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Decálogo

Disciplina: CIC (Catecismo da Igreja Católica)


Docente: Pe. Anderson Alvelino SDB
Dicente: Liam Carlos Martins
Data: 05/11/2021
“Qual é o maior mandamento da lei?” (Mt 22, 36). Quando perguntado, Jesus
responde: “Amarás o Senhor, teu Deus, com todo o teu coração, com toda a tua alma e com
todo o teu entendimento!’ Esse é o maior e o primeiro mandamento. O segundo, porém, lhe é
semelhante: ‘Amarás teu próximo como a ti mesmo’. A lei e os profetas dependem desses
dois mandamentos” (Mt 22, 37 – 40). O Decálogo – Os dez mandamentos – deve ser
interpretado à luz desse mandamento que é duplo ou único, que é mandamento de caridade,
plenitude.
“De fato, os mandamentos: ‘Não cometerás adultério’, ‘Não cometerás
homicídio’, ‘Não roubarás’, ‘Não cobiçarás’, e qualquer outro mandamento, se resumem
neste: ‘Amarás o teu próximo como a ti mesmo’. O amor não faz mal contra o próximo.
Portanto, o amor é o cumprimento perfeito da lei” (CIC, 2000, p.542)
Deus revelou o Decálogo ao seu povo, no monte sagrado. Foram elas, escritas, com seu
próprio dedo, diferente de outros preceitos, que foram escrito por Moisés. São, de modo
eminente, palavras de Deus; que foram transmitidas no livro do Êxodo e no do Deuteronômio.
Desde o Antigo testamento os livros sagrados se referem às “dez palavras”; Porém, é apenas
na Nova Aliança em Jesus Cristo, que nos será revelado seu sentido pleno.
O Decálogo, deve ser entendido no contexto do Êxodo. Os dez mandamentos indicam
condições de uma vida liberta da escravidão do pecado, eles são um caminho de vida.
As “dez palavras” resumem toda a lei de Deus. “Essas foram as palavras que o Senhor
dirigiu a toda a vossa comunidade sobre a montanha, do meio do fogo, da nuvem e das trevas,
com voz forte. Sem acrescentar mais nada, ele as entregou as escreveu em duas tábuas de
pedra e as entregou a mim” (Dt 5, 22). Essas tábuas são chamadas de o documento da nova
aliança, pois elas contém as cláusulas da Aliança entre Deus e seu povo. O povo recebe o
Decálogo no contexto de uma Teofania. “O Senhor vos falou face a face na montanha, do meio
do fogo” (Dt 5,4). Ele pertence a revelação de si mesmo e de sua glória que Deus fez a seu povo.
Ao permitir que conheçam sua vontade, Deus permite que seu povo o conheça. As “dez
palavras” se iniciam com a recordação da iniciativa do amor de Deus. “Tendo o homem, por
castigo do pecado, decaído do paraíso da liberdade para a escravidão deste mundo, as
primeiras palavras do Decálogo, voz primeira dos divinos mandamentos, aludem à liberdade,
dizendo: “Eu sou o Senhor teu Deus, que te tirou do Egito, da casa da escravidão” (Ex 20, 2; Dt
5, 6). Os mandamentos, propriamente ditos, vem em seguida; eles trazem as implicações da
pertença a Deus, que vem com a Aliança. São um sinal de moral, resposta ao amor de Deus,
homenagem e culto de ação de graças a Deus; são também cooperação com o plano que Deus
executa na história. Todas as obrigações são, de fato, um diálogo entre Deus e o ser humano,
isso se confirma quando são dirigidas na primeira pessoa (Eu sou o senhor...) para outro sujeito
(“tu…”). Deus faz uso de pronomes pessoais, sempre no singular, isso simboliza que ele se dá a
conhecer no nosso particular e em síncrono para o povo inteiro.
O Decálogo é indiviso. Cada lei se completa com a próxima e com a anterior; formam
uma unidade recíproca entre si. Ferir um mandamento, implica ferir os outros. Não se pode
amar a Deus, sem amar ao próximo que é sua imagem e semelhança. O Decálogo consubstancia
a vida teologal e a vida social do ser humano.
Os dez mandamentos nos trazem deveres que são fundamentais para com Deus e para
com o outro, por isso, em seu conteúdo primordial, nos revelam obrigações graves. Eles são
imutáveis e valem para sempre e em todo lugar; ninguém pode se desfazer deles, eles estão
gravados para sempre no mais íntimo do ser humano. Obedecer os mandamentos implica
obrigações, que em sua matéria, são leves. Verbi gratia, o que torna as culpas –
comportamentos contrários às obrigações – graves são as circunstâncias ou as intenções de
quem as proferiu.
“Este é o meu mandamento: Amai-vos uns aos outros, assim como eu vos amei” (Jo 15,
12). Quando cremos em Cristo, em corolário, comungamos de seus mistérios e guardamos seus
mandamentos, o próprio Salvador vem nos amar. Sua pessoa se torna nossa regra viva e interior
de nosso agir.
O Decálogo para a Igreja e para nossa vida cristã é uma indicação de caminho de
salvação e vida eterna, quando o Cristo vem nos redimir, ele resumo os dez em dois, sem tirar
nada da antiga aliança, pois o Decálogo é imutável; não obstante, nosso Senhor nos traz uma
nova interpretação a essa lei, que a torna mais completa e consubstancia mais a nossa vida
Teologal e Social. Ao nos apresentar sua lei, Deus se dá a conhecer de modo particular e
coletivo, simultaneamente. O seguimento aos mandamentos não é peso, é uma forma de
bendizer nosso Deus e criador, que tanto nos ama.
Bibliografia

VATICANO. Catecismo da Igreja Católica. São Paulo: Edições Loyola, 2000.

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