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FEV 1993 NBR 12812

Fio nu para termopar


ABNT-Associação
Brasileira de
Normas Técnicas

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NORMATÉCNICA

Especificação

Origem: Projeto 04:005.11-004/1992


CB-04 - Comitê Brasileiro de Máquinas e Equipamentos Mecânicos
CE-04:005.11 - Comissão de Estudo de Termômetros - Specification
NBR 12812 - Thermocouples - Bare wire - Specification
Copyright © 1990,
Descriptors: Thermocouple. Bare wire
ABNT–Associação Brasileira Válida a partir de 29.04.1993
de Normas Técnicas
Printed in Brazil/
Impresso no Brasil Palavras-chave: Termopar. Fio para termopar 4 páginas
Todos os direitos reservados

SUMÁRIO ASTM E 220 - Method for calibration of thermo-


1 Objetivo couples by comparison techniques
2 Documentos complementares
3 Definições 3 Definições
4 Condições gerais
5 Condições específicas Para os efeitos desta Norma são adotadas as definições
6 Inspeção de 3.1 a 3.3 e as da NBR 12550.
7 Aceitação e rejeição
3.1 Fio nu

1 Objetivo Arame sólido de seção circular, constituído de qualquer


uma das ligas metálicas de acordo com o tipo de termoe-
Esta Norma fixa as condições exigíveis na fabricação, lemento, isento de qualquer espécie de revestimento.
aceitação e/ou recebimento de fios nus utilizados na
confecção de termopares. 3.2 Termoelemento

2 Documentos complementares Cada um dos dois condutores elétricos metálicos dissi-


milares que compõem um termopar.
Na aplicação desta Norma é necessário consultar:
3.3 Termopar
NBR 5314 - Carretéis para acondicionamento de fios
de seção circular - Dimensões - Padronização Dois termoelementos dissimilares ligados numa das ex-
tremidades formando parte de um circuito, que usa o
NBR 7312 - Rolos de fios e cabos elétricos - Carac- efeito termoelétrico para medição de temperatura.
terísticas dimensionais - Padronização
4 Condições gerais
NBR 11137 - Carretéis de madeira para o acondi-
cionamento de fios e cabos elétricos - Dimensões e 4.1 Embalagem
estruturas - Padronização
4.1.1 Geral
NBR 12550 - Termopar - Terminologia
A embalagem deve conter informações básicas para o
NBR 12771 - Termopar - Tabelas de referência - Pa- manuseio, transporte e armazenagem, além de preservar
dronização a integridade do conteúdo.
2 NBR 12812/1993

4.1.2 Segurança Tabela 1 - Identificação

As extremidades do fio nu devem ser convenientemente Tipo do Termoelemento Identificação


protegidas, a fim de evitar quaisquer acidentes durante o Termopar de polaridade
transporte e a armazenagem.
Platina - 13% Ródio RP
R
4.2 Acondicionamento Platina RN

4.2.1 Acondicionamento de fios nus de metais não-preciosos Platina - 10% Ródio SP


S
Platina SN
4.2.1.1 Quando estes fios são fornecidos em carretéis, as
suas dimensões devem atender à NBR 5314. O peso do Platina - 30% Ródio BP
B
fio nu e o tamanho da embalagem devem ser definidos Platina - 6% Ródio BN
conforme acordo prévio entre as partes interessadas. O
carretel deve ter resistência adequada e ser isento de de- Ferro JP
feitos que possam danificar o produto. J
Cobre-Níquel JN
4.2.1.2 Quando estes fios são fornecidos em rolos, as suas Cobre TP
dimensões devem atender à NBR 7312 e à NBR 11137. O T
Cobre-Níquel TN
peso do fio nu e o tamanho da embalagem devem ser
definidos conforme acordo prévio entre as partes in- Níquel-Cromo EP
teressadas. A massa bruta do rolo para movimentação E
Cobre-Níquel EN
manual deve ser limitada a 40 kg.
Níquel-Cromo KP
4.2.1.3 Quando a quantidade envolvida de fio nu não per-
K Níquel-Manganês-
mitir acondicionamento em rolo ou carretel, a embala-
gem deve ser definida conforme acordo prévio entre as Silício-Alumínio KN
partes interessadas. Níquel-Cromo-Silício NP
W
4.2.2 Acondicionamento de fios nus de metais preciosos Níquel-Silício NN

O fio nu deve ser acondicionado em carretel cujas dimen- 4.5 Armazenagem


sões devem ser estabelecidas de comum acordo entre as
partes interessadas. Os fios devem ser armazenados em local fechado e abri-
gados em ambiente limpo e seco. Eles devem ser pro-
4.3 Identificação tegidos contra produtos químicos, graxas, lubrificantes e
outros produtos que alterem as suas propriedades origi-
4.3.1 A identificação do termoelemento é constituída de nais. A disposição física deve evitar danos ao material.
duas letras. A primeira determina o tipo de termopar, e a
segunda indica a polaridade do termoelemento; se positi- 5 Condições específicas
vo, letra “P”; se negativo, letra “N”, conforme indicado na
Tabela 1. 5.1 Geral

4.3.2 A Identificação dos carretéis e rolos deve ser feita por 5.1.1 O material empregado na confecção dos fios deve
meio de etiqueta com caracteres legíveis contendo, no ser de qualidade tal que o produto acabado tenha as
mínimo, as seguintes informações: propriedades e características exigidas nesta Norma.

a) nome do fabricante e CGC; 5.1.2 A superfície dos fios acabados não deve apresentar
fissuras, asperezas, escamas, estrias, rebarbas e/ou in-
b) indústria brasileira; clusões. Ela deve ser livre de resíduo de graxa ou lubri-
ficante, ou quaisquer materiais estranhos.
c) diâmetro nominal, em mm;
5.1.3 Os fios devem ser fornecidos com acabamento su-
d) comprimento, em m, ou massa, em kg; perficial brilhante ou pré-oxidado, recozidos, em lances
contínuos sem solda e não devem apresentar mais do
e) lote de fabricação; que duas pontas num mesmo rolo ou carretel.

f) número desta Norma, seguido da identificação do 5.1.4 Para os fios que compõem um determinado termo-
termoelemento. par, o comprador deve indicar, no mínimo, os seguintes
dados:
4.4 Fornecimento
a) diâmetro nominal dos fios, em mm;
Os fios devem ser fornecidos em lances contínuos de
fabricação. Sobre estes lances, é permitida uma tolerân- b) massa, em kg, ou comprimento, em m;
cia no comprimento de ± 1,5% para metais preciosos e
de ± 3% para metais não-preciosos. c) identificação dos termoelementos;
NBR 12812/1993 3

d) classe de tolerância do termopar a ser formado; Tabela 2 - Diâmetro de fio nu para termopar

e) tabela de referência do termopar a ser seguida; Diâmetro - Escala milimétrica Diâmetro nominal
f) acabamento superficial; Nominal Mínimo Máximo Escala AWG
(mm) (mm) (mm) (mm)
g) tipo de acondicionamento (rolo ou carretel);
0,100 0,097 0,103 38 (0,102)
h) número desta Norma.
0,112 37 (0,114)
Notas: a) Sempre que possível, os fios devem ser adquiridos aos
pares, de acordo com o tipo de termopar a ser formado. 0,125 0,122 0,128 36 (0,127)
No caso de aquisição de apenas um termoelemento,
esta deve ser feita mediante consulta prévia ao forne-
0,140 35 (0,142)
cedor, para se verificar a possibilidade de fornecimento
0,160 0,157 0,163 34 (0,160)
de um termoelemento que, quando pareado com aque-
le termoelemento que o comprador possui em estoque,
0,180 33 (0,180)
resulta num termopar de acordo com a classe de tole-
rância desejada. 0,200 0,197 0,203 32 (0,203)
b) Na aquisição,deve ser solicitado um documento onde 0,224 31 (0,226)
constem os números dos lotes de fabricação que com-
põem o termopar e a classe de tolerância resultante. 0,250 0,246 0,254 30 (0,254)
c) Quando não for especificada a classe de tolerância do 0,280 29 (0,287)
termopar, adota-se a classe com maior tolerância.
0,315 0,311 0,319 28 (0,320)
5.2 Dimensões
0,355 27 (0,361)(A)
5.2.1 As características dimensionais do fio nu devem ser
tais que permitam atingir os diâmetros nominais previstos 0,400 0,395 0,405 26 (0,404)
nesta Norma, conforme estabelecido na Tabela 2.
0,450 25 (0,455)
5.2.2 A ovalização do fio nu deve ser, no máximo, de 25%
0,500 0,495 0,505 24 (0,511)(A)
da faixa de tolerância (diferença entre diâmetro máximo e
diâmetro mínimo) de seu diâmetro nominal. 0,560 23 (0,574)

5.3 Tabela de referência 0,630 0,624 0,636 22 (0,643)

O termopar formado com os fios nus fornecidos confor- 0,710 21 (0,724)


me esta Norma deve atender aos valores contidos na
NBR 12771. 0,800 0,792 0,808 20 (0,813)(B)

0,900 19 (0,912)
5.4 Classe de tolerância
1,000 0,990 1,010 18 (1,024)
O termopar formado com fios nus fornecidos conforme
esta Norma deve atender à classe de tolerância mencio- 1,120 17 (1,151)
nada na NBR 12771.
1,250 1,237 1,263 16 (1,290)(B)
6 Inspeção
1,400 15 (1,450)
6.1 Todo o fornecimento deve ser inspecionado pelo com-
1,600 1,584 1,616 14 (1,628)(B)
prador e/ou inspetor credenciado, no fornecedor e/ou no
recebimento. Mediante acordo prévio, o fornecedor pode 1,800 13 (1,829)
permitir que o comprador e/ou inspetor credenciado te-
nha(m) livre acesso às suas dependências para o acom- 2,000 1,980 2,020 12 (2,052)
panhamento e/ou execução dos ensaios previstos nesta
Norma. 2,240 11 (2,304)

6.2 A inspeção por parte do comprador não exime o for- 2,500 2,475 2,525 10 (2,588)
necedor da responsabilidade pelo desempenho e quali-
3,000 9 (2,906)
dade do material fornecido.
3,150 3,118 3,182 8 (3,264)(B)
6.3 As inspeções previstas nesta Norma são classificadas
em: (A)
Diâmetros usualmente aplicados para fio nu de metais precio-
sos.
a) inspeção de rotina;
(B)
Diâmetros usualmente aplicados para fio nu de metais não-
b) inspeção de tipo através de ensaio. preciosos.
4 NBR 12812/1993

6.3.1 Inspeções de rotina 6.3.2 Inspeção de tipo através de ensaio

As inspeções de rotina devem ser executadas sobre cada O ensaio de aferição deve determinar o tipo de termopar
carretel ou rolo do lote, com a finalidade de verificar se o e, por conseguinte, os tipos de termoelementos, bem co-
fio nu está conforme o solicitado. Basicamente consistem mo a sua classe de tolerância. O ensaio de aferição deve
em: ser executado conforme a ASTM E 220 em, no mínimo,
uma amostra retirada de cada carretel ou rolo.
a) verificar, visualmente, a embalagem e a identifica-
ção (completas e inteiras); 7 Aceitação e rejeição
b) verificar, visualmente, o acabamento da superfície
e a limpeza; 7.1 O produto deve ser aceito quando forem atendidos
todos os requisitos estabelecidos no Capítulo 6.
c) medir o diâmetro em, no mínimo, três pontos dis-
tintos; 7.2 Quando o produto não preencher os requisitos que
envolvem ensaios e medidas, fornecedor e comprador
d) pesar ou medir o comprimento e verificar a quan- podem analisar em conjunto as discrepâncias, com a fi-
tidade. nalidade de definir a aceitação ou rejeição do produto.

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