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1. INTRODUÇÃO
A partir desse contexto, este trabalho tem como objetivos trabalhar a leitura e
a escrita de forma significativa, destacando o jornal e sua importância como
instrumento de ensino e que além de promover uma leitura crítica do aluno,
incentiva-o ao hábito da leitura o que de certa forma, contribui para desenvolver
neste a capacidade de argumentação. Com isso, o educando vai sentir entusiasmo
para buscar outros meios de leitura, podendo ampliar seus conhecimentos, e
expressar seus interesses.
O desejo que levou a pesquisa foi a partir do contato direto com os alunos e
professores de uma escola da rede estadual. Pude notar a necessidade de utilizar o
jornal como recurso de ensino, pois a partir dele o educador trabalharia os
conteúdos programáticos em cima da realidade dos alunos e desta forma facilitaria a
compreensão.
A metodologia utilizada foi qualitativa e quantitativa, o método de pesquisa
bibliográfico e de campo e os instrumentos utilizados foram questionários diferentes
com perguntas fechadas para alunos e professores.
O trabalho foi dividido em três capítulos assim distribuídos; no primeiro
capítulo demos uma visão geral do trabalho, no segundo tratamos da importância da
utilização do jornal na sala de aula, no terceiro como utilizar o jornal na sala de aula,
no quarto indagamos por que o jornal na escola?, O quinto capítulo discorre sobre a
metodologia e por últimos nossas considerações finais.
2.1 ESTABILIZAÇÃO
médios e pequenos veículos que ousam desafiar com a notícia a censura militar. A
Tribuna da Imprensa é submetida a repetidos atos de violência, entre os quais oito
anos de censura prévia. Seu diretor foi preso várias vezes, a redação invadida e
violada em atentado não esclarecido. Última Hora sobrevive até 1971, quando seu
fundador é obrigado a vendê-la.
A imprensa alternativa nesse período acusa um rigor da censura ainda maior
que a grande e média imprensa. O Pasquim teve seus diretores e principais redatore
redatores presos. Só após o fim do AI 5, com a liberdade de imprensa e a abertura
política, a anistia e as eleições, nos anos 80,os meios de comunicação fazem o
balanço da tortura, do terrorismo, da censura e do autoritarismo.
A história do jornal no Brasil continua sendo escrita e documentada nos dias
de hoje e toda a sociedade é coadjuvante dela. No moderno jornalismo mundial.
Nas últimas décadas do século XX ela reflete a própria situação do país. Quatro dos
dez principais jornais da América Latina circulam em São Paulo e no Rio de Janeiro:
O Estado de S. Paulo, Jornal do Brasil, O Globo e Folha de S. Paulo. Não existe
mais a censura e a repressão do Estado, somente os interesses comerciais de cada
publicação. Hoje a imprensa brasileira ocupa lugar relevante na sociedade.
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Um jornal pode contribuir para a formação dos seus leitores, como por
exemplo, exercer pedagogia social, informando sobre como contribuir com pequenos
gestos para a reciclagem dos lixos ou para a salvaguarda do ambiente.
Nos anos de 1960, o educador brasileiro Paulo Freire, assim como Freinet,
acreditava na prática pedagógica comprometida como forma de reduzir a evasão
escolar e formar educandos críticos. Uma das técnicas que defende é a elaboração
do jornal escolar como um dos instrumentos que considera essenciais para motivar
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(1991, s.n.f).
entre os valores dos produtores dos meios, aqueles que estão mais de
acordo com a identidade de sua nação; reconhecendo os posicionamentos
ideológicos de manutenção do status quo ou de construção de uma variável
histórica mais justa e igualitária. E, para isso, a escola não pode esquecer-
se do ecossistema comunicativo no qual vivem os alunos. Ou seja, ou a
escola colabora para democratizar o acesso permanente a esse
ecossistema comunicativo ou continuará a operar no sentido da exclusão,
tornando maiores os abismos existentes. (BACCEGA, 2003, p. 81)
Finalmente, por todos estes fatores, o jornal se transforma numa ponte entre
os conteúdos teóricos dos programas escolares e a realidade. Segundo Maria Alice
Faria (2009, p.12):
Para os alunos o jornal:
- é o mediador entre a escola e o mundo;
- ajuda a relacionar seus conhecimentos prévios e sua experiência pessoal de vida
com as noticias;
- leva-os a formar novos conceitos e a adquirir novos conhecimentos a partir de sua
leitura;
- ensina-os a aprender a pensar de modo crítico sobre o que lê;
- estabelece novos objetivos de leitura.
Segundo Carmen Lozza (2009, p.68):
Para os professores, enfim, o jornal é um excelente material pedagógico (para
todas as áreas) sempre atualizado, desafiando-os a encontrar o melhor caminho
didático para usar esse material na sala de aula. Para Carmen (2009, p.72) a
presença de jornais na escola pode e deve estar associada à ampliação do prazer
de ler no sentido mais amplo possível (...).
A primeira decisão a ser tomada é: que jornal sua escola está preparada para
realizar? Existem várias opções, algumas mais baratas, outras que exigem um
mínimo de conhecimento de programas para computador. O professor e seus alunos
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- Jornal mural
- Jornal Xerocado
- Jornal informatizado
4.4.1 Pauta
Que assuntos serão abordados no jornal? De preferência, aqueles
diretamente ligados aos interesses dos alunos. É bom lembrar que qualquer fato ou
evento ocorrido na escola e/ou comunidade pode ser objeto de matéria.
4.4.2 Matérias
4.4.2.1- Reportagens: Quem? Quando? Onde? Por quê? Como? - estas perguntas
devem ser respondidas no texto. O repórter vai atrás dos acontecimentos, obtém
informações de diferentes fontes (pessoas) e escreve um texto resumindo as idéias
e o fato.
31
4.4.2.3- Artigo: É um texto opinativo (um professor ou um aluno pode falar sobre
algum tema polêmico, por exemplo)
4.4.2.6- Enquete, pesquisa de opinião: Escolha um tema que mereça ser pesquisado
- qual a opinião dos estudantes sobre ele? Outra idéia é descobrir o perfil dos
estudantes da escola através de pesquisas.
4.5 DIAGRAMAÇÃO
É normal, após a coleta final, perceber que há mais material do que espaço
disponível, ou que alguns textos ficaram longos demais. Não adianta sacrificar o
visual do jornal para colocar todo o material que há em mãos. Portanto, faça os
cortes que forem necessários e o que restar poderá ser utilizado na edição seguinte.
32
5 METODOLOGIA
SEGMENTOS QUESTIONÁRIO
34
Alunos 92
Professores 11
TOTAL 103
Quadro 1 – Distribuição da amostra
5.1.6 Os questionários
No decorrer da investigação aplicamos 01 questionário direto para 11
professores, e também 01 questionário direto para 92 alunos. Os modelos dos
questionários estão nos apêndices A e B. Aplicamos diferentes questionários para
os segmentos de nossa amostra supracitada. A aplicação dos questionários foi
vantajosa, fornecendo dados quantitativos e qualitativos, num curto espaço tempo e
com respostas precisas e objetivas.Os questionários foram elaborados
com questões fechadas, atendendo aos objetivos propostos para a pesquisa.
Com a aplicação dos questionários colhemos dados significativos tanto em
qualidade quanto em quantidade, enriquecendo substancialmente a nossa pesquisa.
(1986, p.39)
JORNAL 04
REVISTA 09
LIVRO 55
INTERNET 24
Com o resultado, nota-se que os alunos ainda preferem o livro para fazer uma
leitura, talvez seja pelo fato de só serem estimulados a utilizar este recurso e se
fosse mais a fundo, chegaríamos à conclusão de que a leitura que eles fazem no
livro é aquela que o professor manda na escola ou, quando vão estudar para prova e
trabalhos escolares.
2. Com que frequência você lê jornal impresso?
SEMPRE 09
ÀS VEZES 55
NUNCA 02
RARAMENTE 26
3. O jornal impresso deveria ser utilizado com mais freqüência dentro da sala
de aula?
NÃO 02
ÀS VEZES 40
NUNCA 00
RARAMENTE 04
SEMPRE 46
Os alunos acham que o jornal deveria ser utilizado mais vezes na sala de
aula. Apesar de não lerem com frequência, mas, alguma vez o professor utilizou-o
em sala de aula, eles perceberam a importância deste recurso inovador e sentiram-
se estimulados.
40
SEMPRE 42
ÀS VEZES 45
NUNCA 01
RARAMENTE 04
Percebemos pelo resultado que apesar de não lerem bastante, mas eles
entendem o que estão lendo e cada leitura é inédita. Ratifico o que Magalhães e
Leal colocam em relação: aos textos: “Os textos estão abertos a interpretações
múltiplas, dependendo do intérprete” (2004 p.12)
SEMPRE 04
ÀS VEZES 52
NUNCA 14
41
RARAMENTE 22
É perceptível que muitos alunos ainda não têm uma ideia formada e acabam
deixando-se influenciar pelas palavras de outras pessoas, mostrando com isso que
precisam ser trabalhados em sua autonomia, criticidade, auto-confiança para que
possam pensar por si e defender suas ideias e posições com argumentos coerentes
e firmes.
.
SEMPRE 14
ÀS VEZES 37
42
NUNCA 14
RARAMENTE 27
SEMPRE 12
ÀS VEZES 14
43
NUNCA 55
RARAMENTE 11
SEMPRE 49
44
ÀS VEZES 34
NUNCA 05
RARAMENTE 04
SEMPRE 74
ÀS VEZES 16
45
NUNCA 00
RARAMENTE 02
SIM 66
SEMPRE 05
46
ÀS VEZES 19
NUNCA 00
RARAMENTE 02
11. Qual meio você prefere para fazer uma boa leitura?
JORNAL 05
REVISTA 05
LIVRO 07
47
INTERNET 03
12. Você concorda que a leitura diária do jornal é importante para o seu
desenvolvimento como profissional?
SIM 11
48
NÃO 00
SEMPRE 04
49
ÀS VEZES 06
NUNCA 00
RARAMENTE 01
EM CASA 04
NA ESCOLA 05
OUTROS 02
SEMPRE 00
ÀS VEZES 07
NUNCA 00
RARAMENTE 00
QUANDO OPORTUNO 04
SEMPRE 00
ÀS VEZES 07
NUNCA 01
RARAMENTE 03
17. Você acha que trabalhando com o jornal impresso na sala de aula o
entusiasmo dos alunos será maior?
53
SIM 01
É POSSÍVEL 10
NÃO 00
18. Em sua formação acadêmica você aprendeu como usar o jornal em sala de
aula?
54
SIM 01
NÃO 10
Como utilizar algo que você não sabe? Está aí a explicação da pouca
utilização do jornal em sala de aula por parte dos professores. É muito difícil fazer
algo quando não se tem costume.
19. A utilização do jornal na sala de aula como suporte para o ensino dos
conteúdos programáticos gera nos alunos uma melhor aprendizagem?
55
SEMPRE 02
ÀS VEZES 09
NUNCA 00
RARAMENTE 00
6. CONSIDERAÇÕES FINAIS
A partir deste trabalho, podemos concluir que é possível utilizar o jornal como
meio auxiliar na educação em sala de aula, mesmo sabendo da existência de
algumas dificuldades para este tipo de atividade. Os jovens leitores estão, hoje,
inseridos em um novo contexto de consumo de informação que interfere em suas
atividades de leitura. Cabe, portanto, à escola, promover o ensino de estratégias de
leitura e o desenvolvimento de habilidades mobilizadas por um leitor proficiente.
Utilizar essa ferramenta em sala de aula é certamente um passo para o
aperfeiçoamento da escrita e até mesmo para a percepção crítica do aluno com
relação à leitura. Começarão a vivenciar a realidade do mundo, o que além de
aguçar a curiosidade, despertará maior interesse em ler cada vez mais. Ao
apresentar o jornal em sala de aula para os alunos que ainda não o conhecem, e
promovendo uma visão geral do que o veículo mostra, despertará neles o gosto pela
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REFERÊNCIAS
FARIA, Maria Alice de Oliveira. Como usar o jornal na sala de aula. 8ª. ed. São
Paulo: Contexto, 2009.
FREIRE, Paulo. A importância do ato de ler: em três artigos que se completam. 23.
ed. São Paulo: Autores Associados: Cortez, 1990.
PERISSÉ, GABRIEL. Ler, pensar e escrever. 5ª. ed. São Paulo: Saraiva, 2011.
PAVANI, Cecília (org). Jornal: informação e ação. 2. ed. Campinas, SP: Papirus,
2003.
SILVA, Ezequiel Theodoro da. O Ato de Ler. 4 ed. São Paulo:Cortez, 1987.