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CURSO BIOTECNOLOGIA
UC DE DIVERSIDADE BIOLÓGICA
2º SEMESTRE - ANO LETIVO 2018/2019
TRABALHOS PRÁTICOS
Teresa Mouga
e-mail: mougat@ipleiria.pt
Gabinete: 31
1. A aula tem início à hora marcada no horário. O aluno tem uma tolerância de 10 minutos,
finda a qual a aula prática tem início.
2. As aulas práticas são obrigatórias; o aluno que falte injustificadamente a mais de 25% das
aulas práticas terá que se submeter a exame prático obrigatório.
3. É obrigatório trazer para a aula o caderno de aulas práticas; É MARCADA FALTA AO ALUNO
QUE NÃO DISPONHA DESTE MATERIAL.
4. O uso de bata é obrigatório. É MARCADA FALTA AO ALUNO QUE NÃO DISPONHA DESTE
MATERIAL (pois encontra-se impedido de realizar o trabalho prático).
5. Leia todo o trabalho prático, antes de iniciar o trabalho, para ficar claro o que vai ser
realizado.
6. Separe todo o material/equipamento necessário antes de começar o trabalho.
7. Responda às questões que lhe são colocadas ao longo ou no final do protocolo.
8. Coloque todo o material sujo no lavatório para limpeza.
9. Deixe o laboratório e as bancadas completamente arrumados e limpos.
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INSTITUTO POLITÉCNICO DE LEIRIA
CURSO BIOTECNOLOGIA
UC DE DIVERSIDADE BIOLÓGICA
2º SEMESTRE - ANO LETIVO 2018/2019
Objetivos
Introdução
I. FORMAS DE ORGANIZAÇÃO
A grande maioria das algas apresenta grupos representativos dos unicelulares e dos organismos
pluricelulares. De facto, mesmo as algas mais complexas exibem, durante alguns estádios do seu ciclo
de vida, formas de vida unicelulares.
Podem observar-se, assim, diferentes tipos de organização, incluindo organismos unicelulares,
coloniais e verdadeiramente multicelulares.
1. Organismos Unicelulares
1.1. Forma rizopodial - Células sem de parede celular, sem forma fixa devido à formação de
pseudópodes.
1.2. Forma cocóide - Com parede celular que lhes confere forma fixa; na fase vegetativa são formas
imóveis e fixas, desprovidos de flagelos.
1.3. Forma flagelada - Formas que exibem movimentos natatórios, livre e flageladas.
2. Organismos Coloniais
As formas coloniais distinguem-se das verdadeiramente multicelulares, pela coesão entre as células,
menor nas coloniais do que nas multicelulares. Estas formas estão, frequentemente, rodeadas por
uma matriz gelatinosa ou bainha gelatinosa que impede a dessecação e confere resistência
mecânica.
2.1. Forma tetrasporal - Sem uma forma ou número definido de células.
2.2. Forma cenóbial (cenóbio) – Forma colonial com forma e número de células característico da
espécie.
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As células estão fortemente unidas entre si, topo a topo, com filamentos simples ou ramificados.
3.1. Organização sifonal - Talo em forma de uma única célula, plurinucleada, esférica, visível
macroscopicamente. Ou seja, o talo apresenta muitos núcleos, mas não exibe divisão do citoplasma.
Muitas algas verdes sifonais exibem intercruzamento de numerosos filamentos.
3.2. Organização sifonocladal - O talo é composto por células individualizadas, providas de paredes
transversais, mas as células são ainda plurinucleadas.
3.3. Organização filamentosa - O talo é composto por células individualizadas, uninucleadas. A forma
de organização mais simples corresponde aos filamentos simples, que corresponde ao
encadeamento, topo a topo, de células unicelulares. Quando o talo filamentoso produz divisões
transversais formam-se filamentos ramificados.
Os filamentos podem ser unisseriados, se o filamento central for constituído por uma única fiada de
células ou plurisseriados se são formados a partir de divisões verticais, nas quais as células formam
uma estrutura central compacta.
3.4. Organização pseudoparenquimatosa - O talo apresenta uma complexa divisão, mas carecem de
verdadeiros tecidos. Os filamentos celulares crescem de modo apical; ramificam-se tanto
subapicalmente, com a formação de um conjunto de filamentos laterais, como apicalmente, com a
formação de talos planos. Todos estes filamentos mantêm-se agregados numa matriz comum, dando
origem a um protalo de grandes dimensões.
3.5. Organização parenquimatosa - O grau mais elevado de diferenciação é alcançado nalgumas algas
castanhas. Têm órgão de fixação, estipe, semelhante a um talo, e lâminas, exibindo já verdadeiros
tecidos. Estes tecidos diferenciam-se a partir de divisões celulares em várias direções, produzindo
paredes tangenciais, radiais e horizontais.
A secção transversal do caule das Laminariales mostra uma forte diferenciação: de fora para dentro
podemos observar uma meristoderme (tecido dérmico). As camadas mais profundas desta camada
permitem o crescimento em largura da alga. Segue-se um tecido cortical, cujas células são tanto
maiores quanto mais para o interior.
No interior encontramos uma medula, que tem função fundamentalmente de armazenamento e
condução de substâncias; nalgumas espécies surge já um tecido condutor semelhante aos tubos
crivosos das Tracheophyta.
II. COR
Os organismos fotossintéticos exibem cor diversa, atendendo aos pigmentos acessórios que exibem.
Assim, além da clorofila a, que todos possuem e que tem cor verde, os organismos fotossintéticos
podem ser vermelhos, dourados, azulados, etc.
• Ficocianina: ficobilina, predomina nas Cianobactéria e Glaucophyta – verde-azulado
• Ficoeritrina: ficobilina, predomina nas Rhodophyta – vermelho
• Clorofila b: predomina nas Chlorophyta – verde
• Fucoxantina: carotenoide (xantofila), predomina nas Phaeophyceae – castanho – e
Baccilariophyceae – dourado
• -caroteno: carotenoide, surge em todos os grupos de organismos fotossintéticos, dá cor
laranja.
• Astaxantina: carotenoide (xantofila), Haematococcus, vermelho.
• Outras xantofilas: por exemplo nas Cryptophyta, juntamente com a ficoeritrina, dão cor
avermelhada. As xantofilas podem ser também amarelas, laranja, etc.
III. RAMIFICAÇÃO – talos com vários planos de divisão mitótica, os quais originam ramificações
diversas, características da espécie:
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• Ausente – o talo é constituído por uma alterna dicotómica
lâmina contínua, não ramificada.
• Basal – todas as ramificações se formam
na base do talo.
• Dicotómica – cada talo se divide de
forma simétrica, originando uma
ramificação com dois eixos do mesmo ausente oposta
tamanho.
• Pectinada – em pente – ramificações verticilada
formam-se todas do mesmo lado do
eixo anterior.
• Oposta – com duas ramificações laterais
a partir do mesmo ponto;
• Alterna – com ramificações ora de um
lado ora do outro do eixo principal.
irregular pectinada
• Verticilada – numerosas ramificações a
sair do mesmo eixo.
IV. PLASTÍDEOS
Os organismos eucariota fotossintéticos apresentam um ou mais plastídeos. Estes apresentam
formatos muito diversos e cores distintas.
Alguns plastídeos exibem pirenoides, que são formas densas, frequentemente no interior do
cloroplasto ou formando uma saliência. São atravessados pelos tilacoides e, por vezes, estão
rodeados por grãos de amido.
Quanto à localização:
• Axial – dispõem-se no centro da célula;
• Parietal - encontrarem-se junto à membrana.
Quanto ao formato:
• Discoide – em forma de disco, habitualmente muito abundantes.
• Estrelado – em forma de estrela (sempre axial), habitualmente com um pirenoide no centro;
• Anelado – em forma de anel, aberto ou fechado (sempre parietal);
• Em taça – parietal, habitualmente apenas um, revestindo uma parte da célula, junto à
membrana.
• Reticulado – habitualmente axial, forma uma estrutura perfurada, como uma rede.
a) Plasto axial estrelado b) plasto axial reticulado c) plasto parietal anelado aberto
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V. REVESTIMENTO
• Parede celular - celulose ou, nas cianobactérias, peptidoglicano; camada mais ou menos
espessa e rígida, que confere um formato fixo à célula. Surge em muitos grupos de
fotossintéticos, como as Chlorophyra, Rhodophyta, Phaeophyceae, …
• Película - bandas proteicas, flexíveis, que permitem o movimento ameboide,
característica das Euglenozoa;
• Teca – invólucro rígido e muito ornamentado, frequentemente com aspeto de couraça,
formado por material celulósico; característico dos Dinoflagellata.
• Periplasto – placas retangulares ou poligonais de natureza proteica, características das
Cryptophyta.
• Frústula – material rígido, de sílica, que forma duas valvas transparentes, característica
das Bacillariophyceae;
• Cocólitos – escamas de carbonato de cálcio, características de algumas Haptophyta
(cocolitoforídeos);
• Escamas calcárias - Revestimento calcário, extracelular característico de Chlorophyta e
Rhodophyta.
• Estigma
Estrutura de cor laranja, habitualmente existente dentro do plastídeo de alguns flagelados.
Formada por gotas lipídicas permite a perceção da luz por parte destes organismos (fototaxia).
• Células de resistência
Os cistos (quistos, hipnozigotos, hipnosporos ou, nas cianobactérias, acinetos) são células de
resistência. Habitualmente maiores, de parede mais espessa e com conteúdo mais abundante.
Nas cianobactérias são células reprodutoras imóveis do tamanho de células vegetativas ou
maiores, providas de uma parede muito espessa e de muitas substâncias de reserva.
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VII. CLASSIFICAÇÃO:
I. DOMÍNIO EUBACTERIA
1. Filo Cyanobacteria
2. DOMÍNIO EUKARIA
A. Reino Excavata
Divisão Euglenozoa (Classe Euglenoidea)
B. Supergrupo SAR
A. Reino Stramenopila, flagelos heterocônticos, quando fotossintéticos os plastídeos têm clorofila c
e são provenientes de endossimbiose secundária.
a. Filo Ochrophyta
b. Filo Oomycota
c. Filo Labyrinthulomycetes
B. Reino Alveolata
a. Filo Dinoflagellata
Atividade prática
Material:
M.O. Preparações definitivas: Material vivo:
Bisturis Volvox sp. Ulva intestinalis
Lâminas, Lamelas Chlamydomonas sp. Ceramium sp.
Agulhas dissecação Pediastrum sp.
Mougeotia sp.
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2. OBSERVAÇÃO MICROSCÓPICA DE Pediastrum sp.
Chlorophyta, com clorofila b, imóvel de água doce. Organismo colonial cenobial, com parede
celular celulósica. As células são poligonais, e as externas são providas de apófises. Os plastos são
axiais laminares e possuem um pirenóide.
a) Examine ao microscópio, na ampliação de 100x (400X), uma preparação definitiva de
Pediastrum e responda às questões colocadas na ficha.
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QUESTIONÁRIO
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5. OBSERVAÇÃO MACROSCÓPICA E MICROSCÓPICA DE Ulva intestinalis sp.:
f. Forma de organização: _____________________________________________________________
g. Ramificação. _____________________________________________________________________
h. Cor: _______________________________ pigmento dominante:____________________________
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ESCOLA SUPERIOR DE TURISMO E TECNOLOGIA DO MAR
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Muitas destas algas são cultivadas, desde há milénios, pelas suas propriedades nutricionais.
Além da utilização como alimento, são amplamente usadas para a produção de ficocolóides, usados
na indústria alimentar como espessante, gelificante, emulsionante, etc.
Atualmente reconhecem-se, ainda, propriedades medicinais importantes, com antioxidante,
antitumoral e antimicrobiano.
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O ciclo de vida é haplo-diplonte heteromórfico com o gametófito haploide filamentoso. Observe
macroscopicamente um espécime de Porphyra umbilicalis.
Vulgarmente conhecida por nori, é cultivada no oriente para alimentação humana.
a) Observe ao microscópio ótico, a 400X, uma pequena porção do talo.
b) Responda às questões que lhe são colocadas.
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QUESTIONÁRIO
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QUESTIONÁRIO
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5) OBSERVAÇÃO MICROSCÓPICA DE Codium tomentosum:
Espécie cenocítica (organização sifonal – não há divisão celular). Surgem apenas alguns septos a
dividir o citoplasma. Planta ramificada com talo cilíndrico, constituído por uma massa densa de tubos
que se interpenetram. Nas extremidades os sifões encontram-se dilatados em compartimentos
cúbicos (utrículos), que formam uma paliçada à periferia do talo. Estes utrículos apresentam
numerosos cloroplastos. Os gametângios surgem à superfície, como evaginações dos utrículos.
a) Observe macroscopicamente uma porção de talo de Codium tomentosum.
b) Corte uma fina secção transversal do talo;
c) Observe ao microscópio e procure observar utrículos, na ampliação de 100X.
d) Coloque uma gota de azul-de-metileno, para corar os núcleos.
e) Faça um esboço legendado do que observou.
f)
QUESTIONÁRIO
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1. OBSERVAÇÃO MICROSCÓPICA DE Ulva lactuca.
a) Forma de organização: ___________________________________________________________
b) Tipo de talo: ___________________________________________________________________
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Objecivos
Introdução
As macroalgas são muito sensíveis ao substrato, não porque lhes forneça elementos nutritivos que
elas recolhem da água, mas porque a sua textura intervém na fixação das macroalgas. Assim, na
maioria dos casos, as macroalgas vivem fixas ao substrato rochoso; são raros os exemplos de
espécies que se encontram em substrato vasoso ou arenoso.
A temperatura joga um papel importante na distribuição das macroalgas. O gradiente de
temperatura determina a diversidade de espécies e o número de indivíduos, sendo estes muito mais
abundante nas zonas setentrionais que nas zonas meridionais.
Além da latitude a temperatura exibe variações locais, por vezes muito importantes que resultam em
correntes frias ou quentes. Estas podem ter repercussões importantes na composição da flora litoral.
A luz é o fator mais importante, uma vez que as macroalgas necessitam de luz para a fotossíntese.
Assim, as macroalgas desenvolvem-se apenas em zonas onde a radiação é suficiente para ser
absorvida pelos pigmentos fotossintéticos. Este fator condiciona, portanto, a distribuição das
macroalgas em profundidade, uma vez que a radiação vai sendo absorvida pela água do mar. Esta
distribuição depende da transparência da água.
Os fatores químicos, tais como o pH, a salinidade, o conteúdo em substâncias dissolvidas, são
importantes também, nas zonas litorais (estuários, lagunas) e nos mares de menor tamanho, como o
Mar Negro, o Mar Báltico, etc. Nestes podem observar-se alterações significativas dos fatores
químicos que condicionam o desenvolvimento das comunidades de macroalgas. Nestas zonas a flora
é bastante diferente das zonas onde os fatores químicos são semelhantes aos do mar aberto.
A ação das ondas é também importante na distribuição das macroalgas. Há espécies que preferem
zonas batidas, outras zonas calmas. A fisionomia das espécies é diferente consoante o local e a
hidrodinâmica.
Outro fator fundamental é a emersão periódica. Existem espécies resistentes a emersões
prolongadas; outras são intolerantes. De facto, consoante a distância à linha média da maré, as
espécies exibem resistência e adaptações variáveis á emersão. Assim, uma alga que se encontre um
pouco abaixo do nível máximo da maré alta estará emersa por longos períodos cada 12 horas. Se
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uma alga se encontrar próxima do nível ligeiramente superior à baixa-mar, esta alga estará emersa
por períodos curtos a cada 12 horas.
Naturalmente as 2 espécies estarão expostas a diferentes períodos de dissecação, temperatura
elevada, insolação, concentração de substâncias dissolvidas, …
A existência destes fatores abióticos provoca uma zonação da zona litoral, isto é, determina uma
certa disposição dos organismos em zonas sensivelmente paralelas ao nível do mar e a alturas
determinadas. Cada zona possui conjuntos de organismos específicos, que se adaptaram às
condições ecológicas dessa mesma zona e que permitem a sua fácil identificação. A tolerância dos
organismos aos extremos ambientais, por exemplo, à dessecação, delimita a distribuição superior,
enquanto os efeitos de competição determinam os limites inferiores.
Os povoamentos existentes sobre a plataforma continental agrupam-se em quatro andares
diferentes:
a. Andar supralitoral – os primeiros povoamentos marinhos que se encontram logo a seguir
ao domínio terrestre, sendo raramente coberto pela água do mar, exceto nas marés vivas
associadas a forte agitação marítima (hidrodinamismo). De maneira geral está sujeito
apenas à aspersão por gotículas de água provenientes das vagas. A extensão vertical deste
andar, assim como o do mediolitoral, varia em função da exposição da costa à intensidade
hidrodinâmica e da amplitude da maré. Ambos estão compreendidos na “zona das
marés”, bem como a parte superior do andar infralitoral. Os primeiros organismos que
surgem são as cianobactérias, de cor azul-esverdeada endolíticas e lhes conferem cor
acinzentada. No limite inferior podemos observar a clorófita Ulva compressa e na zona
intermédia a Rodophyta Porphyra umbilicalis.
b. Andar mediolitoral – Totalmente compreendido na “zona das marés”, varia também em
função da exposição da costa, da amplitude da maré e do hidrodinamismo. A espécie
característica é a alga Lythophyllum lichnenoides (delimita inferiormente o andar). Em
locais de maior hidrodinamismo, perto do limite inferior do andar encontra-se a alga
Fucus spiralis.
Na extensão vertical do andar mediolitoral poderemos encontrar numerosas poças
permanentes – poças de maré - repletas de água onde as condições são equivalentes às
observadas no andar infralitoral. Aqui abundam as algas calcárias (Lithophyllum
incrustans), as espécies de clorófita Ulva lactuca, Codium tomentosum, as rodófitas
Corallina elongata, Asparagopsis armata, Gelidium sp., e a feofícea Bifurcaria bifurcata.
c. Andar infralitoral – Estende-se desde o limite inferior do andar mediolitoral até à
profundidade compatível com a existência de algas fotófilas (algas que exigem bastante
iluminação) ou das plantas superiores marinhas (Zostera spp.), que, na costa portuguesa,
se situa a cerca de 20-24 m de profundidade. Apenas a parte superior deste andar
descobre na baixa-mar; existem numerosas espécies de algas vermelhas e castanhas,
nomeadamente laminárias, variando a espécie em profundidade.
d. Andar circalitoral – Também denominada zona sublitoral, estende-se desde o andar
infralitoral até ao limite da plataforma continental, isto é, até cerca dos 200 metros. A
partir deste andar a fracção dominante dos povoamentos marinhos é constituída por
animais. Assim, dominam as esponjas, alcionários, gorgónias e briozoários. Surgem
também algumas espécies de algas, pouco exigentes no que concerne à luz (algas ciáfilas).
O limite inferior deste andar estabelece-se pelo desaparecimento das algas ciáfilas e
depende, tal como para o andar infralitoral, da transparência da água que condiciona a
penetração da luz. Esta transparência depende, por seu lado de factores como o
substrato, a proximidade de rios e a agitação marítima.
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Esta zonação corresponde apenas aos povoamentos existentes sobre a plataforma continental e que
formam o sistema litoral ou fital (porque apresentam organismos fotossintéticos).
ACTIVIDADE PRÁTICA
1) Na altura em que a maré estiver mais baixa desloque-se para a zona entre-marés.
2) Observe minuciosamente os diferentes andares supralitoral, mediolitoral, poças de maré e início
do infralitoral.
3) Para cada andar caracterize as condições abióticas.
4) Selecione zonas com elevada biodiversidade.
5) Com a ajuda do quadrado e do formão, recolha três amostras, em três zonas distintas:
a) Infralitoral
b) Mediolitoral
c) Supralitoral
6) Remova cada espécimen com o órgão de fixação intacto.
7) Coloque as amostras num saco devidamente identificado.
8) Transporte rapidamente o material para o laboratório.
9) Procure fazer a identificação dos espécimes nas 48 horas seguintes à recolha.
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Tabela 2 – Identificação das espécies de macroalgas presentes na saída de campo:
Para cada espécie que recolheu, procure classificá-la recorrendo à chave dicotómica.
Escreva sempre os números que necessitou percorrer para fazem a identificação.
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Objetivos
Atividade prática
Material:
M.O. Preparações definitivas: Material vivo:
Bisturis Pinnularia viridis Tetraselmis chuii
Lâminas Arthrospira sp.
Lamelas Rhodomonas sp.
Agulhas dissecação Phaeodactylum tricornutum
Chlorella sp.
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por placas de natureza orgânica. Em épocas de stress pode perder os flagelos e formar uma teca
polissacarídica, sedimentando. Produzida em aquacultura, dado o elevado conteúdo em lípidos.
a) Examine ao microscópio, na ampliação de 400x, uma preparação extemporânea de
Tetraselmis shuii.
b) Coloque uma gota de Soluto de Lugol e volte a observar.
c) Amplie para 1000 X se entender necessário, usando óleo de imersão.
NO FINAL DA OBSERVAÇÃO NÃO SE ESQUEÇA DE LIMPAR A OBJETIVA.
d) Responda às questões que lhe são colocadas no questionário.
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6. OBSERVAÇÃO MICROSCÓPICA da cianobactéria Arthrospira sp.:
Cyanobacteria; filamentosa simples, com forma espiralada muito característica. Células verde-
azuladas, ricas em ficocianina. Heterocistos e acinetos ausentes. Cultivada pela elevadíssima
concentração de proteína, que pode ultrapassar os 60% o peso seco.
a) Examine ao microscópio, na ampliação de 400x, uma preparação extemporânea de
Arthrospira sp.
b) Amplie para 1000 X se entender necessário, usando óleo de imersão.
NO FINAL DA OBSERVAÇÃO NÃO SE ESQUEÇA DE LIMPAR A OBJETIVA.
c) Faça um esboço legendado do que observou, a 400X.
d) Responda às questões que lhe são colocadas no questionário.
QUESTIONÁRIO
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4. OBSERVAÇÃO MICROSCÓPICA de Pinnularia viridis
a) Identifique a forma de organização. _________________________________________________
b) Identifique o revestimento. _______________________________________________________
c) Faça um esboço legendado do que observou, a 400X.
Legenda:
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