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A Autoridade do Servo

5 de Fevereiro de 2023

TEXTO ÁUREO
“E sentiram um grande temor e diziam uns aos outros: Mas quem este que até o
vento e o mar lhe obedecem?” Marcos 4.41

VERDADE APLICADA
A revelação acerca da autoridade de Jesus Cristo registrada nos Evangelhos deve
produzir em nós confiança a impulsionar-nos no cumprimento da missão evangelizadora

OBJETIVOS DA LIÇÃO
Evidenciar as manifestações da autoridade do Servo.
Expor a autoridade demonstrada pelo Servo
Apresentar a abrangência da autoridade do Servo.

TEXTOS DE REFERÊNCIA
MARCOS 4

35- E, naquele dia, sendo tarde, disse-lhes: Passemos para a outra banda.
36- E eles, deixando a multidão, o levaram consigo, assim como estava, no barco; havia
também com ele outros barquinhos.
37- E levantou-se grande temporal de vento, e subiam as ondas por cima do barco, de
maneira que se enchia.
38- E ele estava na popa dormindo sobre uma almofada; e despertaram-no, dizendo-lhe:
Mestre, não se te dá que pereçamos?
39- E ele, despertando, repreendeu o vento, e disse ao mar: Cala-te, aquieta-te. E o
vento se aquietou, e houve grande bonança.
40- E disse-lhes: Por que sois tão tímidos? Ainda não tens fé?

LEITURA COMPLEMENTARES
SEGUNDA Mt 9.6 O Servo tem autoridade para perdoar pecados.
TERÇA Mt 28.18 Nenhuma autoridade está acima do Servo.
QUARTA Mc 1.34 O Servo tem autoridade para curar enfermidades
QUINTA Lc 4.36 O Servo tem toda a autoridade.
SEXTA Lc 10.19 O Servo e a fonte de autoridade.
SÁBADO Jo 17.2 A autoridade do Servo é inquestionável.

HINOS SUGERIDOS 154, 282, 491

MOTIVO DE ORAÇÃO
Ore para que possamos exercer a autoridade que vem do alto.

INTRODUÇÃO
Vamos prosseguir no estudo acerca de Jesus Cristo, a partir do evangelho de Marcos,
focando um aspecto que faz a diferença: a autoridade de Jesus. Veremos seu
significado, sua demonstração a seus efeitos na vida dos discípulos do Senhor.
PONTO DE PARTIDA – Jesus tem autoridade sobre tudo e todos.

I- AUTORIDADE SOBRE A NATUREZA


Podemos aprender com Jesus que a autoridade é o direito e o poder de dar ordem e se
fazer obedecer. Em geral, esta alusão se faz às pessoas que administram ou que
desempenham alguma liderança. Neste sentido, a presente lição objetiva demonstrar que
Jesus Cristo possuía autoridade não apenas diante dos demônios como também sobre a
natureza a as enfermidades: “É me dado todo o poder no céu e na terra” [Mt 28.18].

1.1. Autoridade sobre a tempestade.


Esse milagre constrói uma abordagem motivadora revelando-nos de forma admirável a
divindade de Jesus. Podemos ver que, ao demonstrar Sua autoridade sobre a tempestade,
Jesus se revelou como o verdadeiro Filho de Deus, cujo poder se estende sobre todas as
coisas.
Nesta passagem – Marcos 4.35-41 – repousa a certeza de que exclusivamente Aquele,
através do qual todo o Universo foi criado, é capaz de ter o total controle sobre as leis
da natureza. Lemos no evangelho de Marcos que, ao ser acordado pelos discípulos,
Jesus se ergueu e repreendeu o vento e ordenou que o mar se aquietasse [Mc 4.39].
Assim, notamos perceptivelmente no texto que sob a autoridade de Jesus na mesma hora
o vento cessou, a tempestade acalmou e as águas do mar ficaram absolutamente
tranquilas.

Professor(a): Dewey M. Mulholland (Marcos: introdução e comentário, Vida Nova,


1999, p. 91) escreve sobre Marcos 4.41: “Num misto de maravilha e assombro, os
discípulos perguntam-se: “Quem é este que até o vento e o mar lhe obedecem?” Seu
medo e a falta de fé vem à tona por um único motivo: eles não sabem quem é Jesus. (…)
Deus interviera em suas vidas; Ele os salvará. E, de um modo peculiar, tudo estava
relacionado a Jesus. Jesus fez aquilo que somente Deus pode fazer. Marcos pretende
que este e outros milagres na natureza sejam entendidos, primeiramente, como a
substanciação da autoridade divina de Jesus”

1.2. Autoridade sobre o vento.


Após ter compaixão da multidão [Mc 6.34] e alimentar quase cinco mil homens [Mc
6.44], Marcos registra que Jesus pediu que seus discípulos subissem no barco e fossem
para o outro lado enquanto Ele despedia a multidão [Mc 6.45]. Após despedir-se da
multidão, Jesus foi a um monte para orar. Quando sobreveio a tarde, o barco estava no
meio do lago, e Jesus estava em terra, sozinho.
E vendo que os discípulos estavam remando com dificuldade porque o vento soprava
contrário, Jesus foi até lá, andando em cima da água, e ia passar adiante deles. Ao
avistarem Jesus andando em cima da água, os discípulos pensaram que ele era um
fantasma e começaram a gritar. Entretanto, logo Jesus falou com eles, dizendo: “Tende
bom ânimo; sou eu; não temais” [Mc 6.50]. Marcos relata que Jesus uma vez mais
demonstra Sua autoridade sobre a natureza, pois, ao subir no barco com eles, o vento se
acalmou.

Professor(a): Comentário Moody: “Tempestade de vento não era coisa incomum na


Galileia. O lago fica a 224m abaixo do nível do mar e está cercado de colinas. Quando o
ar nas elevações resfria ao fim do dia, ele desce pelos declives das montanhas até o lago
e o agita violentamente. As ondas revoltas batiam no barco aberto. De modo que estava
em perigo de afundar. A tempestade devia ser fora do comum para amedrontar
pescadores experimentados que conheciam todos os aspectos do lago. Jesus tinha
autoridade sobre as forças da natureza. Se a tempestade passasse naturalmente, a
calmaria não teria seguido instantaneamente”

1.3. Autoridade sobre as árvores. 


No evangelho de Marcos, dentre os seus muitos escritos, encontra-se o momento em
que Jesus amaldiçoou uma figueira [Mc 11.12-26]. O que devemos nos atentar é que
Jesus usa a figueira para demonstrar Sua autoridade sobre a natureza. Marcos expõe que
o Servo após Sua entrada triunfal em Jerusalém teve fome e, ao enxergar de certa
distância uma figueira coberta de folhagens, Ele aproxima-se desta figueira para ver se
encontraria algum figo e se alimentar, entretanto encontra somente folhas.
Nesta hora recorrendo à Sua autoridade Jesus diz para a figueira que nunca mais
comeriam fruto daquela árvore. Conforme acentua Marcos em seu evangelho, no dia
seguinte, de manhã cedo, Jesus e os discípulos passaram perto da figueira e viram que
ela estava seca desde a raiz [Mc 11.20].

Professor(a): Bispo Samuel Ferreira: “Qualquer pessoa que olhasse para Jesus de


Nazaré o veria como um homem comum, porém havia algo de especial nEle que lhe
conferia autoridade. Esta autoridade estava a serviço de Deus e das pessoas. Era através
dessa autoridade que o Senhor Jesus fazia coisas extraordinárias:’

EU ENSINEI QUE
O evangelho de Marcos nos faz ver que, enquanto Jesus viveu na terra, Ele mostrou a
Sua autoridade sobre a natureza de muitas maneiras em várias ocasiões.

2- AUTORIDADE SOBRE OS DEMÔNIOS


Não há nada mais prazeroso do que a observação leve e aguçada de Marcos em querer
nos mostrar que Jesus tem toda a autoridade sobre os demônios. O que devemos nos
atentar é que Jesus escolheu doze discípulos e os designou com a mesma autoridade
para pregar e expulsar os demônios [Mc 3.14-15].

2.1. Uma autoridade reconhecida até pelos demônios.


Percebe-se pelas páginas do evangelho de Marcos que Jesus demonstra possuir
autoridade total sobre os demônios. Marcos narra que Jesus, ao chegar à província dos
gadarenos, lhe saiu ao encontro, dos sepulcros, um homem com espírito imundo, que
nem com cadeias o podia prender [Mc 5.2-5]. O homem possuído pelos demônios viu
Jesus ao longe e correndo adorou-o [Mc 5.6].
Nesta hora reconhecendo a autoridade do Filho de Deus, os demônios rogaram-lhe para
que os não enviasse para fora daquela província [Mc 5.10]. Marcos nesta hora relata que
andava ali pastando no monte uma grande manada de porcos. E todos aqueles demônios
lhe rogaram, dizendo: Manda-nos para aqueles porcos, para que entremos neles. E Jesus
logo lhe permitiu [Mc 5.11-13].

Professor(a): Bispo Samuel Ferreira: “Somente Jesus Cristo tem “todo o poder”


(“eksousia”). Nenhuma autoridade está acima dEle. Contudo, para desfrutar da ação
redentora proveniente desta autoridade é preciso crer e submeter-se ao senhorio de
Cristo. O exercício da autoridade de Jesus era limitado pela incredulidade da sua
audiência. Nem todas as pessoas reconheciam e, portanto, não experimentaram a
autoridade de Jesus. Vede os habitantes de Nazaré [Mt 13.54-58]. Infelizmente, ainda
hoje, nem todos reconhecem a autoridade de Jesus.”

2.2. Uma autoridade inquestionável.


Uma vez mais Jesus demonstra Sua autoridade ao libertar um jovem lunático das garras
dos demônios [Mc 9.17-27]. É bom que se diga que o incidente da cura do jovem
lunático ocorreu após Jesus e os discípulos desceram do monte onde ocorreu a
transfiguração.
Refugiando-se na narrativa do texto do evangelho de Marcos, podemos dizer que o
espírito maligno que tomava conta daquele jovem atuava de duas maneiras distintas
para que aquele jovem não recebesse a sua cura: a primeira ação dos demônios foi
deixá-lo mudo, pois desse modo ele não tinha como rogar por aquela cura.
E a outra maneira de atuação de Satanás foi deixá-lo surdo [Mc 9.25], pois assim o
jovem não poderia ser alcançado pela Palavra, que liberta o homem das garras do diabo.
Contudo, vemos que o pai do jovem o leva até Jesus, que, usando Sua autoridade,
liberta aquele jovem dos demônios que o assolavam.

Professor(a): O que precisamos ter em mente é que ainda hoje os demônios atuam de
igual modo, fazendo com que as pessoas fiquem adoentadas como mudas e surdas para
ele poder dominar as suas vidas.

2.3. Jesus concede o poder de expulsar os demônios.


É notório nas páginas do Novo Testamento que o Senhor Jesus não somente tem poder
sobre os demônios, como também concede aos Seus discípulos o poder para expulsar os
demônios [Mc 3.15; 16.17]. Pois Nosso Senhor bem sabe que ainda há atividade
demoníaca no mundo e pessoas que precisam ser libertas de espíritos maus.
Contudo, é importante destacar que a autoridade colocada à disposição dos discípulos
de Cristo nunca se torna posse deles; permanece sempre autoridade delegada. Ser
escolhido por Deus nunca será motivo de vangloriar-se ou reivindicar privilégios; um
chamado para o serviço [Mc 9.35]” (Dewey M. Mulholland – Marcos: introdução e
comentário, Vida Nova, 1999, p. 70).

Professor(a): Bíblia de Estudo Pentecostal, p. 1467, sobre “O CRENTE E OS


DEMONIOS”: “Jesus prometeu aos genuínos crentes autoridade sobre o poder de
Satanás e das suas hostes. Ao nos depararmos com eles, devemos aniquilar o poder que
querem exercer sobre nós e sobre outras pessoas, confrontando- -os sem trégua pelo
poder do Espírito Santo (ver Lucas 4.14-19).” Vide: Atos 5.16; 16.18.

EU ENSINEI QUE
Ao mostrar o Seu poder sobre os demônios, Jesus evidenciou Sua autoridade sobre as
forças naturais sobrenaturais, legitimando Sua natureza divina a identidade messiânica.

3- AUTORIDADE SOBRE AS ENFERMIDADES


Contemplamos no evangelho de Marcos Jesus enviando Seus discípulos para apregoar o
Evangelho e anunciar o Reino de Deus. Se bem observado, ao mesmo tempo em que o
Senhor os envia, também lhes concede a autoridade para pôr as mãos sobre os enfermos
e os curar [Mc 16.18].

3.1. Autoridade sobre todas as doenças.


O evangelho de Marcos é essencial para a abrangência do estudo sobre a autoridade de
Jesus. Conforme observado nas Santas Escrituras, durante o Seu ministério terreno
Jesus curou muitos doentes, exceto em Nazaré onde curou alguns poucos enfermos pela
incredulidade do povo [Mc 6.5].
É significativo notar que todos os quatro evangelistas destacam esta autoridade de Jesus
sobre as enfermidades. A partir do que se pode ler no evangelho de Marcos, Jesus curou
toda sorte de doenças e enfermidades [Mc 1.34]. Podemos ver neste evangelho que Ele
mostrou Sua autoridade de cura desde uma simples febre [Mc 1.29-31], a uma
ressurreição, como no caso da filha de Jairo [Mc 5.35-43].

Professor(a): Bispo Samuel Ferreira: “Os espíritos imundos atuam com diferentes


especialidades. Os demônios fazem parte de hostes infernais especializados em todo
tipo de maldade. Lucas, o médico amado, não explora profundamente o assunto, mas
aponta os demônios como agente da tentação, causadores de discórdias e de
enfermidades [Lc 11.14-26;13.10-16] “

3.2. O legado da autoridade de Jesus sobre as enfermidades.


Temos visto que a ação de curar está presente desde o início do ministério de Jesus.
Vemos em Marcos 1.21-39, um verdadeiro resumo do ministério de Jesus: ensino, cura,
pregação e expulsão de demônios. Na sinagoga em Nazaré, Jesus lê a profecia de Isaías
a diz que se cumpriu nEle: ungido e enviado para evangelizar e curar [Lc 4.17-21].
E assim foi no início da Igreja nos registros em Atos 3, que descreve a cura de um coxo
e a pregação de Pedro, atestando que o Senhor continua curando. O Senhor Jesus é o
mesmo — Hebreus 13.8. Assim, continua Sua obra na Igreja e por meio dela, incluindo
a cura.

Professor(a): Vernon Purdy (Teologia Sistemática: uma perspectiva pentecostal, 1997,


p. 501-533) escreveu sobre A Cura Divina: “Há pelo menos quatro razões para crermos
que Deus continua curando hoje em dia:
1) A cura divina encontra-se na Bíblia;
2) Está incluída na obra expiatória de Cristo;
3) O Evangelho inteiro a para a pessoa inteira;
4) Crença de que a salvação deve ser entendida, em última análise, como a restauração
do mundo caído:’

3.3. Autoridade para levar esperança a muitos.


Marcos registra uma série de milagres realizados por Jesus. Este evangelho possui
extraordinários milagres narrados como exemplos do poder de Jesus Cristo. Myer
Pearlman (Mateus – O Evangelho do Grande Rei, 1995, p. 51): “Ao curar, Jesus
realmente sentia o fardo dos doentes. Assim, preencheu a lei da verdadeira ajuda: o
colocar-se sob o fardo de quem se quer ajudar [G1 6.2]. Saiu dEle poder quando uma
mulher tocou nas suas vestes, procurando cura [Mc 5.30]; suspirou quando orou por um
surdo e mudo [Mc 7.34]; emocionou-se junto ao tumulo de Lazaro [Jo 11.35, 38]:’

Professor(a): O nome de Jesus é o nome que está acima de todos os nomes! Não há
dúvidas de que a maior prova que Jesus está acima de qualquer enfermidade está na
autoridade do Seu nome: “Enquanto estendes a mão para curar e para que se façam
sinais e prodígios pelo nome do teu santo Filho Jesus.” [At 4.30]. Através do nome de
Jesus os demônios são expulsos, as pessoas são curadas e vidas são transformadas. Tudo
isso na autoridade do nome de Jesus.
EU ENSINEI QUE
A partir de uma série de milagres realizada por Jesus, foi manifesto que Ele era a
perfeição da divindade, tendo autoridade sabre qualquer enfermidade.

CONCLUSÃO
Tendo estudado sobre a verdade de que Nosso Senhor Jesus possui toda a autoridade,
demonstrada por Ele ao lidar com a natureza, os demônios a as enfermidades, devemos
procurar estar cada vez mais firmes em Cristo e, no poder do Espírito Santo, nos
empenharmos no anúncio do Evangelho completo para a pessoa inteira (espiritual,
emocional e física).

Fonte: Editora Betel

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