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Agrupamento de Escolas da Senhora da Hora

Biologia e Geologia – 11º ano - 2015/16 – Prof. Maria José Alves


2ª Ficha de Avaliação

Aluno____________________________________________ Nº_______ Turma_______ Data: ___/___/___

Classificação:______________________________E.E.________________________Professor:____________

Na altura da reprodução, as fêmeas de ouriços-do-mar libertam os óvulos para o mar e os machos os


espermatozoides, ocorrendo este processo normalmente durante a Primavera e início de Verão. Depois da
fecundação forma-se um ovo ou zigoto que se segmenta para originar uma larva nadadora que mais tarde origina um
ouriço-do-mar com comportamento herbívoro.
Efetuou-se um estudo em ambiente seminatural, um viveiro de marisco, na Vila da Ericeira, com o objetivo de
avaliar a influência da dieta no crescimento do ouriço-do-mar, submetido a três tipos de dieta, duas dietas
alimentares controladas, alga desidratada e milho, e outra não controlada, alimento natural do meio. Também foi
analisado o efeito das mesmas dietas no peso e coloração das gónadas dos ouriços.
Durante a experiência, os ouriços foram mantidos no viveiro em condições de humidade e luminosidade naturais.
Foram retirados do meio natural, manualmente, da zona de Cabo Raso na zona de Cascais, 560 ouriços, um número
suficiente para obter uma boa amostra, que foram distribuídos uniformemente por caixas, jaulas introduzidas no
viveiro. Determinou-se o peso dos ouriços, em cada compartimento limitado por uma rede de maneira a impedir a
passagem dos ouriços e ao mesmo tempo, permitir a circulação de alga natural trazida pelas marés para as águas do
viveiro.
Uma vez por semana, durante 26 semanas, na maré baixa, entre novembro de 2011 e maio de 2012, foi dada a
alimentação artificial, milho a um dos grupos, e alga desidratada a outro dos três grupos experimentais. Foi também
recolhida informação sobre iluminação no viveiro, temperatura da água, salinidade e presença/ausência de algas
sobre os ouriços testados do viveiro.
Os gráficos 1 e 2 dizem respeito, respetivamente, à variação da precipitação na zona da Bacia Ribeiras do Oeste,
zona mais próxima do local de estudo, e à salinidade da água retirada do interior do viveiro, durante os meses de
estudo.
Os gráficos 3 e 4 apresentam respetivamente a média de peso dos ouriços, obtido nas jaulas, alimentado com as
três dietas: milho, suplemento de alga desidratada e alga da água do mar; e a média de peso, obtido nas jaulas, das
gónadas dos caranguejos alimentados com as três dietas: milho, suplemento de alga desidratada e alga da água do
mar.
O gráfico 5 apresenta a percentagem da cor das gónadas obtida para as três dietas: milho, suplemento de alga e
alga da água de marés.

Salinidade mensal (ppm)

1
Gráfico 1 Gráfico 2

Gráfico 3 Gráfico 4

Gráfico 5

AP amarelo pálido
LB laranja brilhante
LE laranja escuro

Selecione a alternativa que completa as frases seguintes, de forma a obter uma afirmação correta.

1. Os ouriços-do-mar são animais que apresentam


(A) dimorfismo sexual e fecundação externa.
(B) dimorfismo sexual e hermafroditismo suficiente.
(C) unissexualismo e hermafroditismo insuficiente.
(D) unissexualismo e fecundação interna.

2. No zigoto que se segmenta para originar uma larva nadadora, encontra-se um grande número de células em
divisão
(A) meiótica, que reduz a quantidade de DNA de 2n para n.
(B) meiótica, responsável pelo crescimento e pela renovação celular.
(C) mitótica, que reduz a quantidade de DNA de 2n para n.
(D) mitótica, responsável pelo crescimento e pela renovação celular.

3. O objetivo da experiência apresentada foi avaliar a influência


(A) do alimento natural do meio no crescimento dos ouriços.
(B) do alimento natural do meio no crescimento das gónadas dos ouriços.
(C) da dieta de milho no crescimento dos ouriços.
(D) da dieta de milho e de algas no crescimento dos ouriços.

2
4. Contribuíram para a validação dos resultados da experiência, expressos nos gráficos 3, 4 e 5
(A) a medição da temperatura e da iluminação no ar suprajacente ao viveiro.
(B) as jaulas onde se mantiveram os ouriços estarem limitadas por uma rede.
(C) a variação da salinidade das águas do mar no decurso da experiência.
(D) a variação da precipitação no decurso da experiência.

5. Na experiência cujos resultados estão traduzidos nos Gráficos 3, 4 e 5, o controlo é constituído por
(A) alimento natural do meio.
(B) alimento natural do meio e milho.
(C) alimento natural do meio e algas.
(D) algas desidratadas e milho.

6. No estudo apresentado, constitui uma variável dependente


(A) o conjunto dos fatores abióticos registados no viveiro.
(B) o tipo de dieta dada aos ouriços.
(C) o aumento de peso das gónadas.
(D) a presença de algas sobre os ouriços do viveiro.

7. Nos ouriços, tal como nos peixes, as trocas gasosas são feitas através
(A) da superfície corporal, com difusão direta de gases.
(B) da superfície corporal, com difusão indireta de gases.
(C) de superfícies internas, com difusão direta de gases.
(D) de superfícies internas, com difusão indireta de gases.

8. A variação da salinidade da água do mar provocada pelo aumento da precipitação desencadeia nos ouriços
mecanismos de osmorregulação, nomeadamente
(A) a diminuição da excreção ativa de sais pelas branquias.
(B) a diminuição da absorção passiva de sais.
(C) a saída de água por osmose.
(D) o aumento de pequenas quantidades de urina.

9. Considerando os resultados patentes nos gráficos 3, 4 e 5 e que o mercado mostra preferência por ouriços com
gónadas de cor laranja brilhante, explique que condições devem ser criadas para otimizar a produção e a venda de
ouriços, no viveiro de Ericeira.

10. Explique de que modo a reprodução em meio natural dos ouriços está dependente das condições ambientais.

II

As Feófitas são algas castanhas macroscópicas, que apresentam dimensões muito variadas, podendo atingir cerca
de cem metros de comprimento. Sendo um grupo maioritariamente marinho, com cerca de 1500 espécies, encontra-
se geralmente próximo da superfície do mar. O talo das Feófitas diferencia-se em três partes: o disco de fixação, que
lhes permite fixarem-se a um substrato, o estipe, cilíndrico e alongado, e a lâmina, que encima o estipe. Possuem
como pigmentos fotossintéticos as clorofilas a e c, associadas a carotenóides, que lhes conferem a cor castanha. A
parede celular contém fundamentalmente celulose, apresentando outras substâncias como a algina, utilizada no
fabrico de doces, gelados e na indústria farmacêutica, tendo a laminarina como substância de reserva.
A maior das algas castanhas, Macrocystis, também denominada «sequóia dos mares», pode ultrapassar cem
metros de comprimento. O crescimento de Macrocystis é assegurado pela atividade de uma região meristemática,
localizada na junção do estipe com a lâmina. Esta alga não necessita de um mecanismo para o transporte interno de
água. Contudo, precisa de conduzir glícidos das zonas superiores do talo, mais bem iluminadas, para as zonas mais

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profundas. O estipe possui cordões de células alongadas, que se assemelham ao floema, por apresentarem placas
crivosas.
No ciclo de vida de outra Feófita, a Laminaria, representado na Figura 1, as fases haplóide e diplóide são
perfeitamente distintas. A alga é o esporófito e, na sua superfície, desenvolvem-se esporângios, produtores de
esporos. Estes originam gametófitos filamentosos e microscópicos, que produzem gâmetas, oosferas e anterozóides.
Após a sua união, os zigotos desenvolvem-se em novas algas de Laminaria.

Figura 1: Ciclo de vida de Laminaria.

Raven, Evert e Eichhorn, Biology of Plants, 1999 (adaptado)


(Exame nacional de Biologia e Geologia, 2010, 2ª fase)

Selecione a única opção que permite obter uma afirmação correta.

1. Durante a fotossíntese, na fase diretamente dependente da luz, ocorre


(A) oxidação de NADP+.
(B) fosforilação de ADP.
(C) descarboxilação de compostos orgânicos.
(D) redução de CO2.

2. Nas algas castanhas a produção de compostos orgânicos ocorre


(A) nos cloroplastos e envolve a libertação de CO 2.
(B) nas mitocôndrias e envolve a libertação de CO 2.
(C) nos cloroplastos e envolve a fixação de CO 2.
(D) nas mitocôndrias e envolve a libertação de CO 2.

3. Nas feófitas marinhas, é de esperar que a pressão osmótica intracelular, relativamente à pressão osmótica
extracelular, seja
(A) menor, o que provoca a saída de água por osmose.
(B) menor, o que provoca a entrada de água por osmose.
(C) maior, o que provoca a saída de água por osmose.
(D) maior, o que provoca a entrada de água por osmose.

4. O ciclo de vida de Laminaria é


(A) haplonte porque a meiose é pré-espórica.
(B) haplodiplonte porque a meiose é pós-zigótica.

4
(C) haplonte porque a meiose é pós-zigótica.
(D) haplodiplonte porque a meiose é pré-espórica.
5. No ciclo de vida de Laminaria
(A) os gâmetas são geneticamente iguais entre si.
(B) a formação de esporos é responsável pela alternância de fases nucleares.
(C) o esporófito apresenta uma ploidia igual à dos gâmetas.
(D) a formação de gâmetas envolve processos de recombinação génica.

6. No ciclo de vida de Laminaria, esquematizado na Figura 1, o processo que origina a variabilidade genética da
descendência, através do crossing-over, ocorre na formação de
(A) gâmetas, originando estes entidades diplóides.
(B) esporos, originando estes entidades haplóides.
(C) esporos, originando estes entidades diplóides.
(D) gâmetas, originando estes entidades haplóides.

7. As células do esporófito, no ciclo de vida de Laminaria, são geneticamente idênticas ao


(A) esporo e as células dos gametófitos apresentam cromossomas homólogos.
(B) zigoto e as células dos gametófitos apresentam cromossomas homólogos.
(C) esporo e as células dos gametófitos não apresentam cromossomas homólogos.
(D) zigoto e as células dos gametófitos não apresentam cromossomas homólogos.

8. Na fase haplóide do ciclo de vida de Laminaria,


(A) os gametófitos resultam da germinação de esporos diferentes.
(B) os gametófitos são entidades unicelulares que participam na fecundação.
(C) o esporófito é uma entidade unicelular que forma esporângios.
(D) o esporófito origina esporos geneticamente iguais.

9. Relacione a existência de algas castanhas de grandes dimensões, como Macrocystis, com a presença de um estipe
com células semelhantes às de um tecido de transporte presente nas plantas.

III

O plâncton, base da alimentação de ecossistemas aquáticos, é composto por um número elevado de organismos
de dimensões e formas diversas, pertencentes aos mais variados grupos taxonómicos. No zooplâncton, predominam
protozoários, rotíferos e crustáceos. Nas cadeias alimentares, os rotíferos servem de alimento às crias de inúmeras
espécies de peixes. Os rotíferos são omnívoros e apresentam um sistema digestivo completo. Estes organismos não
possuem nem sistema circulatório, nem sistema respiratório e controlam a osmolaridade do seu meio interno através
de uma bexiga pulsátil.
O ciclo de vida dos rotíferos, representado na Figura 2, inclui reprodução assexuada e reprodução sexuada. As
fêmeas produzem geralmente dois tipos de óvulos, ambos de casca fina: óvulos de «Verão» e óvulos de «Inverno».
Os primeiros desenvolvem-se rapidamente, sem fecundação prévia, produzindo somente fêmeas. Perante alterações
ambientais, como, por exemplo, a escassez de alimento, produz-se uma geração cujas fêmeas põem óvulos de
«Inverno» que, se não forem previamente fecundados, se desenvolvem em machos de reduzidas dimensões e férteis.
Os ovos formados, denominados ovos de dormência, apresentam uma casca resistente e espessa, podendo
permanecer em repouso por longos períodos de tempo e sobreviver à dessecação e ao congelamento. Ao eclodirem,
esses ovos originam fêmeas.

5
Figura 2: Ciclo de vida de um rotífero.
(Elaborada com base em Storer e Usinger, Zoologia Geral, 1991)

(Exame nacional de Biologia e Geologia, 2010, 1ª fase)

Selecione a única opção que permite obter uma afirmação correta.

1. Se a quantidade de fitoplâncton sofresse uma diminuição brusca, numa primeira fase,


(A) diminuiria a população de rotíferos.
(B) aumentaria a população de rotíferos.
(C) diminuiria a população de peixes.
(D) aumentaria a população de peixes.

2. Os rotíferos são seres unicelulares eucariontes porque


(A) possuem parede celular.
(B) apresentam organitos celulares.
(C) possuem membrana celular.
(D) apresentam ribossomas.

3. Os rotíferos apresentam um tubo digestivo com


(A) uma só abertura e fazem digestão extracorporal e extracelular.
(B) uma só abertura e fazem digestão intracorporal e intracelular.
(C) duas aberturas e fazem digestão extracorporal e intracelular.
(D) duas aberturas e fazem digestão intracorporal e extracelular.

4. No ciclo de vida esquematizado na Figura 1, o processo


(A) X origina óvulos com o mesmo número de cromossomas da fêmea.
(B) Y origina ovos com o mesmo número de cromossomas do macho.
(C) Z origina óvulos com o mesmo número de cromossomas da fêmea.
(D) X origina óvulos com metade do número de cromossomas da fêmea.

5. Seleccione a única opção que permite obter uma afirmação correcta.


As fêmeas que resultam de ovos de dormência são
(A) haplontes e originam fêmeas por partenogénese.
(B) diplontes e originam fêmeas por gemulação.
(C) haplontes e originam fêmeas por gemulação.
(D) diplontes e originam fêmeas por partenogénese.

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6. Quando as condições do meio
(A) são favoráveis, os rotíferos reproduzem-se assexuadamente, por fragmentação.
(B) são favoráveis, os rotíferos reproduzem-se sexuadamente.
(C) são desfavoráveis, os rotíferos reproduzem-se sexuadamente.
(D) são desfavoráveis, os rotíferos reproduzem-se assexuadamente, por fragmentação.

7. Faça corresponder a cada uma das letras da coluna A, relativas à meiose, um número da coluna B.

Coluna A Coluna B
(A) Contração dos microtúbulos e segregação dos cromatídios. (1) Profase I
(B) Ocorrência de crossing-over entre cromatídios de (2) Profase II
cromossomas homólogos. (3) Matafase I
(C) Disposição dos pontos de quiasma no plano equatorial do fuso. (4) Metafase II
(5) Anafase I
(D) Formação de membrana nuclear envolvendo cromossomas com
(6) Anafase II
dois cromatídios. (7) Telofase I
(E) Desespiralização de cromossomas constituídos por uma molécula de(8) Telofase II
DNA.

8. Ordene os acontecimentos que conduzem à formação dos óvulos que originam machos.
(A) Divisão nuclear reducional.
(B) Recombinação génica.
(C) Disjunção de cromatídios.
(D) Formação de células haplóides.
(E) Formação de uma tétrada cromatídica.

9. Explique por que razão embora a partenogénese contribua largamente para o aumento rápido do número de
rotíferos não favorece a manutenção da espécie.

Margens de cursos de água e locais com bastante humidade.

FIM

Bom trabalho

Cotação:
II 1. a 8. 6 9. 15 10. 10

II 1. a 8. 6 9. 15

III 1. a 6. 6 7. 10 8. 6 9. 12

Agrupamento de Biologia e Geologia – 11º Ano Professora:


Ano Letivo 2015/2016
Escolas da Senhora da Hora PROPOSTA DE CORRECÇÃO DO TESTE DE AVALIAÇÃO Nº2 Maria José Alves

GRUPO I QUESTÃO TESTE A- pg. nº romano TESTE B-pg. nº árabe COTAÇÃO

1. 2. 3. A D D C B C 6+6+6

7
4. 5. 6. B A C D C A 6+6+6

D A B C 6+6
7. 8.

. Nos gráficos 3 e 4, observa-se que o crescimento dos ouriços é ligeiramente superior quando a dieta
contém milho.
9. . No gráfico 5, observa-se que é maior a percentagem de cor laranja brilhante quando a dieta é constituída 15
por milho.
. Assim sendo, para otimizar a produção e venda de ouriços, estes devem ser alimentados com uma dieta
de milho e alga de maré/alga natural do meio do viveiro.

10. . A libertação de óvulos e espermatozoides ocorre durante a Primavera e início de Verão, época em que 10
. é maior a abundância de algas naturais que servem de alimento aos ouriços.

GRUPO
QUESTÃO 63
II

1. 2. 3. B C A D B C 6+6+6

6+6+6
D B B C D A
4.5. 6.

7.8. D A B B 6+6

. As algas de grandes dimensões, de que Macrocystis é um exemplo, atingem grande profundidade, pelo que
a taxa fotossintética varia ao longo do talo;
9. • nestas algas, torna-se fundamental o transporte de substâncias orgânicas, produzidas 15
por fotossíntese, das zonas superficiais iluminadas para as zonas mais profundas;
• a presença de (um estipe com) células condutoras permite um transporte eficaz de
substâncias orgânicas ao longo do talo / alga.
GRUPO
QUESTÃO 64
III

A B D B C C 6+6+6
1. 1. 2.3.
4.5.6. A D C D A A 6+6+6

7. 10
4 1 3 7 8 3 7 4 81
8. E B A C D D C B E A 6

. Pela partenogénese, uma fêmea origina um grande número de rotíferos em pouco tempo o que aumenta 12
9. rapidamente a população de rotíferos.
. No entanto, se o ambiente mudar desfavoravelmente todos os rotíferos morrerão, uma vez que são
geneticamente idênticos entre si, favorecendo assim a extinção da espécie.
TOTAL 200

a) 7a 8- 10;5 a 6 - 7; 3 a 4 – 4; 0 a 2 – 0 pontos.
b) 15 / 13 pontos: aborda os 3 tópicos / apresenta falhas de coerência na organização dos conteúdos e falhas na aplicação da linguagem científica;
c) 10 / 8 pontos: aborda os 2 tópicos / apresenta falhas de coerência na organização dos conteúdos e falhas na aplicação da linguagem científica;

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