O documento resume o capítulo 1 do livro "Estruturas da Madeira", abordando a classificação de árvores, a fisiologia e anatomia da madeira. Discute a classificação botânica de árvores, os processos de crescimento e formação da madeira, os principais elementos anatômicos da madeira e os defeitos comuns na madeira.
O documento resume o capítulo 1 do livro "Estruturas da Madeira", abordando a classificação de árvores, a fisiologia e anatomia da madeira. Discute a classificação botânica de árvores, os processos de crescimento e formação da madeira, os principais elementos anatômicos da madeira e os defeitos comuns na madeira.
O documento resume o capítulo 1 do livro "Estruturas da Madeira", abordando a classificação de árvores, a fisiologia e anatomia da madeira. Discute a classificação botânica de árvores, os processos de crescimento e formação da madeira, os principais elementos anatômicos da madeira e os defeitos comuns na madeira.
SZÜCS, C. A ; TEREZO, R. F; VALLE, A; MORAES, P. D. Estruturas da madeira.
Versão 03. Florianópolis: Universidade Federal de Santa Catarina, Centro Tecnológico, Departamento de Engenharia Civil, 2015.
Capítulo 1 - ESTRUTURA DA MADEIRA
1.1. CLASSIFICAÇÃO DAS ÁRVORES
Botânica classifica as árvores como vegetais superiores fanerógamas, com
complexidade anatômica e fisiológica. Sistema filogenético de Engler é composto por 17 divisões. Divisões XVI e XVII são relevantes para a Engenharia por produzirem madeira. A divisão XVI consiste nas Gimnospermae, que não apresentam frutos e estão subdivididas em 4 classes. A classe Coniferopsida engloba a ordem Coniferae, com 5 famílias, e é caracterizada por flores em forma de cones ou estróbilos. As árvores coníferas têm folhagem em forma de agulha, raízes pivotantes e madeira mole (softwoods). A divisão XVII consiste nas Angiospermae, mais evoluídas, com raiz, caule, folhas, flores e frutos. As angiospermas são divididas em monocotiledôneas e dicotiledôneas de acordo com o número de cotilédones nas sementes. Exemplos de monocotiledôneas incluem palmas, gramíneas e bambu. Exemplos de dicotiledôneas incluem o feijão, o amendoim, a soja, o café, o abacateiro, o ipê, a peroba e o eucalipto.
1.2. FISIOLOGIA DA ÁRVORE
A Fisiologia é uma parte da biologia que investiga as funções orgânicas e
processos vitais, como o crescimento, nutrição e respiração. As árvores crescem no sentido vertical e diametral, formando anéis de crescimento ao redor das camadas mais antigas, que são avaliados para determinar a idade da árvore. A casca protege a árvore contra agentes externos e é composta por camadas internas formadas por tecidos vivos úmidos e camadas externas de células mortas. O lenho é a parte resistente do tronco, composta por alburno (madeira jovem, permeável e sujeita a ataques) e cerne (madeira mais densa e resistente). A medula é a parte central do tronco, com menor resistência. Os raios medulares ligam as camadas e transportam a seiva. Entre a casca e o lenho existe o câmbio, camada delgada viva da árvore que é responsável pelo aumento de diâmetro. A seiva bruta sobe do solo até as folhas onde ocorre a fotossíntese, produzindo a seiva elaborada que desce pela parte interna da casca até as raízes. A madeira é composta por componentes orgânicos elementares formados pela fotossíntese, como a celulose, hemicelulose e lignina.
1.3. ANATOMIA DO TECIDO LENHOSO
A madeira é composta principalmente por células alongadas com vazios
internos, variando em tamanho e forma de acordo com sua função. Os elementos encontrados na madeira incluem traqueídeos, vasos, fibras e raios medulares. As coníferas são compostas principalmente por traqueídeos e raios medulares, enquanto as folhosas são compostas principalmente por fibras, parênquima, vasos e raios. Os traqueídeos são células alongadas, fechadas e pontiagudas, com comprimento de 3 a 4 mm e diâmetro de 45 µ. Os vasos são formados de células alongadas fechadas, podendo ser simples ou múltiplos e ter diâmetros de 20 µ até 500 µ. As fibras são formas de células com paredes grossas e lúmen interno, com comprimento variando de 500 µ a 1500 µ. Os raios medulares são compostos por células de mesmo diâmetro ou paralelepipedais, com função de armazenagem e distribuição de substâncias nutritivas. 1.4. ALGUNS TIPOS DE DEFEITOS DA MADEIRA
A madeira é um material biológico e raramente é encontrada sem defeitos.
As condições ambientais influenciam as características físicas e mecânicas da madeira. Alguns exemplos de defeitos comuns na madeira incluem a formação de madeira de reação e a presença de nós. Um manejo adequado da poda e identificação correta da espécie de madeira podem minimizar os defeitos na madeira. Desdobro é a etapa de transformar as toras em pranchões e requer cuidados para evitar fraturas e machucaduras na madeira. É importante usar a madeira especificada no projeto para evitar problemas no desempenho da construção. Deficiências devido a variações dimensionais são comuns em construção civil e são graves em caixilharias.
Conclusão:
O capítulo apresenta em seu primeiro tópico uma classificação das árvores
baseada no sistema filogenético de Engler, composto por 17 divisões. A divisão XVI inclui as Gimnospermae, sem frutos e subdivididas em 4 classes, sendo a Coniferopsida a mais relevante para a Engenharia por produzir madeira. Já a divisão XVII inclui as Angiospermae, mais evoluídas, e é subdividida em monocotiledôneas e dicotiledôneas. Exemplos de árvores incluem as coníferas, como pinus e araucária, e as angiospermas, como o ipê e o eucalipto.
No segundo tópico é apresentado as informações sobre as características e
funcionamento dos processos vitais das árvores. Mostra que a casca, o lenho, a medula e o câmbio são importantes para proteger e manter a árvore, além de explicar como a fotossíntese é responsável pela formação dos componentes orgânicos da madeira.
No terceiro tópico o texto apresenta uma descrição da anatomia do tecido lenhoso
da madeira, destacando os principais elementos encontrados, tais como traqueídeos, vasos, fibras e raios medulares. Além disso, a composição da madeira de coníferas e folhosas é comparada, mostrando as diferenças em sua constituição.
No quarto tópico conclui-se que a madeira é um material biológico que pode
apresentar diversos tipos de defeitos, como a formação de madeira de reação, presença de nós e fraturas. Para minimizar esses problemas, é importante planejar o manejo da poda, identificar corretamente a espécie de madeira e seguir as especificações do projeto. O cuidado durante a etapa de desdobro é crucial para evitar danos na madeira. No entanto, mesmo com essas medidas, variações dimensionais na madeira ainda são comuns em construções, sendo um desafio para a construção civil.