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Cerâmica 49 (2003) 48-54 48

Estudo do desempenho de quatro sistemas de materiais de reparo


para estruturas hidráulicas de barragens de concreto.
(Estudo do desempenho de quatro sistemas de materiais de reparo para
estruturas hidráulicas de concreto de barragens)

ACM Kormann1 , KF Portella2, PN Pereira3, RP Santos3 1


Universidade Federal do Paraná, PPGCC Centro Politécnico
da UFPR, Jd. das Américas, Curitiba, PR, 81531-990 2 Instituto de
Tecnologia para o Desenvolvimento, LACTEC Centro Politécnico da
UFPR, Jd. das Américas, Curitiba, PR, 81531-990 Duke-Energy International
3
- GeraÁ„o Paranapanema Rod. Chavantes, Ribeirão Claro, km 10,
Chavantes, SP, 18970-000 portella@lactec.org.br

Abstrato

Quatro tipos de materiais de reparo são estudados em função do concreto convencional ou do concreto de referência (RefC), são eles: argamassa de cimento
modificada com polímero (PMor), concreto de fibra de aço (SFco), argamassa epóxi (EMor) e sílica ativa argamassa (SFmo), para aplicação em superfícies de
estruturas hidráulicas submetidas a um fluxo de água de alta velocidade. Além das solicitações mecânicas e resistência ao desgaste das estruturas hidráulicas de
barragens de concreto, principalmente as superfícies dos vertedouros, a alta radiação solar, a temperatura ambiente e os ciclos úmido e seco, contribuem
significativamente para a redução de sua vida útil. O RefC e o SFco foram desenvolvidos a partir de uma mistura usual de concreto utilizada em lajes de vertedouros.
A mistura RefC média utilizada foi 1: 1,61: 2,99: 0,376, com consumo de cimento Portland modificado com pozolana de 425 kg/m3. As misturas EMor e PMor seguiram
as informações fornecidas pelos fabricantes e a experiência do laboratório. Ensaios em amostras de concreto foram realizados em laboratório simulando situações
ambientais normalmente encontradas para controlar a resistência mecânica e as condições impostas pelo envelhecimento, como radiação solar e umidade. Além
disso, foram feitos testes de caracterização físico-química para todos os materiais utilizados. Dos resultados analisados, dois deles apresentaram desempenho
superior: o EMor e o SFmo. O SFco apresentou boa aderência ao RefC e bom desempenho mecânico. No entanto, também apresentou corrosão aparente do metal
em testes de umidade, sendo indicado para uso, com cautela, como camada intermediária em reparos subaquáticos. Em uma classificação geral, considerando todos
os testes, incluindo suas aplicações em campo, os sistemas de materiais de melhor desempenho foram EMorñ SFmo>SFco>PMor.

Palavras-chave: reparo de concreto, argamassa, abrasão, barragem, vertedouro, argamassa epóxi, sílica ativa, fibra de aço, polímero modificado de concreto.

Resumo

Quatro tipos concretos de materiais de reparo estudados em função de um concreto convencional ou referênciaÃncia convencional (RefC), sendo: argamassa de
cimento Portland modificado com polÃmero (PMor), concreto com fibra de aÃo (SFco), argamassa epoxÃdica (EMor) e argamassa com sÌlica ativa (SFmo), para
aplicações em estruturas hidráulicas que se aplicam a um fluxo de água de alta velocidade. Junto com as necessidades de desgaste ao suporte mecânicos e de
resistência mecânica, como estruturas hidráulicas de concreto de concreto, principalmente na regi„o superficial dos vertedores, a radiação solar, os ciclos de secagem-
molhagem e as diferenças de temperatura contribuir significativamente para a redu„o de sua vidaÿtil. Nenhum estudo foi utilizado como concreto de referência (RefC)
com cimento Portland classe CP II-Z 32 e fck28 de 40 MPa, e consumo de cimento de 425 kg/ m3 . O RefC foi dosado em traÁo mÈdio de lajes de vertedor comumente
encontrado em barragens. O traÁo mÈdio utilizado foi 1: 1,61: 2,99: 0,376. Os outros dois materiais de reparo EMor e PMor foram feitos segundo recomendações do
fabricante e experiências práticas de laboratório. Para a seleção do melhor sistema em laboratório, foram realizados ensaios de resistência ‡ abras„o, resistÍncia de
aderÍncia, resistÍncia ‡ compress„o axial simples, resistÍncia ‡ traÁ„o na flex„o, mÛdulo de deformaÁ„o est· tica, ensaios de permeabilidade, acelerados em câmara de
raios UV e de intemperismo weather-o-meter e, ensaios fÌico-quÌmicos dos materiais. Considerando-se todas as propriedades, inclusive de aplicação prática em
campo a classificação dos materiais de reparo, segundo o melhor desempenho foi: EMor ñ SFmo > SFco > PMor.

Palavras-chave: reparos de concreto, argamassa, abrasão, erosão, barragem, vertedor, resina epóxi, sílica ativa, fibra de aço,
argamassa polimérica.

INTRODUÇÃO uso, tempo de aplicação dos materiais envolvidos e


compatibilidade entre eles e o substrato, concreto de laje
A manutenção em superfícies hidráulicas aparentes e submarinas ou concreto de referência (RefC). Além disso, é de
de estruturas de concreto de barragens deve ser realizada combinando fundamental importância avaliar as condições locais e
características de custo, desempenho, durabilidade, trabalhabilidade de ambientais, tais como: radiação solar, temperatura, umidade e
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agentes corrosivos, bem como o melhor mecanismo de proteção O objetivo principal era controlar a resistência mecânica (resistência
[1-4]. Considerando as estruturas de concreto das usinas à abrasão-erosão) e as condições de envelhecimento impostas,
hidrelétricas, é fundamental selecionar materiais que sejam como radiação solar e umidade.
compatíveis com o tempo disponível para a realização dos reparos. Caracterização físico-química da matéria-prima.
Nesse sentido, os custos indiretos e diretos associados às Todos os materiais, incluindo cimento e agregados (grandes e
máquinas geradoras desligadas, para os procedimentos de reparo, pequenos) e os materiais de reparo foram caracterizados por
devem ser considerados [5]. análises físico-químicas, tais como: composição química,
O presente trabalho enfoca algumas superfícies hidráulicas de infravermelho transformado de Fourier, difração de raios X (DRX),
estruturas de concreto de usinas hidrelétricas em operação no microscopia óptica e eletrônica de varredura (MO e SEM) com
Brasil. Os laudos técnicos, juntamente com as inspeções realizadas, sistema dispersivo de energia (EDS) e análises dilatométricas
mostraram que as principais deteriorações nas superfícies de (DIL), prévias às misturas.
concreto se devem às ações de abrasão-erosão causadas pelo Força compressiva. Os testes foram realizados de acordo
fluxo de água do reservatório para as superfícies hidráulicas. com a metodologia recomendada pelas normas ASTM C39/C39M [13].
Normalmente vertedouros, as faces a montante dos pilares de Teste de resistência à abrasão-erosão. Os ensaios
sustentação das comportas e os dutos de drenagem são as áreas subaquáticos de abrasão-erosão nos sistemas de materiais de
mais afetadas [6-8]. reparo foram realizados de forma diferente da ASTM C 1138/97
Normalmente, os aditivos que se destacam na literatura técnica [14], nos CSs. Um vazio de (ÿ 20 x 5) cm foi deixado no centro da
para a confecção do concreto e da argamassa contêm sílica ativa, amostra de concreto, (ÿ 30 x 10) cm, para colocar os materiais de
fibras metálicas e materiais poliméricos como epóxi, metilmetacrilato, reparo e simular um efeito de borda gerado pelas diversas
entre outros [1, 7-10]. condições do vertedouro.
Resistência à tração à flexão. O ensaio foi realizado em
EXPERIMENTAL vigas com 60 dias de idade (10 x 10 x 35) cm de acordo com as
normas ASTM C78-94 [15].
Foram estudados quatro materiais de reparo: argamassa epóxi Testes de envelhecimento acelerado. Os CSs com os
(EMor), argamassas cimentícias do tipo polímero (PMor) e sílica sistemas de reparo (RefC|materiais de reparo) foram testados por
ativa (SFmo) e concreto com fibras de aço (SFco). Todos os testes 1.600 horas em câmaras de raios UV e por 400 horas em câmaras
foram baseados em padronizações e na literatura técnica [1-14]. do tipo Weather-O-meter. A variação da resistência mecânica sob
ensaio de resistência à flexão foi utilizada para verificar os efeitos
O RefC foi desenvolvido a partir da mistura de concreto do envelhecimento nos materiais em um período previsto. Vigas
utilizando CP II ± Z 32 (cimento Portland modificado com pozolana) de substrato 1,5 cm x 3 cm x 10 cm, com 1,5 cm de altura, foram
com fck 40 MPa em 28 dias. A mistura média utilizada foi de preparadas para a aplicação do SFmo, do PMor e do EMor. Para
1:1,61:2,99:0,376, com consumo de cimento de 425 kg/m3 . o reparo com RefC e SFco, foram empregadas vigas de 2 cm x 4
SFmo. O agregado miúdo foi substituído por sílica ativa, sf. cm x 10 cm, com 2 cm de altura.
A quantidade foi definida como 10% do peso da quantidade de
cimento. A mistura média estudada foi de 1:4:0,45:0,1 RESULTADOS E DISCUSSÃO
(cimento:areia:w/(c+sf): sílica ativa).
EMor. Inicialmente foi utilizado um produto pronto onde o As análises físico-químicas das matérias-primas mostraram
material base consistia em resina, endurecedor e areia de quartzo. que estavam de acordo com os limites de padronização e
Como o produto final estava apto a ser aplicado em superfícies especificações do fabricante. A Fig. 1 mostra os padrões de XRD
inclinadas, como lajes de vertedouros, na mistura final foi utilizada do material de cimento como obtido. Esses resultados estão de
areia de quartzo em diferentes quantidades (até 50%), embora acordo com os dados do ICDD para os compostos de cimento.
fosse esperada perda de resistência mecânica à compressão.
PMor. Foi utilizado um produto pronto com teor inicial de água
de 18%, conforme recomendação do fabricante. Após os testes, o
teor de água otimizado foi alterado para 11%.

SFco. Esta mistura foi baseada na composição RefC.


A inclusão de fibras de aço correspondeu a 12% do peso do
cimento e substituíram parte dos agregados grandes, resultando
na composição 1: 1,61: 2,94: 0,45: 0,2. Por falta de homogeneidade
na mistura foi necessário trabalhar com 10% a mais de agregados
miúdos, o que resultou na seguinte mistura: 1: 1,98: 2,77: 0,45:
0,11.
Métodos.Testes foram realizados em laboratório em amostras
de concreto (CSs) para simular as condições ambientais Figura 1: Padrão de DRX de cimento Portland modificado com pozolana.
[Figura 1: An·lise por difraÁ„o de raios X do cimento Portland composto com
normalmente encontradas. Entre outros motivos, o
pozolana.]
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Conforme especificado, os padrões FTIR da base de polímero


materiais mostraram a presença do éster epóxi e polivinílico
composições químicas nas argamassas EMor e PMor,
respectivamente.
Os valores médios dos testes de resistência à compressão são
apresentado na Tabela I. Para a aplicação de qualquer sistema em
superfícies hidráulicas sem problemas de contorno é ideal que
todos os materiais usados têm resistência semelhante. Se a resistência de
o material de reparo, comparado ao RefC ou substrato, é
maiores, como o caso de EMor, problemas de fronteira
gerar efeitos de borda causando perda de adesão e possível
descolamento da RefC. Por outro lado, os valores de resistência
muito inferiores aos da RefC, como é o caso
do PMor, contribuem para uma maior abrasão-erosão
fenômenos, principalmente na interface do sistema PMor|RefC. Ambos
materiais, SFmo e SFco eram totalmente compatíveis. Esses
critérios são definidos na Tabela I, como a compatibilidade do sistema.
Perda de massa por abrasão-erosão relativa do reparo
sistemas de materiais eram compatíveis com sua resistência à
compressão (apresentada na Tabela I), como pode ser visto na Fig. 2
para a Fig. 5.

Figura 3: Perda de massa submarina por abrasão-erosão do RefC|EMor


sistema: (A) EM ou fotografia de amostra após abrasão-erosão; (B)
Emor amostra esquemática 3-D de perda de massa por abrasão-erosão.
Figura 2: Perda de massa subaquática por abrasão-erosão relativa do [Figura 3: Perda de massa por abras„o submersa do sistema
RefC|reparação de sistemas de materiais. RefC|EMor: (A) corpo-de-prova de EMor apÛs o ensaio de abras„o;
[Figura 2: Perda de massa relativa ‡ abras„o submersa dos sistemas (B) esquema tridimensional da perda de massa por abras„o do corpo de-prova de
RefC|materiais de reparo.] EMor.]

Tabela I - Valores médios da resistência à compressão do concreto e da argamassa.


[Tabela I - Valores mÈdios da resistÍncia ‡ compress„o dos concretos e argamassas.]

Materiais Idade Compressivo Compatibilidade do sistema

usado (dias) força (MPa) (RefC|materiais de reparo)

RefC 28 44 óóóó

SFco 28 38 Alto

EMor 28 91 pobre

PMor 28 22 pobre

SFmo 28 44 Alto
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Figura 4: Perda de massa subaquática por abrasão-erosão do sistema RefC|


SFco: (A) Fotografia de amostra de SFco após abrasão-erosão; (B) SFco
amostra esquemática 3-D perda de massa por abrasão-erosão. Figura 5: Perda de massa subaquática por abrasão-erosão dos sistemas RefC|
[Figura 4: Perda de massa por abras„o submersa do sistema RefC|SFco: (A) PMor e RefC|SFmo: (A) PMou fotografia de amostra após erosão por abrasão;
corpo-de-prova de SFco apÛs o ensaio de abras„o ; (B) esquema tridimensional (B) fotografia de amostra SFmo após abrasão-erosão.
da perda de massa por abrasão do corpo de prova de SFco.] [Figura 5: Perda de massa por abras„o submersa dos sistemas RefC|PMor e
RefC|SFmo: (A) corpo-de-prova de PMor apÛs o ensaio de abras„o; (B) corpo-
de-prova de SFmo apÛs o ensaio de abras„o.]

SFco resultou como o melhor material, seguido por EMor. Ambos Isso pode ser considerado uma desvantagem para seu uso em
apresentaram perda de massa por erosão por abrasão superficial de superfícies hidráulicas. A corrosão do metal na massa de concreto é
relativa homogeneidade, e a perda de massa propriamente dita foi seguida por uma expansão anormal do volume e tende a trincar a
menor que a amostra RefC. No sistema RefC|EMor, a perda de massa argamassa ou o concreto em serviço. Um mecanismo de corrosão de
foi mais detectada na região RefC, enquanto no RefC|SFco, a perda superfície contínua facilitará o processo de abrasão-erosão. Uma foto
foi distribuída em toda a superfície da amostra. A diferença entre eles detalhada da superfície do sistema SFco|RefC após a exposição à
é melhor visualizada na Fig. 3 e na Fig. 4. umidade é mostrada na Fig. 6. Todos os materiais de reparo RefC|
O SFmo e PMor apresentaram um efeito visível de erosão por passaram neste teste.
abrasão de borda. O PMor apresentou a pior perda de massa e foi A Fig. 7 mostra as curvas DIL dos materiais de reparo.
necessário estudar novos consumos de água. A composição final Com exceção do EMor, para temperaturas superiores a 40 oC, todos
alcançada foi de 11%. Mesmo neste caso, os resultados da erosão por são totalmente compatíveis com o RefC.
abrasão não foram bons. Ambas as interfaces dos sistemas de O EMor deve ser usado com cuidado em grandes áreas sujeitas a
materiais RefC|Repairing sofreram erosão, conforme ilustrado na Fig. 5. altas variações de temperatura devido ao risco de perda de aderência
Além da boa resistência à abrasão-erosão, o SFco apresentou e descolamento do concreto. Outra desvantagem verificada foi sua
intensa corrosão das fibras metálicas, após teste de umidade. menor viscosidade o que torna sua aplicação em
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Tabela II - Classificação de resistência do RefC|Material de reparo


sistemas após os testes.
[Tabela II - ClassificaÁ„o dos sistemas RefC|materiais de
reparo apÛs os ensaios.]

Materiais Abrasão - Umidade DIL Campo

Sistemas erosão envelhecimento aplicação de teste como

perda de massa lajes de vertedouro

RefC|SFco Alto Pobre alto Alto

RefC|EMor Alto Alto Pobre Pobre

RefC|SFmo Moderado Alto Alto Alto

RefC|PMor Pobre Alto Alto Alto

Figura 6: Corrosão de fibra metálica na superfície do sistema RefC|SFco, após sua resistência entre 30% a 60%, o que é normal para
exposição à umidade. materiais cimentícios. Em outras palavras, o tempo de exposição
[Figura 6: Corrosão da fibra de aÁo na superfÌcie do sistema radiação não era grande o suficiente para causar danos irreversíveis,
RefC|SFco, apÛs exposiÁ„o em ambiente ÿmido.] especialmente nas estruturas orgânicas (materiais poliméricos),
que são mais suscetíveis a esse tipo de deterioração. o
temperatura na câmara (até a ambiente devido à
presença da luz UV) podem contribuir para estes resultados. o
melhor desempenho de resistência durante o processo de envelhecimento foi de
o sistema RefC|EMor, seguido pelo RefC|SFmo e
Sistemas RefC|SFco. O sistema RefC|PMor apresentou menor
atuação.
Entre 800 e 2.000 horas todo o RefC|reparação
sistemas de materiais foram envelhecidos em uma câmara Weather-O-meter
com temperatura controlada, radiação UV e ciclos de umidade.
O sistema RefC|EMor apresentou uma qualidade inferior no
resistência à tração à flexão, em comparação com o sistema RefC|PMor.
Ambos são mais suscetíveis a esse tipo de processo de envelhecimento
devido a sua natureza orgânica e apresentou trincas na interface
RefC|materiais de reparação. Imagens SEM na Fig. 9 mostra
alterações micrográficas durante o teste, incluindo uma

Figura 7: Curvas dilatométricas dos materiais reparadores.


[Figura 7: Análise dilatométrica dos materiais de reparo.]

superfícies horizontais, o caso da maioria das lajes de vertedouro


de barragens de concreto, mais difícil.
A partir desses resultados pode-se classificar o RefC|reparação
materiais como mostrado na Tabela II.
Os ensaios de resistência à tração por tração direta resultaram,
sem exceções, na quebra da camada superior do
CS (cerca de 3 mm da espessura média), e em nenhuma das
foram observadas fraturas dos sistemas trabalhados. A perfomance deles
em ordem decrescente, segue: EMor > SFco > SFmo > PMor.
Os valores médios correspondentes foram 3,0; 2,0; 1,5 e 0,95 MPa,
respectivamente. Portanto, a aderência ou a compatibilidade
entre o RefC e o material de reparo pode ser considerado
Boa.
Figura 8: Resistência à tração à flexão dos materiais RefC|Reparação
Os valores de resistência à tração à flexão de materiais de reparo RefC|
antes e durante o envelhecimento por luz UV e câmara meteorológica
são plotados na Fig. 8. O teste foi realizado colocando o envelhecido testes.
superfície da amostra em uma posição de modo de tensão. Nos primeiros 800 [Figura 8: ResistÍncia ‡ traÁ„o na flex„o dos sistemas RefC|Materiais
horas sob luz UV, todos os materiais de reparação envelhecidos aumentaram de reparo antes e durante os ensaios de envelhecimento por radiação
UV ecâmara de intemperismo.]
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Figura 9: Imagens SEM da resina epóxi: (A) nova amostra; (B) sob 800 h de radiação UV; (C) e (D) após 2000 h de envelhecimento em câmara climatizada.
[Figura 9: Imagens por MEV da argamassa epoxÌdica: (A) sem envelhecimento; (B) após 800 h de radiação UV; (C) e (D) após 2000 h em câmara
de intemperismo.]

Tabela III - Classificação geral de RefC|Sistemas de materiais de reparo para reparos por abrasão-erosão de
estruturas hidráulicas de concreto.
[Tabela III - Classificação geral de desempenho dos sistemas RefC|Materiais de reparo frente aos
diversos ensaios]
Testes RefC|Reparação de sistemas de materiais
*
Emor SFmo SFco Pmor

Resistência à abrasão ÿ ÿ ÿÿ
Adesão por testes de tração direta ÿ ÿ ÿÿ
Testes diretos de tração ÿ ÿ ÿÿ
Força compressiva ÿ ÿ ÿÿ

Resistência à tração à flexão ÿ ÿ ÿÿ


Tempo de cura - alta resistência inicial ÿ ÿ ÿÿ
Resistência UV ÿ ÿ ÿÿ
Módulo de elasticidade tangente ÿ ÿ ÿÿ

Permeabilidade ne ÿ ÿ não

Coeficiente dilatométrico ÿ ÿ ÿÿ
*Atuação: ÿ ALTO; ÿ MODERADO; ÿ BAIXO; ne= Não avaliado
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descolamento entre a pasta de resina epóxi e a areia de quartzo. E. Giammusso. 2™. ediÁ„o, Editora PINI Ltda., S. Paulo (1997).
SFmo e SFco tiveram bom desempenho neste teste devido à sua [3] I. Biczok, ìCorrosiÛn y protecciÛn del hormigÛnî.
constituição à base de cimento Portland. Tradução: EJD Asensi. Urmo SA de Edições, Bilbao (1981).
Considerando todos os resultados obtidos dos sistemas de reparo
estudados e outros desenvolvidos por Kormann, AC [4] ACM Kormann, “Estudo do desempenho de quatro tipos de materiais
M. [4], é possível classificá-los em ordem decrescente de acordo com a para reparo a serem utilizados em superfÌcies erodidas de concreto de
qualidade do desempenho: EMor>SFmo>SFco>PMor, conforme esquema barragens”. Dissertação de Mestrado, UFPR, PPGCC (2002).
visto na Tabela III.
Neste trabalho, foi analisado o desempenho de quatro sistemas de [5] ACM Kormann, KF Portella, JRG Nogueira, PN
materiais reparadores aplicados em concreto utilizando Portland modificado Pereira, RP Santos, “Estudo comparativo das propriedades mecânicas e
com pozolana em uma taxa de consumo de 425 kg/m3 . Dentre os desempenho, sob envelhecimento acelerado, de quatro sistemas de reparo
materiais estudados, e considerando as propriedades analisadas, conclui- para estruturas hidráulicas de barragens de concreto”, ACI 5th International
se que a seqüência de atuação é a seguinte: EMor - SFmo > SFco > PMor. Conference – Cancun, México (2002).
[6] RCA de P. Leite, AR Abbud, “ConsideraÁÿes sobre o método
No entanto, é necessário destacar o seguinte: • o EM ou na construtivo e durabilidade da estrutura em concreto do vertedouro da UHE
mistura recomendada pelo fabricante, apesar do bom desempenho Capivara, da CESPî, Anais da 38a Reibrac, Ibracon. Ribeirão Preto, SP,
sob abrasão, apresentou algumas dificuldades durante a aplicação devido 1996, vol. 1, pág. 507-514.
às suas propriedades autonivelantes. Portanto, não é recomendado para [7] EF Carneiro, JRA Andrade, W. Almeida Júnior, ìAvalia o desempenho
superfícies inclinadas. Para minimizar este problema, foi necessário dos reparos executados na soleira do vertedouro da UHE de Porto
aumentar a quantidade de areia de quartzo. A maior vantagem deste Primaveraî, Anais da 38a Reibrac, Ibracon. Ribeirão Preto, SP, 1996, vol.
material é sua alta resistência inicial, desejável para um reparo emergencial; 1, pág. 393-395.
• o SFco apresentou alta taxa de corrosão nas fibras metálicas da [8] AAB Galletti, N. Caproni Júnior, P. Coreixas Júnior, WP de Andrade,
superfície exposta quando submetida ao envelhecimento na exposição à ìManutenÁ„oe recuperação de usinas hidroelétricas. A política de
umidade. Este fato representa uma desvantagem e contribuirá para Furnas Centrais Elétricas SAì, Anais da 38a Reibrac, Ibracon. Ribeirão
acelerar os efeitos da abrasão; Preto, SP, 1996 vol. 1, pág. 321-328 [9] JE McDonald, TC Liu, “Reparação
de superfícies de.concreto sujeitas a danos por erosão por abrasão”,
Convenção Anual da AIC, Milwaukee, Wisconsin (1979).
• o SFmo mostrou-se um excelente material reparador, apresentando
desempenho mecânico compatível com o RefC e também sendo de fácil
manuseio e aplicação. A única restrição é que é necessário um período [10] N. Ghafoori, H. Diawara, “Resistência à abrasão de agregados finos
maior para seu completo endurecimento; • Diante do PMou desempenho substituídos por concreto de sílica ativa”, ACI Mater. J. 96, 5 (1999)
insatisfatório e considerando os 18% de água adicionada, mais estudos 555-567.
são necessários para tentar diminuir o teor de água de 11% para 8%. [11] G. Cabrera, A. s. Al-Hasan, 'Propriedades de desempenho de
materiais de reparo de concreto', Constr. Construir. Mater. 11, 5-6 (1997)
283-290.
[12] H. Abdel-Fattah, MM El-Hawary, 'Comportamento flexural do concreto
polimérico', Constr. Construir. Mater. 13, 5 (1999) 253-262.
RECONHECIMENTOS
[13] ASTM. Método de teste padrão para "Resistência à compressão de
Os autores gostariam de agradecer à DUKE ENERGY amostras de concreto cilíndricas", ASTM C39/C39M (1999) 5.
INTERNATIONAL, GERA«ÃO PARANAPANEMA, LACTEC e ANEEL pela
cooperação e infraestrutura para a realização deste trabalho. [14] ASTM. Método de teste padrão para “resistência à abrasão do
concreto (método subaquático)”, ASTM C 1138 (1997) 4.
[15] ASTM. Método de teste padrão para "Resistência à flexão do concreto
REFERÊNCIAS (usando viga simples com carregamento de terceiro ponto)", ASTM C78
(1994) 3.
[1] International Concrete Repair Institute, 1999 – Manual de Reparação [16] ASTM. Método de teste padrão para "Módulo de elasticidade estático
de Concreto, ACI International (1999). e razão de Poisson do concreto em compressão", ASTM C39/C39M (1999)
[2] AM Neville, Propriedades do concreto. Traduções. 5.
(Rec. 27/09/02, Ac. 31/01/03)

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