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UNIVERSIDADE DO ESTADO DO AMAZONAS

CENTRO DE ESTUDOS SUPERIORES DE ITACOATIARA


CURSO DE ENGENHARIA FLORESTAL

PAINÉIS DE MADEIRA

ITACOATIARA – AM
2023
SEBASTIANA MONTEIRO BRAGA NETA

RESENHA DE ARTIGO

Resenha crítica apresentado a disciplina de


Painéis de Madeira, do Curso de Engenharia
Florestal, do Centro de Estudos Superiores
de Itacoatiara da Universidade do Estado do
Amazonas como requisito de obtenção de
nota da Primeira Avaliação Parcial.

Professor: Eduardo de Souza Mafra.

ITACOATIARA – AM
2023
1. Identificação da obra:

BORTOLETTO JÚNIOR, Geraldo; BELINI, U. Leandro. Produção de lâminas e


manufatura de Compensados a partir da madeira de Guapuruvu (Schizolobium
parayba Blake.) proveniente de um plantio misto de espécie nativas. Revista CERNE,
V.8, N.2, p.001-016, 2002.

2. Introdução

O artigo apresentado foi escrito pelos autores Professor Doutor em Engenharia


Florestal, Geraldo Bortoletto Júnior, associado do Departamento de Ciências Florestais
da (ESALQ/USP). E o Professor Doutor em Recursos Florestais, Ugo Leandro Belini,
associado do Departamento de Desenho Industrial (UTFPR).
Os autores neste artigo, preocupam-se com a procura de espécies nativas,
proveniente de plantios mistos, que possam desempenhar, além de seu papel
ambiental, a geração de renda para o proprietário da floresta por meio de um possível
aproveitamento para fins madeireiros. Nesse contexto, a madeira de Guapuruvu
(Schizolobium parayba Blake.), mostra-se em pesquisas realizadas, rápido
crescimento e boa produtividade, com potencial para vários fins, como: confecção de
aeromodelos, brinquedos, palitos, caixotes, barcos, bem como para papel;
Embalagens pesadas e fabricação de móveis. Diante disso, o objetivo do estudo foi,
avaliar o potencial de produção de lâminas e da manufatura de compensados a partir
da madeira do guapuruvu, com o intuito de verifcar, o rendiemento e qualidade de
lâminas produzidas, através de ensaios físicos e mecânicos,

3. Desenvolvimento
Sabe-se que as características tecnológicas da madeira adequada para laminação
estão relacionadas, principalmente, com os seguintes fatores: densidade da madeira
e características do fuste (diâmetro e forma). Neste estudo, a densidade da madeira
guapuruvu apresentou baixa densidade de 0,39 g/cm3 (16 anos), sendo este um ponto
positivo no estudo, uma vez que essa característica facilitou a lâminação.
Em relação ao rendimento das etapas de lâminação das toras de gapuruvu, avalio-
se as perdas percentuais nos processos de lâminação, onde constatou-se que as
maiores perdas ocorreram na etapa de arredonadamento das toras, cerca de (22,9%).
Segundo os autores, esse fator está relacionado com a conicidade das toras em
geral, e com a tortuasidade e a forma elíptica das toras. Espécies nativas, geralmente
apresentam essa características, mas que podem ser controladas, pela seleção de
matrizes com boa forma, bem como do correto acompanhamento da implantação e
condução dos povoamentos, principalmente para especies de cresciemento rápido,
como é o caso do guapuruvu.
Outro ponto positivo no presente artigo, foi o rendimento das lâminas, onde o
rendimento médio das toras com casca foi de 52,59% e, desconsiderando a casca, foi
de 60,98%, próximo a valores encontrados na literatura para espécies dos gêneros
Pinus e Eucalyptus, conforme observado por Almeida et al. (2004) e Bonduelle et al.
(2006).
Em relação as qualidade das lâmina, foram foram classificadas 193 lâminas, as
quais permitiriam a produção de painéis compensados dos tipos B/C/B, de maior valor
agregado e industrial C/D/C. Observa-se que foram produzidas lâminas
predominantemente da classe C, entretanto, o rendimento em lâminas da classe B
pode ser considerado bom. A somatória das lâminas das classes B e C (138 lâminas)
equivale a 72% do número total de lâminas obtidas, as quais são adequadas para
compor as capas de compensados.
Os tratamentos empregados na manufatura dos compensados resultaram em
diferença estatística nos ensaios de flexão estática (MOR ⊥) e resistência ao
cisalhamento da linha de cola (ensaio seco e úmido). A formulação do adesivo
utilizada no tratamento 1 (35% de farinho de trigo em relação ao adesivo puro) foi a
que exibiu melhor performance.

4. Conclusão
Pelo o estudo deste artigo, compreende-se que a madeira de guapuruvu
(Schizolobium parayba Blake.), proveniente de plantios mistos de espécies nativas,
tem potencial para produção de lâminas e fabricação de compensados. Dessa forma,
acredito que há necessidade de mais estudos da tecnologia da madeira Guapuruvu,
para avaliar a suas potencialidades no aproveitamento industrial.
5. Referências Bibliográficas
ALMEIDA, R. R.; BORTOLETTO JÚNIOR, G.; JANKOWSKY, I. P. Produção de
lâminas a partir da madeira de clones do híbrido Eucalyptus grandis x Eucalyptus
urophylla. Scientia Forestalis, Piracicaba, n. 65, p. 49-58. 2004.

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