas, piadas e cartuns, dentre ● Concurso de piadas. Leitura de histórias em
outros gêneros do campo da vida cotidiana, de acordo com as quadrinhos.
considerações do gênero e considerando a situação comunicativa e a
finalidade do texto.
● Ler/assistir e compreender, com autonomia, notícias, reportagens, ● Leitura de jornais, revistas; assistir reportagens e
vídeos em vlogs argumentativos, dentre outros gêneros do campo vlogs; produção de jornal mural; criação de
político-cidadão, de acordo com as convenções dos gêneros e jornal próprio da escola; divisão da turma de
considerando a situação comunicativa e o tema/assunto do texto. acordo com as partes do jornal, para produção
● Perceber-se como parte integrante do ambiente e, assim, analisar de do mesmo; rádio jornal e jornal online; jornal
forma crítica, a partir dos diferentes gêneros textuais, os problemas em redes sociais; Elaboração de mural
ambientais atuais e as possíveis intervenções. interativo.
● Selecionar as notícias sobre um mesmo risco
● Comparar informações sobre um mesmo fato veiculadas em ambiental divulgado em diferentes veículos.
diferentes mídias e concluir sobre qual é a mais confiável e por quê. Solicitar que os alunos debatam sobre qual
notícia eles escolheriam para um jornal da
turma.
● Ler e compreender verbetes de dicionários, identificando a estrutura, ● Pesquisas em dicionários.
as informações gramaticais (significado de abreviaturas) e as ● Elaboração de dicionários e glossários.
informações semânticas.
● Imagens ● Comparar informações apresentadas em gráficos ou tabelas. ● Análise e leitura de gráficos em diversas
analíticas em situações; estimular o raciocínio lógico a partir
textos. de estatísticas; proposta de transformar dados
de um determinado texto em gráfico/tabela;
proposta de transformar tabelas/gráficos em
textos.
166

● Pesquisa. ● Buscar e selecionar, com apoio do professor, informações sobre ● Produção de mural; Roda de conversa sobre as
fenômenos sociais e naturais, em textos que circulam em meios notícias do dia; apresentação de seminário.
impressos e digitais.
● Formação do ● Ler e compreender, de forma autônoma, textos literários de diferentes ● (Construção de caixa de leitura - Composta por
leitor literário/ gêneros e extensões, inclusive aqueles sem ilustrações, estabelecendo materiais escritos variados podendo ser
leitura preferências por gêneros, temas, autores. escolhidos pelos alunos que lerão livremente
multissemiótica. por fruição).
● Perceber diálogos em textos narrativos, observando o efeito de ● Varal de cordel; tirinhas; análise de
sentido de verbos de enunciação e, se for o caso, o uso de variedades personagens do folclore e da cultura popular;
linguísticas no discurso direto. transcrição de trechos de filmes e novelas;
Proposta para mudar o foco narrativo de
diálogo.
● Apreciação ● Apreciar poemas e outros textos versificados, observando rimas, ● Realização de sarau; declamação de trava-
estética/estilo. aliterações e diferentes modos de divisão de versos, estrofes e refrãos língua; slam de rimas; paródias de músicas.
e seu efeito de sentido.

● Textos ● Identificar funções do texto dramático (escrito para ser encenado) e ● Leitura dramatizada; reprodução de cenas de
dramáticos. sua organização por meio de diálogos entre personagens e marcadores novelas; análises de filmes.
das falas das personagens e de cena.
● Escrita ● Registrar, com autonomia, anedotas, piadas e cartuns, dentre outros ● Contação de causos; concurso de piadas.
colaborativa. gêneros do campo da vida cotidiana, de acordo com as convenções do
gênero e considerando a situação comunicativa e a finalidade do
texto.
● Planejar e produzir, com autonomia, textos instrucionais de regras de ● Produzir regimento escolar relacionado a
jogo, dentre outros gêneros do campo da vida cotidiana, de acordo atitudes benéficas que todos devem adotar no
Escrita com as convenções do gênero e considerando a situação comunicativa ambiente escolar, observando questões de
e a finalidade do texto. riscos, de limpeza e conservação, de redução
de gastos, de relacionamentos inter e
intrapessoais.
167

● Produzir roteiro para edição de uma reportagem digital sobre temas de ● Produzir cartazes e propagandas educativas
interesse da turma, a partir de buscas de informações, imagens, áudios sobre determinadas questões ambientais de
e vídeos na internet, de acordo com as convenções do gênero e interesse de toda a comunidade escolar.
considerando a situação comunicativa e o tema/assunto do texto.
● Opinar e defender ponto de vista sobre tema polêmico relacionado a ● Elaboração de carta coletiva em relação a
situações vivenciadas na escola e/ou na comunidade, utilizando reivindicações de melhorias no âmbito social,
registro formal e estrutura adequada à argumentação, considerando a rodas de debate, com registro em ata; criação
situação comunicativa e o tema/assunto do texto. caderno de atas da sala.

● Planejar e produzir texto sobre tema de interesse, organizando ● Proposta para transformar dados de um
resultados de pesquisa em fontes de informação impressas ou digitais, determinado texto em gráfico/tabela; proposta
incluindo imagens e gráficos ou tabelas, considerando a situação de transformar tabelas/gráficos em textos.
comunicativa e o tema/assunto do texto.

● Identificar a ideia central do texto, demonstrando compreensão ● Oficina de produção textual a partir de etapas
global. de planejamento, escrita e revisão do próprio
texto.
● Utilizar, ao produzir um texto, conhecimentos linguísticos e ● Transcrição de trechos de filmes e novelas;
gramaticais, tais como ortografia, regras básicas de concordância mudar o foco narrativo de diálogo.
● Produção de nominal e verbal, pontuação (ponto final, ponto de exclamação, ponto ● Exercícios criativos da escrita.
textos de interrogação, vírgulas em enumerações) e pontuação do discurso
direto, quando for o caso.

● Utilizar, ao produzir um texto, recursos de referenciação (por ● Escrita de e-mail, bilhetes, entrevistas.
substituição lexical ou por pronomes pessoais, possessivos e
demonstrativos), vocabulário apropriado ao gênero, recursos de
coesão pronominal (pronomes anafóricos) e articuladores de relações
de sentido (tempo, causa, oposição, conclusão, comparação), com
nível suficiente de informatividade.
● Organizar o texto em unidades de sentido, dividindo-o em parágrafos ● Quebra-cabeça de textos: textos selecionados
segundo as normas gráficas e de acordo com as características do pelo professor, cortados em parágrafos para
gênero textual. serem montados corretamente.
168

● Escrita ● Planejar e produzir, com certa autonomia, verbetes de dicionário, ● Caderno de escrita semanal - cada aluno (a)
autônoma. digitais ou impressos, considerando a situação comunicativa e o possui um caderno onde poderá fazer ao menos
tema/assunto/finalidade do texto. um registro escrito semanalmente (pode ser
comentário de um livro, filme, uma poesia,
uma música, um fato….)
● Elaboração de dicionário de gírias.
● Produção de mural de palavras de diversas
origens.
● Identificar e reproduzir, em textos injuntivos instrucionais (receitas, ● Roda com compartilhamento de receitas;
instruções de montagem, digitais ou impressos), a formatação própria produção das receitas; criação de livros de
desses textos (verbos imperativos, indicação de passos a serem receitas poéticas.
seguidos) e a diagramação específica dos textos desses gêneros (lista ● Assistir, em vídeo digital, a programa infantil
de ingredientes ou materiais e instruções de execução – "modo de com instruções de montagem, de jogos e
fazer"). brincadeiras e, a partir dele, planejar e produzir
tutoriais em áudio ou vídeo.
● Leitura e análise de contos, lendas, mitologias.
● Escrita a partir de uma imagem.
● Revisão textual coletiva de textos produzidos
pelos estudantes.

● Escrita ● Criar narrativas ficcionais, com certa autonomia, utilizando detalhes ● Escrita de fanfictions de animes, seriados,
autônoma e descritivos, sequências de eventos e imagens apropriadas para filmes, livros etc. em blogs ou sites.
compartilhada sustentar o sentido do texto, e marcadores de tempo, espaço e de
. fala das personagens.
● Planejar e produzir narrativas (auto)biográficas, utilizando detalhes ● Elaboração e/ou reescrita de narrativas
descritivos, sequência de eventos e imagens apropriadas para (auto)biográficas;
sustentar o sentido do texto e os marcadores de tempo e espaço. ● Confecção de livros (auto)biográficos.
● Compreensão ● Recuperar as ideias principais em situações formais de escuta e ● Escrita de relatórios;
de textos orais exposições, apresentações e palestras. ● Roda de conversa a partir de seminários,
ou sinalizados. ● Identificar gêneros do discurso oral, utilizados em diferentes situações palestras, exposições, visitas guiadas.
e contextos comunicativos, e suas características linguístico-
expressivas e composicionais (conversação espontânea, conversação
telefônica, entrevistas pessoais, entrevistas no rádio ou na TV, debate,
169

noticiário de rádio e TV, narração de jogos esportivos no rádio e TV, ● Produzir podcasts e vídeos informativo, rodas
aula, debate etc.). de conversa a respeito das temáticas
relacionadas a riscos ambientais.
● Produção de ● Assistir, em vídeo digital, a postagem de vlog infantil de críticas de ● Utilização das salas de leitura, laboratórios de
texto orais ou brinquedos e livros de literatura infantil e, a partir dele, planejar e informática e/ou espaços com recursos
sinalizados. produzir resenhas digitais em áudio ou vídeo. interativos.
● Produção de vídeos.
● Ouvir/visualizar gravações, canções, textos falados em diferentes
● Roda de conversa.
variedades linguísticas, identificando características regionais,
● Cine debate.
urbanas e rurais da fala e respeitando as diversas variedades
● Escrita e exposição de Cordéis.
linguísticas como características do uso da língua por diferentes
grupos regionais ou diferentes culturas locais, rejeitando
preconceitos linguísticos.
● Argumentar oralmente sobre acontecimentos de interesse social, com ● Selecionar notícias veiculadas com a temática
base em conhecimentos sobre fatos divulgados em TV, rádio, mídia ambiental para debate.
impressa e digital, respeitando pontos de vista diferentes.

● Planejamento ● Roteirizar, produzir e editar vídeo para vlogs argumentativos sobre ● Produção de vídeos de resenhas de livros,
e produção de produtos de mídia para público infantil (filmes, desenhos animados, brinquedos, jogos etc.
texto. HQs, games etc.) com base em conhecimentos sobre os mesmos, de
acordo com as convenções do gênero e considerando a situação
comunicativa e o tema/assunto/finalidade do texto.
● Expor trabalhos ou pesquisas escolares, em sala de aula, com apoio de ● Elaboração de mural físico e mural online;
recursos multissemióticos (imagens, diagrama, tabelas etc.), Realização de Feira do conhecimento.
orientando-se por roteiro escrito, planejando o tempo de fala e
adequando a linguagem à situação comunicativa.
● Declamação. ● Declamar poemas, com entonação, postura e interpretação ● Realização de Saraus; participação e realização
adequadas. de Concurso de poesias e slam do corpo.
● Construção do ● Grafar palavras utilizando regras de correspondência fonema-- ● Bingo com palavras.
Análise sistema grafema /palavra-sinal regulares, contextuais e morfológicas e palavras ● Uso de dicionários.
Linguística/ alfabético a da de uso frequente com correspondências irregulares. ● Ditado utilizando estratégias criativas e lúdicas,
Multimodal ortografia. como de figuras, mímicas ou palavras retiradas
de textos lidos.
170

● Compreender, analisar e memorizar a grafia de palavras de uso ● Leitura e análise de propagandas.


frequente nas quais as relações fonema-grafema são irregulares e com ● Jogos gramaticais, tais como Quiz e
H inicial que não representa fonema. Soletrando.
● Pesquisas diversas.
● Conhecimento ● Identificar o caráter polissêmico das palavras (uma mesma palavra ● Revisão textual coletiva de textos
do alfabeto do com diferentes significados, de acordo com o contexto de uso), produzidos pelos estudantes.
português do comparando o significado de determinados termos utilizados nas ● Valorização dos textos dos alunos na
Brasil/Ordem áreas científicas com esses mesmos termos utilizados na linguagem elaboração de outras atividades.
alfabética/ usual.
Polissemia.
● Conhecimento ● Acentuar corretamente palavras oxítonas, paroxítonas e proparoxítonas
das diversas em palavras de uso recorrente.
grafias do
alfabeto/
Acentuação.
● Pontuação. ● Diferenciar, na leitura de textos, vírgula, ponto e vírgula, dois-pontos ● Leitura e produção e reescrita de textos;
e reconhecer, na leitura de textos, o efeito de sentido que decorre do autocorreção e correção coletiva.
uso de reticências, aspas, parênteses.
● Morfologia. ● Identificar a expressão de presente, passado e futuro em tempos ● Jogo da memória com verbos em diferentes
verbais do modo indicativo. tempos verbais.

● Flexionar, adequadamente, na escrita e na oralidade/sinalização, os ● Revisão textual coletiva de textos


verbos em concordância com pronomes pessoais/nomes sujeitos da produzidos pelos estudantes.
oração.
● Identificar, em textos, o uso de conjunções e a relação que ● Quebra-cabeça textual: formação de textos
estabelecem entre partes do texto: adição, oposição, tempo, causa, com orações e conectivos separados.
condição, finalidade. ● Produção de texto partilhado utilizando
imagens, objetos e conectores textuais escritos
em fichas e sorteados durante o processo de
produção.
● Diferenciar palavras primitivas, derivadas e compostas, e derivadas
por adição de prefixo e de sufixo.
171

● Forma de ● Identificar e reproduzir, em textos de resenha crítica de brinquedos ou ● Produzir resenhas críticas de brinquedos, livros
composição livros de literatura infantil, a formatação própria desses textos ou jogos em redes sociais.
do texto/ (apresentação e avaliação do produto).
adequação do
texto às ● Identificar e reproduzir, em notícias, manchetes, lides e corpo de ● Produção de jornal mural; criação de jornal
normas de notícias simples para público infantil e cartas de reclamação (revista próprio da escola; divisão da turma de acordo
escrita. infantil), digitais ou impressos, a formatação e diagramação com as partes do jornal, para produção do
específica de cada um desses gêneros, inclusive em suas versões mesmo; rádio jornal e jornal online; jornal em
orais. redes sociais.
● Analisar a validade e força de argumentos em argumentações sobre
produtos de mídia para público infantil (filmes, desenhos animados,
HQs, games etc.) com base em conhecimentos sobre os mesmos.

● Analisar o padrão entonacional, a expressão facial e corporal e as ● Assistir e produzir vlogs.


escolhas de variedade e registro linguísticos de vloggers de vlogs
opinativos ou argumentativos.

● Utilizar, ao produzir o texto, conhecimentos linguísticos e gramaticais:


regras sintáticas de concordância nominal e verbal, convenções de
escrita de citações, pontuação (ponto final, dois pontos, vírgulas em
enumerações) e regras ortográficas.
● Forma de ● Utilizar, ao produzir o texto, recursos de coesão pronominal
composição do (pronomes anafóricos) e articuladores de relações de sentido (tempo,
texto/coesão e causa, oposição, conclusão, comparação) com nível adequado de
articuladores. informatividade.

● Forma de ● Identificar, em narrativas, cenário, personagem central, conflito ● Análise de textos diversos, escritos, orais em
composição gerador, resolução e o ponto de vista com base no qual histórias são diversas mídias.
de narrativas. narradas, diferenciando narrativas em primeira e terceira pessoas.

● Discurso ● Diferenciar discurso indireto e discurso direto, determinando o efeito ● Revisão textual coletiva de textos
direto e de sentido de verbos de enunciação e explicando o uso de variedades produzidos pelos estudantes.
indireto. linguísticas no discurso direto, quando for o caso. ● Valorização dos textos dos alunos na elaboração
de outras atividades.
172

● Forma de ● Identificar, em textos versificados, efeitos de sentido decorrentes do ● Leitura e declamação de poesia. Realização de
composição uso de recursos rítmicos e sonoros e de metáforas. saraus.
de textos
poéticos.
● Forma de ● Observar em ciberpoemas e minicontos infantis em mídia digital, os ● Produção de poesias a partir da análise de
composição recursos multissemióticos presentes nesses textos digitais. poemas concretos;
de textos ● Percepção visual da produção de sentido.
poéticos ● Análise de imagens isoladas e em comparação
visuais. com os textos verbais associados.
● Apresentação de textos através de slides.
173

3º CICLO

LÍNGUA PORTUGUESA
6º ANO
Núcleos Objetos de
Objetivos de Aprendizagem e Desenvolvimento Propostas Metodológicas
Temáticos Conhecimento
● Reconstrução ● Reconhecer os diferentes gêneros jornalísticos. ● Apresentar aos alunos jornais impressos ou
do contexto de ● Analisar e comparar peças publicitárias variadas como forma de digitais e caracterizar, na prática da leitura,
produção, ampliar suas possibilidades de compreensão (e produção) de textos notícias e reportagens, entrevistas e outras
circulação e pertencentes a esses gêneros. partes do veículo como um todo, enfatizando a
recepção de ● Identificar, em notícias, o fato central, suas principais circunstâncias notícia como gênero mais corriqueiro.
textos e eventuais decorrências. ● Apresentar aos alunos diferentes peças
jornalísticos. ● Reconhecer a impossibilidade de uma neutralidade absoluta no publicitárias (cartazes, folhetos, outdoor,
Leitura ● Caracterização relato de fatos e identificar diferentes graus de anúncios e propagandas em diferentes mídias) e
do campo parcialidade/imparcialidade dados pelo recorte feito e pelos efeitos demonstrar o efeito de sentido criado por seus
jornalístico e de sentido advindos de escolhas feitas pelo autor. recursos expressivos verbais, não verbais e
relação entre os multimodais.
gêneros em ● Demonstrar, aos alunos, através da
circulação. comparação de notícias em diferentes
veículos, as marcas de imparcialidade e
parcialidade de seus autores.

● Selecionar notícias e tirinhas com a temática


ambiental para debate e posterior produção de
um jornal mural que atente para os principais
problemas ambientais da atualidade.
● Buscar na internet (blogs e/ou sites de
notícias) relatos pessoais e entrevistas de
personalidades que os alunos gostam e/ou
sejam fãs.
174

● Adesão às ● Participar de práticas de compartilhamento de leitura/recepção de ● Leitura coletiva de trechos de uma narrativa de
práticas de obras literárias/manifestações artísticas. aventura selecionada (sugestões: A Volta ao
leitura. ● Inferir a presença de valores sociais, culturais e humanos e de Mundo em 80 Dias, de Júlio Verne, Robinson
diferentes visões de mundo, em textos literários, reconhecendo Crusoé de Daniel Defoe; Peter Pan/ James
nesses textos formas de estabelecer múltiplos olhares sobre as Matthew Barrie).
identidades, sociedades e culturas e considerando a autoria e o ● Roda de leitura com quadrinhos oferecidos
contexto social e histórico de sua produção. pela escola. Leitura conjunta de tirinhas sem
● Buscar o envolvimento pela leitura de livros de literatura e por linguagem verbal ou com linguagem mista.
outras produções culturais do campo e receptivo a textos que ● Roda de leitura de contos.
rompam com seu universo de expectativas, que representem um ● Contação de contos em duplas ou em grupo.
desafio em relação às suas possibilidades atuais e suas experiências ● Leitura de contos maravilhosos clássicos e
anteriores de leitura. atuais, registrando com a turma suas
semelhanças e diferenças, suas origens e os
elementos lúdicos e narrativos. Explorar o
tempo e o espaço narrativos, as personagens, as
oposições, os conflitos e as soluções.
● Utilização de filmes, animações, pinturas,
quadrinhos e outras imagens não verbais para
desenvolver a interpretação e o gosto pela
leitura.
● Criação de rodas de leitura, clubes de leitura,
eventos de contação de histórias, de leituras
dramáticas, de apresentações teatrais,
musicais e de filmes, cineclubes, festivais de
vídeo, saraus, slams, canais de booktubers,
redes sociais temáticas etc.
175

● Apreciação e ● Explorar o espaço reservado ao leitor em variados veículos ● Produção de cartazes, cartilhas e panfletos
réplica do leitor midiáticos, posicionando-se de maneira ética e respeitosa frente a etc., a partir da leitura de diferentes gêneros
em relação ao esses textos e opiniões a eles relacionadas, e publicitários com os textuais cuja temática abrange riscos
texto. recursos linguístico-discursivos utilizados, com vistas a fomentar ambientais, tais como: enchentes, secas,
● Relação entre práticas de consumo conscientes. tempestades, vazamentos de produtos tóxicos,
gêneros e ● Inferir e justificar, em textos multissemióticos – tirinhas, charges, entre outros, para divulgar estratégias de
mídias. cartuns, memes, gifs etc. –, o efeito de humor, ironia e crítica pelo prevenção e procedimentos de ações nessas
uso ambíguo de palavras, expressões ou imagens. situações.
● Analisar e comparar peças publicitárias variadas como forma de ● Leitura de cartas do leitor em jornais, revistas,
ampliar suas possibilidades de compreensão (e produção). impressos e on-line, sites noticiosos etc.,
● Posicionar-se em relação a conteúdos veiculados em práticas não destacando notícias, fotorreportagens,
institucionalizadas manifestações artísticas, produções culturais, entrevistas, charges, assuntos, temas e debates
intervenções urbanas e práticas próprias das culturas juvenis que em foco.
pretendam denunciar, expor uma problemática ou “convocar” para ● Leitura de classificados (lúdicos, fictícios)
uma reflexão/ação. como forma de demonstrar os recursos
● Reconhecer a presença de relações de intertextualidade e de persuasivos da publicidade.
interdiscursividade nos textos lidos, impressos ou digitais. ● Apresentação de cartazes, folhetos, outdoor,
anúncios, spots, jingle, vídeos publicitários etc.
● Utilização de trechos de aplicativos de
mensagens rápidas, como emojis, memes e
figurinhas para demonstrar a construção do
humor, da ironia e da crítica.
● Fundamentação de conceitos de linguagem
explícitos na comunicação rápida, locutor,
interlocutor, mensagem, contexto etc.

● Relação entre ● Comparar informações sobre um mesmo fato divulgadas em ● Seleção de notícias sobre um mesmo risco
textos. diferentes veículos e mídias. Percebendo a intencionalidade de cada ambiental divulgado em diferentes veículos.
um e possíveis diferenças de linguagem, dependendo do público- Solicitar que os alunos debatam sobre qual
alvo. notícia eles escolheriam para um jornal da
● Comparar, com a ajuda do professor, conteúdos, dados e turma.
informações de diferentes fontes, levando em conta seus contextos ● Exibição de publicações de vídeo-notícias
de produção e referências. comparando as diferentes fontes.
● Relacionar o texto lido com outros textos, envolvendo ou não a
mesma temática.
176

● Relacionar e identificar, na análise e compreensão do texto, ● Utilização da sala de informática para


informações verbais com outros textos e com informações de outros comparar notícias, resenhas e colunas de
recursos suplementares (ilustrações, fotos, gráficos, tabelas, mapas opinião que apresentem posições diferentes
etc.). sobre um mesmo fato.
● Perceber-se como parte integrante do ambiente e, assim, analisar de
forma crítica, a partir dos diferentes gêneros textuais, os problemas
ambientais atuais e as possíveis intervenções.

● Estratégias de ● Utilizar pistas linguísticas – tais como “em ● Interpretação de infográficos que representem a
leitura: primeiro/segundo/terceiro lugar”, “por outro lado”, “dito de outro realidade social, econômica, política, história,
- Distinção de modo”, isto é”, “por exemplo” – para compreender a hierarquização feminicídio, lgbtfobia, dentre outros.
fato e opinião. das proposições, sintetizando o conteúdo dos textos. ● Preparação prévia de apresentações com o
- Identificação ● Articular o verbal com os esquemas, infográficos, imagens variadas gênero e-mail. Verificando o conhecimento
de teses e etc. na (re)construção dos sentidos dos textos de divulgação prévio dos alunos sobre o gênero com
argumentos. científica e nas mensagens eletrônicas, retextualizar do discursivo explicações mais detalhadas de suas
● Apreciação e para o esquemático – infográfico, esquema, tabela, gráfico, características.
réplica. ilustração etc. ● Explicação das diferentes finalidades do
gênero e-mail (convidar, notificar, solicitar,
comprar, denunciar, relatar, entre outras).
Comparação aos gêneros carta e bilhete.
● Efeitos de ● Identificar e analisar os efeitos de sentido, nos textos publicitários, ● Leitura de diferentes tipos de cartas para
sentido. com os recursos linguístico-discursivos utilizados, com vistas a percepção das características particulares ao
fomentar práticas de consumo conscientes. gênero discursivo carta de reclamação.
● Inferir e justificar, em textos multissemióticos o efeito de humor, ● Leitura de cartas do leitor escritas para
ironia e/ou crítica. grandes veículos de comunicação a fim de
● Identificar os efeitos de sentido provocados pela seleção lexical, questionar problemas sociais relevantes
topicalização de elementos e seleção e hierarquização de previamente noticiados.
informações. ● Escuta ativa de podcasts com temáticas juvenis
● Identificar os efeitos de sentido devidos à escolha de imagens variadas e percepção da organização das
estáticas, sequenciação ou sobreposição de imagens, definição de informações no gênero, reconhecendo seu
figura/fundo, ângulo, profundidade e foco, cores/tonalidades, alcance e características.
● Leitura de diferentes memes de grande
relação com o escrito (relações de reiteração, complementação ou
circulação e apresentação do gênero com suas
oposição) etc.
características, escolhas vocabulares e
imagéticas etc. para compreensão de suas
condições de produção e recepção.
177

● Apresentação de recursos linguísticos para


organização e hierarquização das informações
nas mensagens eletrônicas, sites, blogs,
reportagens, leis etc., como uso de 3ª pessoa
etc.
● Uso de tirinhas, quadrinhos, charges, memes,
gifs, figurinhas etc. para destacar a
ambiguidade de palavras, expressões ou
imagens.
● Análise de recursos que promovem efeitos de
sentido nos quadrinhos, como os elementos
gráficos, as metáforas visuais, os diferentes
tipos de balões, as onomatopeias, as
interjeições etc.

● Estratégias e ● Identificar a proibição imposta ou o direito garantido, bem como as ● Produção de regimento escolar
procedimentos circunstâncias de sua aplicação em variados textos normativos. relacionado às atitudes benéficas que todos
de leitura em ● Analisar a forma composicional de textos pertencentes a gêneros devem adotar no ambiente escolar. Observando
textos legais e normativos/ jurídicos e a gêneros da esfera política. questões de riscos, de limpeza e conservação, de
normativos. ● Observar os mecanismos de modalização adequados aos textos redução de gastos, de relacionamentos inter e
jurídicos, que se referem ao eixo da conduta intrapessoais.
(obrigatoriedade/permissibilidade). Proibição, possibilidade os Leitura de artigos relativos a normas,
mecanismos de modalização adequados aos textos políticos e regimentos escolares, regimentos e estatutos da
propositivos, as modalidades apreciativas, em que o locutor exprime sociedade civil, Código Nacional de Trânsito,
um juízo de valor acerca do que enuncia. ECA, Constituição, Código Florestal,
Declaração dos Direitos Humanos, dentre
outros.
● Leitura de bulas e cartazes sobre os problemas
da automedicação, das doenças passíveis de
prevenção etc.
● Leitura de manual de instruções dos
dispositivos eletrônicos que os alunos
possuem, ou que possui na escola verificando
os procedimentos corretos para estes
dispositivos, por exemplo, relacionados à
robótica educacional.
178

● Leitura de trechos de leis relacionadas à


escola, à infância e adolescência, à proteção
ao idoso, aos direitos das mulheres etc.
demonstrando a estruturação e o
funcionamento do gênero.
● Leitura do regimento escolar, se houver, e
identificar marcas de modalização e do eixo da
conduta (obrigatoriedade / permissibilidade).

● Reconstrução ● Analisar, em textos narrativos ficcionais, as diferentes formas de ● Uso de pequenos textos que falem sobre
da textualidade. composição próprias de cada gênero. fobias (nomofobia, aracnofobia, entre outros),
● Efeitos de sentido ● Interpretar, em poemas, efeitos produzidos pelo uso de recursos propor um debate acerca dos medos de cada
provocados pelos expressivos sonoros (estrofação, rimas, aliterações etc.), semânticos estudante e uma pesquisa sobre a nomenclatura
usos de recursos (figuras de linguagem, por exemplo), gráfico espacial (distribuição das fobias relatadas (Ex.: Um aluno que tenha
linguísticos e da mancha gráfica no papel), imagens e sua relação com o texto medo de altura deve descobrir que isso se
multissemiótic os. verbal. chama acrofobia.)
● Distinguir texto ficcional e não ficcional, verbal e não verbal. ● Leitura ativa de contos míticos e lendas,
● Inferir uma informação implícita em um texto verbal e não verbal. analisando o contexto de sua produção e
● Relacionar, na análise e compreensão de textos, informações verbais recepção e os aspectos dos gêneros.
e não verbais, percebendo a importância da imagem na construção ● Leitura de contos e narrativas convertidas em
de sentido do texto. quadrinhos.
● Leitura de pequenos contos infanto-juvenis e
avaliação dos elementos da narrativa.
● Uso, em sala, de poemas diversos, explorando
a linguagem conotativa e atentando à
construção silábica da rima e do ritmo.

● Compreensão ● Localizar informações explícitas, considerando a finalidade de


de textos. leitura.
● Inferir informações a partir do texto ou de conhecimento prévio do
assunto.
179

● Relação do ● Produzir e publicar cartazes, anúncios, propagandas campanhas ● Produção de cartazes e propagandas sobre
texto com o sociais, dentre outros em várias mídias, como forma de compreender determinadas questões ambientais de interesse
contexto de as condições de produção que envolvem a circulação desses textos. de toda a comunidade escolar.
produção e ● Escritura coletiva de uma carta de reclamação a
experimentação partir de um assunto debatido em sala de aula e
de papéis que corresponda à realidade do aluno
sociais. (exemplo: o asfaltamento de alguma rua
próxima à escola, queixa contra determinada
empresa por serviço inadequado), com atenção
à variante padrão.
● Produção de mensagens rápidas, como emojis,
Produção de
memes e figurinhas, destinadas a
Textos
cobrar/criticar questões de interesse dos alunos
para exposição em cartazes. Destaque aos
níveis de formalidade do texto.

● Estratégias de ● Realizar levantamento de questões, problemas que requeiram a ● Produção de cartas de reclamação às
produção: denúncia de desrespeito a direitos, reivindicações, reclamações, autoridades (escolares ou municipais) acerca de
planejamento solicitações que contemplem a comunidade escolar ou algum de um problema ambiental na escola ou na
de textos seus membros e examinar normas e legislações. comunidade.
informativos, ● Pesquisa de textos e intertextos que se
reivindicatórios relacionem a um tema, uma ideia ou um livro,
ou propositivos. a fim de se construir um mapa contextual
(Exemplos: a poluição na cidade, a vida nas
favelas, o machismo nos contos de fadas etc.).
● Escrita de uma carta de leitor argumentando
sobre um tema de interesse da comunidade
apresentado em notícia real ou inventada pelo
professor.
180

● Textualização ● Produzir textos em diferentes gêneros, considerando sua adequação ● Destaque à importância das estratégias de
de textos ao contexto de produção e circulação – os enunciadores envolvidos, planejamento, elaboração, revisão, edição,
argumentativos os objetivos, o gênero, o suporte, a circulação -, ao modo escrito ou reescrita e avaliação dos textos.
e apreciativos. oral ou sinalizado. ● Criação de roteiros para podcasts noticiosos
sobre a comunidade escolar.
● Em colaboração com os colegas, correção e
aprimoramento das produções realizadas,
fazendo cortes, acréscimos, reformulações,
correções de concordância, ortografia,
pontuação em textos e editando imagens,
arquivos sonoros, fazendo cortes, acréscimos,
ajustes, acrescentando/ alterando efeitos,
ordenamentos.
● Criação de contas de e-mail aos que ainda não
possuem. Posteriormente, solicitar que troquem
os e-mails e mandem mensagens para toda a
turma. O professor pode disponibilizar um e-
mail para acompanhar as mensagens da turma
também.
● Caso não haja disponibilidade de uso de
computadores com internet, o professor pode
levar imagens da página de e-mail em folha
impressa. Os alunos construirão o texto do e-
mail e "enviarão" a um colega. O colega deverá
responder ao e-mail na mesma folha.
181

● Produção e ● Planejar uma campanha publicitária sobre questões/problemas, ● Preparação de roteiros para gravação de
edição de textos temas, causas significativas para a escola e/ou comunidade, a partir: vídeos-síntese com as temáticas apresentadas
publicitários. de um levantamento de material sobre o tema ou evento; da no trimestre.
definição do público-alvo; do texto ou peça a ser produzido; da ● Criação de classificados de objetos inventados
ferramenta de edição de texto, áudio ou vídeo que será utilizada; do pelos alunos ou de casas imaginárias,
recorte e enfoque a ser dado; das estratégias de persuasão que serão estimulando a leitura crítica dos recursos
utilizadas etc. utilizados neste gênero discursivo.
● Produzir, revisar e editar textos publicitários ou normativos, como ● Produção de texto sobre os cuidados
abaixo-assinados, levando em conta o contexto de produção dado, necessários com a automedicação.
explorando recursos multissemióticos, relacionando elementos ● Elaboração de infográficos que descrevam o
verbais e visuais. contexto escolar vivenciado pelos alunos.
● Produção de um manual de instruções
ficcional sobre um dispositivo para exposição à
turma.
● A partir de assembleia de turma ou escolar,
criação de abaixo-assinado reivindicando, em
conformidade com seus direitos e deveres, as
demandas do grupo estudantil seja referente ao
espaço escolar ou a toda a comunidade na qual
a unidade está inserida. A elaboração do
documento deve ser acompanhada de uma
pequena lista de argumentos apresentados por
escrito e/ou oralmente.
● Produção de mapas contextuais no estudo de
diversos gêneros do discurso.
● Após escolha, juntamente com os alunos, de
um tema relevante para a comunidade, criação
coletiva de cartazes, banners, folhetos,
panfletos, anúncios impressos e anúncios para
a internet, spot, propaganda de rádio, TV etc.
sobre o tema proposto.
182

● Estratégias de ● Revisar/editar o texto produzido – notícia, reportagem, resenha, ● Escrita de um relato pessoal sobre um
escrita: artigo de opinião, dentre outros –, tendo em vista sua adequação ao acontecimento marcante sobre a vida do aluno.
textualização, contexto de produção, a mídia em questão, características do gênero, ● Apresentação de um documentário sobre uma
revisão e aspectos relativos à textualidade. temática relevante para os estudantes (meio
edição. ● Engajar-se ativamente nos processos de planejamento, textualização, ambiente, tecnologia, bullying etc.).
revisão/ edição e reescrita, tendo em vista as restrições temáticas, ● Estímulo aos alunos para que listem/anotem
composicionais e estilísticas dos textos pretendidos e as os pontos mais relevantes de uma palestra, aula
configurações da situação de produção. ou apresentação do professor ou de algum
● Utilizar as convenções ortográficas da Língua Portuguesa. convidado sobre determinado tema para
posterior utilização na produção de texto
multimodal.
● Formulação de esquema, na lousa ou no papel,
com a organização das informações contidas
em notícia ou reportagem. Apresentação das
características e funções do gênero “esquema”.

● Construção da ● Criar narrativas ficcionais que utilizem cenários e personagens ● Leitura de trechos de uma das narrativas de
textualidade. realistas ou de fantasia, observando os elementos da estrutura aventura para propor que, em dupla, os alunos
● Relação entre narrativa próprios ao gênero pretendido, tais como enredo, reescrevam o final da história.
textos. personagens, tempo, espaço e narrador, utilizando tempos verbais ● Criação de memórias literárias a partir de
adequados à narração de fatos passados, empregando conhecimentos entrevistas com pessoas da família e da
sobre diferentes modos de se iniciar uma história e de inserir os comunidade.
discursos direto e indireto. ● Escrita individual, ou em dupla, de contos
● Criar poemas compostos por versos livres e de forma fixa (como populares, contos de suspense, mistério, terror,
quadras e sonetos), utilizando recursos visuais, semânticos e humor, narrativas de enigma, crônicas,
sonoros, tais como cadências, ritmos e rimas, e poemas visuais e histórias em quadrinhos, dentre outros, a partir
vídeo-poemas, explorando as relações entre imagem e texto verbal, a de situações do cotidiano escolar, de diálogos
distribuição da mancha gráfica (poema visual) e outros recursos ou de eventos específicos da escola.
visuais e sonoros. ● Diferenciação do relato pessoal e da memória
literária. Conceituação de literatura.
183

● Exibição de filmes com narrativas de aventura


(sugestões: The Croods, Mohana, As aventuras
de Pi etc.). Solicitar aos alunos a seleção de
uma cena e criação de outra versão.
● Produção de narrativas de aventura a partir de
manchetes de jornais.
● Criação de diversos personagens com
características distintas (físicas e psicológicas).
● Realização de jogos com rimas. Criação de
quadras a partir de duplas de versos levadas
pelo professor.
● Criação de poemas temáticos.
● Criação coletiva de contos de fadas. Jogos
voltados para a criação de histórias com fichas
de personagem, lugares, desafios e objetos
mágicos. Paródias de contos de fadas
conhecidos pelos alunos.
● Criação de histórias em quadrinhos,
explorando as onomatopeias, as interjeições, a
letra, os desenhos dos balões de fala e de
pensamento, a narração e a relação entre texto
verbal e imagem, para posterior exposição ou
produção de revistinhas.
● Produção de pequenos roteiros para posterior
gravação de vídeos que exploram a narrativa
com o uso de fantoches, bonecos, desenhos
presos a varetas ou às próprias mãos.

● Planejamento e ● Organizar os dados e informações pesquisados em painéis ou slides ● Produção de podcasts e vídeos informativos,
Oralidade/ produção de de apresentação, levando em conta o contexto de produção, o tempo ou realizar rodas de conversa, a respeito das
Sinalidade entrevistas orais/ disponível, as características do gênero da apresentação. temáticas relacionadas a riscos ambientais.
sinalizadas.
184

● Conversação ● Produzir notícias para rádios, TV ou vídeos, e/ ou entrevistas, ● Produção de vídeos curtos para publicação nas
espontânea. relativas a fatos e temas de interesse pessoal, local ou global. redes sociais da escola, colocar em blogs e
sites pessoais.
● Criação coletiva de quadro-resumo
apresentando os pontos essenciais, ideias ou
fatos principais que foram desenvolvidos no
decorrer de outros textos lidos no trimestre, tais
como: contos, mitos, lendas, notícias,
reportagens, cartas etc.
● Apresentação, em feira ou evento escolar, de
dados obtidos na elaboração de infográficos.
● Apresentação de um manual de instruções
informando sobre os riscos de não seguir as
instruções apontadas.
● Exposição oral (ou sinalizada) de questões
variadas que compõem determinado assunto,
ideia ou texto.

● Produção de ● Ler em voz alta textos literários diversos, bem como leituras orais ● Apresentação das personagens criadas para
textos orais ou capituladas (compartilhadas ou não com o professor) de livros de narrativas à turma e, logo após, contar suas
sinalizados. maior extensão, como romances, narrativas de enigma, narrativas de histórias.
● Oralização/ aventura, literatura infantojuvenil etc. ● Leitura e sinalização de textos de memórias
sinalização literárias criados pelos alunos em sarau, café
. literário ou outro evento que envolva a escola.
● Numa roda de conversa, contar experiências
que tiveram em suas vidas particulares ou
escolares.
● Realização de evento de contação de histórias.
Com a turma sentada em círculo, cada aluno ou
dupla contará sua história. Ao final,
comentários sobre o texto lido/sinalizado.
185

● Leitura de poemas, cantigas populares, cordéis


etc., em voz alta, de modo que seja possível
perceber aspectos como rima e ritmo.
● Audição de canções para reflexão sobre
diferentes temáticas e sobre a estrutura
composicional do gênero.
● Roda de contação de histórias, explorando a
entonação e a leitura expressiva para
conquistar o interesse dos alunos.
● Procedimentos ● Tomar nota de aulas, filmes, apresentações orais, entrevistas (ao vivo, ● Exibição de um filme com pedido aos
de apoio à áudio, TV, vídeo), identificando e hierarquizando as informações estudantes para que façam anotações (tomadas
compreensão. principais, tendo em vista apoiar o estudo e a produção de sínteses e de notas) do que julgarem mais importante para
● Tomada reflexões pessoais ou outros objetivos em questão. a construção posterior de texto narrativo.
de nota. ● Tomar nota em discussões, debates, palestras, apresentação de ● Convite a alguém de fora da comunidade
propostas, reuniões, como forma de documentar o evento e apoiar a escolar para palestra ou debate sobre
própria fala. determinado tema e solicitação aos alunos que
tomem notas de maneira sistemática.
● Participação em ● Engajar-se e contribuir com a busca de conclusões comuns relativas a ● Roda de conversa sobre automedicação e sobre
discussões problemas, temas ou questões polêmicas de interesse da turma e/ou de saúde preventiva e cuidados pessoais.
orais/ relevância social. ● Gravação em áudio/vídeo (sinalização) de
sinalizadas de ● Formular perguntas e decompor, com a ajuda dos colegas e dos podcasts noticiosos sobre temas importantes
temas professores, tema/questão polêmica, explicações e ou argumentos para a comunidade escolar (segurança,
controversos de relativos ao objeto de discussão para análise mais minuciosa e buscar, condições do bairro, coleta de lixo etc.), com
interesse da em fontes diversas, informações ou dados que permitam analisar recursos da própria turma e da escola, como
turma e/ou de partes da questão e compartilhá-los com a turma. celulares, microfones e computadores.
relevância
social.
● Textualização. ● Perceber e analisar os recursos estilísticos e semióticos dos gêneros ● Apresentar texto com palavras desconhecidas
● Progressão jornalísticos e publicitários, os aspectos relativos ao tratamento da pelos alunos para estimulá-los a buscar os
temática. informação em notícias, como a ordenação dos eventos, as escolhas significados. Para essa busca, devem ser
● Estilo lexicais, o significado das palavras, o efeito de imparcialidade do disponibilizados dicionários ou computadores
relato, a morfologia do verbo, em textos noticiosos e argumentativos, com internet. Em seguida, apresentar o gênero
reconhecendo marcas de pessoa, número, tempo, modo, a distribuição “verbete” e os alunos poderão explorar o
dos verbos nos gêneros textuais (por exemplo, as formas de pretérito significado de outras palavras.
186

em relatos; as formas de presente e futuro em gêneros ● Apresentação de classificados de objetos


argumentativos; as formas de imperativo em gêneros publicitários), criados pelos estudantes, a fim de se
o uso de recursos persuasivos em textos argumentativos diversos desenvolver um olhar crítico sobre as relações
(como a elaboração do título, escolhas lexicais, construções de compra, venda e aluguel na sociedade em
metafóricas, a explicitação ou a ocultação de fontes de informação) que vivemos.
e as estratégias de persuasão e apelo ao consumo com os recursos ● Leitura e criação de cardápios de restaurantes
linguístico-discursivos utilizados (tempo verbal, jogos de palavras, reais ou imaginários ou para o refeitório da
metáforas, imagens). escola utilizando recursos expressivos e
● Perceber e analisar as estratégias de persuasão e apelo ao consumo persuasivos verbais e não verbais, como
com os recursos linguístico-discursivos utilizados (tempo verbal, imagens e ilustrações.
jogos de palavras, metáforas, imagens). ● Apresentação de receitas trazidas pelos alunos
● Analisar e utilizar as formas de composição dos gêneros para a classe. Exposição das características do
jornalísticos da ordem do relatar, tais como notícias e entrevistas: gênero. Exibição conjunta de vídeos com as
apresentação e contextualização do entrevistado e do tema, estrutura receitas na prática.
pergunta e resposta etc. ● Criação de receitas malucas em associação
com os professores de Ciências.
● Criação de anúncios para vender objetos
simples aleatoriamente distribuídos pelo
professor por meio de imagens para compor
um mural de classificados.
● Características ● Comparar textos organizados em diferentes gêneros, identificando as ● Rodas de leitura.
dos textos e características específicas de cada um.
gêneros. ● Reconhecer – na análise dos textos – as características dos gêneros
nos quais são organizados (fábulas, lendas, contos de fadas, contos
infanto-juvenis, comentário digital, entrevista oral, artigo de
divulgação científica etc.), para subsidiar a produção textual
● Reconhecer a narração e a descrição nos textos.
● Fono-ortografia. ● Escrever palavras com correção ortográfica, obedecendo às ● Entrega de recortes de sílabas para que, a
convenções da língua escrita. partir delas, sejam formadas novas palavras.
● Analisar as palavras quanto à sílaba tônica.
● Fonologia. ● Relacionar a presença dos diferentes acentos gráficos à tonicidade ● Uso da música da acentuação gráfica.
da palavra e à pronúncia – aberta ou fechada. ● Montagem de palavras no quadro para fixar os
● Empregar corretamente a acentuação em oxítonas, paroxítonas e conceitos de contagem de sílabas e de
proparoxítonas em palavras de uso recorrente. tonicidade.
187

● Léxico/morfo- ● Formar antônimos com acréscimo de prefixos que expressam noção ● Propor a criação de palavras “malucas”/
lo gia. de negação. neologismos. Em seguida os alunos deverão
● Distinguir palavras derivadas por acréscimo de afixos e palavras criar definições para suas palavras.
compostas. ● Propor a leitura das palavras criadas e dos seus
respectivos significados. Mostrar a existência
de morfemas.
● Morfossintaxe. ● Identificar a função do substantivo na nomeação dos personagens. ● Transformação de frases nominais em frases
● Identificar o valor expressivo do adjetivo em descrições de cenários verbais.
e caracterização de personagens. ● Reescritura de frases com verbos no modo
● Analisar os usos e as funções dos numerais. indicativo para o modo subjuntivo e
● Analisar os usos e as funções dos determinantes (artigos) e imperativo, a fim de perceber a diferença entre
modificadores (adjetivos), considerando sua importância para ambos.
determinar (ou não) e caracterizar os nomes (substantivos), ● Jogo com frases sem adjetivação para que os
identificando a adequação e os efeitos de sentido para o texto. alunos possam reescrever as frases incluindo
● Analisar a função e as flexões de substantivos, adjetivos e verbos adjetivos em concordância nominal.
nos modos Indicativo, Subjuntivo e Imperativo: afirmativo e
negativo, com foco no modo indicativo.
● Usar tempos verbais para marcar as relações de temporalidade.
● Identificar os efeitos de sentido dos modos verbais, considerando o
gênero textual e a intenção comunicativa.
● Empregar, adequadamente, as regras de concordância nominal
(relações entre os substantivos e seus determinantes) e as regras de
concordância verbal (relações entre o verbo e o sujeito simples e
composto).

● Sintaxe. ● Identificar sintagmas nominais e verbais como constituintes ● Montagem de frases a partir do verbo,
imediatos da oração. apresentação da centralidade do verbo em boa
parte das orações.
● Conceituação de sintagmas nominais a partir
da criação de trechos de frases a partir de
nomes. Apresentação do funcionamento
desses elementos.
188

● Elementos ● Utilizar, ao produzir texto, conhecimentos linguísticos e gramaticais: ● Quiz dos tempos verbais.
notacionais da tempos verbais, concordância nominal e verbal, regras ortográficas, ● Criação de canção para diferenciar os tempos
escrita/ pontuação etc. verbais e seus usos.
morfossintaxe. ● Reconhecer a pontuação como recurso funcional e expressivo. ● Jogo da concordância nominal e verbal.
● Reconhecer e usar a pontuação adequadamente a cada tipo de frase.
● Reconhecer e usar a paragrafação adequadamente.

● Aspectos ● Utilizar, ao produzir texto, recursos de coesão referencial (nomes e ● Baralho dos sinônimos e antônimos.
semânticos e pronomes), recursos semânticos de sinonímia, antonímia e ● Reescritura de texto eliminando repetições pelo
lexicais. homonímia e mecanismos de representação de diferentes vozes uso de sinônimos e pronomes.
(discurso direto e indireto). ● Apresentar imagens literais de expressões
● Analisar os efeitos de sentido obtidos no texto com o emprego de cristalizadas (como “pendurar as chuteiras, por
palavras com sentido denotativo e conotativo, verificando as exemplo) e discutir o significado a elas
implicações discursivas e os efeitos de sentido na totalidade do atribuído na linguagem cotidiana.
texto.
● Analisar as escolhas lexicais feitas nos textos produzidos,
identificando a sua adequação (ou não) às intenções de significação.
● Inferir o significado de uma palavra ou expressão a partir do
contexto.
● Relacionar o uso da linguagem figurada no texto literário com a
linguagem cotidiana.

● Coesão. ● Utilizar, ao produzir texto, recursos de coesão referencial (lexical e ● Remontagem de texto utilizando recursos
pronominal) e sequencial e outros recursos expressivos adequados coesivos diversos.
ao gênero textual.
● Eliminar, autonomamente, repetições indesejadas nos textos
produzidos, substituindo o referente por outra palavra (sinônimo,
hiperônimo, pronome, numeral etc.) e/ou fazendo elipse do
referente.
189

● Marcas ● Identificar e utilizar os modos de introdução de outras vozes no ● Jogos e brincadeiras com a alteração na ordem
linguísticas. texto, desenvolvendo reflexão sobre o modo como a dos diálogos no texto e sua consequente
● Intertextualida de. intertextualidade e a retextualização ocorrem nesses textos. mudança de sentido.
● Criação de paródias para apresentar o conceito
de intertextualidade.
● Recursos ● Analisar os efeitos de sentido decorrentes da interação entre os ● Brincadeiras com onomatopeias e interjeições.
linguísticos e elementos linguísticos e os recursos paralinguísticos e cinésicos, ● Leitura e ilustração coletiva de poemas.
semióticos que como as variações no ritmo, as modulações no tom de voz, as ● Leitura de Trava-línguas.
operam nos pausas, as manipulações do estrato sonoro da linguagem, obtidos por ● Concurso de poesias.
textos meio da estrofação, das rimas e de figuras de linguagem como as ● Desafio de rimas.
pertencentes aliterações, as assonâncias, as onomatopeias, dentre outras, ● Exibição de vídeo de repentistas e rappers.
aos gêneros percebendo sua função na caracterização de cada gênero textual.
literários.
● Variação ● Identificar a existência de variedades da Língua Portuguesa ● Bingo das variações linguísticas, jogos com
linguística determinadas por classe social, gênero, idade, escolaridade, palavras, pesquisa nos dicionários para
. profissão, localização geográfica e atividades humanas, assim como confecção dos cartões do bingo.
por influências interculturais dos povos indígenas, africanos, ● Uso de dicionários e de textos escritos em
europeus e outros. países falantes de Língua Portuguesa pelo
● Reconhecer as situações comunicativas mais apropriadas ao uso de mundo.
diferentes variedades, sem sobrepor uma à outra, valorizando-as e ● Feira de objetos cujos nomes variem de acordo
repudiando discriminações realizadas contra pessoas pelo uso de com o lugar.
variedade considerada não-padrão. ● Exibição de trechos de filmes e clipes antigos
para demonstrar a variação entre as gerações.
● Comparação de textos (letras de músicas,
manifestos, textos técnicos ou jurídicos, como
petições e defesas, e obras artísticas) que
evidenciem as variações entre os diferentes
grupos sociais.
● Apresentação de itens, imagens e obras
artísticas que demonstram as diferentes
culturas que coabitam no Brasil e sua
influência na língua Portuguesa.
● Criação de dicionário coletivo com nomes de
lugares e de objetos cuja influência venha dos
diferentes povos e culturas que influenciaram
diretamente a Língua Portuguesa.
190

3º CICLO
LÍNGUA PORTUGUESA
7º ANO
Núcleos Objetos de
Objetivos de Aprendizagem e Desenvolvimento Propostas Metodológicas
Temáticos Conhecimento
● Reconstrução ● Identificar, em notícias, o fato central, suas principais circunstâncias ● Conceituação e aprofundamento nos gêneros
do contexto de e eventuais decorrências; em reportagens e fotorreportagens, o fato textuais do domínio jornalístico, sobretudo na
produção, ou a temática retratada e a perspectiva de abordagem; em notícia, reportagem e entrevista, com recurso a
circulação e entrevistas, os principais temas/subtemas abordados; em tirinhas, meios multimodais.
recepção de memes, charge, a crítica, ironia ou humor presente. ● Leitura comparada de diferentes notícias,
textos. ● Distinguir diferentes propostas editoriais. veiculadas em meios multimodais, para a
● Caracterização ● Comparar notícias e reportagens sobre um mesmo fato divulgadas identificação das marcas típicas que
do campo em diferentes mídias. caracterizam uma notícia falsa ou boato.
Leitura jornalístico e ● Analisar a estrutura e funcionamento dos hiperlinks em textos ● Apresentação dos principais veículos de
relação entre os noticiosos publicados na Web e vislumbrar possibilidades de uma comunicação presentes na sociedade para o
gêneros em escrita hipertextual. debate, com a turma, sobre as escolhas
circulação. editoriais.
● Conceituação sobre o funcionamento do
hipertexto na internet, recorrendo às salas de
informática da escola ou celulares e tablets.

● Adesão às ● Participar de práticas de compartilhamento de leitura/recepção de ● Leitura de poemas diversos, explorando a


práticas de obras literárias/manifestações artísticas, como rodas de leitura, linguagem conotativa, o léxico e as intenções
leitura. clubes de leitura, eventos de contação de histórias, de leituras do eu lírico.
dramáticas, de apresentações teatrais, musicais e de filmes, ● Leitura de crônicas de Carlos Drummond de
cineclubes, festivais de vídeo, saraus, slams, canais de booktubers, Andrade, Rubem Braga, Clarice Lispector,
redes sociais temáticas etc. , tecendo, quando possível, comentários Luís Fernando Veríssimo, entre outros.
de ordem estética e afetiva e justificando suas apreciações, ● Exibição de imagens cotidianas relacionadas às
escrevendo comentários e resenhas para jornais, blogs e redes crônicas estudadas.
sociais e utilizando formas de expressão das culturas juvenis. ● Leituras diversas de textos literários que tratem
do cotidiano, de modo a demonstrar a literatura
como uma manifestação artística próxima dos
alunos.
191

● Trechos de relatos de viagem para leitura


coletiva (sugestões: Guia do Mochileiro das
Galáxias, Viagem ao centro da terra, relatos de
Almyr Klink etc.).
● Criação de um cineclube escolar autogerido
pelos estudantes, com ingressos, cadeiras
numeradas e decoração típica, bem como com
temáticas alternáveis ao longo do ano.
● Produção de novos desfechos para as histórias
lidas na sala.
● Realização de Café literário em que sejam
contadas/ lidas/ sinalizadas histórias e poesias
diversas.

● Apreciação e ● Diferenciar liberdade de discursos de ódio, posicionando-se ● Exibição de charges, para que os estudantes as
réplica. contrariamente a esse tipo de discurso e vislumbrando possibilidades relacionem com fatos, acontecimentos ou
● Relação entre de denúncia quando for o caso. eventos e identifiquem, nos textos, críticas aos
gêneros e ● Identificar e analisar os efeitos de sentido nos textos publicitários discursos de ódio presentes na sociedade.
mídias. com os recursos linguístico-discursivos utilizados, com vistas a ● Apresentação de diferentes textos (em meios de
fomentar práticas de consumo conscientes. comunicação diversos como: blogs, jornais,
● Inferir e justificar, em textos multissemióticos – tirinhas, charges, revistas, redes sociais etc.) que demonstrem o
memes, gifs etc. –, o efeito de humor, ironia e/ou crítica pelo uso discurso de ódio, propondo aos alunos a escrita
ambíguo de palavras, expressões ou imagens. de comentários de denúncia ou contraponto,
com argumentos, no caderno ou nas próprias
● Explorar o espaço reservado ao leitor nos jornais, revistas
mídias em que se observe tal postura.
(impressos ou on-line), sites noticiosos etc.
● Preparação prévia de cartões com imagens de
● Refletir sobre a relação entre os contextos de produção dos gêneros de
balões de diferentes formatos e mensagens.
divulgação científica – texto didático, reportagem de divulgação
Distribuição dos cartões para que os estudantes
científica, verbete de enciclopédia (impressa e digital), esquema,
observem o que esses diferentes formatos
infográfico (estático e animado), relatório, relato multimidiático de
podem indicar. Em seguida, apresentação do
campo, podcasts e vídeos variados de divulgação científica etc. – e
gênero para leitura e discussão entre os alunos.
os aspectos relativos à construção composicional e às marcas
Havendo disponibilidade de projeção, as
linguística características desses gêneros, de forma a ampliar suas
tirinhas podem ser projetadas para toda a turma.
possibilidades de compreensão (e produção) de textos pertencentes
Caso não haja possibilidade de projeção, os
a esses gêneros.
alunos podem receber textos impressos ou
trabalhar com as tirinhas existentes nos livros
didáticos.
192

● Posicionar-se em relação a conteúdos veiculados em práticas não ● Apresentação de cartas do leitor e comentários
institucionalizadas manifestações artísticas, produções culturais, críticos sobre tais ferramentas de análise e
intervenções urbanas e práticas próprias das culturas juvenis que argumentação sobre as notícias e reportagens
pretendam denunciar, expor uma problemática ou “convocar” para veiculadas.
uma reflexão/ação. ● Após relembrar a diferença entre os gêneros
notícia e reportagem, disponibilizar jornais
impressos e/ ou acessar jornais online para que
os alunos selecionem reportagens para serem
lidas. Preparar questões para explorar o
entendimento da reportagem lida.
● Criação de obras coletivas de arte, a fim de
demonstrar a possibilidade de manifestação do
pensamento ou reflexão sobre determinada
problemática, com materiais diversos, como
cartolinas, tintas, materiais recicláveis,
utensílios etc.
● Promoção de intervenção poética ou slam no
espaço escolar, levando em conta temáticas de
denúncia e manifestações do pensamento ou
da opinião como convite à reflexão ou ação.

● Relação entre ● Comparar, com a ajuda do professor, conteúdos, dados e ● Seleção de notícias sobre um mesmo risco
textos. informações de diferentes fontes, levando em conta seus contextos ambiental divulgado em diferentes veículos e
de produção e referências. solicitar que os estudantes debatam sobre qual
● Comparar informações sobre um mesmo fato divulgadas em notícia eles escolheriam para um jornal da
diferentes veículos e mídias, analisando e avaliando a turma.
confiabilidade. ● Comparação e diferenciação de uma notícia
● Perceber-se como parte integrante do ambiente e, assim, analisar de real e de uma falsa, destacando os recursos
forma crítica, a partir dos diferentes gêneros textuais, os problemas apelativos desta última.
ambientais atuais e as possíveis intervenções.
193

● Estratégias de ● Selecionar informações e dados relevantes de fontes diversas ● Ler exemplos de quadros sinóticos com as
leitura: (impressas, digitais, orais etc.), avaliando a qualidade e a utilidade informações contidas em diferentes notícias,
- Apreender os dessas fontes. destacando suas informações principais e
sentidos globais ● Articular o verbal com os esquemas, infográficos, imagens variadas secundárias.
do texto. etc. na (re)construção dos sentidos dos textos de divulgação ● Destaque aos componentes das notícias e
- Relação do científica e retextualizar do discursivo para o esquemático – reportagens, como fotos, gráficos, legendas,
verbal com infográfico, esquema, tabela, gráfico, ilustração etc. olho etc.
outras ● Grifar as partes essenciais do texto, tendo em vista os objetivos de ● Apresentação de eventos e de opiniões
semioses. leitura, produzir marginálias (ou tomar notas em outro suporte), relativas ao fato apresentado por notícia,
- Procedimentos sínteses organizadas em itens, quadro sinóptico, quadro charge, tirinha ou reportagem.
e gêneros de comparativo, esquema, resumo ou resenha do texto lido. ● Leitura de tabelas, gráficos e infográficos
apoio à ● Distinguir, em segmentos descontínuos de textos, fato da opinião diversos.
compreensão. enunciada em relação a esse mesmo fato. ● Avaliação dos recursos visuais utilizados para
-Distinção de sintetizar, ampliar ou dar clareza a determinada
fato e opinião. exposição.
Apresentação de artigos de opinião,
comentários em sites de veículos midiáticos e
textos noticiosos de forma a destacar o fato e as
marcas linguísticas que evidenciam a opinião
do autor em relação ao fato.
● Leitura de texto de divulgação científica com o
uso de marcador de texto para grifar as
informações principais e as secundárias.
● Leitura de modelos de roteiro para
apresentação em vídeo destacando as
informações mais relevantes do tema escolhido
e demonstrando os recursos visuais sugeridos,
como legendas e imagens, para apresentar as
secundárias.
● Exibição de vídeos de canais famosos da
Internet e exposição da distinção entre o fato
tratado e a opinião dos autores.
194

● Estratégia de ● Identificar e avaliar teses, opiniões, posicionamentos explícitos e ● Produção de cartas de reclamação às
leitura: argumentos em textos argumentativos, manifestando concordância autoridades (escolares ou municipais) acerca de
identificação de ou discordância. um problema ambiental na escola ou na
teses e comunidade.
argumentos. ● Leitura de carta de leitor, comentário, artigo
● Apreciação e de opinião, resenha crítica etc. sobre temática
réplica. específica e relevante aos alunos.

● Efeitos de ● Identificar os efeitos de sentido provocados pela seleção lexical, ● Apresentação de notícias e de redações cuja
sentido. topicalização de elementos e seleção e hierarquização de nota tenha sido elevada nos exames de nível
informações, uso de 3ª pessoa etc. federal para expor a topicalização como
recurso coesivo do texto.
● Demonstrar, comparativamente, o efeito a
impessoalização (uso de terceira pessoa e de
demais recursos) para o efeito de sentido em
um texto argumentativo.

● Efeitos de ● Identificar o uso de recursos persuasivos em textos argumentativos ● Leitura e análise de cartas de reclamação,
sentido diversos (como a elaboração do título, escolhas lexicais, construções cartas do leitor, resenhas críticas e de redações
● Exploração de metafóricas, a explicitação ou a ocultação de fontes de informação) e de vestibulares ou concursos realizados para
multissemiose. perceber seus efeitos de sentido. explorar os recursos argumentativos utilizados.
● Identificar os efeitos de sentido devidos à escolha de imagens ● Leitura e análise de blogs, redes sociais, sites,
estáticas, sequenciação ou sobreposição de imagens, definição de jornais e revistas com teor crítico e avaliação
figura/fundo, ângulo, profundidade e foco, cores/tonalidades, do uso das imagens e demais recursos
relação com o escrito (relações de reiteração, complementação ou expressivos de modo a reforçar o
oposição) etc. posicionamento editorial do veículo.
● Apresentação de reportagens,
fotorreportagens, verbetes enciclopédicos e
demais textos em que a imagem possua
destaque para compreensão de sua inter-
relação com o texto escrito.
195

● Estratégias e ● Identificar a proibição imposta ou o direito garantido em textos ● Leitura do estatuto do grêmio estudantil da
procedimentos normativos diversos. unidade escolar, caso possua, Estatuto da
de leitura em Criança e do Adolescente, Estatuto da Pessoa
textos legais e com Deficiência, Estatuto do Idoso, dentre
normativos. outros.
● Leitura e interpretação de pequenos trechos de
regimentos escolares, regimentos e estatutos da
sociedade civil, regulamentações para o
mercado publicitário, Código de Defesa do
Consumidor, Código Nacional de Trânsito,
ECA, Constituição, dentre outros.
● Contexto de ● Identificar o contexto de produção, a forma de organização dos ● Pesquisa de regras de trânsito vigentes no
produção, textos normativos e legais, a lógica de hierarquização de seus itens e Brasil e em outros países.
circulação e subitens e suas partes: artigos, parte inicial e parte final. ● Leitura crítica e comentada do regimento da
recepção de ● Explorar e analisar espaços de reclamação de direitos e de envio de escola (Quais regras poderiam ser modificadas,
textos e práticas solicitações, bem como de textos pertencentes a gêneros que excluídas, acrescentadas?).
relacionadas à circulam nesses espaços, reclamação ou carta de reclamação, ● Uso de recurso de informática para apresentar
defesa de solicitação ou carta de solicitação. aos alunos o funcionamento de espaços de
direitos e à reclamações e críticas, tais como ouvidorias,
participação SAC, canais ligados a órgãos públicos,
social. plataformas do consumidor, plataformas de
reclamação.
● Relação entre ● Analisar, a partir do contexto de produção, a forma de organização ● Análise de cartas de reclamações em sites
contexto de das cartas de solicitação e de reclamação (datação, forma de início, especializados, organizando sua estrutura e
produção e apresentação contextualizada do pedido ou da reclamação, em geral, destacando os recursos de linguagem
características acompanhada de explicações, argumentos e/ou relatos do problema). utilizados.
composicionais
e estilísticas dos
gêneros (carta
de solicitação,
carta de
reclamação,
petição on-line,
carta aberta,
abaixo-assinado,
proposta etc.).
196

● Apreciação e
réplica.
● Estratégias, ● Identificar o objeto da reclamação e/ou da solicitação e sua ● Criação de vídeos de reclamações e desabafos
procedimentos sustentação, explicação ou justificativa, de forma a poder analisar a sobre a realidade escolar e analisar os próprios
de leitura em pertinência da solicitação ou justificação. vídeos, de modo a aprimorar a argumentação
textos e a avaliar a pertinência ou justificativa das
reivindicatórios reivindicações.
ou propositivos.
● Curadoria de ● Realizar pesquisa, a partir de recortes e questões definidos ● Montagem de notícias a partir de informações
informação. previamente, usando fontes indicadas e abertas. sobre um mesmo fato colhidas em diversas
fontes, utilizando a internet e os jornais
impressos.
● Reconstrução da ● Analisar, em textos narrativos ficcionais, as diferentes formas de ● Leitura de contos curtos de escolha individual
textualidade. composição próprias de cada gênero. ou com a sugestão do professor de forma a
● Efeitos de sentido demonstrar seus aspectos composicionais.
provocados pelos ● Leitura de mitos e lendas de origem africana,
usos de recursos latino-americana ou asiática e a caracterização
linguísticos e dos gêneros. Valorização das culturas
multissemiótico s. referidas.
● Leitura de romances curtos, infantojuvenis,
utilizando os espaços da escola, como salas de
leitura e bibliotecas.
● Fundamentação de aspectos do texto narrativo
literário.
● Exibição de filmes com temáticas diversas, a
fim de destacar suas condições de produção,
distribuição e exibição, mostrando o cinema
como arte.
197

● Relação do texto ● Produzir e publicar textos multissemióticos midiáticos diversos ● Produção de campanhas educativas sobre
com o contexto (notícias, fotodenúncias, fotorreportagens, reportagens, reportagens questões ambientais de interesse de toda a
de produção e multimidiáticas, infográficos, entrevistas, cartas de leitor, comunidade escolar.
experimentação comentários, artigos de opinião de interesse local ou global, e ● Divisão da turma em grupos para que cada um
de papéis cartazes, anúncios, propagandas, spots, jingles de campanhas escolha um tema sobre o qual será produzida
sociais. sociais, dentre outros em várias mídias), como forma de uma reportagem. Durante o processo, destaque
compreender as condições de produção que envolvem a circulação à importância das etapas de produção:
Produção desses textos. definição do tema, o enfoque que será dado à
de Textos reportagem, as pessoas que serão entrevistadas,
as fontes de pesquisa, a produção de gráficos e
imagens. Após essa etapa, os membros dos
grupos podem se dividir para produzir cada
parte do texto ou optar por uma construção
coletiva.

● Estratégias de ● Planejar notícia ou crônica impressa e para circulação em outras ● Criação de crônicas narrativas a partir de
produção: mídias (rádio ou TV/vídeo), tendo em vista as condições de fotografias do cotidiano tiradas pelos próprios
planejamento produção, do texto – objetivo, leitores/espectadores, veículos e mídia alunos.
de textos de circulação etc. ● Criação de vídeos noticiosos para um canal da
informativos, escola, com roteiro e captação dos próprios
reivindicatórios alunos.
ou propositivos. ● Elaboração de foto denúncias sobre temáticas
relevantes para a realidade escolar.
● Após a leitura de uma notícia ou reportagem
polêmica, convite aos alunos para que
escrevam cartas do leitor que serão
direcionadas ao veículo produtor.
Demonstração da importância das escolhas
vocabulares e dos níveis corretos de
formalidade do gênero.
● Comparação entre os recursos linguísticos de
textos formais e cartas de leitor e comentários
em redes sociais e sites noticiosos.
198

● Textualização, ● Produzir textos em diferentes gêneros, considerando sua adequação ● Distribuição de tirinhas com balões em branco
tendo em vista ao contexto produção e circulação – os enunciadores envolvidos, os para que os estudantes construam as falas. A
suas condições objetivos, o gênero, o suporte, a circulação -, ao modo (escrito ou atividade pode ser em dupla ou individual.
de produção, as oral/ sinalizado). ● Proposição para que cada estudante relate uma
características ● Produzir notícia impressa tendo em vista características do gênero – viagem que eles mesmos tenham feito com a
do gênero em título ou manchete com verbo no tempo presente, linha fina família, no modelo de um relato de viagem.
questão, o (opcional), lide, progressão dada pela ordem decrescente de ● Criação de repentes e paródias de músicas
estabelecimento importância dos fatos, uso de 3ª pessoa, de palavras que indicam conhecidas.
de coesão, precisão. ● Criação de charges temáticas a partir do debate
adequação à de assunto ou fato importante para a
norma padrão e comunidade e para posterior exposição dessa
o uso adequado produção na escola ou mesmo no bairro.
de ferramentas
de edição.

● Estratégias de ● Planejar resenhas, vlogs, vídeos e podcasts variados, e textos e ● Organização da escrita ou da reescrita coletiva
produção: vídeos de apresentação e apreciação próprios das culturas juvenis de contos, ou de trechos desses.
planejamento (algumas possibilidades: fanzines, fanclipes, e-zines, gameplay, ● Produção de trailer honesto de um filme,
de textos trailer honesto, detonado etc.), dentre outros. através de dramatização dos próprios estudantes
argumentativos gravada por meio de câmera de celulares.
e apreciativos. ● Montagem de fanzines sobre temáticas
populares entre os alunos.
● Gravação de gameplays dos alunos com
locução e roteiro feitos pelos mesmos.

● Textualização ● Produzir resenhas críticas, vlogs, vídeos, podcasts variados e ● Produção de podcasts e vídeos informativos,
de textos produções e gêneros próprios das culturas juvenis. ou realização de rodas de conversa, a respeito
argumentativos das temáticas relacionadas a riscos ambientais.
e apreciativos. ● Produção de vlogs sobre o cotidiano escolar e
sobre temas caros aos jovens, como
relacionamento, autoimagem, saúde física e
mental etc.
199

● Produção e ● Revisar/editar o texto produzido – notícia, reportagem, resenha, ● Criação de mural elucidativo ou quadro
edição de textos artigo de opinião, dentre outros –, tendo em vista sua adequação ao sinótico comparando notícias reais e falsas de
publicitários. contexto de produção, a mídia em questão, características do modo a demonstrar tais diferenças à
gênero, aspectos relativos à textualidade. comunidade escolar.

● Estratégias de ● Produzir, revisar e editar textos voltados para a divulgação do ● Produção de um estatuto/código de
escrita: conhecimento e de dados e resultados de pesquisas, tais como convivência da sala de aula, para garantia de
textualização, artigos de divulgação científica, verbete de enciclopédia, direitos e deveres comuns a todos.
revisão e infográfico, infográfico animado, podcast etc. ● Construção de assembleias de turma e/ou da
edição. ● Engajar-se ativamente nos processos de planejamento, textualização, escola para debater os problemas e as soluções
revisão/ edição e reescrita, tendo em vista as restrições temáticas, referentes ao grupo e à construção de
composicionais e estilísticas dos textos pretendidos e as atividades. Elaboração de propostas, resoluções
configurações da situação de produção. coletivas e ata.
● Produzir, revisar e editar textos reivindicatórios ou propositivos ● Elaboração de regimento pelo grupo de
sobre problemas que afetam a vida escolar ou da comunidade, estudantes visando o respeito, a convivência, a
justificando pontos de vista, reivindicações e detalhando propostas. igualdade de gênero e de raça e a construção
● Contribuir com a escrita de textos normativos, quando houver esse das aulas como trabalho coletivo, solidário e
tipo de demanda na escola – regimentos e estatutos de organizações transformador.
da sociedade civil do âmbito da atuação das crianças e jovens
(grêmio livre, clubes de leitura, associações culturais etc.).

● Estratégias de ● Produzir roteiros para elaboração de vídeos de diferentes tipos (vlog ● Elaboração de cartilhas sobre regras de trânsito
produção: científico, vídeo-minuto, programa de rádio, podcasts) para mediante informações presentes nas legislações
planejamento divulgação de conhecimentos científicos. e regulamentações.
de textos ● Realizar levantamento de questões e problemas e examinar normas e ● Planejamento e execução de campanha sobre
informativos, legislações. temática que requeira a denúncia de
reivindicatórios desrespeito a direitos, reivindicações,
ou propositivos. reclamações, solicitações que contemplem a
comunidade escolar ou algum de seus
membros.
200

● Planejamento e ● Respeitar os turnos de fala, na participação em conversações e em ● Organização do momento de compartilhar os


produção de discussões ou atividades coletivas, na sala de aula e na escola e relatos de viagens com a turma. A turma
entrevistas e formular perguntas coerentes e adequadas em momentos oportunos sentará em círculo e cada aluno fará o seu
apresentações em situações de aulas, apresentação oral, seminário etc. relato oral ou sinalizado.
orais/sinalizadas. ● Desenvolver estratégias de planejamento, elaboração, revisão, ● Proposição de leitura de tirinhas elaboradas
● Conversação edição, reescrita/ redesign (esses três últimos quando não for pelos alunos. Solicitar que leiam também as
espontânea. situação ao vivo) e avaliação de textos orais, áudio e/ou vídeo, versões originais e discutam os resultados.
Oralidade/ considerando sua adequação aos contextos em que foram ● Apresentação de filme ou texto com tema
Sinalidade produzidos, à forma composicional e estilo de gêneros, a clareza, polêmico ou mesmo um vídeo do YouTube
progressão temática e variedade linguística empregada, os elementos com um debate e sugestão de divisão da turma
relacionados à fala, tais como modulação de voz, entonação, ritmo, em grupos para realização de um debate de
altura e intensidade, respiração etc., os elementos cinésicos, tais opiniões. Os grupos deverão escolher um
como postura corporal, movimentos e gestualidade significativa, moderador para organizar as falas, garantindo
expressão facial, contato de olho com plateia etc. que cada um coloque sua opinião sem ser
● Organizar os dados e informações pesquisados em painéis ou slides interrompido e um relator que anotará as
de apresentação, levando em conta o contexto de produção, o tempo ideias discutidas pelo grupo. Ao final, os
disponível, as características do gênero da apresentação. grupos deverão apresentar suas sínteses para
● Engajar-se e contribuir com a busca de conclusões comuns relativas serem discutidas na turma.
a problemas, temas ou questões polêmicas de interesse da turma ● Organização de filmagem das reportagens
e/ou de relevância social. produzidas e postagem em uma página da
● Formular perguntas e decompor, com a ajuda dos colegas e dos internet da escola ou da turma ou apenas
professores, tema/questão polêmica, explicações e ou argumentos projeção durante a aula.
relativos ao objeto de discussão para análise mais minuciosa e ● Debate sobre regras necessárias de
buscar em fontes diversas informações ou dados que permitam convivência, respeito e igualdade.
analisar partes da questão e compartilhá-los com a turma. ● Levantamento de problemas do cotidiano
● Definir o contexto de produção da entrevista (objetivos, o que se escolar para exposição oral/sinalizada,
pretende conseguir, porque aquele entrevistado etc.), levantar sistematizada com as características do gênero
informações sobre o entrevistado e sobre o acontecimento ou tema e considerando aspectos como gestual,
em questão, preparar o roteiro de perguntas e realizar entrevista oral entonação, foco do olhar etc.
com envolvidos ou especialistas relacionados com o fato noticiado ● Formulação de perguntas sobre o
ou com o tema em pauta. funcionamento da escola, a aprendizagem e
comportamento das turmas, as relações com
colegas e funcionários, as dificuldades e
sucessos percebidos no processo de ensino e
aprendizagem para exposição em vídeos,
livreto ou em cartazes. Foco nos
questionamentos em si e não nas eventuais
201

respostas.
● Criação de roteiros e realização de entrevistas
com pessoas da comunidade que representam
papéis sociais relevantes no contexto do tema
escolhido pela turma. Uso de recursos de
áudio para a gravação das entrevistas e
posterior transcrição pelos alunos.

● Estratégias de ● Definir o recorte temático da entrevista e o entrevistado, levantar ● Seleção, após debate e criação de quadro
produção. informações sobre o entrevistado e sobre o tema da entrevista, sinótico coletivo, de um recorte temático para a
elaborar roteiro de perguntas, realizar entrevista, a partir do roteiro. produção de entrevistas e reportagens.

● Procedimentos ● Tomar nota de aulas, apresentações orais e entrevistas, identificando ● Apresentação das técnicas para a tomada de
de apoio à e hierarquizando as informações principais, tendo em vista apoiar o notas por parte dos alunos em uma aula
compreensão. estudo e a produção de sínteses e reflexões pessoais ou outros inaugural, palestra ou filme/vídeo exibido,
● Tomada de nota objetivos em questão. destacando a função e a relevância do
● Engajar-se e contribuir com a busca de conclusões comuns relativas dinamismo na captação, organização e seleção
a problemas, temas ou questões polêmicas de interesse da turma da informação.
e/ou de relevância social. ● Apresentação de seminários sobre educação no
● Formular perguntas e decompor, com a ajuda dos colegas e dos trânsito, prevenção de acidentes e dentre outros
professores, tema/questão polêmica, explicações e ou argumentos para a comunidade escolar.
relativos ao objeto de discussão para análise mais minuciosa e ● Apresentação, aos demais colegas, das
buscar em fontes diversas informações ou dados que permitam informações e palavras encontradas nas leituras
analisar partes da questão e compartilhá-los com a turma. de estatutos e códigos que eram desconhecidas
● Discutir casos, reais ou simulações que envolvam (supostos) por eles.
desrespeitos a artigos de legislações específicas. ● Produção de regimento escolar relacionado a
● Tomar nota em discussões, debates, palestras, apresentação de atitudes benéficas que todos devem adotar no
propostas, reuniões, como forma de documentar o evento e apoiar a ambiente escolar, observando questões de
própria fala. riscos, de limpeza e conservação, de redução
de gastos, de relacionamentos inter e
intrapessoais.
● Criação de júri simulado para debater casos
em que se apliquem leis e estatutos estudados
previamente pelos alunos, como o ECA, as leis
em defesa das mulheres e idosos, a homofobia,
o racismo, entre outros.
202

● Produção de ● Ler em voz alta/ sinalizar textos literários diversos – como contos de ● Criação de um café literário, ou qualquer outro
textos orais ou amor, de humor, de suspense, de terror; crônicas líricas, evento, em que os alunos possam apresentar os
sinalizados do humorísticas, críticas; bem como leituras orais capituladas contos elaborados.
campo (compartilhadas ou não com o professor) de livros de maior ● Jogos com rimas.
artístico-literári o. extensão, como romances, narrativas de enigma, narrativas de ● Criação de quadrinhas malucas e limeriques a
● Oralização/sinali aventura, literatura infantojuvenil etc. partir de rimas; poemas temáticos; poesias
zação. concretas; repentes e cordéis.
● Relatos e leituras de crônicas narrativas.
● Textualização. ● Reconhecer e utilizar os critérios de organização tópica (do geral ● Realização de paráfrase de roteiros de cinema,
● Progressão para o específico, do específico para o geral etc.), as marcas contos e crônicas.
temática. linguísticas dessa organização (marcadores de ordenação e ● Reescritura de textos literários narrativos ou
enumeração, de explicação, definição e exemplificação, por descritivos reconstruindo a coesão.
exemplo) e os mecanismos de paráfrase, de maneira a organizar ● Demonstração de diferenças com o mesmo
mais adequadamente a coesão e a progressão temática de seus texto, verbal ou não verbal, modalizado de
textos. formas distintas pelo uso de mecanismos
● Analisar e utilizar as formas de composição dos gêneros expressivos e de palavras com esse fim
jornalísticos da ordem do relatar, tais como notícias e das entrevistas: (verbos, adjetivos, advérbios etc.).
apresentação e contextualização do entrevistado e do tema, estrutura ● Leitura e interpretação de trechos de leis e de
pergunta e resposta etc. regimentos internos, como o regimento escolar,
● Observar os mecanismos de modalização adequados aos textos para exposição dos recursos modalizadores,
jurídicos, que se referem ao eixo da conduta como os deônticos.
obrigatoriedade/permissibilidade). Proibição, possibilidade os ● Trabalho, em sala, com regras de jogos e
mecanismos de modalização adequados aos textos políticos e manuais para exposição das modalidades
propositivos, as modalidades apreciativas, em que o locutor referentes a esses gêneros.
Análise
exprime um juízo de valor.
Linguística/
Multimodal
● Fono-ortografia. ● Escrever palavras com correção ortográfica, obedecendo às ● Brincadeiras com palavras para a aquisição do
convenções da língua escrita. padrão ortográfico vigente.

● Elementos ● Pontuar textos adequadamente. ● Demonstração comparativa, e lúdica, entre


notacionais da textos pontuados e não pontuados para que os
escrita. alunos percebam a diferença de sentido.
203

● Léxico/ ● Formar, com base em palavras primitivas, palavras derivadas com os ● Uso de jogos de palavras em sala.
morfologia. prefixos e sufixos mais produtivos no português. ● Brincadeira de criação de palavras malucas.
● Formar antônimos com acréscimo de prefixos que expressam noção ● Desafio de sinônimos e antônimos.
de negação. ● Decomposição de palavras extensas em suas
● Distinguir palavras derivadas por acréscimo de afixos e palavras partes menores para reconstrução do
compostas. significado (ex.: peneumoultramicroscopicosili-
covulcanoconióti co).

● Morfossintaxe. ● Reconhecer, em textos, o verbo como o núcleo das orações. ● Montagem de frases a partir do verbo,
● Identificar, em orações de textos lidos ou de produção própria, demonstrando a seleção lexical que esse
verbos de predicação completa e incompleta: intransitivos e exerce.
transitivos. ● Exercício com apresentação de trechos de
● Empregar as regras básicas de concordância nominal e verbal em textos em que o aluno possa identificar o
situações comunicativas e na produção de textos. núcleo verbal.
● Identificar, em textos lidos ou de produção própria, a estrutura ● Reescritura de frases em que a concordância
básica da oração: sujeito, predicado, complemento (objetos direto e verbal esteja prejudicada.
indireto). ● Separação entre sujeito e predicado de
● Identificar, em textos lidos ou de produção própria, adjetivos que sentenças, considerando o sujeito como tema
ampliam o sentido do substantivo sujeito ou complemento verbal. dos enunciados e o predicado como
● Identificar, em textos lidos ou de produção própria, advérbios e comentário.
locuções adverbiais que ampliam o sentido do verbo núcleo da ● Demonstração, em textos da esfera jornalística,
oração. dos adjuntos adverbiais, apostos e predicativos
● Utilizar, ao produzir texto, conhecimentos linguísticos e gramaticais: como forma de caracterizar os núcleos
modos e tempos verbais, concordância nominal e verbal, pontuação nominais, em geral, os substantivos.
etc. ● Como alternativa para evitar a cópia do quadro
e a reprodução sem reflexão de assuntos
gramaticais, criação de livro de conhecimentos
gramaticais pesquisados pelos alunos ou
apresentados em aula, em que cada um possa
explicar, de forma organizada, sua
compreensão sobre os assuntos tratados.
204

● Sintaxe. ● Reconhecer recursos de coesão referencial: substituições lexicais (de ● Apresentação de textos narrativos e descritivos
substantivos por sinônimos) ou pronominais (uso de pronomes em que esteja evidente o uso de recursos
anafóricos – pessoais, possessivos, demonstrativos). coesivos como as substituições lexicais ou o uso
de pronomes para evitar repetições de palavras.

● Coesão. ● Utilizar, ao produzir texto, recursos de coesão referencial (léxica e ● Apresentação de notícias e de reportagens em
pronominal) e sequencial e outros recursos expressivos adequados que o uso dos pronomes e de outros recursos
ao gênero textual. coesivos tenha contribuído para maior fluidez
● Estabelecer relações entre partes do texto, identificando do texto.
substituições lexicais (de substantivos por sinônimos) ou ● Proposição de reescritura de um trecho de texto
pronominais (uso de pronomes anafóricos – pessoais, possessivos, em que seja necessário o uso correto de
demonstrativos), que contribuem para a continuidade do texto. pronomes e de substituições lexicais para a
manutenção da progressão textual de forma
adequada.
● Demonstração do uso de sinônimos para evitar
a repetição de palavras em um texto
jornalístico ou narrativo. Exercícios para a
eliminação de tais repetições.
● Marcas ● Identificar e utilizar os modos de introdução de outras vozes no ● Diferenciação entre o discurso direto e o
linguísticas. texto, desenvolvendo reflexão sobre o modo como a indireto nas notícias, reportagens e entrevistas.
● Intertextualidade. intertextualidade e a retextualização ocorrem nesses textos. Demonstração do conceito de discurso citado.

● Recursos ● Analisar os efeitos de sentido decorrentes da interação entre os ● Leitura de poemas e de textos narrativos, em
linguísticos e elementos linguísticos e os recursos paralinguísticos e cinésicos, sala, com a exposição dos recursos
semióticos que como as variações no ritmo, as modulações no tom de voz, as paralinguísticos, como ritmo, as modulações
operam nos pausas, as manipulações do estrato sonoro da linguagem, obtidos por no tom de voz, as pausas, as manipulações do
textos meio da estrofação, das rimas e de figuras de linguagem como as estrato sonoro da linguagem, para alcance dos
pertencentes aliterações, as assonâncias, as onomatopeias, dentre outras, efeitos de sentido nos textos literários e não
aos gêneros percebendo sua função na caracterização de cada gênero textual. literários.
literários. ● Apresentação de quadrinhos, poemas e textos
narrativos em que as onomatopeias exerçam
efeitos de sentido diversos. Conceituação das
onomatopeias.
205

● Modalização. ● Identificar, em textos, os efeitos de sentido do uso de estratégias de ● Demonstração, em notícias, reportagens e
modalização e argumentatividade. entrevistas, além de textos narrativos, do uso
de recursos modalizadores, tais como os
modalizadores deônticos, epistêmicos e
afetivos.
● Construção ● Analisar a construção composicional dos textos pertencentes a ● Análise e decomposição de notícias em jornais
composicional e gêneros relacionados à divulgação de conhecimentos: título, (olho), impressos e digitais.
estilo. introdução, divisão do texto em subtítulos, imagens ilustrativas de ● Trabalho, em sala, com recortes de jornais e de
conceitos, relações, ou resultados complexos (fotos, ilustrações, revistas para identificação dos elementos
esquemas, gráficos, infográficos, diagramas, figuras, tabelas, mapas) composicionais do gênero.
etc., exposição, contendo definições, descrições, comparações, ● Apresentação de ilustrações e de infográficos
enumerações, exemplificações e remissões a conceitos e relações em notícias e em reportagens para demonstrar
por meio de notas de rodapé, boxes ou links; ou título, os recursos usados para exposição dos dados.
contextualização do campo, ordenação temporal ou temática por
tema ou subtema, intercalação de trechos verbais com fotos,
ilustrações, áudios, vídeos etc.
● Figuras de ● Analisar os efeitos de sentido do uso de figuras de linguagem, como ● Demonstração de trechos de poemas, narrativas
linguagem. comparação, metáfora, metonímia, personificação, hipérbole, dentre e de reportagens, notícias e entrevistas em que
outras. estejam evidentes metáforas e metonímias,
bem como as demais figuras de linguagem.
● Conceituação e diferenciação entre metáfora e
metonímia.

● Variação ● Identificar a existência de variedades da Língua Portuguesa ● Uso de dicionários e de textos escritos em
Linguística determinadas por classe social, gênero, idade, escolaridade, países falantes de Língua Portuguesa pelo
. profissão, localização geográfica e atividades humanas, assim como mundo.
por influências interculturais dos povos indígenas, africanos, ● Feira de objetos cujos nomes variem de acordo
europeus e outros. com o lugar.
● Reconhecer as situações comunicativas mais apropriadas ao uso de ● Comparação de textos (letras de músicas,
diferentes variedades, sem sobrepor uma à outra, valorizando-as e manifestos, textos técnicos ou jurídicos, como
repudiando discriminações realizadas contra pessoas pelo uso de petições e defesas, e obras artísticas) que
variedade considerada não-padrão. evidenciem as variações entre os diferentes
grupos sociais.
● Exibição de trechos de filmes e clipes antigos
para demonstrar a variação entre as gerações.
● Apresentação de itens, imagens e obras
206

artísticas que demonstrem as diferentes


culturas que coabitam no Brasil e sua
influência na língua Portuguesa.
● Criação de dicionário coletivo com nomes de
lugares e de objetos cuja influência venha dos
diferentes povos e culturas que influenciaram
diretamente a Língua Portuguesa.

4º CICLO

LÍNGUA PORTUGUESA
8º ANO
Núcleos Objetos de
Temáticos Conhecimento Objetivos de Aprendizagem e Desenvolvimento Propostas Metodológicas

● Reconstrução do ● Analisar as condições que fazem da informação uma mercadoria, de ● Leitura de notícias, reportagens, charges,
contexto de forma a poder desenvolver uma atitude crítica frente aos textos artigos de opinião e posicionamento diante de
produção, jornalísticos. temáticas textuais.
circulação e ● Analisar diferentes práticas (curtir, compartilhar, comentar, curar ● Exposição da informação como mercadoria:
recepção de etc.) e textos pertencentes a diferentes gêneros da cultura digital demonstração do valor da informação para os
textos do campo (meme, gif, comentário, charge digital etc.) envolvidos no trato coma meios midiáticos.
jornalístico/ informação e opinião, de forma a possibilitar uma presença mais ● Leitura, em sala, de artigos de opinião e de
midiático. crítica e ética nas redes. reportagens sobre o valor da informação e
● Caracterização do ● Identificar e comparar as várias editoras de jornais impressos e sobre as fake news, que impõem a
Leitura campo jornalístico digitais e de sites noticiosos, de forma a refletir sobre os tipos de desinformação.
e relação entre os fato que são noticiados e comentados, as escolhas sobre o que ● Leitura e análise de reportagens, identificando
gêneros em noticiar e o que não noticiar e o destaque/enfoque dado e a temáticas, elementos composicionais e estilo
circulação, mídias fidedignidade da informação. próprio do gênero.
e práticas da ● Pesquisa em jornais digitais e impressos,
cultura digital. estimulando e realizando o debate sobre a
organização dos textos, enfatizando os
destaques, as notícias de interesse geral e
específico.
● Encaminhamento de questões que permitam
aos alunos perceber os interesses
socioeconômicos envolvidos e as ideologias e
207

os valores presentes no discurso jornalístico.


● Leitura, interpretação e compreensão de
charges, analisando a relação entre linguagem
verbal e visual na criação do humor e da
crítica.
● Análise sobre a importância de conhecer o
contexto de produção de charges para
compreendê-las e para perceber o seu caráter
opinativo.
● Comparação entre charge e a notícia que a
motivou.
● Estratégia de ● Analisar textos de opinião e posicionar-se de forma crítica e ● Leitura de textos opinativos da esfera
leitura: apreender os fundamentada, ética e respeitosa frente a fatos e opiniões jornalística produzidos por diferentes veículos
sentidos globais de relacionados a esses textos. com ênfase sobre a importância de checar as
textos jornalístico- ● Identificar e avaliar teses/opiniões/ posicionamentos explícitos e informações que circulam em meios digitais,
midiát icos. implícitos, argumentos e contra-argumentos em textos opinativos, desenvolvendo nos alunos o espírito crítico e
● Apreciação e posicionando-se frente à questão controversa através de fontes a capacidade de análise e interpretação de
réplica. confiáveis. dados e de textos.
● Perceber-se como parte integrante do ambiente e, assim, analisar de ● Comparação entre textos jornalísticos (cartas
forma crítica, a partir dos diferentes gêneros textuais, os problemas de leitor, artigos de opinião, resenhas etc.) com
ambientais atuais e as possíveis intervenções. diferentes opiniões sobre um mesmo tema.
Análise e separação dos argumentos presentes
em tais textos. Reconhecimento da
importância da coexistência de opiniões
distintas sobre o mesmo fato ou tema.
● Leitura de textos opinativos da esfera
jornalística que possuam como temática
questões ambientais.

● Relação entre ● Justificar diferenças ou semelhanças no tratamento dado a uma ● Leitura de textos em blogs, vlogs, páginas de
textos. mesma informação. redes sociais relacionados com os temas
desenvolvidos em sala.
208

● Analisar textos de opinião (artigos de opinião, editoriais, cartas de ● Exame crítico do comportamento de usuários
leitores, comentários, posts de blog e de redes sociais, charges, em redes sociais, a fim de entender as
memes, gifs etc.) e posicionar-se de forma crítica e fundamentada, diferentes realidades e pontos de vista que
ética e respeitosa frente a fatos e opiniões relacionados a esses representam.
textos. ● Comparação entre textos veiculados em meios
● Analisar a estrutura de hipertexto e hiperlinks em textos de diferentes, consultando sites e serviços de
divulgação científica que circulam na Web e proceder à remissão a checadores de fatos.
conceitos e relações por meio de links.
● Efeitos de sentido. ● Analisar o efeito de sentido produzido pelo uso, em textos, de ● Apresentação do recurso ao discurso citado em
recurso a formas de apropriação textual (paráfrases, citações, reportagens e em entrevistas. Exposição dos
discurso direto, indireto ou indireto livre). recursos de pontuação expressiva para esse
● Analisar o uso de recursos persuasivos em textos argumentativos fim.
diversos. ● Leitura de textos originais e de suas
paráfrases. Exposição da paráfrase como modo
de citação de um texto no outro. Análise da
explicitação ou a ocultação de fontes de
informação e seus efeitos de sentido.
● Leitura de artigos de opinião, cartas do leitor e
de textos argumentativos diversos, observando
a elaboração do título, as escolhas lexicais, as
construções metafóricas etc.
● Efeitos de sentido. ● Analisar, em notícias, reportagens e peças publicitárias, em diversas ● Na sala de informática, leitura de notícias e
● Exploração da mídias, variados efeitos de sentido decorrentes de suas partes. reportagens digitais e exibição de vídeos
multissemiose publicitários para levar os alunos a atentar ao
● Curadoria da tratamento e à composição dos elementos nas
informação. imagens em movimento, à performance, à
montagem feita (ritmo, duração e
sincronização entre as linguagens -
complementaridades, interferências etc.) e ao
ritmo, melodia, instrumentos e sampleamentos
das músicas, efeitos sonoros.
● Realizar pesquisas, estabelecendo o recorte
das questões, usando fontes abertas e
confiáveis.
209

● Contexto de ● Identificar, tendo em vista o contexto de produção, a forma de ● Leitura de estatutos e de regulamentos a fim de
produção, organização dos textos normativos e legais. depreender a lógica de hierarquização de seus
circulação e ● Explorar e analisar instâncias e canais de participação disponíveis itens e subitens e suas partes: parte inicial
recepção de na escola e na comunidade. (título - nome e data - e ementa), blocos de
textos e práticas ● Relacionar textos e documentos legais e normativos de importância artigos (parte, livro, capítulo, seção, subseção),
relacionadas à universal, nacional ou local que envolvam direitos, em especial, de artigos (caput e parágrafos e incisos) e parte
defesa de direitos crianças, adolescentes e jovens – tais como a Declaração dos final (disposições pertinentes à sua
e à participação Direitos Humanos, a Constituição Brasileira, o ECA, o regimento implementação) e analisar efeitos de sentido
social. escolar. causados pelo uso de vocabulário técnico, pelo
uso do imperativo, de palavras e expressões
que indicam circunstâncias, como advérbios e
locuções adverbiais, de palavras que indicam
generalidade, como alguns pronomes
indefinidos, de forma a poder compreender o
caráter imperativo, coercitivo e generalista das
leis e de outras formas de regulamentação.
Apresentação, aos alunos, de diferentes
instâncias de participação social na escola
(conselho de escola, outros colegiados, grêmio
livre), na comunidade (associações, coletivos,
movimentos, etc.), no município ou no país,
incluindo formas de participação digital, como
canais e plataformas de participação (como
portal e-cidadania), serviços, portais e
ferramentas de acompanhamentos do trabalho
de políticos e de tramitação de leis, canais de
educação política, bem como de propostas e
proposições que circulam nesses canais, de
forma a participar do debate de ideias e
propostas na esfera social e a engajar-se com a
busca de soluções para problemas ou questões
que envolvam a vida da escola e da
comunidade.
210

● Leitura de trechos de textos legais, como o


ECA, para a promoção da reflexão e debate
como forma de ampliar a compreensão dos
direitos e deveres, de fomentar os princípios
democráticos e uma atuação pautada pela ética
da responsabilidade (o outro tem direito a uma
vida digna tanto quanto eu tenho).

● Relação entre ● Analisar, a partir do contexto de produção, a forma de organização ● Leitura e compreensão das cartas abertas,
contexto de de textos para ação e prática social. abaixo-assinados e petições on-line
produção e (identificação dos signatários, explicitação da
características reivindicação feita, acompanhada ou não de
composicionais e uma breve apresentação da problemática e/ou
estilísticas dos de justificativas que visam sustentar a
gêneros. reivindicação) e a proposição, discussão e
● Apreciação aprovação de propostas políticas ou de
e réplica. soluções para problemas de interesse público,
apresentadas ou lidas nos canais digitais de
participação, identificando suas marcas
linguísticas, como forma de possibilitar a
escrita ou subscrição consciente de abaixo-
assinados e textos dessa natureza e poder se
posicionar de forma crítica e fundamentada
frente às propostas.
● Estratégias e ● Comparar propostas políticas e de solução de problemas para a ● Leitura de propostas políticas identificando o
procedimentos de comunidade, a cidade e o país. que se pretende fazer/implementar, por que
leitura em textos (motivações, justificativas), para que
reivindicatórios ou (objetivos, benefícios e consequências
propositivos. esperados), como (ações e passos), quando etc.
e a forma de avaliar a eficácia da
proposta/solução, contrastando dados e
informações de diferentes fontes, identificando
coincidências, complementaridades e
contradições, de forma a poder compreender e
posicionar-se criticamente sobre os dados e
informações usados em fundamentação de
211

propostas e analisar a coerência entre os


elementos, de forma a tomar decisões
fundamentadas.

● Adesão às práticas ● Ler, de forma autônoma, e compreender - selecionando ● Apresentação dos elementos da narrativa.
de leitura. procedimentos e estratégias de leitura adequados a diferentes Comparação entre o conto tradicional e o
● Estratégias de objetivos e levando em conta características dos gêneros e suportes miniconto, com leitura desses últimos.
leitura. - romances, contos e fábulas contemporâneas, minicontos, ● Leitura e interpretação de contos
● Relação entre romances juvenis, biografias romanceadas, novelas, crônicas contemporâneos, com proposta de debate e
textos. visuais, narrativas de ficção científica, narrativas de suspense, reflexão oral. Identificação dos elementos de
poemas de forma livre e fixa, haicai, poema concreto, ciberpoema, coesão e progressão na narrativa.
dentre outros -, expressando avaliação sobre o texto lido e ● Leitura de crônicas visuais em vídeo, com
estabelecendo preferências por gêneros, temas e autores. posterior debate a fim de enriquecer a
● Analisar os efeitos de sentido decorrentes do uso de mecanismos de percepção do aluno sobre as temáticas
intertextualidade. abordadas, com ênfase em assuntos de
interesse das comunidades escolares e de
relevância social.
● Análise dos efeitos gráficos criados com as
palavras na composição do poema visual.
Comparação de poemas escritos em versos
com poemas visuais.
● Apresentação do conceito de
intertextualidade pela comparação entre
textos. Destaque para os recursos linguísticos
utilizados: (referências, alusões, retomadas)
entre os textos literários, entre esses textos
literários e outras manifestações artísticas
(cinema, teatro, artes visuais e midiáticas,
música), quanto aos temas, personagens,
estilos, autores etc. e entre o texto original e
paródias, paráfrases, pastiches, dentre outros.
Leitura comparativa entre paródias e textos
inspiradores em poemas, canções, narrativas
etc. Apresentação do conceito de
intertextualidade.
212

● Construção/ ● Analisar a organização de texto dramático. ● Leitura de fábulas contemporâneas, narrativas


Reconstrução da ● Analisar, em textos narrativos ficcionais, as diferentes formas de de ficção científica, narrativas de suspense,
textualidade e composição próprias de cada gênero. contos, novelas e romances curtos a fim de
compreensão dos ● Identificar o enredo e o foco narrativo, percebendo como se perceber os recursos coesivos que constroem a
efeitos de estrutura a narrativa nos diferentes gêneros e os efeitos de sentido passagem do tempo e articulam suas partes, a
sentidos decorrentes do foco narrativo típico de cada gênero, da escolha lexical típica de cada gênero para a
provocados pelos caracterização dos espaços físico e psicológico e dos tempos caracterização dos cenários e dos personagens e
usos de recursos cronológico e psicológico, das diferentes vozes no texto (do os efeitos de sentido decorrentes dos tempos
linguísticos e narrador, de personagens em discurso direto e indireto), do uso de verbais, dos tipos de discurso, dos verbos de
multissemióticos. pontuação expressiva, palavras e expressões conotativas e processos enunciação e das variedades linguísticas (no
figurativos e do uso de recursos linguístico-gramaticais próprios a discurso direto, se houver) empregados.
cada gênero narrativo. ● Leitura de contos e poemas africanos e afro-
brasileiros, ampliando a consciência de mundo
e contribuindo para uma construção reflexiva
de identidade.
● Leitura de textos dramáticos apresentados em
teatro, televisão, cinema (peça teatral, novela,
filme), identificando e percebendo os sentidos
decorrentes dos recursos
linguísticos e semióticos que sustentam sua
realização.
● Estratégia de ● Planejar reportagem impressa e em outras mídias (rádio ou ● Realização de enquetes e pesquisas de opinião,
produção: TV/vídeo, sites), tendo em vista as condições de produção do texto - de forma a levantar prioridades, problemas a
planejamento de objetivo, leitores/espectadores, veículos e mídia de circulação etc. - e resolver ou propostas que possam contribuir
textos ainda aspectos éticos e de respeito à diversidade, a partir da escolha para melhoria da escola ou da comunidade e
informativos, do fato a ser aprofundado ou do tema a ser focado (de relevância que possam ser tema de reportagem.
reivindicatórios para a turma, escola ou comunidade), do levantamento de dados e ● Caracterização da demanda/necessidade,
ou propositivos. informações sobre o fato ou tema - que pode envolver entrevistas documentando-a de diferentes maneiras por
Produção de com envolvidos ou com especialistas, consultas a fontes diversas, a meio de diferentes procedimentos, gêneros e
Textos análise de documentos, cobertura de eventos etc. -, do registro mídias e através da seleção de informações e
dessas informações e dados, da escolha de fotos ou imagens a dados relevantes de fontes pertinentes diversas
produzir ou a utilizar etc., da produção de infográficos, quando for (sites, impressos, vídeos etc.), avaliando a
o caso, e da organização hipertextual (no caso a publicação em sites qualidade e a utilidade dessas fontes para
ou blogs noticiosos ou mesmo de jornais impressos, por meio de contextualização e fundamentação da produção
boxes variados). de uma reportagem.
● Planejamento de jornal escolar, explorando
recursos da linguagem digital: criação de
213

logotipo, nome, layout etc.


● Fotorreportagem: criação de mural de
fotorreportagens com trechos de filmes, séries
e reportagens trazidas pelo professor.
● Redação de textos descritivos para o mural.
● Estratégia de ● Produzir reportagem impressa. ● Produção de reportagem com título, linha fina
produção: (optativa), organização composicional
textualização de (expositiva, interpretativa e/ou opinativa),
textos progressão temática e uso de recursos
informativos. linguísticos compatíveis com as escolhas feitas
e reportagens multimidiáticas, tendo em vista
as condições de produção, as características do
gênero, os recursos e mídias disponíveis, sua
organização hipertextual e o manejo adequado
de recursos de captação e edição de áudio e
imagem e adequação à norma-padrão.
● Produzir reportagem sobre um risco
ambiental de interesse da comunidade escolar.
● Estratégia de ● Planejar artigos de opinião. ● Consultas a fontes diversas, entrevistas com
produção: especialistas, análise de textos, organização
planejamento de esquemática das informações e argumentos
textos para convencer os leitores.
argumentativos e ● Proposição, aos alunos, da preparação de
apreciativos. elementos para criação de artigos de opinião
tendo em vista as condições de produção do
texto – objetivo, leitores/espectadores,
veículos e mídia de circulação etc. –, a partir
da escolha do tema ou questão a ser
discutido(a), da relevância para a turma, escola
ou comunidade, do levantamento de dados e
informações sobre a questão, de argumentos
relacionados a diferentes posicionamentos em
jogo, da definição.
214

● Textualização de ● Produzir artigos de opinião, tendo em vista o contexto de produção ● Estímulo à tomada de notas no momento do
textos dado, em defesa de um ponto de vista, utilizando argumentos e planejamento para elaboração de um esboço
argumentativos e contra-argumentos e articuladores de coesão que marquem relações do texto, a fim de estruturá-lo de maneira
apreciativos. de oposição, contraste, exemplificação, ênfase. adequada.
● Produzir, revisar e editar textos reivindicatórios ou propositivos. ● Produção de artigos de opinião que podem ser
publicados de alguma forma: jornal da escola,
mural, blog.
● Envio de carta de reclamação para os jornais
locais.
● Criação de textos sobre problemas que afetam
a vida escolar ou da comunidade, justificando
pontos de vista, reivindicações e detalhando
propostas.
● Produção de regulamento de sala de aula,
campeonatos, festivais, regras de convivência
etc. Se possível, produção de regimentos e
estatutos para grêmios estudantis, clubes de
leitura, associações culturais etc.
● Produção de regimento escolar relacionado a
atitudes benéficas que todos devem adotar no
ambiente escolar, observando questões de
riscos, de limpeza e conservação, de redução
de gastos, de relacionamentos inter e
intrapessoais.
● Escrita de textos normativos e de regras e
regulamentos nos vários âmbitos da escola.
● Estratégias de ● Produzir, revisar e editar peças e campanhas publicitárias, ● Tomada de nota da questão/problema/causa
produção: envolvendo o uso articulado e complementar de diferentes peças significativa para a escola e/ou a comunidade
planejamento, publicitárias. escolar, da definição do público-alvo, das
textualização, peças que serão produzidas, das estratégias de
revisão e edição persuasão e convencimento que serão
de textos utilizadas. Os alunos podem produzir: cartaz,
publicitários. banner, indoor, folheto, panfleto, anúncio de
jornal/revista, para internet, spot, propaganda
de rádio, TV.
● Produção de cartazes e propagandas
educativas sobre determinadas questões
215

ambientais de interesse de toda a comunidade


escolar.
● Produção de panfleto, cartaz, folheto, podcast
sobre temática de interesse dos alunos.
● Exposição de fotos, acompanhadas de redação
dos alunos, sobre questões prementes na
comunidade escolar, tais como transporte,
educação, saúde, saneamento e segurança.
● Estratégias de ● Divulgar os resultados de pesquisas através de diferentes textos. ● Proposição, aos alunos, da criação de
escrita: ● Produzir resenhas. apresentações orais, verbetes de enciclopédias
textualização, colaborativas, reportagens de divulgação
revisão e edição. científica, vlogs científicos, vídeos de
diferentes tipos etc. para divulgação do
resultado de pesquisas.
● A partir das notas e/ou esquemas feitos, escrita
de resenhas com o manejo adequado das vozes
envolvidas (do resenhador, do autor da obra e,
se for o caso, também dos autores citados na
obra resenhada), por meio do uso de
paráfrases, marcas do discurso reportado
ecitações.

● Construção da ● Criar textos com temáticas próprias ao gênero, usando os ● Criação de contos ou crônicas (em especial,
Textualidade. conhecimentos sobre os constituintes estruturais e recursos líricas), crônicas visuais, minicontos, narrativas
expressivos típicos dos gêneros pretendidos, e, no caso de produção de aventura e de ficção científica, dentre
em grupo, ferramentas de escrita colaborativa. outros, com temáticas próprias ao gênero,
usando os conhecimentos sobre os constituintes
estruturais e recursos expressivos típicos dos
gêneros narrativos pretendidos.
● Proposta de produção de minicontos com
temáticas apresentadas pelo professor ou com
base em filme, livro ou série.
● Proposição, aos alunos, da escrita de crônicas
com base em imagens, fotografias, utilizando
os conhecimentos sobre o gênero.
● Criação de cenas e esquetes teatrais, para
encenação em sala, com base na experiência
216

de um conjunto de leituras temáticas sobre


assuntos de interesse dos jovens, como
romance, aventura, bullying, saúde etc.
● Charge digital: exposição de charges e de
memes, diferenciando a primeira deste último
por aspectos estilísticos diversos.
● Relação entre ● Parodiar poemas conhecidos da literatura e criar textos em versos, ● Caracterização das paráfrases como recurso
textos. explorando o uso de recursos sonoros e semânticos (como figuras estilístico na escrita literária ou não literária.
de linguagem e jogos de palavras) e visuais (como relações entre Diferenciação entre paráfrase e paródia para a
imagem e texto verbal e distribuição da mancha gráfica), de forma a escrita dessas últimas.
propiciar diferentes efeitos de sentido. ● Pastiches: leitura de exemplos e caracterização
do recurso na literatura. Sugestão à turma de
criação de textos desse gênero.
● Propor aos alunos a composição de poemas,
observando a relação entre o plano do
conteúdo e o plano de expressão.
● Criação de tiras e quadrinhos a partir da
narrativa em prosa e produção de texto verbal
a partir de uma charge.

● Estratégias de ● Planejar coletivamente a realização de um debate sobre tema Organização de um debate, com os alunos,
Oralidade/ produção: previamente definido. sobre temas de interesse coletivo, com regras
Sinalidade planejamento e ● Compreender e comparar as diferentes posições e interesses em acordadas e planejar, em grupo, participação
participação em jogo em uma discussão ou apresentação de propostas, avaliando a em debate a partir do levantamento de
debates regrados. validade e força dos argumentos e as consequências do que está informações e argumentos que possam
sendo proposto e, quando for o caso, formular e negociar propostas sustentar o posicionamento a ser defendido (o
de diferentes naturezas relativas a interesses coletivos envolvendo a que pode envolver entrevistas com
escola ou comunidade escolar. especialistas, consultas a fontes diversas, o
registro das informações e dados obtidos etc.),
tendo em vista as condições de produção do
debate – perfil dos ouvintes e demais
participantes, objetivos do debate, motivações
para sua realização, argumentos e estratégias
de convencimento mais eficazes etc. e
participar de debates regrados, na condição de
217

membro de uma equipe de debatedor,


apresentador /mediador, espectador (com ou
sem direito a perguntas), e/ou de
juiz/avaliador, como forma de compreender o
funcionamento do debate, e poder participar de
forma convincente, ética, respeitosa e crítica e
desenvolver uma atitude de respeito e diálogo
para com as ideias divergentes.
● Criação de Enquete local ou digital sobre
assuntos que gerem divergência de opiniões
entre os membros da comunidade escolar.
● Incentivo à exposição oral de diferentes
opiniões de formas regrada.
● Estratégias de ● Planejar e realizar entrevistas orais com pessoas ligadas a ● Realização de entrevista com membros da
produção: determinado tema previamente escolhido. comunidade escolar para verificar a percepção
planejamento, de cada um em relação aos problemas
realização e ambientais atuais.
edição de ● Organização e realização de entrevistas com
entrevistas orais. pessoas ligadas a um tema previamente
determinado, como forma de obter dados e
informações sobre os fatos cobertos sobre o
tema ou questão discutida, ou temáticas em
estudo, levando em conta o gênero e seu
contexto de produção, partindo do
levantamento de informações sobre o
entrevistado e sobre a temática e da elaboração
de um roteiro de perguntas, garantindo a
relevância das informações mantidas e a
continuidade temática.
● Realizar entrevista e fazer edição em áudio ou
vídeo, incluindo uma contextualização inicial e
uma fala de encerramento para publicação da
entrevista isoladamente ou como parte
integrante de reportagem multimidiática,
adequando-a a seu contexto de publicação e
garantindo a relevância das informações
mantidas e a continuidade temática.
218

● Entrevista com personalidades da comunidade


e produção de podcast.
● Escuta. ● Realizar pesquisa, estabelecendo o recorte das questões, usando ● Apresentação dos resultados das entrevistas
● Apreender o fontes abertas e confiáveis. realizadas com a comunidade escolar sobre os
sentido geral dos ● Divulgar o resultado de pesquisas por meio de apresentações orais, problemas ambientais.
textos. reportagens, vlogs etc. ● Gravar leitura de crônicas produzidas pelos
● Apreciação e ● Compreender e comparar as diferentes posições e interesses em alunos, valorizando a leitura, para postagem
réplica. jogo em uma discussão ou apresentação de propostas. em podcast.
● Produção/ ● Orientação para que a turma, ao participar de
Proposta. debates organizados e regrados, esteja atenta
avaliando a validade e força dos argumentos e
as consequências do que está sendo proposto e,
quando for o caso, formular e negociar
propostas de diferentes naturezas relativas a
interesses coletivos envolvendo a escola ou
comunidade escolar.

● Tecer considerações e formular problematizações pertinentes, em


● Conversação ● Estímulo à exposição oral dos assuntos
momentos oportunos, em situações de aulas, apresentação oral,
espontânea. tratados em sala pelos estudantes.
seminário etc.

● Procedimentos de ● Tomar notas durante a exposição de informações. ● Promoção da prática sistemática de tomada de
apoio à notas de videoaulas, aulas digitais,
compreensão. apresentações multimídias, vídeos de
● Tomada de nota. divulgação científica e afins, identificando, em
função dos objetivos, informações principais
para apoio ao estudo e realizando, quando
necessário, uma síntese final que destaque e
reorganize os pontos ou conceitos centrais e
suas relações.
219

● Planejamento e ● Desenvolver estratégias de planejamento, elaboração, revisão e ● Representação de cenas ou textos dramáticos,
produção de textos avaliação de textos orais, áudio e/ou vídeo, considerando sua considerando, na caracterização dos
jornalísticos orais. adequação aos contextos em que foram produzidos, à forma personagens, os aspectos linguísticos e
● Participação em composicional e estilo de gêneros, a clareza, progressão temática e paralinguísticos das falas (timbre e tom de
discussões orais variedade linguística empregada, os elementos relacionados à fala, voz, pausas e hesitações, entonação e
de temas tais como modulação de voz, entonação, ritmo, altura e intensidade, expressividade, variedades e registros
controversos de respiração etc., os elementos cinésicos, tais como postura corporal, linguísticos), os gestos e os deslocamentos no
interesse da movimentos e gestualidade significativa, expressão facial, contato espaço cênico, o figurino e a maquiagem e
turma e/ou de de olho com plateia etc. elaborando as rubricas indicadas pelo autor por
relevância social. ● Engajar-se e contribuir com a busca de conclusões comuns relativas meio do cenário, da trilha sonora e da
a problemas, temas ou questões polêmicas de interesse da turma exploração dos modos de interpretação.
e/ou de relevância social. ● Criação de situações que levam os alunos a
apresentar argumentos e contra-argumentos
coerentes, respeitando os turnos de fala, na
participação em discussões sobre temas
controversos e/ou polêmicos.

● Produção de ● Ler em voz alta textos literários diversos expressando a ● Estímulo à leitura de contos de amor, de
textos orais. compreensão e interpretação do texto por meio de uma leitura ou humor, de suspense, de terror; crônicas líricas,
● Oralização/ fala expressiva e fluente, que respeite o ritmo, as pausas, as humorísticas, críticas; bem como leituras orais
sinalização hesitações, a entonação indicados tanto pela pontuação quanto por capituladas (compartilhadas ou não com o
. outros recursos gráfico-editoriais, como negritos, itálicos, caixa- professor) de livros de maior extensão, como
alta, ilustrações etc. romances, narrativas de enigma, narrativas de
aventura, literatura infantojuvenil, –
contar/recontar histórias tanto da tradição oral
(causos, contos de esperteza, contos de
animais, contos de amor, contos de
encantamento, piadas, dentre outros) quanto da
tradição literária escrita.
● Gravação da leitura ou do conto/reconto dos
alunos, seja para análise posterior, seja para
produção de audiobooks de textos literários
diversos ou de podcasts de leituras dramáticas
com ou sem efeitos especiais e ler e/ou
declamar poemas diversos, tanto de forma livre
quanto de forma fixa (como quadras, sonetos,
liras, haicais etc.), empregando os recursos
220

linguísticos, paralinguísticos e cinésicos


necessários aos efeitos de sentido pretendidos,
como o ritmo e a entonação, o emprego de
pausas e prolongamentos, o tom e o timbre
vocais, bem como eventuais recursos de
gestualidade e pantomima que convenham ao
gênero poético e à situação de
compartilhamento em questão.

● Argumentação: ● Analisar, em textos argumentativos e propositivos, os movimentos ● Apresentação de textos aos alunos, leitura
Análise
movimentos argumentativos utilizados (sustentação, refutação e negociação), pelo professor e pelos alunos, debates.
Linguística/
argumentativos, avaliando a força dos argumentos utilizados. ● Compartilhamento de alguns textos
Multimodal
tipos de argumento argumentativos (por exemplo, redações de
e força concurso) através do celular, para leitura e
argumentativa avaliação dos movimentos argumentativos.
● Estilo ● Utilizar, nos debates, operadores argumentativos que marcam a ● Apresentação de textos de jornal,
defesa da ideia e de diálogo com a tese do outro: concordo, discordo fragmentados, misturando gêneros e
etc. solicitação aos alunos que identifiquem o que
● Perceber e analisar os recursos estilísticos e semióticos dos gêneros é notícia, o que é propaganda e o que charge.
jornalísticos e publicitários. Depois de separados, montar um jornal no
mural da sala. Antes de montar o mural, pedir
aos alunos que usem canetas de diferentes
cores a fim de identificar os verbos etc.
● Montagem de um jornal onde aparecem
informações sobre a escola, tais como, datas
dos testes, das provas, das festas, dos feriados,
reuniões escolares, sobre a cidade, o bairro,
aniversários, aniversário do bairro, da cidade,
da escola, horóscopo, piadas, charges sobre
alunos, funcionários, alguém da escola ou da
região.
● Apresentação dos aspectos relativos ao
tratamento da informação em notícias, como a
ordenação dos eventos, as escolhas lexicais, o
efeito de imparcialidade do relato, a
morfologia do verbo, em textos noticiosos e
221

argumentativos, reconhecendo marcas de


pessoa, número, tempo, modo, a distribuição
dos verbos nos gêneros textuais (por exemplo,
as formas de pretérito em relatos; as formas de
presente e futuro em gêneros argumentativos;
as formas de imperativo em gêneros
publicitários) e as estratégias de persuasão e
apelo ao consumo com recursos linguístico-
discursivos utilizados (tempo verbal, jogos de
palavras, metáforas, imagens).
● Modalização. ● Analisar a modalização realizada em textos noticiosos e ● Utilização de recorte de jornal a respeito de
argumentativos. uma matéria muito polêmica, seguida de sua
● Explicar os efeitos de sentido do uso, em textos, de estratégias de leitura para a turma. Em grupos, pedir a
modalização e argumentatividade (sinais de pontuação, adjetivos, opinião dos estudantes, gerando questões
substantivos, expressões de grau, verbos e perífrases verbais, polêmicas com as quais possam com elas
advérbios, dentre outros). concordar ou delas discordar.
● Analisar e utilizar modalização epistêmica, isto é, modos de indicar ● Análise de notícias, artigos de opinião e
uma avaliação sobre o valor de verdade e as condições de verdade resenhas para identificação das modalidades
de uma proposição. apreciativas, viabilizadas por classes e
estruturas gramaticais como adjetivos,
locuções adjetivos, advérbios, locuções
adverbiais etc., de maneira a perceber a
apreciação ideológica sobre os fatos noticiados
ou as posições implícitas ou assumidas.
● Identificação, em textos noticiosos e
argumentativos de verbos modalizadores
epistêmicos, tais como os asseverativos –
quando se concorda com (“realmente,
evidentemente, naturalmente, efetivamente,
claro, certo, lógico, sem dúvida” etc.) ou
discorda de (“de jeito nenhum, de forma
alguma”) uma ideia; e os quase-asseverativos,
que indicam que se considera o conteúdo
como quase certo (“talvez, assim,
possivelmente, provavelmente,
eventualmente”).
222

● Movimentos ● Analisar, em textos argumentativos e propositivos, os movimentos ● Apresentação da reescrita de algumas


Argumentativos e argumentativos de sustentação, refutação, negociação. redações produzidas pelos alunos, sem
força dos ● Utilizar e perceber mecanismos de progressão temática. colocar os respectivos nomes. Em seguida,
argumentoa. pedir que identifiquem e avaliem o uso dos
mecanismos de referenciação e de progressão
textual.
● Demonstração, em textos argumentativos,
preferencialmente em redações de concursos,
de mecanismos de progressão temática, tais
como retomadas anafóricas (“que, cujo, onde”,
pronomes do caso reto e oblíquos, pronomes
demonstrativos, nomes correferentes etc.),
catáforas (remetendo para adiante ao invés de
retomar o já dito), uso de organizadores
textuais, de coesivos etc., e analisar os
mecanismos de reformulação e paráfrase
utilizados nos textos de divulgação do
conhecimento.

● Textualização. ● Analisar a estrutura de hipertexto e hiperlinks em textos de ● Na sala de informática, navegação por textos
● Progressão divulgação científica que circulam na Web e proceder à remissão a de divulgação científica, utilizando links para
temática. conceitos e relações por meio de links. acessar informações sem perder de vista o
texto principal.
● Fono-ortografia. ● Utilizar, ao produzir texto, conhecimentos linguísticos e gramaticais: ● Criação de jogos usando frases e palavras
ortografia, regências e concordâncias nominal e verbal, modos e contendo algum erro ortográfico para que os
tempos verbais, pontuação etc. alunos identifiquem as inadequações.

● Léxico/morfologia. ● Analisar os processos de formação de palavras. ● Por meio de jogos e brincadeiras, como bingo
da formação das palavras, apresentação dos
processos de formação por composição
(aglutinação e justaposição), apropriando-se de
regras básicas de uso do hífen em palavras
compostas.
● Morfossintaxe. ● Identificar, em textos lidos ou de produção própria, os termos ● Com o recurso a jogos de letras, construção de
constitutivos da oração (sujeito e seus modificadores, verbo e seus frases nas ordens direta e inversa,
complementos e modificadores). trabalhando, também, as noções de pontuação.
223

● Diferenciar, em textos lidos ou de produção própria, complementos ● Os alunos poderão identificar complementos
diretos e indiretos de verbos transitivos, apropriando-se da regência diretos e indiretos de verbos transitivos
de verbos de uso frequente. presentes nos textos de livros, revistas ou
● Identificar, em textos lidos e em produções próprias, orações com a jornais por eles selecionados.
estrutura sujeito-verbo de ligação-predicativo. ● Trabalho, em sala, com textos de livros,
● Identificar, em textos lidos ou de produção própria, verbos na voz revistas e jornais ou produção de textos de
ativa e na voz passiva, interpretando os efeitos de sentido de sujeito diferentes gêneros. Identificação dos efeitos de
ativo e passivo (agente da passiva). sentido pelo uso dos verbos de ligação.
● Interpretar efeitos de sentido de modificadores (adjuntos ● Utilização de textos de diferentes gêneros,
adnominais – artigos definido ou indefinido, adjetivos, expressões como tirinhas, charges, quadrinhos e memes
adjetivas) em substantivos com função de sujeito ou de para apresentar conceitos da morfossintaxe,
complemento verbal, usando-os para enriquecer seus próprios como complementos verbais, tipos de
textos. predicado, adjuntos adverbiais etc.
● Interpretar, em textos lidos ou de produção própria, efeitos de ● Proposição de criação e continuação de
sentido de modificadores do verbo (adjuntos adverbiais – advérbios pequenos textos, em dupla ou trio, para
e expressões adverbiais), usando-os para enriquecer seus próprios explorar diferentes aspectos morfossintáticos.
textos. ● Jogos de correção de frases com falhas e
● Identificar, em textos lidos ou de produção própria, agrupamento de ausências que explicitem informações
orações em períodos, diferenciando coordenação de subordinação. morfossintáticas relevantes.
● Identificar, em textos lidos, orações subordinadas com conjunções ● Montagem de texto coletivo, no quadro,
de uso frequente, incorporando-as às suas próprias produções. utilizando conjunções de uso frequente.
● Inferir efeitos de sentido decorrentes do uso de recursos de coesão ● Exposição, em redações de concursos e em
sequencial: conjunções e articuladores textuais. textos argumentativos em geral, do uso da
coordenação e da subordinação.
Diferenciação dos conceitos, demonstrando-os
como conhecimentos essenciais para uma
escrita eficaz.
● Correção de texto com falhas de coesão.
Exposição do conceito como fundamental à
estruturação e à continuidade textual.
224

● Semântica. ● Utilizar, ao produzir textos, recursos de coesão sequencial ● Criação de jogos com palavras estranhas.
(articuladores) e referencial (lexical e pronominal), construções de Dividir a turma em 4 grupos e pedir que
sentido passivo e impessoais. Usos dos discursos direto, indireto. formem palavras estranhas. Utilizar estas
palavras em frases com sentido e cada aluno
falar sobre o efeito daquela palavra na frase.
● Coesão. ● Estabelecer relações entre as partes do texto, identificando o ● Jogos com pronomes para complementação de
antecedente de um pronome relativo ou o referente. sequências de texto. Possibilidade de uso do
● Inferir efeitos de sentido decorrentes do uso de recursos de quadro pelos alunos no processo de
coesão. identificação de antecedentes.
● Figuras de ● Analisar os efeitos de sentido do uso de figuras de linguagem, ● Montagem de brincadeira com a linguagem
linguagem. como eufemismo, antítese, aliteração, hipérbato, assonância, ironia, coloquial demonstrando o uso expressivo de
hipérbole etc. diferentes figuras de linguagem no dia a dia
● Analisar os efeitos de sentido do uso de figuras de linguagem como dos jovens, demonstrando que o conhecimento
ironia, eufemismo, antítese, aliteração, assonância, dentre outras. sobre a linguagem é aplicável ao dia a dia.
● Utilização de trechos de obras literárias
consagradas com diferentes figuras de
linguagem explorando seus efeitos de sentido.

● Variação ● Reconhecer e valorizar as diferentes variações linguísticas ● Uso de dicionários e de textos escritos em
linguística existentes no país, concebendo-as como manifestação cultural países falantes de Língua Portuguesa pelo
legítima. mundo.
● Identificar a existência de variedades da Língua Portuguesa ● Apresentação de textos diversificados em
determinadas por classe social, gênero, idade, escolaridade, Português de outros países, tais como canções,
profissão, localização geográfica e atividades humanas, assim como letras de rap, cantigas, jornais e revistas, bulas
por influências interculturais dos povos indígenas, africanos, etc.
europeus e outros. ● Trabalho com manifestações linguísticas da
● Reconhecer as situações comunicativas mais apropriadas ao uso de cultura popular, como funk, cordel, poesia
diferentes variedades, sem sobrepor uma à outra, valorizando-as e slam, rap, cantigas etc. para a formação de
repudiando discriminações realizadas contra pessoas pelo uso de painel que valorize e respeite a diversidade no
variedade considerada não-padrão. uso da língua portuguesa na sociedade
brasileira.
● Exibição de reportagens e de cenas de filmes,
revistinhas e livros que contenham o modo de
se expressar das gerações passadas.
225

● Criação de vídeo expositivo com informações


sobre os diferentes idiomas que influenciaram a
Língua portuguesa falada no Brasil,
apresentando exemplos de palavras e
expressões formadas a partir dessa influência.

4º CICLO

LÍNGUA PORTUGUESA
9º ANO
Núcleos Objetos de
Objetivos de Aprendizagem e Desenvolvimento Propostas Metodológicas
Temáticos Conhecimento
● Relação entre ● Analisar os efeitos de sentido decorrentes do uso de ● Utilização de filmes, artes visuais, músicas, entre
textos mecanismos de intertextualidade nos textos literários e outras outras manifestações artísticas que apresentem
artístico-literários. manifestações artísticas. diálogos com textos literários, destacando e
analisando os diferentes mecanismos de
intertextualidade (referências, alusões,
retomadas) entre a obra original e as paródias,
pastiches, paráfrases, entre outros para verificar a
intencionalidade do novo texto.
Leitura ● Apresentar o famoso poema “Canção do exílio e
suas releituras”.
● Indicar outros textos literários e solicitar que
busquem possíveis paródias no Youtube.
● Estratégias de ● Ler, de forma autônoma, e compreender - selecionando ● Propor a leitura e o debate de diferentes textos
leitura do campo procedimentos e estratégias de leitura adequados a diferentes do campo teatral.
artístico-literário. objetivos e levando em conta características dos gêneros e ● Promover excursões a teatros, com o objetivo de
suportes - diferentes gêneros, expressando avaliação sobre o assistir a peças que estejam em cartaz.
texto lido e estabelecendo preferências por gêneros, temas e
autores.
226

● Reconstrução da ● Analisar a organização de texto dramático apresentado em ● Apresentação de textos teatrais para compreensão
textualidade e teatro, televisão, cinema, identificando e percebendo os de sua estrutura: texto principal (falas das
compreensão dos sentidos decorrentes dos recursos linguísticos e semióticos que personagens) e texto secundário (didascálias),
efeitos de sentidos sustentam sua realização como peça teatral, novela, filme etc. bem como de sua finalidade. Encenação do texto.
provocados pelos ● Interpretar, em poemas, efeitos produzidos pelo uso de ● Assistir a filmes que dialoguem com os textos
usos de recursos recursos expressivos sonoros (estrofação, rimas, aliterações teatrais lidos, analisando as adaptações
linguísticos e etc.), semânticos (figuras de linguagem, por exemplo), gráfico- necessárias às suas diferentes manifestações.
multissemióticos espacial (distribuição da mancha gráfica no papel), imagens e ● Exibição, por meio audiovisual, de trechos de
em textos sua relação com o texto verbal. diferentes produções teatrais, que, acompanhados
artístico-literários. ● Mostrar-se interessado e envolvido pela leitura de livros de dos respectivos fragmentos da peça em questão,
literatura e por outras produções culturais do campo e coloquem em evidência à ação dos atores e à
receptivo a textos que rompam com seu universo de enunciação do texto teatral.
expectativas, que representem um desafio em relação às suas ● Promoção de excursões a teatros, com o objetivo
possibilidades atuais e suas experiências anteriores de leitura, de assistir a peças que estejam em cartaz.
apoiando-se nas marcas linguísticas, em seu conhecimento ● Leitura de diferentes poemas em sala de aula,
sobre os gêneros e a temática e nas orientações dadas pelo explorando as nuances e os recursos da linguagem
professor. conotativa, bem como as suas consequências para
a construção desse gênero de textos.
● Criação com os alunos de um círculo de debates
periódicos sobre textos pertencentes ao campo
literário, de modo que os alunos possam conhecer
uma variedade cada vez maior de textos desse
campo.
● Realização de rodas de leitura e conversa sobre
textos do campo literário (contos, crônicas,
romances, entre outros) que mais tenham
despertado interesse.
● Produção de podcasts do resumo dessas obras.
● Construção de um cineclube escolar, com
sugestões temáticas diversas, contando com o
apoio de professores e alunos, e, ao final de cada
sessão, promover um debate sobre o filme
exibido.
● Exibição e debate de diferentes produções
audiovisuais do gênero propaganda, avaliando e
explorando as nuances e os recursos da linguagem
conativa sempre com atenção à finalidade desses
227

textos e às consequências do uso desses recursos


para a construção do referido gênero.

● Reconstrução do ● Analisar os interesses que movem o campo jornalístico, os ● Seleção de reportagens com temáticas ambientais
contexto de efeitos das novas tecnologias no campo e as condições que para leitura, e reflexões sobre os posicionamentos
produção, fazem da informação uma mercadoria, de forma a poder coletivos e individuais a respeito das informações
circulação e desenvolver uma atitude crítica frente aos textos jornalísticos. obtidas acercas dos avanços ou retrocessos que
recepção de textos ● Analisar o fenômeno da disseminação de notícias falsas nas nossa sociedade está tendo em relação às questões
do campo redes sociais, bem como as suas consequências. do meio ambiente.
jornalístico. ● Analisar diferentes práticas (curtir, compartilhar, comentar, ● Apresentação de notícias e reportagens que
● Caracterização do curar etc.) e textos pertencentes a diferentes gêneros da cultura tenham sido detectadas como Fake News. Análise
campo jornalístico digital (meme, gif, comentário, charge digital etc.) envolvidos das possíveis presenças ou ausências de “pistas”
e relação entre os no trato com a informação e opinião, de forma a possibilitar textuais em comum entre elas, tais como veículo,
gêneros em uma presença mais crítica e ética nas redes. fonte, data e local da publicação, autoria, URL, da
circulação, mídias análise da formatação. Realização de pesquisas
e práticas da que comprovem a falsidade da informação e
cultura digital. levantar hipóteses sobre as intencionalidades de
divulgação das informações falsas.
● Leitura e análise de diferentes textos da cultura
digital, observando tanto as características de
gênero, quanto o posicionamento ideológico
adotado por eles e sua forma de divulgação, a fim
de avaliar as estratégias de manipulação e as
possíveis consequências para a formação da
opinião pública, em um dado momento histórico.
228

● Relação entre ● Analisar e comentar a cobertura da imprensa sobre fatos de ● Leituras comparativas de conteúdos divulgados
textos Jornalístico- relevância social, comparando diferentes enfoques por meio do em diferentes veículos, identificando padrões
midiáticos. uso de ferramentas de curadoria. editoriais que justifiquem o tratamento dado a
● Comparar, com a ajuda do professor, conteúdos, dados e fatos relevantes para a sociedade. Avaliar as
informações de diferentes fontes, levando em conta seus possíveis consequências desse tratamento, em um
contextos de produção e referências, e posicionar-se dado momento histórico.
criticamente sobre os conteúdos e informações em questão. ● Apresentação de textos de divulgação científica
● Analisar a estrutura de hipertextos e hiperlinks em textos de por meios audiovisuais, estimulando o
divulgação científica que circulam na Web e proceder à reconhecimento de referências, e conexões entre
remissão a conceitos e relações por meio de links. os conteúdos (dando atenção ao fenômeno da
● Perceber-se como parte integrante do ambiente e, assim, intertextualidade), bem como os seus objetivos de
analisar de forma crítica, a partir dos diferentes gêneros uso.
textuais, os problemas ambientais atuais e as possíveis ● Exibição e debate de diferentes produções
intervenções. audiovisuais do gênero propaganda, avaliando e
explorando as nuances e os recursos da linguagem
conotativa, sempre com atenção ao objetivo
desses gêneros textuais e às consequências desses
recursos para a construção dos textos.
● Seleção de notícias, reportagens, charges etc.
sobre um mesmo risco ambiental divulgado em
diferentes veículos para leitura e análise crítica.

● Estratégia de ● Analisar textos de opinião e posicionar-se de forma crítica e ● Apresentação ou compartilhamento (no grupo da
leitura: apreender fundamentada, ética e respeitosa, frente a fatos e opiniões turma) de diferentes textos de opinião (artigos de
os sentidos globais relacionados a esses textos. opinião, editoriais, cartas de leitores, comentários,
do texto ● Identificar e avaliar teses, opiniões e posicionamentos posts de blog e de redes sociais, charges, memes,
jornalístico- (explícitos e implícitos), bem como argumentos e contra- gifs, carta de leitor, comentário, resenhas etc.)
midiático. argumentos em textos argumentativos sempre se posicionando para leitura e construção de uma discussão
● Apreciação frente à questão controversa através de pesquisa em fontes coletiva e ética a respeito dos pontos de vistas
e réplica. seguras. defendidos nos textos.
● Estratégia de ● Utilizar pistas linguísticas – tais como “em ● Propor aos alunos que grifem as partes essenciais
leitura: apreender primeiro/segundo/terceiro lugar”, “por outro lado”, “dito de do texto, para futura produção de fichamentos que
os sentidos globais outro modo”, isto é”, “por exemplo” – para compreender a irão auxiliá-los tanto na compreensão como na
do texto. hierarquização das proposições, sintetizando o conteúdo dos sistematização de conteúdos e informações
textos. relevantes.
229

● Apreciação e
réplica. ● Retextualização do discursivo para o
esquemático: transformação de textos discursivos
em infográfico, esquema, tabela, gráfico,
ilustração etc. – e, ao contrário, transformar o
conteúdo das tabelas, esquemas, infográficos,
ilustrações etc. em texto discursivo.

● Efeitos de sentido ● Analisar o efeito de sentido produzido pelo uso, em textos, de ● Apresentação de textos variados que possuam
nos textos recurso a formas de apropriação textual. paráfrases, citações, discurso direto, indireto ou
jornalístico- ● Analisar o uso de recursos persuasivos em textos indireto livre analisando a finalidade dessas
midiátic os. argumentativos diversos (como a elaboração do título, escolhas apropriações textuais por outro autor
lexicais, construções metafóricas, a explicitação ou a ocultação ● Leituras comparativas de notícias e reportagens
de fontes de informação) e seus efeitos de sentido. para o contraste das manchetes, identificando as
nuances de sentido promovidas pelo uso de títulos
diferentes para um mesmo fato e
intencionalidades das escolhas lexicais.
● Leitura de textos argumentativos e debate sobre a
importância dos argumentos e estratégias
utilizados a fim de convencer o leitor sobre o
ponto de vista do autor frente o objetivo do
texto.

● Efeitos de sentido. ● Analisar, em notícias, reportagens e peças publicitárias em ● Exibição e debate acerca de diferentes produções
● Exploração da várias mídias, os efeitos de sentido devidos ao tratamento e à audiovisuais do gênero propaganda, avaliando e
multissemiose em composição dos elementos nas imagens em movimento, à explorando as nuances e os recursos da
textos performance, à montagem feita (ritmo, duração e linguagem conotativa, sempre com atenção ao
jornalístico- sincronização entre as linguagens, interferências etc.) e ao objetivo desses textos e às consequências desses
midiátic os. ritmo, melodia, instrumentos e sampleamentos das músicas e recursos para a construção deles.
efeitos sonoros.
230

● Reconstrução do ● Relacionar textos e documentos legais e normativos de ● Leitura de textos legais e normativos para
contexto de importância universal, nacional ou local que envolvam compreensão de sua estrutura, observação das
produção, direitos, em especial, de crianças, adolescentes e jovens – tais formas lexicais usadas, os modos e tempos
circulação e como a Declaração dos Direitos Humanos, a Constituição verbais relacionando essas marcas à
recepção de textos Brasileira, o ECA, o regimento escolar. intencionalidade do gênero em análise.
legais e normativos. ● Destaque de palavras desconhecidas para pesquisa
e compreensão dos termos.
● Contexto de ● Identificar, tendo em vista o contexto de produção, a forma de ● Apresentação de diferentes textos legais e
produção, organização dos textos normativos e legais, a lógica de normativos para realização de leitura atenta das
circulação e hierarquização de seus itens e subitens e suas partes. partes que os constituem.
recepção de textos ● Explorar e analisar instâncias e canais de participação ● Pesquisar e passar a seguir os canais de
e práticas disponíveis na escola, na comunidade, no município ou no participação social disponíveis na sociedade
relacionadas à país, incluindo formas de participação digital, como canais e (conselho de escola, outros colegiados,
defesa de direitos e plataformas de participação (como portal e-cidadania), associações, coletivos, movimentos, portais como
à participação serviços, portais e ferramentas de acompanhamentos do o e-cidadania) livres e acessíveis para a
social trabalho de políticos e de tramitação de leis, canais de compreensão da construção da vida em sociedade
(Lei, código, educação política, bem como de propostas e proposições que e para fomentação da participação ativa.
estatuto, código, circulam nesses canais. ● Ler exemplos variados de regimentos escolares,
regimento etc.). identificando as atitudes benéficas que todos
devem adotar no ambiente escolar, com relação a
questões de riscos à saúde, de limpeza e
conservação, de redução de gastos, e de
relacionamentos inter e intrapessoais.
● Visitação a áreas de conservação ambiental, com a
companhia e a supervisão de agentes
especializados capazes de apresentar a legislação
que ampara esses espaços.
● Leitura/sinalização/audição de diferentes trechos
do ECA, com o fim de realizar pesquisas sobre as
leis, de promover o seu amplo conhecimento, e
de analisar a sua organização composicional.
231

● Leitura/sinalização/audição de diferentes trechos


do Regimento Escolar, com o fim de realizar
pesquisas sobre as suas orientações, de promover o
seu amplo conhecimento, e de analisar a sua
organização composicional.
● Exibição de trechos iniciais de debates políticos,
em que seja possível identificar a proposição de
regras e acordos interpares.
● Relação entre ● Analisar, a partir do contexto de produção, a forma de ● Apresentação de abaixo-assinados e petições on-
contexto de organização das cartas abertas, abaixo-assinados, petições on- line para leitura e análise da construção desses
produção e line e a proposição. gêneros, observando: identificação dos
características ● Posicionar-se em relação a conteúdos veiculados em práticas signatários, explicitação da reivindicação feita,
composicionais e de participação social, sobretudo àquelas vinculadas a acompanhada ou não de uma breve apresentação da
estilísticas de textos manifestações artísticas. problemática e/ou de justificativas que visam
reivindicatórios e sustentar a reivindicação, bem como a proposição
propositivos. dos textos.
● Apreciação e ● Leitura de convocações ou convites para a
réplica. manifestações artísticas, produções culturais, não
institucionalizadas intervenções urbanas e práticas
próprias das culturas juvenis que pretendam
denunciar, expor uma problemática ou “convocar”
para uma reflexão/ação, relacionando esse
texto/produção com seu contexto de produção e
relacionando as partes e semioses presentes para a
construção de sentidos.

● Estratégias e ● Comparar propostas políticas e de solução de problemas, ● Discussão de propostas políticas ou de soluções
procedimentos de identificando o que se pretende fazer, as reais motivações, os para problemas de interesse público, apresentadas
leitura em textos objetivos, os benefícios e as consequências esperados. ou lidas nos canais digitais de participação,
reivindicatórios ou identificando suas marcas linguísticas, como
propositivos. forma de possibilitar a escrita ou subscrição
consciente de abaixo-assinados e textos dessa
natureza e poder se posicionar de forma crítica e
232

fundamentada frente às propostas.


● Proposição de debates em sala de aula, a partir da
leitura de projetos políticos ou da comparação
entre trechos específicos desses textos, de modo a
identificar seus interesses, exequibilidade e leque
de resultados.
● Exibição, em sala de aula, da proposição de, no
mínimo, duas correntes políticas antagônicas entre
si, de modo a avaliar, discutir e refletir sobre os
benefícios públicos e coletivos das propostas
apresentadas.

● Curadoria de ● Realizar pesquisa, estabelecendo o recorte das questões, ● Leitura e/ou a audição de diferentes postagens, a
informação. usando fontes abertas e confiáveis. fim de realizar pesquisas sobre a procedência das
informações oferecidas por elas.
● Apresentação de exemplos de Fake News aos
alunos, com o objetivo de analisar e pesquisar
suas características, promovendo, depois, um
debate sobre os resultados alcançados.
● Promoção da leitura de projetos de pesquisa, a fim
de identificar a sua organização e as suas
estratégias.
● Reconstrução do ● Analisar os interesses que movem o campo jornalístico, os ● Produção de meme e/ou a mensagem específica
contexto de efeitos das novas tecnologias no campo e as condições que sobre algum assunto selecionado pela turma e
produção, circulação fazem da informação uma mercadoria, de forma a poder enviar para um colega escolhido via WhatsApp, a
e recepção de textos desenvolver uma atitude crítica frente aos textos jornalísticos. fim de que possam perceber o impacto e a
jornalístico - ● Analisar o fenômeno da disseminação de notícias falsas nas velocidade do compartilhamento de um texto nas
midiátic os. redes sociais e desenvolver estratégias para reconhecê-las. redes sociais.
● Caracterização do ● Seleção de notícias, reportagens, memes,
campo jornalístico propagandas (textos compartilhados no mundo
e relação entre os virtual, acessados na aula ou previamente
233

gêneros em selecionados), a fim de realizar a


circulação, mídias e verificação/avaliação do veículo, fonte, data e
práticas da cultura local da publicação, autoria, URL, da análise da
digital. formatação, da comparação de diferentes fontes,
da consulta a sites de curadoria que atestam a
fidedignidade do relato dos fatos e denunciam
boatos etc.
● Estratégia de ● Analisar textos de opinião e posicionar-se de forma crítica e ● Apresentação de textos como artigos de opinião,
leitura: apreender fundamentada, ética e respeitosa frente a fatos e opiniões editoriais, cartas de leitores, comentários, posts de
os sentidos globais relacionados a esses textos. blog e de redes sociais, charges, memes, gifs etc. e
de textos ● Identificar e avaliar teses/ opiniões/ posicionamentos explícitos pedir que façam comentários argumentativos
jornalístico- e implícitos, argumentos e contra-argumentos em textos sobre o que leram em pequenos textos ou
midiátic os. argumentativos do campo jornalístico-midiático, posicionando- parágrafos.
se frente à questão controversa de forma sustentada.

● Efeitos de sentido ● Analisar o efeito de sentido produzido pelo uso, em textos, de ● Solicitação aos alunos que reescrevam trechos de
de textos recurso a formas de apropriação textual (paráfrases, citações, textos convertendo o discurso direto ao indireto e
jornalístico- discurso direto, indireto ou indireto livre). vice-versa ou que façam paráfrases de textos
midiátic os. ● Analisar o uso de recursos persuasivos em textos lidos.
argumentativos diversos e seus efeitos de sentido. ● Apresentação, em sala, de notícias, reportagens,
artigos de opinião, propagandas etc. para que os
alunos analisem e escrevam sobre considerando a
elaboração do título, escolhas lexicais,
construções metafóricas, a explicitação ou a
ocultação de fontes de informação etc.
● Efeitos de sentido/ ● Analisar, em notícias, reportagens e peças publicitárias em ● Apresentação de textos jornalísticos-midiáticos
Exploração da várias mídias, os efeitos de sentido devidos ao tratamento e à diversos para análise da construção semiótica
multissemiose em composição dos elementos nas imagens em movimento, à (ritmo, duração e sincronização entre as
textos jornalístico- performance, à montagem feita e efeitos sonoros. linguagens, efeitos sonoros).
midiáticos.
234

● Estratégia de ● Planejar reportagem impressa e em outras mídias (rádio ou ● Escolha do fato a ser aprofundado ou o tema a ser
produção: TV/vídeo, sites), tendo em vista as condições de produção do focado (de relevância para a turma, escola ou
planejamento de texto - objetivo, leitores/espectadores, veículos e mídia de comunidade), levantamento de dados e
textos informativos. circulação etc. - e ainda aspectos éticos e de respeito à informações sobre o fato ou tema selecionado –
diversidade. através de entrevistas com envolvidos ou com
especialistas –, consultas a fontes diversas, análise
de documentos, cobertura de eventos etc.
● Registro dessas informações e dados, escolha de
fotos ou imagens a produzir ou a utilizar etc.
● Produção de infográficos, quando for o caso, e da
organização hipertextual (no caso a publicação em
sites ou blogs noticiosos ou mesmo de jornais
impressos, por meio de boxes variados).
● Criação de uma página da turma em rede social
para compartilhamento de informações de
interesse da comunidade incentivando a
participação coletiva através de comentários nas
postagens dos colegas para posterior debate a
respeito dos comportamentos e práticas em meios
de comunicação virtuais. Eleger mediadores para
o grupo (que poderão ser substituídos
periodicamente).
● Escrita de comentários digitais (em formato de
rede social) para textos lidos/ouvidos de assuntos
relevantes e atuais.
● Recriação, em grupo, de um Texto editorial.
● Escrita de Carta aberta.
Criação de Fake News pelos alunos, fazendo-as
circular pela sala (se for em papel), momento em
que cada aluno escreve um comentário para a
notícia falsa e/ou para o comentário anteriormente
escrito. Promover um debate ao final, chamando a
atenção para os perigos da invenção, da
alimentação e do compartilhamento de fake news
em redes sociais.
235

● Elaboração de jornal escolar, com divisão de


funções (repórteres, fotógrafos, editores…),
explorando recursos de linguagem digital.

● Estratégia de ● Produzir reportagem impressa, com título, linha fina (optativa), ● Produção de cartas de reclamação às autoridades
produção: organização composicional (expositiva, interpretativa e/ou (escolares ou municipais) e/ ou vídeos ou
textualização de opinativa), progressão temática e uso de recursos linguísticos reportagens impressas acerca de um problema
textos informativos. compatíveis com as escolhas feitas e reportagens ambiental na escola ou na comunidade para
multimidiáticas, tendo em vista as condições de produção, as divulgação em redes sociais ou distribuição na
características do gênero, os recursos e mídias disponíveis, sua comunidade.
organização hipertextual e o manejo adequado de recursos de
captação e edição de áudio e imagem e adequação à norma-
padrão.
● Consideração das ● Planejar textos de divulgação científica, a partir da elaboração ● Pesquisa de assuntos científicos a partir da leitura
condições de de esquema que considere as pesquisas feitas anteriormente, e de textos de revistas com linguagem jovem e
produção de textos produzir, revisar e editar textos voltados para a divulgação do textos dinâmicos, tal como “Ciência Hoje”.
de divulgação conhecimento, tais como artigo de divulgação científica, artigo Reescrita, de textos de natureza científica, em
científica. de opinião, reportagem científica, verbete de enciclopédia. outros formatos como, por exemplo, postagens,
● Produzir, revisar e editar textos voltados para a divulgação do comentários, tweets, memes, enfim, textos
conhecimento e de dados e resultados de pesquisas, pertencentes à cultura digital.
considerando o contexto de produção e as regularidades dos ● Produção de fichamentos de textos de divulgação
gêneros em termos de suas construções composicionais e científica ou textos enciclopédicos para melhor
estilos. compreensão e sistematização das informações
mais relevantes e futura produção de resumos,
resenhas artigos de divulgação científica, verbete
de enciclopédia, infográfico, infográfico animado,
podcast ou vlog científico, relato de experimento,
relatório, relatório multimidiático de campo,
dentre outros, considerando o contexto de
produção e as regularidades dos gêneros em
termos de suas construções composicionais e
estilos.
236

● Estratégias de ● Produzir roteiros para elaboração de vídeos de diferentes ● Elaboração de roteiros para produção de podcasts
produção de textos tipos (vlog científico, vídeo-minuto, programa de rádio, ou vlogs para divulgação dos assuntos mais
referentes ao podcasts) para divulgação de conhecimentos científicos. interessantes vistos nos textos de divulgação
campo das práticas científica já estudados.
de estudo e
pesquisa.
● Estratégias de ● Contribuir com a escrita de textos normativos, quando houver ● Produção, a partir de modelos apresentados em
escrita: esse tipo de demanda na escola - regimentos e estatutos de sala de aula, de um curriculum vitae voltado para
textualização, organizações da sociedade civil do âmbito da atuação das o mercado de trabalho de “Jovem Aprendiz”.
revisão e edição de crianças e jovens - e de regras e regulamentos nos vários ● Construção coletiva do estatuto do grêmio escolar.
textos normativos âmbitos da escola - campeonatos, festivais, regras de ● Elaboração coletiva das regras de conduta para
(referentes ao convivência etc., levando em conta o contexto de produção e construção da escola dos sonhos.
campo de atuação as características dos gêneros em questão. ● Utilização de dispositivos portáteis para a
na vida pública). ● Produzir resenhas, a partir das notas e/ou esquemas feitos, com gravação de vídeos, curta metragens, entrevistas,
o manejo adequado das vozes envolvidas (do resenhador, do podcasts etc., contendo releituras e opiniões,
autor da obra e, se for o caso, também dos autores citados na próprias ou alheias, acerca dos textos de
obra resenhada), por meio do uso de paráfrases, marcas do divulgação científica trabalhados em sala de aula.
discurso reportado e citações.

● Estratégia de ● Realizar enquetes e pesquisas de opinião, de forma a levantar ● Elaboração de enquetes, pesquisas de opinião ou
produção: prioridades, problemas a resolver ou propostas que possam questionários no Google sobre temáticas de
planejamento de contribuir para melhoria da escola ou da comunidade. interesse da comunidade escolar para futura
textos produção de textos reivindicatórios.
reivindicatórios ou
propositivos.
● Textualização Produzir, revisar e editar textos reivindicatórios ou ● Realização de enquetes e pesquisas de opinião
de textos propositivos sobre problemas que afetam a vida escolar ou da dentro do ambiente escolar ou da comunidade, a
argumentativos comunidade, justificando pontos de vista, reivindicações e fim de registrar as insatisfações coletivas.
e apreciativos detalhando propostas (justificativa, objetivos, ações previstas
etc.), levando em conta seu contexto de produção e as
características dos gêneros em questão.
237

● Produzir artigos de opinião, tendo em vista o contexto de ● Reescritura, a partir de um modelo proposto em
produção dado, assumindo posição diante de tema polêmico, sala de aula, de textos reivindicatórios como carta-
argumentando de acordo com a estrutura própria desse tipo de aberta, manifesto, moção, campanha, cartaz etc.
texto e utilizando diferentes tipos de argumentos – de
autoridade, comprovação, exemplificação, princípio etc.

● Estratégias de ● Produzir, revisar e editar peças e campanhas publicitárias, ● Releitura e remontagem de peças publicitárias
produção: envolvendo o uso articulado e complementar de diferentes apresentadas em sala, a saber, cartaz, banner,
planejamento, peças publicitárias. indoor, folheto, panfleto, anúncio de
textualização, jornal/revista, para internet, spot, propaganda de
revisão e edição de rádio, TV, a partir da escolha da
textos publicitários. questão/problema/causa significativa para a escola
e/ou a comunidade escolar, da definição do
público-alvo, das peças que serão produzidas, das
estratégias de persuasão e convencimento que
serão utilizadas e postagem em mídias sociais
como Youtube etc.

● Construção da ● Utilizar, na escrita/reescrita de textos argumentativos, recursos ● Construção de textos argumentativos a partir de
Textualidade em linguísticos que marquem as relações de sentido entre outros suportes temáticos verbais ou não verbais
textos parágrafos e enunciados do texto e operadores adequados aos observando a utilização adequada dos recursos
argumentativos. tipos de argumento e à forma de composição de textos linguísticos à construção da coesão e coerência e a
argumentativos, de maneira a garantir a coesão, a coerência e a progressão temática.
progressão temática textos. ● Após a abordagem de um tema através de uma
leitura ou debate prévio, apresentar um texto
fragmentado por parágrafos para que os alunos
construam a versão como montagem de um
quebra-cabeça garantindo a coesão, a coerência e a
progressão temática.
238

● Construção da ● Criar contos, crônicas visuais, narrativas de aventura narrativas ● Representação, em forma de esquete, seguida ou
Textualidade e de ficção científica, com temáticas próprias ao gênero, usando não de filmagem e posterior postagem em mídias
relação entre textos os conhecimentos sobre os constituintes estruturais e recursos sociais, de episódios narrados em: Contos,
do campo expressivos típicos dos gêneros pretendidos e, no caso de Crônicas visuais, Narrativas de aventura.
artístico-literário. produção em grupo, ferramentas de escrita colaborativa. ● Narrativas de ficção científica etc.
● Parodiar poemas conhecidos da literatura e criar textos em ● Criação de paródia de poema, música, texto
versos, explorando o uso de recursos sonoros e semânticos dramático etc.
(como figuras de linguagem e jogos de palavras) e visuais ● Criação, a partir de modelos apresentados em
(como relações entre imagem e texto verbal e distribuição da sala de aula, de poemas concretos, Ciberpoemas,
mancha gráfica), de forma a propiciar diferentes efeitos de Haicais, Liras, Microrroteiros
sentido. Lambe-lambes etc.
● Realização de um sarau de poesia.
● Criação de um novo final para um texto narrativo.

● Estratégias de ● Planejar coletivamente a realização de um debate sobre tema ● Organização e levantamento de informações e
produção: previamente definido, de interesse coletivo, com regras argumentos que possam sustentar o
planejamento e acordadas em grupo. posicionamento a ser defendido no debate (o que
participação em ● Compreender e comparar as diferentes posições e interesses pode envolver entrevistas com especialistas,
debates regrados. em jogo em uma discussão ou apresentação de propostas, consultas a fontes diversas, o registro das
avaliando a validade e força dos argumentos e as informações e dados obtidos etc.), tendo em vista
consequências do que está sendo proposto e, quando for o as condições de produção do debate – perfil dos
caso, formular e negociar propostas de diferentes naturezas ouvintes e demais participantes, objetivos do
Oralidade/ relativas a interesses coletivos envolvendo a escola ou debate, motivações para sua realização,
Sinalidade comunidade escolar. argumentos e estratégias de convencimento mais
● Da entrevista, levantar informações sobre o entrevistado e eficazes etc.
sobre o tema da entrevista, elaborar roteiro de perguntas, ● Realização de debates regrados, a partir
realizar entrevista, a partir do roteiro, abrindo possibilidades daseleção dos membros das equipes de debatedor,
para fazer perguntas a partir da resposta. apresentador/mediador, espectador (com ou sem
direito a perguntas), e/ou de juiz/avaliador, como
forma de compreender o funcionamento do debate,
e poder participar de forma convincente, ética,
respeitosa e crítica e desenvolver uma atitude de
respeito e diálogo para com as ideias divergentes.
239

● Estratégias de ● Planejar entrevistas orais com pessoas ligadas ao fato ● Planejamento de entrevistas orais a partir do
produção: noticiado, especialistas etc., como forma de obter dados e levantamento de informações sobre o entrevistado
planejamento, informações sobre os fatos cobertos sobre o tema ou questão e a temática a ser discutida, além da elaboração de
realização e edição discutida ou temáticas em estudo, levando em conta o gênero e um roteiro de perguntas, garantindo a relevância
de entrevistas orais. seu contexto de produção. das informações mantidas e a continuidade
temática.
● Realização de entrevistas e com posterior edição
em áudio ou vídeo, incluindo uma
contextualização inicial e uma fala de
encerramento para publicação da entrevista
isoladamente ou como parte integrante de
reportagem multimidiática, adequando-a a seu
contexto de publicação e garantindo a relevância
das informações mantidas e a continuidade
temática.
● Estratégia de ● Organizar os dados e informações pesquisados em painéis ou ● Elaboração de painéis ou slides para organizar os
produção. slides de apresentação, levando em conta o contexto de dados obtidos nas entrevistas através das tomadas
● Planejamento e produção, o tempo disponível, as características do gênero de nota ou gravação e uso adequado das
produção de apresentação oral e proceder à exposição oral de resultados de informações obtidas, de acordo com os objetivos
apresentações estudos e pesquisas, no tempo determinado, a partir do estabelecidos.
orais. planejamento e da definição de diferentes formas de uso da ● Elaboração do roteiro da entrevista com
fala – memorizada, com apoio da leitura ou fala espontânea. delimitação do foco temático e levantamento
● Definir o recorte temático da entrevista e o entrevistado, prévio de informações do entrevistado para
levantar informações sobre o entrevistado e sobre o tema da construção da entrevista semiestruturada, ou seja,
entrevista, elaborar roteiro de perguntas. elaborar roteiro de perguntas, a partir do roteiro,
mas abrindo possibilidades para fazer perguntas a
partir da resposta, se o contexto permitir.

● Planejamento e ● Produzir notícias relativas a fatos e temas de interesse pessoal, ● Escolha de um tema de interesse da comunidade
produção de textos local ou global e textos orais de apreciação e opinião – escolar para produção de textos orais em grupo
jornalísticos orais. podcasts e vlogs noticiosos, culturais e de opinião, através de rádios, TV ou vídeos, podcasts
orientando-se por roteiro ou texto, considerando o contexto de noticiosos e de opinião, entrevistas, comentários,
produção e demonstrando domínio dos gêneros. vlogs, jornais radiofônicos e televisivos, dentre
● Identificar e analisar posicionamentos defendidos e refutados outros possíveis.
na escuta de interações polêmicas em entrevistas, discussões e ● Apresentação de trechos de debates para
debates entre outros, e se posicionar frente a eles. levantamento dos posicionamentos assumidos
240

● Desenvolver estratégias de planejamento, elaboração, revisão e pelos debatedores. Em seguida, organização de


avaliação de textos orais, áudio e/ou vídeo. um debate regrado para a defesa das diferentes
opiniões.
● Elaboração de roteiros para orientação de
produção de textos orais, considerando sua
adequação aos contextos em que foram
produzidos, à forma composicional e estilo de
gêneros, a clareza, progressão temática e
variedade linguística empregada, os elementos
relacionados à fala, tais como modulação de voz,
entonação, ritmo, altura e intensidade, respiração
etc., os elementos cinésicos, tais como postura
corporal, movimentos e gestualidade significativa,
expressão facial, contato de olho com plateia etc.
● Participação em ● Engajar-se e contribuir com a busca de conclusões comuns ● Realização de rodas de conversa para que os
discussões orais de relativas a problemas, temas ou questões polêmicas de alunos se posicionem a respeito de um tema
temas controversos interesse da turma e/ou de relevância social. polêmico de relevância para turma ou para
de interesse da ● Formular perguntas e decompor, com a ajuda dos colegas e dos sociedade.
turma e/ou de professores, tema/questão polêmica, explicações e ou ● Elaboração, em grupos, de perguntas a respeito de
relevância pessoal. argumentos relativos ao objeto de discussão para análise mais um tema polêmico de interesse para turma que
minuciosa e buscar em fontes diversas informações ou dados serão pesquisados em diversas fontes de
que permitam analisar partes da questão e compartilhá-los informações para posterior compartilhamento e
com a turma. discussão dos resultados obtidos.
● Produção de textos ● Representar cenas ou textos dramáticos, considerando, na ● Encenação em sala de um texto teatral a partir de
orais/ sinalizados caracterização dos personagens, os aspectos linguísticos e leituras e preparações previamente realizadas.
paralinguísticos das falas (timbre e tom de voz, pausas e ● Realização de rodas de leitura e oficinas literárias
hesitações, entonação e expressividade, variedades e registros que podem culminar em uma feira literária para
linguísticos), os gestos e os deslocamentos no espaço cênico, o declamação ou contação dos mais diversos textos
figurino e a maquiagem. literários, como contos de amor, de humor, de
suspense, de terror; crônicas líricas, humorísticas,
críticas; bem como leituras orais capituladas de
livros de maior extensão, como romances,
narrativas de enigma, narrativas de aventura,
literatura infanto-juvenil.
241

● Ler em voz alta/sinalizar textos literários diversos, expressando ● Contar/recontar histórias tanto da tradição oral
a compreensão e interpretação do texto por meio de uma leitura (causos, contos de esperteza, contos de animais,
ou fala expressiva e fluente, que respeite o ritmo, as pausas, as contos de amor, contos de encantamento, piadas,
hesitações, a entonação indicados tanto pela pontuação quanto dentre outros) quanto da tradição literária escrita.
por outros recursos gráfico-editoriais, como negritos, itálicos, ● Produção de audiobooks de textos literários
caixa-alta, ilustrações etc., gravando essa leitura ou esse diversos ou de podcasts de leituras dramáticas
conto/reconto, seja para análise posterior. com ou sem efeitos especiais.

● Discussão oral/ ● Discutir casos, reais ou simulações, submetidos a juízo, que ● Após o estudo do código ou estatuto que
sinalizada. envolvam (supostos) desrespeitos a artigos, do ECA, do Código supostamente foi desrespeitado, realizar um júri
de Defesa do Consumidor, do Código Nacional de Trânsito, de simulado com a turma, definindo o papeis de cada
regulamentações do mercado publicitário etc., como forma de um e solicitando que os argumentos para as
criar familiaridade com textos legais – seu vocabulário, formas defesas, acusações e sentenças sejam definidas de
de organização, marcas de estilo etc. -, de maneira a facilitar a acordo com a que está estabelecido no referido
compreensão de leis, fortalecer a defesa de direitos, fomentar a texto normativo.
escrita de textos normativos (se e quando isso for necessário) e
possibilitar a compreensão do caráter interpretativo das leis e
as várias perspectivas que podem
estar em jogo.

● Registro/ Tomada ● Tomar nota em discussões, debates, palestras, apresentação de ● Orientação para tomada de notas durante a
de nota. propostas, reuniões, como forma de documentar o evento e apresentação de uma palestra, aula, seminário,
apoiar a própria fala. vídeo, filme, aula-passeio para utilização em
produção de um relatório, debate, ou quando for
necessária, a retomada dos assuntos tratados em
outros contextos públicos, como diante dos
representados.
242

● Escuta/visualização. ● Compreender e comparar as diferentes posições e interesses ● Uso de vídeos exibindo debates e/ou entrevistas
● Apreender o em jogo em uma discussão ou apresentação de propostas, com celebridades.
sentido geral dos avaliando a validade e força dos argumentos e as ● Divisão da turma em grupos, com a presença de
textos. consequências do que está sendo proposto e, quando for o um mediador, promovendo debates de aspectos
● Apreciação e caso, formular e negociar propostas de diferentes naturezas controversos relacionados a temas da atualidade.
réplica. relativas a interesses coletivos envolvendo a escola ou ● Promoção de seminários ou roda de conversa
● Produção/Proposta. comunidade escolar. (exposição oral).
● Divulgar o resultado de pesquisas por meio de apresentações ● Elaboração coletiva de enquetes, entrevistas com
orais, reportagens, vlogs etc. pessoas de dentro ou fora do ambiente escolar.
● Declamação de poema.
● Realização de uma Mostra de Talentos, com
declamação de poesias/canções autorais ou não.
● Realização de uma batalha de slam, a partir da
apresentação do gênero em sala de aula.
● Escuta e produção de Podcast de poemas.
● Leitura dramatizada.

● Conversação ● Tecer considerações e formular problematizações pertinentes, ● Realização da aula expositiva dialogada buscando
espontânea. em momentos oportunos, em situações de aulas, apresentação aproveitar as contribuições espontâneas que
oral, seminário etc. apontam para bagagens de mundo que cada
aluno traz a respeito dos conteúdos abordados.
● Argumentação: ● Analisar, em textos argumentativos e propositivos, os ● Leitura, em sala, de redação, de artigos de opinião
movimentos movimentos argumentativos de sustentação, refutação e e de cartas de leitor, sobre um mesmo tema, de
argumentativos, negociação e os tipos de argumentos, avaliando a força/tipo modo a apresentar, aos alunos, as diferentes
tipos de argumento dos argumentos utilizados. estratégias de argumentação utilizadas. Solicitação,
Análise e força à turma, que avalie a força de cada texto
Linguística/ argumentativa. argumentativo em escala criada coletivamente.
Multimodal

● Estilo. ● Utilizar, nos debates, operadores argumentativos que marcam a ● Divisão da turma em grupos e propor a realização
defesa da ideia e do diálogo com a tese do outro: concordo, de um debate sobre tema discutido, em variados
discordo, concordo parcialmente, do meu ponto de vista, na textos lidos em aula.
perspectiva aqui assumida etc. ● Leitura de textos jornalísticos e publicitários com
a turma para destaque e identificação de recursos
243

● Perceber e analisar os recursos estilísticos e semióticos dos como os aspectos relativos ao tratamento da
gêneros jornalísticos e publicitários. informação em notícias, como a ordenação dos
● Utilizar, na escrita/reeescrita de textos argumentativos, eventos, as escolhas lexicais, o efeito de
recursos linguísticos que marquem as relações de sentido entre imparcialidade do relato, a morfologia do verbo,
parágrafos e enunciados do texto e operadores de conexão em textos noticiosos e argumentativos,
adequados aos tipos de argumento e à forma de composição de reconhecendo marcas de pessoa, número, tempo,
textos argumentativos, de maneira a garantir a coesão, a modo, a distribuição dos verbos nos gêneros
coerência, a progressão temática nesses textos (primeiramente, textuais (por exemplo, as formas de pretérito em
mas, no entanto, em primeiro / segundo / terceiro lugar, relatos; as formas de presente e futuro em gêneros
finalmente, em conclusão etc.). argumentativos; as formas de imperativo em
gêneros publicitários)e as estratégias de persuasão
e apelo ao consumo com recursos linguístico-
discursivos utilizados (tempo verbal, jogos de
palavras, metáforas, imagens).
● Identificação, pela leitura operadores de conexão
e as relações de sentido que estabelecem entre as
orações, períodos e parágrafos do texto, em
notícias, reportagens, artigos de opinião,
propagandas etc.
● Complementação das lacunas de um texto
previamente elaborado pelo professor com
operadores de conexão, atentando para as relações
de sentido dos enunciados.

● Modalização. ● Analisar a modalização realizada em textos noticiosos e ● Leitura e exercício prático com textos jornalísticos,
argumentativos. como notícias e reportagens, além de resenhas e
● Observar os mecanismos de modalização adequados aos crônicas, para identificar e classificar as
textos jurídicos. modalidades apreciativas, viabilizadas por classes e
● Analisar e utilizar modalização epistêmica. estruturas gramaticais como adjetivos, locuções
adjetivas, advérbios, locuções adverbiais, orações
adjetivas e adverbiais, orações relativas restritivas
e explicativas etc., de maneira a perceber a
apreciação ideológica sobre os fatos noticiados ou
as posições implícitas ou assumidas.
244

● Leitura de trechos de leis, estatutos e códigos para


identificação de modalidades deônticas, que se
referem ao eixo da conduta
(obrigatoriedade/permissibilidade) como, por
exemplo: proibição: “Não se deve fumar em
recintos fechados.”; obrigatoriedade: “A vida tem
que valer a pena.”; possibilidade: “É permitida a
entrada de menores acompanhados de adultos
responsáveis” e mecanismos de modalização
adequados aos textos políticos e propositivos, as
modalidades apreciativas, em que o locutor
exprime um juízo de valor (positivo ou negativo)
acerca do que enuncia. Por exemplo: “Que belo
discurso!”, “Discordo das escolhas de Antônio.”,
“Felizmente, o buraco ainda não causou acidentes
mais graves.”
● Observar, em frases e proposições trazidas pelo
professor, bem como em trechos de textos
jornalísticos e literários, a modalização
epistêmica, isto é, modos de indicar uma
avaliação sobre o valor de verdade e as condições
de verdade de uma proposição, tais como os
asseverativos - quando se concorda com
(“realmente, evidentemente, naturalmente,
efetivamente, claro, certo, lógico, sem dúvida”
etc.) ou discorda de (“de jeito nenhum, de forma
alguma”) uma ideia; e os quase-asseverativos,
que indicam que se considera o conteúdo como
quase certo (“talvez, assim, possivelmente,
provavelmente, eventualmente”).
245

● Progressão ● Utilizar e perceber mecanismos de progressão temática. ● Leitura de redações de concurso e de textos
temática. argumentativos do campo jornalístico para
identificar (marcar no texto) os mecanismos de
progressão, tais como retomadas anafóricas (“que,
cujo, onde”, pronomes do caso reto e oblíquos,
pronomes demonstrativos, nomes correferentes
etc.), catáforas (remetendo para adiante ao invés
de retomar o já dito), uso de organizadores
textuais, de coesivos etc.
● Fono-ortografia. ● Escrever textos corretamente, de acordo com a norma-padrão, ● Revisão e a correção orientada pelo professor de
com estruturas sintáticas complexas no nível da oração e do textos coletivos, colocados no quadro,
período. considerando aspectos da norma padrão e
períodos compostos por coordenação e por
subordinação.
● Morfossintaxe. ● Identificar, em textos lidos e em produções próprias, orações ● Aplicação de jogos combinatórios através do uso
com a estrutura sujeito-verbo de ligação-predicativo. de cartazes, propondo preenchimento de lacunas
● Diferenciar, em textos lidos ou de produção própria, (no quadro ou em outros recursos disponíveis) etc.
complementos diretos e indiretos de verbos transitivos, ● Pesquisa em notícias, reportagens, artigos de
apropriando-se da regência de verbos de uso frequente. opinião, propagandas etc. exemplos do uso de
● Diferenciar, em textos lidos e em produções próprias, o efeito regência verbal e nominal tanto na norma-padrão
de sentido do uso dos verbos de ligação “ser”, “estar”, “ficar”, quanto no português brasileiro coloquial e analisar
“parecer” e “permanecer”. as implicações desses usos no gênero em que
● Comparar o uso de regência verbal e regência nominal na aparecem.
norma-padrão com seu uso no português brasileiro coloquial ● Reescrita de períodos transcritos dos textos lidos e
oral. discutidos em aula, substituindo conjunções e
● Identificar, em textos lidos e em produções próprias, a relação locuções conjuntivas por outras de mesmo
que conjunções (e locuções conjuntivas) coordenativas e sentido.
subordinativas estabelecem entre as orações que conectam. ● Demonstração, com vídeos e com entrevistas, das
● Identificar, em textos lidos, orações subordinadas com diferentes possibilidades de regência na norma
conjunções de uso frequente, incorporando-as às suas próprias padrão e no registro coloquial. Escolher alguns
produções. verbos, cujas regências geram mais dúvidas.
246

● Inferir efeitos de sentido decorrentes do uso de recursos de ● Diferenciação de subordinação e de coordenação


coesão sequencial: conjunções e articuladores textuais. em trechos de textos dos alunos, utilizando
projeção. Exposição da compreensão desses dois
processos como ferramentas para uma escrita
eficaz.
● Reescrita de textos convertendo trechos em
orações subordinadas, por paráfrase.
● Bingo do valor semântico dos conectivos.
● Avaliação de trechos de textos ou frases retirados
de gêneros distintos de forma a perceber os efeitos
de sentido decorrentes do uso dos conectivos.

● Elementos
● Identificar efeitos de sentido do uso de orações adjetivas ● Análise de diferentes orações adjetivas, usando a
notacionais da restritivas e explicativas em um período composto. vírgula ou não de acordo com o sentido.
escrita.
● Coesão. ● Inferir efeitos de sentido decorrentes do uso de recursos de ● Recriação coletiva de textos sem coesão.
coesão sequencial (conjunções e articuladores textuais). Exposição dos problemas decorrentes das falhas
coesivas no texto. Aplicação de sugestões de
coesão possíveis dadas pelos alunos.
● Figuras de ● Analisar os efeitos de sentido do uso de figuras de linguagem ● Identificação e análise dos efeitos de sentido do
linguagem. como ironia, eufemismo, antítese, aliteração, assonância, uso de figuras de linguagem como ironia,
dentre outras. eufemismo, antítese, entre outras, nas
propagandas, notícias, reportagens, artigos de
opinião, poemas, canções etc.
● Variação linguística. ● Identificar estrangeirismos, caracterizando-os segundo a ● Pesquisa, nos dicionários e na internet, de termos
conservação, ou não, de sua forma gráfica de origem, e expressões oriundos de outros idiomas para a
avaliando a pertinência, ou não, de seu uso. composição do português brasileiro. Trabalho em
● Identificar a existência de variedades da Língua Portuguesa dupla de exposição dessas influências.
determinadas por classe social, gênero, idade, escolaridade, ● Uso de dicionários e de textos escritos de países
profissão, localização geográfica e atividades humanas, assim falantes de Língua Portuguesa pelo mundo.
como por influências interculturais dos povos indígenas, ● Feira de objetos cujos nomes variem de acordo
africanos, europeus e outros. com o lugar.
247

● Reconhecer as situações comunicativas mais apropriadas ao ● Exibição de trechos de filmes e clipes antigos para
uso de diferentes variedades, sem sobrepor uma à outra, demonstrar a variação entre as gerações.
valorizando-as e repudiando discriminações realizadas contra ● Exibição de vídeos da internet com falantes do
pessoas pelo uso de variedade considerada não-padrão. português de Portugal, para demonstrar as
● Fazer uso consciente e reflexivo de regras e normas da norma- diferenças linguísticas.
padrão em situações de fala e escrita nas quais ela deve ser ● Comparação de textos (letras de músicas,
usada. manifestos, textos técnicos ou jurídicos, como
● Comparar as regras de colocação pronominal na norma-padrão petições e defesas, e obras artísticas) que
com o seu uso no português brasileiro coloquial. evidenciem as variações entre os diferentes grupos
sociais.
● Criação de concurso de poesia slam ou de poesia
de cordel com técnicas previamente trabalhadas
em sala, de forma a demonstrar a variação
linguística como fenômeno a ser compreendido e
valorizado, desfazendo preconceitos eventuais.
● Comparação entre trechos de textos artísticos em
que predominem variantes não padrão da língua
portuguesa e textos em que a língua padrão esteja
explícita para que os alunos possam compreender
a coexistência entre as possibilidades e as
implicações sociais do uso da variante padrão.

● Recursos ● Analisar os efeitos de sentido decorrentes da interação entre os ● Seleção de poemas, romances infanto-juvenis em
linguísticos e elementos linguísticos em romances e novelas. prosa ou em quadrinhos, contos ou outros gêneros
semióticos que ● Analisar, em textos literários, os efeitos de sentido decorrentes literários para leitura dos alunos e análise dos
operam nos textos do emprego de figuras de linguagem, tais como comparação, recursos paralinguísticos e cinésicos, como as
pertencentes aos metáfora, personificação, metonímia, hipérbole, eufemismo, variações no ritmo, as modulações no tom de voz,
gêneros literários. ironia, paradoxo e antítese. as pausas, as manipulações do estrato sonoro da
● Analisar, em textos literários, os efeitos de sentido decorrentes linguagem, obtidos por meio da estrofação, das
do emprego de palavras e expressões denotativas e conotativas rimas e de figuras de linguagem como as
(adjetivos, locuções adjetivas, orações subordinadas adjetivas aliterações, as assonâncias, as onomatopeias,
etc.), que funcionam como modificadores, percebendo dentre outras, a postura corporal e a gestualidade
sua função na caracterização dos espaços, tempos, personagens na declamação de poemas, apresentações musicais
e ações próprios de cada gênero narrativos. e teatrais, tanto em gêneros em prosa quanto nos
gêneros poéticos.
248

● Construção ● Analisar a construção composicional dos gêneros voltados ● Proposição da exposição de trabalhos de pesquisa
composicional. para a apresentação de informações. dos alunos por meio de seminários, conferências
● Elementos rápidas, trechos de palestras, dentre outros de
paralinguísticos e modo que possam ser avaliados e demonstrados os
cinésicos. elementos paralinguísticos (tais como: tom e
● Apresentações volume da voz, pausas e hesitações – que, em
orais. geral, devem ser minimizadas –, modulação de
voz e entonação, ritmo, respiração etc.) e
cinésicos (tais como: postura corporal,
movimentos e gestualidade significativa,
expressão facial, contato de olho com plateia,
modulação de voz e entonação, sincronia da fala
com ferramenta de apoio etc.), para melhor
performar apresentações orais no campo da
divulgação do conhecimento.
● Usar ● Usar adequadamente ferramentas de apoio a apresentações ● Análise e ajuste de apresentações montadas pelos
adequadamente orais, escolhendo e usando tipos e tamanhos de fontes que alunos em slides para tratar de temas previamente
ferramentas de permitam boa visualização, inserção adequada imagens, discutidos em sala ou para apresentações nos
apoio a gráficos, tabelas etc. demais componentes curriculares. Realização e
apresentações revisão conjunta com dicas sobre visualização,
orais. layout, fonte, ilustrações etc.

● Construção ● Analisar a construção composicional dos textos pertencentes a ● Apresentação aos alunos de textos científicos
composicional e gêneros relacionados à divulgação de conhecimentos. (artigos, trechos de teses etc.), para que possam
estilo. fazer uso consciente das estratégias de
● Gêneros de impessoalização da linguagem, 3ª pessoa, presente
divulgação atemporal, recurso à citação, uso de vocabulário
científica. técnico/especializado etc.
● Marcas linguísticas. ● Identificar e utilizar os modos de introdução de outras vozes ● Apresentação de textos literários e jornalísticos, a
● Intertextualidade. no texto. fim de que percebam a existência da citação
literal, paráfrase, pistas linguísticas dos outros
autores citados (“Segundo X; de acordo com Y; de
minha/nossa parte, penso/pensamos que”),
desenvolvendo reflexão sobre o modo como a
intertextualidade e a retextualização ocorrem
nesses textos.
249

REFERÊNCIAS

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ZILBERMAN, R. Literatura e pedagogia: ponto e contraponto. 2. ed. São Paulo: Global,


2008.
251

2 LÍNGUA ESTRANGEIRA

A atual sociedade da informação, datada do final do século XX, trouxe mudanças


significativas nas formas de relacionamento entre alunos e comunidade escolar, assim como
na disseminação de conteúdos através dos avanços de novas tecnologias de informação e
comunicação. Esse avanço permitiu uma maior aproximação e interação entre as diferentes
culturas e povos, promovendo, assim, uma maior cooperação e compartilhamento de
conhecimento. Como consequência, a Língua Estrangeira (LE), no ambiente de uma educação
de qualidade, passou a figurar como fator primordial e desafiador para promover o acesso de
estudantes a esse novo mundo digital e conectado, principalmente no que tange à valorização
e ao direito à informação como desenvolvimento pessoal, cultural e social no mundo em que
estão inseridos.
Com esse intuito, a proposta para o componente curricular de Língua Estrangeira é
possibilitar e conduzir as diversas variações da língua em uso, que se institui como espaço
simbólico de identificação. A linguagem é influenciada por vários processos socioculturais e
históricos com diversas práticas observadas no mundo real chamadas de multiletramentos.
Nesse sentido, os componentes curriculares que integram a área de linguagens visam à
estruturação das manifestações artísticas, linguísticas e corporais para organização e
estruturação das relações humanas, criando um contexto multimodal que compreende uma
grande variedade do uso da língua.
Dentro da ideia de uma escola inclusiva e para todos, Charlot (2005, p. 136) escreve
que: “a mundialização-solidariedade implica uma escola que faça funcionar, ao mesmo
tempo, os dois princípios, o da diferença cultural e o da identidade dos sujeitos enquanto seres
humanos”, ou seja, os princípios do direito à diferença e do direito à semelhança. Da mesma
forma, o autor (Ibid., p. 136) afirma que “a diferença só é um direito se for afirmada com base
na similitude, na universalidade do ser humano”.
Compreende-se, pois, a necessidade de desenvolvimento do ser individual com suas
capacidades intelectuais para uma formação cultural e científica. É no diálogo com essa
perspectiva que a educação plurilíngue27 na Rede Municipal de Educação de Niterói se
colocou como um desafio inovador desde o ano da implementação do ensino da Língua

27
A competência plurilíngue e pluricultural refere-se à habilidade de usar línguas para propósitos de
comunicação e tomar parte em interação intercultural, em que uma pessoa vista como um agente social tem
proficiência, de níveis variados, em diversas línguas e experiência de diversas culturas (CONSELHO da
EUROPA, 2001, p. 168).
252

Espanhola no Fundamental II, em 2011, bem como da Língua Francesa no Fundamental I, em


2014.
A Língua Inglesa, que teve o papel de destaque na educação brasileira, apontada na
BNCC como a língua franca, idioma sem fronteiras geográficas, de trocas sociais intra e
intercontinentais, passou a dividir com o Espanhol e o Francês a tarefa de colaborar para
ampliação da competência discursiva dos alunos do Ensino Fundamental. A implementação e
permanência de outras línguas além da Língua Inglesa demonstra uma atitude de resistência e
reafirma a postura da rede em oferecer uma educação diferenciada, garantindo oportunidade
de acesso à educação linguística ampliada, respondendo à demanda do contexto tecnológico28
e cultural do município de Niterói. Em função disso, o papel da LE nas escolas da rede
favorece uma educação linguística voltada para a interculturalidade e a desvincula da noção
de pertencimento a um território específico. Para fundamentar esses novos paradigmas no
ensino de LE, criou-se a divisão da matriz curricular com os seguintes núcleos temáticos:
Identidade e Interculturalidade; Linguagem e Tecnologia; Conhecimento Científico e
Ambiente e Qualidade de Vida, permitindo a qualquer momento a multiplicidade de usos da
linguagem.
Já em 2011, a Língua Espanhola acrescentou um novo olhar ao ensino de LE na rede
para os alunos dos anos finais ao se destacar por sua presença maciça na América Latina e
inegável importância no mundo conectado, sendo a terceira língua mais usada na internet. Por
conseguinte, em 2014, a Rede Municipal de Educação logrou enriquecer a parte diversificada
do currículo do ensino fundamental I oferecendo, também aos alunos dos anos iniciais, uma
língua estrangeira. Assim, o Espanhol, o Inglês ou o Francês, nos primeiros anos de
escolaridade, tornou-se realidade em nossas unidades de educação, situação pouco comum em
escolas públicas brasileiras. A Rede de Niterói alcançou um diferencial que pode favorecer a
diminuição de desigualdades. Porém, de todos os predicados que o ensino de línguas possui,
nos chama a atenção a capacidade que tem de ampliar o repertório discursivo por meio do
acesso à multiplicidade cultural, colaborando com uma formação integral do aluno.
O incremento do Francês inseriu no mapa da francofonia os nossos alunos que estão,
desse modo, entre as pessoas que têm acesso à segunda língua mais aprendida no mundo.

28
A expansão das novas tecnologias, segundo Lévy (2011), trouxe a oportunidade de uma desterritorialização
que permitiu estarmos, ao mesmo tempo, aqui e lá, tornando-nos nômades de novos costumes, ao migrarmos
de um espaço a outro, e levando-nos à (des)conexão para a abertura de novos espaços. Dessa forma, a
interação dos cidadãos provindos de diferentes contextos culturais para práticas sociais que visem à construção
do conhecimento requer habilidades que atendam às demandas de uma sociedade global.
253

Trata-se de oferecer ao aluno da escola pública, nos anos iniciais, uma visão de outras culturas
e povos, para que tenham mais oportunidades, não apenas de falar outro idioma, mas,
principalmente, de voltar-se para o outro e, através dele, ver a si mesmo. Um projeto de
“sensibilização” com uma aproximação do francês com o mundo e com a realidade do aluno.
Sendo assim, as orientações curriculares para o ensino de LE aqui propostas pautam-se
na concepção de educação que orienta as práticas pedagógicas em toda a Rede e vêm ao
encontro do que acreditamos ser inquestionável em relação ao ensino de línguas: sua
capacidade de propiciar ao aluno o engajamento discursivo, considerando a natureza
sociointeracional da linguagem.
A escolha dessa abordagem sempre se coloca como uma questão na medida em que
pensamos nos objetivos linguísticos e extralinguísticos em determinados contextos.
Consideramos, desse modo, relevante para o ensino de LE nas escolas de nossa Rede a
perspectiva de letramento29, que prioriza a formação humana e linguística. Sabemos das
inúmeras discussões em torno do conceito de letramento, todavia colocamo-nos nesse
entremeio, trazendo à cena a defesa pela amplitude do conceito como modo de experienciar
uma língua, apropriar-se e interagir com a LE de modo crítico-reflexivo, com diálogo
multicultural e práticas de linguagem que visem ao desenvolvimento ético, estético e
intelectual dos alunos, perspectivando o desenvolvimento de um trabalho transversal com a
língua materna e as demais áreas de conhecimento.
Nesse sentido, ensinar LE no Ensino Fundamental pode e deve colaborar para a
ampliação da criticidade e leitura do mundo de nossos alunos. Desse modo, não deve se
limitar aos aspectos formais da língua, ou seja, ao estudo de normas distanciadas de seus usos
e contextos reais de ocorrência, mas sua abrangência deve responder à necessidade de
formação cidadã e ética, sem perder de vista a inscrição discursiva do sujeito aprendente na
língua materna, que deve ser trabalhada desde os primeiros anos de escolaridade.
Segundo Rojo (2009, p. 101) “letramento são práticas sociais, plurais e situadas, que
combinam oralidade e escrita de formas diferentes em eventos de naturezas diferentes”.
Assim, o ensino de LE, por essa perspectiva, não se situa apenas na leitura/compreensão e
produção de textos escritos, mas pode e deve explorar a oralidade como ferramenta

29
Consideramos pertinente pontuar que reconhecemos a importância dos estudos do letramento para os
processos de significação e das aprendizagens. Todavia, devido a um esvaziamento de sentido do conceito,
sobretudo, no campo da alfabetização na língua materna, salientamos que no tocante ao processo de ensino e
aprendizagem de língua estrangeira, o termo Letramento é utilizado com o intuito de potencializar o caráter
sociocultural que subjaz a toda prática de linguagem, suscitando olhar atento para a importância da relação
dialógica, contextual, discursiva do ensino de LE.
254

fundamental. Além disso, as práticas de letramento em LE podem se valer de outros domínios


semióticos que dialogam entre si e se complementam, como as linguagens que envolvem
ilustrações, sons, cores, além das inúmeras linguagens midiáticas como vídeos, tutoriais,
blogs, redes sociais, podcasts etc. Neste sentido, o papel do idioma se revela por meio de
inúmeras possibilidades de práticas que proporcionam um passeio rico pela diversidade de
gêneros discursivos. Para Bakhtin (1981, p. 123) “a verdadeira substância da língua não é
constituída por um sistema abstrato de formas linguísticas, nem pela enunciação monológica
isolada, nem pelo ato psicofisiológico de sua produção, mas pelo fenômeno social da
interação verbal.” Ou seja, as práticas sociais de leitura e escrita em LE não precisam se
restringir aos gêneros discursivos predominantemente escritos ou clássicos. De acordo com
Bagno (2005, p. 71) “o ensino em muito poderá se beneficiar se reconhecer e mobilizar, como
parte de suas estratégias, as práticas letradas características das culturas”. Do mesmo modo,
Almeida Filho (2007, p. 40) aponta que as línguas de modo geral “têm um funcionamento
intrínseco cuja sistematização faculta a compreensão dos mecanismos da própria língua
materna”, ou seja, aprender uma língua estrangeira pode favorecer o processo de
aprendizagem da leitura e da escrita em língua portuguesa, além de colaborar com o
desenvolvimento global do aluno.
Na proposta de ensino de leitura, a aprendizagem em LE é entendida como parte do
processo educacional do aprendiz como um todo, em que as práticas de leitura e produção de
texto incluem também as formas legitimadas de falar sobre o texto (KLEIMAN, 1995).
Assim, para além da aquisição unicamente de um conjunto de habilidades linguísticas, a
presença da LE no Ensino Fundamental justifica-se por sua função social que, conforme
aponta Moita Lopes (2002, p. 133), “tem na habilidade leitora sua maior representação”.
Além disso, como já afirmamos, a aprendizagem de leitura em LE pode ajudar o
desenvolvimento integral do aluno, como sujeito singular plural, participante da atividade
comunicativa. “A leitura tem função primordial na escola e aprender a ler em outra língua
pode colaborar no desempenho do aluno como leitor em sua língua materna.” (BRASIL,
1998, p. 20)
Damos destaque ao papel dos jogos e brincadeiras na aula de LE no Ensino
Fundamental I que, além de serem, por si só, construtos culturais, são também uma forma de
trabalhar os conteúdos linguísticos de forma prazerosa, contribuindo para a sensibilização dos
alunos em relação aos aspectos de coletividade, cooperação, interação e percepção do outro.
Os jogos e brincadeiras são oportunidades de mediação entre o prazer e o conhecimento
historicamente constituído, já que o lúdico é eminentemente cultural.
255

Neste sentido, o ensino de línguas estrangeiras fundamentado na perspectiva


discursiva, sócio-histórica e cultural e nas necessidades linguísticas dos alunos pode colaborar
para a formação do aluno plurilíngue, leitor crítico-reflexivo e cidadão, através de variadas
estratégias de ensino/aprendizagem. Assim, espera-se que a presença da LE no Ensino
Fundamental venha a corroborar com as práticas pedagógicas que visem ao envolvimento e ao
desenvolvimento do aluno em um universo cultural amplo, no qual as culturas locais e
universais dialoguem e contribuam para sua formação.
256

MATRIZ CURRICULAR – LÍNGUA ESTRANGEIRA

2.1 Língua Inglesa


1o CICLO
LÍNGUA INGLESA
1ºANO
Objetivos de
Núcleos Propostas
Objetos de Conhecimento Aprendizagem e
Temáticos Metodológicas
Desenvolvimento

● Cumprimentos ● Reconhecer-se. ● Gêneros discursivos sugeridos: flashcards, carteira de identificação


e saudações. ● Socializar-se. estudantil, árvore genealógica, plantas, mapas, filmes e fotografias.
●I am… ● Respeitar as diferenças e ● Confecção de uma carteira de identificação estudantil.
(sobrenome, valores humanos; ● Música Baby Shark:
gênero e idade). valorizar a diversidade https://www.youtube.com/watch?v=XqZsoesa55w&t=57s
Identidade e ● Minha família e os étnico-racial. ● Música Family Finger:
interculturalidade meus amigos. ● Compreender que o https://www.youtube.com/watch?v=hVh8DDpVktg
● Cores. individual faz parte de ● Jogo online sobre cores:
● Do you like it? Yes, I do. histórias coletivas. https://learnenglishkids.britishcouncil.org/en/category/topics/colours
No, I don’t. ● Compreender que o ● Vídeo sobre a casa:
● What’s your favorite? individual faz parte de https://www.youtube.com/watch?v=qZyJPZxsmZk
● Objetos e salas da escola. histórias coletivas. ● Vídeo sobre a escola:
● Esportes. ● Conhecer, entender e https://www.youtube.com/watch?v=hjFaqDNUVFo
● Minha casa e minha rua. valorizar o meio ambiente ● Filmes: Os Incríveis e High School Musical.
● There is / There are. e a vida coletiva da escola
● Diferentes moradias e comunidade onde vive.
em diferentes países.
257

● A Língua Inglesa no ● Ouvir, observar e ● Gêneros discursivos sugeridos: rótulos, logomarcas,


nosso dia a dia. reconhecer letras e sons da embalagens, catálogos de lojas e propagandas.
Linguagem e ●O alfabeto Língua Inglesa que fazem ● Sugerir que os alunos tragam rótulos de produtos com palavras em
tecnologia (fonemas similares parte do cotidiano, inglês para a confecção de um cartaz.
à língua materna). relacionando-os com a ● Música do ABC: https://www.youtube.com/watch?v=75p-N9YKqNo
● Comunicação em sala língua materna. ● Jogos online sobre o alfabeto:
de aula e os ● Interessar-se por ouvir e http://www.education.com/games/alphabet/
combinados na língua respeitar a manifestação de
alvo. experiências e emoções do
outro.

● Números até 10. ● Compreender o significado ● Gêneros discursivos sugeridos: calendário, cardápios, catálogos de
● Formas planas e dos números e de sua supermercados e pirâmide alimentar.
sólidos geométricos. importância no cotidiano. ● Vídeo sobre os números: https://www.youtube.com/watch?v=DR-
Conhecimento ● Partes do dia. ● Observar e estudar cfDsHCGA
científico, ● Estações do ano. diferentes ambientes e ● Jogo online sobre números: https://www.splashmath.com/number-
ambiente e ● Animais. fenômenos naturais. games
qualidade de ● Partes do corpo. ● Reconhecer as partes do ● Vídeo sobre animais:
vida ● Higiene. corpo humano, https://www.youtube.com/watch?v=OwRmivbNgQk
● Alimentação saudável. relacionando o tema com a ● Música sobre o tempo:
● This/That. importância de uma vida https://www.youtube.com/watch?v=hQCt_tDh3s4
● Thanksgiving Day (Dia saudável. ● Vídeo sobre higiene: https://www.youtube.com/watch?v=w-
de Ação de Graças). Ov6HwbZfI
● Natal. ● Música: Cabeça, ombros, joelho e pé:
● New Year 's Eve (Ano https://www.youtube.com/watch?v=RuqvGiZi0qg
Novo). ● Música One Little Finger:
● Frutas. https://www.youtube.com/watch?v=eBVqcTEC3zQ
● Jogo online sobre higiene:
https://www.kidzsearch.com/games/index.html?gamesearch=hygiene
258

● Jogo corpo online:


https://learnenglishkids.britishcouncil.org/category/topics/parts-the-
body
● Música maçãs e bananas:
https://www.youtube.com/watch?v=r5WLXZspD1M
● Vídeo suco de fruta:
https://www.youtube.com/watch?v=gN3pn_alymA
● Frutas jogo online: https://matchthememory.com/kcmatch
● Apresentar diversas datas comemorativas brasileiras e algumas da
Língua Inglesa.
● Filme: Tá chovendo hambúrguer.
259

1º CICLO

LÍNGUA INGLESA
2º ANO
Objetivos de
Núcleos
Aprendizagem e Propostas Metodológicas
Temáticos Objetos de Conhecimento
Desenvolvimento

● Cumprimentos e ● Reconhecer-se; socializar- ● Gêneros discursivos sugeridos: plantas, mapas, propagandas e


saudações. se, respeitar as diferenças catálogos.
● Brinquedos. e valores humanos. ● Vídeo sobre a escola: https://youtu.be/H5sKcrCTIn8?t=30m28s
● Minhas coisas ● Valorizar a ● Vídeo sobre a família:
favoritas (likes and diversidade étnico- https://youtu.be/-kJSTQ6ugIU?t=10m5s
dislikes). racial. ● Criação de um álbum de fotos (desenhos) com os membros da
Identidade e ● Minha família. ● Perceber suas ações família, os vizinhos e os amigos;
interculturalidade ● Objetos e salas da escola. cotidianas e respeitar as ● Confeccionar mapas da escola e do bairro;
● Meu bairro. dos outros. ● Vídeo “What’s this?” - Gogo’s Adventures with English:
● Profissões. ● Identificar os espaços do https://youtu.be/-kJSTQ6ugIU?t=15m51s
● Esportes. cotidiano e a cidade onde ● Vídeo sobre o supermercado: https://youtu.be/I-4G5RO9x_4
● There is/ There are. vive (lazer e paisagem ● English: https://youtu.be/H5sKcrCTIn8?t=20m20s
● This/That; These/ Those. natural). ● Personalidade do esporte:
● Verbos: to go/ to visit. ● Compreender e http://www.factmonster.com/ipka/A0855208.html
conscientizar-se sobre a
importância das
atividades físicas.
● Conhecer, entender e
valorizar o meio ambiente
e a vida coletiva da escola
e na comunidade onde
vive.
260

● A Língua Inglesa no ● Reconhecer letras e ● Gêneros discursivos sugeridos: rótulos, logomarcas, embalagens,
nosso dia a dia. sons que fazem parte do catálogos de lojas e propagandas.
Linguagem e ● O alfabeto (relação cotidiano, comparando- ● Música do ABC: https://www.youtube.com/watch?v=75p-
tecnologia grafema e fonema). os com a Língua N9YKqNo
Materna. ● Criar cartazes com rótulos, logotipos, fotos de embalagens de
● Respeitar a produtos em inglês usados no dia a dia do aluno e/ou elaborar uma
manifestação de exposição com as embalagens.
experiências e emoções ● Jogo alfabeto online: http://www.education.com/games/alphabet/
do outro.
● Valorizar as diferentes
formas de falar.

● Números até 20. ● Compreender o ● Gêneros discursivos sugeridos: calendário, boletins meteorológicos,
● Figuras planas e significado dos números propagandas e catálogos.
sólidos geométricos. e sua importância no ● Confecção de um calendário.
● Sistema monetário. cotidiano. ● Apresentar diversas datas comemorativas brasileiras e algumas da
● Os seres vivos: ● Observar e estudar o Língua Inglesa.
Conhecimento plantas e animais. meio ambiente. ● Elaboração de um cartaz com o corpo humano e as suas partes em
Científico, ● Partes do corpo e do rosto. ● Reconhecer as partes tamanho real.
Ambiente e ● Adjetivos. do corpo humano. ● Trabalhar com os sólidos geométricos através de embalagens de
Qualidade de ● Saúde. ● Cultivar hábitos de higiene. produtos (material reciclável).
Vida ● This/ That/ These/ Those. ● Vídeo sobre os animais: https://youtu.be/-kJSTQ6ugIU?t=20m31s
● Higiene. ● Música sobre o corpo humano:
https://www.youtube.com/watch?v=LoSu4FwFMwU
● Música sobre as partes do corpo:
https://www.youtube.com/watch?v=dUXk8Nc5qQ8
● Música sobre higiene:
● https://www.youtube.com/watch?v=4X
LQpRI_wOQ
261

1o CICLO
LÍNGUA INGLESA
3º ANO
Objetivos de
Núcleos
Objetos de Conhecimento Aprendizagem e Propostas Metodológicas
Temáticos
Desenvolvimento
● Vocabulário (Inglês no ● Conhecer diferentes ● Gêneros discursivos sugeridos: flashcards, músicas, carteira de
dia a dia): Exemplos: gêneros discursivos e identificação estudantil, árvore genealógica, fotografias, biografias
Coke, video, Pokemon as suas finalidades. curtas, cartões postais, listas de palavras por campo semântico.
GO, Cookies, YouTube, ● Reconhecer a diferença ● Vídeo: English For Kids - Gogo's Adventures with English - Gogo's
Whatsapp, Iphone, entre o indivíduo e o 1 Episode 2 (5’08’’): What’s his name?
Facebook). outro. https://youtu.be/-kJSTQ6ugIU?t=5m8s
● Aparência ● Compreender e valorizar ● Song: “Happy Birthday to You!”
Identidade e Física/Características a diversidade étnico- ● English For Kids - Gogo's Adventures with English - Gogo's 3
Interculturalidade (tall/ short; racial, reconhecendo-se “You’re big” https://youtu.be/YwRRVP-_GaA?t=10m20s
thin/overweight; blond como ser único, com ● Jogos online sobre roupas:
hair, black hair, brown diferenças e https://learnenglishkids.britishcouncil.org/en/category/topics/clothes
hair, red hair, eyes’ semelhanças. ● Biografias curtas: http://www.ducksters.com/biography/
colors etc.). ● Reconhecer-se como ● Preenchimento de formulários e/ou carteiras de identificação.
● Meu lugar (where I live)/ parte da história do ● Realizar entrevistas em duplas sobre informações pessoais de cada
Nosso lugar (where I município identificando aluno e os seus hobbies.
study) os grupos sociais que a ● Filme para trabalhar com o tema família: Os incríveis e The Croods;
/ neighborhood/ my city compõem e suas regras ● Jogo online sobre família:
(lugares: cinema, de funcionamento e http://englishflashgames.blogspot.com.br/2 010/10/family-
museum, shopping convivência. vocabulary-game.html
center, supermarket, ● Conhecer, entender e ● Transportation: Trains, planes, automobiles and ships:
hospital, drugstore, bus valorizar o meio ambiente http://www.factmonster.com/ipka/A0909573.html
stop and library). e a vida coletiva da escola ● Song: “Head, Shoulders, Knees and Toes”.
● There is/ there are. e comunidade onde vive.
● Árvore Genealógica, ● Identificar as partes do
membros da Família, corpo humano,
graus de Parentesco: relacionando o tema com
Who are they? / How a importância de uma
many brothers and sisters vida saudável.
do you have?
● Informações Pessoais:
262

What's my name? /
How old am I? / When
is my birthday?/
Where am I from? /
where do I live? /
where do I study?).
● Meus hobbies (I like
to do and I don’t like
to do).
● Meios de Transporte
que eu uso no meu
cotidiano.
● Partes do Corpo
Humano.
● Objetos Escolares, ● Diferenciar singular e ● Gêneros discursivos sugeridos: Flashcards, contos de fadas,
Brinquedos. plural. vídeos, músicas, desenhos animados, história em quadrinhos.
● Artigos Indefinidos e ● Observar os objetos e ● Jogo: Spelling Bee /Soletrando: promover concursos de
Definidos: a/ an/ the. pessoas ao seu redor e soletrar palavras.
Linguagem e ● Pronomes reconhecer a sua relação
Tecnologia Demonstrativos: This / de proximidade.
That / These / Those.
● Pronomes Pessoais.
● There to be.
● Does she/he…? Yes,
she/he does. No, she/he
doesn’t.
● Pronomes
interrogativos: what,
when, where e who.
● Profissões. ● Apreender e valorizar ● Gêneros discursivos sugeridos: calendário, cardápios, catálogos de
● Sun / Moon/ Planet as diferentes supermercados, listas de compras, pirâmide alimentar, plantas,
Earth. profissões existentes. mapas, filmes, fotografias, cartazes de protesto em defesa do meio
● Cardinal and ● Entender a ação da ambiente, propagandas, textos descritivos, músicas, jornais e revistas.
Ordinal Numbers sociedade nas questões ● Elaborar uma lista de compras com os alimentos e produtos de
(writing in full). socioambientais locais e higiene que os alunos julgam essenciais para comprar em um
● Estações do Ano e em espaços distantes e supermercado.
263

Clima. suas consequências em ● Online game – Food vocabulary:


● Dias da Semana e diferentes espaços e http://englishflashgames.blogspot.com.br/2008/09/food-game.html
Meses.
Conhecimento ● Universo e o Sistema tempos, reconhecendo a ● Apresentar diversas datas comemorativas brasileiras e algumas da
científico, Solar (Earth, Moon, importância do cuidado e Língua Inglesa.
Ambiente e preservação do meio em ● Pesquisar sobre a profissão que cada aluno deseja exercer no seu
Qualidade de planets, stars and the que vive. futuro e criar uma revista com a seção “Different Jobs” expondo as
Vida Sun). ● Compreender o características de cada profissão pesquisada.
● World Water Day significado dos números e ● Occupations’ game:
(Dia Mundial da sua importância no http://www.anglomaniacy.pl/occupationsMatching.htm
Água). cotidiano em diferentes ● Earth: http://www.factmonster.com/dk/science/en
● Animais domésticos, fases da vida. cyclopedia/earth.html
silvestres e marinhos ● Trabalhar com quantidades. ● English For Kids - Gogo's Adventures with English - Gogo's 2 “How
(Describing: animals ● Localizar-se no espaço e many are there?” https://youtu.be/H5sKcrCTIn8?t=5m1s
from the sea and no tempo. ● Videos: English For Kids - Gogo's Adventures with English 2 “How
from the earth). ● Observar e estudar old are you?” https://youtu.be/H5sKcrCTIn8
● National Tree diferentes ambientes ● Pesquisa e criação de cartazes de conscientização sobre a preservação
Day (Dia da e fenômenos do meio ambiente e os 3 R’s.
Árvore). naturais. ● Jogo da memória online sobre os animais:
● Alguns verbos no ● Debater a respeito http://englishflashgames.blogspot.com.br/2
Infinitivo. das ações humanas e 008/06/animals-memory-game.html
● Verbos relacionados os impactos ● Jack Johnson’s song The 3 R’s:
aos 3 R 's (Reduce, ambientais, https://www.youtube.com/watch?v=U6IbRSRe8MQ
Reuse, Recycle). buscando soluções ● Jogo online sobre reciclagem:
● Convidar usando: sustentáveis. http://www.bbc.co.uk/schools/barnabybear/games/recycle.shtml
"Let 's + Infinitive ● Analisar diferentes ● Jogos online sobre partes do corpo humano:
verbs”. doenças, sintomas e https://learnenglishkids.britishcouncil.org/en/category/topics/parts-t
● Verbos no Imperativo. tratamentos. he-body
● Doenças (What ● Alimentação saudável para crianças:
's the matter?). http://www.healthyeating.org/Healthy-Kids/Kids-Games-
● Comida Activities.aspx
saudável. ● Aula prática simulando uma cozinha ou piquenique.
264

2º CICLO

LÍNGUA INGLESA
4º ANO
Objetivos de
Núcleos
Objetos de Conhecimento Aprendizagem Propostas Metodológicas
Temáticos
e Desenvolvimento
● Informações ● Construir o sentido da ● Gêneros discursivos sugeridos: perfil do Facebook, entrevistas,
pessoais (nome, aprendizagem de uma biografias, diários, pequenas histórias com diálogos, flashcards,
sobrenome, gênero, Língua Estrangeira maquetes, ilustrações, imagens, fotos com legendas, guias de viagens,
data de aniversário, dentro do âmbito cartões postais, mapas, cartas versus e-mail, bloco de notas e
idade). escolar. mensagens de texto, cartoons/ comics, catálogos de shoppings, quiz,
● Favoritos (cores, ● Reconhecer a Língua músicas.
alimentos, esportes Inglesa como parte ● Apresentar aos alunos gêneros discursivos multimodais em diferentes
e lugares). integrante do nosso dia línguas estrangeiras para que eles percebam que através de elementos
Identidade e ● Preferências a dia. linguísticos também presentes na Língua Portuguesa e de palavras
Interculturalidade (Likes / dislikes). ● Ouvir, falar e transparentes é possível compreender um texto em outra língua.
● Adjetivos. desenvolver pequenos ● Curta-Metragem: “A menina que odiava livros”:
● Roupas. diálogos. https://youtu.be/geQl2cZxR7Q
● Lugares, Places ● Reconhecer-se, ● Propor que cada aluno realize uma entrevista com um colega de grupo.
(Famous places in our socializar-se e respeitar as Biographies of Notable People: http://www.factmonster.com/ipka/A
state and country). diferenças e valores 0855207.html
● Países e nacionalidades. humanos. ● Fashion and Dress: http://www.factmonster.com/ipka/A 0767725.html
● Objetos escolares e ● Interessar-se por ouvir e ● Elaboração de biografias individuais, escrevendo as principais
partes da escola. respeitar a manifestação informações pessoais e as preferências.
● Partes da casa. de experiências e ● Kids Around the World: http://www.factmonster.com/ipka/A
● Cores. emoções do outro. 0930058.html
● Esportes. ● Localizar-se no espaço. ● Geography: Just for Fun: http://www.factmonster.com/home
● Direções - How do I ● Observar e estudar work/geography- tudy.html#GEO-ST UDY-FUN
get there? diferentes ambientes. ● Comparar imagens da cidade no passado e no presente e elaborar um
● Vizinhança, nossa cidade texto com as diferenças percebidas.
e nosso Estado ● Confeccionar mapas e/ou maquetes da cidade.
(supermarket, bakery, ● Brincadeira: “Telefone sem fio” com o vocabulário adquirido.
cinema, museum, beach, ● Major Holidays: http://www.infoplease.com/ipa/A0875655.html
park ...).
265

● Meios de comunicação ● Ouvir, falar e ● Gêneros discursivos sugeridos: perfil do Facebook, revistas, programas
(presente e passado). desenvolver pequenos de TV, entrevistas, anúncios, notícias, pequenas histórias com diálogos,
● Números Cardinais e diálogos. ilustrações, imagens, notícias e artigos sobre tecnologia, cartas X
Ordinais. ● Compreender o e-maill, bloco de notas e mensagens de texto, cartoons/ Comics.
● Números (year, phone significado dos números ● Jogos online de adição e subtração:
numbers ...). e sua importância no http://www.mathplayground.com/index_addition_subtraction.html
cotidiano. ● Math Flashcards (Interactive games):
● Pronomes (Subject
Pronouns). ● Analisar o tempo http://www.factmonster.com/math/flashcards.html
histórico e suas ● Polygons:
Linguagem e ● Pronomes How Many Sides?
mudanças. http://www.factmonster.com/ipka/A1983.html
Tecnologia interrogativos: what,
● Investigar a importância ● Gogo’s Adventures with English 3
where, when, who, how
da tecnologia e de que ● I can swim
and which.
forma podemos nos
● Verbos modais - Modal https://youtu.be/YwRRVP-_GaA?t=5m10 s
comunicar. ● Conhecendo a rotina de cada um: após uma enquete (esta pode ser feita
Verbs (can and can’t –
abilities). através do Google Formulário *) sobre a rotina dos alunos, apresentar
● Verbo to be. os dados em uma tabela e expor os resultados através de um gráfico de
● Presente Simples barras com a ajuda dos alunos https://www.google.com/intl/pt-BR/for
(verbos relacionados a ms/about/
atividades diárias).
● Frases afirmativas,
negativas e
interrogativas.
● Verbo haver - There to
be.
● Preposições (in, on,
at,by, under, behind,
next to,across from and
in front of ).

● Meios de Transporte. ● Apontar os meios de ● Gêneros Discursivos: calendários, jornais, receitas, pirâmide
● Estações do ano. transporte que conhece e alimentar, quiz, gráficos, notícias e reportagens sobre o meio
● Meses. perceber outros, ambiente, cartazes e propagandas de conscientização, músicas,
● Dias da semana. debatendo sobre pequenas histórias com diálogos, flashcards, maquetes, ilustrações,
266

● Horas. alternativas não imagens, fotos com legendas, revistas, programas de TV, entrevistas,
● Formas. poluentes. anúncios, notícias.
Conhecimento ● Sistema Solar ● Localizar-se ● Meios de transporte: http://www.factmonster.com/ipka/A
científico, (Earth, Moon, geograficamente. 0909591.html
Ambiente e Sun). ● Conhecer, entender e ● Jogos online sobre os meios de transporte:
Qualidade de ● Ar, água e terra. valorizar o meio ambiente https://learnenglishkids.britishcouncil.org/en/category/topics/transport
Vida ● Plantas. e a vida coletiva da escola ● Origins of Month Names:
● Animais. e comunidade onde vive. http://www.factmonster.com/ipka/A0769496.html
● Partes do Corpo ● Observar os espaços do ● Apresentar diversas datas comemorativas brasileiras e algumas da
Humano. cotidiano da cidade e Língua Inglesa;
● Alimentação e estado onde vive. ● Geography games – Brazil:
Corpo Saudável ● Valorizar a importância http://www.geography-map-games.com/geography-games-Cities-of-
● Reciclagem. do ar, da água e da terra Brazil -_pageid316.html
Verbos no do ambiente em que ● Life Sciences: Animals:
Imperativo. vive. http://www.factmonster.com/homework/science-life.html#SCI-LS-
● Conscientizar-se sobre a ANIM ALS-ZOOLOGY
preservação da fauna e ● Plants: http://www.factmonster.com/homework/science-
da flora. life.html#SCI-LS-PLAN TS-BOTANY
● Reconhecer as partes do ● Space:
corpo humano, http://www.factmonster.com/homework/science-
relacionando o tema technology.html#SCI- ST-SPACE
com a importância de ● Pesquisa e criação de cartazes sobre a poluição do meio ambiente;
uma vida saudável. ● Jogo da memória online sobre os animais:
http://englishflashgames.blogspot.com.br/2008/06/animals-memory-g
ame.html
● Song: “Head, Shoulders, Knees and Toes”.
● Jack Johnson’s song The 3 R’s:
● https://www.youtube.com/watch?v=U6IbRSRe8MQ
● Lyrics The 3 R’s song:
● https://www.vagalume.com.br/jack-johnson/the-3-rs-traducao-2.html
● Jogo online sobre reciclagem:
http://www.primarygames.com/holidays/earth_day/games/recycle/
● Monica’s Gang Episode: “Chuck Billy In: The Thirsty Jaguar
https://youtu.be/921RKkMY9A4
267

2º CICLO
LÍNGUA INGLESA
5º ANO
Objetivos de
Núcleos
Objetos de Conhecimento Aprendizagem e Propostas Metodológicas
Temáticos
Desenvolvimento

● Informação Pessoal/ ● Reconhecer a Língua ● Gêneros discursivos sugeridos: biografias, perfis de Facebook, fotos,
Perfil (name, last name, Inglesa como parte contos, narrativas curtas com diálogos, histórias em quadrinhos,
full name, genre, date of integrante do nosso dia a filmes, músicas, desenhos animados, programas de tv, propagandas
birthday, age, countries, dia. (incluindo as nacionais que usam expressões em inglês).
nationalities, and ● Refletir sobre formas de ● Criação de uma personagem pela turma, descrevendo a sua
occupations). se manifestar. aparência e as suas preferências (sugestão: jogo The Sims).
● Coisas Preferidas ● Ouvir, falar e ● Name: Meanings, Origins and Popularity:
Identidade e (color, food, singer, desenvolver pequenos http://www.factmonster.com/spot/names.html
Interculturalidade actor, kind of music, TV textos. ● Face maker game online:
shows, likes and ● Reconhecer-se, socializar- http://englishflashgames.blogspot.com.br/2011/08/face-maker-gam
dislikes). se, respeitar as diferenças e.html
● Descrever aparência e valores humanos. ● Jogos online sobre roupas:
física (skin color, body – ● Interessar-se por ouvir e https://learnenglishkids.britishcouncil.org/en/category/topics/cloth
thin x overweight and respeitar a manifestação es http://123listening.com (diversos) http://mes-english.com
weak x strong, hair de experiências e (flashcards).
style, hair length, hair emoções do outro. ● Elaboração de um perfil no Facebook (ou impresso) para a
color and eyes color). ● Perceber os diferentes personagem da turma.
● Tipos/ Peças de Roupa. enunciados linguísticos ● Biografias de mulheres importantes:
● Emoções (Adjetivos). que permeiam a nossa http://www.factmonster.com/spot/womenhistbios.html
● Habilidades (can). sociedade, sabendo ● Biografias de pessoas importantes:
desvelar os seus valores e http://www.factmonster.com/ipka/A0855207.html
ideologias. ● Produção de uma biografia: cada aluno irá escolher um aluno para
entrevistar para então escrever uma biografia sobre ele.

● Verbo to be. ● Saber reconhecer e ● Gêneros discursivos sugeridos: músicas, jogos, histórias em
● Tempos verbais: Simple utilizar os gêneros quadrinhos, contos, operações matemáticas, problemas matemáticos,
Present, Simple Past (- discursivos mais cédulas, moedas, músicas; nursery rhymes; parlendas.
268

ed), Future (Will). relevantes socialmente. ● Pesquisar e confeccionar cartazes sobre os países falantes da Língua
● Imperativo. ● Compreender o Inglesa.
● Preposições de Lugares significado dos números ● Prepositions online game:
Linguagem e (in, on, at, by, under, e sua importância no http://englishflashgames.blogspot.com.br/2008/06/prepositions-ofp
Tecnologia behind, next to, across cotidiano. lace-game.html
from and in front of). ● Música para trabalhar com verbos no Passado: Paradise by Coldplay
● Pronomes (Subject https://www.vagalume.com.br/coldplay/paradise.html
and Object ● Montar jogos diversos:
pronouns). https://www.discoveryeducation.com/freepuzzlemaker/
● Modal Verbs (may, can, ● Falar Happy New Year! Ao redor do mundo:
can’t, must, musn’t, http://www.factmonster.com/ipka/A0923039.html
should and shouldn’t). ● Jogo online sobre operações matemáticas e escrita dos números por
● There to be (Present, extenso:
Past and Future). http://englishflashgames.blogspot.com.br/2011/09/numbers-game.
● Pronomes html
Demonstrativos. ● Desenvolvimento de uma história em quadrinhos sobre o passado, o
● Números / presente e as previsões do futuro do aluno.
Operações ● Money: Coins, currency, budgets, Money around the world, the
Matemáticas. stock market: http://www.factmonster.com/ipka/A0801192.html
● Dinheiro. ● Terms Used in Equations:
● Formas. http://www.factmonster.com/ipka/A0881931.html
● Apresentar diversas datas comemorativas brasileiras e algumas da
Língua Inglesa.
● Holidays: http://www.factmonster.com/ipka/A0882306.html
269

● Esportes. ● Localizar-se ● Gêneros discursivos sugeridos: Flashcards, cartões postais, Scale


● Lugares. geograficamente no Brasil models, mapas, planos de viagem, notícias, artigos, e-mail, filmes,
● Escola (partes e objetos). e no mundo. desenhos animados, relatório diário, calendário, receitas,
● Países, Línguas e ● Compreender a propagandas, revistas, encartes de lojas, pirâmide de alimentos,
Nacionalidades. pluralidade cultural dos mapas, conversas sobre o meio ambiente, cartazes de protesto e
● Lugares (Lugares países e do mundo. posters sobre o meio ambiente (the water, animals, plants), filmes,
Conhecimento Famosos da nossa ● Observar os espaços desenhos animados e trabalho de campo (Sugestão: Casa da
científico, cidade, estado e país e de do cotidiano da cidade Descoberta, UFF; Museu do Amanhã; Consulado dos EUA etc.).
Ambiente e países falantes de e do estado onde vive. ● Chicken Little (sports): https://www.youtube.com/watch?v=gaz6f-
Qualidade de Inglês). ● Conhecer, entender e I1Hag
Vida ● How do I get there? valorizar o meio ambiente ● World Geography games: http://world-geography-games.com/
Giving directions. e a vida coletiva em ● Países e nacionalidades:
● Meios de Comunicação. sociedade. https://www.youtube.com/watch?annotationid=annotation_735677
● Feriados/ Festivais. ● Aprender sobre os 919&feature=iv&src_vid=Z6cvRmyEUKc&v=jdedFee84yI
● Principais Biomas aspectos geográficos e ● Quiz sobre nacionalidades e línguas: http://a4esl.org/q/h/9801/cg-
do Mundo. culturais de alguns países nationalities.html
● Animais e Plantas. falantes da Língua ● Confeccionar mapas e/ou maquetes e trabalhar com orientações
● Partes do Corpo. Inglesa. espaciais.
● Comida saudável e ● Observar e estudar ● Giving directions activities:
Corpo/ Saúde. diferentes ambientes http://www.teachthis.com/resources/activities/prepositions-movem
● Reciclar (Os 3 R’s). e fenômenos ent-directions
● Água (A importância naturais. ● Geography – Just for Fun:
da Água: Water ● Valorizar a importância http://www.factmonster.com/homework/geographystudy.html#GE
Day). da água e do ambiente em O
● A Poluição do Planeta que vive. -STUDY-FUN
Terra. ● Debater sobre o cuidado e ● Jogo da memória online sobre os animais:
a preservação da fauna e http://englishflashgames.blogspot.com.br/2008/06/animals-memor
da flora. y-game.html
● Reconhecer as partes do ● Criação de cartazes denunciando as ameaças ao meio ambiente,
corpo humano, como o desmatamento, e a caça predatória de animais selvagens.
relacionando o tema com ● Science Projects for Beginners: What Kind of Trash Bag Breaks
a importância de uma Down Fastest? http://www.factmonster.com/cig/science-f
vida saudável. air-projects/kind-trash-bag-breaks-down-fastest.html

● Natural Disasters: earthquakes, hurricanes, volcanoes, tsunamis


270

and epidemics: Filme sobre as ações do homem no meio ambiente:


Wall-E.
Major Biomes of the World:
http://www.factmonster.com/ipka/A0769052.html
● Health and Body: nutrition, disease, illness:
http://www.factmonster.com/ipka/A0768612.html
● Pesquisa e Cartazes sobre os 3 R’s
(http://www.factmonster.com/ipka/A0775891.html)
https://oprofessorweb.wordpress.com/201 6/08/04/protest-signs/
● Science Projects for Beginners: What Kind of Trash Bag Breaks
Down Fastest? http://www.factmonster.com/cig/science-f
air-projects/kind-trash-bag-breaks-down-fastest.html
● Mais sugestões: - All About Books:
http://www.factmonster.com/ipka/A0768701.html
● Mythology: http://www.factmonster.com/ipka/A0777436.html
271

3º CICLO

LÍNGUA INGLESA
6º ANO
Objetivos de
Núcleos
Objetos de Conhecimento Aprendizagem e Propostas Metodológicas
Temáticos
Desenvolvimento

● Saudações usuais ● Reconhecer-se como uma ● Estratégias de compreensão de textos orais: músicas.
(cumprimentos, pessoa com identidade e ● Reconhecimento, na língua estrangeira, de palavras usadas no dia a
agradecimentos, uma história própria e dia do brasileiro através de pesquisa.
despedidas). como integrante de grupos ● Produção de textos curtos de apresentação pessoal com os seguintes
● Vocabulário: palavras socioculturais (família, dados: nome, idade, familiares, preferências (cor, matéria escolar,
Identidade e correspondentes a membros escola, bairro). animal de estimação).
Interculturalidade da família, cores e animais ● Reconhecer e empregar ● Construção de árvore genealógica da família, nomeando seus
domésticos. corretamente palavras e integrantes.
● Vocabulário: palavras em frases em LE que ● Planejar apresentação sobre a família, a comunidade e a escola,
LE correspondentes a indiquem a localização e compartilhando-a oralmente com o grupo.
profissões (incluindo caracterização do seu ● Produção de textos orais: ensaio de diálogos relacionados a família,
profissões que sejam do bairro e da cidade de profissões e espaço escolar.
círculo de conhecimento Niterói: endereço, tipos de ● Jigsaw Reading: grupos de alunos leem diferentes partes de um texto
dos alunos), bem como moradia, meios de e compartilham informações.
outras relacionadas à transporte, tipos de
escola, material, espaço instituição, profissões etc.
escolar e objetos. ● Reconhecer e empregar
● Artigos definidos e corretamente palavras e
indefinidos. frases em LE
● Substantivos. correspondentes ao
● Pronomes pessoais e município de Niterói e ao
adjetivos possessivos (my, seu estado: localização,
your) e demonstrativos espaços culturais (museus,
(this, that). parques, cinemas), eventos e
● Verbos: To be, no presente datas comemorativas,
simples e respostas curtas características geográficas e
(short answers). socioeconômicas.
272

● Adjetivos, no contexto ● Compreender e valorizar o


trabalhado. papel da LE no processo de
● Números cardinais (0-100) comunicação e interação
● Gêneros textuais: humana.
diálogos, entrevistas, ● Reconhecer, valorizar e
perfis, propagandas. respeitar os diferentes tipos
● Adjetivos pátrios de organização familiar.
e nacionalidades. ● Reconhecer a importância
● Alfabeto. da L.E.M. na compreensão
● Genitive case. do mundo e de outras
● Funções e usos da culturas.
língua inglesa em sala ● Ler e compreender textos
de aula (classroom com pequenos diálogos.
language). ● Empregar corretamente as
● Países que têm a saudações usuais
língua inglesa como (cumprimentos,
língua materna e/ou agradecimentos,
oficial. despedidas).
● Presença da língua ● Empregar corretamente os
inglesa no cotidiano. artigos definidos e
● Verbo there to be. indefinidos.
Vocabulário: palavras e ● Reconhecer e empregar
frases correspondentes ao corretamente os pronomes
bairro, ao município e ao pessoais, possessivos e
estado; localização, espaços demonstrativos.
culturais (museus, parques, ● Identificar os números
cinemas); lugares da cidade. cardinais em LE.
● Nomear de forma escrita e
oral, objetos e pessoas a
partir de ilustrações, fotos
sobre a família.
● Reconhecer e empregar
corretamente palavras em
LE correspondentes a
membros da família,
gêneros, idade, cores e
animais domésticos.
273

● Reconhecer e empregar
corretamente palavras em
LE correspondentes a
profissões e espaço
escolar.
● Reconhecer e empregar
os adjetivos.
● Ler e compreender
pequenos textos,
identificando suas
partes principais.
● Aplicar os conhecimentos
da língua inglesa para falar
de si e de outras pessoas,
explicitando informações
pessoais e características
relacionadas a gostos,
preferências e rotinas.

● Reconhecer, com o apoio


de palavras cognatas e
Linguagem e pistas do contexto
Tecnologia discursivo, o assunto e as
informações principais em
textos orais sobre temas
familiares.
● Construir repertório lexical
e autonomia leitora.
● Compreender textos de
maneira geral usando
estratégias de leitura
rápida, como skimming e
scanning.
● Fazer hipóteses sobre a
finalidade de um texto,
com base em sua estrutura,
274

organização textual e
pistas gráficas.
● Reconhecer e empregar
o tempo presente do
indicativo do verbo TO
BE relacionado ao tema.
● Conhecer a organização
de um dicionário bilíngue
para
● construir repertório
lexical.

● Investigar o alcance da
língua inglesa no mundo
Conhecimento como língua materna
científico, e/ou segunda língua.
Ambiente e ● Identificar e refletir sobre
Qualidade de os aspectos positivos e os
Vida problemas existentes no
seu bairro, no município de
Niterói e no estado.
● Reconhecer e valorizar os
aspectos socioculturais e
geográficos de seu bairro,
do município de Niterói e
do seu estado.
275

3º CICLO

LÍNGUA INGLESA
7º ANO
Objetivos de aprendizagem
Núcleos Objetos de
e Propostas Metodológicas
Temáticos Conhecimento
Desenvolvimento
● Verbos: to have (presente ● Reconhecer-se como uma ● Práticas investigativas: elaboração de perguntas com what,
simples, presente pessoa com identidade e where, when, who e how.
contínuo). uma história própria e como ● Produção de textos orais: ensaios de diálogos relacionados a
● Vocabulário: eventos e integrante de grupos datas, tempo, estações do ano, descrição de pessoas.
datas comemorativas. socioculturais (família, ● Produção de textos escritos sobre datas comemorativas,
● Vocabulário: palavras escola, bairro e cidade). características climáticas, estações do ano, hora, descrição
correspondentes a datas ● Compreender e valorizar o de pessoas.
Identidade e (dia, mês, ano) e papel da L.E.M. no processo
Interculturalidade referências climáticas de comunicação e interação
(estações do ano, humana.
condições do tempo etc.). ● Reconhecer a importância
● Adjetivos (descrição de da L.E.M. na compreensão
aparência). do mundo e de outras
● Números cardinais (101- culturas.
1000) e ordinais. ● Reconhecer e respeitar
● Pronomes interrogativos. diferenças físicas e de
● Gêneros textuais: perfil, personalidades entre
propaganda, pessoas.
correspondência. ● Ler e compreender pequenos
● Verbo can textos, identificando suas
Verbos de ação: eat, partes principais.
dance, run, play, work, ● Reconhecer e empregar
walk, swim, study, speak, tempos/aspectos/modos
jump etc. verbais relacionados ao
● Horas. tema.
● Preposições de tempo (in, ● Identificar os números
at, on). ordinais em LE
Vocabulários: vestuário, ● Identificar e empregar
tipos de habitação, corretamente a forma escrita
276

cômodos, mobiliário, de correspondência postal e


rotina diária, atividades digital.
de lazer e esportes. ● Trabalhar textos utilizando
● Dias da semana, meses as formas gramaticais
e estações do ano. adequadas
● Pronomes ● Desenvolver estratégias de
interrogativos: what, compreensão de textos
where, how, when, who. orais: conhecimentos
● Presente simples e prévios (músicas e filmes).
contínuo. ● Compreender textos de
● Advérbios de modo e maneira geral e específica
frequência. usando estratégias de leitura
rápida, como skimming e
scanning.
● Construir o sentido global
do texto.
● Leitura de textos
digitais para estudo.
● Interagir em situações de
intercâmbio oral para
realizar as atividades em
sala de aula de forma
respeitosa e colaborativa,
trocando ideias e engajando-
se em brincadeiras e jogos.
277

● ● Mobilizar conhecimentos
prévios para compreender
texto oral.
● Identificar o contexto, a
finalidade, o assunto e os
interlocutores em textos
orais presentes no cinema,
na internet, na televisão,
entre outros.
● Antecipar o sentido global
de textos em língua inglesa
por inferências, observando
títulos, primeiras e últimas
frases de parágrafos e
palavras-chave repetidas.
● Identificar informações-
chave de partes de um texto
em língua inglesa
(parágrafos).
● Relacionar as partes de um
texto (parágrafos) para
construir seu sentido global.
Selecionar, em um texto, a
informação desejada como
objetivo de leitura.
278

● Escolher, em ambientes
virtuais, textos em língua
inglesa, de fontes
confiáveis, para estudo e
Linguagem e pesquisas escolares.
Tecnologia
● Explorar o caráter
polissêmico de palavras
de acordo com o
contexto de uso.
● Empregar, de forma
inteligível, o verbo
modal can para
descrever habilidades
no presente.
● Utilizar o presente de
indicativo para
descrever rotinas
diárias.
● Utilizar o presente
contínuo para descrever
ações em progresso.
● Construção de repertório
lexical.

Conhecimento ● Analisar o alcance da


científico, língua inglesa e seus
Ambiente e contextos de uso no mundo
Qualidade de conectado.
Vida ● Identificar e empregar
corretamente a forma
escrita das datas (dia, mês e
ano) e referências
climáticas (estações do ano,
condições do tempo etc.).
● Reconhecer e empregar
279

corretamente referências de
tempo e lugar.
● Reconhecer a língua
inglesa como língua global
na sociedade
contemporânea.

4º CICLO
LÍNGUA INGLESA
8º ANO
Objetivos de
Núcleos Objetos de
Aprendizagem e Propostas Metodológicas
Temáticos Conhecimento
Desenvolvimento

● Vocabulário: palavras e ● Compreender, refletir e ● Gêneros textuais sugeridos: reportagem, artigo, receita,
frases que demonstrem valorizar a diversidade anúncio, guia turístico.
a diversidade cultural cultural existente no seu ● Apreciação e composição de letras de músicas.
Identidade e existente no nosso país país. ● Produção de textos escritos como elaboração de trabalhos.
Interculturalidade (alimentação, ● Compreender o papel da ● Produzir textos diversos sobre fatos, acontecimentos e
localização das língua como um dos personalidades do passado (linha do tempo, biografia, verbete
regiões/estados, clima, aspectos formadores da de enciclopédia, blogs, entre outros).
aspectos geográficos, cultura.
vestuário, natureza, ● Compreender e analisar as
meio ambiente, meios diferentes visões existentes
de transporte, etc.). sobre o Brasil no contexto
● Expressões do cotidiano mundial. Identificar e
(apresentar-se, refletir sobre a diversidade
agradecer, pedir licença, cultural existente entre
desculpas etc.). países da mesma língua.
● Plural de substantivos. ● Compreender a existência
● Some/any/no. de variantes linguísticas e
● Verbos para indicar de visões de mundo,
futuro: will, going to. determinadas por aspectos
280

● Quantificadores: how socioculturais.


much, how many. ● Reconhecer que o
● Passado simples e aprendizado de LE
contínuo. possibilita um maior
● Pronomes dos casos entendimento de outros
reto e oblíquo. povos e culturas.
● Substantivos ● Reconhecer que o
contáveis e aprendizado de outras
incontáveis. culturas possibilita uma
● Plural irregular e maior compreensão do
regular de mundo em que vive.
substantivos. ● Ler e compreender pequenos
textos, identificando suas
partes principais.
● Produzir pequenos textos.
● Reconhecer e empregar
tempos/aspectos/modos
verbais relacionados ao tema.
● Trabalhar (ler e produzir)
textos utilizando as formas
gramaticais adequadas
● Identificar informações
contidas nos textos,
distinguindo ideias
principais de secundárias e
articulando informações
textuais e conhecimentos
prévios.
● Analisar e discutir
criticamente as informações
veiculadas nos textos
selecionados.
● Reconhecer e empregar
corretamente palavras e
frases em LE que
demonstrem a diversidade
281

cultural existente no nosso


país (alimentação,
localização das
regiões/estados, clima,
aspectos geográficos,
vestuário etc.).
● Reconhecer e empregar
tempos/aspectos/modos
verbais relacionados ao
tema.
● Reconhecer e empregar
regras de comparação.
● Utilizar expressões da LE
em situações cotidianas
(apresentar-se, agradecer,
pedir licença, desculpas
etc.).
● Reconhecer e empregar
corretamente palavras em
LE correspondentes aos
nomes de países,
nacionalidades, datas
comemorativas, hábitos e
costumes culturais
(alimentação, vestuário,
música etc.).
● Inferir o sentido de frases
ou expressões relacionadas
aos países pesquisados.
● Reflexão pós-leitura.
● Apreciar textos narrativos
em língua inglesa (contos,
romances, entre outros,
em versão original ou
simplificada), como forma
de valorizar o patrimônio
282

cultural produzido em
língua inglesa).
● Impacto de aspectos
culturais na
comunicação.

● Reconhecer e valorizar os
aspectos socioculturais e
geográficos de seu país.
● Usar recursos linguísticos e
paralinguísticos no
intercâmbio oral.
Construir sentidos por
Linguagem e meio de inferências e
Tecnologias reconhecimento de
implícitos.
● Analisar criticamente o
conteúdo de textos,
comparando diferentes
perspectivas apresentadas
sobre um mesmo assunto.
● Construção de repertório
lexical relativo a planos,
previsões e expectativas
para o futuro.
● Utilizar formas verbais do
futuro para descrever
planos e expectativas e
fazer previsões.
● Utilizar corretamente os
quantificadores some, any,
many, much.
● Construir repertório lexical
relativo a verbos regulares
283

e irregulares no passado.
● Utilizar o passado
simples e o passado
contínuo para produzir
textos orais e
escritos.

● Construir repertório
cultural por meio do
Conhecimento contato com manifestações
científico, artístico-culturais
Ambiente e vinculadas à língua inglesa
Qualidade de Vida (artes plásticas e visuais,
literatura, música, cinema,
dança, festividades, entre
outros), valorizando a
diversidade entre culturas.
284

4º CICLO

LÍNGUA INGLESA
9º ANO
Objetivos de
Núcleos
Objetos de Conhecimento Aprendizagem e Propostas Metodológicas
Temáticos
Desenvolvimento

● Vocabulário: ● Identificar e refletir sobre a ● Filmes, vídeos e músicas relacionadas ao tema da diversidade.
expressões ligadas à diversidade cultural ● Artigos relacionados ao tema da biodiversidade.
comunicação digital existente entre países da ● Produção de textos orais com autonomia.
(internet, e-mail, chat mesma língua. ● Construção de argumentação de forma escrita.
etc.). ● Compreender a existência ● Produzir textos (infográficos, fotorreportagens, campanhas
Identidade e ● Vocabulário: palavras de variantes linguísticas e publicitárias, memes, entre outros) sobre temas de interesse
Interculturalidade relacionadas ao ambiente de visões de mundo, coletivo local ou global que revelem posicionamento
(vegetais, animais, determinadas por aspectos crítico.
recursos naturais, socioculturais.
planetas, clima etc.). ● Reconhecer que o
● Verbos modais: should, aprendizado de LE
must, have to, may, possibilita um maior
might. entendimento/aproximação
● Temas transversais com outros povos e
relativos à diversidade. culturas.
● Gênero. ● Reconhecer que o
● Orientação sexual. aprendizado de outras
● Geracional. línguas/culturas possibilita
● Relações étnico-raciais. uma maior compreensão do
● Diversidade religiosa. mundo em que vive.
● Conectores (linking ● Reconhecer a utilização de
words). tecnologias da informação
● Orações condicionais como um instrumento para
(tipos 0, 1 e 2). o avanço do conhecimento
e entendimento entre as
culturas.
285

● Refletir e compreender a
importância da preservação
do meio ambiente para a
vida no/do planeta e sua
relação com as diferentes
línguas/culturas.
● Acessar informações em
outros idiomas,
posicionando-se
criticamente perante os
problemas ambientais.
● Desenvolver o respeito à
diversidade como
fundamental para a
construção da cidadania.
● Apreciar filmes, vídeos e
músicas, bem como artigos
de jornais, de revistas e da
internet relacionados ao
tema da diversidade.
● Utilizar mecanismos de
coesão na produção escrita.
● Identificar a utilização de
variantes linguísticas na
L.E.M.
● Deduzir o significado de
palavras com base no
contexto.
● Utilizar nos diálogos
expressões da
LE em situações que
evidenciem sentimentos
(amizade, amor,
fraternidade etc.) e ações
cotidianas (alimentação,
lazer, estudo, trabalho etc.).
286

● Reconhecer e empregar
corretamente palavras em
LE correspondentes
utilizadas na produção de
diálogos via internet (e-
mail, chat etc.) ou via
correspondência postal.
● Reconhecer e
empregar
tempos/aspectos/modo
s verbais relacionados
ao tema.
● Trabalhar (ler e
produzir) textos
utilizando as formas
gramaticais adequadas.
● Compreender e se fazer
compreender, tanto na
escrita quanto
oralmente.
● Extrair informações,
estabelecendo relação de
causa e consequência
entre as partes e
elementos do texto.
● Relacionar e identificar,
na análise e compreensão
do texto, informações
verbais com outros textos
e com informações de
outros recursos
suplementares
(ilustrações, fotos,
gráficos, tabelas, mapas
etc.)
● Reconhecer e empregar
corretamente palavras
287

em LE relacionadas ao
meio ambiente (vegetais,
animais, recursos naturais,
planetas, clima etc.).
● Utilizar expressões
relacionadas aos temas da
diversidade.
● Construir textos com
vocabulário relacionado
aos temas transversais.
● Reconhecer e empregar
expressões e vocabulário
relacionado ao meio
ambiente e a
biodiversidade.
● Compreensão de textos
orais, multimodais, de
cunho argumentativo.
● Recursos de argumentação.
● Reflexão pós-leitura.
● Fazer o uso da língua
inglesa para expor pontos
de vista, argumentos e
contra-argumentos,
considerando o contexto e
os recursos linguísticos
voltados para a eficácia da
comunicação.
● Compilar as ideias-chave de
textos, fazendo anotações.
● Analisar posicionamentos
defendidos e refutados em
textos orais sobre temas de
interesse social e coletivo.
● Identificar argumentos
principais, bem como
evidências e exemplos que
288

os sustentam.
● A língua inglesa e seu
papel no intercâmbio
científico, econômico e
político.
● Construções de identidades
no mundo conectado.
● Discutir a comunicação
intercultural por meio da
língua inglesa como
mecanismo de valorização
pessoal e de construção de
identidades no mundo
conectado.

● Informações em
ambientes virtuais.
● Explorar ambientes virtuais
de informação e
socialização, analisando a
qualidade e a validade das
Linguagem e informações veiculadas.
Tecnologia ● Usos de linguagem em
meio digital: “internetês”.
● Reconhecer, nos novos
gêneros digitais (blogs,
mensagens instantâneas,
tweets, entre outros), novas
formas de escrita
(abreviação de palavras,
combinação de letras e
números, pictogramas,
289

símbolos gráficos, entre


outros) na constituição das
mensagens.
● Utilizar conectores,
indicadores de adição,
condição, oposição,
contraste, conclusão e
síntese como auxiliares na
construção de
argumentação e
intencionalidade discursiva.
● Empregar, de modo
inteligível, as formas
verbais em orações
condicionais.

● Analisar a importância da
língua inglesa para o
Conhecimento desenvolvimento das
científico, ciências (produção,
Ambiente e divulgação e discussão de
Qualidade de novos conhecimentos), da
Vida economia e da política no
cenário mundial.
290

2.2 Língua Espanhola


1º CICLO
LÍNGUA ESPANHOLA
1º ANO
Objetivos de
Núcleos
Objetos de Conhecimento Aprendizagem e Propostas Metodológicas
Temáticos
Desenvolvimento

● (Auto)identificação: ● Identificar-se como parte de ● Produção de um crachá com dados básicos que identifiquem o
niño(s) e niña(s); um grupo social. aluno e que o próprio seja capaz de responder. Exemplo: nome e
● Pronomes pessoais. ● Identificar e respeitar gênero. Os alunos poderiam usar o crachá durante as aulas, para
● Nomes próprios (de as características promover a interação entre eles, além de facilitar o trabalho do
pessoa) brasileiros e individuais dos colegas professor para identificar cada aluno.
hispânicos, com ênfase de classe. ● Produção de autorretrato.
Identidade e nas diferenças de ● Refletir sobre as ações ● Atividades lúdicas que proporcionem a interação do grupo.
Interculturalidade pronúncia. básicas da interação social. ● Abordagem de personalidades hispânicas reconhecíveis no
● Os diferentes ● Valorizar a diversidade primeiro ano como: Messi, personagens do seriado Chaves,
núcleos familiares. étnico-cultural. Rebelde, Carrossel etc.
● (Re)conhecer ● Utilização de imagens, Fotografias, entre outros.
personalidades do mundo ● Algumas sugestões de vocabulário de família: madre,
hispânico. padre, hermano(s) / hermana(s), hijo(s) / hija(s) e
● Identificar-se como abuelo(s) / abuela(s).
membro de uma família. ● Discussão sobre as várias estruturas familiares no mundo através
● Reconhecer e refletir sobre da personagem Mafalda e do seriado El Chavo del Ocho.
as diversas estruturas
familiares.
291

● Diferentes linguagens. ● (Re)conhecer as diversas ● Utilização de atividades envolvendo músicas, filmes, HQs que
● A diversidade linguística linguagens existentes. evidenciem as diversidades linguísticas e culturais.
do mundo. ● Reconhecer a presença da ● Algumas sugestões de vocabulário de cores: blanco , negro,
● Contraste entre sons língua espanhola dentre o rojo, amarillo, verde, azul, naranja e violeta.
vocálicos do português e conjunto de línguas. ● Contação de história - La leyenda del arcoiris, disponível em:
Linguagem e do espanhol. ● Identificar os sons http://www.educapeques.com/cuentos-infantiles-corto s/leyendas-
Tecnologia ● Vocabulário de cores a referentes à língua para-ni nos/la-leyenda-del -arco-iris.html
partir de textos escritos e espanhola.
orais. ● (Re)conhecer e
reproduzir seus próprios
nomes na pronúncia
hispânica.
● Apresentar-se e
apresentar o colega na
língua espanhola.
● Compreender globalmente
textos não verbais, verbais
e textos orais que
expressem saudações,
apresentações e
despedidas, sendo capaz
de descrevê-los e de
informar impressões sobre
eles.
● Identificar e nomear as
cores.

● Formas geométricas ● Aprimorar a ● O professor poderá trabalhar formas, cores e noção espacial
simples (círculo, quadrado, coordenação motora e (em cima, embaixo, esquerda e direita), através do livro:
retângulo e triângulo). desenvolver o IACOCCA, Liliana & Michele. Clact... clact... clact... Editora
Conhecimento ● Numerais cardinais de 0 a raciocínio lógico. Ática: São Paulo, 2000.
científico, 10. ● Reconhecer as formas ● Contação de história – à medida que o professor vai contando a
Ambiente e ● Natureza e meio ambiente. geométricas na história Clact... clat... clact..., os alunos, tendo em mãos
Qualidade de natureza; pedacinhos de papéis coloridos, os vão dispondo numa folha
vida ● Reconhecer os branca, de acordo com os comandos dados pelo livro.
292

numerais cardinais. ● Construção de um pega-varetas a fim de trabalhar com as cores,


● Falar sobre a sua idade e os numerais e a coordenação motora.
a idade dos colegas. ● Vocabulário topográfico e meteorológico.
● Contar de 0 a 10.
● Desenvolver a noção
de espaço,
preservação e
prevenção.

1º CICLO
LÍNGUA ESPANHOLA
2º ANO
Objetivos de
Núcleos
Objetos de Conhecimento Aprendizagem e Propostas Metodológicas
Temáticos
Desenvolvimento

● Saudações, ● Compreender e interagir ● Gêneros discursivos sugeridos: flashcard, canção, lenda,


apresentações, a um comando em conto e dramatização.
despedidas e formas de espanhol. ● Trabalhar com contação de histórias, sempre que possível,
cortesia como revisão. ● Reconhecer sons representá-las. Um exemplo (El nacimiento del sol y la luna):
● O contraste entre sons semelhantes entre http://www.educapeques.com/cuentos-infantiles-cortos/
do português e do português e o leyendas-para-ninos/leyenda-mexicana-el-nacimiento-del-sol-y-la-lu
espanhol. espanhol. na.html
● Variação linguística. ● Identificar sons ● Vida e obra de Fernando Botero. Refletir sobre os padrões
● Vocabulário de corpo específicos do espanhol estéticos vigentes através das telas de Botero.
Identidade e humano a partir de que não existem em ● Algumas sugestões de vocabulário de corpo humano: brazo(s),
Interculturalidade textos escritos e orais. português. mano(s), pierna(s), pie(s), cabeza, pelo, ojo(s), oreja(s), boca e
● Presente do indicativo ● Entrar em contato com nariz. Utilizando para demonstração, imagens de olhos, nariz,
do verbo doler. outras línguas boca e orelhas recortadas de jornais e revistas e montando um
● Advérbios: mucho e poco. relacionadas ao universo novo rosto.
● Discussão sobre hispânico: quéchua, ● Contação de história - Vida e obra de Frida Kahlo. Livro
descrições físicas a partir náhuatl, guaraní, catalão, sugerido: FINK, Nadia. Frida Kahlo para meninos e meninas.
de textos escritos e orais. galego etc. Ilustrações: Pitu Saá. Projeto gráfico: Martín Azcurra. Tradução:
293

● Pronome interrogativo ● Perceber a importância Sieni Maria Campos. Florianópolis: SUR, 2015.
¿Cómo? da arte na sociedade, ● Releituras de autorretratos de Frida Kahlo.
● Presente do indicativo conhecendo sua função ● Elaboração de autorretratos.
dos verbos ser e tener. social. ● Explorar os elementos da cultura mexicana através da obra de
● (Re)conhecer a influência Frida Kahlo (Civilização Maya, Azteca, a recorrência de calacas
da obra de Frida Kahlo e (esqueletos) e calaveras (caveiras).
da cultura mexicana na ● Trabalho corporal através de canções.
sociedade brasileira. Exemplos: Pongo una mano, disponível em:
● Nomear as partes do corpo. Cabeza, hombros, rodillas y pies, disponível em:
● Expressar dor e https://www.youtube.com/watch?v=5VGTyft67eU
explicitar a intensidade. ● Releitura de telas de Frida Kahlo a partir de fotografias.
● Compreender globalmente ● Gêneros discursivos sugeridos: autorretrato, retrato, ilustrações
textos não verbais, verbais de obras de artes (telas, esculturas etc.), perfil de redes sociais,
e textos orais sobre o corpo livro paradidático, filme, flashcard, canção e dramatização.
humano, sendo capaz de ● Algumas sugestões de adjetivos para trabalhar as descrições físicas:
descrevê-los e de expressar blanco(a/s), negro(a/s), morocho(a/s), alto(a/s), bajo(a/s),
impressões sobre eles. gordo(a/s), flaco(a/s), delgado(a/s), feo(a/s), bonito(a/s), pelo
● Perceber a importância da (corto/ largo, liso/rizado, negro, castaño, rubio, pelirrojo) e ojos
arte na sociedade, (negros, castaños, verdes y azules).
(re)conhecendo sua função ● Através de La cumbia del monstruo trabalhar a expressão física e
social. corporal dos alunos, podendo também confeccionar máscaras
● Identificar-se como parte para representar a música posteriormente:
de um grupo social. https://www.youtube.com/watch?v=LaiOYURDm_8
● Compreender e valorizar a ● Gêneros discursivos sugeridos para abordar o conteúdo:
diversidade étnico-racial, ilustrações de obras de artes (telas, esculturas etc.), canções,
reconhecendo-se como ser dramatizações e flashcards.
único e com diferenças e
semelhanças.
● Reconhecer que as
diferenças étnico-culturais
que caracterizam brancos,
negros e índios não
significam que haja graus
de superioridade/
inferioridade.
● Identificar e respeitar as
294

características individuais
dos colegas de classe;
● Nomear as características
físicas.
● Perguntar e responder
sobre
as características físicas.
● Expressar sensações
físicas.
● Descrever suas
características físicas, e as
dos demais.
● Compreender globalmente
textos não verbais, verbais
e textos orais sobre as
características físicas,
sendo capaz de descrevê-
los e de expressar
impressões sobre eles.

● Reflexão sobre o estado ● Identificar-se como parte de ● Gêneros discursivos sugeridos para abordar o conteúdo: flashcard,
de ânimo e o caráter das um grupo social. canção, conto, ilustrações de obras de artes (telas, esculturas etc.) e
pessoas a partir de textos ● Compreender e valorizar a dramatização.
escritos e orais. diversidade étnico-racial, ● Algumas sugestões de adjetivos para trabalhar estados de ânimo:
● Pronome interrogativo reconhecendo-se como ser feliz / felices, contento(s) / contenta(s), alegre(s), triste(s),
¿Cómo? único e com diferenças e cansado(s) / cansada(s), aburrido(s) / aburrida(s).
● Presente do indicativo semelhanças. ● Algumas sugestões de adjetivos para trabalhar tipos de caráter:
dos verbos ser e estar. ● Identificar e respeitar as bueno(s) / buena(s), malo(s) / mala (s), despistado(s), despistada(s),
Linguagem e ● Diferentes características individuais tímido(s) / tímida(s), listo(s) / lista(s), advertido(s) / divertida(s),
Tecnologia núcleos dos colegas de classe. amable(s), egoísta(s), rebelde(s), miedoso(s) / miedosa(s),
familiares. ● Nomear, perguntar, cariñoso(s) / cariñosa(s).
● Vocabulário de família responder, expressar e ● Comparar os quadros Guernica, de Pablo Picasso e Roda Infantil, de
a partir de textos descrever as características Cândido Portinari, com o objetivo de fazer com que o aluno
escritos e orais. anímicas e de caráter; expresse as sensações e os estados físicos e anímicos das
● Vocabulário de animais ● Perguntar e responder sobre personagens que compõem a obra.
de estimação a partir de as características anímicas e ● Algumas sugestões de vocabulário de família: madre, padre,
295

textos escritos e orais. de caráter. hermano(s) / hermana(s), abuelo(s) / abuela(s), hijo(s) / hija(s),
● Pronomes ● Expressar sensações tío(s) / tía(s), primo(s), prima(s) e sobrino(s) / sobrina(s).
possessivos: mi(s) e anímicas e de caráter. ● Contação de história - Apresentar aos alunos a história em
tu(s). ● Descrever suas quadrinhos argentina Gaturro, bem como seus personagens,
Presente do indicativo características (anímicas e destacando a questão dos laços familiares:
do verbo tener. de caráter) e as dos demais. http://www.gaturro.com/personajes/
Compreender globalmente ● Gêneros discursivos sugeridos para abordar o conteúdo: flashcard,
textos não verbais, verbais e canção, álbum de família, árvore genealógica, livro paradidático,
textos orais sobre os estados história em quadrinhos e série.
de ânimo e os variados tipos ● Algumas sugestões de vocabulário de animais de estimação:
de caráter, sendo capaz de perro(s) / perra(s), gato(s) / gata(s), conejo(s) /coneja(s), pájaro,
descrevê-los e de expressar tortuga, pez e hamster.
impressões sobre eles. Contação de história - contar a história dos outros animais de
● Compreender os elementos estimação amigos de Gaturro e analisar a relação deles com o gato.
básicos que constituem a ● Lenda: http://letrasparavolar.org/el-conejo-de-la-luna/
identidade pessoal e Gêneros discursivos sugeridos para abordar o conteúdo: flashcards,
compreender bem como as canções, livros paradidáticos, ilustrações de obras de artes (telas,
relações de parentesco. esculturas etc.), conto, lenda, história em quadrinhos e rótulos.
Nomear os membros da
família.
● Pedir e dar informações
sobre a família.
● Identificar-se como
membro de uma família.
● Conhecer e refletir sobre as
diversas estruturas
familiares.
● Apresentar a própria família
e/ou a família de outras
pessoas.
● Compreender globalmente
textos não verbais, verbais e
textos orais sobre os
variados modelos de
família,
sendo capaz de descrevê-los
e de expressar impressões
296

sobre eles.
● Refletir sobre os hábitos e
costumes dos animais de
estimação, relacionando ao
estudo do meio ambiente.
● Nomear os animais de
estimação.
● Expressar as características
dos animais domésticos.
Compreender globalmente
textos não verbais, verbais e
textos orais sobre os
animais de estimação,
sendo capaz de descrevê-los
e de expressar impressões
sobre eles.

● Numerais cardinais ● Reconhecer os ● Construção de um bingo com a turma para trabalhar o vocabulário.
de11-20 e revisão de 0 – numerais cardinais. Gêneros discursivos sugeridos para abordar o conteúdo: flashcard,
10. ● Desenvolver o canção, livro paradidático, conto e encarte.
Conhecimento ● Pronomes interrogativos: raciocínio lógico.
científico, ¿Cuántos(as)? ● Informar a quantidade de
Ambiente e alunos da turma e a
Qualidade de quantidade de pessoas
vida com quem vive.
● Contar de 0 a 20.
● Compreender globalmente
textos não verbais, verbais
e textos orais que
expressem valores ou
quantidades, sendo capaz
de descrevê-los e de
informar impressões sobre
eles.
297

1º CICLO
LÍNGUA ESPANHOLA
3° ANO
Objetivos de
Núcleos
Objetivos de Conhecimento Aprendizagem e Propostas Metodológicas
Temáticos
Desenvolvimento

● Ambientes e ● Refletir sobre a existência ● Construção de um bingo com os nomes dos materiais escolares;
rotina escolares. de diferentes formatos de ● Confecção de maquete de sua escola.
● Disciplinas escolares. escolas e rotinas escolares ● Jogos orais com os objetos escolares.
● Revisão do vocabulário ao redor do mundo. ● Ordenar uma fotonovela mantendo uma sequência lógica.
de material escolar a ● Compreender textos ● Produção de uma fotonovela no ambiente escolar.
partir de textos escritos e breves, identificando suas ● Gêneros discursivos sugeridos para abordar o conteúdo: conto,
orais. partes principais. crônica, adivinha, fotonovela, dramatização e flashcard.
● Alguns pronomes ● Compreender globalmente ● Música “Parabéns pra você” em diferentes línguas e na língua alvo.
demonstrativos (este, textos não verbais, verbais https://www.youtube.com/watch?v=UQ-THvtwPuA
Identidade e esta, esto). e textos orais sobre https://www.youtube.com/watch?v=x4cz6CaXX1w
Interculturalidade ● Pronome objetos e disciplinas https://www.youtube.com/watch?v=90w2RegGf9w
interrogativo qué. escolares, sendo capaz de https://www.youtube.com/watch?v=sdQ0aQk7Ofo
● Possessivos “mi(s), descrevê-los e de ● Produção de textos narrativos orais (em língua materna) a partir de
tu(s), nuestro(s) / expressar impressões imagens de festas de aniversário em diferentes países.
nuestra(s)”. sobre ele. ● Produção de um texto coletivo oral sobre o aniversário de um
● Aniversário. ● Perguntar e informar personagem fictício.
● Verbo cumplir. sobre um objeto escolar. ● Confecção de convite de aniversário.
● Verbo ser (revisão). ● Identificar os ● Elaboração de calendário de aniversários da turma.
● Pronomes ambientes escolares. ● Confecção de cédulas de identidade.
interrogativos (cuanto, ● Informar sobre ● Gêneros discursivos sugeridos para abordar o conteúdo: relato de
cuando). suas disciplinas experiência, diário, convite, álbum de fotos, lista de compras, canção,
● Dados pessoais. escolares. documento de identidade e formulário.
● Revisão do vocabulário ● Reconhecer a existência
de brinquedos e família da canção “Parabéns pra
a partir de textos você” em diferentes
escritos e orais. línguas.
● Identificar e aprender a
canção “Parabéns pra
298

você” em espanhol.
● Reconhecer a existência de
diferentes tipos de
comemorações de
aniversário no mundo.
● Perguntar e informar datas
de aniversário.
● Informar a própria idade e
perguntar a idade de
alguém.
● Identificar informações em
convites de aniversário.
● Produzir um convite de
aniversário.
● Reconhecer e empregar os
componentes básicos da
identidade pessoal.
● Informar dados pessoais.
● Conhecer alguns
sobrenomes tipicamente
hispânicos e suas origens.
299

● Animais a partir de ● Compreender globalmente ● Dramatização de uma cena de fábula, conto e/ou lenda indígena
textos narrativos textos não verbais, verbais e latino-americana.
Linguagem e escritos e orais. textos orais sobre animais, ● Música: La granja del abuelo. Link:
Tecnologia ● Animais de estimação a sendo capaz de descrevê-los https://www.youtube.com/watch?v=n5j2u1V1dsc&list=
partir de textos e de expressar impressões PL04_iQLCxgZL5HjBXZrwNMEXm4Q0GVoWA
narrativos escritos e sobre eles. ● Jogo de mímicas.
orais (revisão). ● Nomear e caracterizar os ● Contação de história – Fábula: La liebre y La tortuga;
● Adjetivos. animais personagens dos ● Vídeo “La liebre y la tortuga”. Link:
● Cores (revisão). textos. https://www.youtube.com/watch?v=kDUKaWQm11g
● Identificar os recursos ● Contação de história: Conto guatemalteco: El caballito de siete
linguísticos utilizados para colores.
a descrição dos ● Atividade de confecção do “caballito de 7 colores” por cada aluno.
personagens. Cada aluno, com o uso de lápis de cor e giz de cera, poderá elaborar
● Reconhecer os principais sua própria versão do “caballito de siete colores”.
elementos da narrativa. ● Ordenar trechos de uma fábula ou conto de acordo com uma
● Inferir os valores morais sequência lógica.
transmitidos na ● Narrar uma história a partir da organização de uma sequência lógica
conclusão de uma de imagens.
fábula. ● Gêneros discursivos sugeridos para abordar o conteúdo: fábula,
● Informar sobre seus ● conto, lenda, canção, flashcard.
animais domésticos.
300

● Dias da semana e meses ● Localizar pessoas, objetos ● Vídeo sobre dias da semana e meses do ano:
do ano a partir de textos e fatos em relação à noção https://www.youtube.com/watch?v=3v-RsOeURAY
escritos e orais. de tempo. ● Canção sobre dias da semana:
● Advérbios e locuções ● Reconhecer noções de https://www.youtube.com/watch?v=hToVB6OyFS8
adverbiais de tempo tempo (ayer, hoy, ● Confecção de calendário com as atividades da semana.
(ayer, hoy, mañana etc). mañana etc). ● Confecção de amarelinha com os dias da semana.
● Verbos estudiar e tener. ● Compreender globalmente ● Gêneros discursivos sugeridos para abordar o conteúdo: agenda,
Conhecimento ● Numerais cardinais textos não verbais, verbais flashcard, canção e calendário.
científico, (21 – 50). e textos orais sobre dias da ● Imagens de construções do mundo hispânico (Ex.: Caminito,
Ambiente e ● Revisão dos semana e meses do ano, pátios típicos de Sevilha, Machu Pichu etc);
Qualidade de numerais cardinais sendo capaz de descrevê- ● Reprodução do filme "Camino hacia El Dorado". Direção: Eric
vida (0 – 20). los e de expressar "Bibo" Bergeron Don Paul. Produção: Bonne Radford Brooke
● Vários tipos de impressões sobre eles. Breton. DreamWorks Animation LLC, 2000. 89 min. Son,Color;
moradias. ● Narrar sua rotina de ● Imagens de diferentes tipos de moradias locais;
● Partes da casa a partir estudos e atividades ● Vídeo “Los tres cerditos y el lobo feroz”:
de textos escritos e escolares da semana. https://www.youtube.com/watch?v=ye3l1Oe86EU
orais. ● Identificar e utilizar os ● Atividade de releitura a partir do conto Três Porquinhos;
● Advérbios de lugar. números cardinais (0 – ● Música “Que bonita vecindad” (Seriado Chaves).
● Verbo ser (descrições). 50) em situações que https://www.youtube.com/watch?v=jXbpaE2tzH4;
● Verbo estar envolvem quantidades e ● Música “La casa” de Vinícius de Moraes:
(localização contagens. https://www.youtube.com/watch?v=x1-qQHj5IUo
espacial). ● Refletir sobre os ● Ilustração de suas casas.
● Verbo haber (com diversos tipos de ● Projeção da casa dos sonhos.
sentido de existir). moradia e sua relação ● Conhecer a vida e a obra de Gaudí.
com as condições ● (Re)conhecer a influência da obra de Gaudí e da cultura
socioeconômicas. espanhola na sociedade brasileira.
● Conhecer e valorizar ● Atividade de recorte e colagem com imagens do Parque Guell,
diferentes formas de de Gaudí.
organização espacial. ● Imagens comparativas das casas projetadas por Gaudí e da casa
● Reconhecer o bairro e feita por Estevão Silva da Conceição na favela de Paraisópolis.
a cidade em que vive. ● Gêneros discursivos sugeridos para abordar o conteúdo: conto,
● Nomear os tipos variados canção, flashcard, anúncio classificado.
de moradias e seus
cômodos.
● Localizar elementos da
301

casa em relação a sua


posição espacial.
● Informar características
de sua casa.
● Perceber a importância
da arte na sociedade,
conhecendo sua função
social.
302

2º CICLO

LÍNGUA ESPANHOLA
4° ANO
Objetivos de
Núcleos
Objetivos de Conhecimento Aprendizagem e Propostas Metodológicas
Temáticos
Desenvolvimento

● Comidas típicas de cada ● Identificar as comidas típicas ● Imagens de comidas típicas de cada refeição de alguns países
refeição. de cada refeição em sua hispânicos.
● Verbo gustar. região. ● Música “A mí me gustan las hamburguesas”, do grupo espanhol
● Hora. ● Conhecer as comidas típicas Los Piratas: https://www.youtube.com/watch?v=VurwQUDtAtQ
● Día de los muertos no de cada refeição em alguns ● Reprodução do filme: "Don Quixote Clássicos Infantis'.
México. países hispânicos. Adaptação de: Fivestars Films, 52 min. Son, Color.
● Dom Quixote. ● Expressar preferências e ● Confecção de uma releitura de Dom Quixote através de histórias
Identidade e
Interculturalidade gostos em relação ao em quadrinhos.
vocabulário de comidas de ● Gêneros discursivos sugeridos para abordar o conteúdo: romance
acordo com as refeições. e história em quadrinhos.
● Identificar e utilizar as horas
das refeições.
● Identificar e utilizar as horas
de outras atividades.
● Perceber a importância da
arte na sociedade,
conhecendo sua função
social.
● Conhecer vida e obra de
Salvador Dalí.
● Conhecer como se celebra o
Dia dos Mortos no México
(comidas típicas,
homenagens, costumes etc.).
● Reconhecer as comidas
típicas desse evento.
● Reconhecer outras formas
de manifestações culturais.
303

● Comparar a celebração do
dia de finados no Brasil à
celebração no México.
● (Re)conhecer um
personagem de grande
expressividade no mundo
hispânico.
● Valorizar e apreciar
manifestações de outras
culturas.
● Atividades com diferentes quadrinhos: Gaturro (Argentina),
● Elementos típicos de ● Compreender a função dos
Mafalda (Argentina), Mónica y su pandilla (Brasil), Condorito
diálogos neste gênero componentes que fazem
(Chile), La Parejita S.A. (España), Yo, Matías (Argentina) etc.
(perguntas, respostas parte do gênero HQ
● Contrastar heróis latinoamericanos e super-heróis norte-
etc.). (quadrinhos, tiras,
americanos (exemplos: Zorro versus Batman, Chapolin versus
● Marcas linguísticas e personagens, tipos de balões
Linguagem e Homem Aranha, Homem Formiga etc.).
visuais que geram os etc.).
Tecnologia ● Exibição de trechos do filme “A máscara do Zorro”.
efeitos de sentido nas ● Compreender globalmente
HQS (humorístico, ● Dramatização dos diálogos constitutivos das HQs.
textos verbais e não verbais.
● Ordenar uma HQ mantendo sua sequência lógica.
irônico). ● Ler HQs de diferentes países
● (Re)criar diálogos a partir de tirinhas não verbais.
● (Re)apresentação de (hispânicos e brasileiros
● Elaboração de HQ através do site Toondoo, no
personagens traduzidos).
laboratório de informática (esta atividade requer o uso da
característicos de tirinhas ● Compreender a espécie de
do mundo hispânico. internet): http://toondoo.com
humor subjacente a este
● Reprodução dos DVDs "Mafalda Edición Especial" Vol. 1 e 2.
● Abordagem da figura do gênero.
Adaptación de: Premium Double Feature, Argentina, 2007. 52
herói em HQs (Zorro ● (Re)conhecer a existência do
versus heróis norte- min. Son, Color.
personagem Zorro como um
americanos). herói do mundo hispânico. ● Gênero discursivo sugerido para abordar o conteúdo: história
em quadrinhos.
● Compreender as
características em torno das
figuras do herói e do super-
herói.
304

● Vocabulário de roupas ● Refletir sobre o uso de ● Imagens com vestimentas características de diferentes povos e
a partir de textos diferentes vestimentas de culturas (Ex.: quechuas, esquimós etc.).
escritos e orais. acordo com o local, ● Construção coletiva com ilustrações de uma sequência lógica
● Estações do ano. condições climáticas, sobre as estações do ano a partir do conto “Beatriz (Las
● Meses do ano (revisão). cultura. estaciones)”, de Mario Benedetti.
● Atividades de ócio. ● Reconhecer as ● Jogos de adivinhações.
características de cada ● Atividades com histórias em quadrinhos.
Conhecimento ● Vocabulário de lugares ● Gêneros discursivos sugeridos para abordar o conteúdo: relatos
estação do ano e refletir
científico, da cidade, de experiência, histórias em quadrinhos, contos e flashcards.
como certas atitudes dos
estabelecimentos
Ambiente e homens interferem nas ● Imagens de lugares da cidade de Niterói.
comerciais e meios de
Qualidade de mudanças climáticas dessas ● Ilustração com as atividades de ócio preferidas.
transporte a partir de
vida características. ● Confecção de um jogo de tabuleiro com os nomes dos lugares da
textos e orais.
● Compreender globalmente cidade.
textos não verbais, verbais e ● Vídeo com vocabulário de meios de transporte:
textos orais sobre roupas e https://www.youtube.com/watch?v=e3s9cxQL_S8
estações do ano, sendo ● Atividades com histórias em quadrinhos.
capaz de descrevê-los e de ● Gêneros discursivos sugeridos para abordar o conteúdo: relato de
expressar impressões sobre experiência, história em quadrinhos e flashcard.
eles.
● Informar sobre suas roupas.
● Articular seu conhecimento
sobre roupas com relação às
condições climáticas na
língua alvo.
● Identificar os
estabelecimentos que fazem
parte do bairro em que vive
e suas relativas funções.
● Reconhecer os diferentes
estabelecimentos comerciais
e culturais existentes no seu
bairro e na sua cidade.
Compreender globalmente
textos não verbais, verbais e
textos orais sobre lugares da
305

cidade, departamentos
comerciais e meios de
transporte, sendo capaz de
descrevê-los e de expressar
impressões sobre eles.
● Informar a existência de um
lugar e localizá-lo.
● Conhecer o léxico
contextualizado referente
aos meios de transporte
utilizados na cidade.
● Narrar atividades de ócio
em seu fim de semana.
306

2º CICLO
LÍNGUA ESPANHOLA
5° ANO
Objetivos de
Núcleos
Objetivos de Conhecimento Aprendizagem Propostas Metodológicas
Temáticos
e Desenvolvimento

● Países hispano-falantes. ● Fomentar o conhecimento ● Para trabalhar os países hispano-falantes, algumas sugestões:
● Nacionalidades. étnico-cultural dos alunos, ● La Gozadera – Gente de Zona
desenvolvendo a noção de https://www.youtube.com/watch?v=VMp55KH_3wo
alteridade, ● Tango: https://www.youtube.com/watch?v=Hkq0rctOzPU
apresentando-lhes as ● Salsa: https://www.youtube.com/watch?v=JjrohCtOw7w
diversas culturas ● Reggaeton:El Perdedor – Maluma:
hispânicas. https://www.youtube.com/watch?v=PJniSb91tvo
Identidade e ● Reconhecer os países ● Reggaeton lento – CNCO:
Interculturalidade hispânicos a partir de seus https://www.youtube.com/watch?v=7jpqqBXMyw
nomes e suas bandeiras. ● Ginza – J Balvin:
● (Re)conhecer alguns dos https://www.youtube.com/watch?v=zZjSX01P5dE
ritmos e danças ● Encantadora – Yandel:
característicos da cultura https://www.youtube.com/watch?v=F877bV0Ai3E
hispânica. ● Flamenco / Pop:
● Apreciar estilos e gêneros ● Bailando (Enrique Iglesias ft. Descemer Bueno, Gente de Zona):
musicais oriundos das https://www.youtube.com/watch?v=NUsoVlDFqZg
culturas hispânicas. ● Gêneros discursivos sugeridos para abordar o conteúdo: canção e
● Valorizar e contemplar bandeira.
manifestações de outras
culturas.
307

● Produzir quadros de acordo com a estética de Arcimboldo, com o


 Cores (revisão).  Conhecer vida e obra de uso de alimentos.
Linguagem e Giuseppe Arcimboldo ● Projeto Odeio Legumes (projeto de reeducação alimentar a partir
Tecnologia (pintor italiano que pintou das obras de Arcimboldo):
formas humanas a partir http://www.educacional.com.br/projetos/arcimboldo/giuseppe.asp
de alimentos). ● Conhecendo Arcimboldo:
http://materialartes.pbworks.com/w/page/20509443/
Conhecendo%20Giuseppe%20Arcimboldo
● Gêneros discursivos sugeridos para abordar o conteúdo:
Ilustrações de obras de artes (telas, esculturas etc.).

● Vocabulário de ● Refletir sobre hábitos ● Atividades de compreensão auditiva a partir de programas


comidas e bebidas a alimentares brasileiros culinários famosos mundialmente, tais como: Masterchef,
partir de textos escritos e hispânicos. Masterchef Júnior Colombia / Chile ou de qualquer outro país
e orais (revisão). ● Refletir sobre hispânico etc. Alguns links que servem como exemplo (mas os
● Imperativo Afirmativo alimentação saudável. professores podem / devem buscar outros vídeos que tenham mais
Conhecimento a partir de textos ● (Re)conhecer nomes relação com seus objetivos):
científico, escritos e orais. de alimentos e bebidas https://www.youtube.com/watch?v=V5DQQm_vPvk
Ambiente e ● Infinitivo (para em espanhol, a partir https://www.youtube.com/watch?v=icMiHaWuz0
Qualidade de compreensão e produção de textos orais e ● Produzir por escrito receitas culinárias típicas de países
vida de textos instrucionais). escritos. hispânicos e apresentá-las oralmente;
● Presente de indicativo ● Compreender formas de ● Leitura de encartes de supermercados brasileiros e de diferentes
dos verbos: tener, gustar enumeração de passos lugares do mundo hispânico (observação de semelhanças e
(revisão), desayunar, para solucionar situações diferenças entre hábitos culturais relativos à alimentação, ao
almorzar, cenar, e/ou executar uma consumo e aos preços dos alimentos);
merendar, lavar, pelar, tarefa. ● Pesquisa sobre a origem/história de determinados pratos
cortar, beber batir, ● Construir sentidos por e apresentá-los à turma em cartazes;
añadir (e outros verbos meio da leitura de ● Elaboração de um livro de receitas da turma;
relacionados à cozinha, textos verbais, ● Leitura e produção de receita ou manual de instrução com sentido
de maneira geral, para imagéticos e verbo- metafórico (exemplos: textos instrucionais escritos por Julio
compreensão e produção visuais.; Cortázar, tais como Instrucciones para subir una escalera,
de textos instrucionais). ● (Re)conhecer e construir Instrucciones para llorar etc.);
● Formas verbais utilizadas sentidos a partir do uso ● Preparar uma receita com os alunos durante a aula. Algumas
nas propagandas e do imperativo, infinitivo sugestões de receitas que não precisam ir ao fogo: Guacamole:
308

publicidades turísticas e presente do indicativo https://www.youtube.com/watch?v=fDzddaNZh5I


(imperativo e infinitivo, em textos instrucionais. ● Sanduíches de atum:
predição, necessidade e ● Ler textos escritos e https://www.youtube.com/watch?v=cre_59K_tZI
possibilidade, orais sobre o Turismo ● Gêneros discursivos sugeridos para abordar o conteúdo: receita,
condicional) e os efeitos em Niterói e nos países manual de instruções, pirâmide nutricional, blog culinário,
de sentido produzidos por hispanos. programa de culinária, menu / cardápio, encarte (de mercados) e
elas. ● Refletir sobre construção tutorial;
● Verbos gustar/encantar. e desconstrução de ● Organizar panfleto bilíngue para promover turisticamente a
● Vocabulário de roupas e estereótipos culturais nos cidade de Niterói, observando os recursos usados como propósito
acessórios a partir de gêneros relacionados ao comunicativo;
textos escritos e orais Turismo. ● Produzir e apresentar uma versão oral de uma campanha turística
(revisão). ● Compreender as a ser veiculada no rádio, TV etc., cujo objetivo seja a promoção
● Vocabulário de diferentes estratégias de da cidade de Niterói;
profissões a partir de argumentação em ● Exibição de propagandas turísticas brasileiras e hispânicas e
textos escritos e orais. textos turísticos. refletir sobre a (des)construção de estereótipos. Exemplos:
● Vocabulário sobre ● Compreender as Marca Peru: https://www.youtube.com/watch?v=8joXlwKMkrk
esportes a partir de textos diferentes formas verbais ● Colômbia: https://www.youtube.com/watch?v=8kUUDWOqmI
escritos e orais., utilizadas em textos ● México: https://www.youtube.com/watch?v=x75tTK7YOxg
relacionados ao Turismo ● Brasil: https://www.youtube.com/watch?v=3zUJwikFdFI
e os sentidos construídos ● Bahia: https://www.youtube.com/watch?v=8gWfXH_v2zg
com o uso de tais ● Gêneros discursivos sugeridos para abordar o conteúdo: folheto
formas. turístico, propaganda turística (audiovisual), spot e cartaz.
● Compreender os ● Produção de uma campanha para promover o consumo consciente;
objetivos do gênero ● Leitura e dramatização do conto de Hans Christian Andersen “A
propaganda, levando-se roupa nova do rei” (El traje nuevo del emperador):
em consideração seu http://ciudadseva.com/texto/eltrajenuevodelemperador/
público-alvo. ● Sugestão de desenho que reconta a história:
● Refletir sobre o https://www.youtube.com/watch?v=Tl0_BiUR94
consumismo. ● Gêneros discursivos sugeridos para abordar o conteúdo:
● Refletir sobre o caráter publicidade, revista de Moda / Catálogo de moda e etiqueta.
persuasivo da ● Produção escrita de anúncios de empregos.
linguagem publicitária. ● Jogos orais para trabalhar as profissões.
● Empregar mecanismos ● Vídeo para jogo de adivinhação:
discursivos de acordo https://www.youtube.com/watch?v=L4QQJEmDHcE
com os objetivos do ● Gênero discursivo sugerido para abordar o conteúdo: anúncio
gênero publicidade. de emprego (classificado).
● Alguns sites nos quais podem ser encontrados textos escritos e orais
309

● Refletir sobre padrões de sobre esportes:


beleza e sobre http://espndeportes.espn.com/ http://deportes.elpais.com/
representações http://www.sport.es/es/ http://www.foxdeportes.com/
étnico-raciais e de gênero ● Explorar as regras de jogos (em articulação com o professor
nas publicidades. de Educação Física): futebol, basquete, vôlei, handebol etc.
● Conhecer as profissões, a ● Produção de pictogramas de modalidades esportivas.
partir de textos escritos e ● Gêneros discursivos sugeridos para abordar o conteúdo: entrevista,
orais. pictograma de modalidades esportivas, regra de jogo (de diferentes
● Refletir sobre as funções modalidades esportivas).
de algumas profissões na ● Organizar panfleto bilíngue para promover turisticamente a cidade
sociedade. de Niterói, observando os recursos usados como propósito
● (Re)conhecer diferentes comunicativo.
esportes olímpicos e ● Alguns sites nos quais podem ser encontrados textos escritos e orais
paralímpicos, a partir de sobre esportes:
textos escritos e orais; http://espndeportes.espn.com/ http://deportes.elpais.com/
● Refletir sobre o http://www.sport.es/es/ http://www.foxdeportes.com/
paralimpismo e sua ● Explorar as regras de jogos (em articulação com o professor de
importância para uma Educação Física): futebol, basquete, vôlei, handebol etc.
sociedade mais acessível e ● Produção de pictogramas de modalidades esportivas.
inclusiva. Gêneros discursivos sugeridos para abordar o conteúdo: entrevista,
pictograma de modalidades esportivas, regra de jogo (de diferentes
modalidades esportivas).
310

3º CICLO

LÍNGUA ESPANHOLA

6º ANO
Objetivos de
Núcleos
Objetos de Conhecimento Aprendizagem e Propostas Metodológicas
Temáticos
Desenvolvimento

● Saudações Usuais ● Interagir em situações de ● Gêneros discursivos sugeridos: biografia/autobiografia, perfil de rede
(cumprimentos, intercâmbio oral, social, bilhete, mensagens instantâneas, histórias em quadrinhos,
agradecimentos, demonstrando iniciativa notícias, músicas.
despedidas) / Tratamento para utilizar a língua ● Leitura de perfis de redes sociais, biografias e histórias em quadrinhos
formal e informal espanhola. em espanhol.
(revisão). ● Coletar informações do ● Entrevista a um colega ou professor para escrever uma pequena
● Expressões Sociais do grupo, perguntando e biografia / perfil de rede social em espanhol.
cotidiano (apresentar- respondendo sobre a ● Escrita de mensagem instantânea para um colega ou professor.
se, agradecer, pedir família, os amigos, a ● Pesquisa com os alunos sobre a cultura e personalidades de cinco
Identidade e licença, desculpas escola e a comunidade. países que possuem o espanhol como idioma oficial / Apresentação de
interculturalidade etc.). ● Solicitar esclarecimentos seminários.
● Países e nacionalidades. em língua espanhola ● Utilização de um mapa-múndi para localização dos países de língua
● Cultura, datas sobre o que não entendeu espanhola trabalhados.
comemorativas e e o significado de ● Audição e interpretação de músicas de cantores nascidos nos países
personalidades dos palavras ou expressões trabalhados na atividade anterior.
seguintes países desconhecidas. ● Documentários / filmes sobre os países estudados.
(sugestão): México, ● Reconhecer, com o apoio ● Sugestão de documentário (Globo Repórter - Equador):
Honduras, República de palavras cognatas e https://www.youtube.com/watch?v=qU8F69ESirs
Dominicana, Equador, pistas do contexto ● Utilização de um mapa-múndi para localização dos países de língua
Paraguai. discursivo, o assunto e as espanhola trabalhados.
informações principais ● Audição e interpretação de músicas de cantores nascidos nos países
em textos orais sobre trabalhados na atividade anterior.
temas familiares. ● Documentários / filmes sobre os países estudados.
● Aplicar os conhecimentos ● Sugestão de documentário (Globo Repórter - Equador):
de língua espanhola para https://www.youtube.com/watch?v=qU8F69ESirs
falar de si e de outras
pessoas, explicitando
311

informações pessoais e
características relacionadas
a gostos, preferências e
rotinas.
● Planejar apresentação sobre
a família, a comunidade e a
escola, compartilhando-a
oralmente com o grupo.
● Reconhecer semelhanças e
diferenças na pronúncia de
palavras da língua
espanhola e da língua
materna e/ou outras
línguas conhecidas.
● Construir repertório
relativo às expressões
usadas para o convívio
social e o uso da língua
espanhola em sala de aula.
● Construir repertório lexical
relativo a temas familiares
(escola, família, rotina
diária, atividades de lazer,
esportes, entre outros).

● Alfabeto de A a Z ● Formular hipóteses sobre ● Trabalho com gêneros discursivos sugeridos: biografias,
(revisão). a finalidade de um texto fábulas, histórias em quadrinhos.
● Pronomes Pessoais. em língua espanhola, ● Leitura de histórias em quadrinhos, notícias e exercícios
● Pronomes Interrogativos. com base em sua de compreensão textual escrita.
● Verbos regulares / estrutura, organização Caça-palavras (pronomes pessoais, interrogativos, verbos regulares,
irregulares: Presente do textual e pistas gráficas. numerais cardinais).
Indicativo; ● Identificar o assunto de
REFERENCIAL – Verbos um texto, reconhecendo
ser/tener/vivir/llamar/estar sua organização textual e
/ir/dar/venir/seguir/cerrar. palavras cognatas.
312

● Verbos Regulares: ● Localizar informações


Presente do Indicativo. específicas em um texto.
● Numerais Cardinais. ● Conhecer a organização de
Linguagem e ● Artigos Definidos, um dicionário bilíngue
Tecnologia Indefinidos e Formas de (impresso e/ou on-line)
Contração. para construir repertório
● Hipóteses sobre a lexical.
finalidade de um texto. Explorar ambientes virtuais
● Compreensão geral e e/ou aplicativos para
específica: leitura rápida construir repertório
(skimming, scanning) / lexical na língua
partilha de leitura com espanhola.
mediação do professor. ● Interessar-se sobre o texto
lido, compartilhando suas
ideias sobre o que o texto
informa.
● Construir repertório relativo
às expressões usadas para
o convívio social e o uso
da língua espanhola em
sala de aula.
● Construir repertório lexical
relativo a temas
familiares (escola,
família, rotina diária,
atividades de lazer,
esportes, entre outros).
● Reconhecer semelhanças e
diferenças na pronúncia
de palavras da língua
espanhola e da língua
materna e/ou outras
línguas conhecidas.
● Reconhecer o gênero
discursivo bem como
melhorar a compreensão
textual.
313

● Dias da semana e meses do ● Identificar e empregar ● Entrevistar um colega ou professor para escrever uma pequena
ano (revisão). corretamente a forma biografia e/ou pesquisar e escrever um pequeno texto sobre a vida de
● Referências climáticas: escrita das datas (dia, mês e alguém que tenha o espanhol como língua materna.
Conhecimento estações do ano (revisão), ano) e referências
Científico, condições do tempo. climáticas (estações do ano,
Ambiente e ● Hábitos e costumes. condições do tempo etc.).
Qualidade de ● Alimentação. ● Listar ideias para a
Vida Vestuário/cores (revisão). produção de textos,
● Tipos de Moradia. levando em conta o tema e
● Espaços Culturais. o assunto.
● Tipos de Instituição. ● Organizar ideias,
● Planejamento do texto: selecionando-as em função
organização de ideias / da estrutura e do objetivo
produção de textos do texto.
escritos, formatos ● Produzir textos escritos em
diversos, com a mediação língua espanhola (histórias
do professor. em quadrinhos, cartazes,
chats, blogues, agendas,
fotolegendas, entre outros),
sobre si mesmo, sua
família, seus amigos,
gostos, preferências e
rotinas, sua comunidade e
seu contexto.
314

3º CICLO

LÍNGUA ESPANHOLA

7º ANO
Objetivos de
Núcleos
Objetos de Conhecimento Aprendizagem e Propostas Metodológicas
Temáticos
Desenvolvimento

● Características ● Reconhecer-se como ● Gêneros discursivos sugeridos: e-mail, receitas, histórias


físicas / uma pessoa com em quadrinhos, notícias, músicas.
psicológicas. identidade e uma história ● Exercício de descrição física e psicológica de si mesmo e dos colegas.
● Cultura Datas própria e como ● Pesquisa com os alunos sobre a cultura e personalidades de cinco
comemorativas e integrante de grupos países que possuem o espanhol como idioma oficial /
personalidades socioculturais (família, Apresentação de seminários.
(sugestão: escola, bairro e cidade). ● Utilização de um mapa-múndi para localização dos países de
Argentina, ● Identificar e refletir sobre língua espanhola trabalhados.
Identidade e Venezuela, Guiné os aspectos positivos e os ● Audição e interpretação de músicas de cantores nascidos nos
Interculturalidade Equatorial, Costa problemas existentes no países trabalhados na atividade anterior.
Rica, Chile). seu bairro, no município ● Documentários / filmes sobre os países estudados.
● Verbos ser / tener / de Niterói e no estado. ● Identificação e grafia de palavras escritas em Língua Espanhola
vivir / llamar / estar / ir ● Compreender e valorizar existentes nas ruas do bairro e da cidade (placas, letreiros,
/ dar / venir / seguir o papel da L.E.M. no pichações etc.);
/cerrar; (revisão). processo de comunicação ● Pesquisa de significado, reconhecimento da forma correta de escrita
● Vocabulário: palavras e e interação humana. e pronúncia das palavras encontradas.
frases correspondentes ao ● Reconhecer e valorizar ● Reconhecimento das principais datas e eventos culturais do
município de Niterói e ao os aspectos município de Niterói.
seu estado: localização, socioculturais e ● Pintura, desenho, recorte e colagem.
espaços culturais geográficos de seu ● Confecção de cartão e/ou e-mail convidando um amigo para
(museus, parques, bairro, do município de um evento cultural de sua cidade.
cinemas), eventos e datas Niterói e do seu estado. ● Pesquisa em textos de jornais, revistas ou páginas da internet
comemorativas, ● Reconhecer a em Língua Espanhola.
características importância da L.E.M. ● Notícias sobre seu município e Estado.
geográficas e na compreensão do
socioeconômicas. mundo e de outras
● Vocabulário: palavras culturas.
315

correspondentes a datas ● Ler e compreender


(dia, mês, ano) e pequenos textos,
referências climáticas identificando suas partes
(estações do ano, principais.
condições do tempo etc.), ● Reconhecer e empregar
disciplinas escolares e corretamente palavras e
filmes. frases em L.E.M. que
● Preposições: a, em, de. indiquem a localização e
● Substantivos. caracterização do seu
● Adjetivos possessivos: mi, bairro e da cidade de
mis, tu, tus, su. Niterói: endereço, tipos de
● Números cardinais de 31 a moradia, meios de
100. transporte, tipos de
● Números ordinais 1º ao instituição, profissões etc.
10º. ● Reconhecer e empregar
Correspondências. tempos/aspectos/modos
● Gênero, número e grau de verbais relacionados ao
substantivos e adjetivos. tema.
● Artigos indeterminados. ● Identificar os números
● Mucho / poco. ordinais em Língua
● Advérbios e locuções Espanhola.
adverbiais espacial e ● Reconhecer e empregar
temporal. corretamente palavras e
● Preposições de tempo: frases em Língua
por/de. Espanhola correspondentes
● Pontuação básica ao município de Niterói e
(exclamação, interrogação ao seu estado: localização,
e ponto final). espaços culturais (museus,
parques, cinemas), eventos
e datas comemorativas,
características geográficas
e socioeconômicas.
● Identificar e empregar
corretamente a forma
escrita de correspondência
postal e digital.
316

 Trabalhar textos
utilizando as formas
gramaticais adequadas.

● Gênero, número e grau dos


adjetivos.
● Possessivos.
● Perífrase: estar +
Linguagem e gerúndio.
Tecnologia ● Numerais ordinais.
Tener + que + infinitivo.
● Verbos irregulars: presente
do indicativo.
● Demonstrativos.
● Preposições / advérbios de
lugar.

● Hábitos e costumes.
Conhecimento ● Alimentação.
científico, ● Vestuário/cores (revisão).
Ambiente e ● Tipos de organização
Qualidade de familiar.
vida ● Tipos de Moradia.
● Espaços Culturais.
● Tipos de Instituição.
317

4º CICLO

LÍNGUA ESPANHOLA

8º ANO
Objetivos de
Núcleos
Objetos de Conhecimento Aprendizagem e Propostas Metodológicas
Temáticos
Desenvolvimento

● Adjetivos ● Compreender, refletir e ● Pesquisas com letras de músicas com versão em Língua Espanhola
pátrios e valorizar a cultura que falem do seu país, identificando seus diferentes temas,
nacionalidades. existente no seu país. procurando perceber sons e diferenças de pronúncias.
● Países hispânicos. ● Compreender o papel da ● Seleção e produção de textos com diferentes gêneros textuais
● Vocabulário: palavras e língua como um dos escritos em Língua Espanhola (reportagens, artigos, anúncios, guias
frases que demonstrem a aspectos formadores da turísticos etc.), que contenham informações sobre o seu país.
diversidade cultural cultura. ● Pesquisa com os alunos sobre a cultura e personalidades de cinco
existente no nosso país ● Reconhecer e valorizar países que possuem o espanhol como idioma oficial /
(alimentação, localização os aspectos Apresentação de seminários.
Identidade e das regiões/estados, socioculturais e ● Utilização de um mapa-múndi para localização dos países de língua
Interculturalidade clima, aspectos geográficos de seu país. espanhola trabalhados.
geográficos, vestuário ● Compreender e analisar ● Audição e interpretação de músicas de cantores nascidos nos
etc.). as diferentes visões países trabalhados na atividade anterior.
● Expressões do cotidiano existentes sobre o Brasil ● Documentários / filmes sobre os países estudados.
(apresentar-se, no contexto mundial. ● Pesquisa (livros, revistas, Internet, filmes etc.) dos países que
agradecer, pedir licença, ● Identificar e refletir sobre têm como idioma pátrio a Língua Espanhola, procurando
desculpas etc.). a diversidade cultural conhecer/destacar alguns aspectos da cultura local.
● Vocabulário: palavras existente entre países da ● Identificação e localização em mapas dos países que fazem uso
correspondentes aos mesma língua. da Língua Espanhola.
nomes de países, ● Compreender a
nacionalidades, datas existência de variantes
comemorativas, hábitos linguísticas e de visões
e costumes culturais de mundo, determinadas
(alimentação, vestuário, por aspectos
música). socioculturais.
● Palavras relativas a ● Reconhecer que o
ações habituais, rotina aprendizado de L.E.M.
318

escolar, hora. possibilita um maior


● Verbos Reflexivos entendimento de outros
(acostarse, povos e culturas, assim
despertarse, como uma maior
levantarse, lavarse, compreensão do mundo
ducharse, cepillarse, em que se vive.
peinarse, afeitarse, ● Reconhecer e empregar
vestirse). corretamente palavras e
● Usos de muy e frases em Língua
mucho. Espanhola que
demonstrem a
diversidade cultural
existente no nosso país
(alimentação,
localização das
regiões/estados, clima,
aspectos geográficos,
vestuário etc.).
● Utilizar expressões da
Língua Espanhola em
situações cotidianas
(apresentar-se,
agradecer, pedir licença,
desculpas, etc.).
● Reconhecer e empregar
corretamente palavras
em Língua Espanhola
correspondentes aos
nomes de países,
nacionalidades, datas
comemorativas, hábitos
e costumes, culturais
(alimentação, vestuário,
música etc.).
● Inferir o sentido de frases
ou expressões
319

relacionadas aos países


pesquisados.
● Compreender o papel
da língua como um
dos aspectos
formadores do
ser humano.

● Verbos regulares / ● Compreender e valorizar o


irregulares: Pretérito papel da L.E.M. no
Imperfeito do processo de comunicação
Indicativo. e interação humana.
● Verbos Irregulares: ● Ler e compreender e
Linguagem e Pretérito Imperfeito do produzir pequenos
Tecnologia Indicativo. textos, identificando
● Advérbios e Locuções suas partes principais.
Adverbiais de Frequência. ● Identificar informações
● Verbos regulares / contidas nos textos,
irregulares: Pretérito distinguindo ideias
Indefinido do Indicativo. principais de secundárias
● Verbos Irregulares: e articular informações
Pretérito Indefinido do textuais e conhecimentos
Indicativo. prévios.
● Advérbios e Locuções ● Reconhecer e
Adverbiais de Tempo. empregar regras de
● Os Diferentes Usos dos comparação.
Pretéritos (Imperfeito x ● Analisar e discutir
Indefinido). criticamente as
● Contraposição dos informações veiculadas
tempos presentes e nos textos selecionados.
pretéritos. ● Reconhecer e empregar
● Verbos ser/ tener / vivir / corretamente palavras e
llamar / estar / hallar / frases em Língua
escribir / escuchar / Espanhola utilizando
querer. adjetivos pátrios e
● Graus dos adjetivos; nacionalidade.
320

● Números ordinais do ● Reconhecer e


20º ao 50º. empregar
Pontuação tempos/aspectos/modo
básica s verbais relacionados
(exclamação, ao tema.
interrogação e ● Trabalhar (ler e produzir)
ponto final). textos utilizando as
formas
gramaticais adequadas.

● Palavras relativas ao corpo ● Refletir sobre o ● Pesquisa e levantamento de informações sobre a questão ambiental
humano, estado de desenvolvimento em variados materiais (revistas, jornais, charges, gráficos, tabelas),
saúde, tratamentos, humano e sua publicados em diferentes países de língua espanhola.
esportes e atividades sexualidade. ● Produção de painel apresentando os resultados da pesquisa.
físicas. ● Identificar e refletir sobre Confecção de cartazes com mensagens em língua espanhola sobre a
Conhecimento ● Palavras relacionadas ao a importância dos preservação do meio ambiente.
científico, cuidados com a saúde.
meio ambiente (vegetais,
Ambiente e animais, recursos naturais, Acessar informações em
Qualidade de
clima etc. outros idiomas,
vida
● Contraposição dos tempos posicionando-se
presentes e pretéritos no criticamente perante os
contexto das mudanças problemas ambientais.
climáticas e naturais no
decorrer do tempo.
● Advérbios e locuções
adverbiais de tempo.
● Advérbios e locuções
adverbiais de frequência.
321

4º CICLO

LÍNGUA ESPANHOLA

9º ANO
Objetivos de
Núcleos
Objetos de Conhecimento Aprendizagem e Propostas Metodológicas
Temáticos
Desenvolvimento
● Pesquisa com os alunos sobre a cultura e personalidades de cinco
● Países hispânicos. ● Identificar e refletir sobre
países que possuem o espanhol como idioma oficial: apresentação
● Vocabulário: a diversidade cultural
de seminários.
expressões ligadas a existente em países de
● Utilização de um mapa-múndi para localização dos países de
comunicação digital mesma língua.
língua espanhola trabalhados.
(internet, e-mail, chat ● Compreender a
● Audição e interpretação de músicas de cantores nascidos nos
Identidade e etc.). existência de variantes
países trabalhados na atividade anterior.
Interculturalidade ● Palavras relacionadas ao linguísticas e de visões
● Documentários / filmes sobre os países estudados.
mundo artístico de mundo determinadas
● Escrita e troca de correspondência/informações via internet (e-mail,
(música, cinema e por aspectos
socioculturais. redes sociais etc.) ou via postal com amigos nos países que têm
personalidades).
como idioma a Língua Espanhola.
● Palavras relacionadas ● Reconhecer que o
● Pesquisa na internet sobre personalidades / celebridades do mundo
às profissões e aprendizado de L.E.M.
possibilita um maior hispânico.
expressões ligadas ao
entendimento / ● Pesquisa sobre os gêneros cinematográficos e os filmes de sucesso
mercado de trabalho.
aproximação de outros produzidos em países de língua espanhola premiados e/ou
povos e culturas. indicados ao Oscar.
● Reconhecer que o ● Confecção e exposição de painéis sobre o tema pesquisado.
aprendizado de outras ● Elaboração e encenação de uma entrevista de trabalho em Língua
línguas/culturas Espanhola.
possibilita uma melhor
compreensão do mundo
em que se vive.
● Reconhecer a utilização
de tecnologias de
informações como um
instrumento para o avanço
do conhecimento e do
322

entendimento entre as
culturas.
● Identificar a utilização de
variantes linguísticas na
Língua Espanhola.

● Verbos reflexivos. ● Compreender e valorizar o ● Composição de uma pequena resenha crítica sobre um filme
● Verbos pronominais: papel da L.E.M no em Língua Espanhola.
gustar / parecer / processo de comunicação ● Escrita e troca de informações via internet com amigos nos países
quedar. e interação humana. que têm como idioma oficial a Língua Espanhola.
● Discurso direto e indireto. ● Utilizar mecanismos ● Construção de um blog em Língua Espanhola para cada turma.
● Estar + gerúndio. de coesão e ● Produção de pequenos textos dissertando sobre a importância /
● Tener + que = infinitivo. coerência na influência da tecnologia no mundo contemporâneo.
Linguagem e ● Concordância produção escrita.
Tecnologia nominal e verbal. ● Deduzir o significado
● Colocação pronominal. de palavras com base
● Voz passiva. no contexto.
● Utilizar nos diálogos
expressões da Língua
Espanhola em
situações que
evidenciem
sentimentos
(amizade, lazer,
estudo, trabalho etc.)
● Reconhecer e empregar
corretamente palavras em
Língua Espanhola
correspondentes utilizadas
na produção de diálogos
via internet (e-mail, chat,
etc.) ou via
correspondência postal.
● Trabalhar (ler e produzir)
textos utilizando as
323

formas gramaticais
adequadas.
● Empregar corretamente
discurso direto e indireto
● Compreender e se fazer
compreender, tanto na
escrita quanto oralmente.
● Extrair informações,
estabelecendo relação de
causa e consequência
entre partes e elementos
do texto.
● Relacionar e identificar na
análise e compreensão do
texto, informações verbais
com outros recursos
complementares
(ilustrações, fotos,
gráficos, tabelas, mapas
etc.).
● Reconhecer e empregar
corretamente palavras em
L.E.M. relacionadas ao
meio ambiente (vegetais,
animais, recursos naturais,
planetas, clima etc.).
● Reconhecer o uso da voz
passiva e as implicações
comunicativas dessa
escolha.
● Reconhecer o processo
de formação de palavras
(prefixação, sufixação e
composição).
● Reconhecer e empregar
tempos / aspectos /
modos verbais
324

relacionados ao tema.

 Vocabulário: palavras ● Refletir e compreender a ● Pesquisa e levantamento de informações sobre a questão ambiental e
relacionadas ao meio importância da variados materiais (revistas, jornais, textos didáticos, charges,
Conhecimento ambiente (vegetais, preservação do meio gráficos, tabelas) publicados em diferentes países.
científico, animais, recursos naturais, ambiente para a vida
● Produção de painel apresentando os resultados da pesquisa.
Ambiente e planetas, clima etc.). no/do planeta e sua
Qualidade de relação com as diferentes
vida línguas/culturas.
● Identificar e refletir sobre
a importância dos
cuidados com a saúde.
● Compreender o papel da
língua como um dos
aspectos formadores do
ser humano.
● Refletir sobre o
desenvolvimento humano
e sua sexualidade.
325

2.3 Língua Francesa


1º CICLO

LÍNGUA FRANCESA
1º ANO
Objetivos de
Núcleos
Objetos de Conhecimento Aprendizagem e Propostas Metodológicas
Temáticos
Desenvolvimento

● A Língua Francesa no ● Ouvir, observar e ● Gêneros discursivos sugeridos: logomarcas, embalagens e


referencial do público reconhecer letras e sons propagandas.
comum. da Língua Francesa que ● Sugerir aos alunos que reflitam e tentem trazer por escrito palavras
Identidade e ●O alfabeto (fonemas fazem parte do cotidiano, francesas incorporadas ao português e outras similares ao português,
Interculturalidade similares à língua relacionando-os com a como, por exemplo, “café”, “chocolat”, “vitrine”, “marquise”. Com
materna). língua materna esse vocabulário, confeccionar um cartaz.
● Comunicação em sala de (exemplos na ● Música do ABC.
aula e os combinados na gastronomia, moda, ● Cartaz permanente com regras de convivência com frases do tipo “ Je
língua alvo. mobiliário). peux aller aux toilettes?”(posso ir ao banheiro?) , “ Je peux boire de
● Interessar-se por ouvir e l´eau?”(posso beber água). “merci beaucoup” (muito obrigado),“ je ne
respeitar a manifestação sais pas” (eu não sei).
de experiências e
emoções do outro.
326

● Cumprimentos ● Reconhecer-se. ● Gêneros discursivos sugeridos: flashcards, carteira de


Linguagem e e saudações. ● Socializar-se. identificação estudantil.
Tecnologia ● Je m´appelle… ( prénom ● Respeitar as diferenças e ● Confecção de uma carteira de identificação estudantil.
et nom). valores humanos. ● Uso da sala de vídeo com exposição de arquivos coletados do youtube
● Diferença entre “tu” e sobre situações informais e formais para posterior confecção de
“vous”. desenhos em sala de aula.

● “Éveil aux langues”. ● Reconhecer as ● Gêneros discursivos sugeridos: cabeçalho da escola X


● Dias da semana, meses diversas línguas. cabeçalho sugerido com dia semana, dia do mês e mês.
do ano. ● Compreender que o ● Alter Égo 1 (dossier 0: “Affiche de la journée Européenne des
● Cores. individual faz parte langues” pages 14 et 15).
Conhecimento ● Números até 30. de histórias ● Jogo de Bingo.
científico, ● Vocabulário sobre coletivas. ● Jogo da memória com material escolar.
Ambiente e Material escolar. ● Conhecer, entender e ● Ilustrações das festividades de cada mês e um paralelo com o que
Qualidade de ● Gêneros discursivos: valorizar o meio ocorre na França ou em outros países quanto ao clima, aos
vida calendário. ambiente e a vida costumes e à gastronomia.
● “Comptines”. coletiva da escola e ● Música em francês da versão “cabeça, ombro, joelho e pé”.
● Partes do dia. comunidade onde vive. ● Confecção de um “monstre” com as partes do corpo.
● Estações do ano. ● Compreender o
● Partes do significado dos números
corpo. e sua importância no
cotidiano.
● Observar e estudar
diferentes ambientes
e fenômenos
naturais.
● Reconhecer as partes do
corpo humano,
relacionando o tema com
a importância de uma
vida saudável.
327

1º CICLO

LÍNGUA FRANCESA
2º ANO
Objetivos de
Núcleos
Objetos de Conhecimento Aprendizagem e Propostas Metodológicas
Temáticos
Desenvolvimento

● A Língua Francesa no ● Ouvir, observar e ● Gêneros discursivos sugeridos: logomarcas, embalagens,


nosso dia a dia. reconhecer letras e sons “comptines” e propagandas, flashcards, carteira de identificação
●O alfabeto (fonemas da Língua Francesa que estudantil e “comptines”.
similares à língua fazem parte do cotidiano, ● Sugerir que os alunos reflitam e contribuam sobre as manifestações
materna). relacionando-os com a culturais que aproximam a França e o Brasil, como, por exemplo, o
● Comunicação em sala de língua materna. futebol e os seus craques. Que também contribuam com os nomes de
Identidade e aula e os combinados na ● Interessar-se por ouvir e carros importados, já que tanto o futebol quanto o automobilismo
Interculturalidade língua alvo. respeitar a manifestação são de interesse do aluno.
● Cumprimentos e de experiências e ● Cartaz permanente com regras de convivência com frases do tipo “
saudações. emoções do outro. Je peux aller aux toilettes?”(posso ir ao banheiro?), “Je peux boire
● Je m´appelle… (“prénom” ● Reconhecer-se. de l´eau?”(posso beber água?), “ merci beaucoup”(muito obrigado),
e sobrenome. ● Socializar-se. “ je ne sais pas”( eu não sei).
● Prénoms franceses e ● Respeitar as diferenças e ● Música do ABC.
correspondentes no valores humanos. ● Alfabeto: jogo da forca.
português. valorizar a diversidade ● Confecção de uma carteira de identificação estudantil.
● Descrição física. étnico-racial, ● Confecção de auto-retrato e também de um “portrait robot”(retrato
● Cores. descobrindo os adjetivos falado).
para a descrição física.
● Compreender que o
individual faz parte de
histórias coletivas.

● C´est moi ... Je suis un ● Compreender que o ● Gêneros discursivos sugeridos: bilhetes e diários.
garçon / une fille. individual faz parte de ● Bingo com material escolar.
Linguagem e ● Objetos da sala de aula. histórias coletivas. ● Bingo com números.
Tecnologia ● Conhecer, entender e
valorizar o meio
328

ambiente e a vida
coletiva da escola e
comunidade onde
vive.

● Números até 69. ● Compreender o ● Gêneros discursivos: calendário.


● Partes do dia. significado dos números ● Música Cabeça, ombros, joelho e pé.
Conhecimento ● Estações do ano. e sua importância no ● Apresentar diversas datas comemorativas brasileiras e algumas da
científico, ● Partes do corpo. cotidiano. Língua Francesa, aproveitando até o próprio calendário em que nos
Ambiente e ● Observar e estudar encontramos, para fazer um paralelo com o Brasil.
Qualidade de diferentes ambientes
vida e fenômenos
naturais.
● Reconhecer as partes
do corpo humano,
relacionando o tema
com a importância
de uma vida
saudável.
329

1º CICLO
LÍNGUA FRANCESA
3º ANO
Objetivos de
Núcleos
Objetos de Conhecimento Aprendizagem e Propostas Metodológicas
Temáticos
Desenvolvimento

● A Língua Francesa no ● Ouvir, observar e ● Gêneros discursivos sugeridos: logomarcas, embalagens,


nosso dia a dia. reconhecer letras e sons “comptines”, propagandas, flashcards, carteira de identificação
●O alfabeto (fonemas da Língua Francesa que estudantil.
similares à língua fazem parte do cotidiano, ● Sugerir que os alunos reflitam e contribuam sobre as manifestações
materna). relacionando-os com a culturais que aproximam a França e o Brasil, como, por exemplo, o
● Comunicação em sala de língua materna. futebol e os seus craques. Que também contribuam com os nomes de
aula e os combinados na ● Interessar-se por ouvir e carros importados, já que tanto o futebol quanto o automobilismo
língua alvo. respeitar a manifestação são de interesse do aluno.
Identidade e ● Cumprimentos e de experiências e ● Música do ABC.
Interculturalidade saudações. emoções do outro. ● Alfabeto: jogo da forca.
● Je m´appelle… (“prénom” ● Reconhecer-se. ● Confecção de uma carteira de identificação estudantil.
e sobrenome). ● Socializar-se. ● Confecção de auto-retrato e também de um “portrait robot”( retrato
● “Prénoms” franceses ● Respeitar as diferenças e falado).
e correspondentes no valores humanos;
português. valorizar a diversidade
● Apresentação de étnico-racial.
terceiras pessoas: Il/ ● Compreender que o
Elle s´appelle, Ils/ Elles individual faz parte de
s´appellent. histórias coletivas.
● Descrição física.
● Cores.
330

● C´est moi ... Je suis ● Compreender que o ● Gêneros discursivos sugeridos: bilhetes e diários.
un garçon/ une fille. individual faz parte ● Bingo com material escolar.
● Objetos da sala de aula. de histórias ● Bingo com números.
Linguagem e coletivas.
Tecnologia ● Conhecer, entender e
valorizar o meio
ambiente e a vida
coletiva da escola e
comunidade onde vive.

● Gêneros ● Compreender o ● Música: Cabeça, ombros, joelho e pé.


discursivos: significado dos números ● Apresentar diversas datas comemorativas brasileiras e algumas da
Conhecimento calendário, e sua importância no Língua Francesa.
científico, cardápio. cotidiano.
Ambiente e ● Números até 100. ● Observar e estudar
Qualidade de ● Partes do dia. diferentes ambientes
vida ● Estações do ano. e fenômenos
● Partes do corpo. naturais.
● Gostos e ● Reconhecer as partes do
preferências.(Quel est ton corpo humano,
jour préféré, ton mois?). relacionando o tema com
a importância de uma
vida saudável.
331

1º CICLO

LÍNGUA FRANCESA
4º ANO
Objetivos de
Núcleos
Objetos de Conhecimento Aprendizagem e Propostas Metodológicas
Temáticos
Desenvolvimento

● A Língua Francesa no ● Ouvir, observar e ● Gêneros discursivos sugeridos: logomarcas, embalagens e


nosso dia a dia. reconhecer letras e sons propagandas.
●O alfabeto (fonemas da Língua Francesa que ● Sugerir que os alunos reflitam e tentem trazer por escrito palavras
Identidade e similares à língua fazem parte do cotidiano, francesas incorporadas ao português e outras similares ao
Interculturalidade materna). relacionando-os com a português, como, por exemplo, “café”, “chocolat”, classificando
● Comunicação em sala de língua materna. como “moda”, “gastronomia”.
aula e os combinados na ● Interessar-se por ouvir e ● Confecção de um cartaz.
língua alvo. respeitar a manifestação ● Música do ABC.
de experiências e ● Forca.
emoções do outro.

● Cumprimentos e ● Reconhecer-se. ● Gêneros discursivos sugeridos: flashcards, carteira de


saudações. ● Socializar-se. identificação estudantil e árvore genealógica.
● Je suis… (“prénom”, ● Respeitar as diferenças e ● Confecção de uma carteira de identificação estudantil.
sobrenome, gênero e valores humanos; ● “Jeu de rôles” em duplas com posterior apresentação diante dos
Linguagem e idade). valorizar a diversidade outros alunos.
Tecnologia ● Verbo “avoir”. étnico-racial. ● Confecção de auto-retrato e também de um “portrait robot”.
● Minha família e os meus ● Compreender que o ● “Portrait-chinois” (questionário de perguntas para adivinhar do que
amigos. individual faz parte de se fala ou de quem se fala).
● Cores. histórias coletivas. ● “Devinettes”.
● Verbos: “aimer, adorer,
préférer, détester".
332

● Situar o seu endereço ● Gêneros discursivos sugeridos: calendário, “BDs” e “menus”.


● Verbo habiter. ● Observar e estudar ● Música: Cabeça, ombros, joelho e pé.
Conhecimento diferentes ambientes ● Pequenas produções escritas com apresentações pessoais.
científico, e fenômenos ● Bingo com material escolar.
Ambiente e naturais. ● Bingo com números.
Qualidade de ● Reconhecer as partes do
Vida corpo humano,
relacionando o tema com
a importância de uma
vida saudável.
333

2º CICLO

LÍNGUA FRANCESA
5º ANO
Objetivos de
Núcleos
Objetos de Conhecimento Aprendizagem e Propostas Metodológicas
Temáticos
Desenvolvimento

● A Língua Francesa no ● Ouvir, observar e ● Gêneros discursivos sugeridos: logomarcas, embalagens


nosso dia a dia. reconhecer letras e sons e propagandas.
●O alfabeto da Língua Francesa que ● Sugerir que os alunos reflitam e contribuam sobre as manifestações
(fonemas fazem parte do cotidiano, culturais que aproximam a França e o Brasil, como, por exemplo, o
similares à língua relacionando-os com a futebol e os seus craques. Que também contribuam com os nomes de
materna). língua materna. carros importados, já que tanto o futebol quanto o automobilismo
Identidade e ● Comunicação em sala ● Interessar-se por ouvir e são de interesse do aluno.
Interculturalidade de aula e os respeitar a manifestação ● Música do ABC.
combinados na língua de experiências e ● Alfabeto: jogo da forca.
alvo. emoções do outro. ● “Jeu de rôles” em duplas com posterior apresentação diante
● Gêneros discursivos: ● Reconhecer-se. dos outros alunos.
flashcards, transcrições ● Socializar-se. ● Confecção de auto-retrato e também de um “portrait robot”.
de pequenos diálogos: ● Respeitar as diferenças e
“comptines”. valores humanos;
● Cumprimentos e valorizar a diversidade
saudações. étnico-racial.
● Je m´appelle… ● Compreender que o
(“prénom” e individual faz parte
sobrenome). de histórias
● Descrição física. coletivas.
● Cores.

Linguagem e ● C´est moi ... Je suis ● Compreender que o ● Gêneros discursivos sugeridos: bilhetes, "BDs" e diários.
Tecnologia un garçon / une individual faz parte ● Pequenas produções escritas com apresentações pessoais.
fille. de histórias ● Bingo com material escolar.
● Objetos da sala de aula. coletivas. ● Bingo com números.
● Verbos terminados em -er ● Conhecer, entender e
valorizar o meio ambiente
334

como aimer, détester e e a vida coletiva da escola


habiter. e comunidade onde vive.

● Números acima de 100. ● Compreender o ● Gêneros discursivos sugeridos: calendário, plantas e mapas.
Conhecimento ● Partes do dia. significado dos números ● Música: Cabeça, ombros, joelho e pé.
Científico, ● Estações do ano. e sua importância no ● Apresentar diversas datas comemorativas brasileiras e algumas
Ambiente e ● Partes do corpo. cotidiano. da Língua Francesa.
Qualidade de ● Comidas. ● Observar e estudar ● Bingo com animais.
Vida ● Frutas. diferentes ambientes e ● Jogos da memória.
● Animais. fenômenos naturais. ● “Téléphone arabe” (telefone sem fio).
● Gostos e ● Reconhecer as partes do
preferências.(Quel est ton corpo humano,
plat préféré, ton fruit?). relacionando o tema
com a importância de
uma vida saudável.
335

REFERÊNCIAS

ALMEIDA FILHO, J.C.P. Índices nacionais de desenvolvimento do ensino de Português


Língua Estrangeira. In: ALMEIDA FILHO, J. C. P; CUNHA, M. J. C. Projetos iniciais em
Português para falantes de outras línguas. Campinas: Pontes Editores e Brasília: Editora da
UnB, 2007.

BAGNO, M. Tarefas de Educação Linguística no Brasil. Revista Brasileira de Linguística


Aplicada. v. 5, n. 1, p. 63-81, 2005.

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337

3. ARTE

As discussões em torno do sentido e da importância da Arte são recorrentes e sempre


muito instigantes. Defendemos que a Arte é inerente ao ser humano. Desde os primórdios,
homens, mulheres e crianças fazem arte, registrando-a em pinturas nas paredes das cavernas
(pinturas rupestres), nas quais se documentava o cotidiano ou até um ritual. Podemos
imaginar que havia uma esperança de que a pintura realizada pudesse se concretizar na
realidade, a exemplo da pintura de uma caçada exitosa que traria fartura. Segundo Anamélia
Bueno Buoro (2000), as imagens desenhadas nas cavernas, que hoje chamamos de imagens
artísticas, consistem nas primeiras referências da existência humana na Terra. Dessa forma, é
possível entender que a Arte está presente no mundo desde que “o homem é/ tornou-se
homem”.
Ainda segundo Anamélia, a vida adquire sentido para o ser humano à medida que ele
organiza o mundo. Por meio das percepções e interpretações, os sistemas externos da
realidade são mapeados nos sistemas internos do ser, e o cérebro humano vai também se
desenvolvendo no contato com essa realidade (BUORO, 2000). A Arte, como linguagem, faz-
se presente como um dos produtos da relação homem/mundo desde as primeiras
manifestações humanas de que se tem conhecimento.
Através de imagens, acompanhadas de narrativas, a humanidade tem construído uma
crônica-retrato – uma coleção de imagens e de “vozes30” – que testemunha a representação
histórica dos grupos sociais. As múltiplas expressões da Arte ampliaram-se e tornaram-se
muito elaboradas em suas técnicas. Essa ampliação não se deu apenas como reflexo da
vontade humana, mas como uma necessidade.
Em um resgate histórico, é possível fazer referência ao ensino e à aprendizagem de
algumas expressões da Arte, remetendo-nos aos mestres e discípulos dedicados a ofícios
manuais, como carpinteiros e ferreiros. Nessa relação, todo o processo de ensino estava
relacionado ao aprender e fazer, ou seja, à prática do ofício. O surgimento das Academias de
Belas-Artes, sobretudo na Europa, originadas na Itália em meados do século XVI, marcou o
ensino das técnicas relacionadas à pintura (considerada a “arte mais nobre” até meados do
século XIX) e foi essencial para consolidar e sistematizar esse ensino, abrindo meios para que

30
Segundo Bakhtin, “a verdade não se encontra no interior de uma única pessoa, mas está no processo de
interação dialógica entre pessoas que a procuram coletivamente, a unidade do mundo está nas múltiplas vozes
que participam do diálogo da vida e na história”. (BAKHTIN, 1985 apud JOBIM; SOUZA, 1994).
338

o mesmo acontecesse também com técnicas ligadas a outras expressões, como a escultura
(BARATA, 1982).
O principal objetivo das academias foi substituir o sistema das guildas medievais de
artistas, pois preconizavam que a arte poderia ser ensinada de forma sistematizada em teoria e
prática. De certa forma, isso diminuía o destaque da criatividade dado até então aos trabalhos
artísticos e valorizava as técnicas. Havia uma intenção em afastar os artistas dos artesãos e
aproximá-los dos intelectuais, trazendo para a arte um caráter mais profissional. Assim, com a
multiplicação de academias pela Europa, no século XVIII, houve o estabelecimento de uma
formação artística padronizada, em que o ensino prático foi mantido como base, mas não com
a exclusividade verificada nas guildas.
Apesar da importância das academias para sistematizar o ensino e para uma
profissionalização dos artistas, as principais críticas às academias estão relacionadas a uma
padronização do “gosto”, que fortalecia uma discriminação a outras concepções de arte não
idealizadas por elas. Além disso, as academias estavam fortemente ligadas ao Estado,
promovendo seus ideais políticos. A Academia Imperial de Belas Artes, criada em 1826,
marcou o início do ensino superior em Arte no Brasil31.
No final do século XIX e início do século XX, a Arte começou a ser inserida nas
universidades e escolas, sendo reconhecida como parte necessária à formação humana. Acerca
dos processos de ensino e de aprendizagem envolvendo a Arte, concordamos com Costa
(1999) quando esta afirma que a Arte não é resultado de um talento especial ou de uma forma
particular de ver as coisas, mas é resultado da aprendizagem, que envolve a apreensão de
técnicas relacionadas à estética32, mas também da leitura/ audição e interpretação de obras de
Arte, bem como dos contextos sociais e políticos em que foram produzidas. A possibilidade
da aprendizagem retira a Arte de um lugar reduzido do universo particular e individual de
cada ser humano e a coloca em uma perspectiva social.
Nesse sentido, a presença da Arte na escola torna-se imprescindível. A aprendizagem
relacionada às expressões da Arte auxilia a formação de uma visão de mundo mais ampla, os

31
ACADEMICISMO. In: ENCICLOPÉDIA Itaú Cultural de Arte e Cultura Brasileiras. São Paulo: Itaú Cultural,
2020. Disponível em: <http://enciclopedia.itaucultural.org.br/termo349/academicismo>. Acesso em: 10 de jan.
2020. Verbete da Enciclopédia. ISBN: 978-85-7979-060-7. Para maior esclarecimento do conceito de estética
e signo estético, ver: Santaella, M. L. O que é semiótica. São Paulo, Brasiliense, 1988; e Plaza, Julio. Tradução
intersemiótica. São Paulo, Perspectiva, 1987.
32
Para maior esclarecimento do conceito de estética e signo estético, ver: Santaella, M. L. O que é semiótica.
São Paulo, Brasiliense, 1988; e Plaza, Julio. Tradução intersemiótica. São Paulo, Perspectiva, 1987.
339

processos de interpretação e a capacidade perceptiva, que interferem diretamente no


desenvolvimento de indivíduos mais críticos (BARBOSA; CUNHA, 2010).
É preciso reconhecer outros papéis sociais relacionados à Arte na escola, como
componente curricular obrigatório, que diz respeito à valorização da diferença cultural. Essa
questão é de grande importância para o desenvolvimento de sociedades solidárias e menos
desiguais, e deve receber destaque em um país como o Brasil, por pelo menos dois motivos
interligados e sobrepostos: - nossa construção se fez a partir da herança cultural de diferentes
povos; - a cultura popular, por questões relacionadas à formação e à desigualdade social
brasileira, bem como às discriminações acerca do trabalho produzidas historicamente33,
durante muito tempo não foi reconhecida como arte.
Nos apropriamos das discussões relatadas por Dan Baron Cohen34 (2015) acerca
do que é reconhecido socialmente por cultura, promovidas por ativistas culturais reunidos no
Projeto 2020 Vision que ocorreu em Derry, na Irlanda, em 1989.
A cultura é normalmente entendida como arte produzida para galerias e teatros por
gênios criativos isolados. Essa crença tem enganado e subordinado povos em todo o mundo
há séculos. Foi usado para nos convencer de que a cultura é irrelevante para nossas vidas e
nos excluir da construção de ideias e interpretações. Isso resultou na ideia de que não
possuímos habilidades culturais. Mas acima de tudo, essa mentira tem sido usada para
desencorajar-nos de participar na criação de nossa própria cultura e identidade.
A cultura expressa nossa relação com a produção e reprodução da vida, por esse
motivo, vem do verbo cultivar. Interpreta e define nossa relação econômica, política e social
com o mundo. É assim que trabalhamos, comemos, pensamos, vestimos, organizamos,
sentimos, escolhemos nossos amantes, amamos, relaxamos, refletimos, lembramos,
conversamos, rimos, choramos, fazemos amor, nos vemos, educamos nossos filhos e
enterramos nossos mortos. É assim que nos entendemos no mundo e vivemos esse
entendimento. Estamos sempre herdando, adaptando, selecionando, construindo e passando

33
“Nas sociedades industriais, sobretudo nas capitalistas, o trabalho manual e o trabalho intelectual são pensados
e vivenciados como realidades profundamente distintas e distantes uma da outra. (...) Embora essa separação
entre modalidades de trabalho tenha ocorrido num momento preciso da história e se aprofundado no
capitalismo, como decorrência de sua organização interna, tudo se passa como se ‘fazer’ fosse um ato
naturalmente dissociado de ‘saber’. Essa dissociação entre ‘fazer’ e ‘saber’, embora a rigor falsa, é básica para
a manutenção das classes sociais, pois ela justifica que uns tenham poder sobre o labor dos outros.”
(ARANTES, 1988, p. 13-14).
34
Dan Baron Cohen trabalha com movimentos sociais no Brasil, desde 1998, desenvolvendo o teatro
comunitário como estratégia pedagógica para o que denomina de alfabetização cultural. Atualmente,
desenvolve o Projeto Rivers of Meeting na comunidade ribeirinha Cabelo Seco, no Amazonas.
340

valores e interpretações - mesmo muito contraditório - através da nossa cultura cotidiana. Se


não fazemos nossa própria cultura, podemos ser dominados e usados sem saber. Podemos
viver - até trabalhar, amar e sonhar - contra os nossos interesses. (COHEN, 2015, p. 22).
Entendemos que, para o trabalho com o nosso aluno, a valorização da diferença
cultural e da cultura popular pode ser um diferencial para se estabelecer uma construção de
conhecimento que tenha relação com o cotidiano e a história de vida do nosso estudante, ou
seja, poderia favorecer uma aprendizagem significativa.
A motivação é relevante para a aprendizagem da Arte, a fim de que nosso aluno se
aproprie do patrimônio material e imaterial construído historicamente pela sociedade. Nesse
sentido, abrem-se muitas portas para o trabalho interdisciplinar, que pode ser realizado a partir
e por meio de diferentes espaços da/ na cidade, e também através das estratégias para a
sensibilização e reconhecimento do patrimônio cultural imaterial, que foi transmitido pelas
gerações passadas, mas que permanece vivo, sendo constantemente recriado e transformado
pela cultura popular (YUNES, 2004).
Ainda acerca do patrimônio material e cultural de Niterói, é preciso reconhecer que a
escola é uma importante, quando não a única, forma de acesso de muitos de nossos alunos
aos equipamentos e espaços públicos. Um exemplo emblemático de parceria pedagógica para
promover a apropriação por nossos alunos desses espaços são os museus do município de
Niterói, que apesar de se configurarem em espaços abertos ao público em geral, e com forte
apelo ao público escolar35, muitas vezes, permanecem fechados no imaginário das classes
mais populares como se não lhes pertencessem.
É possível e desejável que a escola inclua em seus planos de ação saídas a campo pela
cidade que especifiquem visitação a espaços públicos como forma de apropriação do
patrimônio da cidade, promovendo com isso a formação de um cidadão completo e que, para
tanto, recebam o devido apoio tanto no que se refere à logística do deslocamento de docentes
e estudantes, quanto para o acesso aos equipamentos e patrimônios culturais. São inúmeras
as possibilidades de projetos que não precisam e não devem ser promovidos apenas
pelos professores de Arte, mas que envolvem todos os componentes curriculares, pelo grande
leque de temas que podem ser trabalhados para contribuir com a construção do conhecimento
humano.

35
Atualmente, todos os museus de Niterói possuem uma equipe pedagógica pronta para receber visitas escolares,
geralmente com propostas diversificadas para esse público.
341

De grande importância para o ensino e a aprendizagem da Arte são a criação e


manutenção de espaços específicos para o desenvolvimento das aulas e projetos de arte na
escola, com a reserva de materiais diversos, visto a especificidade desse componente
curricular no que diz respeito à experimentação, produção e armazenamento, mesmo que
temporários, de trabalhos dos alunos.
Defendemos ainda a continuidade da política de formação continuada da Rede Pública
Municipal de Educação de Niterói promovida tanto pelas coordenações e assessorias da
Fundação Municipal de Educação como pelas unidades de educação.
342

MATRIZ CURRICULAR – ARTE

1º CICLO

Arte – 1° ano

Núcleos Objetos de
Temáticos Conhecimento Objetivos de Aprendizagem e Desenvolvimento Propostas Metodológicas

● Identificar e apreciar formas distintas das artes visuais tradicionais


e contemporâneas, cultivando a percepção, o imaginário, a ● Utilização de reproduções da cultura visual (pinturas,
capacidade de simbolizar e o repertório imagético. esculturas, vídeos, gravuras, ilustrações) em sala de
Contextos e ● Apreciar e comentar os seus registros artísticos e os dos outros
práticas aula para inspirar a criação e a releitura de obras
estudantes. artísticas.
● Experienciar diferentes possibilidades na produção, fruição e ● Utilização do livro didático e paradidático como mais
medição de trabalhos artísticos. uma referência na contextualização e experimentação
no estudo da história da arte.
● Explorar e reconhecer elementos constitutivos das artes visuais ● Elaboração de projetos interdisciplinares, permeando o
Artes (ponto, linha, forma, cor, espaço, movimento etc.). ensino das múltiplas linguagens, meio ambiente e
Visuais ● Explorar os elementos formais que estruturam a linguagem (ponto, ciências de modo transversal e integrado.
Elementos da linha, forma, cor e espaço) e como esses elementos são expressos ● Apresentação de produções imagéticas de diferentes
linguagem nas produções artísticas em processo de alfabetização visual culturas (europeia, indígena, africana, americana e
(texturas, movimentos, volumes, tonalidades, bidimensional, oriental).
tridimensional, luminosidade etc.). ● Estímulo ao contato com obras artísticas em visitas a
espaços culturais.
● Montagem de exposição das produções artísticas dos
● Reconhecer e analisar a influência de distintas matrizes estéticas e alunos.
Matrizes culturais das artes visuais nas manifestações artísticas das culturas ● Projeção de filmes de animação, explorando conceitos
estéticas e locais, regionais, nacionais e internacionais com uma visão de artes visuais.
culturais universal, entendendo o processo de emancipação e constituição ● Leitura de histórias, ressaltando o trabalho de ilustração
da identidade pela transformação e reelaboração da bagagem e os diferentes modos de construí-las.
estética trazida pelos colonizadores, indígenas, africanos e
imigrantes. Suas contribuições na construção da nossa.
343

(pintura, desenhos, fotos, montagem, recorte e


colagem).
● Criação de histórias em conjunto e registro em
● Explorar diferentes tecnologias e recursos digitais (multimeios, desenhos, pinturas, colagens e outras formas de
Arte e tecnologia animações, jogos eletrônicos, gravações em áudio e vídeo, fotografia, representação visual.
softwares etc.) nos processos de criação artística. ● Trabalho com jogos de diferentes tipos (dominós,
quebra-cabeças, jogos de computador) que utilizem
● Experimentar diferentes formas de expressão artística (desenho, imagens artísticas, de modo a enriquecer o repertório
pintura, colagem, quadrinhos, dobradura, escultura, modelagem, cultural dos alunos.
Materialidade instalação, vídeo, fotografia etc.), fazendo uso sustentável de ● Criação e reprodução de obras artísticas por meio da
materiais, instrumentos, recursos e técnicas convencionais e não proposição de atividades que explorem diferentes
convencionais. técnicas e formas expressivas: desenho, pintura,
recorte e colagem, modelagem.
● Experimentar a criação em artes visuais de modo individual, coletivo ● Desenvolvimento de atividades que proporcionem a
e colaborativo, explorando diferentes espaços da escola e da experimentação de diversos suportes e materiais tanto
comunidade. industrializados quanto artesanais, como giz de cera,
● Dialogar sobre a sua criação e as dos colegas, para alcançar sentidos massa colorida, guache, anilina, cola, tecido, fios.
plurais. ● Exploração de formas e texturas encontradas em
● Conhecer e explorar diferentes materialidades, elementos da materiais e imagens.
linguagem, temas e formas, ampliando repertórios visuais na ● Exploração da mistura de cores primárias e
experiência poética da ação criadora, com direito a produção, a partir secundárias, além da descoberta de diferentes
Processos de do estágio de seu desenvolvimento infantil. tonalidades.
criação ● Conhecer e explorar diferentes repertórios visuais associados aos ● Utilização de materiais recicláveis para construção de
conceitos e processos de criação em que está envolvido, considerando objetos bi e tridimensionais.
artistas africanos, afro-brasileiros, povos indígenas e produção de
mulheres.
● Explorar a criação de tintas a partir de elementos da natureza e fazer
uso de suportes grandes, além de pesquisar riscadores e suportes.
● Explorar diversos elementos visuais associados aos conceitos de
sustentabilidade, considerando o ambiente natural e construído.
344

1º CICLO

Arte – 1° ano

Núcleos Objetos de
Temáticos Conhecimento Objetivos de Aprendizagem e Desenvolvimento Propostas Metodológicas

● Reconhecer e apreciar formas distintas de manifestações do teatro ● Atividades que vivenciem o faz de conta.
presentes em diferentes contextos, aprendendo a ver e a ouvir histórias ● Expressão corporal e a imaginação, com jogos
dramatizadas e cultivando a percepção, o imaginário, a capacidade de e brincadeiras, como cantigas de roda
simbolizar e o repertório ficcional. diversas.
● Conhecer as possibilidades de utilização da linguagem corporal como ● Encenação de histórias a partir de ilustrações.
forma de expressão, de comunicação e de autopercepção. ● Contação de histórias, desdobrando-as em
diferentes possibilidades cênicas.
● Utilizar gestos, expressões e movimentos corporais por meio da dança e de
Contextos e ● Jogos rítmicos.
improvisações teatrais.
práticas ● Construção de histórias sonoras.
● Utilizar a expressão corporal e oral em representações musicais e teatrais
Teatro ● Trabalho com teatro de bonecos (fantoches,
(música e dança indígena e afro-brasileira).
dedoches, bonecos de vara etc.).
● Conhecer e vivenciar o jogo teatral e sua estruturação por meio de regras.
● Construção de instrumentos musicais com
● Construir personagens simples por meio da imitação, da memória e da
material reciclável.
invenção.
● Exploração de possibilidades rítmicas das
● Identificar através dos sentidos do corpo humano a materialidade dos
cantigas de rodas, folguedos populares etc.
costumes indígenas e afro-brasileiros no que tange à identidade e à raça.
● Utilização do livro didático e paradidático
como mais uma referência na contextualização
● Descobrir teatralidades na vida cotidiana, identificando elementos teatrais e experimentação no estudo da história da arte.
Elementos da (variadas entonações de voz, diferentes fisicalidades, diversidade de ● Elaboração de projetos interdisciplinares,
linguagem personagens e narrativas etc.). permeando o ensino das múltiplas linguagens,
● Experimentar as possibilidades criativas do corpo e da voz. meio ambiente e ciências de modo transversal
e integrado.
● Conhecer diferentes formas do fazer teatral: de bonecos, de objetos, de
máscaras e de corpo.
● Perceber o gesto e como ele pode ser usado com diferentes intenções e
significados.
● Explorar o corpo para se expressar de forma mais consciente.
● Experimentar os jogos de construção narrativa que envolvam monólogos
e diálogos.
345

● Reconhecer e analisar a influência de distintas matrizes estéticas e


culturais do teatro nas manifestações artísticas das culturas locais,
Matrizes regionais, nacionais e internacionais com uma visão universal, entendendo
estéticas e o processo de emancipação e constituição da identidade pela transformação
culturais e reelaboração da bagagem estética trazida pelos colonizadores, indígenas,
africanos e imigrantes. Suas contribuições na construção da nossa
identidade e memória.

● Explorar diferentes tecnologias e recursos digitais (multimeios,


Arte e Tecnologia animações, jogos eletrônicos, gravações em áudio e vídeo, fotografia,
softwares etc.) nos processos de criação artística.

● Experimentar diferentes formas de expressão artística (desenho, pintura,


colagem, quadrinhos, dobradura, escultura, modelagem, instalação, vídeo,
Materialidade fotografia etc.), em relação ao corpo e encenação, fazendo uso sustentável
de materiais, instrumentos, recursos e técnicas convencionais e não
convencionais.

● Experimentar o trabalho colaborativo, coletivo e autoral em improvisações


teatrais e processos narrativos criativos em teatro, explorando desde a
teatralidade dos gestos e das ações do cotidiano até elementos de
diferentes matrizes estéticas e culturais.
● Exercitar a imitação e o faz de conta, ressignificando objetos e fatos e
experimentando-se no lugar do outro, ao compor e encenar
acontecimentos cênicos, por meio de músicas, imagens, textos ou outros
pontos de partida, de forma intencional e reflexiva.
Processos
● Experimentar possibilidades criativas de movimento e de voz na criação de
de criação
um personagem teatral, discutindo estereótipos.
● Construir e exteriorizar pensamentos, emoções e sensações elaboradas a
partir da vivência do seu imaginário.
● Experimentar pequenas melodias e/ou frases rítmicas, utilizando as
variações de articulação, expressividade, dinâmica e variação de
andamento.
346

1º CICLO

Arte - 1ºano

Núcleos Objetos de
Temáticos Conhecimento Objetivos de Aprendizagem e Desenvolvimento Propostas Metodológicas

● Identificar e apreciar criticamente diversas formas e gêneros de ● Construção de instrumentos musicais com material
expressão musical, reconhecendo e analisando os usos e as funções da reciclável.
música em diversos contextos de circulação, em especial, aqueles da
vida cotidiana.
Música ● Explorar os elementos constituintes da linguagem sonora através da ● Utilizar gestos, expressões e movimentos corporais
ludicidade e da prática sensorial. por meio da música.
Contextos e
● Identificar através dos sentidos do corpo humano a materialidade dos
práticas
costumes indígenas e afro-brasileiros no que tange à identidade e à raça.
● Desenvolver habilidades do domínio psicomotor em sua totalidade. ● Utilização de jogos musicais convencionais e não
● Explorar o silêncio e os sons (objetos, ambiente, instrumentos musicais convencionais do universo tradicional e
e corpo). experimental.
● Desenvolver a linguagem musical como forma de expressão artística
para além das paisagens sonoras de época.

● Perceber e explorar os elementos constitutivos da música (altura, ● Vivências simuladas através de brincadeiras e de
intensidade, timbre, melodia, ritmo etc.), por meio de jogos, diferentes jogos lúdicos alternativos.
brincadeiras, canções e práticas diversas de composição/criação,
execução e apreciação musical.
● Explorar o silêncio e os sons (objetos, ambiente, instrumentos musicais ● Utilização de recursos pedagógico-instrumentais
e corpo). para desenvolvimento da caligrafia musical.
Elementos da ● Perceber onde há ritmo dentro do corpo (batimentos cardíacos,
linguagem respiração, piscar dos olhos, caminhada etc.) e fora dele (no movimento
do relógio, das máquinas, na passagem do tempo, nas estações do ano, ● Utilização do livro didático e paradidático como
nas ondas do mar, no motor de automóveis, no deslocamento das mais uma referência na contextualização e
pessoas, entre outros). experimentação no estudo da história da arte.
● Explorar elementos de articulação, expressividade, dinâmica e
variação de andamento (agógica) em práticas corporais de ● Elaboração de projetos interdisciplinares,
composição/criação, execução e apreciação musicais.
347

● Construir instrumentos musicais convencionais e/ou não convencionais, permeando o ensino das múltiplas linguagens,
como cotidiáfonos, pios, ocarinas, flautas e instrumentos de percussão. meio ambiente e ciências de modo transversal e
integrado.
● Reconhecer e analisar a influência de distintas matrizes estéticas e
culturais da música nas manifestações artísticas das culturas locais,
Matrizes regionais, nacionais e internacionais com uma visão universal,
Estéticas e entendendo o processo de emancipação e constituição da identidade
Culturais pela transformação e reelaboração da bagagem estética trazida pelos
colonizadores, indígenas, africanos e imigrantes. Suas contribuições na
construção da nossa identidade e memória.
● Explorar diferentes tecnologias e recursos digitais (multimeios,
Arte e Tecnologia animações, jogos eletrônicos, gravações em áudio e vídeo, fotografia,
softwares etc.) nos processos de criação artística.
● Explorar fontes sonoras diversas, como as existentes no próprio
Materialidade corpo (palmas, voz, percussão corporal), na natureza e em objetos
cotidianos,
reconhecendo os elementos constitutivos da música e as características
de instrumentos musicais variados.

● Explorar diferentes formas de registro musical não convencional


Notação e registro (representação gráfica de sons, partituras criativas etc.), bem como
musical procedimentos e técnicas de registro em áudio e audiovisual, e
reconhecer a notação musical convencional.
● Experimentar improvisações, composições e sonorização de histórias,
entre outros, utilizando vozes, sons corporais e/ou instrumentos
musicais convencionais ou não convencionais, de modo individual,
Processos de coletivo e colaborativo.
criação ● Experienciar motivos rítmicos e melódicos produzidos a partir da
exploração corporal.
● Experimentar brincadeiras musicais com diferentes acentos rítmicos
(binário, ternário, quaternário, entre outros).
348

1º CICLO

Arte – 1° ano

Núcleos Objetos de
Temáticos Conhecimento Objetivos de Aprendizagem e Desenvolvimento Propostas Metodológicas
● Experimentar e apreciar formas distintas de manifestações da dança ● Apresentação visual (vídeos) de produções
presentes em diferentes contextos, cultivando a percepção, o coreográficas das diversas linguagens da dança:
imaginário, a capacidade de simbolizar e o repertório corporal. Ballet Clássico, Jazz, Dança Moderna, Dança
Dança Contextos e ● Identificar aspectos de sua imagem corporal. Contemporânea, Dança de Rua, Danças populares
práticas ● Perceber os diversos ritmos internos (batimentos, respiração etc.) e etc.
externos (dia/noite, ondas do mar, ritmos musicais etc.).

● Identificar através dos sentidos do corpo humano a materialidade dos ● Experimentação das diversas partes do corpo
costumes indígenas e afro-brasileiros no que tange à identidade e à através de movimentos comuns e toques.
raça.
● Experimentação de movimentos nos níveis alto,
médio e baixo.

● Composição coreográfica individual, em duplas,


em grupos e com objetos.

● Exercitar a respiração como um importante


movimento, atentando para todos os movimentos
involuntários produzidos no funcionamento dos
órgãos do corpo.

● Utilização do livro didático e paradidático como


mais uma referência na contextualização e
experimentação no estudo da história da arte.

● Elaboração de projetos interdisciplinares,


permeando o ensino das múltiplas linguagens,
meio ambiente e ciências de modo transversal e
integrado.
349

● Estabelecer relações entre as partes do corpo e destas com o todo


corporal na construção do movimento dançado.
● Experimentar diferentes formas de orientação no espaço
(deslocamentos, planos, direções, caminhos etc.) e ritmos de
Elementos da movimento (lento, moderado e rápido) na construção do movimento
linguagem dançado.
● Explorar as variações do tempo, do movimento e suas possibilidades
de relações espaciais ao dançar.
● Explorar e vivenciar ações corporais (andar, correr, saltar, saltitar,
rolar, rastejar, empurrar, puxar, girar, flexionar, estender, torcer etc.).
● Reconhecer e analisar a influência de distintas matrizes estéticas e
culturais da dança nas manifestações artísticas das culturas locais,
Matrizes estéticas e regionais, nacionais e internacionais com uma visão universal,
culturais entendendo o processo de emancipação e constituição da identidade
pela transformação e reelaboração da bagagem estética trazida pelos
colonizadores, indígenas, africanos e imigrantes. Suas contribuições na
construção da nossa identidade e memória.

● Explorar diferentes tecnologias e recursos digitais (multimeios,


Arte e Tecnologia animações, jogos eletrônicos, gravações em áudio e vídeo, fotografia,
softwares etc.) nos processos de criação artística.

● Experimentar diferentes formas de expressão artística (desenho,


pintura, colagem, quadrinhos, dobradura, escultura, modelagem,
Materialidade
instalação, vídeo, fotografia etc.), em relação ao corpo e ritmo, fazendo
uso sustentável de materiais, instrumentos, recursos e técnicas
convencionais e não convencionais.
350

● Criar e improvisar movimentos dançados de modo individual, coletivo e


colaborativo, considerando os aspectos estruturais, dinâmicos e
expressivos dos elementos constitutivos do movimento, com base nos
códigos de dança.
Processos de ● Discutir, com respeito e sem preconceito, as experiências pessoais e
criação coletivas em dança, vivenciadas na escola, como fonte para a construção
de vocabulários e repertórios próprios.
● Explorar sequências de ações corporais e formas de registro das
sequências.

1º CICLO

Arte – 2° ano

Núcleos Objetos de
Temáticos Conhecimento Objetivos de Aprendizagem e Desenvolvimento Propostas Metodológicas

● Identificar e apreciar formas distintas das artes visuais tradicionais e ● Utilização de reproduções da cultura visual
contemporâneas, cultivando a percepção, o imaginário, a capacidade (pinturas, esculturas, vídeos, gravuras, ilustrações)
de simbolizar e o repertório imagético. em sala de aula para inspirar a criação e a releitura
Contextos e ● Apreciar e comentar os seus registros artísticos e os dos outros de obras artísticas.
práticas estudantes. ● Utilização do livro didático e paradidático como
● Experienciar diferentes possibilidades na produção, fruição e medição mais uma referência na contextualização e
Artes experimentação no estudo da história da arte.
de trabalhos artísticos.
Visuais
● Elaboração de projetos interdisciplinares,
● Explorar e reconhecer elementos constitutivos das artes visuais (ponto, permeando o ensino das múltiplas linguagens,
linha, forma, cor, espaço, movimento etc.). meio ambiente e ciências de modo transversal e
Elementos da ● Explorar os elementos formais que estruturam a linguagem (ponto, integrado.
linguagem linha, forma, cor e espaço) e como esses elementos são expressos nas
produções artísticas em processo de alfabetização visual (texturas,
351

movimentos, volumes, tonalidades, bidimensional, tridimensional, ● Apresentação de produções imagéticas de


luminosidade etc.). diferentes culturas (europeia, indígena, africana,
americana e oriental).
● Reconhecer e analisar a influência de distintas matrizes estéticas e ● Estímulo ao contato com obras artísticas em visitas
culturais das artes visuais nas manifestações artísticas das culturas a espaços culturais.
Matrizes locais, regionais, nacionais e internacionais com uma visão universal, ● Montagem de exposição das produções artísticas
estéticas e entendendo o processo de emancipação e constituição da identidade dos alunos.
culturais pela transformação e reelaboração da bagagem estética trazida pelos ● Projeção de filmes de animação, explorando
colonizadores, indígenas, africanos e imigrantes. Suas contribuições na conceitos de artes visuais.
construção da nossa identidade e memória. ● Leitura de histórias, ressaltando o trabalho de
ilustração e os diferentes modos de construí-las
● Explorar diferentes tecnologias e recursos digitais (multimeios, (pintura, desenhos, fotos, montagem, recorte e
Arte e tecnologia animações, jogos eletrônicos, gravações em áudio e vídeo, fotografia, colagem).
softwares etc.) nos processos de criação artística. ● Criação de histórias em conjunto e registro em
desenhos, pinturas, colagens e outras formas de
representação visual.
● Experimentar diferentes formas de expressão artística (desenho,
● Trabalho com jogos de diferentes tipos (dominós,
pintura, colagem, quadrinhos, dobradura, escultura, modelagem,
Materialidade quebra-cabeças, jogos de computador) que utilizem
instalação, vídeo, fotografia etc.), fazendo uso sustentável de materiais,
imagens artísticas, de modo a enriquecer o
instrumentos, recursos e técnicas convencionais e não convencionais.
repertório cultural dos alunos.
● Criação e reprodução de obras artísticas por meio
● Experimentar a criação em artes visuais de modo individual, coletivo e da proposição de atividades que explorem
colaborativo, explorando diferentes espaços da escola e da comunidade. diferentes técnicas e formas expressivas: desenho,
● Dialogar sobre a sua criação e as dos colegas, para alcançar sentidos pintura, recorte e colagem, modelagem.
plurais. ● Desenvolvimento de atividades que proporcionem
● Conhecer e explorar diferentes materialidades, elementos da linguagem, a experimentação de diversos suportes e materiais
Processos de temas e formas, ampliando repertórios visuais na experiência poética da
criação tanto industrializados quanto artesanais, como giz
ação criadora, com direito a produção, a partir do estágio de seu de cera, massa colorida, guache, anilina, cola,
desenvolvimento infantil. tecido, fios.
● Conhecer e explorar diferentes repertórios visuais associados aos
conceitos e processos de criação em que está envolvido, considerando
artistas africanos, afro-brasileiros, povos indígenas e produção de
mulheres.
352

● Explorar a criação de tintas a partir de elementos da natureza e ● Exploração de formas e texturas encontradas em
fazer uso de suportes grandes, além de pesquisar riscadores e suportes. materiais e imagens.
● Explorar diversos elementos visuais associados aos conceitos de ● Exploração da mistura de cores primárias e
sustentabilidade considerando o ambiente natural e construído. secundárias, além da descoberta de diferentes
tonalidades.
● Utilização de materiais recicláveis para construção
de objetos bi e tridimensionais.

1º CICLO

Arte – 2° ano

Núcleos Objetos de
Temáticos Conhecimento Objetivos de Aprendizagem e Desenvolvimento Propostas Metodológicas

● Reconhecer e apreciar formas distintas de manifestações do teatro ● Atividades que vivenciem o faz de conta.
presentes em diferentes contextos, aprendendo a ver e a ouvir histórias
dramatizadas e cultivando a percepção, o imaginário, a capacidade de
simbolizar e o repertório ficcional. ● Expressão corporal e a imaginação, com jogos e
● Conhecer as possibilidades de utilização da linguagem corporal como brincadeiras, como cantigas de roda diversas.
forma de expressão, de comunicação e de autopercepção.
● Utilizar gestos, expressões e movimentos corporais por meio da dança
Contextos e e de improvisações teatrais. ● Encenação de histórias a partir de ilustrações.
práticas
● Utilizar a expressão corporal e oral em representações musicais e
Teatro
teatrais (música e dança indígena e afro-brasileira).
● Conhecer e vivenciar o jogo teatral e sua estruturação por meio de ● Contação de histórias, desdobrando-as em
regras. diferentes possibilidades cênicas.
● Construir personagens simples por meio da imitação, da memória e da
invenção.
● Identificar através dos sentidos do corpo humano a materialidade dos
costumes indígenas e afro-brasileiros no que tange à identidade e à raça.
353

● Descobrir teatralidades na vida cotidiana, identificando elementos ● Jogos rítmicos.


teatrais (variadas entonações de voz, diferentes fisicalidades,
diversidade de personagens e narrativas etc.). ● Construção de histórias sonoras.
● Experimentar as possibilidades criativas do corpo e da voz.
● Conhecer diferentes formas do fazer teatral: de bonecos, de objetos, de
Elementos da máscaras e de corpo. ● Trabalho com teatro de bonecos (fantoches,
linguagem ● Perceber o gesto e como ele pode ser usado com diferentes intenções e dedoches, bonecos de vara etc.).
significados.
● Explorar o corpo para se expressar de forma mais consciente. ● Construção de instrumentos musicais com material
● Experimentar os jogos de construção narrativa que envolvam reciclável.
monólogos e diálogos.
● Exploração de possibilidades rítmicas das cantigas
● Reconhecer e analisar a influência de distintas matrizes estéticas e de rodas, folguedos populares etc.
culturais do teatro nas manifestações artísticas das culturas locais,
regionais, nacionais e internacionais com uma visão universal,
Matrizes estéticas e entendendo o processo de emancipação e constituição da identidade ● Utilização do livro didático e paradidático como
culturais pela transformação e reelaboração da bagagem estética trazida pelos mais uma referência na contextualização e
colonizadores, indígenas, africanos e imigrantes. Suas contribuições na experimentação no estudo da história da arte.
construção da nossa identidade e memória.
● Elaboração de projetos interdisciplinares,
● Explorar diferentes tecnologias e recursos digitais (multimeios, permeando o ensino das múltiplas linguagens,
Arte e Tecnologia animações, jogos eletrônicos, gravações em áudio e vídeo, fotografia, meio ambiente e ciências de modo transversal e
softwares etc.) nos processos de criação artística. integrado.

● Experimentar diferentes formas de expressão artística (desenho,


pintura, colagem, quadrinhos, dobradura, escultura, modelagem,
Materialidade instalação, vídeo, fotografia etc.), em relação ao corpo e encenação,
fazendo uso sustentável de materiais, instrumentos, recursos e técnicas
convencionais e não convencionais.
Processos de criação
● Experimentar o trabalho colaborativo, coletivo e autoral em
improvisações teatrais e processos narrativos criativos em teatro,
354

explorando desde a teatralidade dos gestos e das ações do cotidiano até


elementos de diferentes matrizes estéticas e culturais.
● Exercitar a imitação e o faz de conta, ressignificando objetos e fatos e
experimentando-se no lugar do outro, ao compor e encenar
acontecimentos cênicos, por meio de músicas, imagens, textos ou outros
pontos de partida, de forma intencional e reflexiva.
● Experimentar possibilidades criativas de movimento e de voz na criação
de um personagem teatral, discutindo estereótipos.
● Construir e exteriorizar pensamentos, emoções e sensações elaboradas a
partir da vivência do seu imaginário.
● Experimentar pequenas melodias e/ou frases rítmicas, utilizando as
variações de articulação, expressividade, dinâmica e variação de
andamento.

1º CICLO

Arte – 2° ano

Núcleos Objetos de
Temáticos Conhecimento Objetivos de Aprendizagem e Desenvolvimento Propostas Metodológicas

● Identificar e apreciar criticamente diversas formas e gêneros de ● Construção de instrumentos musicais com
expressão musical, reconhecendo e analisando os usos e as funções da material reciclável.
música em diversos contextos de circulação, em especial, aqueles da
vida cotidiana.
Música Contextos e
● Explorar os elementos constituintes da linguagem sonora através da ● Utilizar gestos, expressões e movimentos
práticas
ludicidade e da prática sensorial. corporais por meio da música.
● Identificar através dos sentidos do corpo humano a materialidade dos
costumes indígenas e afro-brasileiros no que tange à identidade e à raça.
● Desenvolver habilidades do domínio psicomotor em sua totalidade.
355

● Explorar o silêncio e os sons (objetos, ambiente, instrumentos musicais ● Utilização de jogos musicais convencionais e não
e corpo). convencionais do universo tradicional e
● Desenvolver a linguagem musical como forma de expressão artística experimental.
para além das paisagens sonoras de época.

● Perceber e explorar os elementos constitutivos da música (altura, ● Vivências simuladas através de brincadeiras e de
intensidade, timbre, melodia, ritmo etc.), por meio de jogos, diferentes jogos lúdicos alternativos.
brincadeiras, canções e práticas diversas de composição/criação,
execução e apreciação musical.
● Explorar o silêncio e os sons (objetos, ambiente, instrumentos musicais ● Utilização de recursos pedagógico-instrumentais
e corpo). para desenvolvimento da caligrafia musical.
Elementos da ● Perceber onde há ritmo dentro do corpo (batimentos cardíacos,
linguagem respiração, piscar dos olhos, caminhada etc.) e fora dele (no movimento
do relógio, das máquinas, na passagem do tempo, nas estações do ano, ● Utilização do livro didático e paradidático como
nas ondas do mar, no motor de automóveis, no deslocamento das mais uma referência na contextualização e
pessoas, entre outros). experimentação no estudo da história da arte.
● Explorar elementos de articulação, expressividade, dinâmica e variação
de andamento (agógica) em práticas corporais de composição/criação,
execução e apreciação musicais. ● Elaboração de projetos interdisciplinares,
● Construir instrumentos musicais convencionais e/ou não convencionais, permeando o ensino das múltiplas linguagens,
como cotidiáfonos, pios, ocarinas, flautas e instrumentos de percussão. meio ambiente e ciências de modo transversal e
integrado.

● Reconhecer e analisar a influência de distintas matrizes estéticas e


culturais da música nas manifestações artísticas das culturas locais,
regionais, nacionais e internacionais com uma visão universal,
Matrizes Estéticas entendendo o processo de emancipação e constituição da identidade pela
e Culturais transformação e reelaboração da bagagem estética trazida pelos
colonizadores, indígenas, africanos e imigrantes. Suas contribuições na
construção da nossa identidade e memória.
356

● Explorar diferentes tecnologias e recursos digitais (multimeios,


Arte e Tecnologia animações, jogos eletrônicos, gravações em áudio e vídeo, fotografia,
softwares etc.) nos processos de criação artística.

● Explorar fontes sonoras diversas, como as existentes no próprio corpo


(palmas, voz, percussão corporal), na natureza e em objetos cotidianos,
Materialidade reconhecendo os elementos constitutivos da música e as características
de instrumentos musicais variados.

● Explorar diferentes formas de registro musical não convencional


Notação e (representação gráfica de sons, partituras criativas etc.), bem como
registro musical procedimentos e técnicas de registro em áudio e audiovisual, e
reconhecer a notação musical convencional.

● Experimentar improvisações, composições e sonorização de histórias,


entre outros, utilizando vozes, sons corporais e/ou instrumentos musicais
convencionais ou não convencionais, de modo individual, coletivo e
Processos de colaborativo.
criação ● Experienciar motivos rítmicos e melódicos produzidos a partir da
exploração corporal.
● Experimentar brincadeiras musicais com diferentes acentos rítmicos
(binário, ternário, quaternário, entre outros).

1º CICLO
Arte – 2° ano
Núcleos Objetos de
Objetivos de Aprendizagem e Desenvolvimento Propostas Metodológicas
Temáticos Conhecimento
● Experimentar e apreciar formas distintas de manifestações da dança ● Apresentação visual (vídeos) de produções
Contextos e
Dança presentes em diferentes contextos, cultivando a percepção, o imaginário, a coreográficas das diversas linguagens da
práticas
capacidade de simbolizar e o repertório corporal. dança: Ballet Clássico, Jazz,
357

● Identificar aspectos de sua imagem corporal. Dança Moderna, Dança Contemporânea, Dança
● Perceber os diversos ritmos internos (batimentos, respiração etc.) e de Rua, Danças Populares etc.
externos (dia/noite, ondas do mar, ritmos musicais etc.).
● Identificar através dos sentidos do corpo humano a materialidade dos ● Experimentação das diversas partes do corpo
costumes indígenas e afro-brasileiros no que tange a identidade e raça. através de movimentos comuns e toques.
● Estabelecer relações entre as partes do corpo e destas com o todo corporal na
● Experimentação de movimentos nos níveis
construção do movimento dançado.
alto, médio e baixo.
● Experimentar diferentes formas de orientação no espaço (deslocamentos,
Elementos da planos, direções, caminhos etc.) e ritmos de movimento (lento, moderado e
● Composição coreográfica individual, em
linguagem rápido) na construção do movimento dançado.
duplas, em grupos e com objetos.
● Explorar as variações do tempo, do movimento e suas possibilidades de
relações espaciais ao dançar.
● Exercitar a respiração como um importante
● Explorar e vivenciar ações corporais (andar, correr, saltar, saltitar, rolar,
movimento, atentando para todos os
rastejar, empurrar, puxar, girar, flexionar, estender, torcer etc.).
movimentos involuntários produzidos no
● Reconhecer e analisar a influência de distintas matrizes estéticas e culturais funcionamento dos órgãos do corpo.
da dança nas manifestações artísticas das culturas locais, regionais,
Matrizes Estéticas nacionais e internacionais com uma visão universal, entendendo o processo ● Utilização do livro didático e paradidático
e Culturais de emancipação e constituição da identidade pela transformação e como mais uma referência na contextualização
reelaboração da bagagem estética trazida pelos colonizadores, indígenas, e experimentação no estudo da história da arte.
africanos e imigrantes. Suas contribuições na construção da nossa
identidade e memória. ● Elaboração de projetos interdisciplinares,
permeando o ensino das múltiplas
● Explorar diferentes tecnologias e recursos digitais (multimeios, animações,
Arte e Tecnologia jogos eletrônicos, gravações em áudio e vídeo, fotografia, softwares etc.)
nos processos de criação artística.
● Experimentar diferentes formas de expressão artística (desenho, pintura,
colagem, quadrinhos, dobradura, escultura, modelagem, instalação, vídeo,
Materialidade fotografia etc.), em relação ao corpo e ritmo, fazendo uso sustentável de
materiais, instrumentos, recursos e técnicas convencionais e não
convencionais.
Processos de
● Criar e improvisar movimentos dançados de modo individual, coletivo e
criação
colaborativo, considerando os aspectos estruturais, dinâmicos e expressivos
358

dos elementos constitutivos do movimento, com base nos códigos de dança. linguagens, meio ambiente e ciências de modo
● Discutir, com respeito e sem preconceito, as experiências pessoais e transversal e integrado.
coletivas em dança, vivenciadas na escola, como fonte para a construção de
vocabulários e repertórios próprios.
● Explorar sequências de ações corporais e formas de registro das sequências.

1º CICLO

Arte – 3° ano

Núcleos Objetos de
Temáticos Conhecimento Objetivos de Aprendizagem e Desenvolvimento Propostas Metodológicas

● Identificar e apreciar formas distintas das artes visuais tradicionais e ● Utilização de reproduções da cultura visual
contemporâneas, cultivando a percepção, o imaginário, a capacidade de (pinturas, esculturas, vídeos, gravuras, ilustrações)
simbolizar e o repertório imagético. em sala de aula para inspirar a criação e a releitura
Contextos e ● Apreciar e comentar os seus registros artísticos e os dos outros de obras artísticas.
práticas estudantes. ● Utilização do livro didático e paradidático como
● Experienciar diferentes possibilidades na produção, fruição e medição mais uma referência na contextualização e
de trabalhos artísticos. experimentação no estudo da história da arte.
● Elaboração de projetos interdisciplinares,
Artes permeando o ensino das múltiplas linguagens,
Visuais ● Explorar e reconhecer elementos constitutivos das artes visuais (ponto,
linha, forma, cor, espaço, movimento etc.). meio ambiente e ciências de modo transversal e
● Explorar os elementos formais que estruturam a linguagem (ponto, integrado.
Elementos da linha, forma, cor e espaço) e como esses elementos são expressos nas ● Apresentação de produções imagéticas de
linguagem produções artísticas em processo de alfabetização visual (texturas, diferentes culturas (europeia, indígena, africana,
movimentos, volumes, tonalidades, bidimensional, tridimensional, americana e oriental).
luminosidade etc.). ● Estímulo ao contato com obras artísticas em visitas
a espaços culturais.

Matrizes estéticas e ● Reconhecer e analisar a influência de distintas matrizes estéticas e


culturais culturais das artes visuais nas manifestações artísticas das culturas
359

locais, regionais, nacionais e internacionais com uma visão universal,


entendendo o processo de emancipação e constituição da identidade pela
transformação e reelaboração da bagagem estética trazida pelos
colonizadores, indígenas, africanos e imigrantes. Suas contribuições na
construção da nossa identidade e memória.
● Explorar diferentes tecnologias e recursos digitais (multimeios,
Arte e tecnologia animações, jogos eletrônicos, gravações em áudio e vídeo, fotografia,
softwares etc.) nos processos de criação artística.
● Experimentar diferentes formas de expressão artística (desenho,
pintura, colagem, quadrinhos, dobradura, escultura, modelagem,
Materialidade instalação, vídeo, fotografia etc.), fazendo uso sustentável de materiais,
instrumentos, recursos e técnicas convencionais e não convencionais.
● Experimentar a criação em artes visuais de modo individual, coletivo e
colaborativo, explorando diferentes espaços da escola e da
comunidade.
Processos de criação ● Dialogar sobre a sua criação e as dos colegas, para alcançar sentidos
plurais.
● Conhecer e explorar diferentes materialidades, elementos da
linguagem, temas e formas, ampliando repertórios visuais na
experiência poética da ação criadora, com direito a produção, a partir
do estágio de seu desenvolvimento infantil.
● Conhecer e explorar diferentes repertórios visuais associados aos
conceitos e processos de criação em que está envolvido, considerando
artistas africanos, afro-brasileiros, povos indígenas e produção de
mulheres.
● Explorar a criação de tintas a partir de elementos da natureza e fazer
uso de suportes grandes, além de pesquisar riscadores e suportes.
● Explorar diversos elementos visuais associados aos conceitos de
sustentabilidade considerando o ambiente natural e construído.
360

1º CICLO

Arte – 3° ano

Núcleos Objetos de
Temáticos Conhecimento Objetivos de Aprendizagem e Desenvolvimento Propostas Metodológicas

● Atividades que vivenciem o faz de conta.


● Reconhecer e apreciar formas distintas de manifestações do teatro
presentes em diferentes contextos, aprendendo a ver e a ouvir histórias ● Expressão corporal e a imaginação, com jogos e
dramatizadas e cultivando a percepção, o imaginário, a capacidade de brincadeiras, como cantigas de roda diversas.
simbolizar e o repertório ficcional.
● Conhecer as possibilidades de utilização da linguagem corporal como
forma de expressão, de comunicação e de autopercepção. ● Encenação de histórias a partir de ilustrações.
● Utilizar gestos, expressões e movimentos corporais por meio da dança
Teatro Contextos e e de improvisações teatrais.
práticas ● Utilizar a expressão corporal e oral em representações musicais e ● Contação de histórias, desdobrando-as em
teatrais (música e dança indígena e afro-brasileira). diferentes possibilidades cênicas.
● Conhecer e vivenciar o jogo teatral e sua estruturação por meio de
regras.
● Construir personagens simples por meio da imitação, da memória e da ● Jogos rítmicos.
invenção.
● Identificar através dos sentidos do corpo humano a materialidade dos
costumes indígenas e afro-brasileiros no que tange à identidade e à raça.
361

● Descobrir teatralidades na vida cotidiana, identificando elementos


teatrais (variadas entonações de voz, diferentes fisicalidades, diversidade ● Construção de histórias sonoras.
de personagens e narrativas etc.).
● Experimentar as possibilidades criativas do corpo e da voz.
● Conhecer diferentes formas do fazer teatral: de bonecos, de objetos, de ● Trabalho com teatro de bonecos (fantoches,
Elementos da máscaras e de corpo. dedoches, bonecos de vara etc.).
linguagem ● Perceber o gesto e como ele pode ser usado com diferentes intenções e
significados.
● Explorar o corpo para se expressar de forma mais consciente. ● Construção de instrumentos musicais com material
● Experimentar os jogos de construção narrativa que envolvam reciclável.
monólogos e diálogos.
● Exploração de possibilidades rítmicas das cantigas
● Reconhecer e analisar a influência de distintas matrizes estéticas e de rodas, folguedos populares etc.
culturais do teatro nas manifestações artísticas das culturas locais,
regionais, nacionais e internacionais com uma visão universal,
Matrizes estéticas e entendendo o processo de emancipação e constituição da identidade pela ● Utilização do livro didático e paradidático como
culturais transformação e reelaboração da bagagem estética trazida pelos mais uma referência na contextualização e
colonizadores, indígenas, africanos e imigrantes. Suas contribuições na experimentação no estudo da história da arte.
construção da nossa identidade e memória.

● Explorar diferentes tecnologias e recursos digitais (multimeios, ● Elaboração de projetos interdisciplinares,


Arte e Tecnologia animações, jogos eletrônicos, gravações em áudio e vídeo, fotografia, permeando o ensino das múltiplas linguagens,
softwares etc.) nos processos de criação artística. meio ambiente e ciências de modo transversal e
integrado.
● Experimentar diferentes formas de expressão artística (desenho, pintura,
colagem, quadrinhos, dobradura, escultura, modelagem, instalação,
Materialidade vídeo, fotografia etc.), em relação ao corpo e encenação, fazendo uso
sustentável de materiais, instrumentos, recursos e técnicas convencionais
e não convencionais.

Processos ● Experimentar o trabalho colaborativo, coletivo e autoral em


de criação improvisações teatrais e processos narrativos criativos em teatro,
362

explorando desde a teatralidade dos gestos e das ações do cotidiano até


elementos de diferentes matrizes estéticas e culturais.
● Exercitar a imitação e o faz de conta, ressignificando objetos e fatos e
experimentando-se no lugar do outro, ao compor e encenar
acontecimentos cênicos, por meio de músicas, imagens, textos ou outros
pontos de partida, de forma intencional e reflexiva.
● Experimentar possibilidades criativas de movimento e de voz na criação
de um personagem teatral, discutindo estereótipos.
● Construir e exteriorizar pensamentos, emoções e sensações elaboradas a
partir da vivência do seu imaginário.
● Experimentar pequenas melodias e/ou frases rítmicas, utilizando as
variações de articulação, expressividade, dinâmica e variação de
andamento.

1º CICLO

Arte – 3° ano

Núcleos Objetos de
Temáticos Conhecimento Objetivos de Aprendizagem e Desenvolvimento Propostas Metodológicas

● Identificar e apreciar criticamente diversas formas e gêneros de ● Construção de instrumentos musicais com
expressão musical, reconhecendo e analisando os usos e as funções da material reciclável.
música em diversos contextos de circulação, em especial, aqueles da
vida cotidiana.
Música Contextos e ● Utilizar gestos, expressões
● Explorar os elementos constituintes da linguagem sonora através da e movimentos
práticas
ludicidade e da prática sensorial. corporais por meio da música.
● Identificar através dos sentidos do corpo humano a materialidade dos
costumes indígenas e afro-brasileiros no que tange à identidade e à raça.
● Desenvolver habilidades do domínio psicomotor em sua totalidade.
● Explorar o silêncio e os sons (objetos, ambiente, instrumentos
musicais e corpo).
363

● Desenvolver a linguagem musical como forma de expressão artística ● Utilização de jogos musicais convencionais e não
para além das paisagens sonoras de época. convencionais do universo tradicional e
experimental.

● Perceber e explorar os elementos constitutivos da música (altura, ● Vivências simuladas através de brincadeiras e de
intensidade, timbre, melodia, ritmo etc.), por meio de jogos, diferentes jogos lúdicos alternativos.
brincadeiras, canções e práticas diversas de composição/criação,
execução e apreciação musical.
● Explorar o silêncio e os sons (objetos, ambiente, instrumentos musicais ● Utilização de recursos pedagógico-instrumentais
e corpo). para desenvolvimento da caligrafia musical.
● Perceber onde há ritmo dentro do corpo (batimentos cardíacos,
respiração, piscar dos olhos, caminhada etc.) e fora dele (no movimento
Elementos da do relógio, das máquinas, na passagem do tempo, nas estações do ano, ● Utilização do livro didático e paradidático como
linguagem nas ondas do mar, no motor de automóveis, no deslocamento das mais uma referência na contextualização e
pessoas, entre outros). experimentação no estudo da história da arte.
● Explorar elementos de articulação, expressividade, dinâmica e variação
de andamento (agógica) em práticas corporais de composição/criação,
execução e apreciação musicais. ● Elaboração de projetos interdisciplinares,
● Construir instrumentos musicais convencionais e/ou não convencionais, permeando o ensino das múltiplas linguagens,
como cotidiáfonos, pios, ocarinas, flautas e instrumentos de percussão. meio ambiente e ciências de modo transversal e
integrado.

● Reconhecer e analisar a influência de distintas matrizes estéticas e


culturais da música nas manifestações artísticas das culturas locais,
regionais, nacionais e internacionais com uma visão universal,
Matrizes Estéticas entendendo o processo de emancipação e constituição da identidade pela
e Culturais transformação e reelaboração da bagagem estética trazida pelos
colonizadores, indígenas, africanos e imigrantes. Suas contribuições na
construção da nossa identidade e memória.
364

● Explorar diferentes tecnologias e recursos digitais (multimeios,


Arte e Tecnologia animações, jogos eletrônicos, gravações em áudio e vídeo, fotografia,
softwares etc.) nos processos de criação artística.

● Explorar fontes sonoras diversas, como as existentes no próprio corpo


(palmas, voz, percussão corporal), na natureza e em objetos cotidianos,
Materialidade reconhecendo os elementos constitutivos da música e as características
de instrumentos musicais variados.

● Explorar diferentes formas de registro musical não convencional


Notação e (representação gráfica de sons, partituras criativas etc.), bem como
registro musical procedimentos e técnicas de registro em áudio e audiovisual, e
reconhecer a notação musical convencional.

● Experimentar improvisações, composições e sonorização de histórias,


entre outros, utilizando vozes, sons corporais e/ou instrumentos musicais
Processos de convencionais ou não convencionais, de modo individual, coletivo e
criação colaborativo.
● Experienciar motivos rítmicos e melódicos produzidos a partir da
exploração corporal.
● Experimentar brincadeiras musicais com diferentes acentos rítmicos
(binário, ternário, quaternário, entre outros).
365

1º CICLO
Arte – 3° ano
Núcleos Objetos de
Objetivos de Aprendizagem e Desenvolvimento Propostas Metodológicas
Temáticos Conhecimento
● Experimentar e apreciar formas distintas de manifestações da dança ● Apresentação visual (vídeos) de produções
Dança
presentes em diferentes contextos, cultivando a percepção, o coreográficas das diversas linguagens da dança:
imaginário, a capacidade de simbolizar e o repertório corporal. Ballet Clássico, Jazz, Dança Moderna,
Contextos e práticas ● Identificar aspectos de sua imagem corporal. Dança Contemporânea, Dança de Rua, Danças
● Perceber os diversos ritmos internos (batimentos, respiração etc.) e populares etc.
externos (dia/noite, ondas do mar, ritmos musicais etc.).
● Identificar através dos sentidos do corpo humano a materialidade dos ● Experimentação das diversas partes do corpo
costumes indígenas e afro-brasileiros no que tange à identidade e à raça. através de movimentos comuns e toques.
● Estabelecer relações entre as partes do corpo e destas com o todo
corporal na construção do movimento dançado. ● Experimentação de movimentos nos níveis alto,
● Experimentar diferentes formas de orientação no espaço (deslocamentos, médio e baixo.
planos, direções, caminhos etc.) e ritmos de movimento (lento, moderado
Elementos da e rápido) na construção do movimento dançado. ● Composição coreográfica individual, em duplas,
linguagem ● Explorar as variações do tempo, do movimento e suas possibilidades de em grupos e com objetos.
relações espaciais ao dançar.
● Explorar e vivenciar ações corporais (andar, correr, saltar, saltitar, rolar, ● Exercitar a respiração como um importante
rastejar, empurrar, puxar, girar, flexionar, estender, torcer etc.). movimento, atentando para todos os movimentos
involuntários produzidos no funcionamento dos
● Reconhecer e analisar a influência de distintas matrizes estéticas e órgãos do corpo.
culturais da dança nas manifestações artísticas das culturas locais,
Matrizes Estéticas e regionais, nacionais e internacionais com uma visão universal, ● Utilização do livro didático e paradidático como
Culturais entendendo o processo de emancipação e constituição da identidade pela mais uma referência na contextualização e
transformação e reelaboração da bagagem estética trazida pelos experimentação no estudo da história da arte.
colonizadores, indígenas, africanos e imigrantes. Suas contribuições na
construção da nossa identidade e memória.
● Elaboração de projetos interdisciplinares,
● Explorar diferentes tecnologias e recursos digitais (multimeios, permeando o ensino das múltiplas linguagens,
Arte e Tecnologia animações, jogos eletrônicos, gravações em áudio e vídeo, fotografia, meio ambiente e ciências de modo transversal e
softwares etc.) nos processos de criação artística.
366

● Experimentar diferentes formas de expressão artística (desenho, pintura, integrado.


colagem, quadrinhos, dobradura, escultura, modelagem, instalação,
Materialidade vídeo, fotografia etc.), em relação ao corpo e ritmo, fazendo uso
sustentável de materiais, instrumentos, recursos e técnicas
convencionais e não convencionais.
● Criar e improvisar movimentos dançados de modo individual, coletivo e
colaborativo, considerando os aspectos estruturais, dinâmicos e
expressivos dos elementos constitutivos do movimento, com base nos
códigos de dança.
Processos de ● Discutir, com respeito e sem preconceito, as experiências pessoais e
criação coletivas em dança, vivenciadas na escola, como fonte para a construção
de vocabulários e repertórios próprios.
● Explorar sequências de ações corporais e formas de registro das
sequências.

2º CICLO

Arte – 4° ano

Núcleos Objetos de
Temáticos Conhecimento Objetivos de Aprendizagem e Desenvolvimento Propostas Metodológicas

● Identificar e apreciar formas distintas das artes visuais tradicionais e ● Utilização de reproduções da cultura visual
contemporâneas, cultivando a percepção, o imaginário, a capacidade (pinturas, esculturas, vídeos, gravuras, ilustrações)
Contextos e de simbolizar e o repertório imagético. em sala de aula para inspirar a criação e a releitura
práticas ● Identificar elementos estruturantes das artes visuais. de obras artísticas.
● Fazer escolhas e uso de elementos da linguagem e articulá-los. ● Utilização do livro didático e paradidático como
mais uma referência na contextualização e
experimentação no estudo da história da arte.
● Elaboração de projetos interdisciplinares,
Artes permeando o ensino das múltiplas linguagens,
Visuais meio ambiente e ciências de modo transversal e
367

● Explorar e reconhecer elementos constitutivos das artes visuais (ponto, integrado.


linha, forma, cor, espaço, movimento etc.). ● Apresentação de produções imagéticas de
Elementos da ● Realizar composições, combinando os elementos da visualidade em diferentes culturas (europeia, indígena, africana,
linguagem explorações de conceitos (bidimensional, tridimensional, movimentos, americana e oriental).
profundidade e outros).

● Reconhecer e analisar a influência de distintas matrizes estéticas e


Matrizes culturais das artes visuais nas manifestações artísticas das culturas
estéticas e locais, regionais, nacionais e internacionais com uma visão universal,
culturais entendendo o processo de emancipação e constituição da identidade
pela transformação e reelaboração da bagagem estética trazida pelos

colonizadores, indígenas, africanos e imigrantes. Suas contribuições ● Estímulo ao contato com obras artísticas em visitas
na construção da nossa identidade e memória. a espaços culturais.
● Montagem de exposição das produções artísticas
● Explorar diferentes tecnologias e recursos digitais (multimeios, dos alunos.
Arte e tecnologia animações, jogos eletrônicos, gravações em áudio e vídeo, fotografia, ● Projeção de filmes de animação, explorando
softwares etc.) nos processos de criação artística. conceitos de artes visuais
● Leitura de histórias, ressaltando o trabalho de
ilustração e os diferentes modos de construí-las
(pintura, desenhos, fotos, montagem, recorte e
colagem).
● Criação de histórias em conjunto e registro em
● Experimentar diferentes formas de expressão artística (desenho, desenhos, pinturas, colagens e outras formas de
pintura, colagem, quadrinhos, dobradura, escultura, modelagem, representação visual.
Materialidade instalação, vídeo, fotografia etc.), fazendo uso sustentável de ● Trabalho com jogos de diferentes tipos (dominós,
materiais, instrumentos, recursos e técnicas convencionais e não quebra-cabeças, jogos de computador) que utilizem
convencionais. imagens artísticas, de modo a enriquecer o
repertório cultural dos alunos.
● Criação e reprodução de obras artísticas por meio
da proposição de atividades que explorem
diferentes técnicas e formas expressivas: desenho,
pintura, recorte e colagem, modelagem.
368

● Desenvolvimento de atividades que proporcionem


a experimentação de diversos suportes e materiais
● Experimentar a criação em artes visuais de modo individual, coletivo tanto industrializados quanto artesanais, como giz
e colaborativo, explorando diferentes espaços da escola e da de cera, massa colorida, guache, anilina, cola,
comunidade. tecido, fios.
● Dialogar sobre a sua criação e as dos colegas, para alcançar sentidos
● Exploração de formas e texturas encontradas em
plurais.
materiais e imagens.
● Produzir artisticamente, utilizando diferentes materialidades e
● Exploração da mistura de cores primárias e
procedimentos.
secundárias, além da descoberta de diferentes
Processos de ● Conhecer e interagir com obras artísticas originais em instituições
tonalidades.
criação culturais (por meio físico ou virtual).
● Utilização de materiais recicláveis para construção
● Conhecer e explorar diferentes repertórios visuais associados aos
de objetos bi e tridimensionais.
conceitos e processos de criação em que está envolvido, considerando
artistas africanos, afro-brasileiros, povos indígenas e produção de
mulheres.
● Explorar a criação de tintas a partir de elementos da natureza e
fazer uso de suportes grandes, além de pesquisar riscadores e suportes.
● Explorar diversos elementos visuais associados aos conceitos de
sustentabilidade considerando o ambiente natural e construído.
369

2º CICLO

Arte – 4° ano

Núcleos Objetos de
Temáticos Conhecimento Objetivos de Aprendizagem e Desenvolvimento Propostas Metodológicas

● Reconhecer e apreciar formas distintas de manifestações do teatro ● Utilização do teatro de bonecos, mamulengos e as
presentes em diferentes contextos, aprendendo a ver e a ouvir histórias possibilidades circenses.
dramatizadas e cultivando a percepção, o imaginário, a capacidade de
simbolizar e o repertório ficcional.
● Conhecer a história do teatro e sua relevância na história social e ● Construção coletiva de textos e histórias, criando
Contextos e cultural humana. cenas.
práticas
● Conhecer a relação entre a linguagem teatral e outras formas artísticas,
como o cinema e o circo. ● Utilização de diferentes figurinos e adereços para
Teatro ● Experimentar e utilizar os elementos da linguagem teatral articulados criação de personagens.
com outras linguagens cênicas e audiovisuais.
● Identificar através dos sentidos do corpo humano a materialidade dos
costumes indígenas e afro-brasileiros no que tange à identidade e à ● Atividades de relaxamento corporal.
raça.
● Descobrir teatralidades na vida cotidiana, identificando elementos ● Pesquisas de manchetes de jornais e notícias para
teatrais (variadas entonações de voz, diferentes fisicalidades, criação de histórias.
Elementos da diversidade de personagens e narrativas etc.).
linguagem ● Conhecer e diferenciar elementos da linguagem teatral: figurino,
maquiagem, cenário, adereços, sonoplastia etc.

● Explorar e perceber elementos externos que podem se tornar


elementos cênicos (objetos, personagens e situações). ● Escolha de histórias para recontar de forma
expressiva ou cênica.

● Jogos rítmicos para exploração de elementos


sonoros (timbre, altura e intensidade).
370

● Reconhecer e analisar a influência de distintas matrizes estéticas e


culturais do teatro nas manifestações artísticas das culturas locais, ● Utilização do livro didático e paradidático como
Matrizes regionais, nacionais e internacionais com uma visão universal, mais uma referência na contextualização e
estéticas e entendendo o processo de emancipação e constituição da identidade experimentação no estudo da história da arte.
culturais pela transformação e reelaboração da bagagem estética trazida pelos
colonizadores, indígenas, africanos e imigrantes. Suas contribuições
na construção da nossa identidade e memória. ● Elaboração de projetos interdisciplinares,
permeando o ensino das múltiplas linguagens,
meio ambiente e ciências de modo transversal e
● Explorar diferentes tecnologias e recursos digitais (multimeios, integrado.
Arte e Tecnologia animações, jogos eletrônicos, gravações em áudio e vídeo, fotografia,
softwares etc.) nos processos de criação artística.

● Experimentar diferentes formas de expressão artística (desenho,


pintura, colagem, quadrinhos, dobradura, escultura, modelagem,
Materialidade instalação, vídeo, fotografia etc.), em relação ao corpo e encenação,
fazendo uso sustentável de materiais, instrumentos, recursos e técnicas
convencionais e não convencionais.

● Experimentar o trabalho colaborativo, coletivo e autoral em


improvisações teatrais e processos narrativos criativos em teatro,
explorando desde a teatralidade dos gestos e das ações do cotidiano
atéelementos de diferentes matrizes estéticas e culturais.
● Exercitar a imitação e o faz de conta, ressignificando objetos e fatos e
Processos de
experimentando-se no lugar do outro, ao compor e encenar
criação
acontecimentos cênicos, por meio de músicas, imagens, textos ou
outros pontos de partida, de forma intencional e reflexiva.
● Experimentar possibilidades criativas de movimento e de voz na
criação de um personagem teatral, discutindo estereótipos.
● Experimentar o processo de criação de cenografia, sonoplastia,
iluminação, figurino e maquiagem.
● Planejar, refletir e integrar as ações cênicas e seus elementos em
improvisações teatrais.
371

2º CICLO

Arte – 4° ano

Núcleos Objetos de
Temáticos Conhecimento Objetivos de Aprendizagem e Desenvolvimento Propostas Metodológicas

● Identificar através dos sentidos do corpo humano a materialidade dos ● Utilização do livro didático e paradidático como
costumes indígenas e afro-brasileiros no que tange à identidade e à raça. mais uma referência na contextualização e
● Identificar e apreciar criticamente diversas formas e gêneros de experimentação no estudo da história da arte.
Contextos e expressão musical, reconhecendo e analisando os usos e as funções da
práticas música em diversos contextos de circulação, em especial, aqueles da
vida cotidiana. ● Elaboração de projetos interdisciplinares,
● Conhecer o uso, na música, do silêncio, da pausa, dos respiros e da permeando o ensino das múltiplas linguagens,
fermata, organizando frases e semifrases. meio ambiente e ciências de modo transversal e
integrado.
Música ● Perceber e explorar os elementos constitutivos da música (altura,
intensidade, timbre, melodia, ritmo etc.), por meio de jogos,
Elementos da brincadeiras, canções e práticas diversas de composição/criação, ● Construção de instrumentos musicais com
linguagem execução e apreciação musical. material reciclável.
● Identificar o silêncio, como elemento musical, por meio da experiência
da escuta musical.
● Utilizar gestos, expressões e movimentos
corporais por meio da música.
● Reconhecer e analisar a influência de distintas matrizes estéticas e
Matrizes culturais da música nas manifestações artísticas das culturas locais,
Estéticas e regionais, nacionais e internacionais com uma visão universal,
Culturais entendendo o processo de emancipação e constituição da identidade
pela transformação e reelaboração da bagagem estética trazida pelos

colonizadores, indígenas, africanos e imigrantes. Suas contribuições na ● Utilização de jogos musicais convencionais e não
construção da nossa identidade e memória. convencionais do universo tradicional e
372

● Explorar diferentes tecnologias e recursos digitais (multimeios, experimental.


Arte e Tecnologia animações, jogos eletrônicos, gravações em áudio e vídeo, fotografia,
softwares etc.) nos processos de criação artística.
● Vivências simuladas através de brincadeiras e de
diferentes jogos lúdicos alternativos.
● Explorar fontes sonoras diversas, como as existentes no próprio corpo
(palmas, voz, percussão corporal), na natureza e em objetos cotidianos,
Materialidade reconhecendo os elementos constitutivos da música e as características
● Utilização de recursos pedagógico-instrumentais
de instrumentos musicais variados.
para desenvolvimento da caligrafia musical.
● Explorar diferentes formas de registro musical não convencional
Notação e (representação gráfica de sons, partituras criativas etc.), bem como
registro musical procedimentos e técnicas de registro em áudio e audiovisual, e
reconhecer a notação musical convencional.

● Experimentar improvisações, composições e sonorização de histórias,


entre outros, utilizando vozes, sons corporais e/ou instrumentos
musicais convencionais ou não convencionais, de modo individual,
Processos de coletivo e colaborativo.
criação ● Criar frases e semifrases musicais (rítmicas ou melódicas) e
experimentar o uso da pausa, da respiração e da fermata.
● Compor motivos musicais a partir do levantamento realizado com o
mapeamento sonoro.
373

2º CICLO

Arte – 4° ano
Núcleos Objetos de
Objetivos de Aprendizagem e Desenvolvimento Propostas Metodológicas
Temáticos Conhecimento
● Identificar através dos sentidos do corpo humano a materialidade dos ● Utilização do livro didático e paradidático como
costumes indígenas e afro-brasileiros no que tange à identidade e à raça. mais uma referência na contextualização e
● Experimentar e apreciar formas distintas de manifestações da dança experimentação no estudo da história da arte.
Contextos e presentes em diferentes contextos, cultivando a percepção, o imaginário, ● Elaboração de projetos interdisciplinares,
práticas a capacidade de simbolizar e o repertório corporal. permeando o ensino das múltiplas linguagens,
● Vivenciar e se apropriar das variações dinâmicas do tempo (pausa, meio ambiente e ciências de modo transversal e
velocidade, ritmos variados etc.), dos movimentos e das possíveis integrado.
relações espaciais. ● Apresentação visual (vídeos) de produções
coreográficas das diversas linguagens da dança:
● Estabelecer relações entre as partes do corpo e destas com o todo Ballet Clássico, Jazz, Dança Moderna, Dança
corporal na construção do movimento dançado. Contemporânea, Dança de Rua, Danças populares
● Experimentar diferentes formas de orientação no espaço (deslocamentos, etc.
planos, direções, caminhos etc.) e ritmos de movimento (lento, moderado ● Experimentação das diversas partes do corpo
Dança Elementos da e rápido) na construção do movimento dançado. através de movimentos comuns e toques.
linguagem ● Experienciar os elementos da linguagem da dança (estrutura corporal, ● Experimentação de movimentos nos níveis alto,
tempo, ritmo, dinâmicas de velocidade, espaço, uso de peso, médio e baixo.
experimentação de formas corporais e espaciais, gestos expressivos e ● Composição coreográfica individual, em duplas,
cotidianos, movimento dançado, entre outros) para ampliação do em grupos e com objetos.
repertório motor. ● Exercitar a respiração como um importante
movimento, atentando para todos os movimentos
involuntários produzidos no funcionamento dos
órgãos do corpo.
● Reconhecer e analisar a influência de distintas matrizes estéticas e
culturais da dança nas manifestações artísticas das culturas locais, ● Apreciar a produção artística e coreográfica dos
Matrizes regionais, nacionais e internacionais com uma visão universal, outros componentes do grupo de referência.
Estéticas e entendendo o processo de emancipação e constituição da identidade pela ● Observar as diversas produções coreográficas
Culturais transformação e reelaboração da bagagem estética trazida pelos apresentadas nos veículos midiáticos.
colonizadores, indígenas, africanos e imigrantes. Suas contribuições na
construção da nossa identidade e memória.
374

● Explorar diferentes tecnologias e recursos digitais (multimeios, ● Apresentação dos diversos espaços e elementos do
Arte e Tecnologia animações, jogos eletrônicos, gravações em áudio e vídeo, fotografia, teatro (camarins, palco, coxias, elementos de som e
softwares etc.) nos processos de criação artística. iluminação).
● Experimentar diferentes formas de expressão artística (desenho, pintura, ● Produção de cenários e utilização de figurinos.
colagem, quadrinhos, dobradura, escultura, modelagem, instalação,
Materialidade vídeo, fotografia etc.), em relação ao corpo e ritmo, fazendo uso
sustentável de materiais, instrumentos, recursos e técnicas
convencionais e não convencionais.
● Criar e improvisar movimentos dançados de modo individual, coletivo e
colaborativo, considerando os aspectos estruturais, dinâmicos e
expressivos dos elementos constitutivos do movimento, com base nos
códigos de dança.
Processos de ● Discutir, com respeito e sem preconceito, as experiências pessoais e
criação coletivas em dança vivenciadas na escola, como fonte para a construção
de vocabulários e repertórios próprios.
● Iniciar processos criativos que envolvam seu corpo e do grupo.
● Explorar a integração do corpo com as experiências estéticas (visuais,
sonoras e cênicas).
375

2º CICLO

Arte – 5° ano

Núcleos Objetos de
Temáticos Conhecimento Objetivos de Aprendizagem e Desenvolvimento Propostas Metodológicas

● Identificar e apreciar formas distintas das artes visuais tradicionais e ● Utilização de reproduções da cultura visual
contemporâneas, cultivando a percepção, o imaginário, a capacidade (pinturas, esculturas, vídeos, gravuras, ilustrações)
Artes Contextos e de simbolizar e o repertório imagético. em sala de aula para inspirar a criação e a releitura
Visuais práticas ● Identificar elementos estruturantes das artes visuais. de obras artísticas.
● Fazer escolhas e uso de elementos da linguagem e articulá-los. ● Utilização do livro didático e paradidático como
mais uma referência na contextualização e
● Explorar e reconhecer elementos constitutivos das artes visuais (ponto, experimentação no estudo da história da arte.
linha, forma, cor, espaço, movimento etc.). ● Elaboração de projetos interdisciplinares,
Elementos da ● Realizar composições, combinando os elementos da visualidade em permeando o ensino das múltiplas linguagens,
linguagem explorações de conceitos (bidimensional, tridimensional, movimentos, meio ambiente e ciências de modo transversal e
profundidade e outros). integrado.
● Apresentação de produções imagéticas de
● Reconhecer e analisar a influência de distintas matrizes estéticas e diferentes culturas (europeia, indígena, africana,
culturais das artes visuais nas manifestações artísticas das culturas americana e oriental).
Matrizes estéticas e locais, regionais, nacionais e internacionais com uma visão universal, ● Estímulo ao contato com obras artísticas em visitas
culturais entendendo o processo de emancipação e constituição da identidade a espaços culturais.
pela transformação e reelaboração da bagagem estética trazida pelos ● Montagem de exposição das produções artísticas
colonizadores, indígenas, africanos e imigrantes. Suas contribuições na dos alunos.
construção da nossa identidade e memória. ● Projeção de filmes de animação, explorando
conceitos de artes visuais.
● Explorar diferentes tecnologias e recursos digitais (multimeios, ● Leitura de histórias, ressaltando o trabalho de
Arte e tecnologia animações, jogos eletrônicos, gravações em áudio e vídeo, fotografia, ilustração e os diferentes modos de construí-las
softwares etc.) nos processos de criação artística. (pintura, desenhos, fotos, montagem, recorte e
colagem).
● Experimentar diferentes formas de expressão artística (desenho, ● Criação de histórias em conjunto e registro em
pintura, colagem, quadrinhos, dobradura, escultura, modelagem, desenhos, pinturas, colagens e outras formas de
Materialidade instalação, vídeo, fotografia etc.), fazendo uso sustentável de materiais, representação visual.
instrumentos, recursos e técnicas convencionais e não convencionais. ● Trabalho com jogos de diferentes tipos (dominós,
376

● Experimentar a criação em artes visuais de modo individual, coletivo e quebra-cabeças, jogos de computador) que utilizem
colaborativo, explorando diferentes espaços da escola e da imagens artísticas, de modo a enriquecer o
comunidade. repertório cultural dos alunos.
● Dialogar sobre a sua criação e as dos colegas, para alcançar sentidos ● Criação e reprodução de obras artísticas por meio
Processos de criação plurais. da proposição de atividades que explorem
● Produzir artisticamente, utilizando diferentes materialidades e diferentes técnicas e formas
procedimentos.
● Conhecer e interagir com obras artísticas originais em instituições
culturais (por meio físico ou virtual).
● Conhecer e explorar diferentes repertórios visuais associados aos
conceitos e processos de criação em que está envolvido, considerando
artistas africanos, afro-brasileiros, povos indígenas e produção de expressivas: desenho, pintura, recorte e colagem,
mulheres. modelagem.
● Explorar a criação de tintas a partir de elementos da natureza e ● Desenvolvimento de atividades que proporcionem
fazer uso de suportes grandes, além de pesquisar riscadores e suportes. a experimentação de diversos suportes e materiais
● Explorar diversos elementos visuais associados aos conceitos de tanto industrializados quanto artesanais, como giz
sustentabilidade considerando o ambiente natural e construído. de cera, massa colorida, guache, anilina, cola,
tecido, fios.
● Exploração de formas e texturas encontradas em
materiais e imagens.
● Exploração da mistura de cores primárias e
secundárias, além da descoberta de diferentes
tonalidades.
● Utilização de materiais recicláveis para construção
de objetos bi e tridimensionais.
377

2º CICLO

Arte – 5° ano

Núcleos Objetos de
Temáticos Conhecimento Objetivos de Aprendizagem e Desenvolvimento Propostas Metodológicas

● Reconhecer e apreciar formas distintas de manifestações do teatro ● Utilização do teatro de bonecos,


presentes em diferentes contextos, aprendendo a ver e a ouvir histórias mamulengos e as possibilidades circenses.
dramatizadas e cultivando a percepção, o imaginário, a capacidade de
Teatro Contextos e simbolizar e o repertório ficcional. ● Construção coletiva de textos e histórias, criando
práticas ● Conhecer a história do teatro e sua relevância na história social e cenas.
cultural humana.
● Conhecer a relação entre a linguagem teatral e outras formas artísticas,
como o cinema e o circo.

● Experimentar e utilizar os elementos da linguagem teatral ● Utilização de diferentes figurinos e adereços para
articulados com outras linguagens cênicas e audiovisuais. criação de personagens.
● Identificar através dos sentidos do corpo humano a materialidade
dos costumes indígenas e afro-brasileiros no que tange à identidade e à ● Atividades de relaxamento corporal.
raça.
● Pesquisas de manchetes de jornais e notícias para
● Descobrir teatralidades na vida cotidiana, identificando elementos
criação de histórias.
teatrais (variadas entonações de voz, diferentes fisicalidades,
diversidade de personagens e narrativas etc.).
Elementos da ● Escolha de histórias para recontar de forma
● Conhecer e diferenciar elementos da linguagem teatral: figurino,
linguagem expressiva ou cênica.
maquiagem, cenário, adereços, sonoplastia etc.
● Explorar e perceber elementos externos que podem se tornar
● Jogos rítmicos para exploração de elementos
elementos cênicos (objetos, personagens e situações).
sonoros (timbre, altura e intensidade).

● Utilização do livro didático e paradidático como


mais uma referência na contextualização e
experimentação no estudo da história da arte.
378

● Reconhecer e analisar a influência de distintas matrizes estéticas e


culturais do teatro nas manifestações artísticas das culturas locais, ● Elaboração de projetos interdisciplinares,
Matrizes regionais, nacionais e internacionais com uma visão universal, permeando o ensino das múltiplas linguagens,
estéticas e entendendo o processo de emancipação e constituição da identidade meio ambiente e ciências de modo transversal e
culturais pela transformação e reelaboração da bagagem estética trazida pelos integrado.
colonizadores, indígenas, africanos e imigrantes. Suas contribuições
na construção da nossa identidade e memória.

● Explorar diferentes tecnologias e recursos digitais (multimeios,


Arte e Tecnologia animações, jogos eletrônicos, gravações em áudio e vídeo, fotografia,
softwares etc.) nos processos de criação artística.

● Experimentar diferentes formas de expressão artística (desenho,


pintura, colagem, quadrinhos, dobradura, escultura, modelagem,
Materialidade instalação, vídeo, fotografia etc.), em relação ao corpo e encenação,
fazendo uso sustentável de materiais, instrumentos, recursos e técnicas
convencionais e não convencionais.

Processos de ● Experimentar o trabalho colaborativo, coletivo e autoral em


criação improvisações teatrais e processos narrativos criativos em teatro,

explorando desde a teatralidade dos gestos e das ações do cotidiano até


elementos de diferentes matrizes estéticas e culturais.
● Exercitar a imitação e o faz de conta, ressignificando objetos e fatos e
experimentando-se no lugar do outro, ao compor e encenar
acontecimentos cênicos, por meio de músicas, imagens, textos ou
outros pontos de partida, de forma intencional e reflexiva.
● Experimentar possibilidades criativas de movimento e de voz na
criação de um personagem teatral, discutindo estereótipos.
● Experimentar o processo de criação de cenografia, sonoplastia,
iluminação, figurino e maquiagem.
● Planejar, refletir e integrar as ações cênicas e seus elementos em
improvisações teatrais.
379

2º CICLO

Arte – 5° ano

Núcleos Objetos de
Temáticos Conhecimento Objetivos de Aprendizagem e Desenvolvimento Propostas Metodológicas

● Identificar através dos sentidos do corpo humano a materialidade dos ● Utilização do livro didático e paradidático como
costumes indígenas e afro-brasileiros no que tange à identidade e à mais uma referência na contextualização e
raça. experimentação no estudo da história da arte.
Contextos e ● Identificar e apreciar criticamente diversas formas e gêneros de
Música práticas expressão musical, reconhecendo e analisando os usos e as funções da
música em diversos contextos de circulação, em especial, aqueles da ● Elaboração de projetos interdisciplinares,
vida cotidiana. permeando o ensino das múltiplas linguagens,
● Conhecer o uso, na música, do silêncio, da pausa, dos respiros e da meio ambiente e ciências de modo transversal e
fermata, organizando frases e semifrases. integrado.
Elementos da ● Perceber e explorar os elementos constitutivos da música (altura,
linguagem intensidade, timbre, melodia, ritmo etc.), por meio de jogos, ● Construção de instrumentos musicais com material
brincadeiras, canções e práticas diversas de composição/criação, execução reciclável.
e apreciação musical.
● Identificar o silêncio, como elemento musical, por meio da experiência ● Utilizar gestos, expressões e movimentos corporais
da escuta musical. por meio da música.

● Reconhecer e analisar a influência de distintas matrizes estéticas e ● Utilização de jogos musicais convencionais e não
culturais da música nas manifestações artísticas das culturas locais, convencionais do universo tradicional e
Matrizes Estéticas e regionais, nacionais e internacionais com uma visão universal, experimental.
Culturais entendendo o processo de emancipação e constituição da identidade
pela transformação e reelaboração da bagagem estética trazida pelos ● Vivências simuladas através de brincadeiras e de
colonizadores, indígenas, africanos e imigrantes. Suas contribuições na diferentes jogos lúdicos alternativos.
construção da nossa identidade e memória.
● Explorar diferentes tecnologias e recursos digitais (multimeios, ● Utilização de recursos pedagógico-instrumentais
Arte e Tecnologia animações, jogos eletrônicos, gravações em áudio e vídeo, fotografia,
para desenvolvimento da caligrafia musical.
softwares etc.) nos processos de criação artística.
380

Materialidade ● Explorar fontes sonoras diversas, como as existentes no próprio corpo


(palmas, voz, percussão corporal), na natureza e em objetos cotidianos,
reconhecendo os elementos constitutivos da música e as características
de instrumentos musicais variados.

● Explorar diferentes formas de registro musical não convencional


Notação e registro (representação gráfica de sons, partituras criativas etc.), bem como
musical procedimentos e técnicas de registro em áudio e audiovisual, e
reconhecer a notação musical convencional.

● Experimentar improvisações, composições e sonorização de histórias,


entre outros, utilizando vozes, sons corporais e/ou instrumentos
Processos de criação musicais convencionais ou não convencionais, de modo individual,
coletivo e colaborativo.
● Criar frases e semifrases musicais (rítmicas ou melódicas) e
experimentar o uso da pausa, da respiração e da fermata.

● Compor motivos musicais a partir do levantamento realizado com o


mapeamento sonoro.
381

2º CICLO
Arte – 5° ano
Núcleos Objetos de
Objetivos de Aprendizagem e Desenvolvimento Propostas Metodológicas
Temáticos Conhecimento
● Identificar através dos sentidos do corpo humano a materialidade dos ● Utilização do livro didático e paradidático como
costumes indígenas e afro-brasileiros no que tange à identidade e à raça. mais uma referência na contextualização e
● Experimentar e apreciar formas distintas de manifestações da dança experimentação no estudo da história da arte.
Contextos e presentes em diferentes contextos, cultivando a percepção, o imaginário, ● Elaboração de projetos interdisciplinares,
práticas a capacidade de simbolizar e o repertório corporal. permeando o ensino das múltiplas linguagens,
● Vivenciar e se apropriar das variações dinâmicas do tempo (pausa, meio ambiente e ciências de modo transversal e
velocidade, ritmos variados etc.), dos movimentos e das possíveis integrado.
relações espaciais. ● Apresentação visual (vídeos) de produções
coreográficas das diversas linguagens da dança:
● Estabelecer relações entre as partes do corpo e destas com o todo Ballet Clássico, Jazz, Dança Moderna, Dança
Dança corporal na construção do movimento dançado. Contemporânea, Dança de Rua, Danças populares
● Experimentar diferentes formas de orientação no espaço (deslocamentos, etc.
planos, direções, caminhos etc.) e ritmos de movimento (lento, moderado ● Experimentação das diversas partes do corpo
Elementos da e rápido) na construção do movimento dançado. através de movimentos comuns e toques.
linguagem ● Experienciar os elementos da linguagem da dança (estrutura corporal, ● Experimentação de movimentos nos níveis alto,
tempo, ritmo, dinâmicas de velocidade, espaço, uso de peso, médio e baixo.
experimentação de formas corporais e espaciais, gestos expressivos e ● Composição coreográfica individual, em duplas,
cotidianos, movimento dançado, entre outros) para ampliação do em grupos e com objetos.
repertório motor.

● Reconhecer e analisar a influência de distintas matrizes estéticas e ● Exercitar a respiração como um importante
culturais da dança nas manifestações artísticas das culturas locais, movimento, atentando para todos os movimentos
Matrizes regionais, nacionais e internacionais com uma visão universal, involuntários produzidos no funcionamento dos
Estéticas e entendendo o processo de emancipação e constituição da identidade pela órgãos do corpo.
Culturais transformação e reelaboração da bagagem estética trazida pelos ● Apreciar a produção artística e coreográfica dos
colonizadores, indígenas, africanos e imigrantes. Suas contribuições na outros componentes do grupo de referência.
construção da nossa identidade e memória. ● Observar as diversas produções coreográficas
apresentadas nos veículos midiáticos.
● Explorar diferentes tecnologias e recursos digitais (multimeios,
● Apresentação dos diversos espaços e elementos do
Arte e Tecnologia animações, jogos eletrônicos, gravações em áudio e vídeo, fotografia,
teatro (camarins, palco, coxias, elementos de som e
softwares etc.) nos processos de criação artística.
382

iluminação).
● Experimentar diferentes formas de expressão artística (desenho, pintura, ● Produção de cenários e utilização de figurinos.
Materialidade colagem, quadrinhos, dobradura, escultura, modelagem, instalação,
vídeo, fotografia etc.), em relação ao corpo e ritmo, fazendo uso
sustentável de materiais, instrumentos, recursos e técnicas
convencionais e não convencionais.

● Criar e improvisar movimentos dançados de modo individual, coletivo e


colaborativo, considerando os aspectos estruturais, dinâmicos e
expressivos dos elementos constitutivos do movimento, com base nos
Processos de códigos de dança.
criação ● Discutir, com respeito e sem preconceito, as experiências pessoais e
coletivas em dança vivenciadas na escola, como fonte para a construção
de vocabulários e repertórios próprios.
● Iniciar processos criativos que envolvam seu corpo e do grupo.
● Explorar a integração do corpo com as experiências estéticas (visuais,
sonoras e cênicas).
383

3º CICLO
Arte – 6° ano

Núcleos Objetos de
Temáticos Conhecimento Objetivos de Aprendizagem e Desenvolvimento Propostas Metodológicas

● Pesquisar, apreciar e analisar formas distintas das artes visuais ● Utilização do livro didático e paradidático como
tradicionais e contemporâneas, em obras de artistas brasileiros e mais uma referência na contextualização e
estrangeiros de diferentes épocas e em diferentes matrizes estéticas e experimentação no estudo da história da arte.
culturais, de modo a ampliar a experiência com diferentes contextos e
práticas artístico-visuais e cultivar a percepção, o imaginário, a ● Elaboração de projetos interdisciplinares,
capacidade de simbolizar e o repertório imagético. permeando o ensino das múltiplas linguagens,
● Pesquisar e analisar diferentes estilos visuais, contextualizando-os no meio ambiente e ciências de modo transversal e
tempo e no espaço. integrado.
● Analisar situações nas quais as linguagens das artes visuais se integram
Contextos e às linguagens audiovisuais (cinema, animações, vídeos etc.), gráficas ● Produção de máscaras e acessórios.
práticas (capas de livros, ilustrações de textos diversos etc.), cenográficas,
coreográficas, musicais etc. ● Desenhos com diferentes materiais.
● Conhecer e interagir com obras artísticas originais em instituições
culturais. ● Pintura em diferentes suportes (corporal, parede,
Artes ● Conhecer a formação do povo brasileiro e sua brasilidade cultural e papel etc.).
Visuais artística.
● Refletir sobre a diversidade racial e de gênero a partir de artistas afro- ● Criação de bonecos.
brasileiros, povos indígenas e produções femininas.
● Participar de atividades/eventos artísticos para ampliação do repertório ● Construção de objetos tridimensionais.
estético.
● Analisar os elementos constitutivos das artes visuais (ponto, linha, ● Análise de obras e imagens: fotografia,
Elementos da forma, direção, cor, tom, escala, dimensão, espaço, movimento etc.) na
linguagem reproduções, imagens, imagens publicitárias,
apreciação de diferentes produções artísticas. ilustrações de livros etc.
● Perceber relações entre arte, memória e identidade.
384

● Filmes de animação, stopmotion, flip book


Matrizes estéticas e ● Reconhecer e analisar a influência de distintas matrizes estéticas e
culturais etc.
culturais das artes visuais nas manifestações artísticas das culturas
locais, regionais, nacionais e internacionais com uma universal,
entendendo o processo de emancipação e constituição da identidade pela ● Arte popular, afro-brasileira, indígena, estética, do
transformação e reelaboração da bagagem estética trazida pelos candomblé.
colonizadores, indígenas, africanos e imigrantes. Suas contribuições na
construção da nossa identidade e memória. ● Visitas: espaços culturais, patrimônio, circo,
● Analisar aspectos históricos, sociais e políticos da produção artística, feiras, shows e afins.
problematizando as narrativas eurocêntricas e as diversas
categorizações da arte (arte, artesanato, folclore, design etc.).
● Analisar aspectos históricos, sociais e políticos da produção artística das
culturas africana e indígena e suas influências ancestrais e
contemporâneas no Brasil.
● Identificar e manipular diferentes tecnologias e recursos digitais para
Arte e tecnologia acessar, apreciar, produzir, registrar e compartilhar práticas e
repertórios artísticos, de modo reflexivo, ético e responsável.

● Experimentar e analisar diferentes formas de expressão artística


Materialidade (desenho, pintura, colagem, quadrinhos, dobradura, escultura,
modelagem, instalação, vídeo, fotografia, performance etc.).

● Desenvolver processos de criação em artes visuais, com base em temas


ou interesses artísticos, de modo individual, coletivo e colaborativo,
fazendo uso de materiais, instrumentos e recursos convencionais,
alternativos e digitais.
● Dialogar com princípios conceituais, proposições temáticas, repertórios
Processos de criação imagéticos e processos de criação nas suas produções visuais.
● Conhecer e explorar diferentes repertórios visuais associados aos
conceitos e processos de criação em que está envolvido, considerando
artistas africanos, afro-brasileiros, povos indígenas e produção de
mulheres.
● Explorar a criação de tintas a partir de elementos da natureza e fazer
uso de suportes grandes, além de pesquisar riscadores e suportes.
385

● Explorar diversos elementos visuais associados aos conceitos de


sustentabilidade considerando o ambiente natural e construído.
● Diferenciar as categorias de artista, artesão, produtor cultural, curador,
designer, entre outras, estabelecendo relações entre os profissionais do
sistema das artes.

3º CICLO

Arte – 6° ano

Núcleos Objetos de
Temáticos Conhecimento Objetivos de Aprendizagem e Desenvolvimento Propostas Metodológicas

● Utilização do livro didático e paradidático como


● Identificar através dos sentidos do corpo humano a materialidade dos mais uma referência na contextualização e
costumes indígenas e afro-brasileiros no que tange à identidade e à raça. experimentação no estudo da história da arte.
● Reconhecer e apreciar artistas e grupos de teatro brasileiros e ● Elaboração de projetos interdisciplinares,
estrangeiros de diferentes épocas, investigando os modos de criação, permeando o ensino das múltiplas linguagens,
Teatro Contextos e produção, divulgação, circulação e organização da atuação profissional meio ambiente e ciências de modo transversal e
práticas em teatro. integrado.
● Identificar e analisar diferentes estilos cênicos, contextualizando-os no ● Dramaturgias da Grécia antiga à
tempo e no espaço de modo a aprimorar a capacidade de apreciação da contemporaneidade.
estética teatral. ● Estilos cênicos: Grécia antiga, Idade Média,
● Conhecer a relação entre a linguagem teatral e outras formas artísticas, Renascimento e Contemporaneidade.
como o cinema e o circo.

● Experimentar e utilizar os elementos da linguagem teatral ● Tipos de espaços cênicos.


articulados com outras linguagens cênicas e audiovisuais. ● Espaço cênico não convencional.
● Conhecer sua constituição identitária, suas influências culturais e a ● Teatro colaborativo.
cultura na qual está inserido. ● Teatro coletivo.
386

● Explorar diferentes elementos envolvidos na composição dos ● Jogos teatrais do teatro do oprimido.
Elementos da acontecimentos cênicos (figurinos, adereços, cenário, iluminação e ● Improvisação teatral.
linguagem sonoplastia) e reconhecer seus vocabulários. ● Expressão vocal.
● Teatro fórum de Augusto Boal.
● Jogos teatrais de Viola Spolin.
● Reconhecer e analisar a influência de distintas matrizes estéticas e
● Sonoplastia, iluminação e cenografia.
culturais do teatro nas manifestações artísticas das culturas locais,
Matrizes estéticas e ● Palco e plateia.
regionais, nacionais e internacionais com uma visão universal,
culturais ● Teatro e identidade: cultura popular, teatro de rua e
entendendo o processo de emancipação e constituição da identidade
teatro de grupo.
pela transformação e reelaboração da bagagem estética trazida pelos
● Profissionais do teatro: maquiador, produtor,
colonizadores, indígenas, africanos e imigrantes. Suas contribuições
diretor, ator, aderecista, sonoplasta, iluminador
na construção da nossa identidade e memória.
entre outros.
● Elementos da linguagem cênica: figurino,
● Explorar diferentes tecnologias e recursos digitais (multimeios, adereços, cenário, iluminação e sonoplastia.
Arte e Tecnologia animações, jogos eletrônicos, gravações em áudio e vídeo, fotografia, ● Dramaturgia medieval.
softwares etc.) nos processos de criação artística. ● Dramaturgia contemporânea.
● Teatro de Bertold Brecht – Gestus.
● Experimentar diferentes formas de expressão artística (desenho,
pintura, colagem, quadrinhos, dobradura, escultura, modelagem,
Materialidade instalação, vídeo, fotografia etc.), em relação ao corpo e encenação,
fazendo uso sustentável de materiais, instrumentos, recursos e técnicas
convencionais e não convencionais.

● Pesquisar e criar formas de dramaturgias e espaços cênicos para o


acontecimento teatral, em diálogo com o teatro contemporâneo.
Processos de criação ● Investigar e experimentar diferentes funções teatrais e discutir os
limites e desafios do trabalho artístico coletivo e colaborativo.
● Experimentar a gestualidade e as construções corporais e vocais de
maneira imaginativa na improvisação teatral e no jogo cênico.
387

● Compor improvisações e acontecimentos cênicos com base em textos


dramáticos ou outros estímulos (música, imagens, objetos etc.),
caracterizando personagens (com figurinos e adereços), cenário,
iluminação e sonoplastia e considerando a relação com o espectador.
● Diferenciar as categorias de artista, artesão, produtor cultural, curador,
designer, entre outras, estabelecendo relações entre os profissionais do
sistema das artes.

3º CICLO

Arte – 6° ano

Núcleos Objetos de
Temáticos Conhecimento Objetivos de Aprendizagem e Desenvolvimento Propostas Metodológicas

● Utilização do livro didático e paradidático como


● Identificar através dos sentidos do corpo humano a materialidade dos mais uma referência na contextualização e
costumes indígenas e afro-brasileiros no que tange à identidade e à experimentação no estudo da história da arte.
raça.
● Analisar criticamente, por meio da apreciação musical, usos e ● Elaboração de projetos interdisciplinares,
funções da música em seus contextos de produção e circulação, permeando o ensino das múltiplas linguagens,
relacionando as práticas musicais às diferentes dimensões da vida meio ambiente e ciências de modo transversal e
Contextos e social, cultural, política, histórica, econômica, estética e ética. integrado.
Música práticas ● Explorar e analisar, criticamente, diferentes meios e equipamentos
culturais de circulação da música e do conhecimento musical. ● Organização de conjuntos musicais diversificados
● Reconhecer e apreciar o papel de músicos e grupos de música orientados à performance e à linguagem da
brasileiros e estrangeiros que contribuíram para o desenvolvimento de expressão artístico-musical.
formas e gêneros musicais.
● Identificar e analisar diferentes estilos musicais, contextualizando-os
no tempo e no espaço, de modo a aprimorar a capacidade de apreciação
da estética musical.
388

● Explorar e analisar elementos constitutivos da música (altura,


Elementos da intensidade, timbre, melodia, ritmo etc.), por meio de recursos ● Apresentação de recursos audiovisuais históricos e
linguagem tecnológicos (games e plataformas digitais), jogos, canções e práticas contemporâneos.
diversas de composição/criação, execução e apreciação musicais.
● Utilização de jogos musicais convencionais e não
● Reconhecer e analisar a influência de distintas matrizes estéticas e convencionais do universo tradicional e
culturais da música nas manifestações artísticas das culturas locais, experimental.
Matrizes Estéticas e regionais, nacionais e internacionais com uma visão universal,
Culturais entendendo o processo de emancipação e constituição da identidade
pela transformação e reelaboração da bagagem estética trazida pelos ● Vivências simuladas através de brincadeiras e de
colonizadores, indígenas, africanos e imigrantes. Suas contribuições na diferentes jogos lúdicos alternativos.
construção da nossa identidade e memória.
● Utilização de recursos pedagógico-instrumentais
● Explorar diferentes tecnologias e recursos digitais (multimeios, para desenvolvimento da caligrafia musical.
Arte e Tecnologia animações, jogos eletrônicos, gravações em áudio e vídeo, fotografia,
softwares etc.) nos processos de criação artística.

● Explorar e analisar fontes e materiais sonoros em práticas de


Materialidade composição/criação, execução e apreciação musical, reconhecendo
timbres e características de instrumentos musicais diversos.

● Explorar e identificar diferentes formas de registro musical (notação


Notação e registro musical tradicional, partituras criativas e procedimentos da música
musical contemporânea), bem como procedimentos e técnicas de registro em
áudio e audiovisual.

● Explorar e criar improvisações, composições, arranjos, jingles, trilhas


sonoras, entre outros, utilizando vozes, sons corporais e/ou
Processos de criação instrumentos acústicos ou eletrônicos, convencionais ou não
convencionais, expressando ideias musicais de maneira individual,
coletiva e colaborativa.
● Diferenciar as categorias de artista, artesão, produtor cultural, curador,
designer, entre outras, estabelecendo relações entre os profissionais do
sistema das artes.
389

3º CICLO
Arte – 6° ano
Núcleos Objetos de
Temáticos Conhecimento Objetivos de Aprendizagem e Desenvolvimento Propostas Metodológicas
● Identificar através dos sentidos do corpo humano a materialidade ● Utilização do livro didático e paradidático
dos costumes indígenas e afro-brasileiros no que tange à identidade como mais uma referência na
e à raça. contextualização e experimentação no estudo
● Pesquisar e analisar diferentes formas de expressão, representação da história da arte.
Contextos e e encenação da dança, reconhecendo e apreciando composições de
práticas dança de artistas e grupos brasileiros e estrangeiros de diferentes ● Elaboração de projetos interdisciplinares,
épocas. permeando o ensino das múltiplas
● Conhecer a relação entre dança e tecnologia (videodança, dança linguagens, meio ambiente e ciências de
telemática, dança-computador e outros hibridismos). modo transversal e integrado.
● Escolher, fruir e registrar diversas danças (populares, urbanas,
entre outras).
Dança ● Pesquisar sobre a presença da dança nos meios de comunicação ● Apresentação visual (vídeos) de produções
de coreográficas das diversas linguagens da
massa e propor um olhar crítico acerca da pesquisa. dança: Ballet Clássico, Jazz, Dança Moderna,
● Explorar elementos constitutivos do movimento cotidiano e do Dança Contemporânea, Dança de Rua,
movimento dançado, abordando, criticamente, o desenvolvimento Danças populares etc.
Elementos da das formas da dança em sua história tradicional e contemporânea.
linguagem ● Experimentar e analisar os fatores de movimento (tempo, peso,
fluência e espaço) como elementos que, combinados, geram as ● Experimentação das diversas partes do corpo
ações corporais e através de movimentos comuns e toques.
o movimento dançado.
● Reconhecer e analisar a influência de distintas matrizes estéticas e
culturais da dança nas manifestações artísticas das culturas locais,
Matizes
regionais, nacionais e internacionais com uma visão universal,
Estéticas e
entendendo o processo de emancipação e constituição da
Culturais
identidade pela transformação e reelaboração da bagagem
estética trazida pelos colonizadores, indígenas, africanos e
390

imigrantes. Suas contribuições na construção da nossa identidade ● Experimentação de movimentos nos níveis
e memória. alto, médio e baixo.
● Explorar diferentes tecnologias e recursos digitais (multimeios,
Arte e animações, jogos eletrônicos, gravações em áudio e vídeo,
Tecnologia fotografia, ● Composição coreográfica individual, em
softwares etc.) nos processos de criação artística. duplas, em grupos e com objetos.
● Experimentar diferentes formas de expressão artística (desenho,
pintura, colagem, quadrinhos, dobradura, escultura, modelagem,
Materialidade instalação, vídeo, fotografia etc.), em relação ao corpo e ritmo, ● Exercitar a respiração como um importante
fazendo uso sustentável de materiais, instrumentos, recursos e movimento, atentando para todos os
técnicas movimentos involuntários produzidos no
convencionais e não convencionais. funcionamento dos órgãos do corpo.
● Investigar e experimentar procedimentos de improvisação e
criação do movimento como fonte para a construção de
vocabulários e repertórios próprios. ● Apreciar a produção artística e coreográfica
● Investigar brincadeiras, jogos, danças coletivas e outras práticas de de companhias de dança em diversas
dança de diferentes matrizes estéticas e culturais como referência linguagens (Ballet, Jazz, Dança Moderna
para a criação e a composição de danças autorais, individualmente e etc.).
em grupo.
● Discutir as experiências pessoais e coletivas em dança vivenciadas
Processos de
na escola e em outros contextos, problematizando estereótipos e ● Observar as diversas produções coreográficas
criação
preconceitos. apresentadas nos veículos midiáticos.
● Desenvolver processos de criação em dança, relacionando-os com
outras linguagens artísticas.
● Diferenciar as categorias de artista, artesão, produtor cultural,
curador, designer, entre outras, estabelecendo relações entre os
profissionais do sistema das artes visuais.
● Diferenciar as categorias de artista, artesão, produtor cultural,
curador, designer, entre outras, estabelecendo relações entre os
profissionais do sistema das artes.
391

3º CICLO

Arte – 7º ano
Núcleos Objetos de
Temáticos Conhecimento Objetivos de Aprendizagem e Propostas Metodológicas
Desenvolvimento
● Pesquisar, apreciar e analisar formas distintas das artes visuais ● Utilização do livro didático e paradidático
tradicionais e contemporâneas, em obras de artistas brasileiros e como mais uma referência na
estrangeiros de diferentes épocas e em diferentes matrizes estéticas contextualização e experimentação no estudo
e culturais, de modo a ampliar a experiência com diferentes da história da arte.
contextos e práticas artístico-visuais e cultivar a percepção, o
imaginário, a capacidade de simbolizar e o repertório imagético.
● Pesquisar e analisar diferentes estilos visuais, contextualizando-os ● Elaboração de projetos interdisciplinares,
no tempo e no espaço. permeando o ensino das múltiplas linguagens,
● Analisar situações nas quais as linguagens das artes visuais se meio ambiente e ciências de modo transversal
Contextos e integram às linguagens audiovisuais (cinema, animações, vídeos e integrado.
práticas etc.), gráficas (capas de livros, ilustrações de textos diversos etc.),
cenográficas, coreográficas, musicais etc.
● Conhecer e interagir com obras artísticas originais em instituições ● Produção de máscaras e acessórios.
culturais.
● Conhecer a formação do povo brasileiro e sua brasilidade cultural e
Artes artística. ● Desenhos com diferentes materiais.
Visuais ● Refletir sobre a diversidade racial e de gênero a partir de artistas
afro-brasileiros, povos indígenas e produções femininas.
● Participar de atividades/eventos artísticos para ampliação do ● Pintura em diferentes suportes (corporal,
repertório estético. parede, papel etc.).
● Analisar os elementos constitutivos das artes visuais (ponto, linha,
Elementos da forma, direção, cor, tom, escala, dimensão, espaço, movimento
linguagem etc.) na apreciação de diferentes produções artísticas. ● Criação de bonecos.
● Perceber relações entre arte, memória e identidade.
392

● Reconhecer e analisar a influência de distintas matrizes estéticas e ● Construção de objetos tridimensionais.


Matrizes culturais das artes visuais nas manifestações artísticas das culturas
estéticas locais, regionais, nacionais e internacionais com uma visão
e universal, entendendo o processo de emancipação e constituição da ● Análise de obras e imagens: fotografia,
culturais identidade pela transformação e reelaboração da bagagem reproduções, imagens, imagens publicitárias,
estética trazida pelos ilustrações de livros etc.
colonizadores, indígenas, africanos e imigrantes. Suas
contribuições na construção da nossa identidade e memória.

● Analisar aspectos históricos, sociais e políticos da produção ● Filmes de animação, stopmotion, flip book
artística, problematizando as narrativas eurocêntricas e as diversas etc.
categorizações da arte (arte, artesanato, folclore, design etc.).
● Analisar aspectos históricos, sociais e políticos da produção
artística das culturas africana e indígena e suas influências ● Arte popular, afro-brasileira, indígena,
ancestrais e contemporâneas no Brasil. estética, do candomblé.

Arte e ● Identificar e manipular diferentes tecnologias e recursos digitais ● Visitas: espaços culturais, patrimônio, circo,
tecnologia para acessar, apreciar, produzir, registrar e compartilhar práticas e feiras, shows e afins.
repertórios artísticos, de modo reflexivo, ético e responsável.

Materialidade ● Experimentar e analisar diferentes formas de expressão artística


(desenho, pintura, colagem, quadrinhos, dobradura, escultura,
modelagem, instalação, vídeo, fotografia, performance etc.).
393

● Desenvolver processos de criação em artes visuais, com base em


temas ou interesses artísticos, de modo individual, coletivo e
colaborativo, fazendo uso de materiais, instrumentos e recursos
convencionais, alternativos e digitais.
● Dialogar com princípios conceituais, proposições temáticas,
repertórios imagéticos e processos de criação nas suas produções
visuais.
● Conhecer e explorar diferentes repertórios visuais associados aos
Processos de
conceitos e processos de criação em que está envolvido,
criação
considerando artistas africanos, afro-brasileiros, povos indígenas e
produção de mulheres.
● Explorar a criação de tintas a partir de elementos da natureza e
fazer uso de suportes grandes, além de pesquisar riscadores e
suportes.
● Explorar diversos elementos visuais associados aos conceitos de
sustentabilidade considerando o ambiente natural e construído.
● Diferenciar as categorias de artista, artesão, produtor cultural,
curador, designer, entre outras, estabelecendo relações entre os
profissionais do sistema das artes.
394

3º CICLO

Arte – 7° ano

Núcleos Objetos de
Temáticos Conhecimento Objetivos de Aprendizagem e Propostas Metodológicas
Desenvolvimento
● Identificar através dos sentidos do corpo humano a materialidade ● Utilização do livro didático e paradidático
dos costumes indígenas e afro-brasileiros no que tange à como mais uma referência na
identidade e à raça. contextualização e experimentação no
● Reconhecer e apreciar artistas e grupos de teatro brasileiros e estudo da história da arte.
estrangeiros de diferentes épocas, investigando os modos de ● Elaboração de projetos interdisciplinares,
criação, produção, divulgação, circulação e organização da permeando o ensino das múltiplas
atuação profissional em teatro. linguagens, meio ambiente e ciências de
Contextos e ● Identificar e analisar diferentes estilos cênicos, contextualizando- modo transversal e integrado.
práticas os no tempo e no espaço de modo a aprimorar a capacidade de ● Dramaturgias da Grécia antiga à
apreciação da estética teatral. contemporaneidade.
● Conhecer a relação entre a linguagem teatral e outras formas ● Estilos cênicos: Grécia antiga, Idade Média,
artísticas, como o cinema e o circo. Renascimento e Contemporaneidade.
● Experimentar e utilizar os elementos da linguagem teatral ● Tipos de espaços cênicos.
Teatro articulados com outras linguagens cênicas e audiovisuais. ● Espaço cênico não convencional.
● Conhecer sua constituição identitária, suas influências culturais e ● Teatro colaborativo.
a cultura na qual está inserido. ● Teatro coletivo.
● Jogos teatrais do teatro do oprimido.
● Explorar diferentes elementos envolvidos na composição dos
Elementos da ● Improvisação teatral.
acontecimentos cênicos (figurinos, adereços, cenário, iluminação
linguagem ● Expressão vocal.
e sonoplastia) e reconhecer seus vocabulários.
● Teatro fórum de Augusto Boal.
● Jogos teatrais de Viola Spolin.
● Sonoplastia, iluminação e cenografia.
● Palco e plateia.
● Teatro e identidade: cultura popular, teatro
395

● Reconhecer e analisar a influência de distintas matrizes estéticas de rua e teatro de grupo.


e culturais do teatro nas manifestações artísticas das culturas
Matrizes locais, regionais, nacionais e internacionais com uma visão
estéticas e universal, entendendo o processo de emancipação e constituição
culturais da identidade pela transformação e reelaboração da bagagem
estética trazida pelos colonizadores, indígenas, africanos e
imigrantes. Suas contribuições na construção da nossa identidade
e memória.
● Explorar diferentes tecnologias e recursos digitais (multimeios, ● Profissionais do teatro: maquiador,
Arte e Tecnologia animações, jogos eletrônicos, gravações em áudio e vídeo, produtor, diretor, ator, aderecista,
fotografia, softwares etc.) nos processos de criação artística. sonoplasta, iluminador entre outros.
● Elementos da linguagem cênica: figurino,
● Experimentar diferentes formas de expressão artística (desenho, adereços, cenário, iluminação e sonoplastia.
pintura, colagem, quadrinhos, dobradura, escultura, modelagem, ● Dramaturgia medieval.
Materialidade instalação, vídeo, fotografia etc.), em relação ao corpo e ● Dramaturgia contemporânea.
encenação, fazendo uso sustentável de materiais, instrumentos, ● Teatro de Bertold Brecht – Gestus.
recursos e técnicas convencionais e não convencionais.

● Pesquisar e criar formas de dramaturgias e espaços cênicos para


o acontecimento teatral, em diálogo com o teatro
contemporâneo.
● Investigar e experimentar diferentes funções teatrais e discutir os
limites e desafios do trabalho artístico coletivo e colaborativo.
● Experimentar a gestualidade e as construções corporais e vocais
Processos de de maneira imaginativa na improvisação teatral e no jogo cênico.
criação ● Compor improvisações e acontecimentos cênicos com base em
textos dramáticos ou outros estímulos (música, imagens, objetos
etc.), caracterizando personagens (com figurinos e adereços),
cenário, iluminação e sonoplastia e considerando a relação com o
espectador.
● Diferenciar as categorias de artista, artesão, produtor cultural,
curador, designer, entre outras, estabelecendo relações entre os
profissionais do sistema das artes.
396

3º CICLO
Arte – 7° ano

Núcleos Objetos de
Temáticos Conhecimento Objetivos de Aprendizagem e Propostas Metodológicas
Desenvolvimento
● Identificar através dos sentidos do corpo humano a materialidade dos ● Utilização do livro didático e paradidático
costumes indígenas e afro-brasileiros no que tange à identidade e à como mais uma referência na contextualização
raça. e experimentação no estudo da história da arte.
● Reconhecer e apreciar artistas e grupos de teatro brasileiros e ● Elaboração de projetos interdisciplinares,
estrangeiros de diferentes épocas, investigando os modos de criação, permeando o ensino das múltiplas linguagens,
produção, divulgação, circulação e organização da atuação profissional meio ambiente e ciências de modo transversal e
em teatro. integrado.
Contextos e
● Identificar e analisar diferentes estilos cênicos, contextualizando-os no ● Dramaturgias da Grécia antiga à
práticas
tempo e no espaço de modo a aprimorar a capacidade de apreciação da contemporaneidade.
estética teatral. ● Estilos cênicos: Grécia antiga, Idade Média,
● Conhecer a relação entre a linguagem teatral e outras formas artísticas, Renascimento e Contemporaneidade.
como o cinema e o circo. ● Tipos de espaços cênicos.
● Experimentar e utilizar os elementos da linguagem teatral articulados ● Espaço cênico não convencional.
Teatro com outras linguagens cênicas e audiovisuais. ● Teatro colaborativo.
● Conhecer sua constituição identitária, suas influências culturais e a ● Teatro coletivo.
cultura na qual está inserido. ● Jogos teatrais do teatro do oprimido.
● Improvisação teatral.
● Explorar diferentes elementos envolvidos na composição dos
Elementos da ● Expressão vocal.
acontecimentos cênicos (figurinos, adereços, cenário, iluminação e
linguagem ● Teatro fórum de Augusto Boal.
sonoplastia) e reconhecer seus vocabulários.
● Jogos teatrais de Viola Spolin.
● Sonoplastia, iluminação e cenografia.
● Reconhecer e analisar a influência de distintas matrizes estéticas e ● Palco e plateia.
culturais do teatro nas manifestações artísticas das culturas locais, ● Teatro e identidade: cultura popular, teatro de
Matrizes estéticas regionais, nacionais e internacionais com uma visão universal,
e culturais rua e teatro de grupo.
entendendo o processo de emancipação e constituição da identidade
pela transformação e reelaboração da bagagem estética trazida pelos ● Profissionais do teatro: maquiador, produtor,
colonizadores, indígenas, africanos e imigrantes. Suas contribuições na diretor, ator, aderecista, sonoplasta, iluminador
construção da nossa identidade e memória. entre outros.
● Elementos da linguagem cênica: figurino,
397

● Explorar diferentes tecnologias e recursos digitais (multimeios, adereços, cenário, iluminação e sonoplastia.
Arte e Tecnologia animações, jogos eletrônicos, gravações em áudio e vídeo, fotografia, ● Dramaturgia medieval.
softwares etc.) nos processos de criação artística. ● Dramaturgia contemporânea.
● Teatro de Bertold Brecht – Gestus.
● Experimentar diferentes formas de expressão artística (desenho,
pintura, colagem, quadrinhos, dobradura, escultura, modelagem,
Materialidade instalação, vídeo, fotografia etc.), em relação ao corpo e encenação,
fazendo uso sustentável de materiais, instrumentos, recursos e técnicas
convencionais e não convencionais.

● Pesquisar e criar formas de dramaturgias e espaços cênicos para o


acontecimento teatral, em diálogo com o teatro contemporâneo.
● Investigar e experimentar diferentes funções teatrais e discutir os
limites e desafios do trabalho artístico coletivo e colaborativo.
● Experimentar a gestualidade e as construções corporais e vocais de
maneira imaginativa na improvisação teatral e no jogo cênico.
Processos de criação ● Compor improvisações e acontecimentos cênicos com base em textos
dramáticos ou outros estímulos (música, imagens, objetos etc.),
caracterizando personagens (com figurinos e adereços), cenário,
iluminação e sonoplastia e considerando a relação com o espectador.
● Diferenciar as categorias de artista, artesão, produtor cultural, curador,
designer, entre outras, estabelecendo relações entre os profissionais do
sistema das artes.
398

3º CICLO

Arte – 7° ano

Núcleos Objetos de
Temáticos Conhecimento Objetivos de Aprendizagem e Desenvolvimento Propostas Metodológicas

● Identificar através dos sentidos do corpo humano a materialidade dos ● Utilização do livro didático e paradidático
costumes indígenas e afro-brasileiros no que tange à identidade e à raça. como mais uma referência na contextualização
● Analisar criticamente, por meio da apreciação musical, usos e funções e experimentação no estudo da história da arte.
da música em seus contextos de produção e circulação, relacionando as
práticas musicais às diferentes dimensões da vida social, cultural,
política, histórica, econômica, estética e ética. ● Elaboração de projetos interdisciplinares,
Contextos e
● Explorar e analisar, criticamente, diferentes meios e equipamentos permeando o ensino das múltiplas linguagens,
práticas meio ambiente e ciências de modo transversal e
culturais de circulação da música e do conhecimento musical.
● Reconhecer e apreciar o papel de músicos e grupos de música brasileiros integrado.
e estrangeiros que contribuíram para o desenvolvimento de formas e
gêneros musicais.
● Identificar e analisar diferentes estilos musicais, contextualizando-os no ● Organização de conjuntos musicais
tempo e no espaço, de modo a aprimorar a capacidade de apreciação da diversificados orientados à performance e à
estética musical. linguagem da expressão artístico-musical.
Música
● Explorar e analisar elementos constitutivos da música (altura, ● Apresentação de recursos audiovisuais
Elementos da intensidade, timbre, melodia, ritmo etc.), por meio de recursos
linguagem históricos e contemporâneos.
tecnológicos (games e plataformas digitais), jogos, canções e práticas
diversas de composição/criação, execução e apreciação musicais.
● Utilização de jogos musicais convencionais e
● Reconhecer e analisar a influência de distintas matrizes estéticas e não convencionais do universo tradicional e
culturais da música nas manifestações artísticas das culturas locais, experimental.
Matrizes regionais, nacionais e internacionais com uma visão universal,
Estéticas e entendendo o processo de emancipação e constituição da identidade pela ● Vivências simuladas através de brincadeiras e de
Culturais transformação e reelaboração da bagagem estética trazida pelos diferentes jogos lúdicos alternativos.
colonizadores, indígenas, africanos e imigrantes. Suas contribuições na
construção da nossa identidade e memória.
399

● Utilização de recursos pedagógico-instrumentais


● Explorar diferentes tecnologias e recursos digitais (multimeios, paradesenvolvimento da caligrafia musical.
Arte e Tecnologia animações, jogos eletrônicos, gravações em áudio e vídeo, fotografia,
softwares etc.) nos processos de criação artística.

● Explorar e analisar fontes e materiais sonoros em práticas de


Materialidade composição/criação, execução e apreciação musical, reconhecendo
timbres e características de instrumentos musicais diversos.

● Explorar e identificar diferentes formas de registro musical (notação


Notação e registro musical tradicional, partituras criativas e procedimentos da música
musical contemporânea), bem como procedimentos e técnicas de registro em
áudio e audiovisual.

● Explorar e criar improvisações, composições, arranjos, jingles, trilhas


sonoras, entre outros, utilizando vozes, sons corporais e/ou instrumentos
acústicos ou eletrônicos, convencionais ou não convencionais,
Processos de expressando ideias musicais de maneira individual, coletiva e
criação colaborativa.
● Diferenciar as categorias de artista, artesão, produtor cultural, curador,
designer, entre outras, estabelecendo relações entre os profissionais do
sistema das artes.
400

3º CICLO

ARTE – 7º ano

Núcleos Objetos de Objetivos de Aprendizagem e


Propostas Metodológicas
Temáticos Conhecimento Desenvolvimento
● Identificar através dos sentidos do corpo humano a materialidade dos ● Utilização do livro didático e paradidático como
costumes indígenas e afro-brasileiros no que tange à identidade e à mais uma referência na contextualização e
raça. experimentação no estudo da história da arte.
● Pesquisar e analisar diferentes formas de expressão, representação e
encenação da dança, reconhecendo e apreciando composições de dança ● Elaboração de projetos interdisciplinares,
Contextos e
de artistas e grupos brasileiros e estrangeiros de diferentes épocas. permeando o ensino das múltiplas linguagens,
práticas
● Conhecer a relação entre dança e tecnologia (videodança, dança meio ambiente e ciências de modo transversal e
telemática, dança-computador e outros hibridismos). integrado.
● Escolher, fruir e registrar diversas danças (populares, urbanas, entre
outras).
● Pesquisar sobre a presença da dança nos meios de comunicação de ● Apresentação visual (vídeos) de produções
massa e propor um olhar crítico acerca da pesquisa. coreográficas das diversas linguagens da dança:
● Explorar elementos constitutivos do movimento cotidiano e do Ballet Clássico, Jazz, Dança Moderna, Dança
Dança movimento dançado, abordando, criticamente, o desenvolvimento das Contemporânea, Dança de Rua, Danças
Elementos da formas da dança em sua história tradicional e contemporânea. populares etc.
linguagem ● Experimentar e analisar os fatores de movimento (tempo, peso,
fluência e espaço) como elementos que, combinados, geram as ações
corporais e ● Experimentação das diversas partes do corpo
o movimento dançado. através de movimentos comuns e toques.
● Reconhecer e analisar a influência de distintas matrizes estéticas e
culturais da dança nas manifestações artísticas das culturas locais,
● Experimentação de movimentos nos níveis alto,
Matrizes regionais, nacionais e internacionais com uma visão universal,
Estéticas e médio e baixo.
entendendo o processo de emancipação e constituição da identidade
Culturais pela transformação e reelaboração da bagagem estética trazida pelos
colonizadores, indígenas, africanos e imigrantes. Suas contribuições
● Composição coreográfica individual, em duplas,
na
construção da nossa identidade e memória. em grupos e com objetos.
401

● Explorar diferentes tecnologias e recursos digitais (multimeios,


Arte e Tecnologia animações, jogos eletrônicos, gravações em áudio e vídeo, fotografia,
softwares etc.) nos processos de criação artística.

● Experimentar diferentes formas de expressão artística (desenho,


pintura, colagem, quadrinhos, dobradura, escultura, modelagem,
instalação, vídeo, fotografia etc.), em relação ao corpo e ritmo, fazendo
Materialidade
uso sustentável de materiais, instrumentos, recursos e técnicas
convencionais e não convencionais.

● Investigar e experimentar procedimentos de improvisação e criação do


movimento como fonte para a construção de vocabulários e repertórios
próprios.
● Investigar brincadeiras, jogos, danças coletivas e outras práticas de
dança de diferentes matrizes estéticas e culturais como referência para
a criação e a composição de danças autorais, individualmente e em
grupo.
Processos de criação ● Discutir as experiências pessoais e coletivas em dança vivenciadas na
escola e em outros contextos, problematizando estereótipos e
preconceitos.
● Desenvolver processos de criação em dança, relacionando-os com
outras linguagens artísticas.
● Diferenciar as categorias de artista, artesão, produtor cultural, curador,
designer, entre outras, estabelecendo relações entre os profissionais do
sistema das artes visuais.
● Diferenciar as categorias de artista, artesão, produtor cultural, curador,
designer, entre outras, estabelecendo relações entre os profissionais do
sistema das artes.
402

4º CICLO
Arte – 8° ano
Núcleos Objetos de
Objetivos de Aprendizagem e Propostas Metodológicas
Temáticos Conhecimento
Desenvolvimento
● Utilização do livro didático e paradidático como
mais uma referência na contextualização e
● Pesquisar, apreciar e analisar formas distintas das artes visuais experimentação no estudo da história da arte
tradicionais e contemporâneas, em obras de artistas brasileiros e
estrangeiros de diferentes épocas e em diferentes matrizes estéticas e
culturais, de modo a ampliar a experiência com diferentes contextos e ● Elaboração de projetos interdisciplinares,
permeando o ensino das múltiplas linguagens,
práticas artístico-visuais e cultivar a percepção, o imaginário, a capacidade
meio ambiente e ciências de modo transversal e
de simbolizar e o repertório imagético.
integrado.
● Pesquisar e analisar diferentes estilos visuais, contextualizando-os no
tempo e no espaço.
● Pinturas, esculturas, fotografias, objetos
● Analisar situações nas quais as linguagens das artes visuais se integram às
artísticos, grafite, gravuras, desenhos e técnicas
linguagens audiovisuais (cinema, animações, vídeos etc.), gráficas (capas
artísticas.
de livros, ilustrações de textos diversos etc.), cenográficas, coreográficas,
Contextos e musicais etc.
práticas ● Reconhecer temáticas presentes nas artes visuais e suas relações com
Artes ● Técnicas de animação, flip book, stopmotion,
temas emergentes da sociedade contemporânea.
Visuais filme de 1 minuto, vídeo arte.
● Reconhecer e problematizar processos criativos e suas poéticas,
desenvolvidos na escola e na comunidade.
● Participar de atividades/eventos artísticos para ampliação do repertório
● Conceitos artísticos erudito e popular.
estético.
● Conhecer e interagir com obras artísticas originais (meio físico e virtual)
em instituições culturais.
● Linguagens artísticas.
● Realizar exposições periódicas considerando o processo de curadoria,
montagem, apreciação, desmontagem e avaliação.
● Protagonizar a intervenção artística e estética na comunidade.
● Visitas: espaços culturais, patrimônio, circo,
feiras, shows e afins.
● Analisar os elementos constitutivos das artes visuais (ponto, linha, forma,
direção, cor, tom, escala, dimensão, espaço, movimento etc.) na
Elementos da apreciação de diferentes produções artísticas.
linguagem ● Perceber relações entre arte, memória e identidade.
403

● Conhecer linguagens convergentes: moda, design, publicidade


(consumo), arquitetura (urbanismo), cinema, videoclipe etc.

● Reconhecer e analisar a influência de distintas matrizes estéticas e


culturais das artes visuais nas manifestações artísticas das culturas locais,
regionais, nacionais e internacionais com uma visão universal, entendendo
o processo de emancipação e constituição da identidade pela
Matrizes
estéticas e transformação e reelaboração da bagagem estética trazida pelos
culturais colonizadores, indígenas, africanos e imigrantes. Suas contribuições na
construção da nossa identidade e memória.
● Analisar aspectos históricos, sociais e políticos da produção artística,
problematizando as narrativas eurocêntricas e as diversas categorizações
da arte (arte, artesanato, folclore, design etc.).
● Analisar aspectos históricos, sociais e políticos da produção artística das
culturas africana e indígena e suas influências ancestrais e
contemporâneas no Brasil.
● Identificar e manipular diferentes tecnologias e recursos digitais para
Arte e acessar, apreciar, produzir, registrar e compartilhar práticas e repertórios
tecnologia artísticos, de modo reflexivo, ético e responsável.
● Experimentar e analisar diferentes formas de expressão artística (desenho,
Materialidade pintura, colagem, quadrinhos, dobradura, escultura, modelagem,
instalação, vídeo, fotografia, performance etc.).
● Desenvolver processos de criação em artes visuais, com base em temas ou
interesses artísticos, de modo individual, coletivo e colaborativo, fazendo
uso de materiais, instrumentos e recursos convencionais, alternativos e
digitais.
● Dialogar com princípios conceituais, proposições temáticas, repertórios
imagéticos e processos de criação nas suas produções visuais.
● Conhecer e explorar diferentes repertórios visuais associados aos
conceitos e processos de criação em que está envolvido, considerando
Processos de artistas africanos, afro-brasileiros, povos indígenas e produção de
criação mulheres.
● Explorar a criação de tintas a partir de elementos da natureza e fazer uso
de suportes grandes, além de pesquisar riscadores e suportes.
● Explorar diversos elementos visuais associados aos conceitos de
404

sustentabilidade considerando o ambiente natural e construído.


● Diferenciar as categorias de artista, artesão, produtor cultural, curador,
designer, entre outras, estabelecendo relações entre os profissionais do
sistema das artes.

4º CICLO
Arte – 8° ano
Núcleos Objetos de
Objetivos de Aprendizagem e Propostas Metodológicas
Temáticos Conhecimento
Desenvolvimento
● Identificar através dos sentidos do corpo humano a materialidade dos ● Utilização do livro didático e paradidático como
costumes indígenas e afro-brasileiros no que tange à identidade e à raça. mais uma referência na contextualização e
● Reconhecer e apreciar artistas e grupos de teatro brasileiros e experimentação no estudo da história da arte.
estrangeiros de diferentes épocas, investigando os modos de criação, ● Elaboração de projetos interdisciplinares,
produção, divulgação, circulação e organização da atuação profissional permeando o ensino das múltiplas linguagens,
em teatro. meio ambiente e ciências de modo transversal e
Contextos e
● Identificar e analisar diferentes estilos cênicos, contextualizando-os no integrado.
práticas
tempo e no espaço de modo a aprimorar a capacidade de apreciação da ● Dramaturgias da Grécia antiga à
estética teatral. contemporaneidade.
● Conhecer sua constituição identitária, suas influências culturais e a ● Estilos cênicos: Grécia antiga, Idade Média,
cultura na qual está inserido. Renascimento e Contemporaneidade.
● Experimentar ações diversas no processo teatral, conhecendo profissões ● Tipos de espaços cênicos.
relacionadas ao teatro (aderecista, maquiador, produtor, cenógrafo, ● Espaço cênico não convencional.
Teatro
diretor etc.). ● Teatro colaborativo.
● Teatro coletivo.
● Jogos teatrais do teatro do oprimido.
● Explorar diferentes elementos envolvidos na composição dos ● Improvisação teatral.
Elementos da acontecimentos cênicos (figurinos, adereços, cenário, iluminação e
linguagem ● Expressão vocal.
sonoplastia) e reconhecer seus vocabulários. ● Teatro fórum de Augusto Boal.
405

● Jogos teatrais de Viola Spolin.


● Sonoplastia, iluminação e cenografia.
● Reconhecer e analisar a influência de distintas matrizes estéticas e
● Palco e plateia.
culturais do teatro nas manifestações artísticas das culturas locais,
● Teatro e identidade: cultura popular, teatro de rua
Matrizes regionais, nacionais e internacionais com uma visão universal,
e teatro de grupo.
estéticas e entendendo o processo de emancipação e constituição da identidade pela
● Profissionais do teatro: maquiador, produtor,
culturais transformação e reelaboração da bagagem estética trazida pelos
diretor, ator, aderecista, sonoplasta, iluminador
colonizadores, indígenas, africanos e imigrantes. Suas contribuições na
entre outros.
construção da nossa identidade e memória.

● Explorar diferentes tecnologias e recursos digitais (multimeios, ● Elementos da linguagem cênica: figurino,
Arte e Tecnologia animações, jogos eletrônicos, gravações em áudio e vídeo, fotografia, adereços, cenário, iluminação e sonoplastia.
softwares etc.) nos processos de criação artística. ● Dramaturgia medieval.
● Dramaturgia contemporânea.
● Experimentar diferentes formas de expressão artística (desenho, pintura, ● Teatro de Bertold Brecht – Gestus.
colagem, quadrinhos, dobradura, escultura, modelagem, instalação,
Materialidade vídeo, fotografia etc.), em relação ao corpo e encenação, fazendo uso
sustentável de materiais, instrumentos, recursos e técnicas convencionais
e não convencionais.

● Pesquisar e criar formas de dramaturgias e espaços cênicos para o


acontecimento teatral, em diálogo com o teatro contemporâneo.
● Investigar e experimentar diferentes funções teatrais e discutir os limites e
desafios do trabalho artístico coletivo e colaborativo.
● Experimentar a gestualidade e as construções corporais e vocais de
maneira imaginativa na improvisação teatral e no jogo cênico.
Processos de ● Compor improvisações e acontecimentos cênicos com base em textos
criação dramáticos ou outros estímulos (música, imagens, objetos etc.),
caracterizando personagens (com figurinos e adereços), cenário,
iluminação e sonoplastia e considerando a relação com o espectador.
● Diferenciar as categorias de artista, artesão, produtor cultural, curador,
designer, entre outras, estabelecendo relações entre os profissionais do
sistema das artes.
406

4º CICLO
Arte – 8° ano
Núcleos Objetos de
Objetivos de Aprendizagem e Propostas Metodológicas
Temáticos Conhecimento
Desenvolvimento
● Utilização do livro didático e paradidático como
Contextos e ● Identificar através dos sentidos do corpo humano a materialidade dos
mais uma referência na contextualização e
práticas costumes indígenas e afro-brasileiros no que tange à identidade e à raça.
experimentação no estudo da história da arte.

● Analisar criticamente, por meio da apreciação musical, usos e funções da


música em seus contextos de produção e circulação, relacionando as
práticas musicais às diferentes dimensões da vida social, cultural, ● Elaboração de projetos interdisciplinares,
política, histórica, econômica, estética e ética. permeando o ensino das múltiplas linguagens,
Música
● Explorar e analisar, criticamente, diferentes meios e equipamentos meio ambiente e ciências de modo transversal e
culturais de circulação da música e do conhecimento musical. integrado.
● Reconhecer e apreciar o papel de músicos e grupos de música brasileiros
e estrangeiros que contribuíram para o desenvolvimento de formas e
gêneros musicais.
● Identificar e analisar diferentes estilos musicais, contextualizando-os no ● Interpretar obras musicais autorais e não autorais
tempo e no espaço, de modo a aprimorar a capacidade de apreciação da mediante a execução de instrumentos musicais
estética musical. convencionais e não convencionais.
● Explorar e analisar elementos constitutivos da música (altura,
Elementos da intensidade, timbre, melodia, ritmo etc.), por meio de recursos
linguagem tecnológicos (games e plataformas digitais), jogos, canções e práticas
diversas de composição/criação, execução e apreciação musicais. ● Utilização de jogos musicais convencionais e não
convencionais do universo tradicional e
● Reconhecer e analisar a influência de distintas matrizes estéticas e experimental.
culturais da música nas manifestações artísticas das culturas locais,
Matrizes Estéticas e regionais, nacionais e internacionais com uma visão universal,
Culturais entendendo o processo de emancipação e constituição da identidade pela
transformação e reelaboração da bagagem estética trazida pelos ● Vivências simuladas através de brincadeiras e de
colonizadores, indígenas, africanos e imigrantes. Suas contribuições na diferentes jogos lúdicos alternativos.
construção da nossa identidade e memória.
407

● Explorar diferentes tecnologias e recursos digitais (multimeios,


Arte e Tecnologia animações, jogos eletrônicos, gravações em áudio e vídeo, fotografia, ● Utilização de recursos pedagógico instrumentais
softwares etc.) nos processos de criação artística. para desenvolvimento da caligrafia musical.

● Explorar e analisar fontes e materiais sonoros em práticas de


Materialidade composição/criação, execução e apreciação musical, reconhecendo
timbres e características de instrumentos musicais diversos.

● Explorar e identificar diferentes formas de registro musical (notação


musical tradicional, partituras criativas e procedimentos da música
Notação e
contemporânea), bem como procedimentos e técnicas de registro em
registro musical
áudio e audiovisual.
● Explorar e criar improvisações, composições, arranjos, jingles, trilhas
sonoras, entre outros, utilizando vozes, sons corporais e/ou instrumentos
acústicos ou eletrônicos, convencionais ou não convencionais,
expressando ideias musicais de maneira individual, coletiva e
Processos de colaborativa.
criação ● Diferenciar as categorias de artista, artesão, produtor cultural, curador,
designer, entre outras, estabelecendo relações entre os profissionais do
sistema das artes.
408

4º CICLO
Arte – 8° ano
Núcleos Objetos de
Objetivos de Aprendizagem e Propostas Metodológicas
Temáticos Conhecimento
Desenvolvimento
● Utilização do livro didático e paradidático como
● Identificar através dos sentidos do corpo humano a materialidade dos
mais uma referência na contextualização e
costumes indígenas e afro-brasileiros no que tange à identidade e à raça.
experimentação no estudo da história da arte.
● Pesquisar e analisar diferentes formas de expressão, representação e
encenação da dança, reconhecendo e apreciando composições de dança de
● Elaboração de projetos interdisciplinares,
artistas e grupos brasileiros e estrangeiros de diferentes épocas.
Contextos e permeando o ensino das múltiplas linguagens,
● Conhecer a relação entre dança e tecnologia (videodança, dança
práticas meio ambiente e ciências de modo transversal e
telemática, dança-computador e outros hibridismos).
integrado.
● Escolher, fruir e registrar diversas danças (populares, urbanas, entre
outras).
● Pesquisar sobre a presença da dança nos meios de comunicação de massa ● Apresentação visual (vídeos) de produções
e propor um olhar crítico acerca da pesquisa. coreográficas das diversas linguagens da dança:
Ballet Clássico, Jazz, Dança Moderna,
● Explorar elementos constitutivos do movimento cotidiano e do Dança Contemporânea, Dança de Rua,
movimento dançado, abordando, criticamente, o desenvolvimento das Danças populares etc.
Elementos da formas da dança em sua história tradicional e contemporânea.
linguagem ● Experimentar e analisar os fatores de movimento (tempo, peso, fluência e ● Experimentação das diversas partes do corpo
espaço) como elementos que, combinados, geram as ações corporais e o através de movimentos comuns e toques.
Dança
movimento dançado.
● Experimentação de movimentos nos níveis alto,
médio e baixo.
● Reconhecer e analisar a influência de distintas matrizes estéticas e
culturais da dança nas manifestações artísticas das culturas locais, ● Composição coreográfica individual, em duplas,
Matrizes regionais, nacionais e internacionais com uma visão universal, em grupos e com objetos.
Estéticas e entendendo o processo de emancipação e constituição da identidade pela
Culturais transformação e reelaboração da bagagem estética trazida pelos ● Exercitar a respiração como um importante
colonizadores, indígenas, africanos e imigrantes. Suas contribuições na movimento, atentando para todos os movimentos
construção da nossa identidade e memória. involuntários produzidos no funcionamento dos
órgãos do corpo.
409

● Explorar diferentes tecnologias e recursos digitais (multimeios, ● Apreciar a produção artística e coreográfica de
Arte e Tecnologia animações, jogos eletrônicos, gravações em áudio e vídeo, fotografia, companhias de dança em diversas linguagens
softwares etc.) nos processos de criação artística. (Ballet, Jazz, Dança Moderna etc.).

● Observar as diversas produções coreográficas


● Experimentar diferentes formas de expressão artística (desenho, pintura, apresentadas nos veículos midiáticos.
colagem, quadrinhos, dobradura, escultura, modelagem, instalação,
Materialidade vídeo, fotografia etc.), em relação ao corpo e ritmo, fazendo uso
sustentável de materiais, instrumentos, recursos e técnicas
convencionais e não convencionais.

● Investigar e experimentar procedimentos de improvisação e criação do


movimento como fonte para a construção de vocabulários e repertórios
próprios.
● Investigar brincadeiras, jogos, danças coletivas e outras práticas de dança
de diferentes matrizes estéticas e culturais como referência para a criação e
Processos de
a composição de danças autorais, individualmente e em grupo.
criação
● Discutir as experiências pessoais e coletivas em dança vivenciadas na
escola e em outros contextos, problematizando estereótipos e
preconceitos.
● Desenvolver processos de criação em dança, relacionando-os com outras
linguagens artísticas.
● Diferenciar as categorias de artista, artesão, produtor cultural, curador,
designer, entre outras, estabelecendo relações entre os profissionais do
sistema das artes.
410

4º CICLO

Arte – 9° ano

Núcleos Objetos de
Temáticos Conhecimento Objetivos de Aprendizagem e Propostas Metodológicas
Desenvolvimento
● Pesquisar, apreciar e analisar formas distintas das artes visuais ● Utilização do livro didático e paradidático como
tradicionais e contemporâneas, em obras de artistas brasileiros e mais uma referência na contextualização e
estrangeiros de diferentes épocas e em diferentes matrizes estéticas e experimentação no estudo da história da arte.
culturais, de modo a ampliar a experiência com diferentes contextos e
práticas artístico-visuais e cultivar a percepção, o imaginário, a ● Elaboração de projetos interdisciplinares,
capacidade de simbolizar e o repertório imagético. permeando o ensino das múltiplas linguagens,
● Pesquisar e analisar diferentes estilos visuais, contextualizando-os no meio ambiente e ciências de modo transversal e
tempo e no espaço. integrado.
● Analisar situações nas quais as linguagens das artes visuais se integram ● Pinturas, esculturas, fotografias, objetos
às linguagens audiovisuais (cinema, animações, vídeos etc.), gráficas artísticos, grafite, gravuras, desenhos e técnicas
(capas de livros, ilustrações de textos diversos etc.), cenográficas, artísticas.
coreográficas, musicais etc.
● Reconhecer temáticas presentes nas artes visuais e suas relações com ● Técnicas de animação, flip book, stopmotion,
temas emergentes da sociedade contemporânea. filme de 1 minuto, vídeo arte.
Artes
Contextos e ● Reconhecer e problematizar processos criativos e suas poéticas, ● Conceitos artísticos erudito e popular.
Visuais
práticas desenvolvidos na escola e na comunidade. ●
● Participar de atividades/eventos artísticos para ampliação do repertório ● Linguagens artísticas.
estético.
● Conhecer e interagir com obras artísticas originais (meio físico e ● Visitas: espaços culturais, patrimônio, circo,
virtual) em instituições culturais. feiras, shows e afins.

● Realizar exposições periódicas considerando o processo de curadoria,


montagem, apreciação, desmontagem e avaliação.
● Protagonizar a intervenção artística e estética na comunidade.
411

● Analisar os elementos constitutivos das artes visuais (ponto, linha,


forma, direção, cor, tom, escala, dimensão, espaço, movimento etc.) na
Elementos da apreciação de diferentes produções artísticas.
linguagem ● Perceber relações entre arte, memória e identidade.
● Conhecer linguagens convergentes: moda, design, publicidade
(consumo), arquitetura (urbanismo), cinema, videoclipe etc.
● Reconhecer e analisar a influência de distintas matrizes estéticas e
culturais das artes visuais nas manifestações artísticas das culturas
locais, regionais, nacionais e internacionais com uma visão universal,
entendendo o processo de emancipação e constituição da identidade
pela transformação e reelaboração da bagagem estética trazida pelos
Matrizes colonizadores, indígenas, africanos e imigrantes. Suas contribuições na
estéticas e construção da nossa identidade e memória.
culturais
● Analisar aspectos históricos, sociais e políticos da produção artística,
problematizando as narrativas eurocêntricas e as diversas
categorizações da arte (arte, artesanato, folclore, design etc.).
● Analisar aspectos históricos, sociais e políticos da produção artística
das culturas africana e indígena e suas influências ancestrais e
contemporâneas no Brasil.
● Identificar e manipular diferentes tecnologias e recursos digitais para
Arte e tecnologia acessar, apreciar, produzir, registrar e compartilhar práticas e repertórios
artísticos, de modo reflexivo, ético e responsável.

● Experimentar e analisar diferentes formas de expressão artística


Materialidade (desenho, pintura, colagem, quadrinhos, dobradura, escultura,
modelagem, instalação, vídeo, fotografia, performance etc.).

● Desenvolver processos de criação em artes visuais, com base em temas


ou interesses artísticos, de modo individual, coletivo e colaborativo,
fazendo uso de materiais, instrumentos e recursos convencionais,
alternativos e digitais.
● Dialogar com princípios conceituais, proposições temáticas,
repertórios imagéticos e processos de criação nas suas produções
visuais.
412

● Conhecer e explorar diferentes repertórios visuais associados aos


Processos de conceitos e processos de criação em que está envolvido, considerando
criação artistas africanos, afro-brasileiros, povos indígenas e produção de
mulheres.
● Explorar a criação de tintas a partir de elementos da natureza e
fazer uso de suportes grandes, além de pesquisar riscadores e suportes.
● Explorar diversos elementos visuais associados aos conceitos de
sustentabilidade considerando o ambiente natural e construído.
● Diferenciar as categorias de artista, artesão, produtor cultural, curador,
designer, entre outras, estabelecendo relações entre os profissionais do
sistema das artes visuais.

4º CICLO
ARTE – 9º ano

Núcleos Objetos de
Temáticos Conhecimento Objetivos de Aprendizagem e Propostas Metodológicas
Desenvolvimento
● Identificar através dos sentidos do corpo humano a materialidade dos ● Utilização do livro didático e paradidático como
costumes indígenas e afro-brasileiros no que tange à identidade e à mais uma referência na contextualização e
raça. experimentação no estudo da história da arte.
● Reconhecer e apreciar artistas e grupos de teatro brasileiros e ● Elaboração de projetos interdisciplinares,
estrangeiros de diferentes épocas, investigando os modos de criação, permeando o ensino das múltiplas linguagens,
produção, divulgação, circulação e organização da atuação profissional meio ambiente e ciências de modo transversal e
Contextos e em teatro. integrado.
práticas
● Identificar e analisar diferentes estilos cênicos, contextualizando-os no ● Dramaturgias da Grécia antiga à
tempo e no espaço de modo a aprimorar a capacidade de apreciação da contemporaneidade.
Teatro estética teatral. ● Estilos cênicos: Grécia antiga, Idade Média,
● Conhecer sua constituição identitária, suas influências culturais e a Renascimento e Contemporaneidade.
cultura na qual está inserido. ● Tipos de espaços cênicos.
● Experimentar ações diversas no processo teatral, conhecendo profissões ● Espaço cênico não convencional.
relacionadas ao teatro (aderecista, maquiador, produtor, cenógrafo, ● Teatro colaborativo.
diretor etc.). ● Teatro coletivo.
413

● Explorar diferentes elementos envolvidos na composição dos ● Jogos teatrais do teatro do oprimido.
Elementos da acontecimentos cênicos (figurinos, adereços, cenário, iluminação e ● Improvisação teatral.
linguagem sonoplastia) e reconhecer seus vocabulários. ● Expressão vocal.
● Teatro fórum de Augusto Boal.
● Jogos teatrais de Viola Spolin.
● Reconhecer e analisar a influência de distintas matrizes estéticas e
● Sonoplastia, iluminação e cenografia.
culturais do teatro nas manifestações artísticas das culturas locais,
Matrizes estéticas e ● Palco e plateia.
regionais, nacionais e internacionais com uma visão universal,
culturais ● Teatro e identidade: cultura popular, teatro de rua
entendendo o processo de emancipação e constituição da identidade
e teatro de grupo.
pela transformação e reelaboração da bagagem estética trazida pelos
● Profissionais do teatro: maquiador, produtor,
colonizadores, indígenas, africanos e imigrantes. Suas contribuições na
diretor, ator, aderecista, sonoplasta, iluminador
construção da nossa identidade e memória.
entre outros.
● Elementos da linguagem cênica: figurino,
● Explorar diferentes tecnologias e recursos digitais (multimeios, adereços, cenário, iluminação e sonoplastia.
Arte e Tecnologia animações, jogos eletrônicos, gravações em áudio e vídeo, fotografia,
● Dramaturgia medieval.
softwares etc.) nos processos de criação artística.
● Dramaturgia contemporânea.
Teatro de Bertold Brecht – Gestus.
● Experimentar diferentes formas de expressão artística (desenho,
pintura, colagem, quadrinhos, dobradura, escultura, modelagem,
Materialidade instalação, vídeo, fotografia etc.), em relação ao corpo e encenação,
fazendo uso sustentável de materiais, instrumentos, recursos e técnicas
convencionais e não convencionais.
● Pesquisar e criar formas de dramaturgias e espaços cênicos para o
acontecimento teatral, em diálogo com o teatro contemporâneo.
● Investigar e experimentar diferentes funções teatrais e discutir os
limites e desafios do trabalho artístico coletivo e colaborativo.
● Experimentar a gestualidade e as construções corporais e vocais de
maneira imaginativa na improvisação teatral e no jogo cênico.
Processos de
● Compor improvisações e acontecimentos cênicos com base em textos
criação
dramáticos ou outros estímulos (música, imagens, objetos etc.),
caracterizando personagens (com figurinos e adereços), cenário,
iluminação e sonoplastia e considerando a relação com o espectador.
● Diferenciar as categorias de artista, artesão, produtor cultural, curador,
designer, entre outras, estabelecendo relações entre os profissionais do
sistema das artes.
414

4º CICLO

Arte – 9° ano

Núcleos Objetos de Objetivos de Aprendizagem e


Propostas Metodológicas
Temáticos Conhecimento Desenvolvimento

● Identificar através dos sentidos do corpo humano a materialidade dos ● Utilização do livro didático e paradidático como
Contextos e costumes indígenas e afro-brasileiros no que tange à identidade e à mais uma referência na contextualização e
práticas raça. experimentação no estudo da história da arte.
Analisar criticamente, por meio da apreciação musical, usos e
funções da música em seus contextos de produção e circulação,
relacionando as práticas musicais às diferentes dimensões da vida ● Elaboração de projetos interdisciplinares,
social, cultural, política, histórica, econômica, estética e ética. permeando o ensino das múltiplas
● Explorar e analisar, criticamente, diferentes meios e linguagens, meio ambiente e ciências de
equipamentos culturais de circulação da música e do modo transversal e integrado.
conhecimento musical.
● Reconhecer e apreciar o papel de músicos e grupos de música
brasileiros e estrangeiros que contribuíram para o ● Interpretar obras musicais autorais e não
Música autorais mediante a execução de
desenvolvimento de formas e gêneros musicais.
● Identificar e analisar diferentes estilos musicais, instrumentos musicais convencionais e não
contextualizando-os no tempo e no espaço, de modo a aprimorar convencionais.
a capacidade de apreciação da estética musical.
● Explorar e analisar elementos constitutivos da música (altura, ● Utilização de jogos musicais convencionais e
Elementos da intensidade, timbre, melodia, ritmo etc.), por meio de recursos
linguagem não convencionais do universo tradicional e
tecnológicos (games e plataformas digitais), jogos, canções e experimental.
práticas diversas de composição/criação, execução e apreciação
musicais.
415

● Reconhecer e analisar a influência de distintas matrizes estéticas ● Vivências simuladas através de brincadeiras e
e culturais da música nas manifestações artísticas das culturas de diferentes jogos lúdicos alternativos.
Matrizes locais, regionais, nacionais e internacionais com uma visão
Estéticas e universal, entendendo o processo de emancipação e constituição
Culturais da identidade pela transformação e reelaboração da bagagem ● Utilização de recursos pedagógico-
estética trazida pelos colonizadores, indígenas, africanos e instrumentais para desenvolvimento da
imigrantes. Suas contribuições na construção da nossa identidade caligrafia musical.
e memória.
● Explorar diferentes tecnologias e recursos digitais (multimeios,
Arte e Tecnologia animações, jogos eletrônicos, gravações em áudio e vídeo,
fotografia, softwares etc.) nos processos de criação artística.

● Explorar e analisar fontes e materiais sonoros em práticas de


Materialidade composição/criação, execução e apreciação musical,
reconhecendo timbres e características de instrumentos musicais
diversos.
● Explorar e identificar diferentes formas de registro musical
Notação e registro (notação musical tradicional, partituras criativas e procedimentos
musical da música contemporânea), bem como procedimentos e técnicas
de registro em áudio e audiovisual.
● Explorar e criar improvisações, composições, arranjos, jingles,
trilhas sonoras, entre outros, utilizando vozes, sons corporais
e/ou instrumentos acústicos ou eletrônicos, convencionais ou não
Processos de convencionais, expressando ideias musicais de maneira
criação individual, coletiva e colaborativa.
● Diferenciar as categorias de artista, artesão, produtor cultural,
curador, designer, entre outras, estabelecendo relações entre os
profissionais do sistema das artes.
416

4º CICLO

Arte – 9° ano

Núcleos Objetos de
Temáticos Conhecimento Objetivos de Aprendizagem e Propostas Metodológicas
Desenvolvimento
● Identificar através dos sentidos do corpo humano a materialidade dos ● Utilização do livro didático e paradidático como
costumes indígenas e afro-brasileiros no que tange à identidade e à mais uma referência na contextualização e
raça. experimentação no estudo da história da arte.
● Pesquisar e analisar diferentes formas de expressão, representação e
encenação da dança, reconhecendo e apreciando composições de dança ● Elaboração de projetos interdisciplinares,
Contextos e
de artistas e grupos brasileiros e estrangeiros de diferentes épocas. permeando o ensino das múltiplas linguagens,
práticas
Dança ● Conhecer a relação entre dança e tecnologia (videodança, dança meio ambiente e ciências de modo transversal e
telemática, dança-computador e outros hibridismos). integrado.
● Escolher, fruir e registrar diversas danças (populares, urbanas, entre
outras). ● Apresentação visual (vídeos) de produções
● Pesquisar sobre a presença da dança nos meios de comunicação de coreográficas das diversas linguagens da
massa e propor um olhar crítico acerca da pesquisa.
dança: Ballet Clássico, Jazz, Dança Moderna,
● Explorar elementos constitutivos do movimento cotidiano e do Dança Contemporânea, Dança de Rua, Danças
movimento dançado, abordando, criticamente, o populares etc.
Elementos da desenvolvimento das formas da dança em sua história tradicional
linguagem e contemporânea.
● Experimentar e analisar os fatores de movimento (tempo, peso, ● Experimentação das diversas partes do corpo
fluência e espaço) como elementos que, combinados, geram as através de movimentos comuns e toques.
ações corporais e o movimento dançado.
417

● Reconhecer e analisar a influência de distintas matrizes estéticas


e culturais da dança nas manifestações artísticas das culturas ● Experimentação de movimentos nos níveis
Matrizes locais, regionais, nacionais e internacionais com uma visão alto, médio e baixo.
Estéticas e universal, entendendo o processo de emancipação e constituição
Culturais da identidade pela transformação e reelaboração da bagagem ● Composição coreográfica individual, em
estética trazida pelos colonizadores, indígenas, africanos e duplas, em grupos e com objetos.
imigrantes. Suas contribuições na construção da nossa
identidade e memória.
● Explorar diferentes tecnologias e recursos digitais ● Exercitar a respiração como um importante
Arte e Tecnologia (multimeios, animações, jogos eletrônicos, gravações em áudio movimento, atentando para todos os
e vídeo, fotografia, softwares etc.) nos processos de criação movimentos involuntários produzidos no
artística. funcionamento dos órgãos do corpo.

● Experimentar diferentes formas de expressão artística (desenho,


pintura, colagem, quadrinhos, dobradura, escultura, modelagem, ● Apreciar a produção artística e coreográfica de
Materialidade instalação, vídeo, fotografia etc.), em relação ao corpo e ritmo, companhias de dança em diversas linguagens
fazendo uso sustentável de materiais, instrumentos, recursos e (Ballet, Jazz, Dança Moderna etc.).
técnicas convencionais e não convencionais.
● Investigar e experimentar procedimentos de improvisação e
● Observar as diversas produções coreográficas
criação do movimento como fonte para a construção de
apresentadas nos veículos midiáticos.
vocabulários e repertórios próprios.
● Investigar brincadeiras, jogos, danças coletivas e outras práticas
de dança de diferentes matrizes estéticas e culturais como
Processos de
referência para a criação e a composição de danças autorais,
criação
individualmente e em grupo.
● Discutir as experiências pessoais e coletivas em dança
vivenciadas na escola e em outros contextos, problematizando
estereótipos e preconceitos.
● Desenvolver processos de criação em dança, relacionando-os
com outras linguagens artísticas.
● Diferenciar as categorias de artista, artesão, produtor cultural,
curador, designer, entre outras, estabelecendo relações entre os
profissionais do sistema das artes.
418

REFERÊNCIAS

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Brasiliense, 1988.

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BARATA, M. As artes plásticas de 1808 a 1889. In: HOLANDA, S. B. (Org). História


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transações. São Paulo: Difel, p. 409-424, 1982.

BARBOSA, A. M.; CUNHA, F. P. da (Org.). Abordagem Triangular no Ensino das Artes


e Culturas Visuais. São Paulo: Cortez, 2010.

BUORO, A. B. O Olhar em Construção: uma experiência de ensino e aprendizagem da arte


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COHEN, D. B. Performing transformation in the Community University of the Rivers. In:


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ENCICLOPÉDIA Itaú Cultural de Arte e Cultura Brasileiras. São Paulo: Itaú Cultural, 2020.
Disponível em: <http://enciclopedia.itaucultural.org.br/termo349/academicismo>. Acesso em:
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LIMA, R. G. Artesanato e Arte Popular: duas faces de uma mesma moeda? Texto
preparado, em primeira versão, sob título Engenho e Arte, para o Programa “Um Salto para o
Fututo”, da TVE do Rio de Janeiro. Disponível em:
http://www.cnfcp.gov.br/interna.php?ID_Secao=96. Acesso em: 05 de maio 2021.

READ, H. S. O Sentido da Arte. São Paulo: Editora São Paulo: IBRASA, 1979.

YUNES, L. Cultura Popular e Educação: vivências do Museu do Folclore. In: III Encontro
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em: http://www.cnfcp.gov.br/interna.php?ID_Materia=130. Acesso em: 10 de jan. 2020.
419

4. EDUCAÇÃO FÍSICA

“É preciso que a educação esteja em seu


conteúdo, em seus programas e em seus métodos
adaptada ao fim que se persegue: permitir ao
homem chegar a ser sujeito, construir-se como
pessoa, transformar o mundo, estabelecer com os
outros homens relações de reciprocidade, fazer a
cultura e a história” (FREIRE, 1980, p. 39).

4.1 Um pouco da nossa história...

A introdução oficial da Educação Física na escola ocorre no Brasil em 1851 – por


meio da Reforma Couto Ferraz, quando a prática era destinada apenas aos meninos. Devido à
proposta do Parecer de Rui Barbosa, em 1882, houve um avanço no sentido de se pensar uma
Educação Física para ambos os sexos. No entanto, seu parecer apresentava conotações
sexistas, pois a Educação Física para as meninas deveria objetivar a harmonia das formas
femininas e as exigências da maternidade, influência médico-higienista, que surge no Brasil
no final do século XIX.
A partir de 1930, no período da Era Vargas, o modelo militarista de Educação Física
ascendeu. Seus objetivos na escola eram vinculados à formação de uma geração capaz de
suportar o combate e a luta a fim de atuar na guerra. Mais uma vez, a prática para as meninas
foi negada sob a justificativa de que elas não possuíam habilidades necessárias, entretanto
algumas atividades físicas que pudessem deixá-las “mais saudáveis” foram permitidas, pois
assim teriam uma futura maternidade sadia e gerariam filhos sadios para servir à pátria ou
filhas sadias para serem futuras mães robustas e fortes (CASTELLANI FILHO, 2010).
Após a Segunda Guerra Mundial, o modelo americano denominado Escola Nova fixou
raízes na Educação, em oposição à Escola Tradicional, trazendo mudanças no próprio
pensamento pedagógico que, em relação à Educação Física, passa a ser: Educação Física é um
meio da Educação. Essa forma de pensamento aos poucos alterou a prática da Educação
Física e a postura docente. Os escolanovistas lançaram como proposta a realização de aulas
mistas problematizadas a partir das relações de gênero, porém a ideia demorou bastante a ser
discutida na Educação Física. Tal movimento teve seu auge na década de 1960 e passou a ser
reprimido a partir da instalação da ditadura militar em nosso país (BETTI, 1991).
Com o advento da ditadura empresarial-militar (1964-1985), a Educação Física foi
pautada nas diretrizes do nacionalismo e na integração (entre os Estados) e segurança
420

nacionais, objetivando tanto a formação de um exército formado por uma juventude forte e
saudável, quanto a desmobilização das forças políticas oposicionistas. As atividades
esportivas também foram consideradas importantes na melhoria da força de trabalho. Nesse
período em que o tecnicismo e a competição reinaram, estreitaram-se os vínculos entre
esporte e nacionalismo (GHIRALDELLI JÚNIOR, 2003; CASTELLANI FILHO, 2010).
Nesse contexto, os menos habilidosos e as meninas são excluídos da Educação Física por
“não apresentarem” as características que o desporto exige: força, determinação, garra, entre
outras qualificações associadas à masculinidade.
Betti (1991) ressalta que, entre 1969 e 1979, deu-se a ascensão do binômio Educação
Física/Esporte na planificação estratégica do governo. Investiu-se no esporte, na tentativa de
fazer da Educação Física um sustentáculo ideológico, na medida em que isso projetaria o país
por meio do êxito em competições de alto nível. Nesse momento, o rendimento, a seleção dos
mais habilidosos e o fim justificando os meios estão presentes no contexto da Educação Física
escolar.
A Educação Física brasileira revela, em sua história, os reflexos tecnicistas que carrega
até os dias atuais, nos quais o esporte voltado para a aptidão física e para a competição é
entendido como sinônimo de sua prática. Todavia, como destaca Bracht (1999), a partir do
período de redemocratização política e o fim da ditadura militar no país, surgiram novos
movimentos na Educação Física escolar, em oposição à vertente tecnicista e tradicional. Essa
influência constituiu-se, aos poucos, numa corrente denominada crítica e progressista
(GHIRALDELLI JÚNIOR, 2003).
Para Bracht et al. (2007), o esporte configura-se como conteúdo curricular em
evidência na Educação Física escolar, porém sua gama de conhecimentos tem sofrido com o
reducionismo que pode ser observado por meio dos currículos construídos pela maioria das
escolas brasileiras, nos quais, por um longo período, têm sido priorizados modelos centrados
nas habilidades técnicas e táticas, puramente conteudistas. O esporte possui um enorme
potencial educativo, contudo ele foi e ainda é muito utilizado como ferramenta política para
alienação e reprodução do status social de massas, podendo levantar dúvidas quanto aos
valores humanos e sociais que são trabalhados em suas práticas (BRACHT, 2003).

4.2 Um breve histórico da Educação Física na Rede Pública Municipal de Niterói


421

A história da Educação Física em nossa Rede de Educação começa no final dos anos
1970, quando então existia o Departamento de Educação Física, vinculado à Secretaria de
Educação. Os professores realizavam eventos como colônias de férias, jogos escolares, ruas
de lazer, desfile cívico e torneios em comunidades. Após o término desse departamento, o
grupo de professores foi encaminhado para as escolas da Rede para desenvolver o trabalho de
Educação Física em âmbito escolar. Apesar de todas as dificuldades, as práticas corporais, aos
poucos, conquistaram valor e respeito no ambiente pedagógico.
O processo de desenvolvimento da prática de atividades físicas nas escolas como
disciplina foi lento e árduo. Os professores enfrentavam a resistência da comunidade escolar,
pois a maioria não via a Educação Física como uma área de conhecimento importante para o
desenvolvimento dos educandos.
A partir do início dos anos 2000, a Educação Física foi consolidada como uma
importante prática pedagógica, considerada de grande relevância para o processo de ensino-
aprendizagem, contribuindo para a construção de conhecimentos na interação entre
professores e alunos, não só em aulas práticas, mas também em aulas teóricas, nas quais a
cultura corporal passa a ser efetivamente trabalhada nas escolas. É nesse momento que a Rede
passa a oferecer aulas de Educação Física para todos os anos do Ensino Fundamental e
também para a Educação Infantil. Além do aumento do número de professores da Rede, há
uma sensível melhora nas condições de trabalho e valorização do professor de Educação
Física, sendo reconhecida a importância da atuação desses profissionais nas escolas e a
inclusão das práticas de cultura corporal nos projetos políticos pedagógicos das Unidades
Escolares.
Posteriormente, por meio de muitas reivindicações por parte de professores, apoiados
pela Coordenação Pedagógica de Educação Física, vinculada à Diretoria de 3º e 4º ciclos, o
horário das aulas de Educação Física para os anos iniciais do Ensino Fundamental foi
ampliado de um para dois tempos semanais. Também se destaca aqui que, em 2011, a
Fundação Municipal de Educação de Niterói firmou uma parceria com a Universidade Federal
Fluminense para a realização de um curso de extensão, possibilitando uma valiosa discussão
acerca do currículo de Educação Física na Rede.

4.3 A Educação Física nos dias atuais


422

Hoje é possível identificar uma diversidade de propostas pedagógicas que foram


desenvolvidas de forma crítica para a Educação Física escolar a partir das inúmeras
concepções de sociedade e dos fins da educação. Essas propostas apresentam diferenças
significativas, seja em relação aos objetivos de ensino e aos conteúdos adotados, seja em
relação aos métodos de ensino (SAVIANNI, 1999; CASTELLANI FILHO, 2002).
Nesse contexto plural e diverso, a escola pública representa uma instituição que
promove o acesso aos conhecimentos construídos pela humanidade e que podem ser
partilhados e ressignificados. No Brasil, a massificação do ensino escolar ocorreu a partir da
década de 1980 e trouxe para dentro da escola questões ainda não enfrentadas completamente,
mas que não podem ser ignoradas em uma discussão curricular, sendo o currículo um campo
de disputas por sentidos.
Desse modo, destacamos questões que consideramos indispensáveis para serem
debatidas no âmbito de um documento que se destina a pensar a Educação Física no campo
curricular ligado à área de linguagens. A compreensão que trazemos deseja permitir a
construção de identidades abertas à diversidade, de forma a combater a discriminação de
grupos culturais marginalizados na sociedade, valorizar e respeitar a cultura desses grupos e
combater os preconceitos e estereótipos limitadores de uma educação igualitária e menos
excludente (MOREIRA e CÂMARA, 2008; CANEN, 2009; CANDAU, 2011). Sendo assim,
é necessário um posicionamento específico diante de sujeitos históricos marginalizados de
modo a afirmar suas identidades, lutar por seus direitos e resistir às relações de poder
assimétricas. Entendemos, portanto, que a questão da diferença se torna o grande desafio a ser
enfrentado por docentes no espaço escolar.
A partir das Teorias Críticas da Educação (Savianni, 1999), destacamos três
abordagens da Educação Física que, no decorrer da década de 1990, consolidaram-se, a saber:
a crítico-superadora, a crítico-emancipatória e a coeducação. Numa perspectiva crítico-
superadora, a Educação Física escolar deve apropriar-se da cultura corporal do movimento,
composta de elementos como a ginástica, os jogos, as lutas, as danças e os esportes
(COLETIVO DE AUTORES, 2004). Além disso, deve valer-se criativamente de
metodologias que encerram valores solidários, cooperativos e de inclusão. Essa abordagem
visa à formação integral do indivíduo em todas as dimensões do ser, com o objetivo de
formação de cidadãos críticos, capazes de ser autores de suas próprias histórias e de entender
a realidade para interferir nela, transformando-a.
Numa perspectiva crítico-emancipatória, o esporte não deve ser algo apenas praticado
na escola, mas também estudado, considerando-se aspectos de interação social que valorizam
423

o trabalho coletivo de forma cooperativa e responsável, sob a orientação de uma didática


comunicativa. Nessa abordagem, a Educação Física deve apropriar-se da estratégia didática
denominada transcendência de limites, na qual os discentes buscam ultrapassar limites pela
experimentação, aprendizagem e criatividade, prevalecendo o diálogo e a criticidade (KUNZ,
2001).
Já a coeducação é uma abordagem metodológica na qual os alunos e alunas tendem a
estar juntos participando das atividades propostas, em que são problematizadas as questões de
gênero inerentes a elas. Segundo alguns autores (SARAIVA, 2002; COSTA e SILVA, 2002;
SOUZA DE OLIVEIRA, 2005; JESUS e DEVIDE, 2006; LOURO et al., 2010;
TOMAZELLI, 2011), experiências coeducativas que problematizam as questões de gênero
demonstram que o esclarecimento dessas questões pode encaminhar um melhor
relacionamento entre meninos e meninas, homens e mulheres em práticas corporais esportivas
e de lazer. Essas experiências apontam possibilidades diferentes daquelas tão decantadas por
muitos docentes que, de antemão, acreditam que os papéis, lugares e possibilidades estão
postos pela ordem da sociedade patriarcal e são imutáveis.

4.4 Concepções de corpo e Educação Física

Historicamente, as concepções de educação física escolar estão imbricadas com as


diferentes visões acerca da escola, do ensino, dos alunos e da sociedade. No que se refere à
Educação Física enquanto campo de conhecimento com seus saberes específicos, essas
diferentes concepções são demarcadas pelas diferentes visões acerca do corpo. Na concepção
construtivista (Freire, 1992), por exemplo, o corpo produz conhecimento na interação com o
outro. Já na concepção psicomotora (LE BOULCH, 2008) o corpo é visto em sua
integralidade, em seus aspectos cognitivos, afetivos, sociais e psicomotores.
A saúde renovada dá relevo à matriz biológica, da saúde e da qualidade de vida. O
desenvolvimento motor privilegia os aspectos voltados para as habilidades motoras
(GALLAHUE, 2013), e a concepção crítico-superadora vê a Educação Física e, por sua vez,
os conhecimentos relacionados ao corpo como um campo que possibilita uma transformação
social. Compreendemos que cada concepção tem suas contribuições, assim como seus limites.
Conforme exposto anteriormente, todas são importantes para a conformação da Educação
Física escolar em seus diferentes contextos e possibilidades.
424

No entanto, pensando na atualidade, devemos nos perguntar qual concepção de


Educação Física pode dialogar de maneira mais condizente com a contemporaneidade, de que
modo a Educação Física pode favorecer uma formação mais justa, mais igualitária, menos
violenta, que dialogue com as diferenças e que compreenda o corpo como um lugar de
construção de identidade e de possibilidade de agir no mundo.
No que diz respeito à concepção de corpo na escola, Cunha Júnior (1995), baseado em
autoras como Louro (2010), elaborou argumentações sobre os diferentes papéis de
comportamento atribuídos pela escola aos corpos das crianças. Assim, os meninos são criados
para serem fortes, independentes, agressivos, competentes, competitivos, dominantes e as
meninas, dependentes, sensíveis e afetuosas, o que pode ser revelado por meio do registro de
algumas frases e depoimentos discriminatórios que apareciam cotidianamente nas aulas de
Educação Física, tais como: “Menino não chora!”; “Futebol é coisa para homem!”; “O esporte
de menina é queimado!”; “Mulher não pode brigar!”; “Eu não fico em grupos com meninas!”;
e outros mais, que concebem as meninas enquanto grupo frágil, submisso e desprovido de
qualidade nas habilidades motoras.
Cunha Júnior (1995) relaciona essa problemática com as práticas da Educação Física
que refletem a habilidade e a inabilidade motora ligadas à aptidão física. Nesse sentido, o
autor chama a atenção para a emergência de novos movimentos sociais em um ambiente
escolar modificado em que o currículo e a educação institucional são elementos essenciais
para uma transformação verdadeira.
Atualmente, vislumbra-se uma nova concepção de corpo, que não deve ser mais o
corpo máquina, e sim um corpo dotado de subjetividades, significados, sentimentos,
identidade, cultura e história.
Ao relacionarmos corpo e movimento, identificamos a própria noção de espaço como
passível de ruptura. Dessa forma, as possibilidades despertadas nas vivências corporais
ampliam os modos de ser e estar no mundo, de construir suas atividades com a dinâmica que é
própria do movimento, que não cessa de se reinventar e se relacionar com os espaços. João
Batista Freire (1992) afirma que o corpo na escola só tem sido permitido no espaço da
Educação Física. No espaço escolar, o corpo tem sido concebido a partir de uma lógica
cartesiana, na qual o que se deseja dele é apenas seu silêncio. Nesse sentido, entendemos que
a Educação Física se interpõe como linguagem que permite a expressividade do corpo em sua
integralidade.

Corpo e mente devem ser entendidos como componentes que integram um


único organismo. Ambos devem ter assento na escola, não um (mente) para
425

aprender e o outro (corpo) para transportar, mas ambos para se


emanciparem. Por causa dessa concepção de que a escola só deve mobilizar
a mente, o corpo fica reduzido a um estorvo que, quanto mais quieto estiver,
menos atrapalhará (FREIRE, 1992, p. 14).

Dessa forma, entendemos que a Educação Física está situada na área de Linguagens,
porque trabalha com a linguagem corporal e estabelece interação com o mundo por meio do
movimento. Os conteúdos são desenvolvidos por meio das práticas corporais, as quais são
produtos da linguagem corporal e práticas da cultura. Linguagem corporal é uma ‘produção
textual’, passível de sentidos e significados permeados pela cultura. Portanto, quando
pensamos em Educação Física, queremos afirmar que, mais do que ensinar práticas,
desejamos ensinar a refletir sobre as práticas e, a partir dessas reflexões, possibilitar uma
formação mais plural e diversa que dialogue com a contemporaneidade. Os saberes
específicos do campo da Educação Física, enquanto linguagem, devem estar em diálogo com
a sociedade e suas demandas atuais. Somente assim poderemos favorecer a formação de um
cidadão crítico e reflexivo.

4.5 Saúde na escola e a Educação Física

O conceito de saúde sofreu modificações ao longo dos anos, refletindo a conjuntura


social, econômica, política e cultural (SCLIAR, 2007). Entretanto, a definição de saúde como
“estado de completo bem-estar físico, mental e social e não apenas ausência de doença”
(OMS, 1946) só foi possível com a criação da Organização Mundial da Saúde. Essa definição
é alvo de diversas críticas, por ser excessivamente pretensiosa, utópica e até mesmo
inacessível (ALVES JUNIOR, 2004), no entanto atualmente é a mais abrangente.
Os programas de saúde escolar surgem a partir do século XIX, apresentando diferentes
modelos, mas sem obter resultados satisfatórios (SILVA, 2008). Esse fracasso se deu pela
forma como foram aplicados, baseando-se apenas na transmissão de conteúdos e distante da
realidade do aluno (NASCIMENTO & FERNANDES, 2008). Inicialmente, as discussões de
saúde na escola sofreram influência de um modelo higienista, com ênfase na mudança de
hábitos dos alunos que deveria se estender ao comportamento de seus responsáveis. Além do
mais, a justificativa para a inserção dessa discussão se dava por meio de afirmações que
relacionavam o rendimento escolar do aluno ao seu estado de saúde (MERESMAN, 2008).
Nesse primeiro momento, eram realizadas ações esporádicas por meio de palestras, com foco
na prevenção de doenças.
426

No século seguinte, surge a Medicina Escolar, que passou a deslocar os seus


especialistas para dentro da escola e culpabilizar o indivíduo por sua saúde (SILVA, 2008).
Na década de 40, essa culpabilização se desloca para a comunidade em geral e, na década de
60, associa-se à Medicina Comunitária, a qual solicitava à população maior envolvimento
para resolução de seus problemas de saúde (ALVES, 2005). Durante a ditadura militar no
Brasil, a prevenção começa a ser substituída pela Medicina Curativa, concomitantemente com
a expansão dos serviços médicos privados.
Logo após a ditadura, o contexto era propício para o surgimento de críticas às posturas
autoritárias. Com isso, tem-se o surgimento do movimento Educação Popular em Saúde, que
buscou romper com as relações verticais, propondo um modelo mais dialógico entre o
profissional de saúde e o indivíduo. Por sua vez, a Educação Popular em Saúde prepara o
caminho para o surgimento de uma nova proposta que traria consigo as marcas da promoção
da saúde, dando autonomia aos indivíduos e capacitando-os para poder decidir quais as
melhores estratégias para recuperar e promover a sua saúde (ALVES, 2005).
A Promoção da Saúde surge no ano de 1986 com a Conferência Internacional sobre
Promoção da Saúde, realizada no Canadá (OMS, 1986). O documento produzido no evento, a
Carta de Otawa, conceituou-a como: “Processo de capacitação da comunidade para atuar na
melhoria da sua qualidade de vida e saúde, incluindo uma maior participação no controle
deste processo” (OMS, 1986: 1). Além disso, propôs três desafios para alcançar a saúde:
redução das desigualdades, incremento do esforço preventivo e capacidade das pessoas no
enfrentamento dos problemas de saúde (BUSS, 2000).
A promoção da saúde entra na escola com a implantação das Escolas Promotoras de
Saúde, que surgem a partir da percepção de que o ambiente escolar seria propício para
promover a saúde, por atingir grande parte da população por meio da comunidade escolar
(pais, alunos, funcionários e comunidade), além de incentivar a construção de hábitos
saudáveis e o pensamento crítico dos alunos em relação ao ambiente no qual vivem.
Aproximando-se a discussão de saúde da perspectiva crítica da Educação Física, é
preciso assumir a educação para a saúde. Keith Tones (1986) propõe a existência de três
modelos de educação para a saúde. O primeiro corresponde à visão tradicional, baseado na
prevenção de doenças e com foco no indivíduo, sendo suas ações centradas na mudança de
estilo de vida. O segundo modelo, “político radical”, relaciona as doenças aos problemas
sociais, políticos e econômicos. Já o terceiro modelo, “autocapacitação”, busca a capacitação
crítica do indivíduo, que exerce suas escolhas relacionadas à saúde de forma livre e
consciente, pressupondo que as causas da má saúde são individuais e coletivas.
427

Dessa forma, defende-se o trabalho com a temática da saúde nas aulas de Educação
Física a partir de uma perspectiva da educação para a saúde, com ênfase na promoção da
saúde, e considerando o contexto no qual a comunidade escolar está inserida. Logo, é
imprescindível estimular o pensamento crítico do aluno, bem como capacitá-lo por meio de
informações sobre saúde de forma positiva e mais ampla, dando-lhe autonomia. Além disso, é
necessário estimular a criação de ambientes favoráveis e evidenciar a importância das
políticas públicas.

4.6 Refletindo sobre currículo....

Falar sobre uma concepção de currículo para a Educação Física escolar e, mais
especificamente, na rede pública municipal de Niterói, remete-nos a resgatar um pouco da
memória que foi construída por vários professores ao longo do tempo.
A discussão sobre o currículo não se coloca apenas como uma seleção de
conhecimentos. Currículo é a expressão das relações de poder, interesses e forças que atuam
no sistema educativo. Configura-se a partir de um determinado meio cultural, social, político
e econômico e está permeado pelas relações sociais para construção de identidades e
subjetividades (SILVA, 2011).
Entendemos que pensar a prática pedagógica e consequentemente o currículo implica
organizar os saberes em torno das questões que são relevantes do ponto de vista histórico e
social. Nesse sentido, currículo é uma prática de atribuir significados, um discurso que
constrói sentidos, uma prática cultural construída pelos sujeitos (LOPES e MACEDO, 2011).
Neira (2018), ao tratar do currículo cultural da Educação Física, aborda alguns
princípios que são necessários para implementação das práticas corporais. O mapeamento, a
tematização e a problematização caracterizam a pedagogia cultural da Educação Física e, para
esse autor, são reterritorializados a partir da obra de Paulo Freire (FRANÇOSO e NEIRA,
2014). Também o conceito de temas geradores foi reterritorializado para uma
recontextualização de uma educação problematizadora (SANTOS, 2016).
A concepção de currículo da Rede Pública Municipal de Educação de Niterói
compreende o sujeito tanto na sua diferença quanto na sua identidade e seu processo histórico
social. A cultura dos diferentes sujeitos são produções discursivas, que ocorrem dentro das
relações sociais, visando à produção dessas identidades. Dessa forma, entendemos que a
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concepção de Educação Física que orientará o planejamento na Rede de Niterói deve estar
atrelada às questões críticas e pós-críticas da Educação Física.
Em diálogo com as orientações da BNCC, o currículo da Educação Física situa as
práticas corporais como brincadeiras e jogos, esportes, ginásticas, lutas, danças e práticas
corporais de aventura. Esses núcleos temáticos devem estar adequados ao planejamento do
professor em função das questões específicas de sua realidade de trabalho, bem como
articulados ao projeto político pedagógico da escola.

4.7 A Educação Física e a inclusão

O termo inclusão aponta para uma Educação Física que possa incluir a todos em seu
rico e variado repertório de conteúdos. Isso porque o potencial inclusivo nas aulas de
Educação Física é muito grande e pode possibilitar o desenvolvimento de atividades que
consideram a diversidade de cada turma e de cada aluno. No entanto, uma educação física
inclusiva, que represente especialmente as práticas corporais como direito das pessoas com
deficiência, ainda merece uma atenção mais cuidadosa.
A Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência, em seu Artigo 42, estabelece
que “A pessoa com deficiência tem direito à cultura, ao esporte, ao turismo e ao lazer em
igualdade de oportunidades com as demais pessoas [...]” (Lei nº 13.146, de 6 de julho de
2015) e especifica, no Artigo 43, que “o poder público deve promover a participação da
pessoa com deficiência em atividades artísticas, intelectuais, culturais, esportivas e
recreativas, com vistas ao seu protagonismo [...]” (Lei nº 13.146, de 6 de julho de 2015).
Além disso, a referida Lei assegura “a participação da pessoa com deficiência em jogos e
atividades recreativas, esportivas, de lazer, culturais e artísticas, inclusive no sistema escolar,
em igualdade de condições com as demais pessoas [...]” (Lei nº 13.146, de 6 de julho de
2015).
Nas Escolas Municipais de Niterói, os estudantes com deficiência têm acesso a uma
Rede inclusiva, onde há professores de apoio e para atendimento na sala de recursos, bem
como formação continuada, que busca fomentar e assessorar a participação de todos os
profissionais da Educação no processo de inclusão da pessoa com deficiência.
Nesse sentido, nos Referenciais Curriculares da Rede Pública Municipal de Educação
de Niterói, faz-se necessário promover a inclusão de conteúdos que contemplem os estudantes
com deficiência de maneira a garantir a equidade. Por exemplo, incluir alguns jogos e
429

esportes paraolímpicos, tais como a bocha adaptada, o golbol, o voleibol sentado, a dança em
cadeira de rodas, entre outros, possibilitando a participação de estudantes com e sem
deficiências.
Além do conhecimento científico, é fundamental a realização da avaliação diagnóstica
para conhecer melhor os estudantes com deficiência de cada turma. Unir conhecimento
científico com as peculiaridades de cada um deles pode garantir o desenvolvimento de um
trabalho mais seguro e eficaz. Acreditamos que compreender as aulas de Educação Física
como direito e exercício de cidadania pode contribuir de forma significativa para
democratizar os benefícios que essas aulas podem trazer, além de promover mudança de
paradigma na sociedade em relação às habilidades dos estudantes com deficiência. A
Educação Física corrobora com a aprendizagem dos alunos como uma atividade de excelente
potencial integrador no contexto educacional quando seu desenvolvimento considera os
saberes já existentes.

4.8 A Educação Física que queremos

A Educação Física escolar deve propiciar, em sua função pedagógica, o acesso a todos
os alunos em suas aulas numa lógica inclusiva, humana e democrática, possibilitando
desenvolver, além das questões biológicas, os aspectos afetivos, cognitivos, políticos e
socioculturais.
Compreendemos as práticas corporais na escola como fenômeno cultural dinâmico,
diversificado, pluridimensional, singular e contraditório, que garante aos estudantes a
construção de um conjunto de conhecimentos necessários à formação plena do cidadão.
Práticas corporais que valorizem a realidade e as diferenças dos educandos. Assim, a
Educação Física é um componente curricular que tematiza as práticas corporais, fazendo com
que os alunos as vivenciem para além do movimento, contextualizando essa prática nos seus
aspectos históricos e sociais. Tematizar não é ensinar, não é fixar conteúdo (NEIRA, 2018).
É importante entendermos que a cultura corporal é um dos elementos principais das
aulas de Educação Física. Esses elementos foram adquiridos ao longo da história da
humanidade, colaborando não só para ampliação de conhecimentos, mas também para as
benfeitorias na qualidade de vida. Contextualizando e dando sentido aos elementos da cultura
corporal, também contribuiremos para a construção permanente da identidade do indivíduo,
possibilitando, nessa formação, uma perspectiva cidadã emancipatória e mais autônoma nas
430

demandas sociais, promovendo o desenvolvimento do exercício da autonomia e incentivando


a adoção de uma postura crítica diante dos padrões impostos pela sociedade.
A partir dessa perspectiva, o currículo contribui para a formação de um indivíduo que
não irá simplesmente se inserir na sociedade e reproduzi-la, mas que criará possibilidades de
transformá-la. No Ensino Fundamental, a construção de uma cidadania participativa passa,
obrigatoriamente, pela construção de espaços de protagonismo, exercício crítico e criativo.
Compreendemos, dessa forma, que a construção da cidadania passa pela transposição do
espaço escolar e que a Educação Física é fundamental para a conquista dessa ampliação.
Para isso, devemos assegurar que, em nossas aulas, possamos realizar atividades e
vivências que estimulem a aquisição de habilidades referentes à cultura regional, bem como
às de matrizes indígenas e africanas para além de uma visão estereotipada. Há que se
reconhecer as diferentes etnias como produtoras de saberes nos diferentes campos do
conhecimento. É preciso ofertar vivências que possibilitem a inclusão de diferenças e
conscientização das limitações do ser humano numa perspectiva sociocultural, desenvolvendo
o conhecimento denominado cultura corporal em todas as suas dimensões. Defendemos que
possamos reconhecer nas diferenças uma riqueza e encontrar um caminho para o diálogo com
a alteridade combatendo as assimetrias de poder.
Uma nova realidade se impõe exigindo de nós um investimento maior nas relações
sociais e nós, professores, somos também responsáveis por lutar por essas transformações. A
busca pela solidariedade humana se faz essencial para a nossa sobrevivência, tanto nas
questões ambientais como nas relações entre os homens. Assim, torna-se imprescindível
despertar no aluno seu potencial criativo, reflexivo e questionador, resgatando valores
essenciais nas relações humanas.

Temas articuladores

Numa visão ampla de Educação, a Educação Física, em sua prática pedagógica,


possibilita trabalhar, nos núcleos temáticos, os temas articuladores cujo trabalho
consideramos imprescindível de ser contemplado em todos os ciclos do Ensino Fundamental.
Entendemos que, por meio do trabalho nas aulas de Educação Física, esses temas, além de
orientarem o desenvolvimento dos núcleos temáticos, trazem à tona reflexões e discussões
acerca de assuntos de grande relevância no contexto da realidade sociocultural, podendo
contribuir para a formação de valores e a transformação social.
431

Assim, cabem ao professor a autonomia e a criatividade dentro da proposta


pedagógica para incluir cada um dos temas em suas práxis. Conforme Terra, Machado,
Aguiar et al. (2013), são eles:

lazer;
ludicidade;
qualidade de vida (saúde, alimentação, atividade física);
corpo;
sociedade e cidadania;
trabalho;
meio ambiente;
mídia;
gênero;
sexualidade;
inclusão;
etnia.
432

MATRIZ CURRICULAR – EDUCAÇÃO FÍSICA

1º CICLO
EDUCAÇÃO FÍSICA – 1º ANO

Núcleos Temáticos Objetos de Conhecimento Objetivos de Aprendizagem e Desenvolvimento Propostas Metodológicas

● Jogos e brincadeiras da cultura ● Experimentar, fruir e recriar diferentes brincadeiras ● Jogos de imitação e representação.
popular presentes no contexto e jogos da cultura popular presentes no contexto ● Jogos sensoriais.
comunitário e regional. comunitário e regional, desenvolvendo atitudes ● Jogos de construção.
● Brincadeiras e jogos da matriz cooperativas e solidárias. ● Jogos de descobertas.
indígena e africana. ● Resolver situações de conflito por meio do diálogo ● Jogos de mesa.
● Educação psicomotora. interagindo com os colegas. ● Brincadeiras populares.
● Explicar, por meio de múltiplas linguagens ● Jogos de oposição.
(corporal, visual, oral e escrita), as brincadeiras e os ● Jogos cooperativos.
jogos populares do contexto comunitário e regional, ● Sugestão de atividades: amarelinha,
reconhecendo e valorizando a importância desses cabra cega, mãe da rua, cabo de guerra,
jogos e brincadeiras para as culturas de origem. vivo ou morto, telefone sem fio, mímica e
● Planejar e utilizar estratégias para resolver desafios todos os pique existentes.
de brincadeiras e jogos populares do contexto
Brincadeiras e Jogos
comunitário e regional, com base no reconhecimento
das características dessas práticas.
● Colaborar na proposição e na produção de
alternativas para a prática, em outros momentos e
espaços, de brincadeiras e jogos e demais práticas
corporais tematizadas na escola, produzindo textos
(orais, escritos, audiovisuais) para divulgá-las na
escola e na comunidade.
● Identificar e respeitar os limites corporais pessoais e
dos outros.
● Interagir com os colegas sem estigmatizar ou
discriminar por razões físicas, sociais, culturais ou de
gênero.
433

● Ginástica Geral. ● Experimentar, fruir e identificar diferentes ● Jogos motores.


● Educação psicomotora. elementos básicos da ginástica (equilíbrios, saltos, ● Jogos e atividades sem materiais.
giros, rotações, acrobacias, com e sem materiais) e da ● Jogos e brincadeiras com materiais
ginástica geral, de forma individual e em pequenos (bolas, cordas, bastões, cordas, elásticos,
grupos, adotando procedimentos de segurança. plintos, colchões, etc.).
● Planejar e utilizar estratégias para a execução de ● Sugestão de atividades: atividades de
diferentes elementos básicos da ginástica e da forma individual, em grupos, em circuitos,
ginástica geral. explorando elementos básicos da ginástica
Ginásticas
● Participar da ginástica geral, identificando as como deslocamento, equilíbrio e
potencialidades e os limites do corpo, e respeitando as acrobacia.
diferenças individuais e de desempenho corporal. ● Práticas corporais que utilizem técnicas
● Descrever, por meio de múltiplas linguagens de relaxamento e de concentração.
(corporal, oral, escrita e audiovisual), as características
dos elementos em distintas práticas corporais.
● Desenvolver capacidades motoras: força, resistência,
agilidade, velocidade e flexibilidade.

● Atividades rítmicas e expressivas. ● Experimentar e fruir diferentes danças do contexto ● Brinquedos cantados.
● Danças do contexto comunitário e comunitário e regional (rodas cantadas, brincadeiras ● Brincadeiras de roda.
regional. rítmicas e expressivas), e recriá-las, respeitando as ● Brincadeiras de mão.
● Educação Psicomotora. diferenças individuais e de desempenho corporal. ● Parlendas.
● Identificar os elementos constitutivos (ritmo, espaço, ● Cirandas.
gestos) das danças do contexto comunitário e regional, ● Jogos de imitação e representação.
Danças
valorizando e respeitando as manifestações de ● Teatro.
diferentes culturas. ● Sugestão de atividades: corre cotia,
● Desenvolver habilidades perceptivas: sensibilidade, galinha choca, adoleta, batata quente,
noção de tempo, de espaço e do próprio corpo. meus pintinhos venham cá, galinha
● Estimular a pesquisa e o resgate de manifestações arrepiada, lenga- lenga, a canoa virou,
folclóricas regionais e da própria comunidade ciranda, cirandinha.

● Esportes de marca. ● Experimentar e fruir, prezando pelo trabalho ● Jogos e estafetas com arremessos e
● Esportes de precisão. coletivo e pelo protagonismo, a prática de esportes de lançamentos (boliche, bocha com bolas de
● Educação Psicomotora. marca e de precisão, identificando os elementos areia, acertar as latas, arco e flecha,
Esportes comuns a esses esportes. estilingue ou funda, aviões de papel,
● Discutir a importância da observação das normas e macarrão de piscina, discos de pratinhos
das regras dos esportes de marca e de precisão para de plástico ou papel, etc.).
assegurar a integridade própria e as dos demais ● Piques e estafetas com corridas, saltos
434

participantes. em distância e em altura e corridas de


● Desenvolver habilidades de manipulação: segurar, revezamento.
lançar, chutar, golpear, equilibrar, apertar, afrouxar e
explorar.
● Desenvolver habilidades de deslocamento: andar,
correr, saltar, desviar, rolar, girar, abaixar, levantar,
contornar, subir, descer e escorregar.

TEMAS ARTICULADORES: LAZER, LUDICIDADE, QUALIDADE DE VIDA (SAÚDE), CORPO, SOCIEDADE E


CIDADANIA, TRABALHO, MEIO AMBIENTE, MÍDIA, GÊNERO, SEXUALIDADE, INCLUSÃO E ETNIA.

1º CICLO
EDUCAÇÃO FÍSICA – 2º ANO
Objetivos de Aprendizagem e
Núcleos Temáticos Objetos de Conhecimento Propostas Metodológicas
Desenvolvimento
● Jogos e brincadeiras da cultura ● Experimentar, fruir e recriar ● Jogos de imitação e representação.
popular presentes no contexto diferentes brincadeiras e jogos da ● Jogos sensoriais.
comunitário e regional. cultura popular presentes no contexto ● Jogos de construção.
● Brincadeiras e jogos da matriz comunitário e regional, desenvolvendo ● Jogos de descobertas
indígena e africana. atitudes cooperativas e solidárias. ● Jogos de mesa.
● Educação psicomotora. ● Resolver situações de conflito por ● Brincadeiras populares.
meio do diálogo interagindo com os ● Jogos de oposição.
colegas. ● Jogos cooperativos.
● Explicar, por meio de múltiplas ●Sugestão de atividades: amarelinha,
Brincadeiras e Jogos linguagens (corporal, visual, oral e cabra cega, mãe da rua, cabo de guerra,
escrita), as brincadeiras e os jogos vivo ou morto, telefone sem fio,
populares do contexto comunitário e mímica e todos os pique existentes.
regional, reconhecendo e valorizando a
importância desses jogos e
brincadeiras para as culturas de
origem.
● Planejar e utilizar estratégias para
resolver desafios de brincadeiras e
jogos populares do contexto
435

comunitário e regional, com base no


reconhecimento das características
dessas práticas.
● Colaborar na proposição e na
produção de alternativas para a prática,
em outros momentos e espaços, de
brincadeiras e jogos e demais práticas
corporais tematizadas na escola,
produzindo textos (orais, escritos,
audiovisuais) para divulgá-las na
escola e na comunidade.
● Identificar e respeitar os limites
corporais pessoais e dos outros.
● Interagir com os colegas sem
estigmatizar ou discriminar por razões
físicas, sociais, culturais ou de gênero.
● Ginástica Geral. ● Experimentar, fruir e identificar ● Jogos motores.
● Educação psicomotora. diferentes elementos básicos da ● Jogos e atividades sem materiais.
ginástica (equilíbrios, saltos, giros, ● Jogos e brincadeiras com materiais
rotações, acrobacias, com e sem (bolas, cordas, bastões, cordas,
materiais) e da ginástica geral, de elásticos, plintos, colchões, etc.).
forma individual e em pequenos ● Sugestão de atividades: atividades de
grupos, adotando procedimentos de forma individual, em grupos, em
segurança. circuitos, explorando elementos
● Planejar e utilizar estratégias para a básicos da ginástica, tais como
execução de diferentes elementos deslocamento, equilíbrio e acrobacia.
básicos da ginástica e da ginástica ● Práticas corporais que utilizem
Ginásticas
geral. técnicas de relaxamento e de
● Participar da ginástica geral, concentração.
identificando as potencialidades e os
limites do corpo, e respeitando as
diferenças individuais e de
desempenho corporal.
● Descrever, por meio de múltiplas
linguagens (corporal, oral, escrita e
audiovisual), as características dos
elementos em distintas práticas
corporais.
436

● Desenvolver capacidades motoras:


força, resistência, agilidade, velocidade
e flexibilidade.
● Atividades rítmicas e expressivas. ● Experimentar e fruir diferentes ● Brinquedos cantados.
● Danças do contexto comunitário e danças do contexto comunitário e ● Brincadeiras de roda.
regional. regional (rodas cantadas, brincadeiras ● Brincadeiras de mão.
● Educação Psicomotora. rítmicas e expressivas), e recriá-las, ● Parlendas.
respeitando as diferenças individuais e ● Cirandas.
de desempenho corporal. ● Jogos de imitação e representação.
● Identificar os elementos constitutivos ● Teatro.
(ritmo, espaço, gestos) das danças do ● Sugestão de atividades: corre cotia,
Danças contexto comunitário e regional, galinha choca, adoleta, batata quente,
valorizando e respeitando as meus pintinhos venham cá, galinha
manifestações de diferentes culturas. arrepiada, lenga- lenga, a canoa virou,
● Desenvolver habilidades perceptivas: ciranda, cirandinha.
sensibilidade, noção de tempo, de
espaço e do próprio corpo.
● Estimular a pesquisa e o resgate de
manifestações folclóricas regionais e
da própria comunidade.
● Esportes de marca. ● Experimentar e fruir, prezando pelo ● Jogos e estafetas com arremessos e
● Esportes de precisão. trabalho coletivo e pelo protagonismo, lançamentos (boliche, bocha com bolas
● Educação Psicomotora. a prática de esportes de marca e de de areia, acertar as latas, arco e flecha,
precisão, identificando os elementos estilingue ou funda, aviões de papel,
comuns a esses esportes. macarrão de piscina, discos de
● Discutir a importância da observação pratinhos de plástico ou papel, etc.).
das normas e das regras dos esportes ● Piques e estafetas com corridas,
de marca e de precisão para assegurar a saltos em distância e em altura,
integridade própria e as dos demais corridas de revezamento.
Esportes
participantes.
● Desenvolver habilidades de
manipulação: segurar, lançar, chutar,
golpear, equilibrar, apertar, afrouxar e
explorar.
● Desenvolver habilidades de
deslocamento: andar, correr, saltar,
desviar, rolar, girar, abaixar, levantar,
contornar, subir, descer e escorregar.
437

TEMAS ARTICULADORES: LAZER, LUDICIDADE, QUALIDADE DE VIDA (SAÚDE), CORPO, SOCIEDADE E


CIDADANIA, TRABALHO, MEIO AMBIENTE, MÍDIA, GÊNERO, SEXUALIDADE, INCLUSÃO E ETNIA.

1º CICLO
EDUCAÇÃO FÍSICA – 3º ANO
Objetivos de Aprendizagem e
Núcleos Temáticos Objetos de Conhecimento Propostas Metodológicas
Desenvolvimento
● Brincadeiras e jogos da cultura ● Experimentar, fruir e recriar ● Jogos cooperativos.
popular presentes no contexto diferentes brincadeiras e jogos da ● Jogos de imitação e representação.
comunitário e regional. cultura popular presentes no contexto ● Jogos sensoriais.
● Brincadeiras e jogos de matriz comunitário e regional, reconhecendo e ● Jogos de construção.
indígena e africana. respeitando as diferenças individuais ● Jogos de descobertas.
de desempenho dos colegas. ● Jogos motores.
● Explicar, por meio de múltiplas ● Jogos e atividades sem materiais.
linguagens (corporal, visual, oral e ● Jogos e brincadeiras com materiais
escrita), as brincadeiras e os jogos (bolas, cordas, bastões, cordas,
populares do contexto comunitário e elásticos, plintos, colchões, etc.).
regional, reconhecendo e valorizando a ● Jogos e estafetas com arremessos e
importância desses jogos e lançamentos (boliche, bocha com bolas
brincadeiras para suas culturas de de areia, acertar as latas, arco e flecha,
origem. estilingue ou funda, aviões de papel,
Brincadeiras e Jogos ● Planejar e utilizar estratégias para macarrão de piscina, discos de
resolver desafios de brincadeiras e pratinhos de plástico ou papel, etc).
jogos populares do contexto ● Piques e estafetas com corridas,
comunitário e regional, com base no saltos em distância e em altura,
reconhecimento das características corridas de revezamento.
dessas práticas. ● Jogos de imitação e representação.
● Colaborar na proposição e na ● Teatro.
produção de alternativas para a prática,
em outros momentos e espaços, de
brincadeiras e jogos e demais práticas
corporais tematizadas na escola,
produzindo textos (orais, escritos,
audiovisuais) para divulgá-las na
escola e na comunidade.
● Experimentar e fruir brincadeiras e
438

jogos populares do Brasil e do mundo,


incluindo aqueles de matriz indígena e
africana, e recriá-los valorizando a
importância desse patrimônio histórico
cultural.
● Planejar e utilizar estratégias para
possibilitar a participação segura de
todos os alunos em brincadeiras e
jogos populares do Brasil e de matriz
indígena e africana.
● Descrever, por meio de múltiplas
linguagens (corporal, oral, escrita,
audiovisual), as brincadeiras e os jogos
populares do Brasil e de matriz
indígena e africana, explicando suas
características e a importância desse
patrimônio histórico cultural na
preservação das diferentes culturas.
● Recriar, individual e coletivamente,
e experimentar, na escola e fora dela,
brincadeiras e jogos populares do
Brasil e do mundo, incluindo aqueles
de matriz indígena e africana, e demais
práticas corporais tematizadas na
escola, adequando-as aos espaços
públicos disponíveis.
● Esportes de marca. ● Experimentar e fruir, prezando pelo
● Esportes de precisão. trabalho coletivo e pelo protagonismo,
● Esportes de campo e taco. a prática de esportes de marca e de
● Esporte de invasão. precisão, identificando os elementos
comuns a esses esportes.
● Discutir a importância da observação
Esportes
das normas e das regras dos esportes
de marca e de precisão para assegurar a
integridade própria e as dos demais
participantes.
● Favorecer através dos esportes de
marca, precisão, campo e taco e
439

invasão, a interação entre os alunos e o


meio ambiente.
● Ampliar através dos esportes de
marca, precisão, campo e taco e
invasão, as oportunidades de
desenvolvimento psicomotor,
cognitivo e socioafetivo.
● Experimentar e fruir diversos tipos
de esportes de campo e taco,
rede/parede e invasão, identificando
seus elementos comuns e criando
estratégias individuais e coletivas
básicas para sua execução, prezando
pelo trabalho coletivo e pelo
protagonismo.
● Diferenciar os conceitos de jogo e
esporte, identificando as características
que os constituem na
contemporaneidade e suas
manifestações (profissional e
comunitária/lazer).
● Ginástica geral. ● Experimentar, fruir e identificar ● Práticas corporais que utilizem
diferentes elementos básicos da técnicas de relaxamento e de
ginástica (equilíbrios, saltos, giros, concentração.
rotações, acrobacias, com e sem
materiais) e da ginástica geral, de
forma individual e em pequenos
grupos, adotando procedimentos de
segurança.
Ginásticas ● Planejar e utilizar estratégias para a
execução de diferentes elementos
básicos da ginástica e da ginástica
geral.
● Participar da ginástica geral,
identificando as potencialidades e os
limites do corpo, e respeitando as
diferenças individuais e de
desempenho corporal.
440

● Descrever, por meio de múltiplas


linguagens (corporal, oral, escrita e
audiovisual), as características dos
elementos básicos da ginástica e da
ginástica geral, identificando a
presença desses elementos em distintas
práticas corporais.
● Experimentar e fruir, de forma
coletiva, combinações de diferentes
elementos da ginástica geral
(equilíbrios, saltos, giros, rotações,
acrobacias, com e sem materiais),
propondo coreografias com diferentes
temas do cotidiano.
● Planejar e utilizar estratégias para
resolver desafios na execução de
elementos básicos de apresentações
coletivas de ginástica geral,
reconhecendo as potencialidades e os
limites do corpo e adotando
procedimentos de segurança.
● Danças do contexto comunitário e ● Experimentar e fruir diferentes
regional. danças do contexto comunitário e
● Danças populares do Brasil e do regional (rodas cantadas, brincadeiras
mundo e danças de matriz indígena e rítmicas e expressivas), e recriá-las,
africana. respeitando as diferenças individuais e
de desempenho corporal.
● Identificar os elementos constitutivos
(ritmo, espaço, gestos) das danças do
Danças contexto comunitário e regional,
valorizando e respeitando as
manifestações de diferentes culturas.
● Experimentar, recriar e fruir danças
populares do Brasil e do mundo e
danças de matriz indígena e africana,
valorizando e respeitando os diferentes
sentidos e significados dessas danças
em suas culturas de origem.
441

● Comparar e identificar os elementos


constitutivos comuns e diferentes
(ritmo, espaço, gestos) em danças
populares do Brasil e do mundo e
danças de matriz indígena e africana.
● Formular e utilizar estratégias para a
execução de elementos constitutivos
das danças populares do Brasil e do
mundo, e das danças de matriz
indígena e africana.
● Identificar situações de injustiça e
preconceito geradas e/ou presentes no
contexto das danças e demais práticas
corporais e discutir alternativas para
superá-las.
● Lutas do contexto comunitário e ● Experimentar, fruir e recriar
regional. diferentes lutas presentes no contexto
● Lutas de matriz indígena e africana. comunitário e regional e lutas de
matriz indígena e africana.
● Planejar e utilizar estratégias básicas
das lutas do contexto comunitário e
regional, e lutas de matriz indígena e
africana experimentadas, respeitando o
Lutas
colega como oponente e as normas de
segurança.
● Identificar as características das lutas
do contexto comunitário e regional e
lutas de matriz indígena e africana,
reconhecendo as diferenças entre lutas
e brigas e entre lutas e as demais
práticas corporais.

TEMAS ARTICULADORES: LAZER, LUDICIDADE, QUALIDADE DE VIDA (SAÚDE), CORPO, SOCIEDADE E


CIDADANIA, TRABALHO, MEIO AMBIENTE, MÍDIA, GÊNERO, SEXUALIDADE, INCLUSÃO E ETNIA.
442

2º CICLO
EDUCAÇÃO FÍSICA – 4º ANO
Objetivos de Aprendizagem e
Núcleos Temáticos Objetos de Conhecimento Propostas Metodológicas
Desenvolvimento
● Brincadeiras e jogos populares do ● Experimentar e vivenciar os ● Compartilhar com os alunos o
Brasil e do mundo. conteúdos desenvolvendo atitudes planejamento das aulas.
● Brincadeiras e jogos de matriz respeitosas, cooperativas e solidárias ● Atividades propostas pelos alunos.
indígena e africana. em relação ao outro, aos seus limites ● Aulas que propiciem a criatividade,
● Jogos cooperativos. corporais e ao seu desempenho nas através da modificação das atividades
● Educação/Reeducação Psicomotora. atividades físicas com o objetivo de ou a criação de novas.
favorecer a inclusão. ● Utilização de diversos materiais, tais
● Resolver situações de conflito por como: bambolês, cordas, cones, bolas,
meio do diálogo. tatames, materiais recicláveis, etc.
Brincadeiras e Jogos ● Participar das atividades respeitando ● Jogos cooperativos.
as regras e a organização. ● Circuitos.
● Interagir com os colegas sem ● Pequenos e grandes jogos.
estigmatizar ou discriminar por razões ● Jogos pré-desportivos (câmbio, etc.).
físicas, sociais, culturais ou de gênero. ● Jogos esportivos (futebol, handebol,
● Desenvolver o espírito esportivo, basquetebol).
concebendo a competição como uma ● Oficinas de lutas.
condição do jogo e não como uma ● Oficinas de ginásticas.
atitude de rivalidade. ● Capoeira.
● Coreografias.
● Esportes de marca. ● Desenvolver o espírito esportivo,
● Esportes de precisão. concebendo a competição como uma
Esportes
● Esportes de campo e taco. condição do jogo e não como uma
● Esporte de invasão. atitude de rivalidade.
● Danças do Brasil e do mundo. ● Compreender os benefícios das
● Danças de matriz indígena e atividades para a qualidade de vida,
africana. para a saúde e para o meio ambiente,
Danças ● Atividades rítmicas. compreendendo o seu corpo como
● Danças do contexto comunitário e parte integrante do mesmo.
regional. ● Resolver problemas corporais
individualmente e em grupo.
443

● Valorizar as práticas corporais


populares e regionais como forma
legítima de manifestação cultural.
● Criar, participar e organizar jogos.
● Desenvolver atividades em grupo e
individuais.
● Desenvolver capacidades motoras.
● Desenvolver habilidades perceptivas.
● Desenvolver habilidades motoras de
estabilidade, locomoção e
manipulação.
● Lutas do contexto comunitário e ● Desenvolver habilidades sociais.
regional. ● Desenvolver autonomia corporal.
● Lutas de matriz indígena e africana. ● Compreender e aplicar regras.
Lutas
● Expressar opiniões quanto a atitudes
estratégicas.
● Participar de coreografias simples.
● Ginástica Geral. ● Práticas corporais que utilizem
Ginásticas ● Atividades rítmicas e expressivas. técnicas de relaxamento e de
concentração.

TEMAS ARTICULADORES: LAZER, LUDICIDADE, QUALIDADE DE VIDA (SAÚDE), CORPO, SOCIEDADE E


CIDADANIA, TRABALHO, MEIO AMBIENTE, MÍDIA, GÊNERO, SEXUALIDADE, INCLUSÃO E ETNIA.
444

2º CICLO
EDUCAÇÃO FÍSICA – 5º ANO
Objetivos de Aprendizagem e
Núcleos Temáticos Objetos de Conhecimento Propostas Metodológicas
Desenvolvimento
● Brincadeiras e jogos populares do ● Experimentar e vivenciar os ● Compartilhar com os alunos o
Brasil e do mundo. conteúdos desenvolvendo atitudes planejamento das aulas.
● Brincadeiras e jogos de matriz respeitosas, cooperativas e solidárias ● Atividades propostas pelos alunos.
Brincadeiras e Jogos indígena e africana. em relação ao outro, aos seus limites ● Aulas que propiciem a criatividade,
● Jogos cooperativos. corporais e ao seu desempenho nas através da modificação das atividades
● Educação / Reeducação atividades físicas com o objetivo de ou a criação de novas.
Psicomotora. favorecer a inclusão. ● Utilização de diversos materiais, tais
● Esportes de precisão. ● Resolver situações de conflito por como: bambolês, cordas, cones, bolas,
● Esportes de marca. meio do diálogo. tatames, materiais recicláveis, etc.
● Esportes de invasão. ● Participar das atividades respeitando ● Jogos cooperativos.
● Esportes de campo. as regras e a organização. ● Circuitos.
● Interagir com os colegas sem ● Pequenos e grandes jogos.
estigmatizar ou discriminar por razões ● Jogos pré-desportivos (câmbio, etc.).
Esportes físicas, sociais, culturais ou de gênero. ● Jogos esportivos (futebol, handebol,
● Desenvolver o espírito esportivo, basquetebol).
concebendo a competição como uma ● Oficinas de lutas.
condição do jogo e não como uma ● Oficinas de ginásticas.
atitude de rivalidade. ● Capoeira.
● Compreender os benefícios das ● Coreografias.
● Ginástica Geral. atividades para a qualidade de vida, ● Práticas corporais que utilizem
Ginásticas
● Atividades rítmicas e expressivas. para a saúde e para o meio ambiente, técnicas de relaxamento e de
● Danças do Brasil e do mundo. compreendendo o seu corpo como concentração.
● Danças de matriz indígena e parte integrante do mesmo.
africana. ● Resolver problemas corporais
Danças individualmente e em grupo.
● Atividades rítmicas.
● Danças do contexto comunitário e ● Valorizar as práticas corporais
regional. populares e regionais como forma
● Lutas do contexto comunitário e legítima de manifestação cultural.
Lutas regional. ● Valorizar as atividades realizadas no
● Lutas de matriz indígena e africana. meio ambiente, respeitando-o e
445

● Práticas Corporais de aventura cuidando do meio.


urbanas. ● Adotar posturas não discriminatórias
● Práticas Corporais de aventura no e não preconceituosas diante da
mar. pluralidade e manifestações corporais
● Práticas Corporais de aventura em das diversas culturas.
trilhas. ● Criar, participar e organizar jogos.
● Desenvolver atividades em grupo e
individuais.
● Desenvolver capacidades motoras.
Práticas Corporais De Aventura ● Desenvolver habilidades perceptivas.
● Desenvolver habilidades motoras de
estabilidade, locomoção e
manipulação.
● Desenvolver habilidades sociais.
● Desenvolver autonomia corporal.
● Compreender e aplicar regras.
● Expressar opiniões quanto a atitudes
estratégicas.
● Participar de coreografias simples.

TEMAS ARTICULADORES: LAZER, LUDICIDADE, QUALIDADE DE VIDA (SAÚDE), CORPO, SOCIEDADE E


CIDADANIA, TRABALHO, MEIO AMBIENTE, MÍDIA, GÊNERO, SEXUALIDADE, INCLUSÃO E ETNIA.
446

3º CICLO
EDUCAÇÃO FÍSICA – 6º ANO
Objetivos de Aprendizagem e
Núcleos Temáticos Objetos de Conhecimento Propostas Metodológicas
Desenvolvimento
● Brincadeiras e jogos de matriz ● Experimentar e fruir, na escola e fora ● Jogos e brincadeiras de matriz
indígena e africana. dela, jogos e brincadeiras de matriz africana: saltando o feijão, labirinto,
● Brincadeiras e jogos populares do indígena e africana, brincadeiras e mamba, pengo pengo, terra - mar,
Brasil. jogos populares do Brasil, jogos pegue a cauda, etc.
● Jogos adaptados. adaptados, jogos cooperativos, jogos ● Jogos e brincadeiras de matriz
● Jogos cooperativos. eletrônicos, valorizando e respeitando indígena: ronkrãn, cabo de guerra,
● Jogos eletrônicos. os sentidos e significados atribuídos a jikunahati, peikrãn, corrida com tora,
eles por diferentes grupos sociais e Kagót, etc.
etários. ● Jogos populares: queimado, pique
Brincadeiras e Jogos ● Identificar as transformações nas bandeira, amarelinha, elástico, taco,
características dos jogos de matriz etc.
indígena e africana, brincadeiras e ● Jogos adaptados: jogos e
jogos populares do Brasil, jogos brincadeiras adaptadas as diferentes
adaptados, jogos cooperativos, jogos deficiências.
eletrônicos em função das ● Jogos cooperativos: de resultado
características e especificidades das coletivo, sem perdedores, inversão,
respectivas exigências corporais semicooperativos.
colocadas por esses diferentes tipos de
jogos.
● Esportes de marca. ● Experimentar e fruir esportes de ● Esportes de marca: atletismo.
● Esportes de precisão. marca, precisão, invasão e técnico- ● Esportes de precisão: bocha, boliche,
● Esportes de invasão. combinatórios de rede divisória arremesso ao alvo, etc.
● Esportes de rede/parede. valorizando o trabalho coletivo e o ● Esportes de invasão: handebol,
● Esportes técnico-combinatórios. protagonismo. futsal, basquetebol, fresbee, rugby, etc.
● Esportes adaptados. ● Praticar um ou mais esportes de ● Esporte de rede/parede: voleibol,
Esportes
marca, precisão, invasão, técnico- badminton, tênis, squash, etc.
combinatórios e de rede/parede ● Esportes técnico-combinatórios:
oferecidos pela escola, usando ginástica acrobática, ginástica artística,
habilidades técnico-táticas básicas e ginástica rítmica.
respeitando regras. ● Esportes adaptados: golball, voleibol
● Planejar e utilizar estratégias para sentado, atletismo para deficiência
447

solucionar os desafios técnicos e visual, futebol de 5, etc.


táticos, tanto nos esportes de marca,
precisão, invasão e técnico-
combinatórios como nas modalidades
esportivas escolhidas para praticar de
forma específica.
● Analisar as transformações na
organização e na prática dos esportes
em suas diferentes manifestações
(profissional e comunitário/lazer).
● Propor e produzir alternativas para
experimentação dos esportes não
disponíveis e/ou acessíveis na
comunidade e das demais práticas
corporais tematizadas na escola.
● Analisar e vivenciar a prática dos
esportes adaptados para pessoas com
deficiências (física, auditiva, visual e
intelectual) em suas diferentes
manifestações.
● Ginástica de condicionamento físico ● Experimentar e fruir os diferentes ● Ginástica de condicionamento físico.
e práticas corporais circenses. tipos de ginástica escolar que solicitem ● Circuitos.
diferentes capacidades físicas, ● Ginástica geral.
identificando seus tipos (força, ● Ginástica localizada.
velocidade, resistência, flexibilidade, ● Ginástica lúdica.
etc.) e as sensações corporais ● Ginástica aeróbica.
provocadas pela sua prática. ● Ginástica com corda.
● Construir, coletivamente, ● Trabalhos de resistência, força e
procedimentos e normas de convívio coordenação.
Ginástica Escolar
que viabilizem a participação de todos ● Corridas/estafetas.
na prática da ginástica escolar, com o ● Práticas corporais circenses.
objetivo de estimular o aluno para ● Acrobacias de solo (duplas, trios e
adoção de um estilo de vida mais ativo, grupos).
dentro e fora da escola. ● Jogos de equilíbrio: perna de pau,
● Diferenciar exercício físico de rolo americano, corda bamba, etc.
atividade física e propor alternativas ● Jogos de alabares: diabolôs, aros,
para a prática de exercícios físicos bolas, claves, bastões, pratos de
dentro e fora do ambiente escolar. equilíbrio, etc.
448

● Experimentar e fruir as diferentes


manifestações das práticas corporais
circenses, identificando as sensações
corporais e as capacidades físicas
advindas da prática (equilíbrio, força,
coordenação motora, percepção
cinestésica).
● Danças urbanas e populares da ● Experimentar e fruir danças urbanas ● Danças urbanas: hip hop, funk,
cultura local e brasileira. e populares, identificando seus freestyle, breaking, etc.
elementos constitutivos (ritmo, espaço, ● Danças populares: quadrilhas,
gestos). bumba meu boi, forró, frevo, maracatu,
● Planejar e utilizar estratégias para etc.
aprender elementos constitutivos das
Danças danças urbanas e da cultura popular
brasileira.
● Diferenciar as danças urbanas e
populares das demais manifestações da
dança, valorizando e respeitando os
sentidos e significados atribuídos a eles
por diferentes grupos sociais.
● Lutas do Brasil. ● Experimentar e fruir as diferentes ● Capoeira (tríade jogo/luta/dança):
● Lutas de matriz indígena e africana. lutas do Brasil (matriz indígena e angola, regional, contemporânea.
africana), valorizando a própria ● Maculelê (em sua origem era uma
segurança e integridade física, bem arte marcial armada, mas atualmente é
como as dos demais. uma forma de dança que simula uma
● Planejar e utilizar estratégias básicas luta tribal usando como arma dois
das lutas do Brasil, respeitando o bastões).
colega como oponente. ● Huka: luta indígena dos povos do
● Identificar as características Xingu.
Lutas
(códigos, rituais, elementos técnico-
táticos, indumentária, materiais,
instalações, instituições) das lutas do
Brasil (matriz indígena e africana).
● Problematizar preconceitos e
estereótipos de gênero, sociais e
étnico-raciais relacionados ao universo
das lutas e estabelecer acordos
objetivando a construção de interações
449

referenciadas na solidariedade, na
justiça, na equidade e no respeito.
● Práticas corporais de aventura ● Experimentar e fruir diferentes ● Corrida de orientação.
urbana. práticas corporais de aventura urbanas, ● Caminhadas.
valorizando a própria segurança e ● Escaladas.
integridade física, bem como as dos ● Skate.
demais. ● Slack line.
● Identificar os riscos durante a ● Parkour.
realização de práticas corporais de
aventura urbanas e planejar estratégias
para sua superação.
● Executar práticas corporais de
aventura urbanas, respeitando o
patrimônio público e utilizando
alternativas para prática segura em
diversos espaços.
● Identificar a origem das práticas
Práticas Corporais de Aventura corporais de aventura e as
possibilidades de recriá-las,
reconhecendo as características
(instrumentos, equipamentos de
segurança, indumentária, organização)
e seus tipos de práticas.
● Experimentar trilhas ecológicas
articuladas em projetos
interdisciplinares visando à
preservação do meio ambiente.
● Compreender que a preservação do
meio ambiente é necessária para
desenvolvimento de uma prática
corporal saudável fora da escola que
garanta mais saúde e qualidade de vida
para quem pratica.

TEMAS ARTICULADORES: LAZER, LUDICIDADE, QUALIDADE DE VIDA (SAÚDE), CORPO, SOCIEDADE E


CIDADANIA, TRABALHO, MEIO AMBIENTE, MÍDIA, GÊNERO, SEXUALIDADE, INCLUSÃO E ETNIA.
450

3º CICLO
EDUCAÇÃO FÍSICA – 7º ANO
Objetivos de Aprendizagem e
Núcleos Temáticos Objetos de Conhecimento Propostas Metodológicas
Desenvolvimento
● Brincadeiras e jogos de matriz ● Experimentar e fruir, na escola e fora ● Jogos e brincadeiras de matriz
indígena e africana. dela, jogos e brincadeiras de matriz africana: saltando o feijão, labirinto,
● Brincadeiras e jogos populares do indígena e africana, brincadeiras e mamba, pengo, terra - mar, pegue a
Brasil. jogos populares do Brasil, jogos cauda, etc.
● Jogos adaptados. adaptados, jogos cooperativos, jogos ● Jogos e brincadeiras de matriz
● Jogos cooperativos. eletrônicos, valorizando e respeitando indígena: ronkrãn, cabo de guerra,
● Jogos eletrônicos. os sentidos e significados atribuídos a jikunahati, peikrãn, corrida com tora,
eles por diferentes grupos sociais e Kagót, etc.
etários. ● Jogos populares: queimado, pique
Brincadeiras e Jogos ● Identificar as transformações nas bandeira, amarelinha, elástico, taco,
características dos jogos de matriz etc.
indígena e africana, brincadeiras e ● Jogos adaptados: jogos e
jogos populares do Brasil, jogos brincadeiras adaptadas as diferentes
adaptados, jogos cooperativos, jogos deficiências.
eletrônicos em função das ● Jogos cooperativos: de resultado
características e especificidades das coletivo, sem perdedores, inversão,
respectivas exigências corporais semicooperativos.
colocadas por esses diferentes tipos de
jogos.
● Esportes de marca. ● Experimentar e fruir esportes de ● Esportes de marca: atletismo
● Esportes de precisão. marca, precisão, invasão e técnico- ● Esportes de precisão: bocha, boliche,
● Esportes de invasão. combinatórios de rede divisória arremesso ao alvo, etc.
● Esportes de rede/parede. valorizando o trabalho coletivo e o ● Esportes de invasão: handebol,
● Esportes técnico-combinatórios. protagonismo. futsal, basquetebol, fresbee, rugby, etc.
● Esportes adaptados. ● Praticar um ou mais esportes de ● Esporte de rede/parede: voleibol,
Esportes marca, precisão, invasão, técnico- badminton, tênis, squash, etc.
combinatórios e de rede/parede ● Esportes técnico-combinatórios:
oferecidos pela escola, usando ginástica acrobática, ginástica artística,
habilidades técnico-táticas básicas e ginástica rítmica.
respeitando regras. ● Esportes adaptados: golball, voleibol
● Planejar e utilizar estratégias para sentado, atletismo para deficiência
solucionar os desafios técnicos e visual, futebol de 5, etc.
451

táticos, tanto nos esportes de marca,


precisão, invasão e técnico-
combinatórios como nas modalidades
esportivas escolhidas para praticar de
forma específica.
● Analisar as transformações na
organização e na prática dos esportes
em suas diferentes manifestações
(profissional e comunitário/lazer).
● Propor e produzir alternativas para
experimentação dos esportes não
disponíveis e/ou acessíveis na
comunidade e das demais práticas
corporais tematizadas na escola.
● Analisar e vivenciar a prática dos
esportes adaptados para pessoas com
deficiências (física, auditiva, visual e
intelectual) em suas diferentes
manifestações.
● Ginástica de condicionamento físico ● Experimentar e fruir os diferentes ● Ginástica de condicionamento físico
e práticas corporais circenses. tipos de ginástica escolar que solicitem ● Circuitos.
diferentes capacidades físicas, ● Ginástica geral.
identificando seus tipos (força, ● Ginástica localizada.
velocidade, resistência, flexibilidade ● Ginástica lúdica.
etc.) e as sensações corporais ● Ginástica aeróbica.
provocadas pela sua prática. ● Ginástica com corda.
● Construir, coletivamente, ● Trabalhos de resistência, força e
procedimentos e normas de convívio coordenação.
Ginástica Escolar que viabilizem a participação de todos ● Corridas/estafetas.
na prática da ginástica escolar, com o ● Práticas corporais circenses
objetivo de estimular o aluno para ● Acrobacias de solo (duplas, trios e
adoção de um estilo de vida mais ativo, grupos).
dentro e fora da escola. ● Jogos de equilíbrio (perna de pau,
● Diferenciar exercício físico de rolo americano, corda bamba, etc.).
atividade física e propor alternativas ● Jogos de malabares (diabolôs, aros,
para a prática de exercícios físicos bolas, claves, bastões, pratos de
dentro e fora do ambiente escolar. equilíbrio, etc.).
● Experimentar e fruir as diferentes
452

manifestações das práticas corporais


circenses, identificando as sensações
corporais e as capacidades físicas
advindas da prática (equilíbrio, força,
coordenação motora, percepção
cinestésica).
● Danças urbanas e populares da ● Experimentar e fruir danças urbanas ● Danças urbanas: hip hop, funk,
cultura local e brasileiras. e populares, identificando seus freestyle, breaking, etc.
elementos constitutivos (ritmo, espaço, ● Danças populares: quadrilhas,
gestos). bumba meu boi, forró, frevo, maracatu,
● Planejar e utilizar estratégias para etc.
aprender elementos constitutivos das
danças urbanas e da cultura popular
Danças
brasileira.
● Diferenciar as danças urbanas e
populares das demais manifestações da
dança, valorizando e respeitando os
sentidos e significados atribuídos a eles
por diferentes grupos sociais.

● Lutas do Brasil. ● Experimentar e fruir diferentes as ● Capoeira (tríade jogo/luta/dança):


● Lutas de matriz indígena e africana. lutas do Brasil (matriz indígena e angola, regional, contemporânea.
africana), valorizando a própria ● Maculelê (em sua origem era uma
segurança e integridade física, bem arte marcial armada, mas atualmente é
como as dos demais. uma forma de dança que simula uma
● Planejar e utilizar estratégias básicas luta tribal usando como arma dois
das lutas do Brasil, respeitando o bastões).
colega como oponente. ● Huka: luta indígena dos povos do
● Identificar as características Xingu.
Lutas
(códigos, rituais, elementos técnico-
táticos, indumentária, materiais,
instalações, instituições) das lutas do
Brasil (matriz indígena e africana).
● Problematizar preconceitos e
estereótipos de gênero, sociais e
étnico-raciais relacionados ao universo
das lutas e estabelecer acordos
objetivando a construção de interações
453

referenciadas na solidariedade, na
justiça, na equidade e no respeito.
● Práticas corporais de aventura ● Experimentar e fruir diferentes ● Corrida de orientação.
urbana. práticas corporais de aventura urbanas, ● Caminhadas.
valorizando a própria segurança e ● Escaladas.
integridade física, bem como as dos ● Skate.
demais. ● Slack line.
● Identificar os riscos durante a ● Parkour.
realização de práticas corporais de
aventura urbanas e planejar estratégias
para sua superação.
● Executar práticas corporais de
aventura urbanas, respeitando o
patrimônio público e utilizando
alternativas para prática segura em
diversos espaços.
● Identificar a origem das práticas
Práticas Corporais de Aventura corporais de aventura e as
possibilidades de recriá-las,
reconhecendo as características
(instrumentos, equipamentos de
segurança, indumentária, organização)
e seus tipos de práticas.
● Experimentar trilhas ecológicas
articuladas em projetos
interdisciplinares visando à
preservação do meio ambiente.
● Compreender que a preservação do
meio ambiente é necessária para
desenvolvimento de uma prática
corporal saudável fora da escola que
garanta mais saúde e qualidade de vida
para quem pratica.

TEMAS ARTICULADORES: LAZER, LUDICIDADE, QUALIDADE DE VIDA (SAÚDE), CORPO, SOCIEDADE E


CIDADANIA, TRABALHO, MEIO AMBIENTE, MÍDIA, GÊNERO, SEXUALIDADE, INCLUSÃO E ETNIA.
454

4º CICLO
EDUCAÇÃO FÍSICA – 8º ANO
Objetivos de Aprendizagem e
Núcleos Temáticos Objetos de Conhecimento Propostas Metodológicas
Desenvolvimento
● Jogos eletrônicos. ● Reconhecer e compreender o Jogo ● Jogos eletrônicos: aquele que usa
● Jogos cooperativos e competitivos. enquanto fenômeno cultural tecnologia de computador
● Jogos de tabuleiro. intrinsecamente ligado à história da ● Jogos cooperativos: de resultado
● Jogos adaptados. humanidade. coletivo, sem perdedores, inversão,
● Reconhecer e compreender as semicooperativos.
diferenças relações existentes entre os ● Jogos competitivos: jogos que
Jogos, as Brincadeiras e os Esportes. estimulam a competição entre os
● (Re) criar e (re) significar, as regras participantes, com perdedores, com
e novas formas de experienciar os eliminação.
jogos eletrônicos cooperativos, ● Jogos de tabuleiro: damas, gamão,
competitivos de tabuleiro e adaptados. jogo da velha, Ludo, Master, xadrez,
● Reconhecer e diferenciar os jogos Monopólio, War, Detetive, Cara a cara,
cooperativos dos jogos competitivos, a Imagem e Ação.
partir dos seguintes elementos: visão ● Jogos adaptados: jogos e
do jogo; objetivo; o outro; relação; brincadeiras adaptadas as diferentes
resultado; consequência; e motivação. deficiências.
Brincadeiras e Jogos
● Experimentar e fruir, na escola e fora
dela, os jogos eletrônicos cooperativos,
competitivos de tabuleiro, valorizando
e respeitando os sentidos e significados
atribuídos a eles por diferentes grupos
sociais e etários.
● Identificar as transformações nas
características dos jogos eletrônicos
em função dos avanços das tecnologias
e nas respectivas exigências corporais
colocadas por esses diferentes tipos de
jogos.
● Reconhecer e compreender os jogos
adaptados como direito do cidadão
propondo e produzindo alternativas
para sua realização na escola e fora
455

dela.
● Experimentar, fruir e criar diferentes
brincadeiras e jogos adaptados
valorizando o trabalho coletivo e o
protagonismo.
● Experimentar e fruir nas escolas
jogos adaptados dando a oportunidades
aos alunos com necessidades
educativas especiais de conhecer suas
possibilidades e vencer os seus limites.
promovendo a inclusão e a valorização
das diferenças.
● Esportes de marca. ● Experimentar diferentes papéis ● Jogos cooperativos.
● Esportes técnico-combinatórios. (jogador, árbitro e técnico) e fruir os ● Esporte de marca: provas do
● Esportes de precisão. esportes de marca, técnico- atletismo.
● Esporte de invasão. combinatórios, de precisão e invasão, ● Esporte técnico combinatório:
● Esportes de rede/parede. de rede/parede, campo e taco e ginástica artística, ginástica rítmica.
● Esportes de campo e taco e combate. combate, valorizando o trabalho ● Esporte de Precisão: bocha, boliche,
● Esportes adaptados. coletivo e o protagonismo. arremesso ao alvo, etc.
● Praticar um ou mais esportes de ● Esporte de invasão: handebol,
marca, técnico-combinatórios, de futebol, futsal, basquete, fresbee,
precisão, invasão de rede/parede, rugby, etc.
campo e taco e combate oferecidos ● Esporte de rede ou parede: voleibol,
pela escola, usando habilidades badminton, tênis de mesa.
técnico-táticas básicas. ● Esporte de campo ou taco e combate:
Esportes
● Formular e utilizar estratégias para beisebol, críquete, softbol.
solucionar os desafios técnicos e ● Esportes adaptados: basquete em
táticos, tanto nos esportes de marca, cadeira de roda, voleibol sentado,
técnico-combinatórios, de precisão, golball, futebol de 5.
invasão de rede/parede, campo e taco e
combate como nas modalidades
esportivas escolhidas para praticar de
forma específica.
● Identificar os elementos técnicos ou
técnico-táticos individuais,
combinações táticas, sistemas de jogo
e regras das modalidades esportivas
praticadas, bem como diferenciar as
456

modalidades esportivas com base nos


critérios da lógica interna das
categorias de esporte: de marca,
técnico-combinatórios, de precisão,
invasão de rede/parede, campo e taco e
combate.
● Experimentar e fruir na escola
esportes adaptados para pessoas com
deficiências (físicas, auditivas, visual e
intelectual) em suas diferentes
manifestações.
● Identificar as transformações
históricas do fenômeno esportivo e
discutir alguns de seus problemas
(doping, corrupção, violência, etc.) e a
forma como as mídias os apresentam.
● Verificar locais disponíveis na
comunidade para a prática de esportes
e das demais práticas corporais
tematizadas na escola, propondo e
produzindo alternativas para utilizá-los
no tempo livre.
● Ginástica circense. ● Experimentar, fruir de forma ● Ginástica circense: exercícios que
● Ginástica de conscientização individual e ou coletiva, combinações envolvam equilíbrio, manipulação de
corporal. de diferentes elementos da ginástica alguns materiais, como malabares, etc.
circense (alongamento, flexibilidade
força, equilíbrio, agilidade,
coordenação motora etc. com e sem
materiais).
● Estabelecer relações entre a ginástica
Ginástica
de conscientização corporal e ginástica
circense;
● Identificar a importância de trabalhar
a ginástica circense nas aulas de
Educação Física;
● Criar estratégias para possibilitar a
experiência prática dos conteúdos da
ginástica circense no ambiente escolar.
457

● Experimentar e fruir um ou mais


tipos de ginástica de conscientização
corporal, identificando as exigências
corporais dos mesmos.
● Danças contemporâneas. ● Experimentar, fruir e recriar danças ● Atividades rítmicas.
contemporâneas, identificando seus ● Danças contemporâneas: jazz,
elementos constitutivos (ritmo, espaço, sapateado, flamenco, stiletto.
gestos).
● Planejar e utilizar estratégias para
aprender elementos constitutivos das
Dança danças contemporâneas.
● Diferenciar as danças
contemporâneas das demais
manifestações de dança, valorizando e
respeitando os sentidos e significados
atribuídos a eles por diferentes grupos
sociais.
● Lutas do mundo. ● Experimentar e fruir a execução dos ● Jogos de oposição.
movimentos pertencentes às lutas do ● Lutas do mundo: judô, jiu-jítsu,
mundo, adotando procedimentos de muay thai, etc.
segurança e respeitando o oponente.
● Planejar e utilizar estratégias básicas
das lutas experimentadas,
Lutas reconhecendo as suas características
técnico-táticas.
● Discutir as transformações
históricas, o processo de esportivização
e a midiatização de uma ou mais lutas,
valorizando e respeitando as culturas
de origem.
● Práticas corporais de aventura na ● Experimentar e fruir diferentes ● Práticas corporais de aventura na
natureza. práticas corporais de aventura na natureza: trilhas, corrida orientada,
natureza, valorizando a própria corrida de aventura, rapel, tirolesa,
segurança e integridade física, bem arvorismo.
Práticas Corporais
como as dos demais, respeitando o
patrimônio natural e minimizando os
impactos de degradação ambiental.
● Identificar riscos, formular
458

estratégias e observar normas de


segurança para superar os desafios na
realização de práticas corporais de
aventura na natureza.
● Identificar as características
(equipamentos de segurança,
instrumentos, indumentária,
organização) das práticas corporais de
aventura na natureza, bem como suas
transformações históricas.
● Identificar e utilizar os
equipamentos/espaços públicos de
lazer disponíveis no município de
Niterói para práticas corporais de
aventura na natureza.

TEMAS ARTICULADORES: LAZER, LUDICIDADE, QUALIDADE DE VIDA (SAÚDE), CORPO, SOCIEDADE E


CIDADANIA, TRABALHO, MEIO AMBIENTE, MÍDIA, GÊNERO, SEXUALIDADE, INCLUSÃO E ETNIA.
459

4º CICLO
EDUCAÇÃO FÍSICA – 9º ANO
Objetivos de Aprendizagem e
Núcleos Temáticos Objetos de Conhecimento Propostas Metodológicas
Desenvolvimento
● Jogos eletrônicos. ● Reconhecer e compreender o Jogo ● Jogos eletrônicos: aquele que usa
● Jogos cooperativos e competitivos. enquanto fenômeno cultural tecnologia de computador
● Jogos de tabuleiro. intrinsecamente ligado à história da ● Jogos cooperativos: de resultado
● Jogos adaptados. humanidade. coletivo, sem perdedores, inversão,
● Reconhecer e compreender as semicooperativos.
diferenças relações existentes entre os ● Jogos competitivos: jogos que
Jogos, as Brincadeiras e os Esportes. estimula a competição entre os
● (Re)criar e (re)significar, as regras e participantes, com perdedores, com
novas formas de experienciar os jogos eliminação.
eletrônicos cooperativos, competitivos ● Jogos de tabuleiro: damas, gamão,
de tabuleiro e adaptados. jogo da velha, Ludo, Master,
● Reconhecer e diferenciar os jogos Monopólio, War, xadrez, detetive, cara
cooperativos dos jogos competitivos, a a cara, imagem e ação.
partir dos seguintes elementos: visão ● Jogos adaptados: jogos e
do jogo; objetivo; o outro; relação; brincadeiras adaptadas as diferentes
resultado; consequência; e motivação. deficiências.
Brincadeiras e Jogos
● Experimentar e fruir, na escola e fora
dela, os jogos eletrônicos cooperativos,
competitivos de tabuleiro, valorizando
e respeitando os sentidos e significados
atribuídos a eles por diferentes grupos
sociais e etários.
● Identificar as transformações nas
características dos jogos eletrônicos
em função dos avanços das tecnologias
e nas respectivas exigências corporais
colocadas por esses diferentes tipos de
jogos.
● Reconhecer e compreender os jogos
adaptados como direito do cidadão
propondo e produzindo alternativas
para sua realização na escola e fora
460

dela.
● Experimentar, fruir e criar diferentes
brincadeiras e jogos adaptados
valorizando o trabalho coletivo e o
protagonismo.
● Experimentar e fruir nas escolas
jogos adaptados dando a oportunidades
aos alunos com necessidades
educativas especiais de conhecer suas
possibilidades e vencer os seus limites
promovendo a inclusão e a valorização
das diferenças.
● Esportes de marca. ● Praticar um ou mais esportes de ● Esporte de marca: provas do
● Esportes técnico-combinatórios. marca e técnico-combinatórios, de atletismo,
● Esportes de precisão. precisão, de invasão, de rede/parede, ● Esporte técnico combinatório:
● Esporte de invasão. campo e taco, de combate e adaptados ginástica artística, ginástica rítmica.
● Esportes de rede/parede. oferecidos pela escola, usando ● Esporte de precisão: bocha, boliche,
● Esportes de campo e taco. habilidades técnico-táticas básicas. arremesso ao alvo, etc.
● Esporte de combate. ● Experimentar diferentes papéis ● Esporte de invasão: handebol,
● Esportes adaptados. (jogador, árbitro e técnico) e fruir os futebol, futsal, basquete, fresbee,
esportes de marca e técnico- rugby, etc.
combinatórios, de precisão, de invasão ● Esporte de rede ou parede: voleibol,
de rede/parede, campo e taco e badminton, tênis de mesa.
combate, valorizando o trabalho ● Esporte de campo ou taco e combate:
coletivo e o protagonismo. beisebol, críquete, softbol.
Esporte
● Formular e utilizar estratégias para ● Esportes adaptados: basquete em
solucionar os desafios técnicos e cadeira de roda, voleibol sentado,
táticos, tanto nos esportes de marca e golball, futebol de 5.
técnico-combinatórios, de precisão, de
invasão, de rede/parede, campo e taco,
de combate e adaptados como nas
modalidades esportivas escolhidas para
praticar de forma específica.
● Identificar os elementos técnicos ou
técnico-táticos individuais,
combinações táticas, sistemas de jogo
e regras das modalidades esportivas
praticadas, bem como diferenciar as
461

modalidades esportivas com base nos


critérios da lógica interna das
categorias de esporte: de marca e
técnico-combinatórios, de precisão, de
invasão, de rede/parede, campo e taco,
de combate e adaptados.
● Identificar as transformações
históricas do fenômeno esportivo e
discutir alguns de seus problemas
(doping, corrupção, violência, etc.) e a
forma como as mídias os apresentam.
● Verificar locais disponíveis na
comunidade para a prática de esportes
e das demais práticas corporais
tematizadas na escola, propondo e
produzindo alternativas para utilizá-los
no tempo livre.
● Identificar e compreender as
diferenças entre Esportes adaptados e
Esportes inclusivos e suas
contribuições para uma sociedade mais
justa e menos discriminatória.
● Verificar, planejar e empregar
estratégias para resolver desafios de
infraestrutura das escolas
possibilitando a prática de esportes
adaptados em ambiente acessível a
todos os alunos, com ou sem
deficiência, aumentando as
possibilidades de aprendizagem das
práticas corporais, além de se envolver
no processo de ampliação do acervo
cultural nesse campo.
● Reconhecer o acesso às práticas
corporais adaptadas como direito do
cidadão, propondo e produzindo
alternativas para sua realização no
contexto comunitário.
462

● Ginástica de conscientização ● Experimentar e fruir um ou mais ● Circuitos.


corporal. programas de exercícios físicos,
● Ginástica de condicionamento físico. identificando as exigências corporais
desses diferentes programas e
reconhecendo a importância de uma
prática individualizada, adequada às
características e necessidades de cada
sujeito.
● Discutir as transformações históricas
dos padrões de desempenho, saúde e
beleza, considerando a forma como são
Ginásticas
apresentados nos diferentes meios
(cientifico, midiático etc.).
● Problematizar a prática excessiva de
exercícios físicos e o uso de
medicamentos para a ampliação do
rendimento ou potencialização das
transformações corporais.
● Experimentar e fruir um ou mais
tipos de ginástica de conscientização
corporal, identificando as exigências
corporais dos mesmos.
● Dança de salão. ● Experimentar, fruir e recriar danças ● Atividades rítmicas.
de salão, valorizando a diversidade ● Dança de salão: tango, salsa, bolero,
cultural e respeitando a tradição dessas samba de gafieira, zouk, lambada.
culturas.
● Planejar e utilizar estratégias para se
apropriar dos elementos constitutivos
(ritmo, espaço, gestos) das danças de
salão.
Dança
● Discutir estereótipos e preconceitos
relativos às danças de salão e demais
práticas corporais e propor alternativas
para sua superação.
● Analisar as características (ritmos,
gestos, coreografias e músicas) das
danças de salão, bem como suas
transformações históricas e os grupos
463

de origem.
● Lutas do mundo. ● Problematizar preconceitos e ● Jogos de oposição.
estereótipos relacionados ao universo ● Lutas do mundo: judô, jiu-jítsu,
das lutas e demais práticas corporais, muay thai, etc.
propondo alternativas para superá-los,
com base na solidariedade, na justiça,
na equidade e no respeito adotando
procedimentos de segurança e
respeitando o oponente.
Lutas ● Planejar e utilizar estratégias básicas
das lutas experimentadas,
reconhecendo as suas características
técnico-táticas.
● Discutir as transformações
históricas, o processo de esportivização
e a midiatização de uma ou mais lutas,
valorizando e respeitando as culturas
de origem.
● Práticas corporais de aventura na ● Experimentar e fruir diferentes ● Práticas corporais de aventura na
natureza. práticas corporais de aventura na natureza: trilhas, corrida orientada,
natureza valorizando a própria corrida de aventura, rapel, tirolesa,
segurança e integridade física, bem arvorismo.
como as dos demais, respeitando o
patrimônio natural e minimizando os
impactos de degradação ambiental.
● Identificar riscos, formular
estratégias e observar normas de
segurança para superar os desafios na
Práticas Corporais De Aventura
realização de práticas corporais de
aventura na natureza.
● Identificar as características
(equipamentos de segurança,
instrumentos, indumentária,
organização) das práticas corporais de
aventura na natureza, bem como suas
transformações históricas.
● Identificar e utilizar os
equipamentos/espaços públicos de
464

lazer disponíveis no município de


Niterói para práticas corporais de
aventura na natureza.

● Noções de fisiologia: sistema ● Analisar e compreender o ● Aulas teóricas, (textos sobre os


esquelético; muscular; respiratório; funcionamento dos sistemas conteúdos abordados).
cardiovascular. esqueléticos, muscular e ● Aulas práticas, com
● Estética corporal. cardiorrespiratório durante as desenvolvimento de atividades em
● Higiene pessoal. atividades físicas. grupos ou individuais sobre atividade
● Compreender e refletir sobre a proposta.
importância da higiene pessoal para ● Debates e reflexões sobre os temas
saúde. escolhidos.
● Analisar e refletir, sobre as relações ● Desenvolvimento de trabalhos
Corpo, Saúde e Beleza entre a realização das práticas através de pesquisas em grupo ou
corporais e os processos de individualmente com apresentações,
saúde/doença, inclusive no contexto feiras, seminários e amostras.
das atividades laborais. ● Adequação dos conteúdos para faixa
● Identificar a multiplicidade de etária.
padrões de desempenho, saúde, beleza ● Auxílio das mídias e novas
e estética corporal, analisando, tecnologias.
criticamente, os modelos disseminados
na mídia e discutir posturas
consumistas e preconceituosas.

TEMAS ARTICULADORES: LAZER, LUDICIDADE, QUALIDADE DE VIDA (SAÚDE), CORPO, SOCIEDADE E CIDADANIA,
TRABALHO, MEIO AMBIENTE, MÍDIA, GÊNERO, SEXUALIDADE, INCLUSÃO E ETNIA.
465

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469

ÁREA DE CONHECIMENTO: MATEMÁTICA


470

1. MATEMÁTICA

A proposta de currículo para área de Matemática na Rede Pública Municipal Educação


de Niterói está pautada na visão da Educação Matemática, cujo princípio é de que todos sejam
capazes de produzir conhecimento matemático, nas suas diferentes expressões. Para que isso
aconteça, defendemos, conforme pontuado por Skovsmose (2012), a construção de espaços de
aprendizagem, nos quais os alunos possam matematizar, ou seja, formular, criticar e
desenvolver maneiras matemáticas de entender o mundo.
Defendemos também que os processos de ensino/aprendizagem, bem como a
formação continuada de profissionais da Rede, tenham como ênfase a perspectiva
Etnomatemática. Segundo D’Ambrosio (2011), etnomatemática é a matemática praticada por
grupos culturais, tais como comunidades urbanas e rurais, grupos de trabalhadores, classes
profissionais, crianças de uma certa faixa etária, sociedades indígenas, e tantos outros grupos
que se identificam por objetivos e tradições comuns. Ao defendermos tal perspectiva,
compreendemos ser importante o reconhecimento das práticas matemáticas no cotidiano dos
sujeitos, no qual podem ser criadas situações didáticas envolvendo o meio cultural e social, a
fim de favorecer a (re)significação de conceitos articulados às vivências pessoais. Destacamos
ainda que, à medida que procuramos respeitar as peculiaridades culturais e sociais dos sujeitos
participantes dessa rede de educação, igualmente buscamos promover uma relação de
interdependência e impregnação mútua entre Matemática e Língua Materna, conforme
postulado por Machado (2011), objetivando com isso contribuir para um aprendizado
matemático mais orgânico e eficaz.
Buscando compreender os sentidos e a essência dessa área de conhecimento, nos
remetemos ao significado do termo matemática, proveniente da palavra grega mathema, cuja
definição é “o que se pode aprender”. Na apropriação de tal definição, podemos indagar o que
levou a matemática a perder o seu sentido tão amplo? Atualmente, ela é tratada em duas
dimensões: a técnica, destinada a especialistas, e a elementar, destinada aos leigos. Mas será
que está correto trabalhar a matemática a partir de tais distinções? Na verdade, os leigos
podem lidar de maneira eficaz com a Matemática, utilizando-a no seu cotidiano e construindo
as mais diversas relações; no entanto, ao longo do tempo, observamos que a apropriação
dessa área de conhecimento ficou restrita aos estudiosos, o que colaborou para que o
distanciamento acontecesse.
Em relação ao ensino/aprendizagem da matemática, temos observado a coexistência
de sentimentos contraditórios: ao mesmo tempo em que a matemática é admirada e desejada,
471

também provoca medo e rejeição significativos para a maioria dos alunos. Dessa forma,
embora seja uma área de conhecimento importante e relevante, também poderá ser
considerada como um saber excludente - uma posição que buscamos evitar. Fatores
históricos, sociais ou ideológicos podem ser responsáveis por possíveis medos, crenças,
mitos e rejeição.
De acordo com Carraher (1999, p. 35), a aprendizagem da matemática na sala de aula
pode constituir-se em um momento de interação entre a matemática organizada pela
comunidade científica, ou seja, a matemática formal, e a matemática como atividade humana.
Se o ensino/aprendizagem da matemática fosse cotidianamente compreendido como inerente
às atividades humanas, podendo ser trabalhado de forma lúdica, visando à descoberta, e com a
participação ativa dos alunos, seria mais fácil apreender seus conceitos, postulados e axiomas.
Além disso, estaríamos promovendo uma educação matemática mais dialógica e democrática,
a partir das possíveis interações entre os saberes dos educandos e o conhecimento matemático
formalizado.
O professor que conseguir conciliar estes papéis no campo da Matemática poderá
obter uma aproximação entre teoria e prática, realizando assim, uma interação dos saberes
gerais com os específicos. Destituir-se do papel de detentor do saber e da função de
transmissor de conteúdos, para assumir o papel de mediador da aprendizagem, pesquisando e
construindo com os alunos, é necessário para o desenvolvimento de uma prática educativa
mais significativa, tanto para nós, professores, quanto para nossos alunos. Segundo
D’Ambrosio (2011), o professor está convidado “a buscar o novo junto com seus alunos e
conhecer o aluno em suas características emocionais e culturais”. Descobrir, trocar e construir
conhecimentos juntos, sem perder a autoridade, mas deixando de lado o autoritarismo, é
importante para construção democrática do conhecimento em qualquer área.
Na apropriação desses sentidos, inerentes à constituição da prática docente,
compreendemos que merece uma especial atenção às ações de formação continuada,
promovidas pela nossa rede de educação, além daquelas que acontecem em parceria com a
Universidade. Considerando a necessidade de implementação de novos núcleos temáticos
como Álgebra e Probabilidade e Estatística, compreendemos como essencial a elaboração de
formações específicas para os profissionais de todo o Ensino Fundamental, em especial para
os que atuam nos anos iniciais, devido à novidade dos temas desse referencial, visando
melhor apropriação epistemológica-metodológica, de modo a favorecer o desenvolvimento
dos processos ensino/aprendizagem em sala de aula.
472

A História da Matemática também deve ter um papel importante no processo de


ensino/aprendizagem, pois como Dirk J. Struik (1989) afirma “a matemática é uma vasta
aventura em ideias; sua história reflete alguns dos mais nobres pensamentos de incontáveis
gerações”. A História da Matemática traz contexto ao ensino, na medida em que ela mostra
como os conceitos, teoremas e objetos matemáticos surgiram.
Com o avanço tecnológico, o uso de recursos computacionais e aplicativos passaram a
ter um papel importante no ensino da disciplina. Com a popularização dos smartphones, a
comunidade escolar passou a ter acesso a vários aplicativos gratuitos que podem auxiliar o
processo de ensino aprendizagem, já que facilitam as representações gráficas e o registro de
dados.
Outro ponto de destaque é a resolução de problemas, essencial para mostrar aos alunos
as aplicações da matemática, seja no seu cotidiano, no mundo do trabalho, nas relações
econômicas, etc. Concordamos com Stephen Krulik (1998) quando este afirma que a
“resolução de problemas é a própria razão do ensino de matemática”, assim defendemos que
ela deve estar sempre presente no processo de ensino/aprendizagem.
As dimensões social, cultural e formal da matemática estão presentes no referencial de
forma contínua. A reflexão sobre a construção do conhecimento matemático e as ideias
fundamentais da matemática estruturam o referencial desta área do conhecimento organizado
nos núcleos temáticos, objetos de conhecimento e os objetivos de aprendizagem e
desenvolvimento.

1.1 Organização da Matriz Curricular

O referencial curricular de Matemática é composto de cinco Núcleos Temáticos, que


são: Números, Álgebra, Grandezas e Medidas, Geometria, Probabilidade e Estatística. É
importante frisar que, apesar de os núcleos temáticos constantes no documento dialogarem
com a Base Nacional Comum Curricular, o olhar singular da Rede Pública Municipal de
Educação de Niterói em relação ao processo ensino/aprendizagem de Matemática recebe
destaque na inserção de habilidades e propostas metodológicas.
O núcleo temático Números tem como objetivo o desenvolvimento do pensamento
numérico, que implica no conhecimento de maneiras de quantificar atributos de objetos e de
julgar e interpretar argumentos baseados em quantidades. Os alunos necessitam desenvolver
ideias como a de aproximação, proporcionalidade, equivalência e ordem, noções
fundamentais da matemática. Em relação aos cálculos, espera-se que os alunos desenvolvam
473

diferentes estratégias para obtenção dos resultados, com a utilização de estimativa e cálculo
mental, além de algoritmos e uso de calculadoras.
Nessa fase, espera-se também o desenvolvimento de habilidades no que se refere à
leitura, escrita e ordenação de números naturais e racionais por meio da identificação e
compreensão de características do sistema de numeração decimal, sobretudo o valor
posicional dos algarismos. É importante oferecer aos alunos tarefas como as que envolvam
medições nas quais os números naturais não são suficientes para resolvê-las, indicando a
necessidade da utilização de outros universos numéricos, inclusive com representação na reta
numérica. Espera-se que os alunos elaborem e resolvam problemas com números dos diversos
universos numéricos, envolvendo as operações fundamentais, com seus diferentes
significados, e utilizando estratégias diversas, compreendendo os diversos processos neles
envolvidos. É importante frisar que a construção do pensamento numérico não se restringe ao
referido núcleo, se estendendo às demais unidades temáticas.
O núcleo Álgebra objetiva a construção do pensamento algébrico que enfatiza: o
desenvolvimento de uma linguagem específica; a identificação de regularidades e sequências
numéricas ou pictóricas, estabelecendo leis matemáticas que expressam a relação de
interdependência entre grandezas em diferentes contextos; a elaboração e resolução de
problemas por meio de equações e inequações. As ideias fundamentais vinculadas a esse
núcleo são: equivalência, variação, interdependência, representação e proporcionalidade.
O núcleo temático de Geometria envolve o estudo de um amplo conjunto de conceitos
e procedimentos necessários para resolver problemas do mundo físico e de diferentes áreas
do conhecimento. Assim, nesta unidade temática, o estudo da posição e deslocamentos no
espaço e o das formas e relações entre elementos de figuras planas e espaciais pode
desenvolver o pensamento geométrico dos alunos. Esse pensamento é necessário para
investigar propriedades, fazer conjecturas e produzir argumentos geométricos convincentes. É
importante, também, considerar o aspecto funcional que deve estar presente no estudo da
Geometria, isto é, as transformações geométricas, sobretudo as simetrias, bem como observar
e estabelecer relações entre o ambiente em que se localiza no momento e os diversos
conceitos estudados. As ideias matemáticas fundamentais associadas a essa temática são,
principalmente, construção, representação e interdependência.
O núcleo temático Grandezas e Medidas propõe o estudo das medidas e das relações
entre elas, ou seja, das relações métricas, favorecendo a integração da matemática com outras
áreas do conhecimento. Esse núcleo contribui ainda para a consolidação e ampliação de
número do pensamento algébrico.
474

A incerteza e o tratamento de dados são estudados no núcleo temático de


Probabilidade e Estatística. Ele propõe a abordagem de conceitos, fatos e procedimentos
presentes em muitas situações-problema da vida cotidiana, das ciências e da tecnologia.
Assim, todos os cidadãos precisam desenvolver habilidades para coletar, organizar,
representar, interpretar e analisar dados em uma variedade de contextos, de maneira a fazer
julgamentos bem fundamentados e tomar as decisões adequadas. Isso inclui raciocinar e
utilizar conceitos, representações e índices estatísticos para descrever, explicar e predizer
fenômenos. Merece destaque o uso de tecnologias, como calculadoras, para avaliar e
comparar resultados, e planilhas eletrônicas, que ajudam na construção de gráficos.
475

MATRIZ CURRICULAR – MATEMÁTICA

1º CICLO
MATEMÁTICA – 1º ANO

Núcleos Temáticos Objetos de Conhecimento Objetivos de Aprendizagem e Desenvolvimento Propostas Metodológicas

● Contagem de rotina. ● Reconhecer a utilização dos números como códigos ● Utilização de materiais não estruturados
● Contagem ascendente e descendente. para organização de informações (cep, número de (palitos, tampinhas, sementes, conchas,
● Quantificação de elementos de uma telefone). botões e outros materiais existentes).
coleção: estimativas, contagem um a ● Compreender e construir fatos básicos da adição e ● Utilização de materiais estruturados
um, pareamento ou outros subtração com dois termos até duas ordens em (material dourado, ábaco, jogos
agrupamentos e comparação. situações cotidianas. matemáticos e outros materiais
● Leitura, escrita e comparação de ● Elaborar e/ou resolver problemas envolvendo adição existentes).
números naturais (até 100). e subtração, indicando oralmente e por escrito o ● Produção de texto e histórias
● Reta numérica. processo de raciocínio. envolvendo o conteúdo matemático
● Construção de fatos básicos da ● Elaborar e/ou resolver problemas envolvendo trabalhado.
adição e subtração. diferentes significados da multiplicação e da divisão, ● Utilização de produção de desenhos,
● Composição e decomposição de como adição de parcelas iguais, configuração teatro, jogos, entre outras atividades.
números naturais. retangular, repartição em partes iguais e medida. ● Utilização de livros, filmes e vídeos
● Problemas envolvendo diferentes ● Elaborar e/ou resolver situações-problema que como facilitadores da aprendizagem
Números
significados da adição e da subtração envolvam situações cotidianas vividas na zona urbana matemática. Ex.: As três partes – Edson
(juntar, acrescentar, separar, retirar). e periférica. Luiz Kozminski.
● Contagem ascendente e descendente ● Utilizar números naturais como indicador de Aritmética da Emília – Monteiro Lobato.
– de 1 em 1, 2 em 2, 5 em 5, inteiro e quantidade ou de ordem em diferentes situações O genial mundo da Matemática –
metade. cotidianas e reconhecer situações em que os números Jonathan Litton.
● não indicam contagem nem ordem, mas sim código de Dez sacizinhos -Tatiana Belinky. Poemas
identificação. Problemas - Renata Bueno.
● Contar de maneira exata ou aproximada, utilizando A vizinha antipática que sabia matemática
diferentes estratégias como o pareamento e outros – Eliane Martins (livros).
agrupamentos. Donald no País da Matemágica (filme).
● Estimar e comparar quantidades de objetos de dois ● Jogos corporais: Amarelinha, Twister.
conjuntos (em torno de 20 elementos), por estimativa ● Explorar o ambiente da sala de aula e da
e/ou por correspondência (um a um, dois a dois) para escola.
indicar “tem mais”, “tem menos” ou “tem a mesma ● Utilização de calendários.
476

quantidade”. ● Uso de recursos de elementos naturais,


● Contar a quantidade de objetos de coleções até 100 caixas com materiais de contagem (fichas,
unidades e apresentar o resultado por registros verbais palitos, instrumentos de medida), jogos
e simbólicos, em situações de seu interesse, como coletivos, exploração dos objetos de artes,
jogos, brincadeiras, materiais da sala de aula, entre pinturas, desenhos, esculturas e
outros. artesanatos.
● Comparar números naturais de até duas ordens em ● Trabalhar com dinheiro de forma lúdica
situações cotidianas, com e sem suporte da reta representando situações cotidianas.
numérica.
● Construir fatos básicos da adição e utilizá-los em
procedimentos de cálculo para elaborar e resolver
problemas.
● Compor e decompor números de até duas ordens,
por meio de diferentes adições, com o suporte de
material manipulável, contribuindo para a
compreensão de características do sistema de
numeração decimal e o desenvolvimento de estratégias
de cálculo.

● Padrões figurais e numéricos: ● Organizar e ordenar objetos familiares ou ● Participar de jogos e brincadeiras que
investigação de regularidades ou representações por figuras, por meio de atributos, tais explorem contagem com padrão definido,
padrões em sequências. como cor, forma e medida. movimentação de objetos seguindo um
Álgebra ● Sequências recursivas: observação de ● Descrever após o reconhecimento e a explicitação de padrão lógico, realizar e levantar
regras usadas utilizadas em seriações um padrão (ou regularidade), os elementos ausentes hipóteses para obter o próximo termo da
numéricas (mais 1, mais 2, menos 1, em sequências recursivas de números naturais, objetos sequência.
menos 2, por exemplo). ou figuras.

● Localização de objetos e de pessoas ● Descrever a localização de pessoas e de objetos no ● Utilização de sucatas (embalagens de
no espaço, utilizando diversos pontos espaço em relação à sua própria posição, utilizando produtos da sua vivência).
de referência e vocabulário apropriado. termos como à direita, à esquerda, em frente, atrás. ● Explorar o ambiente da sala de aula e da
● Figuras geométricas espaciais (cones, ● Descrever a localização de pessoas e de objetos no escola.
Geometria cilindros, esferas e blocos espaço segundo um dado ponto de referência, ● Uso do Tangram.
retangulares): reconhecimento e compreendendo que, para a utilização de termos que ● Construção de desenhos.
relações com objetos familiares do se referem à posição, como direita, esquerda, em cima, ● Jogos Corporais.
mundo físico. em baixo, é necessário explicitar-se o referencial. ● Blocos Lógicos.
● Figuras geométricas planas (círculo, ● Relacionar figuras geométricas espaciais (cones, ● Utilização de sólidos em madeira e a
477

quadrado, retângulo e triângulo): cilindros, esferas e blocos retangulares) a objetos montagem de sólidos de papel.
reconhecimento do formato das faces familiares do mundo físico. ● Atividades interdisciplinares com
de figuras geométricas espaciais. ● Identificar e nomear figuras planas (círculo, educação física (corrida do ouro, caça ao
quadrado, retângulo e triângulo) em desenhos tesouro).
apresentados em diferentes disposições ou em
contornos de faces de sólidos geométricos.

● Medida de comprimento, massa e ● Estimar, medir e comparar comprimentos de lados ● Uso do calendário e relógio digital.
capacidade: comparações e unidades de de salas (incluindo contorno) e de polígonos, ● Construção de relógio analógico para
medida não convencionais e utilizando unidades de medida não padronizadas e reconhecimento de hora exata.
convencionais. padronizadas (metro, centímetro e milímetro) e ● Utilização da culinária para trabalhar
● Medidas de tempo: intervalo de instrumentos adequados. medidas convencionais ou não.
tempo, uso do calendário, leitura de ● Estimar, medir e comparar capacidade e massa, ● Medições dos espaços da sala de aula,
horas em relógios digitais e ordenação utilizando estratégias pessoais e unidades de medidas assim como dos próprios alunos, usando
Grandezas e de datas. não padronizadas ou padronizadas (litro, mililitro, partes do corpo (mão, braço, pé, etc.) ou
Medidas ● Sistema monetário brasileiro: grama e quilograma). outras medidas não convencionais, e
reconhecimento de cédulas e moedas e ● Medir a duração de um intervalo de tempo por meio medidas padronizadas como metro, trena,
equivalência de valores. de relógio digital e registrar o horário do início e do fita métrica, régua, etc.
fim do intervalo. ● Utilização de sucata (embalagens da
● Indicar a duração de intervalos de tempo entre duas vivência do aluno) para comparar
datas, como dias da semana e meses do ano, utilizando tamanhos, quantidades, massa e volume.
calendário, para planejamentos e organização de ● Brincadeiras de mercado utilizando
agenda. dinheiro de brinquedo.

● Noção de acaso. ● Classificar eventos envolvendo o acaso, através da ● Utilizar a previsão do tempo para dar a
● Classificar eventos envolvendo o produção e/ou contação de histórias. noção de acaso.
acaso, tais como “acontecerá com ● Ler dados expressos em tabelas e em gráficos de ● Pesquisa de brinquedos e brincadeiras
Probabilidade e certeza”, “talvez aconteça” e “é colunas simples e coletar e organizar informações de preferidas, tabelando os dados em colunas
Estatística impossível acontecer”, em situações do registros pessoais para comunicação de informações simples.
cotidiano. coletadas.
● Ler dados expressos em tabelas e em
gráficos de colunas simples.
478

1º CICLO
MATEMÁTICA – 2º ANO
Objetivos de Aprendizagem e
Núcleos Temáticos Objetos de Conhecimento Propostas Metodológicas
Desenvolvimento
● Leitura, escrita, comparação e ● Comparar e ordenar números naturais ● História da Matemática.
ordenação de números de até três ordens (até a ordem de centenas) pela ● Utilização de materiais não
pela compreensão de características do compreensão de características do estruturados (palitos, tampinhas,
sistema de numeração decimal (valor sistema de numeração decimal (valor sementes, conchas, botões e outros
posicional e papel do zero). posicional e função do zero). materiais existentes).
● Composição e decomposição de ● Fazer estimativas por meio de ● Utilização de materiais estruturados
números naturais (até 1000). estratégias diversas a respeito da (material dourado, ábaco, jogos
● Construção de fatos fundamentais da quantidade de objetos de coleções e matemáticos e outros materiais
adição e da subtração. registrar o resultado da contagem desses existentes).
● Problemas envolvendo diferentes objetos (até 1000 unidades). ● Utilização de produção de desenhos,
significados da adição e da subtração ● Comparar quantidades de objetos de teatro, jogos, entre outras atividades.
(juntar, acrescentar, separar, retirar). dois conjuntos, por estimativa e/ou por ● Utilização de livros, filmes e vídeos
● Problemas envolvendo adição de correspondência (um a um, dois a dois, como facilitadores da aprendizagem
parcelas iguais (multiplicação). entre outros), para indicar “tem mais”, matemática. Ex.: As três partes – Edson
● Problemas envolvendo significados de “tem menos” ou “tem a mesma Luiz Kozminski
Números dobro, metade, triplo e terça parte. quantidade”, indicando, quando for o Aritmética da Emília – Monteiro Lobato
caso, quantos a mais e quantos a menos. Dez sacizinhos-Tatiana Belinky.
● Compor e decompor números naturais Poemas Problemas - Renata Bueno
de até três ordens, com suporte de O genial mundo da Matemática –
material manipulável, por meio de Jonathan Litton
diferentes adições. A vizinha antipática que sabia
● Construir fatos básicos da adição e matemática – Eliane Martins (livros)
subtração e utilizá-los no cálculo mental Donald no País da Matemágica (filme).
ou escrito. ● Recursos Computacionais.
● Elaborar e/ou resolver problemas de ● Elaboração de textos matemáticos
adição e de subtração, envolvendo (tirinhas, texto cotidiano, histórias).
números de até três ordens, com os ● Utilizar materiais que abordem
significados de juntar, acrescentar, assuntos relativos à educação financeira,
separar, retirar, utilizando estratégias de acordo com a faixa etária.
pessoais ou convencionais. ● Confecção de planilhas de ganhos,
● Elaborar e/ou resolver situações- despesas, etc.
479

problema que envolvam situações ● Livros para trabalhar a temática de


cotidianas vividas na zona urbana e Educação Financeira por ano de
periférica. escolaridade (1º ao 9º ano) gratuitos no
● Elaborar e/ou resolver problemas site: vidaedinheiro.gov.br/livros-ensino-
envolvendo diferentes significados da fundamental/
multiplicação e da divisão, como adição
de parcelas iguais, configuração
retangular, repartição em partes iguais e
medida, utilizando ou não suporte de
imagens e/ou material manipulável.
● Elaborar e/ou resolver problemas
envolvendo dobro, metade, triplo e terça
parte, com o suporte de imagens ou
material manipulável, utilizando
estratégias pessoais.
● Construção de sequências repetitivas e ● Construir sequências de números ● Participar de jogos e brincadeiras que
de sequências recursivas. naturais em ordem crescente ou explorem contagem com padrão
● Identificação de regularidade de decrescente a partir de um número definido, movimentação de objetos
sequências e determinação de elementos qualquer, utilizando uma regularidade seguindo um padrão lógico, realizar e
ausentes na sequência. estabelecida. levantar hipóteses para obter o próximo
● Descrever um padrão (ou termo da sequência.
Álgebra regularidade) de sequências repetitivas e
de sequências recursivas, por meio de
palavras, símbolos ou desenhos.
● Descrever os elementos ausentes em
sequências repetitivas e em sequências
recursivas de números naturais, objetos
ou figuras.
● Localização e movimentação de ● Identificar e registrar, em linguagem ● Utilização de sucatas (embalagens de
pessoas e objetos no espaço, segundo verbal ou não verbal, a localização e os produtos da sua vivência).
pontos de referência e indicação de deslocamentos de pessoas e de objetos ● Explorar o ambiente da sala de aula e
mudanças de direção e sentido. no espaço, considerando mais de um da escola.
Geometria ● Esboço de roteiros e de plantas ponto de referência, e indicar as ● Uso do Tangram.
simples. mudanças de direção e de sentido. ● Uso de software de geometria
● Figuras geométricas espaciais (cubo, ● Esboçar roteiros a ser seguidos ou dinâmica.
bloco retangular, pirâmide, cone, plantas de ambientes familiares, ● Construção de desenhos, maquetes,
cilindro e esfera): reconhecimento e assinalando entradas, saídas e alguns etc.
480

características. pontos de referência. ● Jogos corporais e outros como: caça


● Figuras geométricas planas (círculo, ● Reconhecer, nomear e comparar ao tesouro batalha naval, Twister, etc.
quadrado, retângulo e triângulo): figuras geométricas espaciais (cubo, ● Utilização de sólidos em madeira.
reconhecimento e característica. bloco retangular, pirâmide, cone, ● Montagem de sólidos de papel.
cilindro e esfera), relacionando-as com ● Construção das figuras geométricas
objetos do mundo físico. espaciais com palito e jujuba ou
● Reconhecer, comparar e nomear massinha e brinquedo inesgotável
figuras planas (círculo, quadrado, (tampinhas).
retângulo e triângulo), por meio de ● Utilização de elementos naturais
características comuns, em desenhos disponíveis.
apresentados em diferentes disposições ● Atividades interdisciplinares com
ou em sólidos geométricos. educação física (corrida do ouro, caça ao
tesouro).
● Medida de comprimento: unidades ● Estimar, medir e comparar ● Uso do calendário e relógio digital.
não padronizadas e padronizadas (metro, comprimentos de lados de salas ● Construção de relógio analógico para
centímetro e milímetro). (incluindo contorno) e de polígonos, reconhecimento de hora exata.
● Medida de capacidade e de massa: utilizando unidades de medida não ● Utilizar a culinária para trabalhar
unidades de medida não convencionais e padronizadas e padronizadas (metro, medidas convencionais ou não.
convencionais (litro, mililitro, cm3, centímetro e milímetro) e instrumentos ● Medições dos espaços da sala de aula,
grama e quilograma). adequados. assim como dos próprios alunos, usando
● Medidas de tempo: intervalo de ● Estimar, medir e comparar capacidade partes do corpo (mão, braço, pé, etc.) ou
tempo, uso do calendário, leitura de e massa, utilizando estratégias pessoais e outras medidas não convencionais, e
horas em relógios digitais e ordenação unidades de medida não padronizadas medidas padronizadas como metro,
de datas. ou padronizadas (litro, mililitro, grama e trena, fita métrica, régua, etc.
● Sistema monetário brasileiro: quilograma). ● Utilização de sucata (embalagens da
Grandezas e Medidas
reconhecimento de cédulas e moedas e ● Indicar a duração de intervalos de vivência do aluno) para comparar
equivalência de valores. tempo entre duas datas, como dias da tamanhos, quantidades, massa e volume.
semana e meses do ano, utilizando ● Brincadeiras de mercado utilizando
calendário, para planejamentos e dinheiro de brinquedo.
organização de agenda.
● Medir a duração de um intervalo de
tempo por meio de relógio digital e
registrar o horário do início e do fim do
intervalo.
● Estabelecer a equivalência de valores
entre moedas e cédulas do sistema
monetário brasileiro para resolver
481

situações cotidianas.
● Análise da ideia de aleatório em ● Classificar resultados de eventos ● Pesquisa sobre hábitos e costumes dos
situações do cotidiano. cotidianos aleatórios como “pouco alunos da própria classe.
● Coleta, classificação e representação prováveis”, “muito prováveis”, ● Pesquisa sobre hábitos de estudo.
de dados em tabelas simples e de dupla “improváveis” e “impossíveis”. ● Pesquisa de interesse dos alunos
entrada e em gráficos de colunas. ● Comparar informações de pesquisas pertinente a vida.
apresentadas por meio de tabelas de
dupla entrada e em gráficos de colunas
simples ou barras, para melhor
Probabilidade e Estatística
compreender aspectos da realidade
próxima.
● Realizar pesquisa em universo de até
30 elementos, escolhendo até três
variáveis categóricas de seu interesse,
organizando os dados coletados em
listas, tabelas e gráficos de colunas
simples.

1º CICLO
MATEMÁTICA – 3º ANO
Objetivos de Aprendizagem e
Núcleos Temáticos Objetos de Conhecimento Propostas Metodológicas
Desenvolvimento
● Leitura, escrita, comparação e ● Ler, escrever e comparar números ● História da Matemática.
ordenação de números naturais de naturais de até a ordem de unidade de ● Utilização de materiais não
quatro ordens. milhar, estabelecendo relações entre os estruturados (palitos, tampinhas,
● Composição e decomposição de registros numéricos e em língua sementes, conchas, botões e outros
números naturais. materna. materiais existentes).
● Construção de fatos fundamentais da ● Identificar características do sistema ● Utilização de materiais estruturados
Números
adição, subtração e multiplicação. de numeração decimal, utilizando a (material dourado, ábaco, jogos
● Reta numérica. composição e a decomposição de matemáticos e outros materiais
● Procedimentos de cálculo (mental e número natural de até quatro ordens. existentes).
escrito) com números naturais: adição e ● Construir e utilizar fatos básicos da ● Utilização de produção de desenhos,
subtração. adição e da multiplicação para o cálculo teatro, jogos, entre outras atividades.
● Problemas envolvendo significados da mental ou escrito. ● Utilização de livros, filmes e vídeos
482

adição e da subtração: juntar, ● Estabelecer a relação entre números como facilitadores da aprendizagem
acrescentar, separar, retirar, comparar e naturais e pontos da reta numérica para matemática. Ex.: As três partes – Edson
completar quantidades. utilizá-la na ordenação dos números Luiz Kozminski
● Problemas envolvendo diferentes naturais e também na construção de Aritmética da Emília – Monteiro Lobato
significados da multiplicação e da fatos da adição e da subtração, Dez sacizinhos-Tatiana Belinky.
divisão: adição de parcelas iguais, relacionando-os com deslocamentos Poemas Problemas - Renata Bueno.
configuração retangular, repartição em para a direita ou para a esquerda. O genial mundo da Matemática –
partes iguais e medida. ● Utilizar diferentes procedimentos de Jonathan Litton
● Significados de metade, terça parte, cálculo mental e escrito para resolver A vizinha antipática que sabia
quarta parte, quinta parte e décima parte. problemas significativos envolvendo matemática – Eliane Martins (livros)
adição e subtração com números Donald no País da Matemágica (filme).
naturais. ● Recursos Computacionais.
● Elaborar e/ou resolver problemas de ● Elaboração de textos matemáticos
adição e subtração com os significados (tirinhas, texto cotidiano, histórias).
de juntar, acrescentar, separar, retirar, ● Utilizar materiais que abordem
comparar e completar quantidades, assuntos relativos à educação financeira,
utilizando diferentes estratégias de de acordo com a faixa etária.
cálculo exato ou aproximado, incluindo ● Confecção de planilhas de ganhos,
cálculo mental. despesas, etc.
● Elaborar e/ou resolver situações- ● Trabalhar com dinheiro de forma
problema que envolvam situações lúdica representando situações
cotidianas vividas na zona urbana e cotidianas.
periférica.
● Elaborar e/ou resolver problemas de
multiplicação (por 2, 3, 4, 5 e 10) com
os significados de adição de parcelas
iguais e elementos apresentados em
disposição retangular, utilizando
diferentes estratégias de cálculo e
registros.
● Elaborar e/ou resolver problemas de
divisão de um número natural por outro
(até 10), com resto zero e com resto
diferente de zero, com os significados de
repartição equitativa e de medida, por
meio de estratégias e registros pessoais.
● Associar o quociente de uma divisão
483

com resto zero de um número natural


por 2, 3, 4, 5 e 10 às ideias de metade,
terça, quarta, quinta e décima partes.
● Utilizar as propriedades das operações
para desenvolver estratégias de cálculos,
tais como prever o troco de uma
passagem de ônibus, organizar os itens
que serão possíveis comprar no mercado
do bairro com a renda familiar mensal
ou calcular o valor da pensão
alimentícia.
● Identificação e descrição de ● Identificar regularidades em ● Participar de jogos e brincadeiras que
regularidades em sequências numéricas sequências ordenadas de números explorem contagem com padrão
recursivas. naturais, resultantes da realização de definido, movimentação de objetos
● Relação de igualdade. adições ou subtrações sucessivas, por seguindo um padrão lógico, realizar e
um mesmo número, descrever uma regra levantar hipóteses para obter o próximo
de formação da sequência e determinar termo da sequência.
Álgebra
elementos faltantes ou seguintes.
● Compreender a ideia de igualdade
para escrever diferentes sentenças de
adições ou de subtrações de dois
números naturais que resultem na
mesma soma ou diferença.
● Localização e movimentação: ● Descrever e representar, por meio de ● Utilização de sucatas (embalagens de
representação de objetos e pontos de esboços de trajetos ou utilizando croquis produtos da sua vivência).
referência. e maquetes, a movimentação de pessoas ● Utilização de elementos naturais
● Figuras geométricas espaciais (cubo, ou de objetos no espaço, incluindo disponíveis.
bloco retangular, pirâmide, cone, mudanças de direção e sentido, com ● Explorar o ambiente da sala de aula e
cilindro e esfera): reconhecimento, base em diferentes pontos de referência. da escola.
análise de características e planificações. ● Associar figuras geométricas espaciais ● Uso do Tangram.
Geometria
● Figuras geométricas planas (triângulo, (cubo, bloco retangular, pirâmide, cone, ● Uso de software de geometria
quadrado, retângulo, trapézio e cilindro e esfera) a objetos do mundo dinâmica.
paralelogramo): reconhecimento e físico e nomear essas figuras. ● Construção de desenhos, maquetes,
análise de características. ● Descrever características de algumas etc.
● Congruência de figuras geométricas figuras geométricas espaciais (prismas ● Jogos corporais e outros como: caça
planas. retos, pirâmides, cilindros, cones), ao tesouro batalha naval, Twister, etc.
relacionando-as com suas planificações. ● Uso de papel quadriculado.
484

● Classificar e comparar figuras planas ● Atividades interdisciplinares com


(triângulo, quadrado, retângulo, trapézio educação física (corrida do ouro, caça ao
e paralelogramo) em relação a seus tesouro, etc.).
lados (quantidade, posições relativas e ● Utilização de elementos naturais
comprimento) e vértices. disponíveis.
● Reconhecer figuras congruentes,
usando sobreposição e desenhos em
malhas quadriculadas ou triangulares,
incluindo o uso de tecnologias digitais.
● Significado de medida e de unidade de ● Reconhecer que o resultado de uma ● Uso do calendário e relógio digital.
medida. medida depende da unidade de medida ● Construção de relógio analógico para
● Medidas de comprimento (unidades utilizada. reconhecimento de hora exata, metade e
não convencionais e convencionais): ● Escolher a unidade de medida e o quarto de hora.
registro, instrumentos de medida, instrumento mais apropriado para ● Utilizar a culinária para trabalhar
estimativas e comparações. medições de comprimento, tempo e medidas convencionais ou não.
● Medidas de capacidade e de massa capacidade. ● Medições dos espaços da sala de aula,
(unidades não convencionais e ● Estimar, medir e comparar assim como dos próprios alunos, usando
convencionais): registro, estimativas e comprimentos, utilizando unidades de partes do corpo (mão, braço, pé, etc.) ou
comparações. medida não padronizadas e padronizadas outras medidas não convencionais, e
● Comparação de áreas por mais usuais (metro, centímetro e medidas padronizadas como metro,
superposição. milímetro) e diversos instrumentos de trena, fita métrica, régua, etc.
● Medidas de tempo: leitura de horas medida. ● Utilização de sucata (embalagens da
em relógios digitais e analógicos, ● Estimar e medir capacidade e massa, vivência do aluno) para comparar
Grandezas e Medidas
duração de eventos e reconhecimento de utilizando unidades de medida não tamanhos, quantidades, massa e volume.
relações entre unidades de medida de padronizadas e padronizadas mais usuais ● Brincadeiras de mercado utilizando
tempo. (litro, mililitro, quilograma, grama e dinheiro de brinquedo.
● Sistema monetário brasileiro: miligrama), reconhecendo-as em leitura
estabelecimento de equivalências de um de rótulos e embalagens, entre outros.
mesmo valor na utilização de diferentes ● Comparar, visualmente ou por
cédulas e moedas. superposição, áreas de faces de objetos,
de figuras planas ou de desenhos.
● Ler e registrar medidas e intervalos de
tempo, utilizando relógios (analógico e
digital) para informar os horários de
início e término de realização de uma
atividade e sua duração.
● Ler horas em relógios digitais e em
485

relógios analógicos e reconhecer a


relação entre hora e minutos e entre
minutos e segundos.
● Resolver e elaborar problemas que
envolvam a comparação e a
equivalência de valores monetários do
sistema brasileiro em situações de
compra, venda e troca.
● Análise da ideia de acaso em situações ● Identificar, em eventos familiares ● Pesquisa sobre hábitos e costumes dos
do cotidiano: espaço amostral. aleatórios, todos os resultados possíveis, alunos da própria classe.
● Leitura, interpretação e representação estimando os que têm maiores ou ● Pesquisa sobre hábitos de estudo.
de dados em tabelas de dupla entrada e menores chances de ocorrência. ● Pesquisa de interesse dos alunos
gráficos de barras. ● Resolver problemas cujos dados estão pertinente à vida.
● Leitura, interpretação e representação apresentados em tabelas de dupla
de dados em tabelas de dupla entrada e entrada, gráficos de barras ou de
gráficos de barras. colunas.
● Coleta, classificação e representação ● Ler, interpretar e comparar dados
de dados referentes a variáveis apresentados em tabelas de dupla
categóricas, por meio de tabelas e entrada, gráficos de barras ou de
gráficos. colunas, envolvendo resultados de
pesquisas significativas, utilizando
termos como maior e menor frequência,
Probabilidade e Estatística
apropriando-se desse tipo de linguagem
para compreender aspectos da realidade
sociocultural significativos.
● Realizar pesquisa envolvendo
variáveis categóricas em um universo de
até 50 elementos, organizar os dados
coletados utilizando listas, tabelas
simples ou de dupla entrada e
representá-los em gráficos de colunas
simples, com e sem uso de tecnologias
digitais.
486

2º CICLO
MATEMÁTICA – 4º ANO
Objetivos de Aprendizagem e
Núcleos Temáticos Objetos de Conhecimento Propostas Metodológicas
Desenvolvimento
● Sistema de numeração decimal: ● Ler, escrever e ordenar números ● História da Matemática.
leitura, escrita, comparação e ordenação naturais até a ordem de dezenas de ● Utilização de materiais não
de números naturais de até cinco ordens. milhar. estruturados (palitos, tampinhas,
● Composição e decomposição de um ● Mostrar, por decomposição e sementes, conchas, botões, e outros
número natural de até cinco ordens, por composição, que todo número natural materiais existentes).
meio de adições e multiplicações por pode ser escrito por meio de adições e ● Utilização de materiais estruturados
potências de 10. multiplicações por potências de dez, (material dourado, ábaco, jogos
● Propriedades das operações para o para compreender o sistema de matemáticos e outros materiais
desenvolvimento de diferentes numeração decimal e desenvolver existentes).
estratégias de cálculo com números estratégias de cálculo. ● Utilização de produção de desenhos,
naturais. ● Elaborar e/ou resolver problemas com teatro, jogos entre outras atividades.
● Problemas envolvendo diferentes números naturais envolvendo adição e ● Utilização de livros, filmes e vídeos
significados da multiplicação e da subtração, utilizando estratégias como facilitadores da aprendizagem
divisão: adição de parcelas iguais, diversas, como cálculo, cálculo mental e matemática. Ex.: As três partes – Edson
configuração retangular, algoritmos, além de fazer estimativas do Luiz Kozminski
Números proporcionalidade, repartição equitativa resultado. Aritmética da Emília – Monteiro Lobato
e medida. ● Elaborar e/ou resolver situações- Dez sacizinhos-Tatiana Belinky.
● Números racionais: frações unitárias problema que envolvam situações Poemas Problemas - Renata Bueno
mais usuais (1/2, 1/3, 1/4, 1/5, 1/10 e cotidianas vividas na zona urbana e O genial mundo da Matemática –
1/100). periférica. Jonathan Litton
● Números racionais: representação ● Utilizar as relações entre adição e A vizinha antipática que sabia
decimal para escrever valores do sistema subtração, bem como entre matemática – Eliane Martins (livros)
monetário brasileiro. multiplicação e divisão, para ampliar as Donald no País da Matemágica (filme).
estratégias de cálculo. ● Recursos Computacionais.
● Utilizar as propriedades das operações ● Elaboração de textos matemáticos
para desenvolver estratégias de cálculo. (tirinhas, texto cotidiano, histórias).
● Elaborar e/ou resolver problemas ● Utilização de livros paradidáticos.
envolvendo diferentes significados da ● Produção de vídeos.
multiplicação (adição de parcelas iguais, ● Jogos.
organização retangular e ● Resolução de Problemas.
proporcionalidade), utilizando ● Batalha da Tabuada.
487

estratégias diversas, como cálculo por ● Utilizar materiais que abordem


estimativa, cálculo mental e algoritmos. assuntos relativos à educação financeira,
● Elaborar e/ou resolver problemas de de acordo com a faixa etária.
divisão cujo divisor tenha no máximo ● Confecção de planilhas de ganhos,
dois algarismos, envolvendo os despesas, etc..
significados de repartição equitativa e de ● Livros para trabalhar a temática de
medida, utilizando estratégias diversas, Educação Financeira por ano de
como cálculo por estimativa, cálculo escolaridade (1º ao 9º ano) gratuitos no
mental e algoritmos. site: vidaedinheiro.gov.br/livros-ensino-
● Utilizar as propriedades das operações fundamental/
para desenvolver estratégias de cálculos, ● Material Concreto.
tais como prever o troco de uma ● Régua de Frações.
passagem de ônibus, organizar os itens
que serão possíveis comprar no mercado
do bairro com a renda familiar mensal
ou calcular o valor da pensão
alimentícia.
● Reconhecer números naturais no
contexto diário.
● Utilizar calculadora e cálculo mental
como estratégias de verificação de
resultados de operações com números
naturais.
● Calcular adição e subtração de
números naturais, por meio de
estratégias pessoais e convencionais.
● Reconhecer as frações unitárias mais
usuais (1/2, 1/3, 1/4, 1/5, 1/10 e 1/100)
como unidades de medida menores do
que uma unidade, utilizando a reta
numérica como recurso.
● Reconhecer que as regras do sistema
de numeração decimal podem ser
estendidas para a representação decimal
de um número racional e relacionar
décimos e centésimos com a
representação do sistema monetário
488

brasileiro.
● Sequência numérica recursiva ● Identificar regularidades em ● Produção de vídeos.
formada por múltiplos de um número sequências numéricas compostas por ● Recursos Computacionais.
natural. múltiplos de um número natural. ● Planilha.
● Sequência numérica recursiva ● Reconhecer, por meio de ● Calculadora.
formada por números que deixam o investigações, que há grupos de números ● Resolução de Problemas.
mesmo resto ao ser divididos por um naturais para os quais as divisões por um ● Jogos.
mesmo número natural diferente de determinado número resultam em restos
zero. iguais, identificando regularidades.
● Relações entre adição e subtração e ● Reconhecer, por meio de
entre multiplicação e divisão. investigações, utilizando a calculadora
● Propriedades da Igualdade. quando necessário, as relações inversas
entre as operações de adição e de
Álgebra subtração e de multiplicação e de
divisão, para aplicá-las na resolução de
problemas.
● Reconhecer e mostrar, por meio de
exemplos, que a relação de igualdade
existente entre dois termos permanece
quando se adiciona ou se subtrai um
mesmo número a cada um desses
termos.
● Determinar o número desconhecido
que torna verdadeira uma igualdade que
envolve as operações fundamentais com
números naturais.
● Localização e movimentação: pontos ● Descrever deslocamentos e ● Produção de vídeos.
de referência, direção e sentido. localização de pessoas e de objetos no ● Mapas.
● Paralelismo e perpendicularismo. espaço, por meio de malhas ● Jogos.
● Figuras geométricas espaciais quadriculadas e representações como ● Atividades interdisciplinares com
(prismas e pirâmides): reconhecimento, desenhos, mapas, planta baixa e croquis, educação física (corrida do ouro, caça ao
Geometria representações, planificações e empregando termos como direita e tesouro, etc.).
características. esquerda, mudanças de direção e ● Google Maps.
● Ângulos retos e não retos: uso de sentido, intersecção, transversais, ● Roteiro do Vídeo: “A Coelha e o
dobraduras, esquadros e softwares. paralelas e perpendiculares. Cervo”.
● Simetria de reflexão. ● Associar prismas e pirâmides a suas ● Resolução de Problemas.
planificações e analisar, nomear e ● Manusear Sólidos Geométricos.
489

comparar seus atributos, estabelecendo ● Manusear esquema de canudos dos


relações entre as representações planas e Sólidos Geométricos.
espaciais. ● Montar planificações.
● Reconhecer ângulos retos e não retos ● Geogebra.
em figuras poligonais com o uso de ● Jogo: “Queimada com Obstáculos”.
dobraduras, esquadros ou softwares de ● Produção de vídeos.
geometria. ● Kirigami (sugestão de atividade
● Reconhecer simetria de reflexão em interdisciplinar com Arte).
figuras e em pares de figuras
geométricas planas e utilizá-la na
construção de figuras congruentes, com
o uso de malhas quadriculadas e de
softwares de geometria.
● Perceber que algumas obras de arte
utilizam o conhecimento matemático.
(priorizando principalmente os
monumentos arquitetônicos de Niterói).
● Perceber elementos geométricos nas
formas da natureza, nas criações
artísticas, localizando-os, por exemplo,
em monumentos e obras de Niterói.
● Medidas de comprimento, massa e ● Reconhecer temperatura como ● História da Matemática.
capacidade: estimativas, utilização de grandeza e o grau Celsius como unidade ● Usar diferentes unidades de medida:
instrumentos de medida e de unidades de medida a ela associada e utilizá-lo em palmo, braço, pé, passos, etc.
de medida convencionais mais usuais. comparações de temperaturas em ● Medir objetos do cotidiano escolar
● Áreas de figuras construídas em diferentes regiões do Brasil ou no usando instrumentos variados: régua,
malhas quadriculadas. exterior ou, ainda, em discussões que fita métrica, trena, aplicativo de
● Medidas de tempo: leitura de horas envolvam problemas relacionados ao smartphone, paquímetro, etc.
em relógios digitais e analógicos, aquecimento global. ● Malha quadriculada.
Grandezas e Medidas
duração de eventos e relações entre ● Registrar as temperaturas máxima e ● Produção de vídeos.
unidades de medida de tempo. mínima diárias, em locais do seu ● Relógio de Ponteiros.
● Medidas de temperatura em grau cotidiano, e elaborar gráficos de colunas ● Relógio digital.
Celsius: construção de gráficos para com as variações diárias da temperatura, ● Cronômetro.
indicar a variação da temperatura utilizando, inclusive, planilhas ● Registrar as temperaturas da sala de
(mínima e máxima) medida em um dado eletrônicas. aula todos os dias de um período de um
dia ou em uma semana ● Resolver e elaborar problemas que mês e fazer um gráfico que mostra essa
● Problemas utilizando o sistema envolvam situações de compra e venda e variação.
490

monetário brasileiro. formas de pagamento, utilizando termos ● Interpretar registros de aplicativos de


como troco e desconto, enfatizando o smartphones.
consumo ético, consciente e ● Planilha eletrônica.
responsável.
● Perceber, criticamente, a relação entre
medidas de grandezas físicas na
construção arquitetônica de instituições
de uso público, garantindo
acessibilidade.
● Análise de chances de eventos ● Identificar, entre eventos aleatórios ● Registrar em uma tabela resultados
aleatórios. cotidianos, aqueles que têm maior obtidos no lançamento de um dado de
● Leitura, interpretação e representação chance de ocorrência, reconhecendo seis faces 100 vezes.
de dados em tabelas de dupla entrada, ● Registrar resultados obtidos após o
características de resultados mais
gráficos de colunas simples e agrupadas, lançamento de uma moeda.
gráficos de barras e colunas e gráficos prováveis, sem utilizar frações. ● Pesquisa em jornais, revistas, na
Probabilidade e Estatística pictóricos. ● Analisar dados apresentados em internet, etc.
tabelas simples ou de dupla entrada e ● Produção de vídeos.
em gráficos de colunas ou pictóricos,
com base em informações das diferentes
áreas do conhecimento, e produzir texto
com a síntese de sua análise.

2º CICLO
MATEMÁTICA – 5º ANO
Objetivos de Aprendizagem e
Núcleos Temáticos Objetos de Conhecimento Propostas Metodológicas
Desenvolvimento
● Sistema de numeração decimal: ● Ler, escrever e ordenar números ● História da Matemática.
leitura, escrita e ordenação de números naturais até a ordem das centenas de ● Utilização de materiais não
naturais (de até seis ordens). milhar com compreensão das principais estruturados (palitos, tampinhas,
● Números racionais expressos na forma características do sistema de numeração sementes, conchas, botões e outros
Números
decimal e sua representação na reta decimal. materiais existentes).
numérica. ● Utilizar as propriedades das operações ● Utilização de materiais estruturados
● Representação fracionária dos para desenvolver estratégias de cálculos, (material dourado, ábaco, jogos
números racionais: reconhecimento, tais como prever o troco de uma matemáticos e outros materiais
491

significados, leitura e representação na passagem de ônibus, organizar os itens existentes).


reta numérica. que serão possíveis comprar no mercado ● Utilizar criticamente recursos
● Comparação e ordenação de números do bairro com a renda familiar mensal tecnológicos, tais como calculadoras,
racionais na representação decimal e ou calcular o valor da pensão computadores, jogos (bingo da tabuada,
fracionária utilizando a noção de alimentícia. dominó de frações, etc.) e assim por
equivalência. ● Ler, escrever e ordenar números diante, para trabalhar conceitos
● Cálculo de porcentagens e racionais na forma decimal com matemáticos e resolver e/ou elaborar
representação fracionária. compreensão das principais problemas.
● Problemas: adição e subtração de características do sistema de numeração ● Elaboração de textos matemáticos
números naturais e números racionais decimal, utilizando, como recursos, a (tirinhas, texto cotidiano, histórias).
cuja representação decimal é finita. composição e decomposição e a reta ● Utilização de produção de desenhos,
● Problemas: multiplicação e divisão de numérica. teatro, jogos, entre outras atividades.
números racionais cuja representação ● Identificar e representar frações ● Utilização de livros, filmes e vídeos
decimal é finita por números naturais. (menores e maiores que a unidade), como facilitadores da aprendizagem
● Problemas de contagem do tipo: “Se associando-as ao resultado de uma matemática. Ex.: O diabo dos números –
cada objeto de uma coleção A for divisão ou à ideia de parte de um todo, Magnus Enzensberger (5° e 6° anos)
combinado com todos os elementos de utilizando a reta numérica como recurso. Alice no país dos números – Carlo
uma coleção B, quantos agrupamentos ● Identificar frações equivalentes. Frabetti
desse tipo podem ser formados?” ● Reconhecer números naturais e Poemas Problemas - Renata Bueno
racionais no contexto diário. O Homem que Calculava - Malba Tahan
● Utilizar calculadora e cálculo mental (livros)
pessoal como estratégias de verificação Donald no País da Matemágica (filme).
de resultados de operações com números ● Utilizar materiais que abordem
naturais e racionais. assuntos relativos à educação financeira,
● Calcular adição e subtração de de acordo com a faixa etária.
números racionais na forma decimal, por ● Confecção de planilhas de ganhos,
meio de estratégias pessoais e despesas etc.
convencionais. ● Livros para trabalhar a temática de
● Associar as representações 10%, 25%, Educação Financeira por ano de
50%, 75% e 100% respectivamente à escolaridade (1º ao 9º ano) gratuitos no
décima parte, quarta parte, metade, três site: vidaedinheiro.gov.br/ livros-ensino-
quartos e um inteiro, para calcular fundamental/
porcentagens, utilizando estratégias ● Atividade sobre as operações
pessoais, cálculo mental e calculadora, fundamentais utilizando a “Gata Mona”
em contextos de educação financeira, de Romero Brito. (Atividade conjunta
entre outros. com Arte).
● Elaborar e/ou resolver problemas de
492

adição e subtração com números


naturais e com números racionais, cuja
representação decimal seja finita,
utilizando estratégias diversas, como
cálculo por estimativa, cálculo mental e
algoritmos.
● Elaborar e/ou resolver problemas de
multiplicação e divisão com números
naturais e com números racionais cuja
representação decimal é finita (com
multiplicador natural e divisor natural e
diferente de zero), utilizando estratégias
diversas, como cálculo por estimativa,
cálculo mental e algoritmos.
● Elaborar e/ou resolver situações-
problema que envolvam situações
cotidianas vividas na zona urbana e
periférica.
● Elaborar e/ou resolver problemas
simples de contagem envolvendo o
princípio multiplicativo, como a
determinação do número de
agrupamentos possíveis ao se combinar
cada elemento de uma coleção com
todos os elementos de outra coleção, por
meio de diagramas de árvore ou por
tabelas.
● Propriedades da igualdade e noção de ● Concluir, por meio de investigações, ● Resolução de Problemas.
equivalência. que a relação de igualdade existente ● Recursos Computacionais.
● Grandezas diretamente proporcionais. entre dois membros permanece ao ● Mapas.
● Problemas envolvendo a partição de adicionar, subtrair, multiplicar ou dividir ● Plantas Baixas.
um todo em duas partes proporcionais. cada um desses membros por um mesmo
Álgebra
número, para construir a noção de
equivalência.
● Elaborar e/ou resolver problemas cuja
conversão em sentença matemática seja
uma igualdade com uma operação em
493

que um dos termos é desconhecido.


● Elaborar e/ou resolver problemas que
envolvam variação de proporcionalidade
direta entre duas grandezas, para
associar a quantidade de um produto ao
valor a pagar, alterar as quantidades de
ingredientes de receitas, ampliar ou
reduzir escala em mapas, entre outros.
● Elaborar e/ou resolver problemas
envolvendo a partilha de uma
quantidade em duas partes desiguais,
tais como dividir uma quantidade em
duas partes, de modo que uma seja o
dobro da outra, com compreensão da
ideia de razão entre as partes e delas
com o todo.
● Plano cartesiano: coordenadas ● Utilizar e compreender diferentes ● Mapas.
cartesianas (1º quadrante) e representações para a localização de ● Utilizar software de geometria
representação de deslocamentos no objetos no plano, como mapas, células dinâmica.
plano cartesiano. em planilhas eletrônicas e coordenadas ● Batalha Naval.
● Figuras geométricas espaciais: geográficas, a fim de desenvolver as ● Montar as planificações.
reconhecimento, representações, primeiras noções de coordenadas ● Montar esquemas de arestas dos
planificações e características. cartesianas. sólidos.
● Figuras geométricas planas: ● Interpretar, descrever e representar a ● Blocos Lógicos.
características, representações e ângulos. localização ou movimentação de objetos ● Caça ao tesouro atividade
● Ampliação e redução de figuras no plano cartesiano (1º quadrante), interdisciplinar com educação física.
Geometria poligonais em malhas quadriculadas: utilizando coordenadas cartesianas,
reconhecimento da congruência dos indicando mudanças de direção e de
ângulos e da proporcionalidade dos sentido e giros.
lados correspondentes. ● Associar figuras espaciais a suas
planificações (prismas, pirâmides,
cilindros e cones) e analisar, nomear e
comparar seus atributos.
● Reconhecer, nomear e comparar
polígonos, considerando lados, vértices
e ângulos, e desenhá-los, utilizando
material de desenho ou tecnologias
494

digitais.
● Reconhecer a congruência dos
ângulos e a proporcionalidade entre os
lados correspondentes de figuras
poligonais em situações de ampliação e
de redução em malhas quadriculadas e
usando tecnologias digitais.
● Perceber que algumas obras de arte
utilizam o conhecimento matemático
(priorizando principalmente os
monumentos arquitetônicos de Niterói).
● Perceber elementos geométricos nas
formas da natureza, nas criações
artísticas, localizando-os, por exemplo,
em monumentos e obras de Niterói.
● Interpretar e construir representações
espaciais (croquis, itinerários,
maquetes).

● Medidas de comprimento, área, ● Elaborar/ou resolver problemas ● Recursos Computacionais.


massa, tempo, temperatura e capacidade: envolvendo medidas das grandezas ● Utilizar instrumentos de medidas tais
utilização de unidades convencionais e comprimento, área, massa, tempo, como régua, transferidor e compasso
relações entre as unidades de medida temperatura e capacidade, recorrendo a para construções geométricas.
mais usuais. transformações entre as unidades mais ● Construção de sólidos geométricos
● Áreas e perímetros de figuras usuais em contextos socioculturais. com material concreto (palitinhos com
poligonais: algumas relações. ● Concluir, por meio de investigações, jujuba, canudos, etc.).
● Noção de volume. que figuras de perímetros iguais podem ● Planificação dos sólidos.
ter áreas diferentes e que, também, ● Usar o Geogebra 3D para relacionar
Grandezas e Medidas
figuras que têm a mesma área podem ter as planificações e os sólidos
perímetros diferentes. correspondentes.
● Reconhecer volume como grandeza ● Utilização de jogos como batalha
associada a sólidos geométricos e medir naval para relacionar localizações no
volumes por meio de empilhamento de plano cartesiano.
cubos, utilizando, preferencialmente, ● Construção de maquetes relacionadas
objetos concretos. ao ambiente escolar (utilizando Google
● Perceber, criticamente, a relação entre Earth).
medidas de grandezas físicas na
495

construção arquitetônica de instituições


de uso público, garantindo a
acessibilidade.
● Espaço amostral: análise de chances ● Apresentar todos os possíveis ● Dados de seis faces.
de eventos aleatórios. resultados de um experimento aleatório, ● Utilizar pesquisas feitas por institutos
● Cálculo de probabilidade de eventos estimando se esses resultados são de pesquisas.
equiprováveis. igualmente prováveis ou não. ● Utilizar réguas para construir gráficos.
● Leitura, coleta, classificação, ● Determinar a probabilidade de ● Jornais e revistas.
interpretação e representação de dados ocorrência de um resultado em eventos
em tabelas de dupla entrada, gráfico de aleatórios, quando todos os resultados
colunas agrupadas, gráficos pictóricos e possíveis têm a mesma chance de
gráfico de linhas. ocorrer (equiprováveis).
● Recolher dados sobre fatos e
fenômenos do cotidiano, principalmente
de Niterói, utilizando procedimentos de
organização, expressando o resultado
em tabelas e gráficos.
● Utilizar aplicativos para a coleta de
dados e a tomada de decisão.
● Interpretar dados estatísticos
Probabilidade e Estatística
apresentados em textos, tabelas e
gráficos (colunas ou linhas), referentes a
outras áreas do conhecimento ou a
outros contextos, como saúde e trânsito,
e produzir textos com o objetivo de
sintetizar conclusões.
● Realizar pesquisa envolvendo
variáveis categóricas e numéricas,
organizar dados coletados por meio de
tabelas, gráficos de colunas, pictóricos e
de linhas, com e sem uso de tecnologias
digitais, e apresentar texto escrito sobre
a finalidade da pesquisa e a síntese dos
resultados.
● Apropriar-se de dados estatísticos
produzidos por órgãos de confiança
comprovada (IBGE, ONU, etc.), e assim
496

interpretá-las como exercem influência


no seu cotidiano.
● Fazer uso dos smartphones e tablets,
mediado pelo docente, na pesquisa,
produção de dados e tomada de
decisões, constitutivos das atividades
propostas em aula.

3º CICLO
MATEMÁTICA – 6º ANO
Objetivos de Aprendizagem e
Núcleos Temáticos Objetos de Conhecimento Propostas Metodológicas
Desenvolvimento
● Sistema de numeração decimal: ● Comparar, ordenar, ler e escrever ● História da matemática.
características, leitura, escrita e números naturais e números racionais ● Utilização de materiais concretos.
comparação de números naturais e de em sua representação decimal, fazendo ● Utilizar criticamente recursos
números racionais representados na uso da reta numérica. tecnológicos, tais como calculadoras,
forma decimal. ● Reconhecer o sistema de numeração computadores, jogos (bingo da tabuada,
● Operações (adição, subtração, decimal, como o que prevaleceu no dominó de frações, etc.) e assim por
multiplicação, divisão e potenciação) mundo ocidental, e destacar diante, para trabalhar conceitos
com números naturais. semelhanças e diferenças com outros matemáticos e resolver e/ou elaborar
● Múltiplos e divisores de um número sistemas, de modo a sistematizar suas problemas.
natural. principais características (base, valor ● Utilizar filmes e vídeos como
● Números primos e compostos. posicional e função do zero), utilizando, facilitadores da aprendizagem
Números ● Mínimo Múltiplo Comum (MMC) e inclusive, a composição e decomposição matemática. Ex.: O diabo dos números –
Máximo Divisor Comum (MDC). de números naturais e números racionais Magnus Enzensberger (5° e 6° anos)
● Frações: significados (parte/todo, em sua representação decimal. Alice no país dos números – Carlo
quociente), equivalência, comparação, ● Utilizar as propriedades das operações Frabetti
adição e subtração, cálculo da fração de para desenvolver estratégias de cálculos, Poemas Problemas - Renata Bueno
um número natural, adição e subtração tais como prever o troco de uma Donald no País da Matemágica (filme)
de frações. passagem de ônibus, organizar os itens ● Elaboração de textos matemáticos
● Operações (adição, subtração, que serão possíveis comprar no mercado (tirinhas, texto cotidiano, histórias).
multiplicação, divisão e potenciação) do bairro com a renda familiar mensal ● Utilização de produção de desenhos,
com números racionais. ou calcular o valor da pensão teatro, jogos, entre outras atividades.
● Aproximação de números para alimentícia. ● Utilizar filmes e vídeos sobre
múltiplos de potências de 10. ● Resolver e/ ou elaborar problemas que Matemática.
497

● Cálculo de porcentagens por meio de envolvam cálculos (mentais ou escritos, ● Elaboração de jogo da memória sobre
estratégias diversas, sem fazer uso da exatos ou aproximados) com números números (sugestão de atividade
“regra de três”. naturais, por meio de estratégias interdisciplinar com Língua
● Álgebra: Propriedades da igualdade. variadas, com compreensão dos Estrangeira).
processos neles envolvidos com e sem ● Utilização de livros didáticos e
uso de calculadora. paradidáticos.
● Reconhecer o papel dos números nos ● Utilizar materiais que abordem
documentos de identidade e outros de assuntos relativos à educação financeira,
cunho pessoal, bem como reconhecer de acordo com a faixa etária.
números em contas de luz, gás e outros ● Confecção de planilhas de ganhos,
documentos do cotidiano. despesas, etc.
● Classificar números naturais em ● Trabalhar com dinheiro de forma
primos e compostos, estabelecer lúdica representando situações
relações entre números, expressas pelos cotidianas.
termos “é múltiplo de”, “é divisor de”,
“é fator de”, e estabelecer, por meio de
investigações, critérios de divisibilidade
por 2, 3, 4, 5, 6, 8, 9, 10, 100 e 1000.
● Resolver e/ou elaborar problemas que
envolvam as ideias de múltiplo e de
divisor.
● Compreender, comparar e ordenar
frações associadas às ideias de partes de
inteiros e resultado de divisão,
identificando frações equivalentes.
● Reconhecer que os números racionais
positivos podem ser expressos nas
formas fracionária e decimal,
estabelecer relações entre essas
representações, passando de uma
representação para outra, e relacioná-los
a pontos na reta numérica.
● Resolver e/ou elaborar problemas que
envolvam o cálculo da fração de uma
quantidade e cujo resultado seja um
número natural, com e sem uso de
calculadora.
498

● Resolver e/ou elaborar problemas que


envolvam adição ou subtração com
números racionais positivos na
representação fracionária.
● Operações (adição, subtração,
multiplicação, divisão e potenciação)
com números racionais.
● Resolver e/ou elaborar problemas com
números racionais positivos na
representação decimal, envolvendo as
quatro operações fundamentais e a
potenciação, por meio de estratégias
diversas, utilizando estimativas e
arredondamentos para verificar a
razoabilidade de respostas, com e sem
uso de calculadora.
● Fazer estimativas de quantidades e
aproximar números para múltiplos da
potência de 10 mais próxima.
● Resolver e/ou elaborar problemas que
envolvam porcentagens, com base na
ideia de proporcionalidade, sem fazer
uso da “regra de três”, utilizando
estratégias pessoais, cálculo mental e
calculadora, em contextos de educação
financeira, entre outros.
● Plano cartesiano: associação dos ● Associar pares ordenados de números ● Utilizar instrumentos de medidas tais
vértices de um polígono a pares a pontos do plano cartesiano do 1º como régua, transferidor e compasso
ordenados. quadrante, em situações como a para construções geométricas.
● Figuras bidimensionais e localização dos vértices de um polígono. ● Construção de sólidos geométricos
tridimensionais. ● Quantificar e estabelecer relações com material concreto (palitinhos com
Geometria ● Prismas e pirâmides: planificações e entre o número de vértices, faces e jujuba, canudos, etc.).
relações entre seus elementos (vértices, arestas de prismas e pirâmides, em ● Planificação dos sólidos.
faces e arestas). função do seu polígono da base, para ● Usar o Geogebra 3D para relacionar
● Polígonos: classificações quanto ao resolver problemas e desenvolver a as planificações e os sólidos
número de vértices, às medidas de lados percepção espacial. correspondentes.
e ângulos e ao paralelismo e ● Reconhecer, nomear e comparar ● Utilização de jogos como batalha
499

perpendicularismo dos lados. polígonos, considerando lados, vértices naval para relacionar localizações no
● Construção de figuras semelhantes: e ângulos, e classificá-los em regulares e plano cartesiano.
ampliação e redução de figuras planas não regulares, tanto em suas ● Construção de maquetes relacionadas
em malhas quadriculadas. representações no plano como em faces ao ambiente escolar (utilizando Google
● Construção de retas paralelas e de poliedros. Earth e Street View).
perpendiculares, fazendo uso de réguas, ● Reconhecer as figuras no contexto dos
esquadros e softwares. monumentos e outros lugares de Niterói
(Ex.: Caminho Niemeyer, Museu de arte
contemporânea, etc.).
● Identificar características dos
triângulos e classificá-los em relação às
medidas dos lados e dos ângulos.
● Identificar características dos
quadriláteros, classificá-los em relação a
lados e a ângulos e reconhecer a
inclusão e a intersecção de classes entre
eles.
● Construir figuras planas semelhantes
em situações de ampliação e de redução,
com o uso de malhas quadriculadas,
plano cartesiano ou tecnologias digitais.
● Utilizar instrumentos, como réguas e
esquadros, ou softwares para
representações de retas paralelas e
perpendiculares e construção de
quadriláteros, entre outros.
● Identificar retas, segmentos e
semirretas.
● Problemas sobre medidas envolvendo ● Resolver e/ou elaborar problemas que ● Analisar aspectos geográficos no
grandezas como comprimento, massa, envolvam as grandezas comprimento, contexto crítico-matemático utilizando
tempo, temperatura, área, capacidade e massa, tempo, temperatura, área mapas, coordenadas geográficas, etc.
volume. (triângulos e retângulos), capacidade e (Ex.: usar Google Earth e Street View).
Grandezas e Medidas ● Ângulos: noção, usos e medida. volume (sólidos formados por blocos ● Resolver e/ou elaborar situações-
● Plantas baixas de residências. retangulares), sem uso de fórmulas, problema do cotidiano.
● Perímetro de um quadrado como inseridos, sempre que possível, em ● Promover a interdisciplinaridade (Ex.:
grandeza proporcional à medida do lado. contextos oriundos de situações reais jogos de orientação espacial, utilização
e/ou relacionadas às outras áreas do de bússola).
500

conhecimento. ● Corrida de orientação e Enduro a pé


● Reconhecer a abertura do ângulo (sugestão de atividade interdisciplinar
como grandeza associada às figuras com Educação Física e Geografia).
geométricas.
● Resolver problemas que envolvam a
noção de ângulo em diferentes contextos
e em situações reais, como ângulo de
visão.
● Determinar medidas da abertura de
ângulos, por meio de transferidor e/ou
tecnologias digitais.
● Interpretar, descrever e desenhar
plantas baixas simples de residências e
vistas aéreas.
● Utilizar o conhecimento matemático
no sentido de relacioná-lo à preservação
do ambiente sustentável (Ex.:
reconhecer as mudanças de forma dos
acidentes geográficos, analisar
estatísticas de populações de animais e
plantas ameaçadas de extinção, analisar
ângulos de moradias ameaçadas de
desabamento e assim por diante).
● Comparar a topografia local,
relacionando com a ocupação do solo e
seus problemas decorrentes (Educação
Ambiental).
● Analisar e descrever mudanças que
ocorrem no perímetro e na área de um
quadrado ao se ampliarem ou reduzirem,
igualmente, as medidas de seus lados,
para compreender que o perímetro é
proporcional à medida do lado, o que
não ocorre com a área.
● Leitura e interpretação de tabelas e ● Interpretar e resolver situações que ● Elaborar gráficos, planilhas e tabelas a
Probabilidade e Estatística gráficos (de colunas ou barras simples envolvam dados de pesquisas sobre partir dos dados coletados pelos alunos.
ou múltiplas) referentes a variáveis contextos ambientais, sustentabilidade,
501

categóricas e variáveis numéricas. trânsito, entre outros, apresentadas pela


● Coleta de dados, organização, registro, mídia em tabelas e em diferentes tipos
construção de diferentes tipos de de gráficos e redigir textos escritos com
gráficos para representá-los e o objetivo de sintetizar conclusões.
interpretação das informações. ● Planejar e coletar dados de pesquisa
referente a práticas sociais escolhidas
pelos alunos e fazer uso de planilhas
eletrônicas para o registro, representação
e interpretação das informações, em
tabelas, vários tipos de gráficos e textos.
● Ler e interpretar dados numéricos
relativos à Niterói.

3º CICLO
MATEMÁTICA – 7º ANO
Objetivos de Aprendizagem e
Núcleos Temáticos Objetos de Conhecimento Propostas Metodológicas
Desenvolvimento
● Múltiplos e divisores de um número ● Resolver e/ou elaborar problemas com ● Leitura e análise de notícias de jornais
natural. números naturais, envolvendo as ideias e revistas buscando interpretar
● Cálculo de porcentagens e de de múltiplos, divisores e divisibilidade. informações matemáticas como gráficos,
acréscimos e decréscimos simples. ● Resolver e/ou elaborar problemas que tabelas e obras de arte.
● Números inteiros: usos, história, envolvam porcentagens, como os que ● Utilizar extratos bancários e outros
ordenação, associação com pontos da lidam com acréscimos e decréscimos tipos de documentos como
reta numérica e operações. simples, utilizando estratégias pessoais, contracheques para resolver problemas
● Fração e seus significados: como parte cálculo mental e calculadora, no com números inteiros.
de inteiros, resultado da divisão, razão e contexto de educação financeira, entre ● Utilização de produção de desenhos,
Números
operador. outros. teatro, jogos, entre outras atividades.
● Números racionais na representação ● Comparar e ordenar números inteiros ● Jogos de tabuleiro envolvendo
fracionária e na decimal: usos, em diferentes contextos, incluindo o números inteiros (Ex.: Banco
ordenação e associação com pontos da histórico, associá-los a pontos da reta Imobiliário).
reta numérica e operações numérica e utilizá-los em situações que ● Utilizar filmes e vídeos sobre
envolvam adição e subtração. matemática e sobre aplicação da
● Resolver e/ou elaborar problemas que matemática na vida das pessoas.
envolvam operações com números ● Elaboração de textos matemáticos
inteiros. (tirinhas, texto cotidiano, histórias).
502

● Comparar e ordenar frações ● Desenvolver peças de teatro com a


associadas às ideias de partes de evolução do uso dos números pelo
inteiros, resultado da divisão, razão e homem.
operador. ● História da matemática.
● Utilizar, na resolução de problemas, a ● Resolver e/ou elaborar situações-
associação entre razão e fração, como a problema do cotidiano.
fração 2/3 para expressar a razão de ● Promover a interdisciplinaridade (Ex.:
duas partes de uma grandeza para três construção da linha do tempo e
partes da mesma ou três partes de outra associação de datas com pontos na reta
grandeza numérica).
● Comparar e ordenar números ● Utilizar malha quadriculada para
racionais em diferentes contextos e aplicar o ensino de frações.
associá-los a pontos da reta numérica. ● Uso de desafios de lógica.
● Ler e utilizar a multiplicação e a ● Utilização de livros, vídeos e filmes.
divisão de números racionais, a relação Ex.: O diabo dos números – Magnus
entre elas e suas propriedades Enzensberger
operatórias. Alice no país dos números – Carlo
● Resolver e/ou elaborar problemas que Frabetti
envolvam as operações com números O homem que calculava – Malba Tahan
racionais. Matemática mortífera – Kjartan Poskitt
Medidas desesperadas – Kjartan Poskitt
● Utilizar materiais que abordem
assuntos relativos à educação financeira,
de acordo com a faixa etária.
● Confecção de planilhas de ganhos,
despesas etc.
● Livros para trabalhar a temática de
Educação Financeira por ano de
escolaridade (1º ao 9º ano) gratuitos no
site: vidaedinheiro.gov.br/livros-ensino-
fundamental/
● Propriedades da igualdade. ● Reconhecer que uma igualdade ● Utilização de software (Geogebra,
● Problemas que tratam da partição de matemática não se altera ao adicionar, planilha eletrônica).
um todo em duas partes desiguais, subtrair, multiplicar ou dividir os seus ● Resolução de equações e inequações
Álgebra
envolvendo razões entre as partes e entre dois membros por um mesmo número e com programas computacionais.
uma das partes e o todo. utilizar essa noção para determinar ● Jogos (Ex.: Dominó de Equações).
● Linguagem algébrica: variável e valores desconhecidos na resolução de ● Elaboração de textos matemáticos
503

incógnita. problemas. (tirinhas, texto cotidiano, histórias).


● Equivalência de expressões ● Resolver e/ou elaborar problemas que ● Utilização de produção de desenhos,
algébricas: identificação da regularidade envolvam a partilha de uma quantidade teatro, jogos, entre outras atividades.
de uma sequência numérica. em duas partes desiguais, envolvendo ● Utilização de filmes sobre a
● Problemas envolvendo grandezas relações aditivas e multiplicativas, bem matemática e sobre a aplicação dela no
diretamente proporcionais e grandezas como a razão entre as partes e entre uma cotidiano das pessoas.
inversamente proporcionais. das partes e o todo. ● Desenvolver atividade com o cálculo
● Equações polinomiais do 1º grau. ● Compreender a ideia de variável, do IMC (Índice de Massa Corporal),
representada por letra ou símbolo, para para o ensino de razão. (sugestão de
expressar relação entre duas grandezas, atividade interdisciplinar com Educação
diferenciando-a da ideia de incógnita. Física e Ciências).
● Utilizar a simbologia algébrica para ● Desenvolver atividade para o ensino
expressar regularidades encontradas em de densidade, na qual os alunos
sequências numéricas. verificam quais objetos flutuam ou não,
● Reconhecer se duas expressões experimentalmente.
algébricas obtidas para descrever a
regularidade de uma mesma sequência
numérica são ou não equivalentes.
● Resolver e/ou elaborar problemas que
envolvam variação de proporcionalidade
direta e de proporcionalidade inversa
entre duas grandezas, utilizando
sentença algébrica para expressar a
relação entre elas.
● Resolver e/ou elaborar problemas que
possam ser representados por equações
polinomiais de 1º grau, redutíveis à
forma 𝑎𝑥 + 𝑏 = 𝑐, fazendo uso das
propriedades da igualdade.
● Transformações geométricas de ● Realizar transformações de polígonos ● Utilizar de instrumentos de medidas
polígonos no plano cartesiano: representados no plano cartesiano, tais como: régua, transferidor e
multiplicação das coordenadas por um decorrentes da multiplicação das compasso na construção de figuras
número inteiro e obtenção de simétricos coordenadas de seus vértices por um geométricas.
Geometria
em relação aos eixos e à origem. número inteiro. ● Utilizar software como o Geogebra.
● Simetrias de translação, rotação e ● Reconhecer e representar, no plano ● Usar dobraduras e recortes para
reflexão. cartesiano, o simétrico de figuras em trabalhar simetria, etc.
● A circunferência como lugar relação aos eixos e à origem. ● Estimular o uso de materiais concretos
504

geométrico. ● Reconhecer e construir figuras obtidas para construção de polígonos.


● Relações entre os ângulos formados por simetrias de translação, rotação e ● Construção de maquetes relacionadas
por retas paralelas intersectadas por uma reflexão, usando instrumentos de ao ambiente escolar.
transversal. desenho ou softwares de geometria ● Kirigami (sugestão de atividade
● Triângulos: construção, condição de dinâmica e vincular esse estudo a interdisciplinar com Arte).
existência e soma das medidas dos representações planas de obras de arte, ● Corrida de orientação e Enduro a pé
ângulos internos. elementos arquitetônicos, entre outros. (sugestão de atividade interdisciplinar
● Ângulos internos e externos de ● Reconhecer as figuras no contexto dos com Educação Física e Geografia).
polígonos regulares. monumentos e outros lugares de Niterói
(Ex.: Caminho Niemeyer, Museu de
Arte Contemporânea, etc.).
● Construir circunferências, utilizando
compasso, reconhecê-las como lugar
geométrico e utilizá-las para fazer
composições artísticas e resolver
problemas que envolvam objetos
equidistantes.
● Verificar relações entre os ângulos
formados por retas paralelas cortadas
por uma transversal, com e sem uso de
softwares de geometria dinâmica.
● Construir triângulos, usando régua e
compasso, reconhecer a condição de
existência do triângulo quanto à medida
dos lados e verificar que a soma das
medidas dos ângulos internos de um
triângulo é 180°.
● Reconhecer a rigidez geométrica dos
triângulos e suas aplicações, como na
construção de estruturas arquitetônicas
(telhados, estruturas metálicas e outras)
ou nas artes plásticas.
● Calcular medidas de ângulos internos
de polígonos regulares, sem o uso de
fórmulas, e estabelecer relações entre
ângulos internos e externos de
polígonos, preferencialmente vinculadas
505

à construção de mosaicos e de
ladrilhamentos, à confecção de
ferramentas e peças mecânicas, entre
outras.
● Reconhecer as figuras no contexto da
natureza e monumentos de Niterói.
● Utilizar o conhecimento matemático
no sentido de relacioná-lo à preservação
do ambiente sustentável (Ex: analisar
ângulos de moradias ameaçadas de
desabamento).
● Problemas envolvendo medições. ● Resolver e/ou elaborar problemas que ● Resolver e/ou elaborar situações-
● Cálculo de volume de blocos envolvam medidas de grandezas problema do cotidiano.
retangulares, utilizando unidades de inseridos em contextos oriundos de ● Utilizar diversos instrumentos de
medida convencionais mais usuais. situações cotidianas ou de outras áreas medida, tais como: trena para efetuar
● Equivalência de área de figuras do conhecimento, reconhecendo que medições do espaço escolar, etc.
planas: cálculo de áreas de figuras que toda medida empírica é aproximada. ● Medir diferentes recipientes que
podem ser decompostas por outras, cujas ● Resolver e/ou elaborar problemas de tenham formato cilíndrico com base
áreas podem ser facilmente cálculo de medida do volume de blocos circular, para o cálculo do comprimento
determinadas como triângulos e retangulares, envolvendo as unidades da circunferência, do diâmetro e o
quadriláteros. usuais (metro cúbico, decímetro cúbico número π (pi).
● Medida do comprimento da e centímetro cúbico).
Grandezas e Medidas circunferência. ● Estabelecer expressões de cálculo de
● O número π (pi). área de triângulos e de quadriláteros.
● Resolver e/ou elaborar problemas de
cálculo de medida de área de figuras
planas que podem ser decompostas por
quadrados, retângulos e/ou triângulos,
utilizando a equivalência entre áreas.
● Estabelecer o número como a razão
entre a medida de uma circunferência e
seu diâmetro, para compreender e
resolver problemas, inclusive os de
natureza histórica.
● Cálculo de probabilidade como a ● Calcular a probabilidade de um evento ● Elaborar gráficos, planilhas e tabelas a
Probabilidade e Estatística razão entre o número de resultados aleatório, expressando-a por número partir dos dados coletados pelos alunos.
favoráveis e o total de resultados racional (forma fracionária, decimal e
506

possíveis em um espaço amostral percentual) e comparar esse número


equiprovável. com a probabilidade obtida por meio de
● Cálculo de probabilidade por meio de experimentos sucessivos.
muitas repetições de um experimento ● Planejar e realizar experimentos
(frequências de ocorrências e aleatórios ou simulações que envolvem
probabilidade frequentista). cálculo de probabilidades ou estimativas
● Experimentos aleatórios: espaço por meio de frequência de ocorrências.
amostral e estimativa de probabilidade ● Compreender, em contextos
por meio de frequência de ocorrências. significativos, o significado de média
● Estatística: média e amplitude de um estatística como indicador da tendência
conjunto de dados. de uma pesquisa, calcular seu valor e
● Pesquisa amostral e pesquisa relacioná-lo, intuitivamente, com a
censitária amplitude do conjunto de dados.
● Planejamento de pesquisa, coleta e ● Planejar e realizar pesquisa
organização dos dados, construção de envolvendo tema da realidade social,
tabelas e gráficos e interpretação das identificando a necessidade de ser
informações. censitária ou de usar amostra, e
● Gráficos de setores: interpretação, interpretar os dados para comunicá-los
pertinência e construção para representar por meio de relatório escrito, tabelas e
conjunto de dados. gráficos, com o apoio de planilhas
eletrônicas.
● Interpretar e analisar dados
apresentados em gráficos de setores
divulgados pela mídia e compreender
quando é possível ou conveniente sua
utilização.
● Utilizar o conhecimento matemático
no sentido de relacioná-lo à preservação
do ambiente sustentável (Ex: analisar
estatísticas de população de animais e
plantas ameaçadas de extinção).
507

4º CICLO
MATEMÁTICA – 8º ANO
Objetivos de Aprendizagem e
Núcleos Temáticos Objetos de Conhecimento Propostas Metodológicas
Desenvolvimento
● Notação científica. ● Efetuar cálculos com potências de ● Utilizar vídeos sobre o universo e
● Potenciação e radiciação. expoentes inteiros e aplicar esse sobre vírus e bactérias.
● O princípio multiplicativo da conhecimento na representação de ● Leitura de jornais e revistas.
contagem. números em notação científica. ● Análise de faturas de cartão de
● Porcentagens. ● Compreender ordens de grandeza e crédito, bancos, etc.
● Dízimas periódicas: fração geratriz. notação científica. ● Utilização de jogos e materiais
● Resolver e/ou elaborar problemas concretos.
usando a relação entre potenciação e ● Produção de texto e histórias
radiciação, para representar uma raiz envolvendo o conteúdo matemático
como potência de expoente fracionário. trabalhado.
● Elaborar e/ou resolver problemas de ● Utilização de produção de desenhos,
contagem cuja resolução envolva a teatro, jogos, entre outras atividades.
aplicação do princípio multiplicativo. ● Cálculo do I.M.C. (Índice de massa
● Resolver e/ou elaborar problemas, corporal) (Sugestão de atividade
envolvendo cálculo de porcentagens, interdisciplinar com Educação Física e
Números incluindo o uso de tecnologias digitais. Ciências).
● Reconhecer que há formas plurais de ● Explorar o ambiente da sala de aula e
efetuar o raciocínio matemático, como da escola.
por exemplo, cálculos mentais ● Uso de materiais concretos tais como:
realizados por comerciantes e outros Tangram, material dourado, etc.
grupos. ● Utilizar filmes e vídeos sobre
● Reconhecer e utilizar procedimentos matemática e sobre a aplicação dela no
para a obtenção de uma fração geratriz cotidiano das pessoas.
para uma dízima periódica. ● Utilização de livros, vídeos e filmes.
Ex.: O diabo dos números – Magnus
Enzensberger
Alice no país dos números – Carlo
Frabetti
O homem que calculava – Malba Tahan
● Utilizar materiais que abordem
assuntos relativos à educação financeira,
508

de acordo com a faixa etária.


● Confecção de planilhas de ganhos,
despesas, etc.
● Jogos como Batalha Naval e Twister.
● Monômios, polinômios e valor ● Compreender fórmulas algébricas ● Livros para trabalhar a temática de
numérico de expressões algébricas. identificando dependência entre Educação Financeira por ano de
● Representação de uma equação linear variáveis. escolaridade (1º ao 9º ano) gratuitos no
de 1º grau de duas incógnitas no plano ● Resolver e/ou elaborar problemas que site: vidaedinheiro.gov.br/livros-ensino-
cartesiano. envolvam cálculo do valor numérico de fundamental/
● Sistema de equações polinomiais de 1º expressões algébricas, utilizando as ● Uso de contas de consumo para
grau: resolução algébrica e propriedades das operações. trabalhar dependência de variáveis
representação no plano cartesiano. ● Associar uma equação linear de 1º (consumo e valor pago).
● Equação polinomial de 2º grau do tipo grau com duas incógnitas a uma reta no ● Utilizar software plotadores de
ax² = b. plano cartesiano. gráficos com Winplot, Graphmática.
● Sequências recursivas e não ● Elaborar e/ou resolver problemas ● Utilizar software de álgebra e
recursivas. relacionados ao seu contexto próximo, geometria dinâmica como Geogebra.
● Variação de grandezas: diretamente que possam ser representados por ● Utilização de livros didáticos e
proporcionais, inversamente sistemas de equações de 1º grau com paradidáticos.
proporcionais ou não proporcionais. duas incógnitas e interpretá-los,
utilizando, inclusive, o plano cartesiano
Álgebra como recurso.
● Resolver e elaborar, com e sem o uso
de tecnologias, problemas que possam
ser representados por equações
polinomiais de 2º grau do tipo ax² = b.
● Identificar a regularidade de uma
sequência numérica ou figural recursiva
ou não recursiva e construir um
algoritmo que permita calcular os
números ou figuras seguintes.
● Identificar a regularidade de uma
sequência numérica recursiva e construir
um algoritmo por meio de um
fluxograma que permita indicar os
números seguintes.
● Identificar a natureza da variação de
duas grandezas, diretamente,
509

inversamente proporcionais ou não


proporcionais, expressando a relação
existente por meio de sentença algébrica
e representá-la no plano cartesiano.
● Resolver e/ou elaborar problemas que
envolvam grandezas diretamente ou
inversamente proporcionais, por meio de
estratégias variadas.
● Triângulos: propriedades e ● Classificar triângulos quanto aos lados ● Utilizar softwares de geometria
congruência. e ângulos. dinâmica: régua e compasso, Geogebra.
● Propriedades de quadriláteros. ● Reconhecer congruência de triângulos ● Utilizar diversos instrumentos de
● Construções geométricas: ângulos de e figuras planas. medidas em atividades diversas.
90°, 60°, 45° e 30° e polígonos ● Calcular a soma dos ângulos internos ● Utilização do Tangram para abordar
regulares. e externos de triângulos. conteúdos como semelhança de
● Mediatriz e bissetriz como lugares ● Classificar quadriláteros quanto aos triângulos.
geométricos: construção e problemas. lados e ângulos, reconhecendo ● Criação de figuras e montagem de
● Transformações geométricas: diagonais. história. (sugestão de atividade
simetrias de translação, reflexão e ● Calcular a soma dos ângulos internos interdisciplinar com Língua Portuguesa)
rotação. e externos de quadriláteros. ● Utilização de régua, transferidor,
● Demonstrar propriedades de esquadros e compasso para construções
quadriláteros por meio da identificação geométricas.
da congruência de triângulos. ● Corrida de orientação e Enduro a pé
Geometria ● Construir, utilizando instrumentos de (sugestão de atividade interdisciplinar
desenho ou softwares de geometria com Educação Física e Geografia).
dinâmica, mediatriz, bissetriz, ângulos
de 90°, 60°, 45° e 30° e polígonos
regulares.
● Descrever, por meio escrito e por
meio de um fluxograma, um algoritmo
para a construção de um hexágono
regular de qualquer área, a partir da
medida do ângulo central e da utilização
de esquadros e compasso.
● Aplicar os conceitos de mediatriz e
bissetriz como lugares geométricos na
resolução de problemas.
● Reconhecer e construir figuras obtidas
510

por composições de transformações


geométricas (translação, reflexão e
rotação), com o uso de instrumentos de
desenho ou de softwares de geometria
dinâmica.
● Área de figuras planas. ● Resolver e/ou elaborar problemas que ● Utilização de materiais concretos para
● Área do círculo e comprimento de sua envolvam medidas de área de figuras melhor compreensão do número
circunferência. geométricas, utilizando expressões de irracional.
● Volume de cilindro reto. cálculo de área (quadriláteros, triângulos ● Utilizar materiais concretos.
● Medidas de capacidade. e círculos), em situações como ● Utilização de diferentes tipos de
determinar medida de terrenos. malhas geométricas para cálculo de área
● Resolver /ou e elaborar problemas que de figuras planas.
envolvam o cálculo do volume de um
Grandezas e Medidas cilindro reto ou a capacidade de um
recipiente cujo formato é o de um
cilindro reto.
● Reconhecer a relação entre um litro e
um decímetro cúbico e a relação entre
litro e metro cúbico, para resolver
problemas de cálculo de capacidade de
recipientes cujo formato é o de um bloco
retangular ou de um cilindro reto.
● Princípio multiplicativo da contagem. ● Calcular a probabilidade de eventos, ● Utilizar planilhas eletrônicas.
● Soma das probabilidades de todos os com base na construção do espaço ● Utilizar compasso, transferidor e
elementos de um espaço amostral. amostral, utilizando o princípio régua para construir os gráficos
● Gráficos de barras, colunas, linhas ou multiplicativo, e reconhecer que a soma estatísticos.
setores e seus elementos constitutivos e das probabilidades de todos os ● Utilizar pesquisas feitas por institutos
adequação para determinado conjunto de elementos do espaço amostral é igual a de pesquisa.
dados. 1. ● Simular uma pesquisa com tema
Probabilidade e Estatística ● Organização dos dados de uma ● Avaliar a adequação de diferentes pertinente à realidade social do aluno.
variável contínua em classes. tipos de gráficos para representar um ● Construção de tabela e gráficos sobre
● Medidas de tendência central e de conjunto de dados de uma pesquisa. pesquisa feita sobre a realidade dos
dispersão. ● Classificar as frequências de uma alunos.
● Pesquisas censitária ou amostral. variável contínua de uma pesquisa em
● Planejamento e execução de pesquisa classes, de modo que resumam os dados
amostral. de maneira adequada para a tomada de
decisões.
511

● Obter os valores de medidas de


tendência central de uma pesquisa
estatística (média, moda e mediana) com
a compreensão de seus significados e
relacioná-los com a dispersão de dados,
indicada pela amplitude.
● Selecionar razões, de diferentes
naturezas (física, ética ou econômica),
que justificam a realização de pesquisas
amostrais e não censitárias, e reconhecer
que a seleção da amostra pode ser feita
de diferentes maneiras (amostra casual
simples, sistemática e estratificada).
● Planejar e executar pesquisa amostral,
selecionando uma técnica de
amostragem adequada, e escrever
relatório que contenha os gráficos
apropriados para representar os
conjuntos de dados, destacando aspectos
como as medidas de tendência central, a
amplitude e as conclusões.

4º CICLO
MATEMÁTICA – 9º ANO
Objetivos de Aprendizagem e
Núcleos Temáticos Objetos de Conhecimento Propostas Metodológicas
Desenvolvimento
● Necessidade dos números reais para ● Reconhecer que, uma vez fixada uma ● Utilizar de instrumentos de medidas,
medir qualquer segmento de reta. unidade de comprimento, existem tais como: régua e compasso, para
● Números irracionais: reconhecimento segmentos de reta cujo comprimento localização de números reais e alguns
e localização de alguns na reta não é expresso por número racional, irracionais.
Números numérica. como as medidas de diagonais de um ● Uso de programa de álgebra simples
● Radiciação: Simplificação de radicais, polígono e alturas de um triângulo. para apresentar irracionais.
propriedades, operações e ● Reconhecer um número irracional ● Utilizar criticamente recursos
racionalização. como um número real cuja tecnológicos, tais como calculadoras e
● Potências com expoentes negativos e representação decimal é infinita e não computadores.
512

fracionários. periódica, e estimar a localização de ● Jogos (bingo da tabuada, dominó de


● Números reais: notação científica e alguns deles na reta numérica. números racionais, etc.) e assim por
problemas. ● Realizar operações simples com diante, para trabalhar conceitos
● Porcentagens: problemas que radicais. matemáticos e resolver problemas.
envolvem cálculo de percentuais ● Efetuar cálculos com números reais, ● Cálculo do I.M.C. (Índice de massa
sucessivos. inclusive potências com expoentes corporal) (sugestão de atividade
negativos e fracionários. interdisciplinar com Educação Física e
● Revisar o trabalho com números Ciências).
naturais, inteiros e racionais e ● Utilizar materiais concretos.
generalizá-lo para o conjunto dos ● Utilizar produção de desenhos, teatro,
números reais. jogos, entre outras atividades.
● Resolver e/ou elaborar problemas com ● Utilizar filmes e vídeos sobre
números reais, inclusive em notação matemática e sobre a aplicação dela no
científica, envolvendo diferentes cotidiano das pessoas.
operações. ● Utilização de livros, vídeos e filmes.
● Resolver e/ou elaborar problemas que Ex.: O diabo dos números – Magnus
envolvam porcentagens, com a ideia de Enzensberger
aplicação de percentuais sucessivos e a Alice no país dos números – Carlo
determinação das taxas percentuais, Frabetti
preferencialmente com o uso de O homem que calculava – Malba Tahan
tecnologias digitais, no contexto da Matemática mortífera – Kjartan Poskitt
educação financeira. Medidas desesperadas – Kjartan Poskitt
● Livros para trabalhar a temática de
Educação Financeira por ano de
escolaridade (1º ao 9º ano) gratuitos no
site: vidaedinheiro.gov.br/livros-ensino-
fundamental/
● Utilizar materiais que abordem
assuntos relativos à educação financeira,
de acordo com a faixa etária.
● Confecção de planilhas de ganhos,
despesas, etc.
● Expressões algébricas: fatoração e ● Compreender os processos de ● Atividade sobre produtos notáveis
produtos notáveis. fatoração de expressões algébricas, com utilizando a foto da obra ¨Composição
Álgebra ● Equações do 2º grau. base em suas relações com os produtos em vermelho, azul e amarelo” de Piet
● Razão entre grandezas de espécies notáveis, para resolver e elaborar Mondrian. (sugestão de trabalho
diferentes. problemas. interdisciplinar com Arte.).
513

● Grandezas diretamente proporcionais ● Resolver problemas e equações ● Utilizar contas de consumo para
e grandezas inversamente proporcionais. polinomiais do 2º grau. relacionar variáveis.
● Funções: representações numérica, ● Resolver problemas que envolvam a ● Utilizar jornais e revistas para
algébrica e gráfica. razão entre duas grandezas de espécies reconhecer razões e taxas.
diferentes, como velocidade e densidade ● Trabalhar com receitas e dosagens de
demográfica. remédios.
● Resolver e/ou elaborar problemas que ● Interpretações geométricas.
envolvam relações de proporcionalidade ● Leitura de textos matemáticos e
direta e inversa entre duas ou mais paradidáticos.
grandezas, inclusive escalas, divisão em
partes proporcionais e taxa de variação,
em contextos socioculturais, ambientais
e de outras áreas.
● Compreender as funções como
relações de dependência unívoca entre
duas variáveis e suas representações
numérica, algébrica e gráfica e utilizar
esse conceito para analisar situações que
envolvam relações funcionais entre duas
variáveis.
● Ângulos formados por retas paralelas ● Demonstrar relações simples entre os ● Utilizar software de geometria
intersectadas por uma transversal. ângulos formados por retas paralelas dinâmica (Geogebra, régua e compasso,
● Relações entre arcos e ângulos na cortadas por uma transversal. etc.).
circunferência de um círculo. ● Resolver problemas por meio do ● Explorar o espaço da escola.
● Semelhança de triângulos. estabelecimento de relações entre arcos, ● Corrida de orientação e Enduro a pé
● Relações métricas no triângulo ângulos centrais e ângulos inscritos na (sugestão de atividade interdisciplinar
retângulo. circunferência. com Educação Física e Geografia).
● Teorema de Pitágoras. ● Reconhecer as condições necessárias e ● Utilizar vários instrumentos de
Geometria ● Relações trigonométricas no triângulo suficientes para que dois triângulos medidas em diversas atividades
retângulo. sejam semelhantes. propostas.
● Ângulos notáveis. ● Demonstrar relações métricas do ● Construção de triângulos semelhantes
● Teorema de Tales e retas paralelas triângulo retângulo, entre elas o teorema usando régua, compasso e transferidor,
cortadas por transversais. de Pitágoras, utilizando, inclusive, a utilizando softwares de geometria
● Polígonos regulares. semelhança de triângulos. dinâmica.
● Distância entre pontos no plano ● Resolver e/ou elaborar problemas de ● Construção de figuras espaciais a
cartesiano. aplicação do teorema de Pitágoras. partir de suas planificações.
● Vistas ortogonais de figuras espaciais. ● Resolver e/ou elaborar problemas de ● Uso do Tangram.
514

aplicação envolvendo as relações


trigonométricas no triângulo retângulo.
● Verificação experimental e
demonstração do teorema de Pitágoras.
● Resolver problemas envolvendo
relações de proporcionalidade com retas
paralelas cortadas por transversais.
● Descrever, por escrito e por um
fluxograma, um algoritmo para a
construção de um polígono regular cuja
medida do lado é conhecida, utilizando
régua e compasso.
● Determinar o ponto médio de um
segmento de reta e a distância entre dois
pontos quaisquer no plano cartesiano,
sem o uso de fórmulas, e utilizar esse
conhecimento para calcular, por
exemplo, medidas de perímetros e áreas
de figuras planas construídas no plano.
● Reconhecer vistas ortogonais de
figuras espaciais e aplicar esse
conhecimento para desenhar objetos em
perspectiva.
● Unidades de medida de comprimento ● Reconhecer e empregar unidades ● Utilizar vídeos sobre o universo e
e unidades de medida utilizadas na usadas para expressar medidas muito sobre o microcosmo.
informática. grandes ou muito pequenas, tais como ● Utilizar sólidos geométricos em
● Volume de prismas e cilindros. distância entre planetas e sistemas acrílico para visualização e verificação
solares, tamanho de vírus ou de células, de volumes.
capacidade de armazenamento de ● Confeccionar prismas e cilindros.
Grandezas e Medidas
computadores, entre outros. ● Utilizar software de projeção de
● Resolver e/ou elaborar problemas que sólidos.
envolvam medidas de volumes de
prismas e de cilindros retos, inclusive
com uso de expressões de cálculo, em
situações cotidianas.
● Análise de probabilidade de eventos ● Reconhecer, em experimentos ● Uso de jogos com dados.
Probabilidade e Estatística
aleatórios: eventos dependentes e aleatórios, eventos independentes e ● Simulação de sorteios.
515

independentes. dependentes e calcular a probabilidade ● Leitura e análise de notícias de jornais


● Análise de gráficos divulgados pela de sua ocorrência, nos dois casos. e revistas buscando interpretar
mídia: elementos que podem induzir a ● Analisar e identificar, em gráficos informações matemáticas como gráficos.
erros de leitura ou de interpretação. divulgados pela mídia, os elementos que ● Utilizar planilhas eletrônicas para
● Leitura, interpretação e representação podem induzir, às vezes construção dos gráficos estatísticos.
de dados de pesquisa expressos em propositadamente, erros de leitura, como ● Escolher um tema que desperte a
tabelas de dupla entrada, gráficos de escalas inapropriadas, legendas não consciência crítica e cidadã no aluno.
colunas simples e agrupadas, gráficos de explicitadas corretamente, omissão de ● Utilizar planilhas eletrônicas.
barras e de setores e gráficos pictóricos. informações importantes (fontes e ● Atividade sobre consumo, desperdício
● Planejamento e execução de pesquisa datas), entre outros. e produção de lixo. (sugestão de
amostral e apresentação de relatório. ● Utilizar o conhecimento matemático atividade interdisciplinar com Ciências).
no sentido de relacioná-lo à preservação
do ambiente sustentável (Ex.: analisar
estatísticas de populações de animais e
plantas ameaçadas de extinção).
● Escolher e construir o gráfico mais
adequado (colunas, setores, linhas), com
ou sem uso de planilhas eletrônicas, para
apresentar um determinado conjunto de
dados, destacando aspectos como as
medidas de tendência central.
● Utilizar o conhecimento matemático
para perceber dados numéricos,
estatísticos e outros que revelem
situações presentes em Niterói e no país,
inclusive identificando aquelas que
revelam desigualdades e
marginalizações de identidades plurais.
● Planejar e executar pesquisa amostral
envolvendo tema da realidade social e
comunicar os resultados por meio de
relatório contendo avaliação de medidas
de tendência central e da amplitude,
tabelas e gráficos adequados,
construídos com o apoio de planilhas
eletrônicas.
516

REFERÊNCIAS

CARRAHER, T. N. Na vida dez, na escola zero. 5. ed. São Paulo: Cortez, 1999.

D’AMBROSIO, U. Etnomatemática: elo entre as tradições e a modernidade. Belo


Horizonte: Autêntica, 2011.

KRULIK, S. A resolução de problemas na matemática escolar. São Paulo: Atual, 1998.

MACHADO, N. J. Matemática e Língua Materna: Análise de uma impregnação mútua. 6.


ed. São Paulo: Cortez Editora , 2011.

SKOVSMOSE, O. Educação Matemática Crítica - a Questão de Democracia. São


Paulo: Papirus, 2012.

STRUIK, D. J. História Concisa das Matemáticas. Lisboa: Editora Gradiva, 1989.


517

ÁREA DO CONHECIMENTO: CIÊNCIAS NATURAIS


518

1. CIÊNCIAS

Quando se constrói um referencial curricular, é necessário entender qual é o objetivo


de ensinar determinado componente. Sendo assim, é preciso refletir sobre a seguinte questão:
qual é o sentido de se ensinar Ciências Naturais no Ensino Fundamental? Podemos ser mais
específicos: uma vez que vivemos em um país com dimensões continentais e composto por
realidades tão diversas, qual é o sentido de ensinar Ciências no Ensino Fundamental, no
município de Niterói, Estado do Rio de Janeiro?
Harres (2003) afirma que um dos objetivos principais de se ensinar Ciências é
possibilitar que o estudante desenvolva uma visão adequada sobre a natureza da Ciência,
entendendo, por exemplo, como a ciência é produzida, como funciona a comunidade
científica, como os fatos experimentais se relacionam com as teorias, como o conhecimento é
validado, como é feita a demarcação entre um conhecimento científico e um não-científico.
Em consequência, esse entendimento leva a uma visão mais humana da Ciência e contribui
para a superação da visão distorcida e equivocada, que ainda persiste, de que a ciência tem
validade intrínseca; de que é social, política e economicamente neutra; que é por si só um
critério de validade e que está apartada de qualquer sentimento que não seja frio, lógico e
racional (HARRES, 2003).Além disso, o estudo das Ciências Naturais pode estar relacionado
às demandas de equidade e diversidade, tão necessárias em nossa sociedade, que está em
constante transformação.
Não é recente a necessidade de ampliar a finalidade do ensino de Ciências Naturais
para uma visão que ultrapasse a memorização e a identificação de conceitos, oportunizando
aos discentes questionar, analisar e aplicar o conhecimento científico com o objetivo de
aperfeiçoar não só sua própria qualidade de vida, mas também a da comunidade e a qualidade
socioambiental, sempre respeitando os princípios éticos.
O conhecimento científico sempre esteve relacionado ao desenvolvimento da
sociedade. É necessário que o estudante entenda que a produção do conhecimento é mutável,
não é isenta de interesses e que possui referência com o contexto histórico no qual ele está
sendo produzido e/ou aplicado. O aluno precisa entender como o conhecimento científico é
construído, precisa saber interpretar, analisar, correlacionar e criticar, ou seja, é importante
que, ao longo do Ensino Fundamental, a área de Ciências da Natureza tenha um compromisso
com o desenvolvimento da alfabetização científica.
519

1.1. Alfabetização Científica

A alfabetização científica é o conjunto de conhecimentos que facilita, ao ser humano,


fazer uma leitura do mundo onde vive e também entender a necessidade de transformar esse
mundo para melhor (CHASSOT, 2000). Mais tarde, Chassot (2003) passa a considerá-la
domínio de conhecimentos científicos e tecnológicos necessários para o cidadão desenvolver-
se na vida diária. Este conceito engloba não somente o domínio da linguagem científica, mas
também a capacidade de conversar, discutir, ler e escrever coerentemente em um contexto
não-técnico, mas de forma significativa. Busca o pleno exercício da cidadania e a formação de
indivíduos críticos. Desse modo, acreditamos que a maior função do ensino, incluindo o de
Ciências, é procurar que os alunos sejam cidadãos mais críticos e que os estudantes possam
tornar-se agentes de transformação para progresso do mundo em que vivemos, a fim de
intervir e melhorar a qualidade de vida individual, coletiva e socioambiental, além de respeitar
princípios éticos.
Enfatiza-se que a alfabetização científica é uma atividade vitalícia, sendo
sistematizada no espaço escolar, mas transcendendo suas dimensões para os espaços
educativos não formais, permeados pelas diferentes mídias e linguagens (LORENZETTI;
DELIZOICOV, 2001).
Sendo assim, é importante valorizar metodologias que promovam a formação de
cidadãos críticos. Logo, na educação básica, o ensino de Ciências Naturais é um ato social e
cultural, que oportuniza à população mais uma das formas de conhecer e reconhecer o mundo
no qual vivemos, as relações entre seres e elementos, os diferentes fenômenos e, também,
obviamente, em diversas escalas. Desse modo, é importante valorizar metodologias que
promovam a formação de cidadãos críticos.
As Metodologias Ativas de Aprendizagem são importantes estratégias que
possibilitam a formação de indivíduos independentes, críticos e formadores de opinião. Nelas,
devem-se considerar, conceitualmente, dois atores: o professor, que deixa de ter a função de
proferir ou de ensinar, restando-lhe a tarefa de facilitar o processo de aquisição do
conhecimento; e o aluno, que passa a receber denominações que remetem ao contexto
dinâmico, tais como estudante ou educando. Tudo isso para deixar claro o ambiente ativo,
dinâmico e construtivo que pode influenciar positivamente a percepção de educadores e
educandos. Em síntese, é possível apresentar as metodologias ativas como um grupo de
formas de se apresentar um conteúdo em que os estudantes realizam atividades nas quais são
necessárias a reflexão de ideias e desenvolvimento da capacidade de utilizá-las. Para que
520

ocorra sucesso na aprendizagem, é fator determinante que cada metodologia seja bem
aplicada e bem elaborada pelo professor/facilitador (FARIAS, 2015), o que necessita de
tempo para o desenvolvimento dos profissionais e sua formação continuada. É importante
frisar que o uso de uma metodologia não elimina a possibilidade de combinar outras.
Segundo Krasilchik(2000), a utilização das tecnologias tem papel importante como
modificador da atual relação professor-aluno, porém elas ainda são pouco empregadas como
um meio que possibilite que o aluno deixe a sua atitude passiva de receptor de informações,
para ser aquele que busca, integra e cria. Desse modo, o professor torna-se o que auxilia o
estudante a procurar e a coordenar o que ele aprende. Além disso, vivemos em um mundo
conectado, não é possível que a escola continue à margem da tecnologia. Existem inúmeros
aplicativos, sites, softwares, ferramentas de busca etc. que podem auxiliar o ensino de
Ciências e a inclusão das práticas escolares no mundo digital. Alguns desses elementos estão
em nossas matrizes como forma de sugestões metodológicas. Para isso, é imprescindível que
a Escola do Século XXI tenha pleno e constante acesso de qualidade à rede mundial de
computadores e que existam ambientes e equipamentos atualizados para essas práticas.
Durante muito tempo, o ensino das Ciências Naturais restringia-se ao conhecimento de
conceitos e ao desenvolvimento da capacidade de identificação e de memorização. Porém,
não é novidade a real necessidade de aumentar a finalidade do ensino de Ciências para dar
oportunidades aos estudantes de observar, analisar, questionar e aplicar o conhecimento
científico. E, em consequência, eles conseguirão intervir e melhorar a qualidade de vida
individual, coletiva e socioambiental.
Normalmente, no início da nossa formação, as ciências constituem-se em
conhecimentos capazes de desencadear processos prazerosos, produzindo emoções positivas e
duradouras nos indivíduos. Esse prazer, muitas vezes, vem da manutenção da curiosidade e da
possibilidade de se realizar descobertas. Porém, de maneira muito rápida, o prazer pode ser
transformado em tédio e, em alguns casos, aversão (PIETROCOLA, 2004). Logo, nós,
professores, o que podemos fazer para preservar a curiosidade de nossos alunos? Alunos
curiosos não somente elaboram questionamentos, mas também buscam dinamicamente as
respostas. Sem inquirição, Isaac Newton nunca teria postulado as leis da física; Alexander
Fleming, provavelmente, não teria descoberto a penicilina; e a inovadora pesquisa de Marie
Curie sobre a radioatividade poderia não existir. Em síntese, a curiosidade prepara o cérebro
para a aprendizagem. É preciso que preparemos um processo educativo que possibilite
(re)pensar, (re)interpretar e (re)elaborar o conhecimento, de modo que ações pedagógicas de
difusão e apropriação de conteúdos prontos e finalizados, encontrados na conduta docente e
521

nos currículos de ensino, sejam totalmente reformulados e transformados, conduzindo à


produção do saber (PITANGA, 2015).
Em consonância, a apresentação de atividades diversificadas e de recursos didáticos
variados também contribui para motivar os estudantes, tornando possível atender a diferentes
necessidades e interesses dos alunos. Quando se busca um ensino de qualidade, especialmente
em Ciências, é mister um planejamento que pronuncie Trabalhos de Campo com as atividades
desenvolvidas em classe. As Atividades de Campo permitem a exploração de conteúdos
conceituais, procedimentais e atitudinais. Viveiroe Diniz (2009) deixam claro o quanto esse
tipo de atividade é importante e cara para a área de Ciências Naturais com a seguinte frase:
“Passeio, não! Atividade de campo é uma estratégia de ensino!” (VIVEIRO; DINIZ, 2009,
p.3). Eles também complementam que as atividades de campo compõem relevante estratégia
para o ensino de Ciências Naturais, visto que possibilitam abordar uma grande diversidade de
conteúdos, promovem um fator motivador nos estudantes, permitem o contato direto com o
ambiente e o melhor entendimento dos fenômenos (VIVEIRO; DINIZ, 2009). Desse modo,
ao longo das matrizes do componente curricular Ciências Naturais, apresentamos inúmeras
sugestões metodológicas de Atividades de Campo, que implicam em estratégias adequadas
para o deslocamento dos alunos.
A pura e simples realização de atividades práticas nas aulas de Ciências não soluciona
as dificuldades de aprendizagem dos alunos se não modificarmos a forma de abordar o
conhecimento científico e suas observações, vivências e medições. Esses são eventos que
necessitam de explicações e não devem ser apenas memorizados. É recomendado que
atividades anteriores ao laboratório sejam realizadas com o desígnio de clarificar os objetivos
pretendidos, conhecimentos prévios dos estudantes e suas expectativas em relação ao
fenômeno pesquisado. Após a prática, é indicada a discussão dos resultados obtidos, e
também das limitações da atividade. Para minimizar as concepções errôneas da prática
científica, é mister que o professor distinga, de forma clara, as atividades práticas com
objetivos pedagógicos da investigação experimental executada por cientistas (BORGES,
2002).
Aqui, ressaltamos a importância do suporte dado ao professor na hora da concepção,
elaboração e realização das atividades de experimentação, destacando a presença de
estagiários, graduandos e licenciandos, que atuam nos laboratórios de ciências das nossas
unidades de educação. Nesse sentido, a parceria que vem sendo estabelecida entre professores
e estagiários, para favorecer o trabalho nos laboratórios, apresenta-se como uma experiência
bem-sucedida e que colabora ativamente para o processo de ensino e de aprendizagem.
522

Uma outra estratégia de ensino importante, mas que precisa ser repensada, é a
utilização dos laboratórios escolares. Muitas das vezes, esses espaços ficam subutilizados e
não apresentam resultados significativos no processo de ensino-aprendizagem (BORGES,
2002). No que é denominado laboratório tradicional, o aluno realiza atividades práticas,
envolvendo observações e medidas, acerca de fenômenos previamente determinados pelo
professor (TAMIR, 1991). Porém, atualmente, sabemos que, para o sucesso no processo de
ensino-aprendizagem, o importante não é a manipulação de objetos e materiais concretos, mas
sim o envolvimento e o comprometimento com a busca de respostas/soluções bem articuladas
para as questões colocadas(BORGES, 2002). Consequentemente, metodologias ativas de
caráter investigativo são um caminho para que a utilização dos laboratórios de ciências seja
mais efetiva e que o ensino de ciências deixe de ser descontextualizado, com apenas
apresentação de definições, conceitos, leis e fórmulas. Com essas metodologias, é possível
demonstrar que o conhecimento científico propõe respostas ou novas perguntas para
problemas apresentados na sociedade.
Uma prática que está sendo utilizada em nossa rede de educação, há alguns anos, é a
criação de Clubes de Ciências baseados nas metodologias ativas e investigativas. Nestes, os
alunos ou os professores apresentam um problema que precisa ser resolvido e estabelecem,
em conjunto, que tipos de experimentos podem ser utilizados para solucionar tal questão; em
seguida, realizam pesquisas bibliográficas e leituras. Dessa forma, os alunos podem vivenciar
como o conhecimento científico é produzido na realidade. A partir disso, inúmeros podem ser
os desdobramentos, dentre eles, temos a apresentação dos trabalhos realizados em feiras
científicas, a produção de textos científicos, a elaboração de questões relacionadas aos
assuntos etc. Cabe destacar que a rede de Niterói se diferencia pela existência de laboratórios
de ciências em muitas unidades de educação, e esses ambientes são de extrema importância
para a aprendizagem. Enfatizamos a necessidade de que o docente insista no uso do
laboratório, transformando-o em prática cotidiana, e de que esse ambiente, além de ser
mantido em condições adequadas de uso também seja ampliado para todas as unidades de
educação do Ensino Fundamental.
É importante que o presente referencial curricular assuma o caráter norteador para a
prática docente em Ciências Naturais na Rede Pública Municipal de Educação de Niterói;
para isso, são necessárias a sua apropriação e reflexão por parte de todos os profissionais que
aqui atuam. As matrizes que seguem foram fruto do empenho e dedicação de professores da
Rede Pública Municipal de Educação de Niterói que representaram suas unidades de
educação nos Grupos de Trabalho. Esses profissionais são atuantes e comprometidos com a
523

qualidade do ensino. Não foram esquecidas as novas tecnologias digitais, meios para a real
inclusão de todos os alunos, questões de gênero, relações etnorraciais e educação para riscos.
Neste trabalho, os professores esforçaram-se para dialogar com a Base Nacional Comum
Curricular (BNCC), garantindo que a revisão dos Referenciais Curriculares da Rede Pública
Municipal de Educação de Niterói priorizasse a realidade do trabalho pedagógico
desenvolvido no nosso município.
524

MATRIZ CURRICULAR – CIÊNCIAS

1º CICLO
CIÊNCIAS – 1º ANO

Núcleos Temáticos Objetos de Conhecimento Objetivos de Aprendizagem e Desenvolvimento Propostas Metodológicas

● Características dos diversos


● Investigar as características de diferentes materiais ● Utilização de diferentes linguagens e
materiais, necessidade de obtenção,
presentes em objetos do uso cotidiano e como são mídias tecnológicas como instrumentos
utilização e descarte consciente.
processados. de aprendizagem.
Matéria, Energia e ● Importância da coleta seletivade
● Discutir a real necessidade de obtenção e utilização ● Construção do conhecimento a partir de
suas resíduos para a conservação
de diversos materiais do nosso cotidiano. experiências científicas, que podem
Transformações ambiental,
● Discutir as políticas municipais em relação à acontecer em ambientes externos à sala
desenvolvimentosustentável e
destinação dos resíduos – lixo orgânico (úmido) e de aula (quintal, cozinha, laboratório,
minimização do risco de ocorrência
lixo inorgânico (seco). dentre outros).
de enchentes.
● Visita a espaços não formais de ensino.
● Representações gráficas e artísticas
● Conhecer e caracterizar o ciclo vital dos seres vivos.
comparativas para identificação das
● Compreender o meio ambiente como resultado das
partes do corpo.
interações entre componentes vivos e não vivos.
● Observação da diversidade humana no
● Diversidade da vida. ● Reconhecer e nomear as partes do corpo humano,
planeta por meio de imagens.
● Universo corporal e respeito à trabalhando com as semelhanças e diferenças entre
● Produção coletiva de infográficos sobre
diversidade. os indivíduos.
os principais hábitos de higiene pessoal
Seres Vivos, ● Higiene corporal e dos espaços do ● Estimular hábitos de higiene, destacando sua
e do ambiente.
Ambiente e cotidiano do aluno. importância na prevenção de doenças.
● Uso da pirâmide alimentar como
Evolução ● Fomentar hábitos de alimentação saudável,
modelo explicativo dos tipos de
considerando a realidade do aluno.
alimentos e suas quantidades
● Introduzir o conceito de risco biológico em
recomendadas.
ambientes escolares, tais como: cárie, pediculose,
● Discussão e identificação de problemas
escabiose e demais doenças infantis.
de percepção da vida vegetal (cegueira
● Reconhecer no ambiente as diferentes formas de
botânica - não percepção dos vegetais
vida: vegetais e animais.
525

como seres vivos componentes do


ambiente, principalmente na presença
concomitante de animais).
● Uso de mídias e internet (sugestão:
● Reconhecer o planeta como um sistema de Google Earth, Stellarium, Celestia, Sky
interações entre os seres vivos e os fatores Map)
● Fenômenos naturais (dia e noite,
ambientais. ● Pesquisa de dúvidas em cada objeto de
fases da Lua, estações do ano e
● Observar os fenômenos naturais, diferenciando as conhecimento.
condições do tempo).
fases da Lua e as estações do ano. ● Trabalhos de campo em museus,
● Ambientes construídos pelo ser
Universo e Terra ● Introduzir o conceito de risco climático, observatórios, planetários e outros.
humano e demais intervenções sobre
relacionando-o às mudanças climáticas, em especial, ● Rodas de conversa sobre os impactos
o meio natural.
ao aquecimento global. ambientais e seus riscos presentes no
● Considerar os riscos envolvidos nas mudanças cotidiano da Cidade de Niterói
estruturais feitas pelo ser humano nos ambientes (aumento da ocorrência de doenças
naturais. tropicais; epidemias; enchentes,
deslizamentos e suas consequências).
● Estimulação da produção coletiva de
textos (rodas de conversa e professor
como escriba).
526

1º CICLO
CIÊNCIAS – 2º ANO

Núcleos Temáticos Objetos de Conhecimento Objetivos de Aprendizagem e Desenvolvimento Propostas Metodológicas

● Identificar de que materiais (metais, madeira, vidro,


● Leitura de manuais de utilização de
plástico etc.) são feitos os objetos que fazem parte da
equipamentos.
vida cotidiana, como esses objetos são utilizados e
● Construção de maquetes com
com quais materiais eram produzidos no passado.
materiais recicláveis e pequenos
● Propor o uso de diferentes materiais para construção
objetos.
Matéria, Energia e ● Propriedades e usos dos materiais. de objetos de uso cotidiano, tendo em vista algumas
● Leitura de livros infantis sobre os
suas Transformações ● Prevenção de acidentes domésticos. propriedades desses materiais (flexibilidade, dureza,
temas ambientais e de saúde.
transparência etc.).
● Produção de textos instrucionais sobre
● Discutir cuidados necessários à prevenção de
hábitos de higiene (por exemplo, como
acidentes domésticos (objetos perfurocortantes,
lavar as mãos corretamente).
inflamáveis, eletricidade, produtos químicos tóxicos
● Realização de projetos e campanhas.
– de limpeza, por exemplo - medicamentos etc.).
● Produção coletiva de textos.
● Utilização de diferentes linguagens
● Descrever características de plantas e animais
(música, dança, teatro etc.).
(tamanho, forma, cor, fase da vida, local onde se
● Utilização de softwares e recursos
desenvolvem etc.) que fazem parte do seu cotidiano
tecnológicos que ilustrem as questões.
e relacioná-las ao ambiente em que vivem.
● Construção do conhecimento através
● Identificar as principais partes de uma planta (raiz,
de experiências científicas.
caule, flores e frutos), a função desempenhada por
● Realização de atividade integrada com
cada uma delas e analisar as relações entre as
a história da construção do
plantas, o ambiente e os demais seres vivos.
● Seres vivos: animais e plantas. conhecimento de que a Terra é
Seres Vivos, ● Investigar a importância da água e da luz para a
● Corpo humano. redonda.
Ambiente e Evolução manutenção da vida na Terra.
● Meio ambiente: recursos naturais. ● Pesquisar dúvidas em cada objeto de
● Identificar o esquema corporal (partes do corpo
conhecimento.
humano), bem como os cuidados que devemos ter
● Construção de maquetes.
com ele.
● Uso de mídias e internet (sugestão:
● Aprofundar a discussão sobre hábitos de higiene e
Google Earth, Stellarium, Celestia,
participar de campanhas de prevenção de doenças.
Sky Map)
● Estabelecer a relação entre o ser humano e os demais
● Trabalhos de campo em museus,
seres vivos, com vistas ao meio ambiente e a um
observatórios, planetários e outros,
conceito mais amplo de saúde.
527

● Perceber o ambiente através dos sentidos e visando a construção do


compreender a percepção do ambiente por pessoas conhecimento.
com limitações sensoriais.
● Estudar ambientes diferentes presentes no bairro,
assim como os recursos disponíveis.
● Identificar problemas e discutir formas de cuidados
com o meio ambiente, objetivando minimizar
situações de risco ambiental.

● Desenvolver noções básicas de Sistema Solar.


● Identificar os movimentos do planeta e associá-los à
sucessão de tempo (dias e noites, estações do ano).
● Familiarização com o modelo esférico do planeta
● Sistema Solar.
Terra.
Universo e Terra ● Movimento aparente do Sol no céu.
● Estudar a importância do Sol para a saúde óssea e o
● Sol como fonte de luz e calor.
risco dos seus excessos.
● Comparar os efeitos da radiação solar (aquecimento
e reflexão) em diferentes tipos de superfície (água,
areia, solo, superfícies escuras, clara e metálica etc.).
528

1º CICLO
CIÊNCIAS – 3º ANO

Núcleos Temáticos Objetos de Conhecimento Objetivos de Aprendizagem e Desenvolvimento Propostas Metodológicas

● Produzir diferentes sons a partir da vibração de


● Utilização de softwares e recursos
variados objetos e identificar variáveis que influem
tecnológicos que ilustrem as questões.
nesse fenômeno.
● Construção do conhecimento através de
● Experimentar e relatar o que ocorre com a passagem
experiências científicas.
da luz através de objetos transparentes (copos,
● Leitura de livros infantis sobre os temas.
Matéria, Energia e ● Produção de som. janelas de vidro, lentes, prismas, água etc.) e na
● Produção coletiva de textos.
suas ● Efeitos da luz. intersecção com objetos opacos (paredes, pratos,
● Utilização de diferentes linguagens
Transformações ● Saúde auditiva e visual. pessoas e outros objetos do cotidiano).
(música, dança, teatro etc.).
● Discutir hábitos necessários para manutenção da
● Construção de maquetes com materiais
saúde auditiva e visual, considerando as condições do
recicláveis.
ambiente em termos de som e luz, bem como
● Coleta de fotos e figuras de diferentes
compreender as especificidades de pessoas com
fases da vida dos seres humanos.
deficiência auditiva e visual.
● Produção de cartazes de conscientização
sobre a importância da manutenção de
● Reconhecer a importância da conservação do meio
hábitos de higiene como forma de
ambiente, estimulando e adotando ações afirmativas
prevenção contra doenças causadas por
de sua preservação,e também identificando possíveis
microrganismos como, por exemplo, a
situações de risco e suas formas de prevenção.
gripe, o resfriado, a COVID-19 etc.
● Estudar os diferentes ambientes (aquáticos, terrestres
● Seres vivos e ambientes. ● Análise e discussão crítica de imagens
e aéreos) em quevivem os seres vivos.
● Características e desenvolvimento preconceituosas sobre corpo, crença,
● Identificar características sobre o modo de vida (o
dos animais. gênero, sexualidade. etnia e outras que
Seres Vivos, que comem, como se reproduzem, como se deslocam
● Ser humano, saúde e higiene. apareçam em brincadeiras, em situações
Ambiente e etc.) dos animais mais comuns no ambiente próximo.
● Impactos e riscos ambientais. cotidianas etc.
Evolução ● Descrever e comunicar as alterações que ocorrem
● Ecossistemas. ● Visita a espaços não formais de ensino.
desde o nascimento em animais de diferentes meios
● Comparação de diferentes amostras de
(terrestres e aquáticos), inclusive o ser humano.
solo do entorno da escola, com base em
● Discutir e motivar comportamentos favoráveis à vida
características como cor, textura, cheiro,
saudável (prática de atividades física, hábitos de
tamanho das partículas,
higiene, alimentação balanceada etc.).
permeabilidadeetc.
● Associar a importância da manutenção de hábitos de
● Identificação de diferentes usos do solo
higiene saudáveis à prevenção de doenças causadas
529

por microrganismos como, por exemplo, a gripe, o (plantação e extração de materiais,


resfriado, a COVID-19 etc. dentre outras possibilidades)
● Valorizar a diversidade de modo a combater reconhecendo a importância do solo
preconceitos e apreciar a pluralidade humana. para a vida.
● Compreender que os processos da natureza não são ● Uso de mídias e internet (sugestão:
estanques, nem no tempo, nem no espaço. Google Earth, Stellarium, Celestia, Sky
● Identificar como a ação antrópica pode favorecer a Map).
formação de possíveis áreas de risco. ● Apresentação de argumentos e
● Apresentar os diferentes ecossistemas brasileiros. evidências que demonstrem a
esfericidade da Terra.
● Identificar características do planeta: formato ● Trabalhos de campo em museus,
esférico, presença de água, solo etc., com base na observatórios, planetários e outros,
observação, manipulação e comparação de diferentes visando a construção do conhecimento.
● Características da Terra. formas de representação do planeta (mapas, globos, ● Utilização de diferentes linguagens
Universo e Terra
● Observação do céu. fotografias etc.) (música, dança, teatro etc.).
● Observar, identificar e registrar os períodos diários
(dia/noite) em que o Sol, demais estrelas, Lua e
planetas estão visíveis no céu.
530

2º CICLO
CIÊNCIAS – 4º ANO

Núcleos Temáticos Objetos de Conhecimento Objetivos de Aprendizagem e Desenvolvimento Propostas Metodológicas

● Identificar misturas na vida diária, com base em suas


● Realização de experimentos.
propriedades físicas observáveis, reconhecendo sua
● Utilização de diversos tipos de mídias e
composição.
tecnologias como instrumento de
● Testar e relatar transformações nos materiais do dia a
aprendizagem.
dia quando expostos a diferentes condições
● Produção individual e coletiva de textos.
(aquecimento, resfriamento, luz e umidade).
● Exploração de diferentes ambientes da
● Concluir que algumas mudanças causadas por
Unidade Escolar.
aquecimento ou resfriamento são reversíveis (como
● Misturas. ● Visitas a Unidades de conservação.
as mudanças de estado físico da água) e outras não
● Transformações reversíveis ● Visitas a Estações de Tratamento de
(como o cozimento do ovo, a queima do papel etc.).
eirreversíveis. água e esgoto.
Matéria, Energia e ● Caracterizar os diferentes elementos e componentes
● Meio ambiente. ● Realização de projetos e campanhas de
suas Transformações do meio ambiente e sua importância.
● Água e solo. promoção à saúde.
● Reconhecer a importância da preservação e
● Estados físicos da matéria (uso e ● Utilização de diferentes linguagens
conservação do Meio Ambiente.
preservação). (música, dança, teatro etc.).
● Analisar o solo, seus diferentes tipos (arenoso,
● Realização de atividades práticas para a
argiloso e humífero).
identificação das etapas de mudanças do
● Reconhecer os diferentes estados físicos da matéria e
estado físico da matéria.
entender os processos de mudanças.
● Produção de cartazes.
● Analisar a água, seus estados físicos e características,
● Pesquisa de alternativas tecnológicas
formas como é encontrada na natureza,
que proponham soluções para
consequências da sua ausência e maus usos.
problemas ambientais do Município.
● Entender a água potável como recurso finito.
● Identificação dos pontos cardeais, com
base no registro das diferentes posições
● Microrganismos. ● Verificar a participação de microrganismos na
relativas do Sol e da sombra de uma
● Seres vivos e elementos não vivos. produção de alimentos, combustíveis, medicamentos
vara (gnômon).
● Plantas, animais vertebrados e entre outros.
● Comparação entre as indicações dos
Seres Vivos, invertebrados. ● Introduzir o conceito de vírus a partir dos
pontos cardeais resultantes da
Ambiente e Evolução ● Ecossistemas. conhecimentos prévios dos alunos a respeito dos
observação das sombras de uma vara
● Poluição. vírus que infectam computadores.
(gnômon) com aquelas obtidas por meio
● Saneamento básico, Saúde, Funções ● Estabelecer as principais diferenças entre os vírus e
de uma bússola.
vitais do corpo humano e Higiene. os demais microrganismos.
531

● Exemplificar as doenças mais comuns causadas por ● Realização de trabalho interdisciplinar


vírus, (destacando a gripe, o resfriado e a COVID- sobre pontos cardeais, com a disciplina
19, por exemplo). de Geografia.
● Propor, a partir do conhecimento das formas de ● Uso de mídias e internet (sugestão:
transmissão de alguns microrganismos (vírus, Google Earth, Stellarium, Celestia, Sky
bactérias e protozoários) atitudes e medidas Map)
adequadas para a prevenção de doenças a eles ● Trabalhos de campo em museus,
associadas. observatórios, planetários e outros,
● Relacionar a participação de fungos e bactérias no visando a construção do conhecimento.
processo de decomposição, reconhecendo a ● Construção de maquetes do Sistema
importância ambiental deste processo. Solar.
● Classificar os animais e as plantas, a partir de suas ● Elaboração de uma tabela comparativa
características mais simples. entre os vírus de computador e os vírus
● Diferenciar os grupos dos seres vivos e dos biológicos.
ecossistemas, identificando semelhanças e ● Construção de modelos de
diferenças. microrganismos a partir de materiais
● Reconhecer a diversidade de comportamentos dos concretos (sucata, massa de modelar
seres vivos, a partir da sua necessidade de luz, água e etc.)
períodos do dia e da noite, discutindo aspectos
culturais relacionados a estas questões.
● Estabelecer relação de dependência dos vegetais em
relação à luz (fotossíntese).
● Compreender as relações entre água, calor, luz, seres
vivos, solo e outros materiais na dinâmica ambiental.
● Compreender a interdependência dos seres vivos.
● Identificar os impactos da ação do ser humano no
ambiente.
● Investigar consequências da erosão para o meio
ambiente.
● Identificar problemas ambientais no município de
Niterói (por ex.: poluição, falta de saneamento
básico etc.) e buscar propostas de soluções para eles.
● Reconhecer as funções vitais do corpo humano,
relacionando seu equilíbrio à manutenção da saúde.
● Reconhecer as principais áreas de risco existentes no
Município de Niterói.
532

● Relacionar a saúde ao equilíbrio (homeostase) do


corpo e do meio ambiente.
● Reconhecer e desenvolver ações que favoreçam a
saúde e higiene.

● Identificar os Pontos Cardeais.


● Associar os movimentos cíclicos da Lua e da Terra a
períodos regulares e ao uso desse conhecimento para
a construção de calendários em diferentes culturas.
● Identificar o Sol, os planetas e seus satélites como
constituintes do Sistema Solar e, consequentemente,
● Pontos Cardeais. da galáxia Via Láctea.
● Fenômenos cíclicos: calendários, ● Compreender que vivemos na superfície da Terra
estações do ano, dia e noite que é um planeta do Sistema Solar.
associados com a cultura. ● Entender que por estarmos na superfície da Terra,
Universo e Terra
● Universo e seus corpos celestes. precisamos compreender os tipos e possíveis formas
● Movimentos da Terra e da Lua. de utilização do solo, seu manejo sustentável e
● Fases da Lua. prevenção de riscos ambientais.
● Usos do solo. ● Identificar os dois movimentos simultâneos
realizados pela Terra: Rotação e Translação, e suas
● decorrências: Calendários, Estações do ano, Dia e
Noite.
● Identificar a Lua como satélite da Terra. Reconhecer
as fases da Lua, conhecer seus movimentos e
entender os Eclipses.
2º CICLO
CIÊNCIAS – 5º ANO
533
Núcleos Temáticos Objetos de Conhecimento Objetivos de Aprendizagem e Desenvolvimento Propostas Metodológicas

● Explorar fenômenos da vida cotidiana que ● Identificação e relato do uso de


evidenciam propriedades físicas dos materiais – materiais em objetos mais utilizados no
● Propriedades físicas dos materiais. como densidade, condutibilidade térmica e elétrica, cotidiano e associar as escolhas desses
● Ciclo hidrológico. respostas a forças magnéticas, solubilidade, respostas materiais pelas suas propriedades para o
● Consumo consciente. a forças mecânicas (dureza, elasticidade etc.), entre fim desejado (como, por exemplo, a
● Reciclagem. outras. condutibilidade elétrica em fiações, a
● A matéria e suas transformações de ● Aplicar os conhecimentos sobre as mudanças de dureza de determinados materiais em
estado físico. estado físico da água para explicar o ciclo aplicações na infraestrutura de casa ou
● A água e suas características. hidrológico e analisar suas implicações na construção de instrumentos de trabalho
● O ar e suas características. agricultura, no clima, na geração de energia elétrica, no campo, na indústria, entre outras).
● O solo e suas características. no provimento de água potável e no equilíbrio dos ● Realização de experiências para analisar
● Recursos naturais renováveis ou não. ecossistemas regionais (ou locais). a possibilidade de mudanças de estado
● Fontes alternativas de energia. ● Ampliar o conceito de mudança de estado físico, físico em laboratório.
● Sustentabilidade. explorando a possibilidade de outros materiais ● Conhecimento de como são feitos o
passarem pelos processos estudados e a importância vidro, o plástico e o leite em pó por
deste conhecimento para o desenvolvimento do meio de vídeos e debater curiosidades.
homem (Setores de produção como indústria ● Análise e debate de notícias sobre
Matéria, Energia e
metalúrgica, alimentícia etc.). alterações no ciclo das chuvas,
suas Transformações
● Identificar os principais usos da água e de outros diferentes fenômenos climáticos em
materiais nas atividades cotidianas para discutir e regiões do Brasil.
propor formas sustentáveis de utilização desses ● Utilização de vídeos informativos,
recursos. lúdicos sobre o consumo consciente da
● Construir propostas coletivas para um consumo mais água no cotidiano e sobre a água na
consciente e criar soluções tecnológicas para o indústria.
descarte adequado e a reutilização ou reciclagem de ● Montagem de cartazes e murais para
materiais consumidos na escola e/ou na vida expor para a comunidade os novos
cotidiana. conhecimentos com os costumes de
● Problematizar o uso da água pela indústria e o nossa sociedade.
silenciamento da mídia sobre a questão, discutir o ● Realização de Feira de Ciências.
uso da água de forma direta ou indireta na produção ● Leitura de livros, utilização de fotos e
de bens ou serviços. imagens.
● Solo: Compreender que alteração das rochas ● Produção coletiva e individual de
contribui para a formação do solo. textos.
● Conhecer as funções do solo. ● Uso da pirâmide alimentar como
● Identificar e compreender as relações entre solo, modelo explicativo dos tipos de
534

água e seres vivos nos fenômenos de escoamento da alimentos e suas quantidades


água, erosão e fertilidade dos solos, nos ambientes recomendadas.
urbano e rural. ● Utilização de diferentes linguagens
● Selecionar argumentos que justifiquem a importância (música, dança, teatro etc.).
da cobertura vegetal para a manutenção do ciclo da ● Realização de campanhas e projetos.
água, a conservação dos solos, dos cursos de água e ● Uso de mídias e internet (sugestão:
da qualidade do ar atmosférico. Google Earth, Stellarium, Celestia, Sky
● Compreender a importância dos movimentos Map)
ambientais, incluindo a atuação de comunidades ● Trabalhos de campo em museus,
indígenas, quilombolas e caiçaras. Conhecer os de observatórios, planetários e outros,
maior atuação no Brasil. visando a construção do conhecimento.
● Problematizar a relação do sistema de consumo ● Realização de pesquisas e Seminários.
vigente e os danos ao meio ambiente. ● Construção do conhecimento através de
● Reconhecer que a exploração dos recursos naturais é experiências científicas.
consequência do avanço da humanidade. ● Projeção e construção de dispositivos
● Conhecer fontes “limpas” de energia, debater as para observação à distância (luneta,
fontes de energia “sujas”, compreender o porquê periscópio etc.), para observação
desses termos e discutir formas de diminuir os ampliada de objetos (lupas,
impactos ambientais, tendo como objetivo a redução microscópios) ou para registro de
de possíveis riscos. imagens (máquinas fotográficas) e
discutir usos sociais desses dispositivos.
● Nutrição do organismo. ● Compreender que as funções vitais requerem ● Produção de um jogo de tabuleiro sobre
● Hábitos alimentares. energia. a pandemia de COVID-19 (ou outra
● Integração entre sistemas digestório, ● Relacionar a nutrição do corpo humano à interação doença causada por algum
respiratório e circulatório. entre os sistemas digestório, respiratório, microrganismo).
● Cadeias alimentares simples. cardiovascular e urinário, para compreender o corpo
● As plantas: classificação, hábitat, como um todo integrado: transformações sofridas
composição, reprodução pelo alimento na digestão e na respiração, transporte
Seres Vivos,
efotossíntese. dos materiais pela circulação e eliminação de
Ambiente e Evolução
● Os animais: classificação, hábitat, resíduos pela urina.
espécie, reprodução e alimentação. ● Avaliar como a mídia e outros fatores culturais
● Interação entre os seres vivos: influenciam as escolhas que fazemos e como elas
equilíbrio dinâmico (cadeia e teia afetam a saúde e o equilíbrio dos sistemas do corpo
alimentar, relações entre os seres humano.
vivos, ciclos de vida e ecossistema). ● Compreender que o uso de drogas afeta os processos
● Nosso corpo e seus sistemas. vitais e as relações sociais.
535

● Ser humano e saúde. ● Discutir a ocorrência de distúrbios nutricionais


(como obesidade, subnutrição etc.) entre crianças e
jovens a partir da análise de seus hábitos (tipos e
quantidade de alimento ingerido, prática de atividade
física etc.).
● Conhecer a diversidade de ambientes e seres vivos
existentes na Biosfera.
● Conhecer as relações entre as características entre os
seres vivos e seu habitat.
● Analisar e construir cadeias alimentares simples,
reconhecendo a posição ocupada pelos seres vivos
nessas cadeias e o papel do Sol como fonte primária
de energia na produção de alimentos.
● Relacionar os regimes alimentares dos animais com
a variedade de comportamentos que apresentam.
● Identificar mudanças no comportamento dos animais
resultantes de alterações no meio e analisar
desequilíbrio ecológico causado pelo desmatamento
para a expansão urbana, implantação de hidrelétricas,
mineração etc.
● Conhecer as principais manifestações de poluição
com o objetivo de proteger a saúde e a integridade do
meio.
● Compreender a importância do conhecimento dos
micro-organismos causadores de doenças de maneira
que seja possível prevenir os seus efeitos.
● Diferenciar epidemias de pandemias e discutir
comoelas podem afetar o modo de vida de uma
população (destacando a recente pandemia de
COVID-19).
● Reconhecer os diferentes tipos de reprodução.
536

● Identificar algumas constelações no céu, com o apoio


de recursos (como mapas celestes e aplicativos
digitais, entre outros), e os períodos do ano em que
elas são visíveis no início da noite.
● Associar o movimento diário do Sol e das demais
estrelas no céu ao movimento de rotação da Terra.
● Afirmar e demonstrar a esfericidade da Terra.
● Constelações e mapas celestes.
● Concluir sobre a periodicidade das fases da Lua, com
● Instrumentos ópticos.
Universo e Terra base na observação e no registro das formas
● Mudanças climáticas globais.
aparentes da Lua no céu ao longo de, pelo menos,
● Introdução à história da Astronomia.
dois meses.
● Compreender como as fases da lua influenciam as
marés.
● Entender como as mudanças climáticas geram
impactos ambientais que potencializam situações de
risco (enchentes, enxurradas, movimentos de massa
etc.) nos grandes centros urbanos.
537

3º CICLO
CIÊNCIAS – 6º ANO

Núcleos Temáticos Objetos de Conhecimento Objetivos de Aprendizagem e Desenvolvimento Propostas Metodológicas


● Valorizar os saberes e questionamentos dos alunos, ● Coleta de dados e análise, para a
para que assim possam chegar às suas conclusões de produção de conhecimento.
forma autônoma. ● Utilização de diferentes linguagens e
● Desenvolver a capacidade crítica para avaliar a mídias tecnológicas como instrumento
veracidade das informações veiculadas nos de aprendizagem.
diferentes meios de comunicação. ● Trabalho de Campo no Parque das
● Saber distinguir fontes de informações confiáveis Águas de Niterói.
das não confiáveis. ● Trabalho de Campo em Estações de
● Classificar como homogênea ou heterogênea a Tratamento de Água e/ou Esgoto.
mistura de dois ou mais materiais (água e sal, água e ● Estudo sobre as fontes de água
● Conhecer as formas de produção do
óleo, água e areia etc.). existentes em Niterói.
conhecimento científico.
● Identificar evidências de transformações químicas a ● Trabalho de Campo para conhecer os
● Misturas homogêneas e
partir do resultado de misturas de materiais que rios que abastecem com água a cidade
heterogêneas.
originam produtos diferentes dos que foram de Niterói.
● Separação de materiais.
Matéria, Energia e misturados (mistura de ingredientes para fazer um ● Realização de Práticas Experimentais.
● Materiais sintéticos.
suas Transformações bolo, mistura de vinagre com bicarbonato de sódio ● Realização de Feiras e Mostras como
● Transformações químicas.
etc.). prévia da apresentação de trabalhos.
● Hidrosfera.
● Selecionar métodos mais adequados para a separação ● Participação na programação da Semana
● Água e poluição.
de diferentes sistemas heterogêneos a partir da Nacional de Ciência e Tecnologia em
● Risco de poluição da água em
identificação de processos de separação de materiais, Niterói.
enchentes.
tais como a produção de sal de cozinha, a destilação ● Produção de textos em grupo e
de petróleo, entre outros. individuais.
● Associar a produção de medicamentos e outros ● Construção de vários terrários, cada um
materiais sintéticos ao desenvolvimento científico e deles excluindo um dos fatores que
tecnológico, reconhecendo benefícios e avaliando possibilitam a vida na Terra (um sem
impactos socioambientais. luz, outro sem água, outro com solo
● Compreender os processos dinâmicos da hidrosfera. pobre em nutrientes etc.).
● Identificar os processos de separação de mistura e as ● Atividades que promovam a Educação
transformações químicas existentes nas etapas do Ambiental crítica em relação ao uso
tratamento de água e de esgoto. indevido da água, mudanças climáticas,
538

● Compreender e analisar as características físico- redução do consumo, destino correto do


químicas da água, seu ciclo, analisando a função do lixo, preservação das encostas e redução
seu tratamento. do desmatamento, dentre outros
● Analisar a trajetória da água e a interferência assuntos.
humana. ● Aulas práticas no laboratório sobre as
● Discutir o tratamento da água, avaliando sua misturas e seus processos de separação.
eficáciae consequências para a saúde. ● Aulas práticas (em laboratório, em sala
e nos espaços da escola) que viabilizem
● Explicar a organização básica das células e seu papel
a compreensão e diferenciação dos
como unidade estrutural e funcional dos seres vivos.
diversos tipos de materiais e os riscos a
● Entender que os seres vivos são constituídos de
eles relacionados.
células, exceto os vírus.
● Uso de lupas, microscópios ópticos e
● Compreender as principais características dos vírus.
estereoscópicos em aulas práticas.
● Identificar as características dos seres vivos.
● Atividade fora da sala de aula com o
● Classificar os seres vivos quanto ao tipo celular.
objetivo de se reconhecer as formas de
● Concluir, com base na análise de ilustrações e/ou
vida presentes, sejam elas macro ou
modelos (físicos ou digitais), que os organismos são
microscópicas.
um complexo arranjo de sistemas com diferentes
● Construção de um mapa mental sobre os
● Célula como unidade da vida. níveis de organização.
vírus.
● Teoria Celular. ● Justificar o papel do sistema nervoso na coordenação
● Atividade prática para percepção do ato
● Vírus. das ações motoras e sensoriais do corpo, com base
reflexo.
● Níveis de organização dos seres na análise de suas estruturas básicas e respectivas
Seres Vivos, Ambiente ● Experimentos que demonstrem
vivos. funções.
e Evolução alterações perceptíveis, tais como
● Sistema nervoso. ● Explicar a importância da visão, audição, olfato,
aumento da frequência cardíaca,
● Sistema Sensorial e lentes corretivas. paladar e tato na interação do organismo com o meio
aumento da salivação, ligados à
● Sistema locomotor e máquinas e, com base no funcionamento do olho humano e
percepção e interpretação do sistema
simples. demais órgãos dos sentidos; selecionar lentes
nervoso ao que é internalizado através
adequadas para correção de diferentes defeitos da
dos sons, imagens, sabores ou odores.
visão.
● Promoção de momentos de discussão e
● Deduzir que a estrutura, a sustentação e a
reflexão que auxiliem os estudantes a
movimentação dos animais resultam da interação
construírem, por si mesmos, o conceito
entre os sistemas muscular, ósseo e nervoso.
de integração entres os sistemas, de
● Explicar como o funcionamento do sistema nervoso
forma a dar exemplos das situações em
pode ser afetado por substâncias psicoativas.
que ocorrem.
● Discutir a aplicação, ao longo da história, das
● Explicação simplificada de como
máquinas simples e propor soluções e invenções para
determinados medicamentos e/ou
a realização de tarefas mecânicas cotidianas.
539

● Identificar as diferentes camadas que estruturam o substâncias psicoativas podem alterar o


planeta Terra (da estrutura interna à atmosfera) e comportamento, as percepções e
suas principais características. sensações e quais riscos envolvem.
● Identificar diferentes tipos de rocha, relacionando a ● Promoção em sala de aula e no espaço
formação de fósseis a rochas sedimentares em escolar do reconhecimento de algumas
diferentes períodos geológicos. das máquinas simples mais conhecidas e
● Selecionar argumentos e evidências que demonstrem analisar seu funcionamento.
a esfericidade da Terra. ● Apresentação de vídeos e slides sobre a
● Discutir o heliocentrismo e o geocentrismo, estrutura e formação do planeta Terra,
conhecendo a revolução causada e a importância bem como das placas tectônicas e deriva
histórica do pensamento de Nicolau Copérnico. continental.
● Entender a importância da metodologia científica, ● Proposição de atividades de
diferenciando teoria científica de especulação. reconhecimento dos variados tipos de
● Interpretar fenômenos naturais, tais como vulcões, rochas, com a participação ativa dos
● Forma, estrutura e movimentos da
terremotos e tsunamis e justificar a rara ocorrência alunos que tragam de suas casas
Terra.
desses fenômenos no Brasil, com base no modelo exemplares para a realização da aula.
● Placas tectônicas e deriva
das placas tectônicas. Dessa maneira haverá a possibilidade de
continental.
● Justificar o formato das costas brasileira e africana traçar um pequeno e “prévio perfil” das
● Fenômenos naturais (vulcões,
Universo e Terra com base na teoria da deriva dos continentes. rochas da localidade da escola e/ou do
terremotos e tsunamis).
● Analisar a origem e formação da crosta terrestre e município de Niterói.
● Solo.
dos diferentes tipos de solos. ● Realização de experimento que
● Riscos estruturais.
● Discutir o papel e formação dos minerais, minérios e demonstre que as mudanças na sombra
● Movimentos tectônicos e suas
combustíveis. de uma vara (gnômon) ao longo do dia
consequências.
● Analisar as características do solo, discutindo efeitos em diferentes períodos do ano são uma
dos riscos gerados pela poluição e sua degradação, evidência dos movimentos relativos
propondo formas de reverter estes processos. entre a Terra e o Sol, que podem ser
● Compreender a relação da poluição e contaminação explicados por meio dos movimentos de
do solo às consequências diretas e indiretas nas rotação e translação da Terra e da
águas subterrâneas, rios, lagos, mares e oceanos. inclinação de seu eixo de rotação em
● Analisar o solo, discutindo erosão e intemperismo relação ao plano de sua órbita em torno
(físico, químico e biológico). do Sol.
● Compreender os fósseis: o processo de formação, ● Apresentação de documentários, vídeos,
rochas onde ocorrem, importância para a slides, que promovam a reflexão crítica
compreensão dos processos evolutivos tanto da Terra dos educandos com relação à poluição
quanto dos seres vivos. do solo.
● Conceituar riscos ambientais, diferenciar os tipos e ● Construção de terrários experimentais
exemplificar casos ocorridos no Brasil, em especial que possam explicar como
540

na cidade de Niterói. intemperismo e outros fatores


● Sensibilizar para formas de prevenção e favorecem a erosão.
minimização de riscos. ● Proposição de atividades de
● Relacionar a contaminação da água com o descarte experimentação que ajudem o aluno a
de lixo e com a existência de lixões. compreender o processo de fossilização
● Identificar situações de risco. e formação do petróleo e do carvão
vegetal.
541

3º CICLO
CIÊNCIAS – 7º ANO

Núcleos Temáticos Objetos de Conhecimento Objetivos de Aprendizagem e Desenvolvimento Propostas Metodológicas

● Desenvolver a capacidade crítica para avaliar a


● Coleta de dados e análise, para a
veracidade das informações veiculadas nos diferentes
produção de conhecimento.
meios de comunicação.
● Realização de pesquisas, tirando
● Saber distinguir fontes de informações confiáveis das
conclusões de forma autônoma.
não confiáveis.
● Realização de roda de debates sobre
● Compreender a relação dos conceitos de Matéria e
como o conhecimento científico interfere
Energia com a vida.
na vida cotidiana de cada um. Pode-se
● Diferenciar temperatura, calor e sensação térmica nas
reunir reportagens e matérias científicas e
diferentes situações de equilíbrio termodinâmico
compor um painel comparando ao
cotidianas.
processo de elaboração do Método
● Conhecer as formas de produção do ● Utilizar o conhecimento das formas de propagação do
Científico.
conhecimento científico. calor para justificar a utilização de determinados
Matéria, Energia e ● Demonstração da posição do planeta
● Formas de propagação do calor. materiais (condutores e isolantes) na vida cotidiana,
suas Transformações Terra em uma zona ‘habitável’ com uso
● Equilíbrio termodinâmico e vida na explicar o princípio de funcionamento de alguns
de planetário. Relacionar a importância
Terra. equipamentos (garrafa térmica, coletor solar etc.) e/ou
da água em estado líquido para a
construir soluções tecnológicas a partir desse
manutenção da vida como conhecemos.
conhecimento.
● Utilização de vídeos, softwares livres,
● Avaliar o papel do equilíbrio termodinâmico para a
aplicativos e busca na internet visando a
manutenção da vida na Terra, para o funcionamento de
apresentação ou reforço de conteúdos.
máquinas térmicas e em outras situações cotidianas.
● Realização de caminhadas ecológicas.
● Comparar o uso de diferentes tipos de combustíveis e
● Práticas experimentais que abordem os
máquinas térmicas ao longo do tempo, para avaliar
conteúdos.
avanços, questões econômicas e problemas
● Produção de textos, vídeos, imagens e
socioambientais causados pela produção e uso desses
questões.
materiais e máquinas.
● Realização de Feiras, Mostras e Semanas
Científicas.
● Diversidade de ecossistemas. ● Caracterizar os principais ecossistemas brasileiros
● Participação na programação da Semana
● Cadeias e teias alimentares. quanto à paisagem, à quantidade de água, tipo de solo,
Seres Vivos, Ambiente Nacional de Ciência e Tecnologia de
● Riscos da perda da biodiversidade. disponibilidade de luz solar, à temperatura etc.,
e Evolução Niterói.
● Sistema digestório. correlacionando essas características aos seres vivos
● Utilização das mídias e tecnologias da
● Classificação e evolução dos seres que os habitam.
542

vivos. ● Avaliar como os impactos provocados por catástrofes informação como instrumento de
● Os reinos de seres vivos. naturais ou mudanças nos componentes físicos, aprendizagem.
● Programas e indicadores de saúde biológicos ou sociais de um ecossistema afetem suas ● Proposição de seminários ou trabalhos
pública. populações, podendo ameaçar ou provocar a extinção em grupo que abordem as mudanças
● Determinantes sociais da saúde. de espécies, alteração de hábitos, migração etc. econômicas, culturais e sociais,
● Infecções Sexualmente ● Entender a fotossíntese, analisando a assimilação da decorrentes do desenvolvimento de novos
Transmissíveis (IST). energia radiante e sua transformação em energia materiais e tecnologias.
● Sistema Imunológico. química, base para a cadeia alimentar. ● Realização de atividade de alocação de
● Analisar a importância dos decompositores para o organismos classificados em REINOS ao
fluxo de matéria nos ecossistemas. critério moderno de DOMÍNIOS
● Discutir cadeias, teias alimentares e outras relações (Eubacteria, Archaea, Eukarya). A
ecológicas. atividade pode consistir em colagens de
● Analisar os ecossistemas como sistemas abertos, figuras de seres vivos em conjuntos cujas
compostos por elementos bióticos e abióticos que características possam ser associadas às
interagem através de um ciclo de materiais e de um Teorias de Conjuntos em Matemática
fluxo de energia. (proposta interdisciplinar).
● Analisar a importância da água e das substâncias ● Realização de uma atividade de
nutritivas para o desenvolvimento dos organismos investigação científica, de modo a
produtores consumidores e decompositores. desenvolver o método científico. Por
● Discutir a digestão, analisando as partes mecânica e exemplo, investigar a biodiversidade
química e o papel dos diversos órgãos e estruturas. encontrada dentro da própria escola ou
● Considerar que o processo digestório visa obter investigar a presença de bactérias nas
matéria prima para síntese de compostos orgânicos que mãos, orelha, umbigo de alunos através
serão utilizados na formação das células do indivíduo do cultivo de bactérias.
enfatizando, em última análise, que somos o que ● Proposição de uma atividade
comemos. experimental em que se evidenciem os
● Analisar de forma evolutiva as características dos conceitos de temperatura, calor e
principais grupos de seres vivos, ressaltando a noção sensação térmica utilizando
de interação e integração entre sistemas e órgãos e o objetos/materiais do cotidiano, bem como
meio ambiente; evidencie a propagação de calor em
● Entender a sistemática e a classificação como diferentes materiais.
tentativas de ordenar a diversidade, com intuito de ● Pesquisa sobre animais em extinção no
facilitar a pesquisa e a divulgação científicas. Brasil e na região e possíveis causas do
● Relacionar as características dos seres vivos, fenômeno.
classificando-os. ● Realização de trabalhos de campo para
● Descrever as características gerais dos principais observação e análise dos ecossistemas
543

grupos de seres vivos. locais.


● Entender que as viroses podem estar associadas aos ● Promoção de investigação a respeito dos
comportamentos de massas e a condições ambientais impactos da ação humana sobre os
desfavoráveis em grandes populações, acarretando ecossistemas da cidade de Niterói.
potencial RISCO epidemiológico, citando como ● Montagem de cadeias e teias alimentares
exemplo a recente pandemia de COVID-19. com animais dos diversos ecossistemas
● Compreender o conceito de saúde, segundo a OMS. presentes no Brasil.
● Entender as relações entre seres vivos e saúde. ● Realização de experimentos que
● Interpretar as condições de saúde da comunidade, demonstrem a importância do processo
cidade ou Estado, com base na análise e comparação de decomposição para o meio ambiente.
de indicadores de saúde (como taxa de mortalidade ● Pesquisa sobre a evolução do processo de
infantil, cobertura de saneamento básico e incidência aquecimento global e construção de um
de doençasde veiculação hídrica, atmosférica entre gráfico que demonstre a intensificação do
outras) e dos resultados de políticas públicas efeito estufa ao longo do tempo.
destinadas à saúde. ● Utilizar imagens da Nasa que mostrem o
● Argumentar sobre a importância da vacinação para a buraco na camada de ozônio em
saúde pública, com base em informações sobre a diferentes épocas e discutir as razões que
maneira como a vacina atua no organismo e o papel o provocaram, além do porquê da
histórico da vacinação para a manutenção da saúde diminuição do fenômeno.
individual e coletiva e para a erradicação de doenças. ● Realizar experimentos simples que
● Analisar historicamente o uso da tecnologia, incluindo comprovem as propriedades do ar.
a digital, nas diferentes dimensões da vida humana, ● Propor jogos e outras estratégias que
considerando indicadores ambientais e de qualidade de auxiliem os alunos a trabalhar e conhecer
vida. as categorias taxonômicas e a grande
● Identificar os principais sintomas, modos de diversidade de seres vivos que nelas
transmissão e tratamento de algumas ISTs (com ênfase estão.
na AIDS), e discutir estratégias e métodos de ● Por meio de recursos audiovisuais e
prevenção. discussões, estabelecer com os alunos
● Compreender os mecanismos de defesa imunológica qual relação há entre o conceito de saúde
no organismo. e seus determinantes sociais, enfatizando
● Compreender o conceito de imunidade como parte de a dimensão social da saúde.
um conjunto de características orgânicas que podem ● Traçar uma retrospectiva histórica das
estar aliadas ao entendimento dos riscos envolvidos e grandes pandemias, relacionando-as com
atitudes que os minimizem. as causas ambientais que favoreceram a
544

disseminação dos agentes patogênicos.


● Analisar o processo de formação da atmosfera. ● Uso de maquetes com materiais
● Compreender a formação original da atmosfera e suas reutilizados, simulações, discussões e
camadas, analisando suas transformações antrópicas fóruns.
ou naturais. ● Pesquisas no entorno escolar.
● Discutir o papel da atmosfera, atual e primitiva, para a ● Estudos de casos locais e regionais.
vida no planeta. ● Relacionar a imunidade ao pleno
● Discutir o papel da fotossíntese na evolução da equilíbrio do corpo.
atmosfera primitiva. ● Realizar experimentossimples que
● Analisar a fotossíntese e a respiração aeróbica como verifiquem a presença do ar.
processos dinâmicos e complementares. ● Utilizar filmes, documentários e rodas de
● Compreender as diferentes formas de respiração. discussão que abordem a importância da
● Compreender o processo de respiração pulmonar no atmosfera e de sua preservação, bem
ser humano. como os danos a ela causados.
● Composição do ar, atmosfera
● Discutir as propriedades do ar e suas relações com a ● Relacionar o processo de combustão que
primitiva e origem da vida.
vida. gera fogo ao processo biológico gerador
● Combustão, fotossíntese e respiração
● Analisar características do ar, sua composição, de energia vital.
celular.
discutindo efeitos da poluição e formas de diminuir ● Promover trabalhos de campo a áreas de
Universo e Terra ● Sistema respiratório.
esse processo. preservação ecológica locais, tais como o
● Efeito estufa.
● Discutir os problemas da poluição do ar, mudanças Parque Estadual da Serra da Tiririca, a
● Camada de ozônio.
climáticas e degradação da camada de ozônio e suas fim de que os alunos reconheçam a
● Fenômenos naturais e impactos
consequências para os seres vivos. importância dos espaços verdes, neste
ambientais.
● Compreender os mecanismos atmosféricos do efeito caso da Mata Atlântica. Dessa forma,
estufa e das atividades humanas que potencializam o será possível verificar a importância
aquecimento global. biológica do processo de fotossíntese
● Identificar como os combustíveis fósseis podem para todos os seres vivos, pela percepção
provocar alterações na qualidade do ar. de sua relação com os demais processos
● Debater a qualidade do ar e seus efeitos na saúde. de obtenção e geração de energia.
● Relacionar os riscos de rupturas de barragens e ● Apresentação de filmes e vídeos,
incêndios aos efeitos do aquecimento global. participação ativa em fóruns de
● Fazer um aprofundamento no conceito de RISCOS discussão, presenciais ou online, sobre os
ambientais e contextualizar os casos brasileiros, em problemas ambientais do nosso planeta.
especial na cidade de Niterói. ● Apresentação de peças teatrais, poesias,
● Sensibilizar para formas de prevenção eminimização músicas, e quaisquer demonstrações de
de riscos. cunho artístico que explorem a
sensibilidade dos alunos.
545

4º CICLO
CIÊNCIAS – 9º ANO
Núcleos
Objetos de Conhecimento Objetivos de Aprendizagem e Desenvolvimento Propostas Metodológicas
Temáticos
● Ciência e sociedade: ● Compreender a dinâmica do trabalho empreendido ● Aulas práticas sobre os diferentes conteúdos
-Metodologia científica: A pelos cientistas e suas implicações na sociedade. abordados como forma de inserir a metodologia
contribuição dos cientistas ● Conhecer as principais contribuições dos (as) científica no contexto do educando.
brasileiros(as) no cenário nacional e cientistas brasileiros (as) e sua relevância para a ● Produção de textos para consolidar a capacidade
mundial. sociedade. argumentativa e descritiva dos alunos.
● Estrutura da matéria: ● Entender a estrutura atômica e a evolução científica- ● Palestras com profissionais relacionados aos
- Constituição do átomo e a evolução histórica dessas descobertas e proposições. temas apresentados para a ampliação do debate.
histórica. ● Conhecer a tabela periódica, como foi organizada e ● Proposição de experimentos simples sobre o
-A tabela periódica. como utilizá-la. processo de combustão.
- Lei das proporções definidas. ● Aplicar a lei das proporções definidas em ● Seminários apresentados pelos alunos a fim de
- O estudo da combustão e de experimentos escolares. permitir a apropriação de temas relevantes para
produtos inflamáveis. ● Compreender o fenômeno da combustão para se a turma e como estratégia para um trabalho
- Modo de prevenção e combate aos apropriar dos cuidados com produtos inflamáveis no colaborativo.
incêndios. cotidiano. ● Realização de mostra científica.
Matéria,
- Substâncias tóxicas: cuidados com ● Executar práticas que permitam a apropriação de ● Uso de metodologias ativas como a Sala de Aula
Energia e suas
seu uso (prevenindo acidentes e condutas e comportamentos preventivos em relação Invertida a partir do Google Classroom.
Transformaçõe
atitudes relacionadas aos primeiros a situações de riscos tendo como foco possíveis ● Projetos e campanhas que visem enriquecer o
s
socorros). incêndios no âmbito escolar, domiciliar e demais conteúdo trabalhado.
● Química do cotidiano: substâncias espaços públicos. ● Produção de vídeos partindo do uso pedagógico
sintéticas e naturais na agricultura, ● Identificar substâncias tóxicas a partir da leitura e do celular, como estratégia para estimular o
indústria alimentícia, medicamentos, compreensão de rótulos. protagonismo dos alunos nas diversas
produtos cosméticos, de higiene ou ● Apropriar-se de atitudes relacionadas aos primeiros Tecnologias de Informação e Comunicação.
limpeza. socorros no que concerne ao contato e ingestão com ● Trabalhos de campo a fim de garantir a interface
● Química e a poluição – substâncias tóxicas. entre a educação formal e não formal.
doscombustíveis fósseise ● Compreender criticamente a relação entre a produção ● Entrevistas com pessoas da comunidade para
asconsequências de sua queima: de substâncias sintéticas e seus possíveis danos (Ex.: falar sobre suas visões sobre determinados
doaquecimento global, a chuva ácida agrotóxicos, adição de conservantes em produtos temas abordados em sala para o resgate e
epoluição do ar, água e solo. alimentícios...) e o uso de produtos que não agridam valorização dos saberes populares.
● Estudo da luz e do som: o meio ambiente e a saúde (Ex.: fibras naturais, ● Apresentação de vídeos e de apresentações de
- A composição e as propriedades da cultivo orgânico, produção de produtos sem slides empower point conforme a proposta a ser
luz. conservantes e substâncias sintéticas). desenvolvida.
546

- Transmissão do som e os meios de ● Compreender e analisar criticamente o uso dos ● Implementação de ações que promovam a
comunicação. combustíveis fósseis e as consequências ambientais prevenção e o cuidado com a saúde auditiva.
- Poluição sonora e saúde auditiva. dessa utilização. Conhecer as formas alternativas de ● Roda de debate sobre temas polêmicos
● Radiações e suas aplicações na produção de energia limpa. envolvendo a ciência a partir de um tema
saúde: ● Reconhecer fatores ligados às mudanças climáticas e gerador.
- As radiações eletromagnéticas. analisar o papel dos atores sociais na busca de ● Acesso a notebook e a internet para a pesquisa
- O avanço tecnológico na medicina alternativas e prevenção de possíveis riscos. digital na escola.
diagnóstica e no tratamento de ● Compreender as propriedades relacionadas à luz e ao ● Contato com práticas inclusivas, garantindo em
doenças. som. palestras, intérprete em libras, ainda que não
● Exemplificar formas de transmissão do som. haja alunos ou profissionais com deficiência
● Discutir sobre os meios de comunicação auditiva na escola com o objetivo de estimular
suasimplicações no passado e na atualidade. apropriação da de práticas inclusivas.
● Identificar situações de poluição sonora. ● Uso de maquetes com materiais reutilizados,
● Conhecer as descobertas relacionadas às radiações e simulações, discussões e fóruns.
correlacioná-las com a aplicabilidade na saúde. ● Pesquisas no entorno escolar.
● Estudos de casos locais e regionais.
● Construção de modelos simples que façam
● Os sistemas circulatório e excretor. ● Compreender a dinâmica de funcionamento analogias com o funcionamento dos sistemas
● Hereditariedade: dossistemas circulatório e excretor. excretor e circulatório.
- Os princípios das leis de Mendel. ● Compreender a fisiologia, os órgãos e suas funções ● Pesquisas sobre hábitos não saudáveis que
- O DNA e o RNA: a hereditariedade associados aos sistemas circulatórios e excretor tragam problemas relacionados ao sistema
ao nível molecular. ● Identificar doenças relacionadas aos sistemas circulatório.
- Projeto Genoma Humano. circulatório e excretor, bem como identificar hábitos ● Proposição de pesquisas sobre doenças genéticas
- Os testes de paternidade humana que possam prevenir as mesmas. e alternativas de tratamento.
- Clonagem e terapia gênica. ● Conhecer o fenômeno da hereditariedade. ● Proposição de rodas de debates sobre as
- Transgênicos. ● Entender os princípios das Leis de Mendel, bem vantagens e desvantagens do uso de técnicas da
Seres Vivos,
● Temas relacionados a determinadas como a importância das contribuições do referido biotecnologia, como células tronco, OGM,
Ambiente e clonagem terapêutica.
Síndromes ou Transtornos do cientista para a sociedade.
Evolução ● Proposição de atividades lúdicas para ensinar a
Desenvolvimento Global. ● Relacionar novos aspectos da bioquímica molecular
● Ideias evolucionistas: tendo como ênfase as contribuições de referentes ao seleção natural.
- As contribuições de Lamarck, estudo do DNA. ● Pesquisa sobre os locais onde Darwin esteve
Darwin e Wallace para a ● Comparar as diversas aplicabilidades do estudo do com suas expedições.
compreensão da evolução dos seres DNA e o seu desdobramento no cotidiano. ● Trabalho de campo com o objetivo de refazer os
vivos. ● Garantir a discussão de temas relacionados à “Caminhos de Darwin” no Brasil, situando a
- As expedições de Darwin pelo Inclusão, para que os alunos, ainda que não tenham Cidade de Niterói.
mundo e sua passagem pelo Brasil: em suas classes colegas com necessidades especiais, ● Promoção de discussões que fomentem análises
pressupostos para compreensão da estejam em constante contato com práticas críticas a respeito das mudanças legislativas
547

Biodiversidade. inclusivas. ambientais.


- Síntese dos novos conhecimentos ● Promover a apropriação dos conceitos relativos à ● Utilização de documentários que abordem a
genéticos e sua correlação com a evolução. construção das teorias relacionadas à Origem do
evolução (Neodarwinismo). ● Conhecer os cientistas que propuseram hipóteses Universo. Excelentes sugestões são os episódios
● Biodiversidade: para a formulação da Teoria Evolucionista. da série Cosmos, tanto a apresentada por Carl
-Preservação das unidades de ● Apropriar-se do conceito de Biodiversidade a fim de Sagan, como a segunda versão, apresentada pelo
conservação. compreender as dinâmicas ambientais. físico Neil de Grasse Tyson.
- Legislação ambiental e processos ● Compreender a importância da preservação ● Abordagem de ideias dos astrofísicos da
fiscalizatórios. ambiental a fim de fomentar estudos nessa área e a atualidade.
- A economia e a política nacional e proteção do patrimônio genético dessas áreas. ● Exploração das contribuições dos cientistas
internacional e a correlação de forças ● Estudar os movimentos ambientais no Brasil, brasileiros (Marcelo Gleiser, por exemplo) e
entre a preservação e o uso reconhecendo a participação de comunidades estrangeiros sobre astrobiologia e astrofísica,
predatório. indígenas, quilombolas e caiçaras. Principais ressaltando as possibilidades dessas áreas de
- Lei de patentes e correlação de lideranças no cenário nacional. estudo.
forças entre preservação e ● Debater a expansão do agronegócio e as relações ● Apresentação sobre a importância das agências
agronegócio. com o desmatamento das florestas. espaciais do mundo por meio de documentários
● Apresentação geral dos RISCOS e contextualização e filmes.
dos casos brasileiros em especial na cidade de
Niterói.
● Sensibilização para formas de prevenção e
minimização de riscos
● Compreender as teorias relacionadas à Origem do
● Terra e Universo:
Universo.
- Origem do Universo
● Entender a evolução estelar e as ordens de grandeza
- Evolução estelar
astronômica.
- Ordem de grandeza astronômica
● Conhecer a estrutura do Sistema Solar no que
- Estrutura do Sistema Solar
concerne aos principais astros celestes.
- Diferenças entre planetas rochosos
● Pesquisar as diferenças entre os planetas rochosos e
e gasosos
Universo e gasosos.
- O estudo da Via Láctea
Terra ● Entender os principais pressupostos da Astronomia,
- Astronomia e Cultura: um histórico
bem como sua implicação cultural para a
da atividade humana no espaço.
humanidade.
- Programas espaciais internacionais
● Debater sobre os programas espaciais, interesses e
e principais países envolvidos.
investimentos nestas áreas.
- Lixo espacial.
● Discutir sobre as ações espaciais: perspectivas e
- Riscos relacionados à exposição, à
possíveis problemas relacionados à questão do lixo
radiação e aos metais pesados.
espacial.
548

4º CICLO
CIÊNCIAS – 8º ANO
Núcleos
Objetos de Conhecimento Objetivos de Aprendizagem e Desenvolvimento Propostas Metodológicas
Temáticos
● Fontes e tipos de energia: ● Distinguir recursos naturais renováveis de não- ● Aulas práticas sobre os diferentes
- Recursos naturais renováveis e não renováveis. conteúdos abordados como forma de
renováveis e sua a associação com as ● Associar as diferentes matrizes energéticas com seus inserir a metodologia científica no
matrizes energéticas. respectivos impactos ambientais. contexto do educando.
- História do uso dos combustíveis e do ● Compreender as vantagens do uso das fontes ● Realização de pesquisa sobre diferentes
desenvolvimento das máquinas térmicas. renováveis de energia. tipos de fontes de energia renováveis e
- As diferentes matrizes energéticas ● Comparar os diferentes potenciais e impactos das não renováveis.
(hidrelétrica, termelétrica, eólica, solar, diferentes matrizes energéticas. ● Produção de textos para consolidar a
biomassa, maremotriz e nuclear): ● Compreender os conceitos de trabalho e potência. capacidade argumentativa e descritiva
potenciais e impactos ambientais. ● Comparar o consumo dos diferentes equipamentos dos alunos.
● Transformação de energia: elétricos residenciais. ● Realização de palestras com
- Classificação dos equipamentos ● Compreender as relações de custo e benefício que profissionais relacionados aos temas
elétricos residenciais de acordo com o levam à classificação do consumo dos equipamentos. apresentados para a ampliação do
tipo de transformação de energia (da ● Compreender o conceito de eletricidade e debate.
energia elétrica para térmica, luminosa, magnetismo. ● Proposição de realização de Seminários
Matéria, Energia
sonora e mecânica, por exemplo). ● Diferenciar eletricidade estática e dinâmica. apresentados pelos alunos, a fim de
e suas
- Conceitos de trabalho e potência. ● Situar historicamente as possibilidades de migração permitir a apropriação de temas
Transformações
● Circuitos elétricos. de uma matriz energética predominantemente relevantes para a turma e como
-Compreensão do conceito de eletricidade baseada em combustíveis fósseis para a baseada em estratégia para um trabalho
e magnetismo. matrizes renováveis. colaborativo.
- Diferença entre eletricidade estática e ● Identificar e classificar diferentes fontes (renováveis ● Atividades de cálculo do consumo de
dinâmica. e não renováveis) e tipos de energia utilizados em energia de eletrodomésticos a partir dos
● Compreensão dos mecanismos de residências, comunidades ou cidades. dados de potência (descritos no próprio
funcionamento dos equipamentos ● Construir circuitos elétricos com pilha/bateria, fios e equipamento) e tempo médio de uso
elétricos. lâmpada ou outros dispositivos e compará-los a para avaliar o impacto de cada
● Uso consciente da energia elétrica: circuitos elétricos residenciais. equipamento no consumo doméstico
- Relação custo-benefício de novas ● Classificar equipamentos elétricos residenciais mensal.
tecnologias eletrônicas comparadas às (chuveiro, ferro, lâmpadas, TV, rádio, geladeira etc.) ● Realização de mostra científica.
antigas a longo prazo. de acordo com o tipo de transformação de energia ● Uso de metodologias ativas como a
● A expansão do uso da energia elétrica ao (da energia elétrica para a térmica, luminosa, sonora Sala de Aula Invertida a partir do
nível domiciliar, espaços públicos e nos e mecânica, por exemplo). Google Classroom.
transportes coletivos e individuais, como ● Discutir e avaliar usinas de geração de energia ● Proposição de experimentos simples
549

mecanismo de mitigação da poluição elétrica (termelétricas, hidrelétricas, eólicas etc.), para compreender conceitos de
ambiental. suas semelhanças e diferenças, seus impactos eletricidade estática.
socioambientais, e como essa energia chega e é ● Realização de projetos e campanhas que
usada em sua cidade, comunidade, casa ou escola. visem enriquecer o conteúdo
● Mecanismos reprodutivos: trabalhado.
- Reprodução nos diferentes grupos de ● Proposição de ações coletivas para
seres vivos. ● Comparar a reprodução nos diferentes grupos de otimizar o uso de energia elétrica em
- A importância da variabilidade genética seres vivos. sua escola e/ou comunidade, com base
como mecanismo evolutivo. ● Relacionar a variabilidade genética da reprodução na seleção de equipamentos segundo
- Sexualidade. sexuada a um maior potencial evolutivo. critérios de sustentabilidade (consumo
- Transformações corporais e ● Identificar as transformações corporais da de energia e eficiência energética) e
psicológicas da adolescência: o adolescência. hábitos de consumo responsável.
autoconhecimento, a autopreservação e a ● Analisar a construção da sexualidade com o ● Produção de vídeos partindo do uso
compreensão do outro. resultado de diferentes interações psicológicas, pedagógico do celular, como estratégia
● Diferenciação entre sexo biológico, sociais e culturais. para estimular o protagonismo dos
identidade de gênero e orientação sexual: ● Relacionar a atuação dos hormônios sexuais com as alunos nas diversas Tecnologias de
educação para o respeito à diversidade características sexuais secundárias. Informação e Comunicação.
● O sistema endócrino - Parte 1: ● Identificar as diferentes estruturas dos sistemas ● Realização de trabalhos de campo a fim
- Os hormônios sexuais femininos e reprodutores masculino e feminino. de garantir a interface entre a educação
Seres Vivos, masculinos. ● Compreender o mecanismo da fecundação e as formal e não formal.
Ambiente e - As características sexuais secundárias. etapas do desenvolvimento embrionário. ● Entrevistas com pessoas da comunidade
Evolução ● Sistema reprodutor masculino e ● Conhecer os diferentes métodos contraceptivos e para falar sobre suas visões sobre
feminino: seus mecanismos de funcionamento. determinados temas abordados em sala
- Órgãos externos e internos. ● Conhecer as diferentes infecções sexualmente para o resgate e valorização dos saberes
- Células reprodutivas: mecanismos de transmissíveis, formas de prevenção e tratamento. populares.
formação e fisiologia. ● Compreender o sistema endócrino como um ● Apresentação de vídeos e de
- Fecundação e gravidez. mecanismo de regulação do metabolismo. apresentações de Power Point,
- Desenvolvimento embrionário. ● Compreender algumas doenças relacionadas ao conforme a proposta a ser desenvolvida.
● Métodos contraceptivos: sistema endócrino, como diabetes e ● Rodas de debate sobre temas polêmicos
- Gravidez na adolescência hiper/hipotireoidismo. envolvendo a ciência, a partir de um
- Doenças sexualmente transmissíveis: ● Fazer um aprofundamento no conceito de RISCOS tema gerador.
prevenção, identificação e tratamento. ambientais e contextualizar os casos brasileiros, em ● Acesso a notebook e a internet para a
● O sistema endócrino - Parte 2: especial na cidade de Niterói. pesquisa digital na escola.
- Controle hipofisário. ● Sensibilizar para formas de prevenção e ● Contato com práticas inclusivas,
- Tireoide e metabolismo. minimização de riscos. garantindo em palestras, intérprete em
- Paratireóide e metabolismo do cálcio. libras, ainda que não haja alunos ou
- Pâncreas e controle da glicemia. profissionais com deficiência auditiva
550

- Suprarrenais e estresse. na escola, com o objetivo de estimular


● Mecanismos reprodutivos Sexualidade. apropriação da de práticas inclusivas.
● Uso de maquetes com materiais
● Sistema, Sol, Terra e Lua. ● Situar historicamente as diferentes concepções a reutilizados, simulações, discussões e
● A evolução dos modelos astronômicos respeito da posição e forma da Terra e sua relação fóruns.
(Geocentrismo e Heliocentrismo) ao com o Espaço. ● Pesquisas no entorno escolar.
longo da história, em face do ● Reconhecer as contribuições científicas para a ● Estudos de casos locais e regionais.
desenvolvimento científico e construção de um corpo de conhecimento válido e ● Proposição de debates sobre problemas
tecnológico. verificável sobre a Terra e o Universo. enfrentados na gravidez na
● A força gravitacional e sua relação com ● Compreender a força gravitacional como uma das adolescência.
a matéria. forças básicas do Universo e sua relação com a ● Proposição de debates sobre as
● Movimentos de rotação e translação da massa dos corpos. responsabilidades de meninos e
Terra. ● Relacionar o eixo de inclinação da Terra com as meninas numa gravidez.
● A construção do calendário Gregoriano e estações do ano e à construção de calendários. ● Proposição de pesquisa sobre infecções
o ano bissexto. ● Relacionar as fases da Lua com o movimento deste sexualmente transmissíveis,
● As estações do ano e a sua relação com o astro em relação à Terra. comportamentos de risco e como se
eixo de inclinação da Terra ● Descrever as condições que permitem a ocorrência prevenir.
● As fases da Lua e influência de eclipses solares e lunares. ● Realização de experimentos que
gravitacional nas marés. ● Relacionar a incidência de radiação solar com as identifiquem os movimentos de
● Eclipses solar e lunar. diferentes zonas climáticas do planeta. translação e rotação, bem como as
Universo e Terra consequências desses movimentos.
● Clima. ● Descrever as principais características dos Biomas
● Associação entre o clima e as zonas do Brasil e do mundo. ● Realização de experimento que permita
tropicais, temperadas e polares com a ● Relacionar o uso dos combustíveis fósseis à compreender o fenômeno dos eclipses
diferença na incidência de radiação solar. intensificação do aquecimento global. solar e lunar.
● Descrição dos principais biomas do ● Conhecer outras possibilidades e tecnologias de ● Proposição de montagem de modelos
Brasil e do mundo, com enfoque para os desenvolvimento urbano baseadas na do sistema solar, usando materiais
seres vivos e as condições para que eles sustentabilidade. recicláveis ou com menor impacto no
existam em cada bioma. ● Justificar, por meio da construção de modelos e da planeta.
● Compreensão do mecanismo atmosférico observação da Lua no céu, a ocorrência das fases da
do efeito estufa e das atividades humanas Lua e dos eclipses, com base nas posições relativas
que potencializaram o aquecimento entre Sol, Terra e Lua.
global. ● Representar os movimentos de rotação e translação
● Relação entre o uso dos combustíveis da Terra e analisar o papel da inclinação do eixo de
fósseis, desmatamento e atividades rotação da Terra em relação à sua órbita na
agropecuárias no aumento da ocorrência das estações do ano, com a utilização de
temperatura média do planeta. modelos tridimensionais.
● Estudo de novos materiais e tecnologias ● Relacionar climas regionais aos padrões de
551

de urbanização que minimizem impactos circulação atmosférica e oceânica e ao aquecimento


de impermeabilização excessiva do solo, desigual causado pela forma e pelos movimentos da
recomposição das áreas nos espaços Terra.
públicos e suas consequentes melhorias ● Identificar as principais variáveis envolvidas na
no clima no microclima. previsão do tempo e simular situações nas quais elas
● Sistema Sol, Terra e Lua, Clima. possam ser medidas.
● Discutir iniciativas que contribuam para restabelecer
o equilíbrio ambiental a partir da identificação de
alterações climáticas regionais e globais provocadas
pela intervenção humana.
552

REFERÊNCIAS

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escolar. Ciência em tela, v. 2, n. 1, p. 1-12, 2009.
553

ÁREA DO CONHECIMENTO: CIÊNCIAS HUMANAS


554

1. GEOGRAFIA

Por causa dessa geopolítica que se instalou,


proposta pelos economistas e imposta pela mídia,
o centro do mundo, hoje, não é o homem, é o
dinheiro. (...) Isso abriu espaço para qualquer
forma de barbárie pela qual a gente deixa morrer
crianças, velhos e adultos, tranquilamente36.
Milton Santos
(Geógrafo brasileiro, cidadão consciente do
mundo)
A citação de Milton Santos alerta a todos que trabalham com a construção do
conhecimento para a importância das concepções que servem de base para nossa visão de
mundo. Elas afetam todas as nossas relações: as sociais, as políticas, as econômicas, as
relações com outras espécies e com o ambiente físico.
Para os geógrafos, o alerta é ainda mais relevante, dado o papel que a Geografia
exerce na construção das visões de mundo, o que se faz também através da escola. Cabe à
Geografia, principalmente, apresentar a dimensão espacial como elemento de interpretação da
sociedade, considerando que “não existe sociedade a-geográfica assim como não existe
espaço geográfico a-histórico”, afinal, o espaço geográfico é constituído pela relação que os
diferentes seres estabelecem entre si e com a sua materialidade (PORTO-GONÇALVES,
2003, p. 126).
Nem sempre a espacialidade humana foi considerada uma dimensão fundamental no
processo de compreensão das relações sociais (SOJA, 1993; MASSEY, 2008). Até mesmo a
Geografia Escolar foi acusada de negligenciar o espaço, promovendo uma alienação espacial
(FRÉMONT, 1976 apud SANTOS, 1987), o que também foi denunciado por Yves Lacoste
(1988) na obra: “A Geografia, isso serve, em primeiro lugar, para fazer a Guerra”, na qual o
autor afirma que “a geografia dos professores” tinha caráter enciclopédico e acrítico, com a
função, às vezes, inconsciente de mascarar a importância política do conhecimento e das
análises espaciais para compreensão da realidade social e das relações desiguais de poder.
O fim do século XX foi marcado por uma espécie de “descoberta” do espaço como
categoria de análise dos problemas sociais do nosso tempo, resultando em um grande

36
Citação escolhida pela ANPEGE (Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Geografia) para
homenagear Milton Santos na 4ª circular de seu encontro em 2019. Disponível em:
http://anpege.ggf.br/arquivos/documentos/33/8cb6c7589d9fb856122a95e50a42c65a.pdf Acesso em: out. de
2019. A citação foi recolhida de entrevistas dadas pelo autor e presentes no documentário Encontro Com Milton
Santos: o mundo visto do lado de cá, de Sílvio Tendler.
555

revigoramento de interesse pelos conceitos e categorias que buscam explicar a geograficidade


humana (BEZERRA; FEU, 2013). O debate acerca do espaço, na teoria social crítica, coloca a
compreensão da espacialidade como dimensão fundamental para o entendimento de alguns
fenômenos, a exemplo da globalização, da urbanização das cidades, dos problemas
ambientais, das questões territoriais e tantas outras questões que emergem na sociedade
contemporânea e que reforçam a compreensão do espaço como condição, meio e produto das
relações sociais, como bem nos afirma Lefebvre (1991).
Enfim, a construção de um conhecimento geográfico tem grande importância para a
formação de uma consciência do mundo, mas, para que exista uma consciência do mundo, é
preciso que se construa uma consciência de si mesmo, do outro, dos espaços vividos, da
cidade onde se “convive”. Se falamos de uma cidadania consciente do mundo, é certo de que
nos afastamos da ideia de uma Geografia Escolar centrada na apresentação de informações
aos alunos, como um repasse de conhecimentos, e nos aproximamos de uma Geografia que
problematiza e questiona a realidade, e não a aceita como dada ou “natural”.
Podemos nos perguntar: qual ensino de Geografia queremos hoje e para qual
aprendizagem a respeito do mundo?

1.1 Por uma Educação Geográfica Significativa

Há algum tempo, o ensino de Geografia busca afastar-se do caráter enciclopédico e de


descrição para se aproximar do debate sobre uma Geografia mais crítica. Desde a sua
renovação crítica nos anos 1970, a Geografia tem se estabelecido como uma ciência do
homem, ou uma ciência que busca explicar a organização espacial do mundo a partir das
relações estabelecidas pelo homem (GOMES, 1997). O espaço não é apenas ocupado pelo ser
humano, o espaço é vivido, produzido e reproduzido, transformado, dominado e expropriado.
Desvendá-lo passa também pelo conhecimento do sistema natural e físico, sistema cujos
elementos, muitas vezes, são transformados em recursos sobre os quais os seres humanos
produzem riqueza e pobreza, e cujo possível esgotamento tem obrigado as sociedades a
revisões a respeito do que se considera desenvolvimento.
Desse modo, compreender o espaço significa levar em conta: a dimensão material,
considerando a organização dos objetos, as formas e as estruturas, e os sistemas naturais; a
dimensão simbólica, ou seja, o sentido e o significado que os sujeitos constroem na sua
556

relação com o espaço; as práticas espaciais, sejam elas sociais, políticas, econômicas ou
culturais; e a representação espacial.
Conhecer e produzir conhecimento a respeito do espaço geográfico envolvem a
complexidade, no sentido de que vários fatores se interligam, sobrepõem-se e influenciam-se
mutuamente. Tendo em mente essa complexidade, discorreremos, nessa seção dos
Referenciais Curriculares da Rede Pública Municipal de Educação de Niterói, sobre o que
consideramos imprescindível a um processo de educação geográfica, destacando a
importância de uma relação direta com a vivência e o cotidiano do nosso aluno, que se
relaciona com o meio, com a cidade, com o outro por/no espaço.
A construção do conhecimento geográfico se utiliza dos pensamentos e discussões
baseados em alguns conceitos-chave da Geografia, a saber: lugar, paisagem, região, território
e espaço. Cada um deles possui uma longa trajetória de abordagens e discussões teóricas que
não pretendemos reproduzir aqui. Destacaremos apenas o que se mostra como aporte
essencial para a aprendizagem geográfica, permitindo aos nossos alunos a construção de
outros saberes e leituras de mundo, inclusive do mundo que é visto e interpretado a partir das
redes informacionais.

1.2 O Espaço

Milton Santos (1996) ajuda-nos a compreender que o espaço é formado por um


conjunto indissociável, solidário e também contraditório dos sistemas de objetos
(materialidade) e dos sistemas de ações (as relações sociais). Ou seja, como materialização
das relações sociais, o espaço é um produto histórico e social, e também é o meio para a
reprodução dessas ações37, sejam elas institucionais, de mercado, ou mesmo de sujeitos.
Partindo dessa compreensão, os sujeitos, através das suas ações e práticas cotidianas,
carregam consigo um potencial de produção, reconfiguração e significação espacial.
Em Niterói, assim como em outros municípios do Brasil, a organização do espaço
revela as agudezas da produção de um espaço desigual, retrato fidedigno de sociedades com
profunda desigualdade social. Nesse espaço, nosso aluno, muitas vezes, é tolhido por fatores
de restrição para sua inserção e circulação, relacionados também à violência. Ao desvendar e
tornar clara a lógica por trás da organização espacial, sempre perpassada por relações
37
A respeito da dialética entre a formação social e o espaço, ver MILTON, S. A Natureza do Espaço: técnica e
tempo, razão e emoção. São Paulo: Hucitec, 1996; e GOMES, P. C. C. Geografia fin de siècle, o discurso
sobre a ordem espacial do mundo e o fim das ilusões. In: CASTRO, I. GOMES, P. C., CORREA, R.
Explorações Geográficas. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 1997.
557

desiguais de poder, o aluno não apenas poderá compreender a realidade social, como também
perceber e pensar formas de transformá-la.
Para trabalhar a leitura e a interpretação da dimensão espacial, o ensino de Geografia
abordará o desenvolvimento de algumas habilidades como a observação, o registro e a busca
de explicações da organização espacial percebida pelo aluno. A construção desses saberes, a
partir, inclusive, do trabalho de campo, permitirá o desenvolvimento de um raciocínio
geográfico que possibilitará a leitura de outros espaços mais distantes, que não são vividos,
mas podem ser conhecidos e compreendidos, inclusive com auxílio da internet e de
ferramentas como o Google Earth. Tanto o trabalho de campo, quanto o uso de ferramentas
tecnológicas dependem de um aporte sobre o qual falaremos mais adiante.

1.3 A Cidade

Espaço essencial para a compreensão e conquista da cidadania, a cidade é o espaço de


vivência da maior parte do nosso alunado em Niterói. Desde a gênese da pólis, a relação entre
cidadão e a cidade, como espaço de convivência dos diferentes-iguais, estabeleceu-se. Não
falamos aqui apenas da estrutura que caracteriza o espaço urbano, mas das relações que se
estabelecem no cotidiano da vida nas cidades, e sobretudo, nos espaços públicos.
O espaço público é uma das dimensões que possibilita o contato com o outro, ou seja,
com aquele que é diferente, apesar de dotado dos mesmos direitos e deveres. Nesse sentido, o
espaço público é compreendido como aquele em que não há obstáculo à possibilidade de
acesso e participação de qualquer tipo de pessoa. Essa é a condição central para a
caracterização do espaço público, o respeito e a convivência dos diferentes (GOMES, 2002;
CASTRO, 2005; CARLOS, 2007).
Nos é caro o reconhecimento de que a escola tem um papel central na apresentação
dos espaços públicos das cidades, bem como no desenvolvimento da consciência acerca dos
patrimônios material e imaterial. Não são poucos os relatos de alunos que, pela primeira vez,
entraram em museus, atravessaram a ponte Rio-Niterói e, até mesmo, foram a praças por
causa de trabalhos de campo promovidos pelas escolas, em suas mais diferentes práticas. Essa
vivência permite a apropriação de espaços por parte do cidadão, apropriação que é
imprescindível à construção da cidadania, na compreensão d e que “a cidadania é um
pacto social estabelecido simultaneamente como uma relação de pertencimento a um grupo e
de pertencimento a um território” (GOMES, 2002). Trata-se, portanto, do enfrentamento à
alienação espacial, sem o qual não é possível que se fale de cidadania (SANTOS, 1987;
558

GOMES, 2002). Nesse sentido, concordamos com Sarmento (2018) ao afirmar que: “(...) as
cidades não contêm apenas fatores de restrição de direitos; elas são, também, pelas suas
características espaciais e relacionais, contextos possíveis de potenciação dos direitos das
crianças” (SARMENTO, 2018, p. 233).
Além das questões relacionadas à construção e ao exercício do “direito à cidade”
(LEFEBVRE, 1991), é preciso reconhecer a importância de acessar ambientes diversos que
possibilitam diferentes formas de aprendizagem, e atendam o desenvolvimento de uma
educação de caráter integral. É necessário reconhecer que o acesso a outros ambientes de
aprendizagem através das práticas da escola, requer condições que permitam o deslocamento,
em segurança, de discentes e docentes.

1.4 Território

Em primeiro plano, já esclarecemos que o território não deve ser reconhecido apenas
como o substrato base do Estado-nação. Entendemos que o território deve ser percebido “por
e a partir de relações de poder engendradas por um grupo social num determinado espaço-
tempo, sendo os conflitos considerados um componente fundamental de sua constituição e
lógica” (HESPANHOL, 2010, p. 124). Por isso, no tratamento de temas geográficos em que o
território é o protagonista, as opções metodológicas sempre devem priorizar uma abordagem
que problematize as disputas em torno da produção e controle sobre o espaço, rompendo com
percepções naturalizantes e “neutras”, inclusive em relação às ações do Estado.
É preciso compreender que, se a organização do espaço pode ser explicada por fatores
históricos, econômicos, físicos, culturais, e até por aspectos técnicos (como no caso das
cidades planejadas), todas as opções de ocupação e organização nunca deixam de ser
políticas. O território expressa-se pelo exercício dos poderes político e econômico, que geram
conflitos de diferentes magnitudes entre diferentes atores (indivíduos, Estado, empresas,
grupos sociais/culturais, instituições) que disputam a apropriação e o ordenamento espacial.
O território tem profundas relações com o Estado-nação e com as identidades nacionais e
étnico-raciais, que devem ser compreendidas a partir dos processos históricos de formação
das sociedades e não como algo natural, como já mencionado anteriormente.
Com os estudantes, é preciso trabalhar a concepção de território a partir de diferentes
escalas e dimensões (política, econômica, comercial, cultural), desde o domínio material e
imaterial estabelecido em seus espaços vividos até as relações estabelecidas nas fronteiras. É
559

preciso ter em mente que os territórios e seus limites são marcados por continuidade,
descontinuidade, domínio e resistência e superposição de poderes (CAVALCANTI, 2012).

1.5 Região

Região é um conceito muito elaborado pela Geografia Clássica e de contornos precisos


na Geografia Tradicional. Isso não quer dizer que, na atualidade, o conceito carrega
incertezas, mas que os contornos de uma região, na realidade social, são trabalhados de
maneira mais relativa.
Os contornos de uma região são definidos por critérios estabelecidos com intenções
específicas, seja pela utilização de fatores físicos (climáticos, embasamento geológico) ou
sociais (populacionais, históricos, socioeconômicos). Ou seja, regiões são construções sociais
cujos contornos não estão definidos a priori, e a opção de um contorno específico sempre se
fará em detrimento de outra possibilidade. É preciso desvelar a escolha dos critérios usados
para desnaturalizar as regiões. Um exemplo para o trabalho com os alunos são as
macrorregiões do IBGE, cujos contornos mudaram no tempo, de acordo com as mudanças dos
critérios para a regionalização, que visam atender objetivos específicos de estudos e de ação
política sobre o território. É possível regionalizar o território brasileiro de outras formas? Sim,
é. Um exemplo são os complexos regionais (regiões geoeconômicas) propostas por Pedro
Geiger. O mesmo pensamento pode ser transposto para a regionalização mundial e dos
continentes.
Historicamente, alguns fatores se sobrepuseram tornando algumas regiões
tradicionalmente mais reconhecidas, seja por causa das marcas de heranças culturais de
povos estabelecidos historicamente em determinados territórios, seja por um fator físico que
interfere diretamente no modo de vida.
O interesse atual em trabalhar com as regiões justifica-se também pela importância
das relações entre o global e o local, que se fazem por inserções e interações desiguais. Se por
um lado, o processo de globalização fez surgir a suposição de uma homogeneidade cultural
entre as diferentes regiões do planeta, por outro lado, a força do local se colocou pelo
recrudescimento dos nacionalismos em várias partes do mundo; além disso, o fortalecimento
de fronteiras, que “supostamente” estariam se tornando fluidas, evidenciaram que o global
não anula o local.
Como todo espaço, as regiões são impactadas pelo processo de globalização como
processo produtor de outras “ordens”. Exemplificamos isso com o fluxo de pessoas, que
560

sempre existiu, mas que, na atualidade, torna-se intenso por motivos humanitários,
intimamente ligados a fatores desencadeados pelos processos globais. Enquanto os fluxos
mudam o papel de algumas regiões, modificando sua própria concepção, por outro lado,
outras regiões recebem a herança cultural dos indivíduos e grupos recém-chegados, e
respondem com novas relações e interações locais. Ou seja, novos arranjos e significados
surgirão, remodelando regiões.
Pensando nos fluxos, com o intuito de estimular atitudes de solidariedade, pode-se
evidenciar que o ser humano sempre esteve em movimento e que a relação com o espaço não
é estática. O indivíduo que habita e compõe, com seu modo de vida, uma região, pode
deslocar-se e, ao chegar à outra localidade, tecer relações de estranhamento e/ou
pertencimento.

1.6 Lugar

É justamente no conceito de lugar que buscamos dar clareza às relações simbólicas


com o espaço que é vivido e percebido. Aqui a lógica buscada para explicar e dar sentido a
determinados espaços não está na política ou no mercado, mas em significados afetivos, de
ligação simbólica, de referências socioculturais acumuladas historicamente e em um
sentimento de pertencimento.
Assim, desde muito cedo, é possível construir juntamente com os alunos, a partir da
expressão oral, ou escrita, ou de representações em imagens, formas de expressar as
impressões pessoais acerca de lugares. Nessa construção, entram em ação todos os sentidos
humanos, com o intuito de dar corporeidade ao significado de determinados espaços vividos
pelo aluno, seja como indivíduo ou através da coletividade da qual faz parte. Assim, espaços
vividos por reuniões de família ou pelo grupamento religioso nos quais se está inserido serão
concebidos como a categoria lugar.
Todo o trabalho pedagógico envolvendo o conceito lugar, pode destacar a importância
que as vivências, as percepções e a memória dos indivíduos e dos grupos sociais têm para a
construção do saber geográfico.

1.7 Paisagem

Assim como a Geografia não é mais concebida apenas como descrição da Terra, a
paisagem não trata somente da descrição de uma parte visível de um mundo estático.
561

Reconhecemos a importância da observação, da aquisição e do uso de um vocabulário que


permita ao estudante saber descrever as características de determinado espaço, mas o estudo
da paisagem não se encerra nisso. Trata-se também de compreender a dinâmica da paisagem,
de suas transformações ao longo do tempo e da percepção de todos os fatores que envolvem
essas transformações, sejam oriundas de processos físicos ou sociais.
Ao pensar na paisagem, não cabe mais percebê-la simplesmente como combinação de
elementos ou representações visuais, pois ela se transforma de acordo com o contexto
histórico-temporal. Assim, a paisagem apresenta-se como perspectiva de interações e
transformações em que o imaginário social transforma culturalmente a natureza (VITTE,
2007), e seus componentes não estão simplesmente reunidos, mas associados ou
interdependentes, caracterizando o conceito de paisagem como parte integrante dos estudos
geográficos, corroborando também no estudo do espaço.
Nota-se que não é possível formar ideias de paisagem separando sua dinâmica das
ações do tempo e das ações antropogênicas que se expressam por si na paisagem, formando
então o que se denomina paisagem cultural. Ressalta-se ainda que estas paisagens podem-se
modificar, sucedendo-se devido à própria sucessão de culturas.
Ao observar a paisagem, é sabido que seu funcionamento não ocorre de forma linear, e
sim com variadas transformações, perdas, adições, entradas e saídas de energia, entre tantos
outros fatores e processos que não podem deixar de ser destacados, pois, dessa forma, o que
se terá serão fragmentos, e não o seu entendimento real (SOUZA, 2014). Vale ressaltar que a
estabilidade dos sistemas é momentânea, pois a própria paisagem está em constante
construção, logo, o que chamamos de equilíbrio hoje pode sofrer rupturas e fazer com que o
sistema busque novo ponto de equilíbrio. Sendo assim, a condição linear não contempla as
observações científicas recentes.
Desse modo, ao trabalhar a paisagem junto aos alunos, busca-se incentivar o estudante
a identificar e relacionar paisagens, a partir da percepção das mudanças sociais e da natureza
no tempo em diferentes momentos históricos, produtos de construções e rupturas, acordos e
conflitos.

1.8 Natureza

Importante para o trabalho com todos os conceitos abordados anteriormente, o


conceito de natureza ganha especial destaque nesse momento em que a questão ambiental se
impõe. Os custos da degradação ambiental, o agravamento dos problemas
562

urbanos/ambientais, as crises relacionadas à matriz energética, bem como o despertar para a


finitude dos recursos naturais e as disputas sociais e políticas por eles, auxiliaram a evidenciar
o esgotamento de um modelo de civilização regido pela “modernização” da relação sociedade-
natureza, o que exigiu a revisão de conceitos de importância para embasar essa relação, a
exemplo do próprio conceito de natureza (durante muito tempo reduzido à ideia de recursos
naturais) e de desenvolvimento (insistentemente equiparado ao crescimento econômico).
Na construção de novas ressignificações, é de grande importância que se trabalhe a
natureza a partir de uma interpretação sistêmica. Tal concepção não exclui o ser humano ou as
transformações geradas pela sociedade urbano-industrial. As alterações provocadas pelos
componentes do sistema, todos interligados e sobrepostos, geram impactos cujas
consequências não podem ser medidas e previstas com precisão38, e ainda precisam
considerar a resiliência do sistema.
Pelo que foi dito até aqui, já fica evidenciada a necessidade de trabalhar, juntos aos
estudantes, as concepções a respeito da natureza, as relações sociedade-natureza e a questão
ambiental a partir da complexidade (MORIN, 2000). Nosso interesse é construir um
pensamento crítico em que nosso aluno reconheça diferentes modelos estabelecidos no tempo
e no espaço na longa relação sociedade-natureza, e que compreenda o papel das sociedades e
das diferenças culturais nos desenhos dos papéis e dos interesses em que se baseiam essas
relações. À Geografia cabe uma reflexão baseada nas interações constantes e não
desvinculadas, a exemplo das relações clima-relevo-solo-cobertura vegetal.
Acreditamos que novas práticas dependerão de novas formas de pensar a natureza,
fortemente alimentadas por processos educativos comprometidos com a manutenção da vida,
a promoção da justiça social e ambiental.

1.9 Representação Espacial

Não é preciso discorrer longamente sobre a importância da linguagem visual nos


processos de comunicação da atualidade. Apesar de a ciência geográfica há muito tempo
trabalhar com instrumentos que permitem a representação do espaço em diferentes escalas,
propósitos e temas, temos assistido a uma popularização de diversos instrumentos de
representação na vida cotidiana, desde aplicativos de localização em celulares, de transporte,
38
Alguns autores, a exemplo de Moreno et al (2016), têm apontado os limites das medidas para controlar as
alterações ambientais, como o cálculo sobre as emissões e créditos de carbono que, apesar de terem o mérito
de “forçar” o diálogo acerca de questões importantes para todo o mundo, insistem na obsessão pela
quantificação denunciando a ilusão do ser humano de controle sobre os sistemas naturais.
563

infográficos para leitura de informações de forma mais dinâmica, sejam de conflitos


internacionais, sejam para a previsão do tempo.
Essa popularização está relacionada às novas mídias e à expansão de geotecnologias.
No sentido de formar leitores críticos em diferentes linguagens, é importante o
desenvolvimento de habilidades que permitam, ao sujeito, apropriar-se dessas formas de
representação. Referimo-nos aqui a um trabalho que possibilite ao aluno identificar os
elementos de uma representação espacial, ler e interpretar a informação nela contida,
relacionar a representação à realidade social, compreender as intenções da divulgação e do
uso de diferentes instrumentos.

1.10 Organização da Matriz Curricular

É importante ressaltar que essa revisão do referencial não tem a intenção de restringir
o trabalho pedagógico. Seu caráter e intenção são de orientar e auxiliar o professor de
Geografia, reconhecendo as múltiplas realidades vividas em cada comunidade escolar, e as
culturas e trajetórias percorridas pelos estudantes da nossa rede de educação.
O professor, desde os anos iniciais até os finais, comprometido com a prática
educacional, para alcançar os objetivos relacionados à construção de saberes geográficos,
precisa buscar a diversificação de recursos didático-pedagógicos disponíveis como meios para
apoiar as diferentes formas de aprendizagem. Diferentes ambientes, dentro e fora das escolas
podem ser usados como alternativas às salas de aula, permitindo a vivência e observação de
espaços distintos. Reconhecemos que a prática do trabalho de campo é de grande importância
para ampliar os conhecimentos acerca do espaço. Para garantir essa prática, é preciso garantir
o transporte de alunos e professores.
Na intenção de permitir a transição e a percepção das diferentes escalas da vida social,
desde a local até a global, bem como os estudos comparativos envolvendo paisagens, cidades
e territórios, será de suma importância o funcionamento de ambientes digitais nas escolas.
Esses ambientes, além de permitir visitas digitais, tão interessantes para muitos adolescentes da
atualidade, também viabilizarão a leitura e a interpretação de instrumentos de representação
espacial.
Apesar de a Geografia e a História apresentarem-se como campo de saberes das
Ciências Humanas, defendemos que suas práticas pedagógicas busquem a articulação
564

interdisciplinar39 com os demais campos de saberes, cujas fronteiras não são muros
intransponíveis. Assim, é possível à Geografia estabelecer pontes com as Ciências Naturais,
como acontece nesse referencial especificamente para os saberes trabalhados no 6º ano, bem
como com a Matemática na construção da lateralidade, na representação espacial e na
proporcionalidade.
A organização por núcleos temáticos coloca-se como um fio condutor para o trabalho
pedagógico da Geografia em todo o Ensino Fundamental. Os núcleos possibilitam um
planejamento articulado para o trabalho com conceitos e práticas que, apesar de suas
especificidades, mantém relações entre si.
Os Objetos de Conhecimento podem ser trabalhados a partir de temas ou de problemas
de investigação elaborados pelo professor com/para seu grupamento. Os Objetivos de
Aprendizagem e Desenvolvimento relacionam-se não apenas aos Objetos de Conhecimento,
mas também a habilidades e atitudes sociocomportamentais. Tanto os Objetos de
Conhecimento, quanto os Objetivos de Aprendizagem e Desenvolvimento são elencados para
cada ano de escolaridade sem que haja uma sequência temporal predeterminada para alcançá-
los.

39
O artigo 8º da Resolução CNE/CP Nº 2, de 22 de dezembro de 2017, esclarece que as redes de educação
podem adotar a interdisciplinaridade como forma de organização dos componentes curriculares.
565

MATRIZ CURRICULAR – GEOGRAFIA

1º CICLO

GEOGRAFIA - 1ºANO

Objetivos de Aprendizagem e
Núcleos Temáticos Objetos de Conhecimento Propostas Metodológicas
Desenvolvimento
● Encontros e entrevistas com pessoas da família e
comunidade (funções sociais de membros de
 O modo de vida das crianças ● Descrever características observadas de seus associação, conselho tutelar, entre outras
em diferentes lugares (família, lugares de vivência (família, escola e personalidades de amplo convívio social).
escola e comunidade). comunidade). ● Produção de árvore genealógica
 Conhecer o espaço escolar. ● Conhecer o espaço escolar e seus diferentes ● Mapeamento da vida cotidiana (família e
 Situações de convívio em usos (refeitório, sala de aula, secretaria). comunidade) (em produção).
O Sujeito e seu diferentes lugares do micro para ● Identificar semelhanças e diferenças entre ● Mapeamento do espaço escolar (circuito e
Lugar no o macro. esses lugares. organograma).
Mundo  Jogos e brincadeiras como elo ● Identificar semelhanças e diferenças entre ● Encontro com pessoas de diferentes gerações e de
nas relações dos diferentes jogos e brincadeiras de diferentes épocas e outras localidades para apresentar as diversas
grupos. lugares. brincadeiras vivenciadas por eles.
● Trabalhar com músicas, poesias, parlendas, contos, e
outros gêneros textuais que remetem o conhecimento
do eu, o outro, meu espaço, a família, a escola.
566

● Observar e descrever ritmos naturais (dia e


noite, variação de temperatura e umidade
etc.) em diferentes escalas espaciais e
temporais, comparando a sua realidade com
outras.
● Localizar-se no tempo e espaço. ● Previsão do tempo de jornais para serem
● Identificar e relatar semelhanças e interpretados, criando painéis com paisagens e
diferenças de usos do espaço público vestimentas adequadas (Painel meteorológico).
(praças, parques) para o lazer e diferentes ● Descrição de como está o tempo meteorológico,
manifestações. através de imagens, gravuras e músicas.
Representação ● Ciclos naturais e a vida
● Discutir e elaborar, coletivamente, regras de ● Trabalho de campo no entorno da escola.
Espacial, Conexões e cotidiana.
convívio em diferentes espaços (sala de ● Rota da casa até a escola utilizando o google maps,
Escalas ● Pontos de referência.
aula, escola, praça etc.). mapa físico ou croqui.
● Criar mapas mentais e desenhos com base ● Aula passeio nos espaços públicos, identificando
em itinerários, contos literários, histórias diferentes usos.
inventadas e brincadeiras. ● Confecção das regras de convívio nos diferentes
● Elaborar e utilizar mapas simples para espaços (cartazes).
localizar elementos do local de vivência,
considerando referenciais espaciais (frente e
atrás, esquerda e direita, em cima e
embaixo, dentro e fora) e tendo o corpo
como referência.

● Reconhecer e citar as diversas profissões


● Trabalho na família, escola e em seu dia a dia. ● Elaboração de uma relação das diversas profissões
comunidade. ● Conhecer e analisar diferentes tipos de dos familiares dos alunos.
● Diferentes tipos de trabalho e moradia ou objetos de uso cotidiano ● Entrevista com os diversos profissionais da escola,
Mundo do Trabalho meios de produção existentes (brinquedos, roupas, mobiliários), identificando suas funções, inclusive o aluno.
no seu dia a dia. considerando técnicas e materiais utilizados ● Produção de gráfico das profissões e promoção de
● Função social dos atores nos em sua produção. feirinha das profissões na escola.
diversos grupos. ● Descrever atividades de trabalho ● Pesquisa das origens e percurso dos produtos de
relacionadas com o dia a dia da sua necessidade básicas diárias.
comunidade.
567

● Analisar a disposição do relevo.


● Percurso no espaço do entorno da escola, com
● Identificar as construções em áreas de
registros fotográficos.
Dinâmica da ● Relevo do bairro e qualidade de encostas.
● Interpretação dos registros fotográficos, analisando
Natureza e vida. ● Descrever características de seus lugares de
as diversas construções encontradas.
Questões ● Condições de vida nos lugares vivência relacionadas aos ritmos da
● Exposição de fotografias do bairro.
Socioambientais de vivência. natureza (chuva, vento, calor etc.).
● Relato de experiências em relação às dificuldades
● Reconhecer as dificuldades encontradas em vivenciadas diante das dinâmicas da natureza.
seus diversos lugares de convivência.

1º CICLO

GEOGRAFIA – 2º ANO

Objetivos de Aprendizagem e
Núcleos Temáticos Objetos de Conhecimento Desenvolvimento Propostas Metodológicas

● Pesquisa das origens dos membros de suas


● Descrever a história das migrações no famílias, compartilhando com os colegas de classe.
bairro ou comunidade em que vive. ● Vídeo ou animação sobre o processo migratório.
● Comparar costumes e tradições de diferentes ● Pesquisar sobre a história do bairro, utilizando os
populações inseridas no bairro ou diferentes recursos, com a apresentação de um
● Convivência e interações entre comunidade em que vive, reconhecendo a esquete teatral com personalidades dessa história.
O Sujeito e seu pessoas na comunidade. importância do respeito às diferenças. ● Apresentação de grupos artísticos que trabalham
Lugar no ● Riscos e cuidados nos meios de ● Comparar diferentes meios de transporte e com as tradições culturais regional.
Mundo transporte e de comunicação. de comunicação, indicando o seu papel na ● Aula passeio ao museu dos Bondes, Ponte Rio
conexão entre lugares, e discutir os riscos Niterói.
para a vida e para o ambiente e seu uso ● Palestras com a NitTrans sobre trânsito seguro.
responsável. ● Tour pela cidade de ônibus, identificando os
problemas encontrados do trânsito em nossa
cidade.
568

● Produzir um vídeo para o Youtuber ressaltando os


riscos e cuidados necessários diante da internet.
● Elaboração de uma campanha de combate à fake
News e à ilegalidade de distribuição da internet e
afins.
● Perceber as formas de organização dos ● Relatos de vivências cotidianas das famílias dos
espaços cotidianos. educandos.
● Reconhecer os direitos e deveres em relação ● Quadro comparativo das informações.
a dinâmica de convivência no tempo e nos ● Análise das informações a fim de registrar em carta
diferentes espaços. ao poder público apresentando as reivindicações
● Analisar mudanças e permanências observadas pela turma.
● Experiências da comunidade comparando imagens de um mesmo lugar ● Exposição de fotos antigas e reprodução de novas
Representação no tempo e espaço. em diferentes tempos. a fim de comparar as mudanças ocorridas no
Espacial, ● Mudanças e permanências. ● Analisar as mudanças funcionais dos entorno da escola e na própria escola.
Conexões e ● Localização, orientação e espaços públicos e internos da escola. ● Relatos de experiências com funcionários antigos.
Escalas representação espacial. ● Reconhecer semelhanças e diferenças nos ● Visita aos espaços públicos a fim de conhecer as
hábitos, nas relações com a natureza e no mudanças históricas desses espaços.
modo de viver de pessoas em diferentes ● Elaboração de mapas e bússolas.
lugares. ● Utilizar mapas, bússolas, google maps (tecnologia)
● Aplicar princípios de localização e posição e afins para localizar-se no espaço.
de objetos por meio de representação ● Caça ao tesouro a fim de utilizar o instrumento de
espacial da sala de aula e da escola. orientação.

● Criação do quadro de rotina escolar e analisar o


● Relacionar o dia e a noite a diferentes tipos
Mundo do Trabalho ● Tipos de trabalho em lugares e que as demais pessoas podem estar fazendo
de atividades sociais (horário escolar, sono,
tempos diferentes. nesses horários.
comercial etc.).
● Conhecer as profissões que trabalham em plantão.
● Reconhecer a importância do solo e da ● Visita aos espaços públicos responsáveis pela
água para a vida identificando seus manutenção e conservação da cidade (paisagismo
Dinâmica da ● Os usos dos recursos naturais:
diferentes usos e impactos dessa utilização – Secretaria do Meio Ambiente e lixo - CLIN).
Natureza e questões solo e água no campo e na
no cotidiano da cidade e do campo. ● Conversa com funcionários destes órgãos públicos
Socioambientais cidade.
● Reconhecer na paisagem local as diferentes ● Aulas passeio em pontos turísticos na cidade.
manifestações da natureza e suas
transformações como resultado das ações
coletivas.
569

1º CICLO

GEOGRAFIA – 3º ANO

Objetivos de Aprendizagem e
Núcleos Temáticos Objetos de Conhecimento Propostas Metodológicas
Desenvolvimento
● Identificar e comparar aspectos culturais
dos grupos sociais de seus lugares de ● Visitas aos quilombos e aldeias indígenas
vivência, seja na cidade, seja no campo. existentes na cidade.
O Sujeito e seu ● A cidade e o campo, ● Identificar em seus lugares de vivências ● Visita ao museu arqueológico em Itaipu.
Lugar no aproximações e diferenças. marca de contribuição cultural e econômica ● Construção de uma história coletiva reconhecendo
Mundo de grupos de diferentes origens. Araribóia como um dos primeiros imigrantes de
● Reconhecer os diferentes modos de vida de Niterói.
povos e comunidades tradicionais em
distintos lugares.
● Explicar como os processos naturais e ● Visita ao Teatro Popular e Teatro Municipal de
históricos atuam na produção e mudança das Niterói para análise comparativa da arquitetura.
paisagens naturais e antrópicas nos seus ● Análise comparativa das fotos antigas e novas das
lugares de vivências comparando-os a margens da praia do Barreto que transformou -se
outros lugares. em rodovia.
Representação ● Paisagens Naturais e ● Ressignificação do espaço público a partir ● Painel de fotos com as mudanças dos meios de
Espacial, Antrópicas em transformação. dos meios de transporte e comunicação e Transporte (barcas antigas e atual, abrigo dos
Conexões e ● Representações Cartográficas. sua importância para o desenvolvimento da bondes).
Escalas cidade. ● Pesquisa sobre os meios de transportes e
● Identificar e elaborar diferentes formas de comunicação mais utilizados.
representação para representar componentes ● Construção da maquete da sala de aula para a
da paisagem dos lugares de vivência. compreensão da escala, além de objetos
● Identificar objetos em lugares de vivência tridimensional e bidimensional.
em imagens aérea, mapas e fotografias. ● Produção de desenhos, mapas mentais.
570

● Visita aos espaços de agricultura familiar a fim de


conhecer e compreender o processo de produção de
● Identificar alimentos minerais e outros produtos alimentícios e naturais.
● Matéria-prima e Indústria. produtos cultivados e extraídos da natureza ● Visitas aos hortos da cidade (Barreto, Fonseca).
Mundo do Trabalho
comparando as atividades de trabalho em ● Pesquisar as grandes catástrofes ambientais
diferentes lugares. relacionadas à extração de matéria prima mineral
voltada para a indústria (Mariana, Angra, entre
outros).
● Relacionar a produção de lixo doméstico ou
da escola aos problemas causados pelo ● Parceria com a Companhia de Limpeza Urbana
consumo excessivo e construir propostas (CLIN).
para o consumo consciente, considerando a ● Construção de objetos com material reciclável.
ampliação de hábitos de redução e uso e ● Campanha sobre a importância da coleta seletiva na
reciclagem / descarte de materiais sala de aula e na escola.
consumidos em casa na escola e ou no ● Bazar de troca na sala de aula a fim de
entorno. reaproveitamento de objetos e utensílios em geral.
Dinâmica da ● Produção, circulação e ● Investigar os usos naturais com destaque ● Visitar o parque das águas da cidade de Niterói.
Natureza e questões consumo. para os usos da água em atividades ● Elaboração de gráficos sobre a utilização da água
Socioambientais ● Impactos das atividades cotidianas e discutir os problemas nas diversas atividades humanas (agricultura,
humanas. ambientais provocados por esses usos. pecuária, indústria e nas residências).
● Identificar os cuidados necessários para a ● Confecção de mural apresentando as diversas
utilização da água na agricultura e geração fontes de geração de energia.
de energia a modo de garantir a manutenção ● Maquetes demonstrando as atividades econômicas
do provimento da água. predominantes nos espaços rurais e nos urbanos.
● Comparar impactos das atividades ● Elaboração de um vídeo ou animação com o
econômicas urbanas e rurais sobre o objetivo de conscientizar sobre a ocupação
ambiente físico natural, assim como os desordenada em áreas de risco e a paisagem em
riscos provenientes do uso de ferramentas degradação.
e máquinas.
571

● Identificar fatores que se relacionam de


modo desfavorável ao bem-estar da
comunidade como a ocupação desordenada
em áreas de risco e a paisagem em
degradação.

2º CICLO

GEOGRAFIA – 4º
ANO
Objetivos de Aprendizagem e
Núcleos Temáticos Objetos de Conhecimento Propostas Metodológicas
Desenvolvimento

● Território e Diversidade ● Conhecer conceitos fundamentais da


● Leitura de textos diversos.
Cultural. Geografia como paisagem, lugar e
● Alguns conceitos geográficos: território.
● Análise de gráficos, tabelas e imagens diversas.
Paisagem e os seus elementos ● Analisar diferentes formas de paisagem.
constitutivos. Ex.: paisagem ● Reconhecer seu lugar no mundo a partir de
natural e cultural. ● Pesquisa em livros, sites, revistas etc.).
seus espaços de vida.
● Conceito de Lugar e de ● Compreender os processos migratórios e
Território, limites, divisas suas contribuições para a formação da ● Produção textual.
O Sujeito e seu e fronteiras. sociedade brasileira.
● Composição para apresentação oral e de
Lugar no ● O Município e a Cidade. ● Distinguir funções e papéis dos órgãos do
Mundo ● Divisão política do poder público municipal incluindo a Câmara exposição.
país (Municípios e dos vereadores e Conselhos Municipais.
Estados). ● Conhecer algumas instâncias de poder e ● Uso de vídeos, filmes, curtas-metragens e
●A Diversidade étnico- alguns canais de participação social. documentários.
cultural do município. ● Compreender a importância do
● Processos migratórios. recolhimento e aplicação dos impostos para o
● Instâncias do poder e canais de desenvolvimento socioeconômico-ambiental
participação social do Município.
(associações de moradores,
572

conselhos municipais, entre


outros). ● Uso de músicas e demais expressões artísticas.
● Esferas do poder: poderes
Executivo, Legislativo e
Judiciário do município e do ● Produção de Rosa dos Ventos.
estado – uso e função dos
impostos.
● Uso do Google Maps e do Google Earth.
● Identificar os elementos que caracterizam os
espaços rurais e urbanos.
● Compreender a interdependência do campo
● Criação de projetos para conscientização
● Relação campo e cidade e seus e da cidade, considerando diversos aspectos
ambiental.
elementos constitutivos. como os fluxos de informações,
● Organização política de econômicos, de ideias e de pessoas.
municípios. ● Identificar os elementos que compõem a
● Produção de maquetes.
● Origem da população: organização política do país, como Distritos,
indígenas, africanos, Municípios, Estados e Grandes Regiões.
colonizadores e imigrantes. ● Conhecer e compreender a importância dos
● Visitas a museus, Estações de tratamento de água.
Representação ● Comunidades indígenas e diversos territórios étnico-culturais
Espacial, quilombolas. existentes no Brasil, como terras indígenas
Conexões e ● Diversidade da população. e de comunidades remanescentes de
● Cinema na escola com filmes que mostram
Escalas ● Sistema de Orientação. quilombos.
atividades econômicas do campo e outros da
● Elementos constitutivos dos ● Reconhecer os pontos cardeais a partir da
cidade e posterior discussão sobre as diferenças e
mapas – título, legenda, observação do sol. os reflexos dessas atividades sobre os modos de
orientação e escala. ● Utilizar as direções cardeais na orientação vida.
espacial em diferentes tipos de paisagem.
● Identificar os diversos elementos
constitutivos de um mapa e conhecer sua ● Produção de maquete em grupo na escola que
importância na leitura cartográfica.
explorem material reciclável para representação de
atividades de pecuária, agricultura, indústria e
● Trabalho no campo e na cidade ● Comparar as características do trabalho no comércio.
Mundo do Trabalho – interdependência campo- campo e na cidade.
cidade e diferentes modos de ● Identificar e discutir o processo de produção
vida. (transformação de
573

● Produção: agricultura, matérias-primas), circulação e consumo de


pecuária, extrativismo, diferentes produtos. ● Levantamento do comércio e dos serviços que
indústria, comércio e ● Identificar os diferentes meios de existam no bairro da escola.
prestação de serviços. transporte e sua importância para a
● A questão do trabalho circulação de pessoas, mercadorias.
artesanal e do setor informal. Conhecer e diferenciar os principais meios ● Trabalho com imagens de diferentes paisagens
● Circulação: meios de de comunicação e as tecnologias de pesquisadas pelos alunos em revistas. Os alunos
transporte. informação e sua importância para a devem dizer por que escolheram as imagens e
● Consumo: consumo sociedade. devem tentar descrevê-las com auxílio do
consciente. ● Compreender a importância do consumo professor.
● Transformação da consciente e seu impacto nos processos de
matéria-prima. produção.

● Identificar as características das paisagens


● Os espaços naturais e seus naturais (relevo, vegetação, clima e
elementos: relevo, vegetação, hidrografia) no ambiente em que vive.
clima e hidrografia. ● Identificar as diversas ações antrópicas nas
● Formas de relevo e os agentes diferentes paisagens, bem como a sua
modeladores. conservação ou degradação.
● Formações florestais do Brasil: ● Identificar problemas ambientais que
floresta Amazônica, Mata ocorrem em seus espaços de vida, como
Dinâmicas da Atlântica, Cerrado, Mata de lixões, indústrias poluentes, destruição do
Natureza e Araucárias, Mata de Cocais, patrimônio histórico, deslizamentos etc.
Questões Caatinga, Campos e Vegetação ● Identificar e descrever problemas ambientais
Socioambientais Litorânea. que ocorrem no entorno da escola, do bairro
● Os impactos ambientais e da residência, propondo soluções para
provocados pela ação estes problemas.
antrópica. ● Conhecer órgãos do poder público e canais
● O acúmulo de lixo, a poluição de participação social responsáveis por
do ar, da água e do solo, buscar soluções para a melhoria da
enchentes e deslizamento nas qualidade de vida (em áreas como meio
encostas. ambiente, mobilidade, moradia e direito à
cidade).
574

2º CICLO

GEOGRAFIA – 5ºANO

Objetivos de Aprendizagem e
Núcleos Temáticos Objetos de Conhecimento Propostas Metodológicas
Desenvolvimento
● Identificar características gerais da
população brasileira e sua distribuição no
território nacional. ● Leitura de textos diversos.
● Brasil, meu lugar. ● Identificar e valorizar as características ● Produção textual.
● Paisagens do Brasil. regionais que formam a diversidade social, ● Análise de gráficos, tabelas e imagens.
●A Diversidade étnico- étnica e cultural do povo brasileiro. ● Pesquisa (livros, sites, blogs, revistas etc.).
cultural da população ● Conhecer o conceito de povo. ● Composição para apresentação oral e de exposição
brasileira. ● Desenvolver atitudes de combate às ● Uso de vídeos, filmes, curtas-metragens e
● Origem da população: variadas formas de discriminação ou documentários.
indígenas, africanos, preconceito de ordem regional, social ou ● Uso de músicas e expressões artísticas diversas.
colonizadores, imigrantes, cultural. ● Uso do Google Maps e do Google Earth.
O Sujeito e seu comunidades indígenas e ● Analisar transformações de paisagens nas ● Criação de projetos para conscientização
Lugar no quilombolas. cidades, comparando as sequências de ambiental.
Mundo ● Densidade demográfica do fotografias em épocas diferentes. ● Produção de maquetes.
Brasil. ● Perceber as transformações ocorridas ● Visitas a fábricas, lojas, museus, centros culturais
● Fluxos migratórios através do tempo com e sem a interferência etc.
e imigratórios. dos seres humanos em suas sociedades. ● Adesão a projetos sustentáveis como coleta de
● Compreender o que são os processos tampinhas, latas, garrafas pet etc.
migratórios e imigratórios e suas relações ● Conhecer soluções que vem do lixo: como
com a formação da população. reciclagem e produção de energia.
● Conhecer a população brasileira em ● Palestras de agentes sociais e de saúde.
quantidade e expectativa de vida.
● Compreender as dinâmicas migratórias,
estabelecendo relações entre condições de
infraestrutura e qualidade de vida.
575

● Conhecer as esferas do Poder Público


Federal e suas funções.
● Distinguir diversos canais de participação
social na gestão municipal.
● Identificar órgãos do poder público e canais
● Organização política do Brasil de participação social responsáveis por
(estados e grandes regiões). buscar soluções para a melhoria da
● Esferas do poder: poderes qualidade de vida (em áreas como meio
● Desenhar uma Rosa dos Ventos em papel vegetal
Executivo, Legislativo e ambiente, mobilidade, moradia e direito à
ou seda branco, recortar e colocar sobre um mapa
Judiciário. cidade) e discutir as propostas
ou imagem da cidade para um exercício de
● Instâncias do poder e canais de implementadas por esses órgãos que afetam
localização.
participação social. a comunidade em que vive.
● Sistema de Orientação (Rosa ● Utilizar as direções cardeais na orientação
Representação
dos Ventos entre outros). espacial em diferentes tipos de mapas.
Espacial, ● Leitura e interpretação de diferentes mapas a
● Elementos constitutivos dos ● Analisar diferentes tipos de mapas (físicos,
Conexões e partir dos mapas da escola ou atlas em sala de
mapas – título, legenda e políticos, demográficos etc.).
Escalas aula.
orientação. ● Identificar os diversos elementos
● Mapas políticos, físicos e constitutivos de um mapa e conhecer sua
demográficos. importância na leitura cartográfica.
● Construir mapas físicos utilizando
convenções cartográficas, como legenda e
orientação espacial.
● Estabelecer conexões entre diferentes
paisagens utilizando mapas temáticos e
representações gráficas.
● Fazer leitura de imagens, de dados e de
documentos de diferentes fontes de
informação, interpretando-os.

● Conhecer os três setores da economia


● Setores da economia: primário,
brasileira.
secundário e terciário.
● Identificar e comparar as mudanças dos
tipos de trabalho e o desenvolvimento
576

● Relações de trabalho nos tecnológico nos diversos setores de


setores econômicos. produção.
● O trabalho informal. ● Identificar e comparar as transformações nos
● A tecnologia e o trabalho. meios de comunicação e de transporte com
● Questões de trabalho e renda. o desenvolvimento tecnológico.
Mundo do ● A distribuição de renda e ● Perceber como ocorre a distribuição de
Trabalho desigualdades sociais. renda.
● Práticas de desenvolvimento ● Compreender os direitos do trabalhador.
● Estabelecer conexões entre a distribuição de
sustentável.
renda e as desigualdades sociais.
● Identificar práticas que promovem o
desenvolvimento sustentável nos setores de
produção.
● Os espaços naturais do Brasil: ● Identificar e valorizar as características
relevo, vegetação, clima e regionais que formam o território brasileiro.
hidrografia. ● Identificar as características das paisagens
● Meio ambiente: degradação x naturais e antrópicas no meio ambiente,
preservação. bem como a ação humana na conservação
● Os impactos ambientais ou degradação.
provocados pela ação antrópica ● Conhecer os tipos de poluição do solo, do ● Pesquisas sobre diferentes formas de degradação
Dinâmica da no país. ar e dos rios e mares. ambiental.
Natureza e ● Tipos de poluição ambiental. ● Compreender e discutir os significados dos
Questões ● Consumo consciente e o 5 Rs (repensar, reduzir, recusar, reutilizar e
Socioambientais significado dos 5 Rs reciclar). ● Composição de painel sobre formas de diminuir a
(Repensar, reduzir, recusar, ● Conhecer os órgãos públicos responsáveis poluição na cidade onde vivemos.
reutilizar e reciclar). pela preservação ambiental.
● Órgãos públicos e melhoria de ● Conhecer ações e práticas de participação
qualidade de vida. social voltadas para o desenvolvimento
● Canais de participação social e sustentável, preservação do meio ambiente e
soluções para melhorar a de consumo sustentável.
qualidade de vida da população ● Identificar e descrever problemas ambientais
brasileira. que ocorrem no entorno da
577

escola, da residência e do bairro (lixões,


indústrias poluentes, destruição do
patrimônio histórico etc.) propondo
soluções (inclusive tecnológicas) para esses
problemas.

3º CICLO

GEOGRAFIA – 6º ANO

Objetivos de Aprendizagem e
Núcleos Temáticos Objetos de Conhecimento Propostas Metodológicas
Desenvolvimento
● Pesquisa de diferentes paisagens. descrição das
● Paisagem, seus elementos e ● Compreender os conceitos de paisagem, mesmas pelos alunos (livros, revistas, sites etc.).
O Sujeito e seu transformação. lugar, espaço e território, considerando as ● Produção textual a partir da descrição de lugares e
Lugar no ● Lugar e seu reconhecimento. interrelações dos elementos que os os diferentes significados para os sujeitos.
Mundo ● O Espaço geográfico. compõem. ● Análise de Imagens e fotos.
● O Território. ● Uso de músicas e expressões artísticas diversas.

● Trabalhos de campo: tour em Niterói, visitas a


outras cidades, a museus e demais espaços
culturais.
● Desenvolver noções de orientação,
● Utilização das Salas de Informática.
localização e representação do espaço
● Recursos multimídias (vídeos, imagens aéreas e
Representação ● Orientação e localização no geográfico.
imagens de satélites).
Espacial, espaço geográfico e ● Medir distâncias na superfície pelas escalas
● Utilização de diferentes softwares e aplicativos de
Conexões e representação cartográfica. gráficas e numéricas dos mapas.
localização espacial.
Escalas ● Diferenciar os movimentos de rotação e
● Confecção de maquetes.
translação.
● Confecção de modelos esquemáticos.
● Produção de painel.
● Criação de projetos de conscientização ambiental.
● Debates e apresentação de trabalhos.
● Produção de gráficos.
578

● Compreender as interrelações entre os seres


● Visita à ONG ou empresa cuja atuação seja voltada
humanos e a natureza e as transformações
às questões ambientais.
por elas advindas.
● Reconhecer que as intervenções humanas
● Transformações da paisagem ● Produção de jogos voltados ao conhecimento sobre
podem gerar desequilíbrios ambientais.
Mundo do Trabalho naturais e antrópicas. a cidade ou a questões ambientais.
● Relacionar características de transformações
das paisagens e dos espaços a partir do
● Produção de vídeo ou animação sobre a temática
desenvolvimento da agropecuária e do
ambiental.
processo de industrialização.

● Compreender a dinâmica interna da Terra e


suas consequências.
● Reconhecer a ação das forças modificadoras
do relevo (agentes internos e externos).
● Identificar os tipos diferentes de rocha,
relevo, vegetação.
● Relações entre os ● Identificar os continentes e oceanos e
Dinâmica da componentes físico-naturais. conhecer suas características.
Natureza e ● Biodiversidade e ● Distinguir recursos naturais renováveis e não ● Pesquisa sobre a biodiversidade brasileira e as
Questões ciclo hidrológico. renováveis. principais ameaças atuais a essa biodiversidade.
Socioambientais ● Dinâmica climática. ● Conhecer o ciclo hidrológico.
● Riscos Naturais: atmosféricos, ● Relacionar a demanda de recursos hídricos
hidrológicos e geológicos. e áreas de mananciais com a urbanização e
políticas públicas.
● Compreender as diferentes formas de uso e
ocupação do solo.
● Relacionar padrões climáticos, tipos de
solo, relevo e formações vegetais.
579

● Conhecer os ambientes naturais que


compõem o globo terrestre.
● Diferenciar tempo atmosférico de clima.
● Compreender os elementos atmosféricos.
● Identificar os tipos de clima e vegetação e
as relações existentes entre eles no Brasil e
no Mundo.
● Descrever a relação dos movimentos com a
circulação geral da atmosfera, o tempo
atmosféricos e os padrões climáticos.
● Relacionar práticas das sociedades a
características do clima e da vegetação.
● Identificar e compreender problemas
socioambientais como poluição,
aquecimento global, ilhas de calor, chuva
ácida, entre outros.
● Identificar e compreender os riscos
atmosféricos, geológicos e hidrológicos.
● Compreender os efeitos que as áreas de
riscos podem ter sobre a dinâmica da
sociedade e do território.
● Diferenciar enchentes, alagamentos e
inundações.
● Relacionar os movimentos de massa com as
características naturais dos taludes, das
dinâmicas das paisagens e possíveis ações
antrópicas.
580

3º CICLO

GEOGRAFIA – 7º
ANO
Objetivos de Aprendizagem e
Núcleos Temáticos Objetos de Conhecimento Propostas Metodológicas
Desenvolvimento
● Identificar e compreender a influência dos ● Pesquisa (livros, revistas, sites etc.).
fluxos econômicos e populacionais na ● Produção textual.
formação socioeconômica e territorial do ● Utilização, leitura e produção de mapas temáticos.
Brasil, além dos conflitos e das tensões ● Utilização de expressões artísticas diversas.
históricas e contemporâneas. ● Aulas de campo.
● Formação Territorial do Brasil. ● Diferenciar o meio rural e o meio urbano. ● Utilização das Salas de Informática.
● Composição e características
● Recursos multimídias (vídeos, imagens aéreas e
da população brasileira. ● Compreender a distribuição territorial da imagens de satélites).
população brasileira. ● Utilização de software.
● Identificar a diversidade étnica-cultural ● Maquetes.
que caracteriza a população brasileira. ● Confecção de modelos esquemáticos.
● Reconhecer as diferenças etárias, de ● Produção de painel.
O Sujeito e seu gênero e socioeconômicas da população ● Criação de projetos de conscientização ambiental.
Lugar no brasileira. ● Debates e rodas de conversa.
Mundo ● Identificar os movimentos migratórios
históricos e contemporâneos no Brasil.
● Identificar e compreender os diferentes
indicadores e índices que mensuram os
aspectos econômicos e sociais da
população.
● Analisar e identificar os problemas
● Desigualdades Socioeconômicas. relativos à qualidade de vida da população ● Realização de seminários e feiras culturais sobre as
brasileira. regiões do país.
● Identificar órgãos do poder públicos e
canais de participação social responsáveis
ou buscar soluções para a melhoria da
qualidade de vida (em áreas como meio
ambiente, mobilidade, moradia e direito à
cidade) e discutir as propostas
581

implementadas por esses órgãos que


afetam as comunidades em que vive.

● Identificar a localização geográfica do


território brasileiro em diferentes escalas
(América do Sul, América e Mundo).
● Localização geográfica do ● Reconhecer as macrorregiões brasileiras
Representação território brasileiro. definidas pelo IBGE. ● Leitura e interpretação de mapas da escola e
Espacial, ● Regionalização do território ● Identificar as características ambientais, trabalhos em grupo com atlas.
Conexões e brasileiro. históricas e socioeconômicas de cada uma
Escalas das macrorregiões brasileiras.
● Identificar outras formas de
regionalização do território brasileiro.
● Estabelecer relações entre os processos de
industrialização e inovação tecnológica
com as transformações socioeconômicas e
espaciais do território brasileiro.
● Compreender os conceitos de conurbação,
metrópoles e megalópole.
● Industrialização, Urbanização ● Identificar as relações entre o meio rural
Brasileira e Espaço Rural. e o meio urbano.
● Setores da Economia: ● Compreender a raiz dos problemas no
Mundo do Trabalho ● Pesquisa e apresentação dos principais problemas
produção, circulação e campo e conhecer os principais
urbanos e problemas rurais e possíveis soluções.
consumo. movimentos sociais que atuam nesse
● Desigualdade Social e o espaço.
Trabalho. ● Analisar a influência e o papel das redes
de transporte e comunicação na
configuração do território brasileiro.
● Identificar os diferentes setores da
economia.
● Reconhecer o processo de terciarização
da economia.
582

● Reconhecer os processos de precarização


das relações de trabalho.
● Identificar as modalidades de trabalho
escravo.
● Compreender as diferenças entre o
trabalho formal e o trabalho informal.
● Identificar alguns movimentos sociais
urbanos.
● Compreender as características da
geodiversidade brasileira (relevo, clima,
hidrografia, solo e geologia).
● Identificar os biomas brasileiros e suas
características.
● Analisar o processo de desmatamento dos
principais biomas brasileiros. ● Visita ao Museu da Geodiversidade.
● Compreender a importância das unidades de
conservação. ● Pesquisa sobre os biomas brasileiros e as principais
● Reconhecer as unidades de conservação ameaças que eles enfrentam atualmente.
Dinâmica da ● Geodiversidade Brasileira. existentes no município e em outras
Natureza e ● Biodiversidade Brasileira. localidades do território brasileiro. ● Reconhecer os riscos físicos que existem na nossa
Questões ● Riscos Ambientais no Brasil. ● Compreender as relações entre a cidade.
Socioambientais geodiversidade e a biodiversidade na
formação das diferentes paisagens ● Debate sobre as causas da violência da cidade e
brasileiras. formas pacíficas de diminuí-la.
● Identificar os principais riscos tecnológicos
no Brasil: vazamento de produtos tóxicos,
rompimento de barragens etc.
● Identificar os principais riscos físicos no
Brasil: enchentes, secas, movimentos de
massa, tempestades etc.
● Identificar os riscos sociais no Brasil:
violência urbana, violência no campo etc.
583

4º CICLO

GEOGRAFIA – 8º ANO

Objetivos de Aprendizagem e
Núcleos Temáticos Objetos de Conhecimento Propostas Metodológicas
Desenvolvimento
● Pesquisa (livros, revistas, sites etc.).
● Reconhecer as transformações da
geopolítica mundial do período da guerra
● Produção Textual.
fria ao mundo globalizado.
● Compreender os fatores que norteiam a
● Utilização de expressões artísticas diversas.
regionalização dos países de acordo com
● A Nova Ordem mundial.
IDH.
● O continente americano: ● Utilização, leitura e produção de Mapas Temáticos.
● Interpretar o conceito de Globalização em
localização, extensão e
suas diversas facetas.
aspectos físicos. ● Aulas de campo.
O Sujeito e seu ● Reconhecer os EUA como uma posição de
● O continente africano:
Lugar no liderança global e suas relações com os
localização, extensão e ● Utilização das Salas de Informática.
Mundo principais atores do cenário mundial.
aspectos físicos.
● Reconhecer a localização e a divisão do
● Regiões polares. ● Recursos multimídias (vídeos, imagens aéreas e
continente americano e africano.
imagens de satélites).
● Analisar os fatores climáticos do continente
americano e africano e a relação com a
● Utilização de software.
vegetação.
● Identificar as unidades geológicas e do
● Maquetes.
relevo do continente americano e africano.
584

● Regionalização do continente ● Confecção de modelos esquemáticos.


americano: ● Relacionar as formas de colonização do
• América do Norte, Central e continente americano. ● Produção de painel.
do Sul. ● Reconhecer a distinção entre América
• América Latina Latina e Anglo-Saxônica. ● Criação de projetos de conscientização ambiental.
e Anglo-Saxônica. ● Analisar a formação de acordos entre ● Promover um Quiz sobre os temas estudados.
Representação ● Regionalização do continente países, seus objetivos e suas consequências
Espacial, africano: (Mercosul, Nafta, APEC, Pacto Andino, ● Debates e rodas de conversa.
Conexões e • África do Norte MCCA, Caricom, AEC, ALCA).
Escalas e Subsaariana. ● Compreender a importância do Brasil na ● Produção de vídeo, animação ou podcast.
● Imperialismo europeu na América do Sul.
África e suas consequências. ● Reconhecer aspectos gerais das regiões
- A região ártica. polares.
- Antártida: o continente
gelado.

● Analisar aspectos representativos da


dinâmica demográfica na América e África.
● Compreender os fluxos de migração na
● Aspectos populacionais e América Latina e na África (movimentos
socioeconômicos da América. voluntários e forçados, assim como fatores e
● Economia da América. áreas de expulsão e atração) e as principais
● Transformação do espaço da políticas migratórias dessas regiões.
Mundo do Trabalho sociedade urbano-industrial na ● Analisar os padrões econômicos mundiais
América. de produção, distribuição e intercâmbio dos
● Aspectos populacionais, produtos agrícolas e industrializados, tendo
socioeconômicos e diversidade como referência os EUA e os países
cultural da África. denominados de BRICS (Brasil, Rússia,
Índia, China e África do Sul).
● Analisar as consequências negativas da
mundialização da economia.
585

● Analisar a influência do desenvolvimento


científico e tecnológico da caracterização
dos tipos de trabalho e na economia dos
espaços urbanos e rurais da América e da
África.
● Compreender os principais problemas no
continente africano e as possíveis soluções.

● Reconhecer a diversidade ambiental e as


transformações nas paisagens da América e
da África.
● Questões ambientais e sociais ● Identificar os principais riscos ambientais e
Dinâmicas da do continente americano. compreender como a ação humana
Natureza e ● Riscos ambientais e sociais do potencializa esses riscos.
Questões continente africano. ● Compreender os problemas ambientais e
Socioambientais ● Questões ambientais nas suas consequências para essas regiões,
regiões polares. como as mudanças climáticas.
● Entender a importância da Antártida como
reserva de recursos naturais e local de
pesquisas científicas.

4º CICLO

GEOGRAFIA – 9º ANO

Objetivos de Aprendizagem e
Núcleos Temáticos Objetos de Conhecimento Propostas Metodológicas
Desenvolvimento
586

● Pesquisa (livros, revistas, sites etc.).


● Observar e compreender as principais
mudanças ocorridas na organização ● Produção Textual.
político-econômica do mundo durante o
século XX e XXI. ● Utilização, leitura e produção de mapas temáticos.
● Analisar a atuação das corporações
internacionais e das organizações ● Utilização de expressões artísticas diversas.
econômicas mundiais na vida da população
● Aspectos atuais do mundo
em relação ao consumo, à cultura e à ● Aulas de campo.
globalizado.
mobilidade.
● A hegemonia europeia na
● Analisar fatos e situações para ● Utilização das Salas de Informática.
economia, na política e na
compreender a integração mundial ● Recursos multimídias (vídeos, imagens aéreas e
cultura.
(econômica, política e cultural). imagens de satélites).
● Aspectos demográficos dos
● Analisar criticamente de que forma a
continentes europeu, asiático e
hegemonia europeia foi exercida em várias ● Utilização de software.
da Oceania.
O Sujeito e seu regiões do planeta, notadamente em
● Fluxos migratórios no
Lugar no situações de conflito, intervenções militares ● Maquetes.
continente europeu.
Mundo e/ou influência cultural em diferentes
● Europa: Leste Europeu e
tempos e lugares. ● Confecção de modelos esquemáticos.
Rússia.
● Analisar características de países europeus,
● Ásia: China, Japão e Tigres
asiáticos e da Oceania em seus aspectos ● Produção de painel.
Asiáticos.
populacionais, urbanos, políticos e
● Ásia: Índia e Oriente Médio.
econômicos, e discutir suas desigualdades ● Criação de projetos de conscientização ambiental.
● Oceania: Austrália e Nova
sociais e econômicas.
Zelândia.
● Analisar transformações territoriais, ● Debates e rodas de conversa.
considerando o movimento de fronteiras,
tensões, conflitos, e múltiplas ● Produção de vídeo, animação ou podcast.
regionalidades.
● Compreender a diversidade étnico-cultural e ● Promover um Quiz sobre os temas estudados.
os consequentes conflitos existentes na
região do Leste Europeu. ● Propor um diário de viagem sobre os países
europeus.
587

● Compreender os principais aspectos


econômicos, sociais e do espaço físico da ● Realização de feiras ou seminários sobre os
Rússia. conteúdos estudados.
● Compreender a China atual, a partir de seu
processo de modernização industrial e sua
história recente e suas influências
geopolíticas.
● Reconhecer a relevância econômica do
Japão na Ásia e no mundo.
● Compreender as principais atividades e
políticas econômicas do grupo de países
conhecido como Tigres Asiáticos.
● Reconhecer as características econômicas,
sociais e políticas do Oriente Médio e na
Índia.
● Aprofundar os conhecimentos sobre a Nova
Zelândia e a Austrália, compreendendo suas
características populacionais e de
desenvolvimento.

● Relacionar as diferenças de paisagens aos


modos de viver de diferentes povos na
Europa, Ásia e Oceania, valorizando
Representação ● Europa, Ásia e Oceania: quadro identidades e interculturalidades regionais.
Espacial, natural e regionalização. ● Interpretar gráficos de barra e de setores,
Conexões e mapas temáticos para analisar, sintetizar e
Escalas apresentar dados e informações sobre
diversidade, diferenças e desigualdades
sociopolíticas e geopolíticas mundiais.
● Economia global e organizações ● Relacionar as mudanças técnicas e
Mundo do Trabalho econômicas mundiais. científicas decorrentes do processo de
industrialização com as transformações no
588

● A União Europeia: origem, trabalho em diferentes regiões do mundo e


características e quadro atual. suas consequências no Brasil.
● Compreender a importância que a União
Europeia possui na economia e geopolítica
internacionais destacando o panorama do
quadro atual.
● Analisar o contexto histórico em que a
ONUfoi criada.
● Analisar a Nova Ordem Mundial e os
conflitos referentes ao Oriente Médio.
● Reconhecer a responsabilidade de cada
grupo de países dos diferentes continentes
quanto aos aspectos do desenvolvimento
sustentável.
● Diversidade ambiental e as ● Identificar e descrever problemas ambientais
transformações nas paisagens que ocorrem nessas regiões decorrente das
Dinâmicas da
na Europa, na Ásia e na transformações causadas pela
Natureza e
Oceania. industrialização e urbanização.
Questões
● Os riscos ambientais ● Identificar e avaliar os impactos dos
Socioambientais
decorrentes da industrialização diferentes riscos ambientais: Riscos
e urbanização. tecnológicos (vazamento de produtos
tóxicos, inflamáveis, radioativos etc.); riscos
sociais (guerras, atentados, terrorismo etc.);
riscos físicos (terremotos, vulcanismo,
“tsunamis” etc.).
589

REFERÊNCIAS

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direito à cidade. In: Anais do XII Encontro Nacional de Prática de Ensino de Geografia,
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Brasília, DF: Ministério da Educação, 22 de dez. 2017.

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VITTE, A. C. O desenvolvimento do conceito de paisagem e a sua inserção na Geografia


Física. Revista Mercator, v. 6, n. 11, p.71-78, 2007.
591

2. HISTÓRIA

A História é um dos componentes curriculares obrigatórios nas Redes de Educação,


em âmbito público e privado (BRASIL, 1996). Inserida na área de Humanidades, contribui
para o conjunto de produção de saberes ao investigar o percurso dos diferentes grupos sociais
em múltiplos tempos e lugares (BLOCH, 2001). Como todo conhecimento sistematizado, a
História não se isenta de conflitos epistemológicos, divergências teóricas e intencionalidades
políticas, o que a coloca como uma arena de disputas, desde a sua fundação enquanto
disciplina universitária, ainda no século XIX (GUMBRECHT, 2011). Sendo assim, assume
como atividade fundamental a desmistificação do passado como possibilidade de
compreensão dos propósitos e interesses humanos (GUIMARÃES, 2000). O conhecimento
histórico, orientado pelo rigor científico, é constantemente desafiado e revisado em sua
validação enquanto saber legitimado pela sociedade em suas múltiplas aparições,
configuradas por culturas históricas que circulam em múltiplas dimensões.
Para o historiador alemão Jörn Rüsen, a História é um conhecimento que tem como
principal função servir de orientação temporal para a vida prática (RÜSEN, 2001). Dessa
forma, faz-se necessário debater, repensar, registrar e atualizar os saberes históricos em suas
diferentes formas de representação e funções, em menores ou maiores graus de
hierarquizações: seja em sua função científica, através das produções acadêmicas; sua função
escolar, através da sua difusão enquanto “conteúdos” escolares; sua função massificada, que
tem seus saberes distribuídos em diferentes formatos, considerando o papel da opinião pública
e as representações nos meios de comunicação de massa, a exemplo do televisivo,
cinematográfico, bibliográfico não-historiográfico, blogs, websites, jornalístico, jogos, etc.
(RÜSEN, 2010). Assim, devemos reconhecer que a escola não é o único e exclusivo espaço
de saber, de formação de identidades, e, por esse motivo, deve dialogar com outras formas de
construção de conhecimento.
As funções do saber histórico dialogam tensamente para a formação das consciências
históricas dos sujeitos (CERRI, 2007; RÜSEN, 2010), que significa perceber as maneiras
pelas quais os sujeitos interpretam o tempo em que vivem, fazendo uso das diferentes
temporalidades para se orientarem: o passado como experiência, o presente como lugar da
ação e o futuro como expectativa (RÜSEN, 2001). A História contribui, assim, para os seus
objetivos, conflitos, dilemas e obstáculos existentes e resistentes nos processos de construção
e difusão de saberes e aprendizagens históricas.
592

Para Augusto Ponzio (2010), a compreensão é resultado de múltiplos mal-entendidos


que se confrontam através da fala e da escuta, pela intercessão de múltiplas vozes, que se
movem em direção ao entendimento. É, portanto, através dos atos da fala, que expomos
nossas incompreensões, percepções de mundo, já que estamos definidos sociohistoricamente
(BAKTHIN, 1988). Nossas falas são formadas por outras falas que compõem nosso acervo
cultural, revelando (ainda que distanciadas de uma pureza cristalina) crenças, dúvidas,
desejos, horizontes de futuro. Nos diferentes lugares de enunciação, vamos construindo e
reconstruindo nossas identidades, num processo dialógico em direção aos outros. Falar,
portanto, de um currículo para o ensino de História requer articular dois campos teóricos e
práticos do exercício docente: o do currículo e o do ensino de História. A perspectiva
dialógica foi o caminho apontado pelo Grupo de Trabalho (GT) para a efetivação de práticas
democráticas e cidadãs num longo percurso direcionado à formação de sujeitos aprendentes.
O que será construído pela via da escolarização (valores, saberes, elementos da
cultura)

“é a expressão do projeto cultural e educacional que as instituições de


educação dizem que irão desenvolver com os alunos (e para eles) e aquilo
que consideram adequados. Por meio desse projeto institucional, são
expressadas forças, interesses ou valores e preferências da sociedade, de
determinados setores sociais, das famílias, dos grupos políticos etc.”
(GIMENO SACRISTÁN, 2013, p. 23-24).

O trabalho docente exige planejamento pedagógico através do estabelecimento de


núcleos temáticos, definição dos objetos dos conhecimentos, de metodologias a serem
desenvolvidas com os/as alunos/as do ensino fundamental em todas as etapas e modalidades.
Para além da organização dos processos de ensinos e aprendizagens, a atividade docente
carrega sua dimensão utópica, ou seja, as expectativas projetadas para a sociedade que
pretendemos (GIMENO SACRISTÁN, 2013). Representantes das Unidades de Educação da
Rede Pública Municipal de Educação de Niterói reuniram-se em grupos de trabalhos para
revisão dos Referenciais Curriculares da Rede Pública Municipal de Educação de Niterói
(NITERÓI, 2010). As reuniões transmitiram tanto as potencialidades nas propostas como as
tensões que acompanham o complexo processo de fala e escuta.
O Grupo de Trabalho de história (GT) foi composto por professores do primeiro e do
segundo segmentos do Ensino Fundamental e que, na Rede Pública Municipal de Educação
de Niterói, organizam-se por ciclos de aprendizagens: professoras do primeiro e segundo
ciclos (1º ao 5° anos) especialistas e não especialistas em história e professores dos 3º e 4 º
593

ciclos, formados por diferentes universidades e com trajetórias em outras redes de ensino e
formações continuadas. Os professores trouxeram em suas “bagagens” “possibilidades para a
incorporação de experiências, diferenças, desejos, demandas e interesses individuais e
coletivos do sujeito - discente e docente - que percorre e age nesse percurso” (GABRIEL,
2019, p. 73), fertilizando os debates focados na preocupação das múltiplas realidades que
revestem as práticas escolares. Realizada a versão preliminar através do GT no ano de 2019, o
seu encaminhamento às Unidades de Educação, para análise e consulta de toda a comunidade
escolar, ficou planejada para o ano de 2020. Surpreendidos pela pandemia de Covid-19, que
ocasionou a suspensão das aulas presenciais da Rede Pública Municipal de Educação de
Niterói, cada Unidade de Educação organizou seus encontros remotos e, reconhecendo os
limites impostos pelo distanciamento, mantiveram o diálogo institucional através da
construção e apresentação de pareceres. Problematizaram o documento com críticas,
demandas, observações, sugestões, dúvidas, concordâncias e discordâncias, no movimento
tenso diante do esforço participativo dos profissionais da Rede Pública Municipal de
Educação de Niterói.
As falas docentes transmitiram as demandas para o desenvolvimento do ensino nas
Unidades de Educação, ao passo que apontaram contradições entre a realidade das escolas e
as práticas de aprendizagens contextualizadas e significativas. As dificuldades de articulação
entre os ciclos de aprendizagens e a predominância excessiva nos conteúdos não levam em
conta às multiplicidades de realidades de parcela do alunado que carece consolidar
fundamentos de algumas práticas escolares, como leitura e escrita. Ocorre, ainda, a
predominância das áreas de linguagens e matemática (expressa nas avaliações externas),
aliada à rotina interna da escola, que tornam desafiantes o desenvolvimento de determinadas
práticas. Daí partiu o reconhecimento da importância da atuação docente para concretizar
ações protagonistas junto aos estudantes, para que objetos de conhecimento sejam
disponibilizados como forma de acesso dos alunos aos bens científicos e culturais da
humanidade, com produção de significados para a viabilidade de uma sociedade democrática
e, por conseguinte, mais justa.
O centro do diálogo enfatizou o desejo para que os REFERENCIAIS encontrem na
palavra “referência” a força e o sentido que se pretende neste documento. A construção
coletiva só ganha sentido quando o documento se efetiva enquanto uma referência para o
conjunto. O documento, portanto, foi pensado para que o professor, em seu cotidiano
desafiador, organize o seu trabalho a partir de escolhas conscientes, debatidas e retiradas no
âmbito dos planejamentos político e pedagógico da Unidade de Educação, sem perder de vista
594

as especificidades do saber histórico. Isso não se traduz em isenções de dificuldades, dúvidas


e incertezas, ao tempo em que são mantidas a esperança e a confiança, certos das atividades
de orientação ao estudante para compreender, pela via da instrumentalização das percepções e
interpretações, o mundo que o rodeia. Espera-se, ainda, que este documento seja um incentivo
para ampliar seus limites através de práticas, saberes e experiências, com vistas para a
formação cidadã das crianças e jovens de nossa cidade, visto que os estudantes possuem
expectativas com a escola – ainda que não sejam transparentes – o que impõe o desafio de
motivá-los para suas permanências no processo de escolarização.

Lógicas de Organização Curricular

O desafio do documento foi organizar os objetos de conhecimento por Núcleos


Temáticos (NT) sem perder de vista os sentidos de processos históricos que, segundo o Grupo
de Trabalho, encontram-se solidificados na cultura das práticas do ensino de história. Os
objetos do conhecimento não aparecem em sua pureza cristalina, mas sempre permeados por
outros: questões relativas à política, por exemplo, são envolvidas por questões econômicas,
sociais e culturais. Cabe ao professor discernir em que momento enfatizar um determinado
aspecto para interpretação dos grupos humanos, em diálogo com o Referencial. O professor
possui a liberdade de organizar e planejar o trabalho, conforme suas necessidades, seja com
foco nos Núcleos Temáticos, mobilizando diferentes temporalidades, a partir de múltiplas
leituras dos tempos históricos, seja apostando em outra organização, considerando o
posicionamento dos alunos frente aos objetos de conhecimento.
Os Núcleos Temáticos são considerados neste referencial como componentes de
ensino dispostos na matriz curricular com propósito de não somente organizarem e
orientarem o conjunto de objetos de ensino - tornando visíveis seus objetivos de
aprendizagens e desenvolvimento – como também sugerirem metodologias para abordá-los.
Ao considerar essa forma de organização, a intenção é romper com a maneira
tradicional de se trabalhar os “conteúdos disciplinares” de forma a não fragmentar os objetos
de conhecimento abordados. A escolha por Núcleos Temáticos justifica-se por três motivos: a
possibilidade de continuidade de desenvolvimento nos anos subsequentes através de
sequências didáticas; a organização de materiais didáticos e formações continuadas; e a
possibilidade de diálogo mais estreito com os demais componentes curriculares. Foram
escolhidos quatro núcleos temáticos, a saber: Sujeitos, Culturas e Diferença; Conflitos e
Poder; Pensamento Social, Memórias e Narrativas; Trabalho, Ciências e Ambiente.
595

O Núcleo Temático Sujeitos, Culturas e Diferença parte da compreensão de que os


sujeitos são os agentes da história, atuando em suas trajetórias (individuais e coletivas),
orientando-se pelo conjunto de valores, memórias e experiências que sustentam suas ações e
dão significado à existência humana. As sociedades são formadas pelo reconhecimento de
pertencimento social, ao tempo em que demarcam diferenças nas atribuições de valores e
sentidos de outros grupos. Esse movimento tenso e delicado permite a fixação de referências
de sociabilidades e afinidades que possibilitam a indivíduos e grupos constituírem
coordenadas de orientações. Assim, sublinhamos a importância do trabalho de múltiplas
leituras e interpretações culturais, para que aconteça a abertura para a experiência do ensino de
história de outros grupos sociais e suas culturas, conformadas dinamicamente pelos seus
significados, valores, experiências e formas de serem e estarem no mundo, constituindo suas
identidades. Desnaturalizando os valores e significados culturais através do ensino, espera-se
que a compreensão da diferença seja um dos caminhos para que a história contribua como
ferramenta de orientação, possibilitando o reconhecimento das construções dinâmicas e
múltiplas das identidades culturais. Partindo do respeito à alteridade, espera-se que os
professores atuem no movimento de desnaturalização e problematização da diferença como
forma de valorizar a individualidade, o grupo social, como também assumir atitudes positivas
em relação às outras construções identitárias (REZNIK et al, 2013).
O Núcleo Temático Conflitos e Poder demarca o distanciamento de uma escrita da
história tradicional que reforça uma história biográfica estatal e de seus agentes. Busca, assim,
estreitar diálogos com aspectos socioculturais, científicos e valorativos, pela crítica de
projetos de dominações, sejam eles bélicos, culturais ou econômicos, desnaturalizando
interesses e disputas que circulam em diferentes jogos de escalas sociais. As relações de poder
são perceptíveis em diferentes dimensões sociais. A perspectiva apresentada propõe o termo
poder expandindo o sentido da política, de maneira que atinja as regulações das práticas
sociais nas dimensões micro e macro, não se referindo apenas ao poder emanado de
instituições reconhecidas e legitimadas pelo corpo social, mas também num sentido ampliado,
que promova diferentes análises das múltiplas relações que procuram estabilidades
provisórias.
Já o Núcleo Temático Pensamento Social, Memória e Narrativas apresenta como
objeto de conhecimento a interdisciplinaridade trazida pela mobilização de outros saberes que
dialogam com o pensamento histórico: Arqueologia, Geografia, Biologia, Filosofia,
Sociologia entre outros. A Memória apresenta-se no formato de diferentes narrativas que
procuram legitimar determinadas ações sociais, construindo-se por diferentes fontes
596

históricas, mitos e tradições. História e Memória não se confundem, mas implicam-se


mutuamente. Enquanto a Memória se vale da História para legitimar-se enquanto um discurso
que pretende edificar certezas sobre o passado, reificando acontecimentos no corpo da
sociedade, a História se vale da Memória para que, conduzida por um conhecimento
cientificamente elaborado, possa mobilizá-la como objeto de problematizações com o
propósito de criticar suas edificações memorialísticas (GUIMARÃES, 2000). Assim, as
memórias individuais e coletivas são elementos importantes na elaboração do conhecimento
histórico, de maneira que a mediação do professor oriente para o registro, seleção, tratamento
metodológico, exposição e críticas, valorizando a multiplicidade de narrativas produzidas e
circuladas no conjunto da sociedade, reconhecendo tanto as memórias e narrativas locais,
conformadoras de identidades pela partilha de significados sociais conferidos ao longo do
tempo, quanto das narrativas que se pretendem generalizantes, construtoras de coletivos
singulares.
Por fim, o Núcleo Temático Trabalho, Ciências e Ambiente reúne objetos de
conhecimento que possibilitam edificar conhecimentos sobre as transformações da natureza e
dos espaços construídos através do trabalho e engenho humanos, sendo abordado em
diferentes possibilidades e saberes. Diferenciando-se do conceito Pensamento Social,
proposto no terceiro NT, o termo Ciências é aqui mobilizado para expressar o engenho
humano aplicado pelas diferentes técnicas na construção/produção de objetos, materiais,
ferramentas, armamentos, planejamentos urbanísticos, aplicações matemáticas, intervenções
médico-científicas, entre outros que, determinados historicamente, influenciaram
transformações, tanto no mundo do trabalho quanto nas relações entre as sociedades e os
ambientes aos quais modificaram. É recorrente, por exemplo, relacionar o desenvolvimento
de técnicas agrícolas ao modo de produção e transformação do ambiente em diferentes
períodos de tempo, como também a transformação propiciada aos ameríndios ao entrarem em
contato com objetos de metais fornecidos pelos viajantes europeus que, ao registrarem o
acontecimento, deixaram vestígios que resistiram ao tempo devido a uma multiplicidade de
fatores, dando-nos a oportunidade de conhecermos as narrativas disponibilizadas pela
documentação e propor caminhos para diferentes leituras e possibilidades de reflexão junto
aos estudantes.
Os Núcleos não se apresentaram em ordem fixa, ou seja, não seguem uma sequência
estática e obrigatória, como também um mesmo Núcleo poderá ser retomado num mesmo
ano, pois foi preferência manifestada pelo GT aproximar a organização dos Núcleos a uma
lógica sequencial dos conteúdos substantivos. O que se espera é que o professor, em seus
597

processos avaliativos, perceba como os conceitos fundamentais para a análise histórica das
sociedades vão sendo construídos e que, na continuidade de um ciclo, haja a retomada de tais
conceitos para que se consolidem aprendizagens respeitando o processo educativo individual
e coletivo. É importante sublinhar que os objetos de conhecimento propostos pela BNCC para
o sexto ano foram deslocados para o 7º ano. O GT está consciente da implicação que este
movimento resultará para os livros didáticos, já que estes acompanham, stricto sensu, a
organização didática proposta pela BNCC.
Ressalta-se a valorização do ensino da História da cidade de Niterói para que o
estudante identifique rupturas e continuidades das ações humanas através da proximidade
social e espacial, em relação aos acontecimentos em diferentes escalas temporais e espaciais
de análise. Neste ponto, torna-se importante valorizar o ambiente espacial na qual as
memórias se inscreveram no espaço público, como os monumentos, edificações, ruínas,
museus, praças, sítios arqueológicos, etc., como também identificar e problematizar as rápidas
transformações que se processam nos espaços públicos em nosso tempo, o que justifica a
necessidade e importância de Trabalhos de Campo e visitações orientadas com os estudantes
para que desenvolvam diferentes relações com os objetos do conhecimento, exercitando a
contemplação, a experimentação, as descobertas e as vivências dos lugares e dos aparelhos
culturais da cidade em que vivem, criando laços identitários e de pertencimentos locais.
Torna-se, ainda, fundamental, atualizar o fazer historiográfico através da história do
cotidiano, da história feita do ponto de vista dos movimentos sociais e da valorização das
manifestações populares, bem como recontextualizar os sujeitos históricos que
protagonizaram ou protagonizam ações na cidade. Sejam eles ou elas de um tempo pretérito
ou do tempo presente, a identificação e problematização de suas atuações na sociedade faz-se
necessária, para que a conquista de direitos, de justiça social, a defesa da democracia e dos
direitos humanos, o combate às discriminações e a divulgação da fraternidade e gentileza
permitam que os estudantes construam referências coletivas significativas para uma história
ainda a ser escrita, o que faz também da escola um espaço produtor de saberes.
MATRIZ CURRICULAR – HISTÓRIA 598

1º CICLO
HISTÓRIA – 1º ANO
Núcleos Objetivos de Aprendizagem e
Temáticos Objetos de Conhecimento Desenvolvimento Propostas Metodológicas
● Identidade no tempo presente.
• Relações familiares.
• Regras de convivência na família e na ● Registro de autorretrato através de desenho,
turma. utilizando diversos materiais.
● A Cooperação como necessidade para ● Criando histórias como personagem principal, contar
o bem estar social. a sua história, suas preferências, brincadeiras,
• Os aspectos da vida na escola, as alimentação, lazer: o que gosta e o que não gosta etc.
formas de representação social, como ● Narrativas sobre suas famílias (origem dos nomes) e
jogos e brincadeiras. montagem de painéis com os desenhos das
● Identificar-se como parte de um grupo
Sujeitos, • Tipos de organização familiar; social (turma, escola, família, sociedade)
respectivas famílias e/ou imagens de pessoas de
Culturas e ● A diversidade dos indivíduos, e que o grupo é construído em suas
diferentes formações étnicas.
Diferença comunidades, famílias e culturas, a ● Organizar brincadeiras que possuam regras,
diferenças.
partir do cotidiano escolar: vínculos estabelecendo com a turma quais seriam as regras a
pessoais e as relações de amizade. serem respeitadas na brincadeira e no cotidiano da
● A vida em família e a valorização das sala de aula, reforçando os direitos e deveres sociais
diferentes configurações e vínculos. para incentivar o respeito e o espaço do próximo.
● Discutir as diferenças na família, na ● Discutir as diferenças existentes na sala de aula.
escola e na sociedade. ● Confecção de bonecos considerando-se a diversidade
● Identificar as diferentes regras de étnico-racial cultural presente na nossa sociedade.
convívio social nos diversos grupos
em que o aluno está situado.
● Noção de temporalidade: ontem, hoje ● Observar a cooperação no espaço social
Pensamento ● Trabalhar com fontes históricas e orais apresentados
e amanhã. de outros grupos como, por exemplo, o
Social, pelos alunos (fotografias, certidão de nascimento ou
● As noções elementares de tempo dos povos indígenas e quilombolas.
Memórias e Carteira de identidade – cópias -, comprovante de
Narrativas
histórico e cronológico: dias ● Construir as noções de temporalidades: residência etc.).
da semana, calendário, presente, passado e futuro.
relações de
599
períodos do dia, a semana e ● Apropriar-se de objetos materiais como ● Leitura de contos que tenham como temática a
sucessão e duração. fontes de informação. diversidade dos indivíduos, comunidades, famílias e
● As transformações sociais, ● Discutir as transformações sociais, culturas.
culturais e históricas em âmbito culturais e históricas ocorridas na escola, ● Relacionar objetos coletados entre membros da
local. bairro, local de moradia, etc. família que possam propiciar relatos das memórias
que os cercam, construindo narrativas que
identifiquem o tempo e os antecessores familiares
(por exemplo, um brinquedo dado pelo tio no
aniversário etc.).
● Pesquisa e construção de placas educativas (saída de
emergência, localização de extintores de incêndio,
entre outros).
● Identificar sinais sonoros (sirenes de emergência).
● Construção de murais e painéis a partir de situações
históricas vivenciadas na escola e no bairro.
● Atividades fora da sala de aula e observação das
transformações ocorridas na localidade.

● Identificar e problematizar as
festividades e comemorações locais, ● Elaboração de convites e cartazes sobre as
como parte da história e cultura da festividades locais.
comunidade em que o aluno se encontra ● Jogos e análises de imagens que proporcionem
Trabalho, inserido. comparações entre as situações ambientais, adequadas
Ciências e ● Como nos relacionamos com o ● Reconhecer seu protagonismo como e inadequadas (lixo, moradias, riscos de incêndios e
Ambiente Meio Ambiente. agente ativo do ambiente em que vive. enchentes).
● Relacionar as condições climáticas com
as diversas situações vivenciadas no
cotidiano.
● Problematizar o impacto das ações do
ser humano sobre o Meio Ambiente.
600
1º CICLO
HISTÓRIA – 2º ANO
Núcleos Objetos de Conhecimento Objetivos de Aprendizagem Propostas Metodológicas
Temáticos e
Desenvolvimento
● Reconhecer espaços de sociabilidade e
identificar os motivos que aproximam e
separam as pessoas em diferentes grupos
sociais ou de parentesco.
● A noção do “Eu” e do “Outro” e da ● Identificar e descrever práticas e papéis
coletividade: sociais que as pessoas exercem em ● Relacionar as alterações no Meio Ambiente às
Sujeitos, comunidade, convivências, diferentes comunidades. mudanças nos hábitos, costumes, vestuário e
Culturas e interações entre pessoas. ● Discutir os princípios de convivência do atividades rotineiras.
Diferença ● Grupos de convívio: família, escola, grupo, explorando situações-problema e ● Elaborar listagem de eventos e comemorações
vizinhança, bairro. interação em jogos coletivos e realizados na localidade.
● Atividades culturais produzidas cooperativos.
pela comunidade. ● Reconhecer as atividades culturais
produzidas e vivenciadas pela
comunidade.
● Valorizar a cultura local.
● Relatar e registrar a história da escola.
● As fontes escritas e não escritas: ● Selecionar situações cotidianas que ● Mapear os pontos culturais e praças do bairro.
relatos orais, objetos, imagens remetem à percepção de mudança, ● Explorar mapas e construir plantas, esquemas da sala
(pinturas, esculturas, fotografias, pertencimento e memória. / prédio, caminho da escola.
vídeos, monumentos, grafites), ● Aplicar as noções de corporeidade a partir ● Construção de maquete ou cartaz coletivo que
Pensamento músicas escritas, tecnologias do contexto da escola e seu entorno identifiquem locais da comunidade selecionados
Social, digitais de informação e (maquetes, mapas etc.). pelos alunos como pontos de referência, como postos
Memórias e comunicação e inscrições nas ● Reconhecer as transformações ocorridas de saúde, comércios, entre outros, que demonstrem
Narrativas paredes ruas e espaços sociais. ao longo do tempo no espaço ocupado pela como se localizam, como reconhecem os membros
● Construção de linha do tempo escola e seus arredores (o que mudou, por da comunidade e como atuam na mesma.
individual e coletiva, reconhecendo que mudou e para quem mudou). ● Atividades de preservação ao patrimônio escolar,
os desdobramentos da vida em como um bem público e registro da trajetória
sociedade. histórica e cultural da comunidade escolar.
601
● Registros de experiências pessoais, ● Construir com os alunos calendários, ampliando as
de noções de tempo cronológico (ontem, hoje, amanhã,
grupos e da comunidade no tempo e semana, mês e ano) e relacionando às atividades que
no espaço. realiza diariamente.
● O tempo como medida: as
diferentes formas de medir, dividir
e contar o tempo.
● Atividades que apresentem as diversas formas de
trabalho existentes (trabalho formal e informal), as
● Analisar a diversas formas de trabalho formas de mobilidade individual e coletiva
existentes na comunidade local. (pedestres, carroça, motos, carros, avião, trem etc.).
● Identificar os impactos e os riscos ao ● Os diversos meios de comunicação social, suas
Trabalho, ambiente causados pelas diferentes formas mídias e tecnologias, explorando as diferentes
Ciências e ● A sobrevivência humana e a de trabalho existentes na comunidade em linguagens, em sala de aula, e suas funcionalidades.
Ambiente relação com a natureza. que vive, criando alternativas sustentáveis ● A natureza, preservação, lixo e ações no cotidiano
que minimizem os problemas que afetam a que podemos desenvolver, como a conscientização
natureza e seu entorno reconhecendo e sobre o desmatamento de encostas, os riscos
prevenindo situações de risco. proporcionados por temporais e o descarte mais
apropriado para o lixo.
● Caracterizar as estações do ano a partir das mudanças
de paisagem.
602
1º CICLO
HISTÓRIA – 3º
ANO
Núcleos Objetivos de Aprendizagem
Objetos de Conhecimento Propostas Metodológicas
Temáticos e
Desenvolvimento
● Atividades que levem o aluno a pensar sobre seu
● Construir a noção de sujeito histórico em papel em sua comunidade; Suas tarefas, sua
sua comunidade. identidade, seu fazer.
● O “Eu” e o “Outro”. ● Identificar os sujeitos na construção da ● Pesquisar a respeito da presença de elementos
● Os diferentes grupos sociais e étnicos história de sua comunidade. indígenas na cidade, como nome de ruas, bairros,
que compõem os municípios e o ● Identificar os povos indígenas como os monumentos e lendas, assim como seus
bairro: desafios sociais, culturais e primeiros donos da terra. remanescentes.
Sujeitos, ambientais do lugar onde vive. ● Reconhecer as comunidades pesqueiras, ● Pode-se utilizar trechos de novelas televisivas e/ou
Culturas e ● A produção dos marcos de memória: Quilombolas, suas aproximações e filmes que produzem representações sociais de
Diferença formação cultural da população. diferenças. indígenas e afrodescendentes e comparar com as
● A cidade e suas atividades: cultura e ● Destacar a participação indígena e suas narrativas históricas presentes na cidade.
lazer. influências na construção da histórica ● É possível investigar elementos culturais como
local. músicas, culinárias, artes plásticas entre outros com
● Conhecer grupos populacionais que influências nos dias atuais.
ocupavam a região onde o município se ● Visita às comunidades pesqueiras, quilombolas e
formou. suas culturas. Produção de painéis e registros
escritos sobre a atividade realizada.
● Pesquisar sobre acontecimentos que marcaram a
história da cidade e que mobilizam para uma
preocupação constante a respeito da prevenção de
situações de risco (grandes deslizamentos,
● Discutir a construção histórica da memória incêndios, enchentes etc.).
Pensamento ● A história da fundação da cidade e a participação humana neste processo; ● Construir maquetes sobre o bairro e o entorno da
Social, de Niterói. ● Identificar acontecimentos ocorridos na escola, entrevistas com moradores, visitas a
Memórias e ● Os patrimônios históricos e cidade, que marcaram a sua história e associação de moradores etc.
Narrativas culturais do município em que despertaram para a busca pela prevenção ● Proporcionar a visita dos alunos aos locais
vive. de situações de risco. pertinentes, para que possam vivenciar o contato
pessoal com elementos históricos (museus,
fortalezas, monumentos etc.).
● Pesquisar sobre as peculiaridades da cidade através
603
das histórias de formação dos bairros e através dos
seus indivíduos.
● Mapear os espaços públicos no lugar
em ● Visita ao centro da cidade, com observação e
que vive e identificar suas funções. estudo das ruas, praças, escolas, hospitais,
● Relacionar as diferenças entre o espaço prédios da Prefeitura e da Câmara de Vereadores
●A produção dos marcos de doméstico, os espaços públicos e as etc.
memória: os lugares de memória áreas de conservação ambiental. ● Desenvolver atitudes alteritárias e responsáveis
Conflitos e ● Conhecer e valorizar os espaços de
(ruas, praças, escolas, pela conservação dos espaços e instituições
Poder lazer do município.
monumentos, museus etc.). públicas que participa, relacionando
● A cidade, seus espaços públicos e ● Reconhecer os grupos sociais que temporalidades presente e futuro e
privados. participaram da formação e construção desenvolvendo noção de “geração”,
da história local. considerando os direitos e deveres dos alunos e
● Identificar os conflitos e disputas dos responsáveis nos espaços escolares.
grupos sociais pelo processo de ● Registros (escritos, oral, desenho, midiático) das
produção de memória. observações realizadas.
● Relacionar os espaços de moradia com ● Observação das áreas de riscos ambientais
●A produção dos marcos de os locais de preservação de ambiental. próximas à Unidade Escolar.
● Compreender a importância de
Trabalho, memória: a cidade, o ambiente, ● Trabalho com fontes jornalísticas: textos de
Ciências e sua conservação e os riscos preservar o meio ambiente. jornais (impressos ou virtuais) que tematizem
Ambiente ambientais. ● Identificar as ações humanas que acontecimentos ambientais na cidade.
● Zona rural e zona urbana: as impactam o meio ambiente. ● Localizar zonas rurais na cidade de Niterói,
atividades econômicas. ● Reconhecer as diferentes formas de utilizando mapas.
trabalho realizadas na zona rural e
urbana.
604
2º CICLO
HISTÓRIA – 4º
ANO
Núcleos Objetivos de Aprendizagem e
Objetos de Conhecimento Propostas Metodológicas
Temáticos Desenvolvimento
● O surgimento da espécie humana no
● Revisar o conceito de Pré-História. ● Pesquisa sobre o surgimento da espécie humana no
continente africano e sua expansão pelo
● Primeiros grupamentos humanos e a continente africano.
mundo.
manutenção da espécie. ● Atividade de estudos dos processos migratórios em
● Dispersão do homem no mundo: processos
● A origem do ser humano e o diferentes tempos e espaços.
Sujeitos, migratórios.
continente Africano. ● Levantamento sobre as migrações no município de
Culturas e ● Analisar a formação da sociedade
● A formação do Brasil: os índios, os Niterói.
Diferença brasileira, reconhecendo a diversidade
portugueses e negros. ● Leituras variadas sobre a diversidade étnica e
étnica e cultural do país.
● O passado e o presente: a noção de cultural no Brasil, através de reportagens, textos.
● Conhecer as principais festas e
permanência e as lentas ● Mural com as manifestações culturais e artísticas do
manifestações artísticas e culturais do
transformações sociais e culturais. município.
município.
● Visita aos museus, propiciando a experiência pessoal
do aluno com a história do estado nos diversos
períodos, assim como em lugares fundamentais para
a compreensão da importância da contribuição de
Pensamento ●O passado e o presente: ● Identificar a formação histórica do estado diversos povos na formação do estado, das atividades
Social, permanências e rupturas. do Rio de Janeiro, assim como seus povos econômicas desenvolvidas e da cultura.
Memórias e ● O estado do Rio de Janeiro: formadores, suas regiões, cultura e ● Desenvolver trabalho de escrita e registro sobre a
Narrativas história, diversidade e cultura. diversidade. influência da ancestralidade na construção das
histórias locais através da oralidade, de maneira que
conduza ao entendimento de dimensão da escrita da
história de diferentes povos, indo além do paradigma
historicista do progresso eurocêntrico.
605
● Exibição de filmes que propiciem a compreensão dos
● Reconhecer a formação histórica do Brasil
aspectos sociais, culturais, econômicos e que
como resultado de construções identitárias
● A formação do Brasil: os grupos de diversos povos.
abordem a diversidade do estado do Rio de Janeiro.
Conflitos e indígenas, a presença portuguesa e ● Pesquisa sobre as festividades e manifestações
● Identificar as transformações ocorridas na
Poder a diáspora forçada dos africanos- culturais ocorridas nas regiões do estado.
cidade ao longo do tempo.
tensões e conflitos. ● Identificação de fontes históricas que possibilitem
● Discutir as interferências nos modos de
reconhecer o papel do estado do Rio de Janeiro na
vida de seus habitantes, tomando o
formação do Brasil (jornais, fotos, textos, etc.).
presente como ponto de partida.
Pode-se realizar uma sequência através da
● O estado do Rio de Janeiro e a sua relação construção de um “baú de memórias” da divisão
com o meio ambiente. temporal dos períodos Colonial, Imperial e
Republicano, refletindo sobre os marcos temporais.
● Reconhecimento da intervenção humana no meio
ambiente, como o desmatamento da Floresta da
Tijuca para o plantio do café e seu reflorestamento; a
ocupação das encostas ao longo do tempo, através
das moradias etc.
● Construção de painel ilustrativo com os diversos
povos formadores do Brasil.
● Trabalho com fotografias da cidade: o ontem e o
hoje, discutindo as mudanças, avanços e retrocessos.
Trabalho de campo com os alunos: mudanças no
bairro, paisagem natural, relações comerciais.
● O mundo da tecnologia: a
integração de pessoas e as ● Discutir os avanços tecnológicos e suas
exclusões sociais e culturais. implicações no mundo do trabalho e
Trabalho, ● A circulação de pessoas e as social. ● Atividades extras ou em sala com os recursos
Ciências e transformações no meio natural e ● Refletir sobre a formação ética e cidadã tecnológicos usados atualmente.
Ambiente comercial. inserida no contexto global tecnológico de
● Os processos de ocupação: campo, sociedades em Redes.
intervenções na natureza,
comércio e circulação de
produtos.
606
2º CICLO
HISTÓRIA – 5º ANO
Núcleos Objetivos de Aprendizagem e
Temáticos Objetos de Conhecimento Desenvolvimento Propostas Metodológicas
● Realização de pesquisas com os alunos sob os
diversos conceitos a nomadismo, sedentarismo,
agricultura e do pastoreio.
● Trabalho com reportagens de jornais sobre as
● Estudar as mudanças e permanências ao transformações no deslocamento das pessoas, rotas e
longo do tempo: (nomadismo, suas relações com o “surgimento” das cidades.
sedentarismo, agricultura e do pastoreio). ● Produção textual das diversas religiões existentes e
● O que forma um povo: do nomadismo ● Discutir o significado do nomadismo e da sua importância para a sociedade humana.
aos primeiros povos sedentarizados. fixação das primeiras comunidades ● Leitura e análise de livros que retratam as riquezas,
Sujeitos, ● Sedentários: questões centrais. humanas. as lendas, os mitos e especificidades da cultura
Culturas ● O papel das religiões e da cultura para ● Reconhecer as diversas culturas e religiões africana.
e a formação dos povos antigos. para os povos antigos, a partir da ● Construção de registros sobre a participação cidadã
Diferença ● Cidadania, diversidade cultural e experiência do presente. ontem e hoje, a partir de reportagens, entrevistas e
respeito às diferenças sociais, culturais ● Fortalecer o exercício da cidadania no relatos.
e históricas. cotidiano, considerando as diferenças em ● A partir dos conceitos básicos sobre Gênero,
todos os âmbitos. incentivar a reflexão sobre a temática. No sítio
● Compreender que o processo de cidadania virtual http://desafiodaigualdade.org.br/, adquire-se
é uma conquista histórica. vídeos, textos e materiais para suporte da prática
pedagógica. É indicado refletir sobre o conceito de
“Mulherismo”, incluindo as questões étnico-raciais.
● Apresentar o histórico das conquistas de direitos
sociais, e da infância no Brasil.
Conflitos e ● A noção de Estado e as formas de ● Refletir sobre a formação do Estado e sua ● Construção de atividades em grupo sobre a
Poder organização social e política. organização antiga. formação do Estado na antiguidade.
● As tradições orais e a valorização da ● Comparar o uso de diferentes linguagens e ● Conversas com os familiares, amigos, professores
Pensamento memória. tecnologias no processo de comunicação. sobre as formas de se relacionar atualmente.
Social, ● O surgimento da escrita e a noção de ● Identificar os processos de registros da ● Apresentação do material coletado.
Memórias e fonte para a transmissão de saberes, história: fonte materiais e imateriais: ● Coleta das diversas formas de registros históricos:
Narrativas culturas e histórias. escritos, orais, artísticas, e a relação com a escrita, oralidade, músicas, monumentos etc.
● Os patrimônios materiais e imateriais memória individual e coletiva.
da humanidade.
607
● Inventariar os patrimônios materiais e ● Registros das memórias da escola e do vivido,
imateriais da humanidade e analisar compreendendo e valorizando as fontes locais para o
mudanças e permanências desses estudo da história em situações do cotidiano.
patrimônios ao longo do tempo.

3º CICLO
HISTÓRIA – 6º
ANO
Núcleos Objetivos de Aprendizagem e
Objetos de Conhecimento Propostas Metodológicas
Temáticos Desenvolvimento
● Uma proposta é apresentar a leitura e/ou filme “O
● Tempo, espaço e formas de registros. ● Compreender os usos cotidianos e
menino no espelho”, de Fernando Sabino para
● A organização e compreensões da conceitos relacionados ao tempo, em
comparar diferentes temporalidades: usos e costumes
experiência do tempo: sentidos e diferentes momentos históricos.
de outros tempos, atentando para as continuidades e
objetivos. ● Conhecer as diferentes formas de medir o
descontinuidades de práticas cotidianas.
● Lugares de Memórias e as tempo e os seus instrumentos em
● A construção de diferentes linhas do tempo, como a
Identidades dos sujeitos: Museus, diferentes momentos históricos.
linha do tempo letivo escolar, do ano litúrgico
sítios arqueológicos, espaços ● Conhecer as primeiras formas de registros
religioso e do ano civil é possibilidade de perceber as
públicos. humanos: pinturas rupestres, escritas e
diferentes relações de temporalidades. Produção de
● Formas de acessar o passado: produção de objetos através de diferentes
linha do tempo da vida do aluno e comparar outras
Narrativas, memórias e seus técnicas e artes e tradição oral.
linhas do tempo para trabalhar o conceito de
Pensamento diferentes registros. ● Criar noções sobre o trabalho sincronicidade e linearidade.
Social, arqueológico como forma de obter acesso
● Atividades alinhadas com o componente curricular
Memórias e às informações do passado.
Artes é caminho para refletir sobre as diferentes
Narrativas ● Perceber as escolhas das sociedades sobre
formas de expressões humanas.
seu passado e a seleção do que é
É proposta de atividade recriar o trabalho
considerado “histórico”.
arqueológico com dinâmica envolvendo caixa, terra
● Identificar espaços na cidade de Niterói
ou areia e pequenos objetos representando fósseis.
que remetem à construção de memórias: Os alunos deverão escavar com palitos de picolé
sítios arqueológicos, museus, espaços (ferramentas) e catalogar o que encontraram e sugerir
públicos. possíveis utilidades no período de sua criação como
● Identificar as hipóteses científicas sobre o auxílio na reflexão sobre os estudos de arqueologia,
surgimento a espécie humana e sua apresentando conceitos como sítio arqueológico,
historicidade e analisar os significados dos fósseis, pesquisa científica, bem como trabalha a
mitos de fundação. ocupação na América e os primeiros registros dos
608
povos primitivos, refletindo sobre o termo “pré-
história” que indica a preponderância da escrita,
enquanto que a humanidade, antes do surgimento da
escrita, já produzia testemunhos. É válida a
integração com Ciências, para refletir sobre a
datação de fósseis, decomposição e meio ambiente.
● A família do aluno ou a comunidade em que se vive
torna-se possibilidade de intervenção, ao buscar os
indivíduos através de entrevista na valorização da
oralidade, buscar materiais familiares como
fotografias ou objetos que permitem analisar
diferentes tipos de fontes históricas (inclusive objetos
pessoais do aluno). A confecção de mural de fontes
históricas ou exposição dos objetos é maneira de
concretizar e compartilhar a construção de
conhecimento.
É possível apresentar aos estudantes as diferenças
entre teoria, hipótese e comprovação científica a
partir das dúvidas que cercam o desenvolvimento
humano no planeta. Evolucionismo e criacionismo,
apesar de terem abordagens completamente distintas,
são teorias que não podem ser comprovadas em
laboratório. O tema é polêmico, principalmente por
dizer respeito a dogmas religiosos. Nesse sentido,
sugere-se privilegiar a compreensão sobre o que nos
torna seres humanos e o que une a humanidade em
uma única espécie. Pode-se, ainda, considerar a
pesquisa de algumas cosmogonias e/ou tradições
religiosas de mitologias diversas: sumeriana, egípcia,
grega, romana, persa, hebraica, iorubá, asteca, maia,
tupi-guarani, indiana, chinesa, japonesa etc., para que
o aluno possa analisar de que maneira esses mitos
explicam a origem da humanidade. Em parceria com
Língua Portuguesa e Produção Textual, pode-se
propor elaboração e apresentação de redações.
● Conhecer os desenvolvimentos técnicos da ● Diferente de outros animais, o humano desenvolveu
humanidade que possibilitaram a ferramentas que possibilitaram sua manutenção no
perpetuação da espécie: desenvolvimento planeta. Apresentar aos estudantes o
609
de utensílios, fogo, ferramentas e armas. desenvolvimento técnico relacionado ao
● Conhecer os modos de vida da desenvolvimento humano é caminho para
Antiguidade na cidade de Niterói: Povos entendermos as dificuldades que os grupos humanos
Sambaquieiros e Ameríndios, a partir do atravessaram na manutenção da espécie, sempre no
● Do nomadismo ao sedentarismo: o conhecimento das teorias sobre a origem limiar de sua existência até tornar-se a espécie
desenvolvimento do modo de vida do homem americano. dominante do planeta.
urbano. ● Relacionar a sedentarização dos grupos ● Ainda que existam divergências científicas, a cidade
● O Mediterrâneo como espaço de humanos: agricultura, técnicas de de Niterói possui sítio arqueológico que dispõe de
Trabalho, interação entre as sociedades da irrigação, desenvolvimento científico com informações sobre grupos primitivos. A partir desse
Ciências e Europa, África e do Oriente Médio: o surgimento dos primeiros núcleos questionamento, incentivar a reflexão da chegada
Ambiente circulação de pessoas, culturas e humanos fixos na África, no Oriente e nas desses grupos. O filme “A Era do Gelo” (2002),
produtos. Américas. reflete sobre a hipótese da entrada de grupos
● Servidão e Escravidão no mundo ● Reconhecer o Mar Mediterrâneo como humanos pelo Estreito de Bering, pelo norte do
antigo. elemento de ligação entre diferentes continente americano é material para incentivar a
sociedades: trocas materiais e culturais e compreensão dos estudantes sobre a temática.
suas lógicas comerciais em diferentes Através de mapas, apresentar a importância do Mar
temporalidades. Mediterrâneo como elo comercial e cultural entre os
● Diferenciar as formas de trabalho no continentes, africano, europeu e asiático que, desde a
mundo antigo: servidão e escravidão. antiguidade. É válido refletir sobre a questão
● Compreender como a escravidão ambiental e preservação nos tempos atuais, como
historicamente atingiu diferentes grupos também possibilitar abordar a culinária
étnico, gerando preconceitos e mediterrânica, considerada pela sua qualidade
estereótipos. nutricional.
● É possível prever que essas aprendizagens sejam
realizadas por meio de consultas a dicionários e do
levantamento de ideias pré-concebidas que devem
ser confrontadas com trechos de textos
historiográficos e/ou documentos históricos que
forneçam subsídios para a reflexão e o debate dos
conceitos pelo aluno. A questão do trabalho escravo
pode ser trazida para o presente: pesquisar as
convenções internacionais e nacionais que proíbem a
servidão por dívida, o trabalho forçado, a
intimidação, a violência física e psicológica, o tráfico
de mulheres e crianças, o trabalho degradante,
coação e privação de liberdade.
610
● Significados do conceito de ● Identificar a formação de diferentes ● É proposta a construção de maquetes para
“império” e as lógicas de conquista, impérios na Antiguidade, localizando-os desenvolver a habilidade de se trabalhar
conflito e negociação dessa forma temporalmente e geograficamente. coletivamente, podendo trabalhar com a questão de
de organização política. ● Compreender diferentes formas de escalas na matemática e geografia, como também o
● As diferentes formas de organização política e social na África. componente Artes, além de aprender a interpretar
organização política na África: ● Compreender as diferentes organizações legendas.
reinos, impérios, cidades-estados e políticas na Grécia Antiga e suas relações ● É caminho apresentar diferentes imagens de
sociedades linhageiras ou aldeias. coma cidadania. testemunhos que apresentem as diferentes formas de
● Formação da Grécia Antiga e suas ● Desenvolver os conceitos de Monarquia, organização política e compreender como incidiu
diferentes formas de governo e República e Império e como em cada diretamente no cotidiano dos sujeitos.
cidadania. período da história romana a cidadania foi ● É possível levar o estudante a compreender que, na
● A formação e expansão de Roma: compreendida. História, a comunidade cidadã nunca foi igualitária
Monarquia, República e Império e nem harmônica, mas, ao contrário, sempre oscilou
seus diferentes modos de em meio a desigualdades sociais e disputas internas.
participação na vida política. Deve compreender, ainda, que a cidadania implica
sentimento comunitário, de pertencimento e
inclusão no conjunto de direitos civis, políticos e
econômicos – são esses fatores que possibilitam
Conflitos e aproximar as distâncias sociais e reduzir as tensões.
Poder O tema permite estabelecer conexões com o
presente, destacando a longa luta pela extensão da
cidadania às mulheres, aos sem-renda, aos ex-
escravos e aos povos indígenas, demonstrando o
quanto essa conquista é recente, trazendo também
para o tempo presente. Pode-se relacionar o tema a
questões relativas à cidadania na sociedade brasileira
atual: o significado de cidadania hoje, a política de
cotas nas universidades, a demarcação de terras
indígenas e quilombolas etc. Pode-se considerar
comparar a democracia direta da Grécia Antiga e a
República senatorial romana com a forma
representativa de governo do Brasil de hoje.
● Comparar diferentes mitos de fundação ● A partir da construção de mitos, identificar como os
das sociedades: povos da Antiguidade na grupos da sociedade se apropriam das tradições e
África, no Oriente Médio e nas Américas. narrativas para realizar dominações sociais e
● Os mitos de Fundação das ● Reconhecer a importância dos econômicas sobre parcela da sociedade, justificando
sociedades. pensamentos e práticas religiosas na e naturalizando determinados posicionamentos.
● Domínio e Expansão das Culturas
611
grega e romana. organização social, econômica e política ● É possível apresentar as práticas religiosas como
Sujeitos, ● A formação identitária do grego e das sociedades, valorizando as diferenças lógicas de manutenção das sociedades. Desde os
Culturas e romano em contraponto com outros religiosas. povos sambaquieiros, que já realizavam rituais
Diferença povos da antiguidade. ● Estimular atitudes contrárias ao racismo, funerários, os egípcios que desenvolveram um
● Ocidente Clássico: a relação entre a preconceito e a qualquer forma de complexo processo de mortificação, as crenças dos
“civilização” e a “barbárie”. discriminação. gregos, dos ameríndios, com objetivo de
● Relacionar os discursos entre “civilizados” compreender como parte da compreensão de mundo.
e “bárbaros” do mundo antigo, realizando Atuar através de seminários, palestras, roda de
contrapontos com as visões conversas para promover o respeito e a tolerância
contemporâneas para a construção de para as práticas religiosas no tempo presente.
alteridades. ● A partir do entendimento dos gregos e romanos
● Analisar o papel da religião cristã na antigos sobre o desenvolvimento cultural e
formação da identidade de grupos legitimação do domínio sobre outros povos
sociais na antiguidade, (reforçando termos como “bárbaro”,
através da universalização. “Vândalo”), utilizar o conhecimento para refletir
● Os diferentes papéis sociais das no tempo presente, sobre o preconceito e
mulheres no mundo antigo. discriminação que grupos da sociedade são
● Identificar e valorizar diferentes colocados na marginalidade. A valorização da
sujeitos que contribuíram para a cultura local através de atividades culturais é
construção identitária da cidade através possível meio para refletir sobre o tema.
de marcas temporais: ameríndios, ● A partir do cristianismo, pensar a identidade de
africanos, europeus e demais grupos. Utilizando a Bíblia como fonte histórica,
extrair passagens das cartas de Paulo que propõe
imigrantes.
a formação de comunidades cristãs, o não
reconhecimento do poder do imperador pelos
primeiros cristãos, bem como a posição de Paulo
diante das ameaças dos hebreus e romanos
(Atos, capítulo 22). Pode-se utilizar as versões
on-line escrita ou áudio.mp3 da bíblia e
compartilhar com os estudantes através dos
smartphones para acessar as informações e
construir conhecimento sobre a temática.
● É possível considerar expandir as aprendizagens
relativas às mulheres nas diversas sociedades,
como o Egito, a sociedade ateniense e espartana.
612
É interessante realizar um diálogo com o tempo
presente, na identificação de Malala, como
exemplo das dificuldades enfrentadas pelas
jovens de outras culturas, em outras sociedades
contemporâneas em âmbitos diversos: direitos
políticos, acesso à educação e saúde, autonomia
de decisão, profissão etc.
● Dando continuidade, o uso de pesquisa oral,
desenvolvendo a metodologia da oralidade é
caminho para reconhecer atores sociais no meio
social do estudante e a construção de identidade
do sujeito. Expor os resultados em painéis na
escola auxilia nas trocas de informações com a
comunidade escolar.

3º CICLO
HISTÓRIA – 7º ANO
Núcleos Objetivos de Aprendizagem e
Objetos de Conhecimento Propostas Metodológicas
Temáticos Desenvolvimento
● Identificar e analisar diferentes formas de ● Como proposta de trabalho pode-se analisar a
contato, adaptação ou exclusão entre “entrada” de povos não romanizados e suas
● A passagem do mundo antigo para populações em diferentes tempos e contribuições para a organização econômica do
Trabalho, o mundo medieval. espaços. feudalismo. Utilização de mapas apresentando as
Ciências e ● O ambiente e as rotas comerciais. ● Descrever as dinâmicas de circulação de rotas de invasão no império ocidental e a formação
Ambiente ● A formação dos Reinos medievais pessoas, produtos e culturas no dos reinos germânicos. A literatura “Rei Arthur”
e as relações de trabalho. Mediterrâneo e seu significado. contribui para compreender conceitos como
● Caracterizar e comparar as dinâmicas de “Cavalaria”, “obrigações”, além de estimular a
abastecimento e as formas de organização leitura, escrita e o imaginário, possibilitando
do trabalho e da vida social em diferentes trabalho em forma de seminários, esquetes e
sociedades e períodos, com destaque para apresentações teatrais.
as relações entre senhores e servos. ● Aponta-se para a valorização da região mediterrânica
 Comparar a servidão a diferentes formas de como espaço de trocas comerciais entre europeus e
trabalho compulsório na Idade Média. asiáticos, além da ocupação muçulmana em seu
entorno. Possibilita-se relacionar com o tempo
613
presente pelas rotas de imigrações que ocorrem na
Europa, com populações vindas dos continentes
africano e asiático.
● É possível produzir trabalho com linhas de tempo,
mapas políticos e econômicos do mundo antigo e
medieval e documentos históricos (fragmentos de
textos e iluminuras medievais) que confrontem
informações e identificar diferenças entre os períodos
históricos. O abastecimento das cidades romanas e
medievais, de outras partes do mundo, com suas
rotas marítimas e terrestres, fluxo de mercadorias e
pessoas de diferentes locais permitem relacionar
diferentes temporalidades, apontando para a
interdependência entre produtores e consumidores e
dos meios de transportes que viabilizam a
distribuição dos produtos.
● É alternativa de pesquisa utilizar dicionários para
compreender a etimologia das palavras e seus
significados. Avaliar a necessidade e possibilidade
das diferentes formas de trabalho e suas contradições
presentes nas relações humanas de produção. A
relação com o tempo presente possui a alternativa de
apresentar as convenções internacionais sobre o
trabalho escravo e estudos de caso, reportagens que
apresentam trabalhos forçados, exclusão da
liberdade, servidão por dívida entre outras, nas atuais
relações de trabalho.
● Um caminho possível é compreender a importância
dos mosteiros e abadias na preservação dos
manuscritos e saberes do mundo clássico e oriental,
no pensamento filosófico e das ciências que
contribuíram para a formação das primeiras
● O papel da religião cristã, dos ● Analisar o papel da religião cristã nos universidades, bem como na construção da
mosteiros e da cultura na Idade modos de organização social e nas identidade do cristão.
Média. mentalidades no período medieval. ● Possibilita-se relacionar a história local de Niterói
● O papel da mulher no período ● Descrever e analisar os diferentes papéis com o pensamento medieval pela continuidade e
medieval. sociais das mulheres nas sociedades transposição de práticas medievais europeias para a
América. As Ruínas do atual Museu de Arqueologia
614
● O papel da religião muçulmana e o medievais. de Itaipu serviram como o antigo Recolhimento de
avanço sobre a Europa. ● Identificar e debater os valores sociais e Santa Teresa, do início do século XVIII, um local
● A nobreza medieval e o controle e culturais dos povos islâmicos. alternativo para abrigar mulheres que não podiam ir
usos das propriedades rurais e ● Relacionar as desigualdades sociais com o aos conventos porque, na época, o casamento era
Sujeitos, incentivado como forma de povoar o país. Ali
urbanas. surgimento e controle das propriedades.
Culturas e ficavam mulheres que pretendiam seguir a vida
Diferença religiosa, órfãs, prostitutas, as que haviam
engravidado antes do casamento, viúvas e aquelas
que eram instaladas quando seus pais ou maridos
saíam em viagem.
Pode-se trilhar pelas contribuições dos grupos
islâmicos a partir de sua expansão em direção ao
ocidente, revitalizando a matemática e filosofia. A
crítica ao filme “O Físico” (2014) é possível
apresentar a vitalidade do oriente com as
universidades e avanços na área da medicina. O
desenvolvimento da navegação e a distribuição de
produtos (como as especiarias e artigos de luxo)
demonstram as riquezas que esses povos
administravam. Além de pesquisas sobre a religião
islã, é possível apresentar pesquisas sobre a culinária
árabe, assim como a engenharia, arquitetura e artes
espelhadas nas cidades construídas quando da
ocupação na Península Ibérica, a exemplo de
Granada, considerada patrimônio da Humanidade.
● Torna-se viável pensar a disputa pelas propriedades e
a marginalização de parcela da população pelos
empreendimentos das Cruzadas (séculos XI-XII), já
que o aumento população, os avanços técnicos da
produção, assim como o “direito da primogenitura”
deixaram transparecer as contradições relacionadas à
propriedade da terra e as constantes revoltas
camponesas. Pode-se apresentar fontes escritas para
refletir sobre o uso do solo e as relações de poder e
dominação social. É oportuno refletir sobre a
contemporaneidade, através dos movimentos pela
reforma agrária e as exclusões de acesso ao solo
urbano.
615
● Um dos caminhos é apresentar a temática sobre as
Crises do século XIV, que envolveu doenças, lutas
● Compreender diferentes organizações políticas pela centralização de poder, críticas a
sociopolíticas do período que cristandade romana, que teve como consequência a
● Lógicas de organização política na influenciaram nas transformações sociais, utilização de novas rotas comerciais, a organização
Conflitos e transição do medievo para a políticas, econômicas e culturais do de reinos com poderes centralizados, o aumento da
Poder modernidade. medievo em direção ao período moderno. influência das cidades sob o controle da burguesia,
● Problematizar a questão da Democracia e através da reorganização das atividades econômicas.
Cidadania. ● A possibilidade é posta sobre o questionamento da
sociedade estamental, que colocava empecilhos ao
exercício da igualdade entre os “cidadãos”. Já os
principados e Repúblicas italianas que formavam
poderosas cidades-estados e por isso dificultavam a
centralização política, era exercido pelas elites. Uma
comparação no tempo entre a concepção grega
clássica, medieval e a noção da cidadania nos dias
atuais é um caminho para fertilizar debates e
seminários nas aulas, com propostas de produção de
murais para multiplicar, no espaço escolar, a
importância da temática no cotidiano.
● Refletir sobre o significado de “moderno”, em
relação ao medieval e a introdução de novas
concepções de humanidade, como novas
possibilidades de intervenções no mundo.
● A construção da ideia de ● Refletir sobre a narrativa das navegações e
modernidade e seus impactos na ● Explicar o significado de “modernidade” e “descobrimentos” a partir da matriz de pensamento
concepção de História. suas lógicas de inclusão e exclusão, com europeu, a partir dos questionamentos das
● O mundo moderno e a conexão base em uma concepção europeia. sociedades. A leitura de trechos de “Os Lusíadas”, de
entre sociedades africanas, ● Problematizar as Narrativas das “Grandes Luís de Camões e compará-lo ao poema de Fernando
Pensamento americanas e europeias. Navegações” e dos “Descobrimentos” pela Pessoa, “Mar Português”, auxiliam na reflexão sobre
Social, ● A ideia de “Novo Mundo” ante o visão eurocêntrica de “modernidade”. os diferentes discursos sobre as navegações.
Memórias e Mundo Antigo: permanências e ● Conhecer as narrativas dos povos ● Para a compreensão dos povos americanos e
Narrativas rupturas de saberes e práticas na americanos e africanos, através de seus africanos e do entendimento que não permaneceram
emergência do mundo moderno. mitos, saberes e técnicas. passivos frente aos europeus é possível apresentar
● Saberes dos povos africanos e pré- documentos gerados pelos europeus que apresentam
colombianos expressos na cultura negociações comerciais e até mesmo ataques às
material e imaterial. expedições, a exemplo do reino do Congo que
comercializava com os portugueses e grupos
616
ameríndios que não atenderam aos invasores. Já
possuíam sociedades complexas, com organização
política e desenvolvimento cultural e material.

● É caminho proposto inicialmente a retomada do


conceito de Antiguidade Clássica discutido no 6º ano
e o de Modernidade para aprofundar a
compreensão do significado do Renascimento e do
Humanismo. Nessa linha, pode-se incluir a discussão
sobre a denominação “Idade das Trevas”, que os
próprios renascentistas deram à Idade Média em
contraponto às mudanças de mentalidade e de formas
de expressão artística anunciadas pelo Renascimento
e Humanismo. É possível um trabalho
interdisciplinar com Arte, Ciências e
● Identificar as principais características dos Língua Portuguesa, explorando a
Humanismos e dos Renascimentos e produção artística, intelectual e científica dos
● Humanismos: uma nova visão de analisar seus significados. grandes humanistas e renascentistas.
Sujeitos, ser humano e de mundo ● Identificar e relacionar as vinculações ● É proposta apontar para o rompimento da cristandade
Culturas e Renascimentos artísticos e entre as reformas religiosas e os processos europeia a partir do descontentamento da população
Diferença culturais. culturais e sociais do período moderno na diante da instituição romana, as críticas geradas e as
● Reformas religiosas: a cristandade Europa e na América. diferentes correntes cristãs que surgiram no período.
fragmentada. ● Relacionar o pensamento protestante com Como habilidade cidadã, pode- se propor uma
o desenvolvimento das práticas reflexão sobre a atualidade para que se desenvolva a
capitalistas. tolerância religiosa entre diferentes crenças, assim
como atentar para conflitos armados justificados por
credos religiosos. Conceitos como “Guerra Santa” e
“Cruzada” podem ser reforçados, assim como a
oportunidade de que possa refletir sobre o fanatismo
religioso e as perseguições de fiéis de outros credos,
exercitando a argumentação fundamentada e o
respeito à diversidade de ideias e sentimentos.
● Na lógica reformista, refletir sobre as correntes
protestantes que apontavam para a valorização do
trabalho como também outras doutrinas, a exemplo
da predestinação calvinista, afirmando que o bom
êxito econômico seria o indício da benção de Deus.
Vale refletir com a chegada dos colonos europeus na
617
América, incluindo os calvinistas no Rio de
Janeiro como forma de tecer tais relações.

● A Ciência Moderna se desenvolveu pelo uso de


instrumentos, articulando o método de observação e
experimentação com o uso de instrumentos técnicos
(sobretudo o telescópio e o microscópio),
● Compreender o conceito de Ciência na contrapondo-se, assim, ao mundo antigo e o mundo
modernidade. medieval as investigações sobre fenômenos naturais
● Identificar a observação e a (terrestres e celestes), organismos vivos, dentre
experimentação como elementos que outras coisas, construindo um sistema de
permitiram o desenvolvimento científico pensamento inspirado pelo racionalismo filosófico
entre os séculos XV e XVII. sem, contudo, negar a existência de Deus, ainda que
● O desenvolvimento científico na ● Comparar as navegações ibéricas no tenha sido alvo de perseguições da Igreja Católica. A
modernidade: rupturas e desenvolvimento.
Atlântico e no Pacífico entre os séculos visitação ao planetário, o uso de planetário móvel na
Trabalho, ● As ciências empregadas nas XIV e XVI, com enfoque no escola ou mesmo, a possibilidade de usos de
Ciências e navegações ibéricas e a ampliação desenvolvimento técnico-científico. programas e aplicativos que permitam aplicar tais
Ambiente dos contatos entre sociedades. ● Interpretar a construção geográfica do conhecimentos são possibilidades de trabalho.
continente americano pela perspectiva É uma proposta de trabalho interdisciplinar com
histórica, compreendendo o Geografia em que o aluno exercite noções espaciais,
desenvolvimento da cartografia. investigando as rotas marítimas realizadas pelos
● Comparar as navegações no Atlântico e no navegadores europeus. É possível também privilegiar
Pacífico entre os séculos XIV e XVI. rotas e caminhos mais antigos da África percorridos
por árabes, indonésios, chineses (rota transaariana,
rota da seda, rota do marfim, rota da noz-de-cola e do
sal, rota das especiarias etc.). Que distâncias
percorriam? Que paisagens atravessavam? Quais
mercadorias trocavam? A habilidade permite
discutir o eurocentrismo do termo “descobrimento”,
tradicionalmente empregado para designar o
“achamento” da América, Oceania, Ásia e África, e
que desconsidera por completo a existência de povos
originários nesses territórios. Nessa mesma linha,
pode-se discutir os termos “povoamento” e
“ocupação”, que dão a ideia de terras vazias que
teriam sido ocupadas pela primeira vez pelos
europeus.
618
● Na elaboração didática, pode-se considerar retomar
conteúdos de habilidades anteriores – Renascimento e
Humanismo, Reformas Religiosas e Navegações
● Descrever os processos de formação e Europeias– para destacar que foi no contexto desses
consolidação das monarquias e suas movimentos que ocorreu a centralização e
principais características com vistas à consolidação das monarquias europeias. É
● A formação e o funcionamento das compreensão das razões da centralização importante retomar e aprofundar a ideia de Estado,
monarquias europeias: a lógica da política. nação e território, e garantindo formar um
centralização política e os conflitos ● Descrever as formas de organização das conhecimento que ajuda a aplicar esses conceitos nos
na Europa. sociedades americanas no tempo da processos de independência nas Américas, ao seu
● A “conquista” da América e as “conquista” com vistas à compreensão dos tempo, como compreender a historicidade do
Conflitos e formas de organização política dos mecanismos de alianças, confrontos e processo, ou seja, a necessidade de fortalecimento do
Poder indígenas e europeus: conflitos, resistências. poder real em aliança com outros grupos da
dominação e conciliação. ● Analisar os diferentes impactos da sociedade. Textos e imagens contribuem para
● A estruturação dos vice-reinos nas conquista europeia da América para as compreender o processo.
Américas Resistências indígenas, populações ameríndias e identificar as É possível destacar as tensões e disputas internas das
invasões e expansão na América formas de resistência. sociedades americanas pré-coloniais como fatores
portuguesa. ● Analisar, com base em documentos que fragilizaram o poder central e contribuíram para
históricos, diferentes interpretações sobre sua derrocada. No México, foram os povos
as dinâmicas das sociedades americanas submetidos pelos astecas que se aliaram aos
no período colonial. espanhóis por considerá-los seus libertadores. No
Peru, a guerra entre dois herdeiros rivais do Império
Inca favoreceu a conquista espanhola. Desmantelada
a estrutura política dessas sociedades, os espanhóis
escravizaram os indígenas, transformando costumes
e tradições desses povos em trabalho compulsório,
como foi o caso da “mita” inca. Pode-se considerar
estender o tema para os povos originários da
América portuguesa, evidenciando que as rivalidades
entre grupos indígenas também serviram aos
colonizadores para cooptar aliados e dominar
territórios.
● É possível organizar seminários sobre os impactos da
“conquista” europeia da América e as formas de
resistência das populações indígenas. Relacionando
ao tempo presente, é caminho fértil pesquisar
coletivamente sobre populações indígenas no Brasil
de hoje, buscando informações em sites oficiais,
619
como Pib Socioambiental, Portal Brasil e IBGE.
Visitar a Aldeia indígena Tekoa Mbo'yty no bairro
de Camboinhas é possibilidade de ampliar a
sensibilidade para a temática.
● Pode-se considerar trabalhar sob uma abordagem
comparativa, que permita ao aluno perceber
especificidades e semelhanças entre a América
Espanhola e a América Portuguesa. O tema permite
analisar e traçar paralelos de aspectos variados da
colonização na América: a administração colonial, a
exploração econômica das colônias, o papel da
Igreja, as formas de tributação, a distribuição da
população, o desenvolvimento urbano, a exploração
da mão de obra indígena e africana, o comércio
atlântico etc. Outra possibilidade é interpretar
gravuras e aquarelas que representam costumes dos
povos originários americanos sob o traço e a visão
europeia. Nesse caso, é pertinente trazer a
discussão sobre o conceito de “civilização”, uma
construção intelectual europeia que serviu aos
colonizadores para qualificar os índios como
selvagens, preguiçosos, canibais, violentos etc. Pode-
se considerar, também, estender o tema incluindo a
colonização inglesa na América do Norte. Há, aqui,
oportunidade para o trabalho interdisciplinar com a
Geografia, associada ao estudo da formação
territorial do Brasil.
● É possível relacionar a formação colonial com o
tempo presente: na questão sobre propriedades
fundiárias, violências exercidas contra negros e
índios, descriminações e preconceitos contra grupos
● Caracterizar a estrutura da sociedade sociais e a família de base patriarcal, que colocava a
colonial brasileira e suas permanências até mulher em plano secundário. Mas também é possível
os dias atuais. apresentar as contradições e brechas que permitiram
Sujeitos, ● Relativizar a biografia de Araribóia, a ascensão social de diferentes grupos, possibilitando
Culturas e ● A sociedade colonial refletindo sobre as ocupações portuguesa e discutir sobre a sociedade brasileira atual.
Diferença americana, sujeitos e construções francesa na Baía de Guanabara, a fundação ● Pensar a trajetória de Araribóia e a fundação da
620
narrativas. da cidade de Niterói e a construção da cidade de Niterói, através de sua aliança militar com
narrativa do personagem histórico. europeus e a construção de sua narrativa. O livro de
autoria de Ziraldo “Meu Primeiro Herói” possibilita
questionamentos acerca da narrativa arquitetada.
Uma comparação com o monumento localizado no
ponto central da cidade enriquece a discussão entre a
história, narrativa e memória.
● Identificar conexões e interações entre as ● É opção explicitar aprendizagens que permitam ao
● As lógicas mercantis e o domínio
Trabalho, sociedades do Novo Mundo, da Europa, da aluno trabalhar com mapas antigos (planisférios,
europeu sobre os mares e o
Ciências e África e da Ásia no contexto das portulanos, globos), de diferentes datas, para
contraponto Oriental.
Ambiente navegações e indicar a complexidade e as averiguar como as viagens oceânicas foram pouco a
● As formas de organização das
interações que ocorrem nos Oceanos pouco revelando os contornos dos continentes. As
sociedades ameríndias.
Atlântico, Índico e Pacífico. ilustrações dos mapas antigos, com suas figuras de
● A escravidão moderna e o tráfico
● Analisar a formação histórico-geográfica monstros-marinhos, natureza, animais e povos
de escravizados.
● A emergência do capitalismo a do território da América portuguesa por exóticos, mostram o imaginário europeu sobre as
partir de críticas ao modelo
meio de mapas históricos, com ênfase na novas terras – imaginário ainda preso à mentalidade
mercantilista. ocupação da Baía de Guanabara. cristã medieval e que aos poucos se rompeu para dar
● Identificar a distribuição territorial da lugar ao racionalismo. É possível, ainda, propor que
● A emergência do capitalismo a
população brasileira em diferentes épocas, se discuta o fato que as interações dos navegadores
partir de críticas ao modelo
mercantilista. considerando a diversidade étnico-racial e com os povos limitavam-se, em grande parte, às
étnico-cultural (indígena, africana, áreas litorâneas, através das feitorias, o que manteve
europeia e asiática). o interior dos continentes desconhecido e distante
● Caracterizar a ação dos europeus e suas das influências e do domínio europeu. É importante,
lógicas mercantis visando ao domínio no ainda, destacar que a intensificação dos contatos
mundo atlântico. mudou a concepção que o europeu tinha sobre o
● Discutir o conceito de escravidão moderna planeta, rompeu com padrões mentais e reforçou
e suas distinções em relação ao escravismo os elementos característicos do renascimento.
antigo e à servidão medieval. ● É importante priorizar os aspectos da formação
● Analisar os mecanismos e as dinâmicas de histórico-geográfica do país e relacionar com
comércio de escravizados em suas aspectos presentes na cidade e que podem estar
diferentes fases, identificando os agentes relacionados a motivações econômicas (escravidão
responsáveis pelo tráfico e as regiões e indígena e africana, produção canavieira, integração
zonas africanas de procedência dos comercial marítima com o Rio da Prata, etc.), à
escravizados. defesa do território, aos tratados de limites, à
● Caracterizar os diferentes modelos de fundação de missões, fortes e cidades, a disputas
colonização na América, relativizando a políticas (a posse da Colônia de Sacramento, a guerra
importância do tipo de colonização com as do Acre, por exemplo) ou à formação de quilombos.
condições atuais das ex-colônias. Há, aqui, oportunidade para o trabalho
621
● Descrever as dinâmicas comerciais das interdisciplinar com a habilidade da Geografia,
sociedades americanas e africanas e associada ao estudo da formação territorial do Brasil.
analisar suas interações com outras ● Com foco regional, é importante priorizar os
sociedades do Ocidente e do Oriente. aspectos histórico-demográficos que dizem respeito
Compreender as interações comerciais em à região em que se vive, buscando identificar quais
diferentes áreas do globo terrestre e sua foram os grupos étnico-raciais preponderantes na
complexidade, conduzindo a mudanças composição da população da região, se houve
das práticas econômicas em transição. mudança na composição populacional, quando isso
● Discutir as razões da passagem do ocorreu e que fatores explicam essa mudança. O
mercantilismo para o capitalismo. trabalho investigativo permite ao aluno desenvolver
as habilidades de pesquisar, ordenar e avaliar. Pode-
se, ainda, considerar a possibilidade de trabalhar com
mapas demográficos de diferentes épocas e realizar
um trabalho interdisciplinar com Geografia.
● Pode-se observar a dimensão do comércio atlântico
onde circulavam pessoas, bens materiais e culturais,
plantas e também doenças. Os europeus, ao
chegarem à África, tiveram que estabelecer alianças
com os reinos africanos. Ademais, aqueles que foram
submetidos à travessia oceânica e passados à
condição de escravizados, reorganizaram suas
crenças e interpretações do mundo a partir das
condições que possuíam. Uma apresentação sobre a
cultura alimentar, com produtos e saberes dos
continentes americano, africano, europeu e asiático é
possível como forma de apresentar a riqueza cultural
proporcionado pelo comércio interatlântico e a
continuidade de sua influência cultural.
● É possível criar, juntamente com os estudantes,
painel que realize a comparação entre as diferentes
temporalidades, sendo oportunizando a retomada de
objetos do conhecimento do sexto ano, possibilitando
a consolidação de aprendizagens.
É possível que o estudante interprete a escravidão
como uma lógica existente na África, conhecida
pelos portugueses no processo de expansão
marítima. Contudo, com a nova dinâmica
mercantilista, a escravidão foi ressignificada e
622
ganhando dinâmica a partir do tráfico negreiro do
Atlântico. É possível realizar debates sobre o
comércio escravo em seus múltiplos aspectos:
interesses mercantis europeuse africanos,
entrepostos nas costas africanas, o navio negreiro,
tratamento e resistência dos escravizados,
desequilíbrio político e social nas sociedades
africanas causado pelas capturas de escravos, fluxo
de escravos para as Américas etc.
● É caminho relacionar com o tempo presente para
desmistificar a lógica determinista do emprego do
tipo de colonização para compreender a situação dos
países americanos e assim refletir sobre os
estereótipos construídos nas narrativas.
É proposta de ação explorar três grandes temas: o
comércio escravo no Atlântico, o comércio interno no
continente africano e seus contatos com redes
mediterrâneas e índicas e o comércio europeu com a
Índia e ilhas do sudeste asiático. Isso permite
compreender a chamada primeira globalização da
história pelas mudanças que gerou ao aproximar e
integrar economias e sociedades de diferentes lugares
do mundo. Com isso, pode-se realizar um trabalho
interdisciplinar com Geografia, estabelecendo
relações entre a globalização do passado e dos tempos
atuais no que diz respeito aos meios de transporte,
comunicação, abrangência geográfica, concentração
de capital, mercado consumidor e fornecedor, formas
de consumo e degradação ambiental gerada pela
plantação e pecuária intensiva, pelo desmatamento e
atividade mineradora.
● É possível apresentar críticas ao modelo
mercantilista sobre os pontos políticos (absolutismo),
pontos econômicos (interferência estatal no mercado
através do controle alfandegário, monopólio das
companhias de comércio), o que já não agradava ao
grupo ligado ao comércio, que já demonstrava
descontentamentos pela ausência de liberdade
comercial. Através de documentos históricos, o
estudante pode perceber que o modelo mercantil
623
adotado no início da Era Moderna já não atendia aos
interesses da burguesia, dando início às críticas ao
modelo social, político e econômico vigente.

4º CICLO
HISTÓRIA – 8º
ANO
Núcleos Objetivos de Aprendizagem
Objetos de Conhecimento Propostas Metodológicas
Temáticos e
Desenvolvimento
● Identificar os principais aspectos ● É possível relacionar a universalidade proposta
conceituais do iluminismo e do liberalismo pelo movimento com os limites e o alcance do
● A questão do iluminismo e da e discutir a relação entre eles e a lema iluminista “Liberdade, Igualdade e
Trabalho ilustração em seu desenvolvimento organização do mundo contemporâneo. Fraternidade” em sua historicidade (como no
, Ciências filosófico e científico. ● Analisar os impactos da Revolução caso de manutenção do colonialismo e
e ● A Revolução Industrial e seus impactos Industrial na produção e circulação de escravidão na América francesa) na
Ambient na produção e circulação de povos, povos, produtos e culturas, no contemporaneidade. Cotejar Liberalismo
e produtos e culturas. desenvolvimento das cidades industriais, econômico com liberalismo político para
na degradação ambiental e na situação da compreender a ascensão dos valores burgueses.
classe trabalhadora a partir de seus modos Na difusão de
de vida e ações e desenvolvidas a partir de saberes, o papel exercido pela Enciclopédia,
suas diferentes organizações. possibilitando comparar com a rede mundial de
Aplicar os conceitos de Estado, nação, computadores. Uma proposta de estudos
território, governo e país para o biográficos permite apresentar a diversidade de
entendimento de conflitos e tensões. posições sociais de seus pensadores.
● Na prática do currículo, pode-se instigar o debate
sobre a situação dos trabalhadores nos séculos
XVIII e XIX, mostrando como o processo
industrial modificou suas vidas através de baixos
salários, situações insalubres, doenças,
mendicância e marginalização social. A
modificação da noção de tempo, com a
introdução da “hora de trabalho”, excluindo a
“jornada de trabalho”, impondo a hora- relógio
como padrão. Pode-se, ainda, considerar a
624
possibilidade de um trabalho interdisciplinar
com Língua Portuguesa e Língua Inglesa na
leitura de autores cujas obras retratam a
sociedade industrial do século XIX: Charles
Dickens, Victor Hugo e Émile Zola, por
exemplo. É importante destacar os
desdobramentos da Revolução Industrial na
contemporaneidade, ressaltando a Revolução
Tecnológica, cuja base é a eletrônica (uso de
computadores, robôs industriais, energia nuclear)
e que afetou as relações de trabalho, a produção
e a circulação dos produtos, perceptível nas
diferentes dimensões da vida (trabalho, lazer,
cultura, debates políticos, ensino, circulação de
mercadorias) desenvolvidas em atividades
remotas pela imposição da pandemia de Covid-
19. É possível comparar esses dados com os do
século XX e XXI, confrontando sobre as novas
tecnologias (aplicativos) que ofertam atividades
com baixa remuneração salarial e ausentes de
legislação trabalhista, tornando o colhimento de
depoimentos e suas análises uma possibilidade
de trabalho. Há, aqui, oportunidade para o
trabalho interdisciplinar com a Geografia, no que
se refere à descrição e análise dos impactos da
Revolução Industrial nos fluxos migratórios e
desenvolvimento urbano, tornando a pesquisa
oral uma opção. Por fim, as lutas dos
trabalhadores a partir de suas organizações
políticas e desenvolvimento dos pensamentos
sociais do século XIX e suas comparações com o
tempo presente a partir das manifestações
presenciais, como passeatas e greves, como
também em suas ações nas redes sociais.
Relacionar a noção temporal iluminista de
“progresso” com a crise ambiental e a expectativa
de futuro apocalíptico é caminho para tecer
625
relações entre presente e o passado.
● A proposta é instrumentalizar os conceitos para
aplicá-los na compreensão dos movimentos de
independência das Américas. Um caminho
sugerido é pesquisar os conceitos nos dicionários
de língua portuguesa (desenvolvendo o uso de
dicionários em sala de aula) e compará-los aos
conceitos presentes em dicionário de conceitos
históricos. Pode-se motivar os estudantes para
trabalho coletivo com a construção de painéis
expostos na sala de aula e
acessá-los durante as aulas.
● O mundo contemporâneo: o Antigo ● É proposta revisar o conceito de absolutismo
● Compreender o conceito de Antigo Regime
Regime em crise. para compreender tanto as propostas iluministas,
e os fatores que proporcionaram o seu
Conflitos e ● As revoluções inglesas e os princípios bem como as contestações revolucionárias
enfraquecimento. liberais do período. Daí a importância de refletir
Poder do liberalismo.
Identificar as particularidades sobre os fatores que propulsionaram as críticas
● Revolução Francesa e seus político-sociais da Inglaterra do século
desdobramentos. ao regime, sendo opção a leitura de fontes
XVII e analisar os desdobramentos históricas que permitam comparar diferentes
● Rebeliões na América portuguesa: as posteriores à Revolução Gloriosa.
conjurações mineira e baiana. versões das monarquias.
● Identificar e relacionar os processos da ● O modelo inglês trouxe uma proposta
● Independência dos Estados Unidos da Revolução Francesa e seus
América e as Independências da diferenciada para a ordem estabelecida,
desdobramentos na Europa e no mundo. alterando as relações políticas e trazendo
América espanhola. ● Explicar os movimentos e as rebeliões da
● A revolução dos escravizados em São questionamentos ao absolutismo, ainda que se
América portuguesa, articulando as mantivesse a monarquia em conjunto com o
Domingo e seus múltiplos significados temáticas locais e suas interfaces com
e desdobramentos: o caso do Haiti. Parlamento. Relacionar com o tempo presente e
processos ocorridos na Europa e nas refletir sobre os papéis desempenhados pela
● Os caminhos até a independência do Américas. monarquia britânica atualmente possibilita
Brasil. ● Identificar e contextualizar as identificar as origens e o papel desempenhado
especificidades dos diversos processos de por reis e rainhas ingleses. O cinema permite
independência nas Américas, seus aspectos relacionar as fontes históricas com as narrativas
populacionais e suas conformações cinematográficas.
territoriais. ● Indica-se a possibilidade de projetar a Revolução
● Identificar a Revolução de São Domingo Francesa para a contemporaneidade,
como evento singular de projeção identificando seu legado no pensamento e na
afropositiva e avaliar suas implicações. prática política de hoje: democracia, direitos
● Caracterizar a organização política e social humanos, cidadania, nação, liberdade, noções de
no Brasil desde a chegada da Corte direita e esquerda. Criar noções de
626
portuguesa, em 1808, até 1822 e seus temporalidades é possível pela marcação do
desdobramentos para a história política calendário revolucionário, bem como a distância
brasileira. temporal para que alguns ideais se
● Analisar o processo de independência em concretizassem, a exemplo da participação das
diferentes países latino-americanos e mulheres no uso do voto e representantes
comparar as formas de governo neles mulheres na política. Permite, ainda, debater a
adotadas. questão da pena de morte e seu alcance no
combate à criminalidade.
● É caminho profícuo utilizar mapas para
localização das regiões, evidenciando suas
importâncias econômicas para a metrópole. É
possível esclarecer a relação temporal sincrônica
entre esses movimentos com outros movimentos
de contestação ao Antigo Regime. Refletir
também sobre os canais de transmissão e
divulgação das ideias iluministas na colônia e
contestações ao Antigo Regime; as propostas de
independência de cada movimento, bem como a
temática dos escravizados. No campo da
produção de memórias, discutir a trajetória de
Tiradentes, como indivíduo sedicioso que sofreu
pena capital para herói nacional,
monumentalizado nas artes e no calendário,
através de feriado cívico nacional, enquanto o
mesmo não ocorreu com os conjurados baianos,
tecendo relações entre memória e
esquecimento. Visitação ao Museu Histórico
Nacional dialoga com o passado através de
diferentes objetos que remetem a temática.
● Refletir sobre o pioneirismo das Treze Colônias.
A Declaração de Independência permite acusar o
ideal iluminista e sua utilização prática, assim
como deias liberais nas práticas econômicas.
Pode-se utilizar documentos históricos que
permitam confrontar as ideias dos líderes
hispano- americanos, identificando pontos de
vista em comum e divergentes. Fazer uso de
biografias políticas também contribui para
627
conhecer o ideário político desses líderes. O
tema pode incluir, ainda, personagens da história
do Brasil, como Frei Caneca, José Bonifácio e D.
Pedro I – contemporâneos dos líderes hispânico-
americanos
– para estabelecer contrapontos das ideias e
atuações dessas figuras históricas.
É possível pensar a singularidade haitiana pela
documentação produzida pelos estadistas, onde
declaram o “medo haitiano” de uma revolução
vitoriosa de indivíduos escravizados
que sedimentaram a primeira
república negra do mundo, tornando-se o
primeiro país americano a abolir a escravidão.
● É opção organizar o trabalho a partir da
transferência da administração portuguesa para o
Brasil e analisar as transformações políticas,
econômicas sociais e culturais que fizeram do
Brasil capital do império, possibilitando a
ruptura política com Portugal e, ao mesmo
tempo, em que se mantém a continuidade
dinástica dos Bragança. Refletir sobre as
contradições, bem como a construções históricas
de d. João e d. Pedro (o primeiro “fujão” e o
segundo “herói da independência”), permitindo
comparar as narrativas que foram solidificadas na
sociedade. Visitação ao Centro do Rio de Janeiro
para refletir sobre a transformação da colônia em
metrópole: monumento equestre a d. João
exposto na Praça XV de Novembro, Paço
Imperial, Igreja Nossa Senhora do Carmo da
Matriz, Casa França-Brasil (antiga Alfândega na
arquitetura neoclássica introduzida pela “missão
francesa”) e Centro Cultural Banco do Brasil,
para perceber as transformações urbanísticas que
fizeram da cidade do Rio de Janeiro o centro de
poder.
● É possível apoiar-se no conhecimento geográfico
628
para refletir sobre a manutenção territorial
brasileira em oposição à divisão territorial das
colônias espanholas a partir da instalação de
Repúblicas, ao contrário do Brasil que manteve o
modelo monárquico através da continuidade da
dinastia Bragança.
● É proposta utilizar documentos históricos para
confrontar as ideias dos líderes
hispano- americanos, identificando
aproximações e divergências. O estudo
biográfico é uma das possibilidades para
conhecer o ideário político desses líderes. O
tema pode relacionar com as questões do tempo
● Conhecer o ideário dos líderes dos presente, com as questões políticas na
movimentos independistas e seu papel nas Bolívia, Venezuela, Brasil,
revoluções que levaram à independência Chile, Argentina e demais países.
● Independência dos Estados Unidos da das colônias hispano-americanas. ● Existe a possibilidade de utilizar documentos
Sujeitos, América e as Independências da ● Conhecer as características e os principais históricos que permitam comparar pontos de
Culturas América espanhola. pensadores do Pan-americanismo. vista diferentes, como, por exemplo, a Carta da
e ● Os limites da cidadania nos processos ● Identificar e explicar os protagonismos e a Jamaica, de Simón Bolívar, e caricaturas sobre a
Diferença de independência na América Latina. atuação de diferentes grupos sociais e Doutrina Monroe, compreendendo como cada
étnicos nas lutas de independência do proposta se legitimou na sociedade.
Brasil, na América espanhola e no Haiti. ● É possível refletir sobre o posicionamento da
parcela de maior quantitativo da população e
seus silenciamentos quanto da participação nos
movimentos políticos: mulheres, indígenas,
escravizados, mestiços, lavradores pobres. A
exemplo da liderança indígena de Tupac Amaru,
no Peru, pode-se dialogar com o tempo presente
para refletir sobre a questão indígena na
América, bem como a atuação das “Mães da Praça
de maio”, na
Argentina.
629
Pensamento ● O Rio de Janeiro através das narrativas ● Identificar as transformações ocorridas na É possível acessar imagens de pintores do século
Social, imagéticas. cidade do Rio de Janeiro como Sede da XIX, a exemplo de Jean Baptiste-Debret, que
Memórias e ● A tutela da população indígena, a monarquia portuguesa através das imagens retratou o cotidiano e as transformações do Rio
Narrativas escravidão dos negros e a tutela dos dos pintores e das construções promovidas de Janeiro a partir de seu olhar que se
egressos da escravidão. para a Capital do Império. tornaram referências para compreender o
● O ensino de história, a legislação ● Discutir a noção da tutela dos grupos período. Visitação aos espaços retratados e diálogo
educacional brasileira e a relação entre indígenas do final do período colonial, ● Através da documentação do período, é caminho
memória e esquecimento. identificando permanências na forma de pensar na tutela das sociedades indígenas desde a
● Pensamento no século XIX: preconceitos, estereótipos e violências atuação da Companhia de Jesus, até sua expulsão
darwinismo e racismo. sobre as populações indígenas e nas e o controle do Estado. A documentação pode
Américas através das narrativas e chamar a atenção sobre os interesses europeus
documentação oficial produzidas no sobre a catequização e a exploração da mão de
período e no tempo presente. obra na lógica do colonizador. A tutela não
● Debater a importância da Lei 10.639/03, assegurou proteção e ainda serviu para
alterada pela Lei 11.645/08, que torna consolidar visões estereotipadas desses grupos,
obrigatório o ensino da história e cultura já expostas desde a Carta de Pero Vaz de
afro-brasileira, africana e indígena em Caminha, em 1500. Com a presença joanina, as
todas as escolas, públicas e particulares, do cartas régias que autorizavam as “guerras
ensino fundamental até o ensino médio, ofensivas” contra os botocudos em Minas Gerais
identificando e relacionando aspectos das contêm os elementos básicos de uma política de
estruturas sociais da atualidade, em relação opressão e renova quase literalmente os
à participação dos negros na sociedade argumentos utilizados nos séculos XVI e XVII
brasileira no final do período colonial, para a destruição dos Aimorés e outros tantos
identificando permanências grupos.
na forma de preconceitos, estereótipos e ● É fértil fomentar debates e palestras sobre o
violências sobre as populações negras no ensino da história e cultura afro-brasileira,
Brasil e nas Américas e discutir a africana e indígena com objetivo de sensibilizar
importância de ações afirmativas. para a temática e perceber a identidade africana e
● Pontuar o pensamento darwinista indígena na cultura brasileira. A formação de
manipulado para legitimar práticas raciais seminários como forma de apresentar pesquisas
segregacionistas. de dados da atualidade como possibilidade de
construção de novas narrativas que desconstruam
estereótipos dos negros e indígenas na sociedade
brasileira.
● Valendo-se do objeto de ensino anterior, é
indicado fornecer panorama das ideias que se
alicerçaram no darwinismo social como teoria
legitimadora de práticas de violência racial,
630
atentando para a retomada da temática.

● Para compreender o jogo político de equilíbrio


de forças entre a elite comercial e a elite agrária,
pode-se propor que o aluno discuta os limites da
● Identificar e analisar o equilíbrio das forças participação política no Império, sobre o que é
e os sujeitos envolvidos nas disputas um partido político e sua importância no jogo
políticas durante o Primeiro e o Segundo democrático, destacando seu programa,
Reinado. liderança, métodos de recrutamento, objetivos,
● Identificar, comparar e analisar a alianças, campanhas eleitorais e seu
● Brasil: Primeiro Reinado. diversidade política, social e regional nas comportamento político ao assumir o poder (se
● O período Regencial e as contestações rebeliões e nos movimentos contestatórios executou ou não seu programa político). Essas
ao poder central. ao poder centralizado. questões ganham relevância no contexto político
● O Brasil do Segundo Reinado: política ● Identificar e relacionar aspectos da contemporâneo nacional, em que a democracia e
Conflitos e e economia. estrutura fundiária da atualidade através da a participação popular nas disputas partidárias
Poder ● A Lei de Terras e seus desdobramentos concentração de terras no período ainda são recentes. Nessa linha, os
na política do Segundo Reinado. oitocentista. acontecimentos políticos do Período Monárquico
● Territórios e fronteiras: a Guerra do ● Relacionar as transformações territoriais, ganham uma dimensão maior, permitindo ao
Paraguai. em razão de questões de fronteiras, com as aluno estabelecer comparações com situações do
tensões e conflitos durante o império. presente.
● Identificar as questões internas e externas ● É possível utilizar mapas econômicos e
sobre a atuação do Brasil na Guerra do demográficos do século XIX para reconhecer e
Paraguai e discutir diferentes versões sobre distinguir as regiões produtoras, a densidade e a
o conflito e a construção da identidade composição populacional do país, inferindo, a
nacional. partir daí, a diversidade étnico-racial, social e
econômica entre as regiões. Pode-se refletir
sobre as diferenças regionais no que diz respeito
aos usos de transportes marítimos e terrestres; as
distâncias
entre a capital e as províncias, a demora em
estabelecer contatos feitos quase exclusivamente
por via marítima e como isso afetava as
populações das regiões mais distantes, dando-
lhes a impressão de isolamento e abandono;
631
compreender a fragilidade política do Brasil
império, ameaçado de desagregação pelas
numerosas rebeliões separatistas (Ceará, 1831-
32; Pernambuco, 1832-35;
Pará, 1835-37; Bahia, 1837-38; Maranhão, 1838-
41; Rio Grande do Sul, 1835-45). Dessa
maneira, espera-se que o aluno compreenda que
o período monárquico não foi um período de paz
e estabilidade. Esta prática é sequência para que
o estudante reconheça a relação entre as disputas
políticas na capital e os movimentos
contestatórios ao poder centralizado.
● É possível contextualizar a pressão internacional
para o fim do tráfico de escravizados no
Atlântico, com a expansão cafeeira no Vale do
Paraíba. A Lei de Terras (1850) regulamenta o
acesso à propriedade da terra através da compra
da propriedade (mercadoria) e não mais pela
doação de sesmarias ou posse, dificultando o
acesso à terra aos ex-escravizados e imigrantes
que portavam nessas terras. Os antigos
latifundiários aumentaram sua concentração,
resultando numa questão histórica para o acesso
à agricultura. Pode-se abordar os movimentos
sociais de reforma agrária, as propriedades
quilombolas e reservas indígenas
contemporâneas para refletir sobre as pressões
promovidas pelos fazendeiros na busca de novas
áreas de exploração e a degradação ambiental
promovida pela monocultura exportadora.
● Indica-se refletir sobre a construção histórica do
território nacional, apresentando que as
fronteiras são decisões humanas, a partir de
negociações políticas e intervenções militares,
através da documentação oficial e da elaboração
e mapas e maquetes.
● É sugestão pensar nos quadros de Victor
Meirelles (1832 – 1903), exposto no Museu
632
Histórico Nacional, para refletir sobre a
construção da identidade a partir de conflitos
bélicos. Nomes de ruas como “Voluntários da
Pátria” e “Humaitá” acessadas por aplicativos, o
monumento ao General Osório construído com
peças de guerras capturada dos paraguaios
permitem um trabalho de memória e demarcação
no espaço da cidade. Vale lembrar que o conflito
já contava com a presença de fotógrafos que
registraram de maneira inovadora, sendo o
primeiro conflito a receber uma cobertura visual
da imprensa sul-americana. A questão dos
grupos indígenas e dos escravizados, em ambos
os lados do conflito, também possibilitam
trabalho com diferentes grupos sociais e
múltiplos olhares sobre o tema.
● Pensamento e Cultura no século XIX:
● É possível discutir os usos do discurso científico
darwinismo e racismo. ● Identificar a transposição do pensamento para a promoção de preconceitos e estereótipos.
● Imperialismos e dominação cultural. darwinista para os discursos racistas A literatura machadiana em “O Alienista” é
Sujeitos, ● A produção do imaginário nacional legitimador europeu e dos grupos possível realizar paralelos e refletir sobre as
Culturas brasileiro: cultura popular, dirigentes americanos. diferentes situações em que as ditas “ciências”
e representações visuais, letras e o ● Identificar e analisar as políticas oficiais legitimaram práticas de controle social, violência
Diferença Romantismo no Brasil. com relação ao indígena durante o império. e racismo e historicamente construíram
O discurso civilizatório nas Américas, ● Discutir o papel das culturas letradas, não distorções e estereótipos.
os silenciamentos dos saberes letradas e das artes na produção das
indígenas e as formas de integração e ● É caminho analisar o decreto imperial de 1845,
identidades no Brasil do século XIX.
praticamente o único documento indigenista do
destruição de comunidades e povos ● Relacionar o “indianismo” à construção
indígenas. Império, reconhecendo que ele não representou
histórica de Araribóia, refletindo sobre a
● A resistência dos povos e comunidades uma ruptura profunda em relação às legislações
criação da narrativa oficial fundadora para
indígenas diante da ofensiva do período colonial, mas trouxe algumas
a cidade de Niterói.
civilizatória. mudanças significativas, entre elas, a política de
● Identificar as tensões e os significados dos
“assimilação”, com o objetivo de integrar o índio
discursos civilizatórios, avaliando seus
na sociedade brasileira, desde que ele “deixasse de
impactos negativos para os povos
ser indígena”. Daí a presença dominante das
indígenas originários e as populações
ordens religiosas que dividiram com o Estado os
negras nas Américas.
encargos relativos à questão indígena. Como
● Identificar os processos de expansão de
contraponto, pode-se pensar na apropriação do
fronteiras sobre os povos originários
indígena como elemento idealizado da
633
americanos: A “marcha para o Oeste” nacionalidade proposto pelo
estadunidense. romantismo.
● É caminho atuar para que o estudante
compreenda as diferentes formas de
manifestações artísticas brasileiras: uma
acadêmica, tendo como fonte de referência o
modelo europeu adaptado ao arquétipo nacional
e outra popular, negra e mestiça, que circulava
fora dos salões da Corte. Pode-se, ainda,
considerar a possibilidade de conhecer festejos
populares da região – Congada, Reisado, Boi
Bumbá, Festa de Reis, Entrudos, Festa do
Divino, Cavalhadas etc. –, buscando identificar
suas origens e acréscimos de elementos negros e
indígenas. É importante chamar atenção para o
papel das ações joaninas, como fundação de
escolas e incentivo às artes, para que, no século
XX, viesse a ocorrer o reconhecimento mundial
do Brasil nos campos da música, arquitetura e
engenharia, artes.
É caminho refletir sobre a produção discursiva
sobre “progresso e civilização” a partir dos
registros escritos de produções imagéticas que
construíram, negativamente, o ideário dos grupos
sociais, valendo-se das ideologias raciais, para as
populações indígenas e negras nas Américas. É
proposta fomentar debates e apresentar
realidades desses grupos na contemporaneidade
para propor experiências temporais de rupturas e
continuidades.
● A expansão das fronteiras estadunidense é
pensada a partir do avanço sobre as populações
indígenas e mexicanas através de massacres
promovidos. Aproveitando-se habilidades
anteriores sobre a discussão de fronteiras,
mobilizar o cinema em seus diferentes discursos
para comparar a construção narrativa sobre os
tipos ideais: o “indígena”, “o caubói”, o
634
“mexicano” e comparar com as resistências e
participação política dos indígenas nos dias
atuais.

● Uma oportunidade de se desenvolver a história


● O escravismo no Brasil do século XIX: ● Relacionar a crise do trabalho compulsório
fluminense é refletir sobre as políticas de
plantations e revoltas de escravizados, com os movimentos abolicionistas e a
imigração do governo imperial e a construção da
abolicionismo e políticas migratórias recepção de imigrantes nos contextos dos
primeira estalagem de imigração do Brasil,
no Brasil Imperial. processos de unificação alemã e italiana.
localizada na Ilha das Flores, onde hoje funciona
● Os Estados Unidos da América e a ● Comparar os processos abolicionistas no
Trabalho o Museu da Imigração, possível de visitação.
América Latina no século XIX. Brasil, EUA e Caribe.
, Ciências século XIX.
● Uma nova ordem econômica: as ● Caracterizar e contextualizar aspectos das
e ● Para perceber as aproximações e
demandas do capitalismo industrial e o relações entre os Estados Unidos da
Ambient distanciamentos,
lugar das economias africanas e América e a América Latina no século
e pode-se recorrer à compreensão das atividades
asiáticas nas dinâmicas globais. XIX.
comerciais de interesse da utilização de escravizados
● O imperialismo europeu e a partilha da Reconhecer os principais produtos,
● É possível compreender a política externa dos
África e da Ásia. utilizados pelos europeus, procedentes do
continente africano durante o Estados Unidos em relação à América Latina no
imperialismo e analisar os impactos sobre contexto do imperialismo do século XIX,
as comunidades locais na forma de reconhecendo suas intervenções militares na
organização e exploração econômica. América Central e no México, realizadas sob os
● Identificar geograficamente as áreas de lemas da Doutrina Monroe e do Destino
invasões e domínios das nações europeias, Manifesto. Supõe, ainda, identificar e
atentando para o domínio português na compreender as anexações de territórios e a
região. exploração de minérios, petróleo, carvão e
● Estabelecer relações causais entre as gêneros tropicais em proveito do
ideologias raciais e os determinismos no desenvolvimento industrial norte-americano.
contexto do imperialismo europeu e seus ● A utilização de mapas para identificar os
impactos na África e na Ásia. interesses econômicos, os países exploradores e
as populações locais da África do século XIX.
Trechos do filme “A lenda de Tarzan” (2016)
permitem a reflexão e críticas ao domínio
colonial, ao apresentar os interesses econômicos
da Bélgica no Congo, a introdução de ferrovias
para transporte de matérias-primas e
escravizados, além da destruição da cultura
local. É possível, ainda, que o aluno estabeleça
635
relações com o presente, mostrando que as
riquezas africanas ainda são disputadas por
nações estrangeiras, como a China e o Japão.
● Com a utilização de mapas, pode-se propor a
construção de maquetes fincando as regiões com
os países dominadores ou criando diferentes
legendas,
como forma de trabalhar em equipe assim como
desenvolver a habilidade de interpretação de
mapas. É válido chamar atenção para a África e
Ásia portuguesas e suas relações com o Brasil.
● É caminho considerar a possibilidade de um
trabalho interdisciplinar com Ciências para
discutir o evolucionismo de Darwin e como ele
se desdobrou em ideologias raciais. É importante
também que o aluno possa analisar de que
maneira a ciência trata a questão racial hoje. Há,
ainda, a oportunidade de discutir os conceitos de
imperialismo, racismo e determinismo, ainda
hoje presentes no senso comum.
● É importante que o estudante reconheça que as
populações nativas não ficaram impassíveis ante
a invasão e a exploração de seus territórios pelas
potências imperialistas e que resistiram como
● O imperialismo europeu e a partilha da ● Identificar e contextualizar o protagonismo puderam, seja pelas armas, por sabotagens, fugas
África e da Ásia. das populações locais na resistência ao e, inclusive, por ações de lideranças que
Sujeitos, imperialismo na África e na Ásia. pregavam a desobediência às autoridades
Culturas brancas. O estudo biográfico é caminho, a
e exemplo de Yaa Asantewa, rainha-mãe ashanti
Diferença que incentivou seu povo a combater os ingleses.
Uma pesquisa na comunidade para reconhecer
atores sociais que atuam em prol da sociedade é
um dos caminhos para identificar o
conhecimento histórico aplicado em proveito da
sociedade.
636

4º CICLO
HISTÓRIA – 9º ANO
Núcleos Objetivos de Aprendizagem
Objetos de Conhecimento Propostas Metodológicas
Temáticos e
Desenvolvimento
● Descrever e contextualizar os principais
aspectos sociais, culturais, econômicos e
políticos da emergência da República no ● Um dos possíveis caminhos para a construção de
Brasil. conhecimento é a utilização de Leituras de Fontes
● Caracterizar e compreender os ciclos da Primárias, aliando às leituras de mapas. Diferentes
história republicana, identificando a interpretações de Fotografias para fomentar
cidade de Niterói no jogo político e discussões de como estas foram agenciadas, o
regional e nacional até 1954. contexto em que foram tiradas, a sua circulação e
● Experiências republicanas e ● Compreender as reformas urbanas das consumo para colocar em perspectiva os objetos que
práticas autoritárias: as tensões e capitais através do ideal de progresso, estão sendo estudados. O uso de Internet para
disputas do mundo como também estratégia excludente de pesquisas, bem como visitação a museus, tais como o
contemporâneo. expulsão da população das áreas centrais. Palácio do Catete, Pretos Novos, do Negro e do
● A Proclamação da República e ● Identificar os poderes locais ligados as Índio.
Conflitos e
seus primeiros desdobramentos. atividades agrícolas, controladores da ● O planejamento e execução de Aula de campo pelo
Poder
● Primeira República e sociedade e da política através do Rio de Janeiro histórico, percebendo as mudanças da
suas características. controle dos sistemas eleitorais, dando cidade ao longo do tempo, especialmente nos
● Contestações e dinâmicas da vida contornos ao coronelismo e mandonismo. períodos da Primeira República e Era Vargas,
cultural no Brasil entre 1900 e ● Identificar os diferentes períodos para a contribui para a compreensão de diferentes
1930. consolidação da “Era Vargas”. temporalidades históricas.
● O período varguista e ● Discutir o conceito de cidadania de modo
suas contradições. que os alunos percebam a sua mudança
ao longo do tempo (avanços e recuos) e
que é a condição para que todos tenham
acesso aos seus direitos básicos, além dos
sociais, civis e políticos.
637
Trabalho, ● Relacionar o processo de industrialização  É possível recorrer às fotografias para perceber as
● A emergência da vida urbana
Ciências e com o incremento das atividades transformações espaciais. Já a literatura, a exemplo do
e a segregação espacial.
Ambiente urbanas. escritor Lima Barreto, possibilita um olhar sobre as
classes prejudicadas com tais transformações.
● É possível comparar a perseguição aos
● Refletir sobre as razões da existência de
trabalhadores diante das suas mobilizações por
uma grande massa de excluídos na
direitos como “caso de polícia” e comparar com a
sociedade brasileira, a partir do início do
● “Classes perigosas”, libertos, inclusão de Getúlio Vargas em seu projeto, o que
século XX, com enfoque na população
capoeiras: A questão da inserção possibilita compreender parte do sucesso das
afro-brasileira.
dos negros no período republicano políticas getulistas voltadas para o trabalhador. Vale
● Identificar os principais acontecimentos
do pós-abolição. também refletir sobre o tempo presente, pesquisando
como Guerra de Canudos, Guerra do
● Os acontecimentos os movimentos dos trabalhadores por garantias de
contestado, Cangaço, Coluna Prestes e as
políticos da Primeira República, a direitos e as reações midiáticas como também a
contestações ao poder oligárquico a partir
partir da literatura de cordel. repressão sofrida.
das literaturas de Cordel.
● Os movimentos sociais e a ● Em diálogo com o componente Artes e Língua
● Compreender a importância dos
imprensa negra; a cultura afro- Portuguesa, é possível realizar análise de folhetos de
pensamentos e práticas religiosas na
brasileira como elemento de cordéis que abordam temas políticos da Primeira
organização social, econômica e política
resistência e superação das República, criando sentidos através de diferentes
Sujeitos, das sociedades, valorizando a diversidade
discriminações. organizações temporais.
Culturas e religiosa.
● A questão indígena durante a ● Frente aos movimentos messiânicos, é importante
Diferença ● Identificar os mecanismos de inserção
República (até 1964). compreender as relações entre a sociedade e as
dos negros na sociedade brasileira pós-
● Anarquismo, socialismo, instituições religiosas.
abolição e avaliar os seus resultados.
sindicalismo e ● É possível pesquisar a participação da população
● Identificar e explicar, em meio a lógicas
protagonismo negra durante a primeira metade do século XX nos
de inclusão e exclusão, as pautas dos
feminino: industrialização, movimentos operários e sindicais, no teatro, na
povos indígenas, no contexto republicano
urbanização e participação da educação (fundação de escolas para negros), em
(até 1964).
mulher na sociedade. associações carnavalescas, na música e no futebol.
● Identificar as transformações ocorridas no
● A Semana de Artes de 1922 e a Todos esses setores lutaram contra a discriminação e
debate sobre as questões da diversidade
modernização cultural do Brasil. o preconceito, como, por exemplo, na proibição
no Brasil durante o século XX e
● A construção do trabalhismo e a governamental da inclusão de jogadores negros na
compreender o significado das mudanças
valorização do trabalhador seleção nacional em 1920 e na tentativa de impedir a
de abordagem em relação ao tema.
brasileiro. viagem à Paris do grupo musical Oito Batutas,
● O trabalhismo e seu protagonismo liderado por Pixinguinha, em 1922. É importante,
na cultura política.
638
● Relacionar as conquistas de direitos ainda, conhecer o trabalho da Frente Negra
políticos, sociais e civis à atuação de Brasileira (FNB), associação que existiu de 1931 a
movimentos sociais. 1937 e mobilizou milhares de negros e negras a
● Apontar o movimento cultural de 1922 lutarem por seus direitos, especialmente quanto ao
como de valorização da nacionalidade e acesso à educação. A imprensa negra pode ser
ruptura com modelos artísticos vigentes. acessada online no portal do Arquivo Público de
● Apontar elementos que caracterizavam o São Paulo e no portal Imprensa Negra da
trabalhador urbano, amparado pelas leis Universidade de São Paulo, revalidando
sociais e previdenciárias e que se positivamente as imagens de personalidades
identificava com as medidas históricas e seus coletivos em múltiplas narrativas.
governamentais de Getúlio Vargas e ● É oportuno revisar conceitos sociais das que
comparar ao trabalhador do campo, incentivavam ações dos trabalhadores como
desprovido de proteção estatal, ficando anarquismo, socialismo e sindicalismo e refletir
sob controle dos proprietários sobre o alcance das ações dos trabalhadores no
latifundiários. período republicano, através da mobilização das
● Identificar e discutir o papel do mulheres pelos direitos trabalhistas e políticos, no
trabalhismo como força política, social e contexto de crescimentos urbano e industrial do
cultural no Brasil, nos diferentes jogos de país.
escalas sociais. ● Para se pensar em ruptura com o modelo político
vigente e a transição para uma nova ordem política,
é possível refletir sobre os modernistas e as
propostas concretizadas através de expressões
artísticas, com elementos presentes na atualidade.
● É caminho compreender como a inclusão dos
direitos trabalhistas e sociais buscavam garantir a
“paz social”, no papel do estado como elemento de
diálogo entre a burguesia e a classe trabalhadora. A
interpretação das leis trabalhistas torna-se viável ao
cotejar com a reforma trabalhista realizada no
tempo presente, avaliando avanços e retrocessos
para os trabalhadores urbanos em comparação ao
trabalhador rural, ausente das políticas getulistas.
639
● Os discursos do presidente Getúlio Vargas
trouxeram o projeto nacionalizante implementado
em diferentes momentos de sua estadia no poder. É
possível utilizá-los chamando atenção para a
centralidade do rádio como veículo de
comunicação em destaque nas políticas getulistas e
suas mobilizações de massa entorno do
trabalhador.
● Identificar e relacionar as dinâmicas do ● Uso de filmes e documentários que abordem os
capitalismo e suas crises, os grandes conflitos mundiais para interpretação e discussão de
conflitos mundiais e os conflitos como estes foram agenciados a partir de suas cenas,
vivenciados na Europa. diálogos, roteiros etc.
● O mundo em conflito: a ● Identificar as especificidades e os ● Seleção de Fotografias para interpretação e
Primeira Guerra Mundial. desdobramentos mundiais da Revolução discussão de como estas foram agenciadas, o
● A Revolução Russa. Russa e seu significado histórico. contexto em que foram tiradas, a sua circulação e
● A crise capitalista de 1929. ● Discutir a formação da URSS, sua consumo para colocar em perspectiva os objetos
● A emergência do fascismo e importância histórica para o desfecho da que estão sendo estudados.
do nazismo. Segunda Guerra Mundial e a formação do ● Uso da Internet para pesquisa, a exemplo de Leitura
● A Segunda Guerra Mundial. totalitarismo stalinista. e interpretação dos itens principais da carta dos
Conflitos e ● O colonialismo na África As ● Analisar a crise capitalista de 1929 e seus Direitos Humanos da ONU e comparação com
Poder guerras mundiais, a crise do desdobramentos em relação à economia outras fontes (escritas e de imagens) para discutir
colonialismo e o advento dos global. violações dos Direitos Humanos.
nacionalismos africanos e ● Descrever e contextualizar os processos ● É proposta planejar pesquisa junto aos alunos sobre
asiáticos. da emergência do fascismo e do nazismo, personalidades africanas e indianas cujas trajetórias
● A Organização das Nações Unidas a consolidação dos estados totalitários e de vida contribuem positivamente para romper o
(ONU) e a questão dos Direitos as práticas de extermínio (como o estereótipo de uma África atrasada e com uma
Humanos. holocausto). população ignorante. Nesse sentido, pode-se propor
● Discutir os conceitos de Fascismo, pesquisar a biografia de intelectuais africanos com
Nazismo, Stalinismo no intento de títulos de renomadas universidades europeias e
identificar as ditaduras como regimes prêmios internacionais,
opressores de cerceamento de liberdades. entre eles, Léopold Sédar Senghor (Senegal),
Kwame N’Krumah (Gana) e Ahmed Sékoud Touré
640
● Refletir sobre o custo humano da 2a (Guiné). Pode-se incluir, também, líderes
Guerra Mundial e de outros conflitos. nacionalistas indianos, como Gandhi e Nehru, que
● Refletir sobre o uso que se faz da tiveram formação superior em universidades
tecnologia e sua relação com a guerra. britânicas. Os movimentos de não-violência e
● Caracterizar e discutir as dinâmicas do desobediência civil de Gandhi, na Índia, é exemplo
colonialismo no continente africano e de resistência pacífica que conduziu ao processo de
asiático e as lógicas de resistência das independência da mais rica colônia do Império
populações locais diante das questões Britânico.
internacionais.
● Discutir as motivações que levaram à
criação da Organização das Nações
Unidas (ONU) no contexto do pós-guerra
e os propósitos dessa organização.
● Relacionar a Carta dos Direitos Humanos
ao processo de afirmação dos direitos
fundamentais e de defesa da dignidade
humana, valorizando as instituições
voltadas para a defesa desses direitos e
para a identificação dos agentes
responsáveis por sua violação.

● A questão da “Superioridade Racial” e


● Compreender as teorias mobilizadas pelo ● É possível entender os conceitos que legitimavam
do “Espaço Vital” nos discursos
nazifascismo para convencimento da as ideologias fascistas para compreensão das ações
nazistas.
população através dos discursos encaminhadas e mobilização da população para o
● Entre memória e esquecimento: o
científicos. projeto.
Pensamento holocausto de judeus, ciganos e
● Identificar elementos de discriminação, ● Diante dos silenciamentos provocados pelas
Social, demais grupos identitários julgados
intolerância religiosa e violência a partir perseguições, com a tentativa de promover o
Memórias e “inferiores”.
da leitura de livros e/ou reprodução de esquecimento, livros e filmes foram produzidos
Narrativas ● O Brasil da era JK e o ideal de uma
filmes que tratam da temática. para compreensão dos acontecimentos de
nação moderna: a urbanização e seus
● Estimular atitudes contrárias ao racismo, perseguições. “Diário de Anne Frank”, “O menino de
desdobramentos em um país em
ao preconceito e a qualquer forma de pijama listrado” e “A menina que roubava livros”
transformação.
discriminação. são alguns exemplos que permitem promover a
● Os anos 1960: revolução cultural?
641
● A ditadura civil-militar e os ● Compreender o prática da leitura e desenvolver saberes sobre o
processos de resistência. nacional-desenvolvimentismo como no tema.
● As questões indígena e negra e campo econômico que fomentou, no ● Pode-se Refletir o otimismo democrático a partir do
a ditadura. Brasil, o ideal de modernidade: futebol, entendimento dos “Anos Dourados”, pela aceleração
arquitetura, urbanismo e engenharia, da industrialização e urbanização (“50 anos em 5”),
música, artes, a partir de 1946. em oposição às questões políticas, como o “medo
● Descrever e analisar as relações entre as Comunista”, visto nos jornais de circulação,
transformações urbanas e seus impactos servindo de material para compreender o tempo.
na cultura brasileira entre 1946 e 1964 e ● Para a compreensão do conceito de “Ditadura”,
na produção das desigualdades regionais pode-se recorrer a diferentes dicionários para
e sociais. interpretar o termo e retomá-lo enquanto conceito
● Identificar e compreender o processo que histórico, contextualizado ao tempo em estudos. As
resultou na ditadura civil-militar no Brasil letras de músicas e suas canções do período são
e discutir a emergência de questões uma oportunidade para utilização de aparelhos
relacionadas à memória e à justiça sobre smartphones pelos alunos para reprodução de
os casos de violação dos direitos músicas e assim interpretá-las compreendendo o
humanos. significado de “Fonte Histórica” como produções
● Discutir os processos de resistência e as materiais e imateriais em um tempo determinado e
propostas de reorganização da sociedade que seus usos são possibilidades de relação com o
brasileira durante a ditadura civil-militar. passado como produto de narrativas.
● Identificar e relacionar as demandas ● A construção de linha do tempo com os presidentes
indígenas e quilombolas como forma de do período é um exercício para compreensão da
contestação ao modelo sucessão temporal.
desenvolvimentista da ditadura. ● É proposta diferenciar as duas faces do regime a
partir de 1964: a aparência democrática por manter
os três poderes, as eleições (indiretas) e o sistema
partidário (controlado) e, de outro lado, a realidade
dos bastidores do poder marcada pela repressão
militar e violação dos direitos humanos (prisões,
tortura, cassação de mandatos políticos e
exílio) e pelo Ato Institucional no 5 (1968-1978).
642
Pode-se comparar as duas versões do regime: para
os militares, foi uma “contrarrevolução” que evitou a
“comunização” do país; para a oposição, uma
ditadura que impediu o processo de democratização
do país. Trabalhando-se na temporalidade da
duração, pode-se atentar para o fato de que, em
2010, o Brasil foi condenado na Corte
Interamericana de Direitos Humanos da OEA pelos
crimes cometidos pelo regime militar durante a
guerrilha do Araguaia (1972-1974) e por não ter
punido os responsáveis por sequestros, torturas e
desaparecimentos. O governo brasileiro se justificou
afirmando que a Lei da Anistia de 1979 impedia a
investigação e os julgamentos dos crimes. A Lei de
Anistia foi revalidada em 2010 pelo
Supremo Tribunal Federal.

● Leitura dos primeiros artigos da Constituição


● O processo de redemocratização.
● Discutir o papel da mobilização da Federal de 1988 para discussão sobre a cidadania
● A Constituição de 1988 e a
sociedade brasileira do final do período atual e os direitos (sociais, políticos e civis) que
emancipação das cidadanias
ditatorial até a Constituição de 1988. mudaram ao longo do período pós-ditadura.
(analfabetos, indígenas, negros, jovens
● Identificar direitos civis, políticos e ● Na elaboração do currículo, pode-se propor uma
etc.).
sociais expressos na Constituição de abordagem histórica dos movimentos sociais, da
● A história recente do Brasil:
1988 e relacioná-los à noção de cidadania formação do MST (1984), dos Caras-Pintadas
transformações políticas, econômicas,
Conflitos e e ao pacto da sociedade brasileira de (1992), da Ação Cidadania contra a Miséria e pela
sociais e culturais de 1989 aos dias
Poder combate a diversas formas de Vida, do sociólogo Betinho (1993), do Grito dos
atuais.
preconceito, como o racismo. Excluídos (1995) e daí se desdobrando em
● Os protagonismos da sociedade civil e
as alterações da sociedade brasileira. ● Analisar as transformações políticas, numerosas organizações com agendas diversas de
econômicas, sociais e culturais de 1989 reivindicações, entre elas, Movimento Mulheres
● A questão da violência contra
aos dias atuais, identificando questões Camponesas, Instituto da Mulher Negra, Uneafro
populações marginalizadas
prioritárias para a promoção da cidadania Brasil, Movimento dos Trabalhadores Sem Teto
O Brasil e suas relações internacionais
e dos valores democráticos. (MTST), Associação dos Caboclos e Ribeirinhos
na era da globalização.
da Amazônia, Frente de Luta pela Moradia (FLM)
etc.
643
● A Guerra Fria: confrontos de dois ● Relacionar as transformações da O objeto de conhecimento envolve conceitos
modelos políticos. sociedade brasileira aos protagonismos da básicos, como o de sociedade civil, participação
● A Revolução Chinesa e as tensões sociedade civil após 1989. cidadã, responsabilidade social / compromisso
entre China e Rússia. ● Discutir e analisar as causas da violência social e desenvolvimento sustentável, cuja
● A Revolução Cubana e as tensões contra populações marginalizadas compreensão é fundamental para identificar as
entre Estados Unidos da América e (negros, indígenas, mulheres, mudanças ocorridas na sociedade brasileira após a
Cuba. homossexuais, camponeses, pobres etc.) ditadura. Deve-se debater sobre o significado desses
● A questão da Palestina. com vistas à tomada de consciência e à conceitos. O currículo local pode, ainda, prever
● As experiências ditatoriais na construção de uma cultura de paz, visita a ONGs, redes de solidariedade, cooperativas
América Latina. empatia e respeito às pessoas. e organizações do Terceiro Setor existentes na
● Os processos de descolonização na ● Relacionar aspectos das mudanças região para conhecer seu trabalho, seu alcance
África e na Ásia. econômicas, culturais e sociais ocorridas social e sua contribuição para as mudanças na
● O fim da Guerra Fria e o processo de no Brasil a partir da década de 1990 ao sociedade.
globalização. papel do País no cenário internacional na
● Políticas econômicas na América era da globalização. ● É caminho para a discussão da violência contra
Latina. ● Identificar e analisar aspectos da Guerra populações marginalizadas a partir de situações
Fria, seus principais conflitos e as tensões concretas usando referências locais, incluindo não
geopolíticas no interior dos blocos apenas as agressões físicas, mas também verbal,
liderados por soviéticos e psicológica, sexual, moral, sentimental e até virtual,
estadunidenses. o chamado ciberbullying. Reforça-se a importância
● Compreender o contexto de disputas entre de avaliar as desigualdades sociais e econômicas
os Estados muçulmanos da região e o constituidoras de uma determinada violência. O
Estado de Israel após a sua criação e etnocentrismo, a xenofobia, a escravidão, o
inseri-los no contexto da Guerra Fria. fundamentalismo religioso também podem ser
● Descrever e analisar as experiências fatores de numerosas formas de violência. É
ditatoriais na América Latina, seus fundamental criticar a banalização da violência e o
procedimentos e vínculos com o poder, sensacionalismo da mídia (na linguagem e nas
em nível nacional e internacional, e a imagens), que desvaloriza e descarta o ser humano,
atuação de movimentos de contestação às perpetuando a violência.
ditaduras. ● Pode-se refletir a temática partindo das análises de
● Comparar as características dos regimes filmes ou quadrinhos de super- (Super-Homem,
ditatoriais latino-americanos, com Mulher Maravilha, Capitão América)
644
especial atenção para a censura política, a estadunidenses, que promoveram o ideário
opressão e o uso da força, bem como para norte-americano na luta contra o comunismo. Os
as reformas econômicas e sociais e seus esportes também foram campos de disputas, como o
impactos. boicote às Olimpíadas de Moscou e a Olimpíadas
● Descrever e avaliar os processos de de Los Angeles e as disputas de xadrez que se
descolonização na África e na Ásia. tornaram emblemáticas, possibilitando contato com
● Analisar mudanças e permanências a Educação Física e apresentar o universo
associadas ao processo de globalização, enxadrístico. A corrida espacial foi outro lugar de
considerando os argumentos dos intensa disputa tecnológica entre as nações. A
movimentos críticos às políticas globais. divisão de Berlim após a 2ª Guerra Mundial
● Analisar as transformações nas relações transmite a tensão dessas disputas. Pode-se pensar
políticas locais e globais geradas pelo em como as tensões da Guerra Fria refletiram-se no
desenvolvimento das tecnologias digitais cenário político brasileiro da época.
de informação e comunicação. ● Discutir a formação do Estado de Israel a partir de
● Discutir as motivações da adoção de mapas da região, levando em consideração os
diferentes políticas econômicas na interesses nessa criação e suas consequências.
América Latina, assim como seus Também é necessária a abordagem a respeito dos
impactos sociais nos países da região. conflitos originados a partir de 1948 (tais como as
Guerras dos Seis Dias e do Yom Kippur), a criação
das Intifadas, a formação da OLP (Organização
para a Libertação da Palestina) e suas
consequências. A análise de fotografias e filmes
pode ser uma ferramenta importante para abordar
estes conflitos, além de permitir discussões a
respeito dos Direitos Humanos e suas violações nas
relações entre Israel e os palestinos e a formação de
grupos como o Hamaz, dentre outros.
● Na elaboração do currículo, pode-se propor ao
aluno pesquisar sobre as ditaduras e os golpes na
América Latina no período de 1945 a 1990, que
permita traçar uma visão integrada e cronológica
dos acontecimentos no contexto da Guerra Fria.
645
Deve-se observar que foi no período de 1960 a 1980
que a América Latina esteve basicamente dominada
por regimes ditatoriais militares. É importante
compreender que as elites agrárias e empresários
capitalistas latino-americanos se aliaram ao
capital estadunidense para se firmarem e
consolidarem no poder. Pode-se, ainda,
identificar a conexão das organizações guerrilheiras
contrárias às ditaduras com a vitória da Revolução
Cubana, que serviu de inspiração aos movimentos
de contestação. Exemplo disso foi a resistência dos
mineiros bolivianos contra a ditadura militar de
René Barrientos, que contou com o apoio da
guerrilha de Che Guevara, culminando com o
massacre de “Siglo XX”, com centenas de mineiros
mortos e a captura e assassinato de Che Guevara
(1967). Os resultados das pesquisas e rodas de
debates podem ser apresentadas em formato de
vídeo ou confecção de mural.
● É caminho refletir sobre o significado do termo
“descolonização”, comumente usado pelos autores. Por
que não se usa o termo “independência” para se
referir ao processo separatista das colônias
africanas, tal como é usado para as colônias da
América? Pode-se relacionar as guerras de
independências africanas ao contexto da Guerra
Fria e aos interesses internacionais na exploração
dos recursos minerais e petrolíferos existentes no
continente africano avaliando o caso do Congo. O
regime do apartheid na África do Sul, vigente entre
1948 e 1994, permite refletir sobre as diferenças
entre segregação, discriminação e preconceito
646
racial. É relevante destacar o papel de Nelson
Mandela e Desmond Tutu na luta contra o apartheid.
● Orienta-se relacionar questões que carecem de
entendimento global, como questões ambientais,
surtos de epidemias, deslocamentos humanos, com
seus impactos locais, como crise de desemprego
pelos deslocamentos econômicos, processos
imigratórios, impactos ambientais locais, que
carecem de uma ação local para questões geradas
globalmente.
● É caminho refletir sobre o avanço da tecnologia em
outras áreas: a pesquisa e criação de novos
materiais (cerâmicas industriais, materiais
compostos, fibras óticas etc.), inteligência artificial,
robôs industriais, engenharia genética, prevenção de
doenças etc. O tema permite um trabalho
interdisciplinar com Geografia e Ciências. Outra
possibilidade é discutir o consumo desenfreado das
novidades tecnológicas com a contínua busca por
modelos novos e suas consequências para o meio
ambiente, com o desperdício de materiais, recursos
naturais e de energia, discutindo sobre o consumo
consciente e o destino dos lixos nas cidades.
● É fértil conhecer a formação dos principais blocos
econômicos e seus países membros: o que
negociam, com quem negociam, quais as regras de
entrada em um bloco econômico e quais os
benefícios para os países. O tema da globalização
está articulado ao neoliberalismo adotado no fim
dos anos 1970 pelos governos Margareth Thatcher
(1979-1990, Reino Unido) e Ronald Reagan
647
(1981-1989, Estados Unidos) e depois por outros
países da Europa ocidental. É importante considerar
novos cenários da globalização com a abertura
econômica da China comunista e sua entrada no
mercado ocidental e, a partir de 1990, dos países da
Europa central e oriental que, com o colapso do
bloco soviético, passaram a participar da economia
de mercado. O trabalho interdisciplinar com
Geografia contribui para aprofundar o tema. Seria
interessante, ainda, pesquisar os protestos
antiglobalização ocorridos em Seattle em 1999 e
nos encontros do G8, em que manifestantes de todo
o mundo representavam interesses distintos com
motivações ambientalistas, anticapitalistas ou
humanitárias.

● Analisar os aspectos relacionados ao


● Identificar na cidade, deslocados de guerra e propor
● Os conflitos do século XXI e a fenômeno do terrorismo na
ciclos de palestras e debates, bem como a situação
questão do terrorismo contemporaneidade, incluindo os
de populações indígenas que se transferem de
Sujeitos, Pluralidades e diversidades movimentos migratórios e os choques
regiões e países por conta de crises econômicas e
Culturas identitárias na atualidade. entre diferentes grupos e culturas.
perseguições políticas.
e ● As pautas dos povos indígenas no ● Identificar e discutir as diversidades
● É proposta apresentar trabalhos para que se
Diferença século XXI e suas formas de inserção identitárias e seus significados históricos
desenvolva sensibilidade para a temática e divulgue
no debate local, regional, nacional e no início do século XXI, combatendo
as causas dos preconceitos e violência para que não
internacional. qualquer forma de preconceito e
se prolifere na comunidade.
violência.
648

REFERÊNCIAS

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ensino e a escrita da história? In.: GONÇALVES, M. de A. et al. (orgs.). Qual o valor da
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Lahud e Yara Frateschi Vieira. São Paulo: Hucitec, 1988.

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2001. BRASIL. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Lei número 9394, 20 de
dezembro de 1996.

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ensino de História e didática da História. In.: MONTEIRO, A. M.; GASPARELLO, A. M.;
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Janeiro: Mauad X: FAPERJ, p. 59-72, 2007.

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In.: NICOLAZZI, F.; MOLLO, H. M.; ARAÚJO, V. L. (orgs.). Aprender com a história? O
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PONZIO, A. Procurando uma palavra outra. São Carlos: Pedro e João Editores,2010.

REZNIK, L. et al. (org.). O patrimônio cultural em prospecção e perspectiva. In.: .


Patrimônio cultural no Leste Fluminense: história e memória de Itaboraí, Rio Bonito,
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649

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. Didática da história: passado, presente e perspectivas a partir do caso alemão. In.:


SCHMIDT, M. A.; BARCA, I.; MARTINS, E. de R. (orgs.). Jörn Rüsen e o ensino de
história. Curitiba: Ed. UFPR, p. 23-40, 2010.
650

ANEXOS
651

ANEXO 1 – DELIBERAÇÃO CME Nº 045/2021

PREFEITURA DE NITERÓI
SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO
CONSELHO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO

ATO DO SECRETÁRIO
O Secretário Municipal de Educação, no uso de suas atribuições legais,
HOMOLOGA:
A DELIBERAÇÃO CME nº 045/2021 do Conselho Municipal de Educação de Niterói,
aprovada na Sessão Plenária do dia 05 de julho de 2021, que institui Comissão Especial para
análise e pronunciamento sobre os Referenciais Curriculares da Rede Pública Municipal de
Ensino de Niterói.

VINICIUS GOMES WU
SECRETÁRIO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO

Deliberação CME nº 045/202140


Institui Comissão Especial para análise e
pronunciamento sobre os Referenciais Curriculares
da Rede Pública Municipal de Ensino de Niterói.
O CONSELHO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO DE NITERÓI, no uso de suas atribuições
legais e regimentais e,

Considerando o Artigo 4º da Lei n° 2272, de 16 de dezembro de 2005, que dispõe sobre as


atribuições, a composição e o funcionamento do Conselho Municipal de Educação de Niterói;
Considerando os princípios da Educação inscritos nos arts. 2º e 3º da Lei de Diretrizes e
Bases da Educação Nacional nº 9394/96;
Considerando o disposto nos arts. 12 e 13 do mesmo documento legal, em especial no que se
refere à incumbência dos estabelecimentos de ensino elaborar sua proposta pedagógica e a
indicação da necessária participação dos docentes na elaboração da proposta pedagógica,
respectivamente.
DELIBERA:
Art. 1º. Fica instituída a Comissão Especial para análise e pronunciamento sobre os
Referenciais Curriculares da Rede Pública Municipal de Ensino de Niterói.

Art. 2º. A Comissão Especial terá a seguinte composição:

I - André Antunes Martins, Lilian Azevedo da Silva, Luiz Fernando Conde Sangenis, Luiza
Cristina Rangel Pinto Sassi, Maria Felisberta Baptista da Trindade, Marta Nidia Varella
Gomes Maia, Severine Carmem Macedo e Tatiana Ribeiro dos Santos – Representantes do
Conselho Municipal de Educação de Niterói;
II - Aline Javarini, Andréia Mello Rangel, Carla Sena dos Santos Pinto, Cristiane Gonçalves
de Souza, Delma Marcelo dos Santos, Elana Cristiana dos Santos Costa, Juliana Martins de
Souza, Luciana Laureano Costa, Roberta Teixeira de Freitas, Lívia Moraes Ornelas e Rosane
Cristina Feu - Representantes Especialistas;

40
Publicada em 23 de julho de 2021
652

III - Alyne Oliveira Pecly Tavares, Ana Cláudia Santana da Silva Cruz, Fernanda de Araújo
Dias, Gisele Coelho de Oliveira, Juliana Cristina da Silva Ignacio, Luciana Silva dos Santos,
Ludiany Tavares da Costa Carvalho, Mônica Gonçalves, Priscila Artte Rosa Nascimento,
Raphael Cássio de Oliveira Pereira, Rosa Aletice e Sonia de Oliveira Martins -
Representantes de Professores e Pedagogos da Rede Pública Municipal de Ensino de Niterói.

Art. 3º. A Comissão Especial será coordenada pela Prof. Luciana Laureano Costa, que será
substituída em suas faltas e impedimentos por um componente da comissão por ela designado.

Art. 4º. Ao fim dos trabalhos, a Comissão Especial apresentará suas conclusões ao Plenário
do CME que se pronunciará.

Art. 5º. Os trabalhos realizados pela Comissão Especial são considerados de relevante
interesse público.

Art. 6º. Esta Deliberação entrará em vigor na data de sua publicação, ficando revogadas todas
as disposições em contrário.

CONCLUSÃO DO PLENÁRIO

Aprovada em Sessão Plenária de 05 de julho de 2021.

Conselheiros
VINÍCIUS GOMES WU – Presidente
EVELYN DOS SANTOS SOUZA
IDUÍNA EDITH MONT’ALVERNE BRAUN CHAVES
LILIAN AZEVEDO DA SILVA
LUIZ FERNANDO CONDE SANGENIS
LUIZ HENRIQUE MANSUR BARBOSA
LUIZA CRISTINA RANGEL PINTO SASSI
MARCELA BITTENCOURT THOMAZ DE AQUINO ESCOBAR
MARCO ANTONIO KONOPACKI
MARIA FELISBERTA BAPTISTA DA TRINDADE
MARTA NIDIA VARELLA GOMES MAIA
MAURICIO BENEVIDES SALKINI
TATIANA RIBEIRO DOS SANTOS
THIAGO SOARES RISSO POSSAS
653

ANEXO 2 – PARECER CME Nº 011/2021

PREFEITURA DE NITERÓI
SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO
CONSELHO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO

ATO DO SECRETÁRIO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO

O Secretário Municipal de Educação, no uso de suas atribuições legais,


HOMOLOGA:
O Parecer CME nº 011/2021 do Conselho Municipal de Educação de Niterói, aprovado na
Sessão Plenária do dia 29 de novembro de 2021.

VINICIUS GOMES WU
Secretário Municipal de Educação

INTERESSADO (A): SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO DE NITERÓI /


FUNDAÇÃO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO DE NITERÓI
ASSUNTO: REFERENCIAIS CURRICULARES DA REDE PÚBLICA MUNICIPAL DE
EDUCAÇÃO DE NITERÓI
RELATOR (A): Luiz Fernando Conde Sangenis

PARECER CME NO: APROVADO EM:


011/202141 29/11/2021

I – RELATÓRIO

1. HISTÓRICO
Na 264ª Sessão Plenária do Conselho Municipal de Educação, realizada em 14/12/2020,
a então Conselheira Prof. Cristiane Gonçalves de Souza apresentou, a pedido da Secretaria
Municipal de Educação de Niterói, o conjunto de minutas das Diretrizes Curriculares da Rede
Pública Municipal de Educação de Niterói, para fins de apreciação e votação pelo Colegiado.
Em 23 de julho de 2021, foi publicada a Deliberação CME nº 045/2021, que instituiu a
Comissão Especial para análise e pronunciamento sobre os Referenciais supramencionados,
Em conformidade com o previsto no Parágrafo Único do art. 35 do Regimento Interno do
CME. A Comissão ficou constituída por Conselheiros e Especialistas sob a Coordenação da
Prof. Luciana Laureano Costa.

41
Publicado em 24 de dezembro de 2021.
654

A Comissão constituída deliberou que as reuniões ocorreriam quinzenalmente, com


prazo de 6 (seis) meses para conclusão dos trabalhos. Como metodologia de análise, adotou o
critério de leitura com destaques individuais e que seriam convidados alguns professores e
pedagogos da Rede Pública Municipal de Educação de Niterói para participar, por meio de um
chamamento público.
A Comissão deliberou ainda sobre o calendário de encontros e a sequência dos
documentos como segue: Em 27 de agosto, o Texto Introdutório e o Referencial de Arte; em
10 de setembro, os Referenciais de Matemática e Educação Física; em 24 de setembro, os
Referenciais de Geografia e História; em 08 de outubro, os Referenciais de Língua Portuguesa
e Língua Estrangeira; em 22 de outubro, os Referenciais de Ciências e Educação de Jovens e
Adultos; e em 5 e 19 de novembro, o Referencial de Educação Infantil.
Em 19 de novembro do ano em curso, a Comissão aprovou o parecer com as recomendações
para o conjunto de textos analisados, que seriam apreciados pelo plenário do Conselho
Municipal de Educação de Niterói.

2. MÉRITO
Na análise do mérito, foi considerada a legislação educacional vigente.

II – VOTO DA COMISSÃO ESPECIAL


A Comissão Especial para análise e pronunciamento sobre os Referenciais Curriculares
da Rede Pública Municipal de Ensino de Niterói instituída pela Deliberação CME Nº
045/2021 do Conselho Municipal de Educação de Niterói, aprovada na Sessão Plenária do dia
05 de julho de 2021, pronuncia a este Conselho as conclusões de sua análise.

A Comissão composta por:

I - André Antunes Martins, Lilian Azevedo da Silva, Luiz Fernando Conde Sangenis,
Luiza Cristina Rangel Pinto Sassi, Maria Felisberta Baptista da Trindade, Marta Nidia Varella
Gomes Maia, Severine Carmem Macedo e Tatiana Ribeiro dos Santos – Representantes do
Conselho Municipal de Educação de Niterói;
II - Aline Javarini, Andréia Mello Rangel, Carla Sena dos Santos Pinto, Cristiane
Gonçalves de Souza, Delma Marcelo dos Santos, Elana Cristiana dos Santos Costa, Juliana
Martins de Souza, Luciana Laureano Costa, Roberta Teixeira de Souza, Lívia Moraes Ornelas
e Rosane Cristina Feu - Representantes Especialistas;
655

III - Alyne Oliveira Pecly Tavares, Ana Cláudia Santana da Silva Cruz, Fernanda de
Araújo Dias, Gisele Coelho de Oliveira, Juliana Cristina da Silva Ignacio, Luciana Silva dos
Santos, Ludiany Tavares da Costa Carvalho, Mônica Gonçalves, Priscila Artte Rosa
Nascimento, Raphael Cássio de Oliveira Pereira, Rosa Aletice e Sonia de Oliveira Martins -
Representantes de Professores e Pedagogos da Rede Pública Municipal de Ensino de Niterói;
coordenada pela Professora Luciana Laureano, reuniu-se 12 vezes no período de 30 de julho
de 2021 a 19 de novembro de 2021.
Durante as reuniões foram apresentadas as observações e contribuições por parte dos
componentes da Comissão e especialistas das áreas consultados. Diversas contribuições foram
acrescidas ao texto com o propósito de aprimorar o mesmo quanto a sua redação e mesmo dar
visibilidade a alguns conceitos ou torná-los mais explicitados, sempre com a necessária escuta
dos Representantes de Professores e Pedagogos da Rede Pública Municipal de Ensino de
Niterói que compunham a Comissão e a realização de uma reunião especial com
representantes das respectivas áreas do conhecimento que participaram da elaboração do
documento analisado.
A Comissão inicialmente ressalta o valor de uma Rede Pública Municipal de Educação
Ensino envidar esforços para a escrita coletiva de seu próprio referencial curricular; reconhece
que o mesmo segue a legislação que envolve a educação pública municipal; observa o
compromisso com o debate democrático, a fidelidade ao debate teórico mais atual e a
complexidade de se redigir um texto com a participação de tantos sujeitos, tantas mãos e em
diferentes etapas.
Oportuno frisar que a construção deste Referencial contou com ampla assessoria de
especialistas da área do Currículo em diálogo com os profissionais da rede, o que não só lhe
confere qualidade e importância, como também legitimidade frente a essa Rede Pública
Municipal de Educação.
Compreendendo que toda proposta curricular traz em si um olhar sobre a história
vivida, tensões do presente e projeções para caminhos a serem trilhados, o Referencial
Curricular de Niterói se apresenta tanto como um documento histórico, quanto orientador das
práticas cotidianas e fomentador de novos estudos, análises e experiências.
Isso posto, essa Comissão recomenda:
1 - A aprovação na íntegra do Referencial Curricular de Niterói;
2 - A entrada em vigor do RCN imediatamente após a sua aprovação e consequente
publicação;
656

3 - A elaboração pela SME/FME de um programa de divulgação, socialização e


formação sobre o teor do RCN;
4 - A criação pela SME/FME de uma comissão de acompanhamento da penetrabilidade
do RCN nos fazeres cotidianos das UMEI e EM;
5 - A centralização do acúmulo de debates pela comissão de acompanhamento sobre e a
partir do RCN, provendo as equipes da SME/FME de elementos para a sua futura revisão e
atualização;
6 - A revisão e atualização do RCN após cinco anos da data de sua publicação;
7 - A condução da revisão e atualização do RCN por uma equipe designada para esse
fim, composta por profissionais do quadro permanente da SME/FME, tanto da sede quanto
das unidades de Educação, em amplo diálogo com a Rede;
8 - A criação de um repositório na página/site da SME/FME, a fim de que o conjunto
dos pareceres feitos pelos integrantes desta Comissão e os que foram solicitados a pareceristas
externos seja disponibilizado para os profissionais da Rede e a sociedade, de modo que um
amplo e democrático acesso a esses pareceres seja viabilizado.
9 - A promoção de futuras formações promovidas pela SME/FME durante a
implementação e atualização do RCN sobre os apontamentos e proposições apresentados nos
pareceres feitos pelos integrantes dessa Comissão e os que por ela foram solicitados a
pareceristas externos.

III – DECISÃO DO PLENÁRIO


O Plenário aprova o parecer da Comissão Especial sobre os Referenciais Curriculares
da Rede Pública Municipal de Educação de Niterói, indicando a publicação da Deliberação
CME nº 046/2021.
O Colegiado dedica a conclusão deste trabalho à Conselheira Prof. Maria Felisberta
Baptista da Trindade, que participou incansavelmente das discussões, além da luta
empreendida durante toda sua vida pela Educação Pública.

Conselheiros (as):
André Antunes Martins
Evelyn dos Santos Souza
Luiz Fernando Conde Sangenis
Luiz Henrique Mansur Barbosa
Luiza Cristina Rangel Pinto Sassi
Marcela Bittencourt Thomaz de Aquino Escobar
657

Marco Antonio Konopacki


Marta Nidia Varella Gomes Maia
Mauricio Benevides Salkini
Tatiana Ribeiro dos Santos

Sessão Plenária, 29 de novembro de 2021

VINICIUS GOMES WU
PRESIDENTE
658

ANEXO 3 – DELIBERAÇÃO CME Nº 046/2021

PREFEITURA DE NITERÓI
SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO
CONSELHO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO

ATO DO SECRETÁRIO
O Secretário Municipal de Educação, no uso de suas atribuições legais,
HOMOLOGA:
a Deliberação CME nº 046/2021 do Conselho Municipal de Educação de Niterói, aprovada na
Sessão Plenária do dia 29 de novembro de 2021.

VINÍCIUS GOMES WU
Secretário Municipal de Educação

DELIBERAÇÃO CME Nº 046/202142

Dispõe sobre os Referenciais Curriculares da Rede


Municipal de Educação de Niterói

O CONSELHO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO DE NITERÓI, no uso de suas atribuições


legais,

Considerando o art. 11 da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional nº 9.394/96;

Considerando a solicitação de apreciação pelo CME dos Referenciais Curriculares da Rede


Pública Municipal de Educação pela Secretaria Municipal de Educação na Sessão Plenária do
dia 14/12/2020;

Considerando a Deliberação CME n° 045/2021, publicada em 23 de julho de 2021, que


institui a Comissão Especial para análise e pronunciamento sobre os Referenciais Curriculares
da Rede Pública Municipal de Educação de Niterói;

Considerando o Parecer CME nº 011/2021, que aprova o parecer da Comissão Especial sobre
os Referenciais Curriculares da Rede Pública Municipal de Educação de Niterói.

DELIBERA:

Art. 1º. Ficam aprovados os Referenciais Curriculares da Rede Pública Municipal de


Educação de Niterói.

Art. 2º. Esta Deliberação entra em vigor na data de sua publicação, revogadas as disposições
em contrário.

42
Publicada em 24 de dezembro de 2021.
659

Sessão Plenária, do dia 29 de novembro de 2021.

CONSELHO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO


VINÍCIUS GOMES WU – Presidente
ANDRÉ ANTUNES MARTINS
EVELYN DOS SANTOS SOUZA
LUIZ FERNANDO CONDE SANGENIS
LUIZ HENRIQUE MANSUR BARBOSA
LUIZA CRISTINA RANGEL PINTO SASSI
MARCELA BITTENCOURT THOMAZ DE AQUINO ESCOBAR
MARCO ANTONIO KONOPACKI
MARTA NIDIA VARELLA GOMES MAIA
MAURICIO BENEVIDES SALKINI
TATIANA RIBEIRO DOS SANTOS
THIAGO SOARES RISSO POSSAS
660

ANEXO 4 – PORTARIAS SME Nº 018/2022 E 019/2022

SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO


FUNDAÇÃO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO
PORTARIA SME Nº 018/202243 44

O SECRETÁRIO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO DE NITERÓI, no uso das atribuições que


lhe foram conferidas por lei e,
 CONSIDERANDO o Parecer CME nº 011/2021, publicado em 24 de dezembro de 2021,
que aprova o parecer da Comissão Especial sobre os Referenciais Curriculares da Rede
Pública Municipal de Educação de Niterói;
 CONSIDERANDO a Deliberação CME nº 046/2021, publicada em 24 de dezembro de
2021, que dispõe sobre os Referenciais Curriculares da Rede Municipal de Educação de
Niterói.
RESOLVE:
Art. 1º: Instituir a Comissão de Acompanhamento dos Referenciais Curriculares da Rede
Pública Municipal de Educação de Niterói nos fazeres cotidianos das Unidades de Educação e
na sua revisão gráfica para publicação.
Art. 2º: A Comissão será composta pelos seguintes membros, sob a presidência do primeiro: I.
Djenane Luisa Freire Firmino - Mat. 11236568-2 - Subsecretária de Desenvolvimento
Educacional;
II. Cíntia da Luz Rodrigues - Mat. 11234918-1 - Representante do Conselho Municipal de
Educação de Niterói (CMEN);
III. Jessica Fernandes Braga - Mat. 11234280-6 e Carla Cristina Martins da Conceição
Vasconcellos - Mat. 11233150-2 - Representantes da Diretoria de Gestão Escolar;
IV. Fernanda Pinheiro de Macedo - Mat. 11235262-3 e Alessandra da Costa Abreu - Mat.
11235994-1 - Representantes da Diretoria de Educação Infantil;
V. Andréia Mello Rangel - Mat. 11234103-8 e Nathalie D'Oliveira Mendes - Mat. 11236810-
8 - Representantes da Diretoria de 1º e 2º Ciclos;
VI. Lucilaine Maria da Silva Reis - Mat. 11236192-1 e Patrícia Brito de Oliveira Feitosa -
Mat. 11235611-1 - Representantes da Diretoria de 3º e 4º Ciclos;
VII. Silvana Malheiro do Nascimento Gama - Mat. 11234581-7 e Delma Marcelo dos Santos
- Mat. 11235783-8 - Representantes da Diretoria de Articulação Pedagógica;
VIII. Greyce Kelly Fernandes de Almeida - Mat. 11236167-3 e Mônica Pereira da Costa
Ianov - Mat. 11235837-2 - Representantes da Diretoria de Educação de Jovens e Adultos; IX.
Lucienne de Oliveira Jesus Souza - Mat. 11235328-2 e Robson de Souza - Mat. 11236499-0 -
Representantes da Coordenação de Educação Especial;
X. Romana Camarinha Dominguez - Mat. 11218812-6 - Representante da Coordenação de
Supervisão Educacional (COESE);
XI. Carla Sena dos Santos Pinto - Mat. 11232564-5 e Eloisa Ftima Figueiredo Semblano
Gonçalves Mat. 11231293-2 - Representantes da Coordenação de Mídias e Novas
Tecnologias;
XII. Cristiane Gonçalves de Souza - Mat. 11232864-9 e Sandra Cristina Ferreira de Souza
Pastorino de Almeida - Mat. 11234258-2 - Representantes da Coordenação de Educação na
Diferença;
43
Publicada em 08/06/2022.
44
Alterada pela Portaria SME/19/2022 publicada em 23/06/2022.
661

XIII. Maria Cristina Rezende de Campos - Mat. 11232833-4 - Representante da Casa da


Avaliação e Formação.
XIII - Maria Cristina Rezende de Campos, Matrícula n° 11232833-4 e Cristina Ferreira
Gonçalves Padilha, Matrícula 11236133-5 - Representante da Casa da Avaliação e Formação.
(INCLUÍDO PELA PORTARIA SME nº 19/2022)
Art. 3º: Esta Portaria entrará em vigor na data de sua publicação.

SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO


PORTARIA n° 019/2022
Art. 1º - INCLUIR as servidoras Maria Cristina Rezende de Campos, Matrícula n° 11232833-
4 e Cristina Ferreira Gonçalves Padilha, Matrícula 11236133-5 na Composição da Comissão
de Acompanhamento dos Referenciais Curriculares da Rede Pública Municipal de Educação
de Niterói, instituída pela Portaria SME nº 018/2022.
Art. 2º - Esta Portaria entra em vigor na data de sua publicação.

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