Você está na página 1de 8

Genocídio: 60 mil mortos no maior

hospício do Brasil

Holocausto
Brasileiro
Marina Fischer 2QUIMICA - Hora do Conhecimento
Conhecido como Colônia, o Centro
Hospitalar Psiquiátrico de
Barbacena, localizado em Minas
Gerais, funcionou de 1903 a 1996.
Por conta do descaso do Estado,
dos médicos e da sociedade, deixou
o saldo de mais de 60 mil mortos e
inúmeras vidas marcadas para
sempre.
Cerca de 70% dos pacientes
não tinham diagnóstico de
doenças mentais
Durante muitos anos, o Colônia
foi o local para onde eram
enviados aqueles que por
algum motivo eram
considerados “indesejáveis”. Por
isso, muitos dos pacientes eram
mulheres vítimas de abuso que
engravidaram, negros,
deficientes abandonados por
suas famílias, homossexuais,
esposas adúlteras, filhos
rebeldes etc.
Pela região que Barbacena se
encontra, MG os dias mais frios
batem temperaturas de até −3,8 °C
A explicação está no perfil vertical
da atmosfera. Grande parte do
Brasil está sob influência de uma
massa de ar seco. Quando a
atmosfera está muito seca, esfria
muito durante a noite e aquece
bastante durante o dia. O Instituto
Nacional de Meteorologia (Inmet)
explica que a friaca acontece
porque uma massa de ar frio
costuma estarsob a Região Sudeste.
Muitos morreram de frio, uma vez que não havia cobertores
e nem roupas suficientes para todos. Durante o inverno, o
clima de Barbacena é bastante severo, muitos
perambulavam completamente nus ou semi-nus, dormiam ao
relento no pátio e não contavam com nenhuma assistência
nesse aspecto.

A saída encontrada pela maioria foi dormir de forma


aglomerada, uns em cima dos outros. Segundo relatado, em
uma determinada madrugada, 17 pessoas morreram de frio.

Durante boa parte da existência do Colônia não havia água


encanada. E com a superlotação, as pessoas se viravam
como podiam, ingeriam urina e fezes, matavam a sede e se
banhavam com a água do esgoto que passava pelo pátio.
A FORÇA DAS MULHERES
Mulheres que não queriam se casar e eram
consideradas loucas; indigentes; pessoas vítimas
de estupro; desafetos políticos; amantes de
pessoas poderosas; disléxicos; prostitutas;
homossexuais; alcoólatras; crianças indesejadas;
pessoas em condição de rua ou sem
documentação; pessoas com depressão leve;
feministas; mulheres grávidas que deveriam
esconder a gravidez; esposas que não se
adequavam às regras do marido; pessoas com
déficits cognitivos; portadores de síndrome de
Down; autistas; enfim, qualquer um que não se
enquadrasse no padrão normativo da sociedade,
eram levadas até barbacena
As mulheres estavam expostas o tempo todo,
algumas choravam por serem forçadas a
ficarem nuas na frente de vários homens,
eram vítimas de estupro o tempo todo, por
parte dos pacientes com problemas mentais,
por parte dos médicos e por parte dos
enfermeiros, muitas ficavam grávidas de seus
estupradores. Uma paciente sobrevivente
relata que as mulheres grávidas e algumas
adolescentes, passavam suas fezes e urina
por todo corpo, até mesmo no rosto, para que
os enfermeiros não as desejassem, não as
estuprassem e não tocassem nelas, em meio á
tanto sofrimento a capacidade feminina de
sobreviver, era mais forte!.

Você também pode gostar