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5.1.1. PERDAS POR ATRITO DEVIDO MUDANÇAS DE CURVATURA ..................... 35
5.1.2. PERDAS POR ATRITO DEVIDO CURVATURAS NÃO PREVISTAS – PERDAS
PARASITÁRIAS ............................................................................................................... 37
5.1.3. ALONGAMENTO DO CABO .............................................................................. 38
5.1.4. APLICAÇÃO NO EXEMPLO PRÁTICO ............................................................. 40
5.2. PERDAS POR ACOMODAÇÃO DAS ANCORAGENS ............................................. 42
5.3. PERDAS POR ENCURTAMENTO IMEDIATO DO CONCRETO ............................... 55
5.3.1. APLICAÇÃO NO EXEMPLO .............................................................................. 57
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Lista de Símbolos
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1. PREMISSAS INICIAIS
O exemplo a ser desenvolvido fará uso das mesmas premissas que foram apresentadas no
enunciado do Trabalho prático proposto, ou seja, dimensionamento da longarina central (viga
pré-moldada) de superestrutura isostática. O vão de cálculo do exemplo terá 40m e a
geometria da viga é apresentado na Figura 1 e na Figura 2
A determinação das propriedades geométricas da viga deve considerar todas as variações
constantes na viga, inclusive aquelas oriundas da incorporação da laje do tabuleiro. Desta
forma, para facilitar o processo de solução do problema é aconselhável que as propriedades
geométricas sejam organizadas de forma semelhante ao apresentado na Tabela 1.
Tabela 1 – Propriedades geométricas das seções de estudo
Fase Seção A (m²) yi(m) ys(m) y's(m) Ix(m4) Wi (m³) Ws (m³) Ws' (m³)
A-A 1,420 -1,170 1,030 - 0,630 -0,538 0,612 -
1
B-B 0,820 -1,160 1,040 - 0,490 -0,422 0,471 -
A-A 1,780 -1,400 0,800 1,000 1,010 -0,721 1,263 1,010
2
B-B 1,180 -1,520 0,680 0,880 0,820 -0,539 1,206 0,932
A B
A B
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B-B A-A
(a) (b)
Figura 3 – indicação da convenção que indica as distâncias das fibras extremas e o centro de
gravidade – a) Primeira fase de Construção; b) Segunda Fase de Construção.
A primeira ação para solução do problema proposto é determinar de forma consistente o
processo construtivo da estrutura. Tais definições são de suma importância tendo em vista que,
os campos de deformações e tensões deste tipo de estrutura são dependentes do processo
construtivo.
No desenvolver do presente exemplo, o dimensionamento da longarina levará em
consideração no mínimo três etapas de construção, a saber:
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1º Etapa de Construção: Concretagem da viga e retirada das fôrmas aos 14 dias após o
término da concretagem das vigas;
2º Etapa de Construção: Posicionamento das longarinas, lajotas pré-moldadas e
concretagem da laje do tabuleiro aos 21 dias após o término da concretagem das vigas;
3º Etapa de Construção: Acabamento do tabuleiro aos 49 dias após o término da
concretagem das vigas (28 dias após o término da concretagem da laje do tabuleiro);
Estas etapas não contemplam o plano de protensão, que por sua vez, será definido
posteriormente em item específico. Intuitivamente, é desejável que o plano de protensão
coincida com as fases de construção já definidas, contudo, outros fatores influenciem nesta
definição o que pode acarretar na necessidade de se incluir mais etapas construtivas no
processo.
Tomando com base as etapas construtivas propostas inicialmente, os carregamentos devem
ser divididos em três grupos (consequentemente os esforços solicitantes também serão
agrupados da mesma forma). O primeiro grupo será denominado como carregamentos da
Primeira Fase de Construção, o segundo grupo será definido com carregamentos da
Segunda Fase de Construção e por fim, o terceiro grupo será denominado com
carregamentos da Fase de Operação.
Os carregamentos da Primeira Fase de Construção são aqueles que sua atuação se inicie
antes que a laje do tabuleiro consolide junto à viga. Neste grupo está contido o peso próprio da
viga ( G1V ) e o peso próprio da laje de do tabuleiro ( G1L ). Estes carregamentos são todos
permanentes e sua atuação não se restringe apenas a etapa construtiva, mas sim, perduraram
por toda a vida útil da estrutura. A soma dos carregamentos da Primeira Fase de Construção
será denominada com G1T ( G1V + G1L ).
Os carregamentos pertencentes à Segunda Fase de Construção são aqueles cujo inicio de sua
atuação se dá após a incorporação da laje do tabuleiro a longarina. Neste grupo se encontra o
peso próprio do pavimento da pista, cargas de futuros recapeamentos (exigência normativa),
peso próprio das barreiras e guarda copos (quando houver). Todas as cargas pertencentes à
Segunda Fase de Construção são permanentes e sua atuação perdurará por toda a vida útil da
estrutura. A soma dos carregamentos desta fase será denominada como G2 .
Por fim, os carregamentos da fase de operação são aqueles que somente irão atuar após o
término da construção da estrutura, sendo desta forma, carregamentos variáveis de utilização.
No presente exemplo a única carga que será considerada neste grupo será a carga móvel.
Salienta-se que embora o exemplo aborde o processo construtivo de uma ponte, a filosofia
empregada em sua solução se estende a outros tipos de estruturas (prédios, edifícios
industriais, etc). Desta forma, um claro entendimento dos conceitos apresentados possibilitará
ao estudante expandir a sua aplicação a qualquer tipo de construção.
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1.2. PROPRIEDADES DOS MATERIAIS
No desenvolver do presente trabalho serão utilizados os materiais listados nos sub itens
seguintes.
1.2.1. CONCRETO
f ct ,m 0,3 f ck 3,51MPa
2/3
Onde
10
Para concretos com idade entre 7 a 28 dias, o módulo de elasticidade pode ser
avaliado pelas seguintes expressões:
0,5
f (t ) Para concretos com fck de 20MPa a 50 MPa;
Ecs (t ) c Eci
fc
0,3
f (t ) Para concretos com fck de 50MPa a 90 MPa
Ecs (t ) c Eci
fc
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E 1,2 Para agregados provenientes e jazidas de Basalto e diabásio;
f ck
i 0,8 0,2 1,0
80
No presente exemplo será adotando a hipótese que serão utilizados agregados proveniente de
jazidas de calcário, logo tem-se que
E 0,9
40
i 0,8 0,2 1,0 i 0,90
80
4 – A previsão do tipo de cimento a ser utilizada visa estabelecer critério para estudo da
evolução da resistência do concreto, e consequentemente estudar deformações na fase
construtiva, bem como, estudar perdas de protensão provenientes dos fenômenos de fluência e
retração. Para o estudo da evolução da resistência do concreto utilizou-se as prescrições do
item 12.3.3 (pg. 70) da NBR 6118:2014. Segundo o referido item tem-se:
f ck , j 1 f ck
28
s1
t
1 e
Onde
s = 0,38 para concreto de cimento tipo CPIII e IV;
s= 0,25 para concreto de cimento tipo CPI e II;
s= 0,20 para concreto de cimento tipo CPV-ARI
Para o concreto o cimento previsto tem-se S igual a 0,38. A figura apresenta a evolução do
fator 1 no decorrer da vida útil da estrutura
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Evolução do parâmetro 1 - Item 12.3.3 NBR6118:2014
1,15
0,92
0,69
1
0,46
0,23
0,00
0 7 14 21 28 35 42 49 56 63 70
t (dias)
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1.3. NÍVEL DE PROTENSÃO
Segundo a tabela 13.4 do item 13.4.2 (pg. 80) da NBR6118:2014, para ser ter a protensão
limitada deve-se atender além da segurança a ruptura, as seguintes condições de serviço:
Estado limite de descompressão para a combinação Quase Permanente;
Estado de formação de Fissuras para a combinação Frequente.
Lembrando que as combinações referidas acima são definidas como:
Combinação Quase Permanente de Serviço (Item 5.1.5.1, pg. 12 da NBR8681:2003):
i 1 j 1
i 1 j 2
Além de atender as condições de serviço 13.4 do item 13.4.2 (pg. 80) da NBR6118:2014, o
item 17.2.4.3.2 (pg.124) da NBR6118:2014 estabelece que durante a construção deverá ser
atendido as seguintes condições:
A tensão de compressão máxima da seção de concreto no ato da protensão, obtida
através das ponderações p 1,10 e c 1,0 , não podendo ultrapassar 70% da
resistência característica f ckj prevista para a idade de aplicação da protensão;
Quando nas seções de transversais existirem tensões de tração, deve haver armadura
de tração calculada no estádio II. Para efeito de cálculo, na fase de construção, a força
nesta armadura pode ser considerada igual a resultante das tensões de tração no
concreto no estádio I. Esta força não pode provocar, na armadura correspondente,
acréscimos de tensão superiores a 150MPa no caso de fios ou barras lisas e a 250MPa
em caso em barras nervuradas.
Embora as prescrições apontadas acima permitam que as vigas protendidas experimentem
tensões de tração de até 1,2 vezes maior que resistência à tração média, f ct ,m , na prática é
comum limitar esta tensão a tensão de formação de fissuras.
Para o estado de forção de fissura, o item 17.31, (pg.124) da NBR6118:2014 estabelece que o
estado de formação de fissuras é atingido quanto a tensão de tração no concreto atinge o
seguinte valor
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f ctk ,inf
Onde
f ctk ,inf 0,7 f ct ,m
2. ESFORÇOS SOLICITANTES
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2.2. 2º FASE DE CONSTRUÇÃO
s
i
Figura 5 – Tensões Normais – Convenção para a primeira fase (os sinais das tensões
superiores e inferiores podem inverter)
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's
s
i
Figura 6 – Tensões Normais – Convenção para a segunda fase (os sinais das tensões
superiores e inferiores podem inverter)
A fim de recapitulação, as tensões normais são dadas por:
N M
i
A wi
N M
s
A ws
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3.2. 2º FASE
MG2
x (m)
i (tf/m²) s (tf/m²) 's(tf/m²)
0 0,00 0,00 0,00
5 180,52 -80,76 -104,51
10 309,47 -138,45 -179,17
15 386,84 -173,06 -223,96
20 412,62 -184,60 -238,89
3.3. FASE DE OPERAÇÃO
MCM
x (m)
i (tf/m²) s (tf/m²) 's(tf/m²)
0 0,00 0,00 0,00
5 283,84 -126,98 -164,33
10 486,59 -217,68 -281,71
15 608,23 -272,10 -352,13
20 648,78 -290,24 -375,61
3.4. COMBINAÇÕES DE CONSTRUÇÃO
Combinações de Construção
Construção 1 Construção2 Construção 3
x (m)
i (tf/m²) s (tf/m²) 's (tf/m²) i (tf/m²) s (tf/m²) 's (tf/m²) i (tf/m²) s (tf/m²) 's (tf/m²)
0 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
5 424,64 -380,71 0,00 655,19 -587,41 0,00 835,72 -668,17 -104,51
10 727,96 -652,65 0,00 1123,19 -1007,00 0,00 1432,66 -1145,44 -179,17
15 909,95 -815,82 0,00 1403,98 -1258,74 0,00 1790,82 -1431,80 -223,96
20 970,61 -870,20 0,00 1497,58 -1342,66 0,00 1910,21 -1527,26 -238,89
25 909,95 -815,82 0,00 1403,98 -1258,74 0,00 1790,82 -1431,80 -223,96
30 727,96 -652,65 0,00 1123,19 -1007,00 0,00 1432,66 -1145,44 -179,17
35 424,64 -380,71 0,00 655,19 -587,41 0,00 835,72 -668,17 -104,51
40 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
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-2000 Tensões nas Fases de Construção
-1500
-1000
-500
0 5 10 15 20 25 30 35 40
i(tf/m²)
0
x(m)
500
1000
1500
2000
2500
Cons. 1- F.Inf. Cons. 2- F.Inf. Cons. 3- F.Inf.
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-2000
Tensões para Comb Serv.
-1500
-1000
-500
0 5 10 15 20 25 30 35 40
i(tf/m²)
0
x(m)
500
1000
1500
2000
Comb Freq - CM.Max - F.Sup Comb Rara - CM.Max - F.Inf
2500 Comb Freq - CM.Min - F.Inf Comb Rara - CM.Max - F.Sup
Comb Freq - CM.Min - F.Sup Comb Freq - CM.Max - F.Inf
Comb Freq - CM.Max - F.Sup' Comb Freq - CM.Min - F.Sup'
Comb Rara - CM.Max - F.Sup'
A fim de estimar a força de protensão inicial, realiza-se um estudo na seção crítica buscando
atender as condições descritas no item 1.3.1 (pg.10). Para o exemplo em desenvolvimento,
esta seção se encontra em x=20m (seção que apresentará as maiores solicitações normais).
Salienta-se que em caso de vigas contínuas, faz-se necessário estudar pelo menos duas
seções, sendo uma das seções aquela que apresenta o maior momento de flexão positivo e a
outra como sendo aquela que apresente o maior momento de flexão negativo.
Prosseguindo com o exemplo, a seção crítica possui o estado de tensões normais
apresentadas na Tabela 11 (pg.16).
Tabela 11 – Estado de Tensões normais na seção crítica
Tensões na Seção Crítica
Combinação
i (tf/m²) s (tf/m²) 's (tf/m²)
Construção 1 : 970,61 -870,20 0,00
Construção 2 : 1497,58 -1342,66 0,00
Construção3 : 1910,21 -1527,26 -238,89
Comb Freq - CM.Max : 2234,60 -1672,38 -426,69
Comb Freq - CM.Min : 1910,21 -1527,26 -238,89
Comb. Q. Per. - CM.Max : 2104,84 -1614,33 -351,57
Segundo as propriedades geométricas da seção em estudo (ver item 1, pg.4), a referida seção
possui yi =1,16m (ver convenção na Figura 3, pg. 5 ) antes da consolidação da laje do tabuleiro.
Sabendo-se que devemos respeitar os recobrimentos mínimos preconizados pelo item
18.6.2.3, pg.154, da NBR6118:2014, estima-se inicialmente que a máxima excentricidade
permitida pela seção é de 1,00m. Salienta-se que, depois de confirmado o número de cabos e
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consequentemente os diâmetros das bainhas, a excentricidade adotada deverá ser confirmada
tendo em vista as limitações geométricas da seção.
Para que a estimativa da força de protensão inicial apresente uma boa acurácia, é importante
estimar as perdas de protensão totais (perdas iniciais e deferidas no tempo). Geralmente, as
perdas totais variam de 20 a 30% da força inicial. Desta forma, cabe ao projetista, tomando
como base o tipo de estrutura e a sua experiência, estimar as perdas totais.
No presente exemplo, será considerado que as perdas totais são da ordem de 30%. Salienta-
se que, a estimativa inicial deve ser usada apenas para estimar a força de protensão inicial e
que as perdas totais deverão ser devidamente calculadas, tal como, será apresentado
posteriormente.
Por fim, para estimar a força inicial, o projetista poderá optar em considerar que todos os cabos
serão protendidos antes da incorporação da laje do tabuleiro ou que parte dos cabos sejam
protendidos após a incorporação da laje do tabuleiro. Para deixar claro as diferenças das duas
abordagens, o presente exemplo apresentará os duas formas.
4.1. ESTIMATIVA CONSIDERANDO QUE TODOS OS CABOS SERÃO
PROTENDIDOS NA 1º FASE (ANTES DA INCORPORAÇÃO DA LAJE DO
TABULEIRO):
Adotando a hipótese de que todos os cabos serão protendidos no decorrer da primeira fase
(antes da incorporação da laje do tabuleiro) e fazendo uso das propriedades geométricas
apresentadas no item item 1, pg.4, tem-se que:
e 1,00m
A 0,820m²
wi 0,422m²
Np Mp Np Np e
iP
A wi A wi
1 e
iP N p 3,59 N p
A wi
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N p 540,28tf
De posse dos valores acima e considerando que haverá uma perda de protensão total da
ordem de 30%, tem-se que:
N p 586,82
N p N po (1 0,3) N po tf 838,31tf
0,7 0,7
Considerando-se que na seção crítica os cabos de protensão estejam na horizontal, tem-se
que:
N p0 P0
0,74 19 tf 14,06 tf
0,74 f ptk cm ² cm ²
p,o p , o 14,00 tf
Adotado
0,87 f pyk cm ²
tf tf
0,87 17,1 cm ² 14,02 cm ²
Adotando cordoalhas de 7 fios com diâmetro nominal de 12,7mm (A= 0,987cm² ), tem-se que:
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168tf
14,00 tf n 12,2 n 13
Adotado
n 0,987cm² cm ²
Total
Adotando 12 cordoalhas, percebe-se que P0 são 98% da força de protensão inicialmente
estimada, ou seja, a diferença é desprezível se tomarmos como base que as perdas foram
estimadas a favor da segurança, logo, a adoção de 12 cordoalhas é uma boa estimativa.
Caso considere-se que parte da protensão seja incorporada após a consolidação da laje do
tabuleiro, a estimativa da força de proteção inicial se dará de forma análoga ao que foi
apresentado no item anterior com a pequena diferença no que se refere às propriedades da
viga e excentricidade dos cabos. Neste caso, como não se sabe ao certo quantos cabos serão
protendidos na primeira fase e quantos serão protendidos na segunda fase, ao usar a equação
que estima as tensões devido à protensão podem-se utilizar as propriedades médias e a
excentricidade média. Desta forma, tem-se que:
e
1,00 1,36m 1,18m
2
A
0,820 1,18m² 1,00m
2
0,422 0,539 m³
wi 0,48m³
2
1 e
iP N p 3,45 N p
A wi
Para atendimento do estado de descompressão
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Para atendimento do estado de formação de fissuras
De posse dos valores acima e considerando que haverá uma perda de protensão total da
ordem de 30%, tem-se que:
N p 610
N N (1 0,3) N
p
o
p
o
p tf 871,42tf
0,7 0,7
Adotando o uso de 5 cabos, tem-se que:
871,42tf
P0 174,28tf
5
O item anterior demostrou que o uso de um cabo com 12 cord.12.7mm permite o emprego de
uma carga de 165tf, ou seja, 95% da força estimada neste item. Tendo em vista que as perdas
totais foram estimadas e podem ser inferiores as perdas calculadas a diferença encontrada nas
duas estimativas são desprezíveis e qualquer uma das abordagens apresenta bons resultados.
Salienta-se que a estimativa inicial realizada neste item e no item anterior proporciona ao
projetista apenas uma ordem de grandeza da força de protensão necessária e ajustes
posteriores podem ser necessários.
Por fim, no presente exemplo será adotado 5 cabos com 12 cord.12.7mm cada e força de
protensão inicial de 165
tf
cabo
Após a definição preliminar do número de cabos e cordoalhas por cabo, deverá ser verificado
se a seção possibilita arranjar os cabos de forma que o cabo resultante tenha a excentricidade
arbitrada.
Para arranjar todos os cabos na seção, devem ser respeitados os cobrimentos nominais
mínimos estabelecidos na Tabela 7.2 do item 7.4 (pg.20) da NBR6118:2014 e os
espaçamentos mínimos estabelecidos na tabela 18.1 do item 18.6.2.3 (pg.154) da
NBR6118:2014.
Caso seja necessário fazer agrupamentos de cabos, o item 18.6.2.2 (pg.154) NBR6118:2014
estabelece que cabos de pós-tração alojados em bainhas podem constituir grupos de 2 a 4
cabos em trechos retos, desde que não haja disposição em linha com mais de dois cabos
adjacentes (para arranjos possíveis ver Figura 9). Para o os trechos curvos, o item citado
permite que os cabos sejam dispostos apenas em pares, cujas curvaturas estejam em planos
paralelos de forma a não existir pressão lateral entre eles.
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Figura 9 – Arranjos possíveis para agrupamentos de cabos
No presente exemplo, foi considerado o uso de 5 cabos com 12 cord.12.7mm cada e força de
protensão inicial de 165
tf . Para dispor os cabos na seção, faz-se necessário o consultar
cabo
o catálogo de algum fornecedor de cordoalhas e bainhas para saber o diâmetro da bainha que
comporta o número de cordoalhas adotado em cada cabo. Tomando com exemplo o
fornecedor Protende, para um cabo com 12 cord.12.7mm, a bainha possui diâmetro de 65mm.
Na prática, é comum utilizar o diâmetro subsequente ao especificado pelo fornecedor. Esta
prática se justifica no fato de muitos executores optarem em fazer a enfiação do cabo posterior
ao posicionamento das bainhas na forma. Desta forma, no presente exemplo será adotado o
uso de bainhas com diâmetro de 70mm.
Por se tratar de uma viga com classe de agressividade ambiental II, o cobrimento dos cabos
seria de 3,5cm. Entretanto, na prática é comum que se adote com distância mínima entre a
face da viga a face externa da bainha o maior valor entre o diâmetro externo da bainha e os
cobrimentos apresentados na Tabela 7.2 do item 7.4 (pg.20) da NBR6118:2014. Desta forma, a
distribuição possível para viga em análise é apresentada na Figura 10.
Tabela 12 – Tabela de Cobrimentos nominais.
Adaptado da tabela 7.2 da NBR6118:2014
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Tabela 13 – Espaçamentos Mínimos – Caso de Pós-Tração
Adaptado da tabela 18.1 da NBR6118:2014
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Figura 10 – Disposição de cabos possível – a) demostra a posição de cada cabo; b) Os cabos
estão afastados das bordas das vigas uma distancia igual 1,5a contar do eixo); c) os cabos
estão espaçados entre si de forma a atender as 18.6.2.3 da NBR6118:2014.
Ao arranjar os cabos é aconselhável buscar uma distribuição simétrica a fim de evitar à
introdução de momentos em torno do eixo y e consequentemente, introduzir tensões
indesejáveis a seção.
De posse da configuração possível, determina-se a excentricidade do cabo resultante a fim de
averiguar se a excentricidade máxima estimada está adequada.
A excentricidade do cabo resultante pode ser obtida pela média ponderada da excentricidade
de cada cabo, onde o peso da ponderação é a área do cabo (no presente exemplo todos os
cabos possuem a mesma área), ou seja,
n
e A i i
e i 1
n
A i 1
i
Onde
ei é a excentricidade do cabo i,
Ai é a área do cabo i.
A Tabela 15 apresenta a determinação da excentricidade do cabo resultante para a
configuração apresentada na Figura 10.
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Tabela 15 – Determinação da excentricidade do cabo resultante
Detetrminação do Execentricidade do
cabo Resultantes
Cabo ei (m) Sei A e (m)
1 1,06
2 1,06
3 1,06 5A 1,00
4 0,92
5 0,92
A Tabela 15 demostra que a excentricidade máxima possível com os cabos adotados é a
mesma estimada originalmente
Caso a excentricidade possível fosse inferior a excentricidade estimada, o projetista deve
reavaliar a estimativa de carca
No presente exemplo o dimensionamento continuará adotando o uso adotado 5 cabos
com 12 cord.12.7mm, porém, utilizando as excentricidades reais.
A sequencia executiva proposta no presente exemplo deixa claro que a viga em estudo será
carregada gradualmente a cada fase do processo construtivo e que, após o término da
construção, sobrecargas de utilização também passarão a atuar sobre a viga. Desta forma,
nem sempre é possível aplicar a força de proteção toda de uma só vez. Assim sendo, deve-se
verificar se o emprego de toda a protensão em uma única etapa não levará a viga ao colapso
decorrente do excesso de força de protensão frente aos carregamentos atuantes no ato da
protensão.
Um dos problemas decorrentes da protensão excessiva é o estado de compressão excessiva
do concreto. Desta forma, apresenta-se a seguir a verificação da seção crítica quanto o estado
limite de compressão excessiva.
Verificação quanto o estado Limite de compressão excessiva da fibra inferior
1 e
iP N p 3,59 N p 3,59 5cabos 165t f 2961,75 tf
cabo m²
A wi
f ck ,14 3417 tf
m²
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Logo, para que seja atendido o estado de compressão excessiva, tem-se que.
Caso o estado de compressão excessiva não tenha sido atendido, a protensão não poderia ser
feita em uma única etapa aos 14 dias. Desta forma, o projetista teria que protender o número
inferior de cabos de forma a atender o estado de compressão excessiva.
Verificação quanto o estado Limite de formação de fissuras da fibra superior
1 e
sP N p 0,90 N p 0,90 5cabos 165t f 742,5 tf
A ws cabo m²
Para a determinação das excentricidades limites cada uma das fibras deverá ser estudada em
separado e determinadas às excentricidades limites para que sejam atendidas cada uma das
limitações de tensões impostas pelos estados serviço e construção.
4.5.1.1. ESTUDO DO INTERVALO DE EXCENTRICIDADES PARA CASOS
ÚNICOS DE CARREGAMENTOS E GEOMETRIA CONSTANTE
O estudo das excentricidades limite referente ao estado de tensões da fibra inferior parte do
pressuposto que um determinado estado de serviço é atendido caso a tensão na fibra em
estudo seja menor ou igual a uma tensão limite. A tensão limite depende do estado de serviço
ou construção a qual se deseja atender, por exemplo:
Para o estado limite de descompressão, a tensão limite é zero (ver 1.3.1, pg.10);
Para o estado de formação de fissuras, a tensão limite é i fctk ,inf (ver 1.3.1,
pg.10).
25 de 63
Figura 11 – tensões na primeira fase
Onde
M G1
iG1
wi
M G1
sG1
ws
Np Np e
iP
A wi
Np Np e
sP
A ws
Np é a força normal decorrente da protensão. Salienta-se que a força N depende da
curvatura do cabo, contudo, para o dado estudo em desenvolvimento pode-se
considerar que Np é igual a P;
MG1 é o momento decorrente dos carregamentos atuantes na primeira fase
e é a excentricidade do cabo de protensão resultante
Pelas equações acima, a única incógnita é a excentricidade do cabo de protensão.
Visando simplificar as manipulações matemáticas, é conveniente substituir o momento MG1 por
Uma força da mesma intensidade de Np e situado e com uma excentricidade em tal como
apresentado na Figura 12 (pg.27).
26 de 63
Figura 12 – Equivalência de esforços
Após a substituição proposta, tem-se a equivalência apresentada na Figura 13 (pg. 28).
27 de 63
Figura 13 – Estrutura equivalente
Após a idealização proposta e apresentada acima, a tensão na fibra inferior decorrente da
força protensão e da combinação de momentos externos (MG1) pode ser escrita como:
P P e em P
iPM G1 e em iPM G1 1 e em
P P A A
iPM
G1
A wi A A wi A wi
Como o objetivo da protensão é ocasionar nas fibras inferiores tensões iguais ou menores que
l , para se determinar a excentricidade na qual a tensão iP M G1
atinja l , tem-se:
P
1 e em l
A
A wi
P
Fazendo com que P 0 , tem-se que:
A
28 de 63
e em l e i
A w
P 0 1 l 1 em
wi A P0
wi
O termo define o limite superior do núcleo central de inércia, definido com “kern superior ” e
A
representado por ks . Logo se tem:
wi
e l 1 em k s l 1 em
A P0 P0
O estudo na fibra superior parte dos mesmos pressupostos usados na análise da fibra inferior.
Desta forma tem-se que
P P e em P
iPM G1 e em iPM G1 1 e em
P P A A
sPM
G1
A ws A A ws A ws
Como o objetivo da protensão é ocasionar nas fibras Superiores tensões iguais ou menores
que l , para se determinar a excentricidade na qual a tensão i atinja l , tem-se:
P M G1
P
1 e em l
A
A ws
P
Fazendo com que P 0 ; tem-se que
A
e em l e s
A w
P 0 1 l 1 em
ws A P0
ws
O termo define o limite inferior do núcleo central de inércia, definido com “kern inferior ” e
A
representado por ki. Logo se tem
e k I 1 l em
P0
As equações apresentadas acima são aplicáveis a situações onde não ocorrem mudanças de
geometria durante o processo construtivo da estrutura. Em casos onde há mudanças
significativas da geometria da estrutura, faz-se necessário a generalização do método
conforme será demonstrado no próximo item.
29 de 63
4.5.1.2. ESTUDO DO INTERVALO DE EXCENTRICIDADES PARA CASOS
GENÉRICOS
iserv são tensões na fibra inferior decorrentes das combinações de cargas externas;
sserv são tensões na fibra superior decorrentes das combinações de cargas externas;
l é a tensão limite que as fibras não podem ultrapassar para que seja atendido o
estado de serviço em estudo;
Ao estudar a fibra inferior, a tensão limite é atingida quando se tem
P A e
1 iserv l
A wi
P
Fazendo com que P 0 e 'l l iserv , tem-se que
A
Ae
P 0 1 'l
wi
wi
O termo define o limite superior do núcleo central de inércia, definido com “kern superior ” e
A
representado por ks. Logo se tem:
wi 'l '
e 1 ks l 1
A P0 P0
Ao estudar a fibra Superior, a tensão limite é atingida quando se tem
P A e
1 sserv l
A ws
P
Fazendo com que P 0 e 'l l sserv , tem-se que
A
Ae
P 0 1 'l
ws
30 de 63
ws
O termo define o limite inferior do núcleo central de inércia, definido com “kern infrior” e
A
representado por ki. Logo se tem:
ws ' '
e l 1 ki l 1
A P0 P0
4.5.2. EXEMPLO NUMÉRICO
Momentos de Flexão
x(m) MG1v MG1L MG1T MG2 MCM
5,000 179,38 97,39 276,76 97,39 153,13
Logo, têm-se as seguintes tensões:
Tabela 17 – Tensões na seção se estudo
Tensões
MG1v MG1L MG1T
x(m)
i (tf/m²) s (tf/m²) 's(tf/m²) i (tf/m²) s (tf/m²) 's(tf/m²) i (tf/m²) s (tf/m²) 's(tf/m²)
5,000 424,64 -380,71 0,00 230,55 -206,70 0,00 655,19 -587,41 0,00
MG2 MCM
x(m)
i (tf/m²) s (tf/m²) 's(tf/m²) i (tf/m²) s (tf/m²) 's(tf/m²)
5,000 180,52 -80,76 -104,51 283,84 -126,98 -164,33
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Construção 3: G1V G1L - Aos 21 dias
Evolução do Concreto
Dias fck (tf/m²) fct,inf (tf/m²) l.comp. (tf/m²) f.fiss. (tf/m²)
14,00 3417,45 221,15 1,30 -2392,21 287,50
21,00 3771,63 236,18 1,30 -2640,14 307,03
28,00 4000,00 245,62 1,30 -2800,00 319,30
32 de 63
Tabela 21 – Tensões Limites
Tensões Limites
Combinação de Serviços Fibra Inferior FibraSuperior
1 (tf/m²) 2 (tf/m²) 1 (tf/m²) 2 (tf/m²)
Construção 1 -2392,21 287,50 -2392,21 287,50
Construção 2 -2640,14 307,03 -2640,14 307,03
Construção 3 -2640,14 307,03 -2640,14 307,03
Construção 4 -2800,00 319,30 -2800,00 319,30
Comb Quase Permante - CM.Max -2800,00 0,00 -2800,00 0,00
Comb Quase Permante - CM.Min. -2800,00 0,00 -2800,00 0,00
Comb Freq - CM.Max -2800,00 319,30 -2800,00 319,30
Tensões Limites"
Inferior Superior
Combinações
'l 1(tf/m²) 'l 2(tf/m²) 'l 1(tf/m²) 'l 2(tf/m²)
Construção 1 -2816,85 -137,15 -2011,50 668,21
Construção 2 -3064,79 -117,61 -2259,43 687,75
Construção 3 -3295,34 -348,16 -2052,73 894,45
Construção 4 -3635,72 -516,41 -2131,83 987,48
Comb Quase Permante - CM.Max -3720,87 -920,87 -2093,73 706,27
Comb Quase Permante - CM.Min. -3635,72 -835,72 -2131,83 668,17
Comb Freq - CM.Max -3777,64 -658,33 -2068,33 1050,97
33 de 63
Tabela 23 – Tensões nos limites de Excentricidades
-0,700
y(m)
-1,200
-1,700
-2,200
C1 C2 C3 C4 C5
-0,700 CR
Limite Sup.
y(m)
-1,700
-2,200
34 de 63
5. PERDAS IMEDIATAS
As perdas imediatas são compostas das perdas por atrito, perdas pela acomodação das
ancoragens e encurtamento elástico.
Nos próximos subitens serão apresentadas as formulações matemáticas e considerações de
cada uma das perdas imediatas.
5.1. PERDAS POR ATRITO
35 de 63
Figura 16 – Seguimento de cabo em estudo.
Sabendo-se que há perda por atrito entre as seções S e S’, tem-se que
P'P dP 0 (Eq. 7-1)
Onde
dP é dado pela força de atrito desenvolvida entre a bainha e o cabo.
Da física clássica sabendo-se que a força de atrito é dada pelo produto da força normal a
superfície e o coeficiente de atrito, desta forma têm-se que
dP PN (Eq. 7-2)
A força normal PN é dada pela soma vetorial de P e P’. Sendo d um ângulo muito pequeno, o
valor de PN pode ser tomado como
PN P d (Eq. 7-3)
36 de 63
Logo, tem-se que
dP P d (Eq. 7-4)
dP
d (Eq. 7-5)
P
Integrando a equação 4 dos dois lados tem-se que
dP
l
P
d (Eq. 7-6)
l
logo
ln( P) A (Eq. 7-7)
Fazendo com que
A ln(C ) (Eq. 7-8)
Tem-se
P
ln (Eq. 7-9)
C
Elevando os dois termos da equação 8 pelo neperiano, tem-se
P
ln P
e C
e e P C e (Eq. 7-10)
C
Para =0, tem-se que P=PA, Logo
PB PA e (Eq. 7-14)
37 de 63
Comumente exprime-se por unidade de comprimento do cabo, de forma a se usar uma
constante k dada por
k (Eq. 7-15)
AB
A constante k é conhecida com coeficiente de perdas parasitárias e é expressa em radianos
por unidade de comprimento.
De posse da constante definida pela equação 7-15 a equação geral das perdas por atrito é
dada por:
Onde
Pi+1 é ponto onde se quer conhecer a força de proteção após as perdas por atrito entre
os pontos i e i+1;
Pi é o ponto anterior ao ponto onde se deseja conhecer a força de proteção;
l é a distância entre o ponto i e i+1;
é o ângulo de desvio entre os pontos i e i+1;
é o coeficiente de atrito entre o cabo e a bainha;
k é coeficiente de perdas por metro decorrentes das curvaturas não intencionais,
perdas parasitárias.
O coeficiente deve ser obtido experimentalmente. Geralmente os fabricantes de bainhas e
cabos de protensão fornecem os valores deste coeficiente nos catálogos de seus produtos. Na
falta de valores oriundos de ensaios ou não fornecidos pelo fabricante, o item 9.6.3.3.2.2
(pg.51) da NBR6118:2014 estabelece que devem ser tomados os seguintes valores:
0,50 entre cabos e concreto (sem bainha);
0,30 entre barras ou fios com mossas ou saliências em bainhas metálicas;
0,20 entre fios lisos ou cordoalhas e bainha metálica
0,10 entre fios lisos ou cordoalhas e bainha metálica lubrificada;
0,050 entre cordoalhas e bainha de polipropileno lubrificada;
O item 9.6.3.3.2.2 (pg.51) da NBR6118:2014 estabelece também que na ausência de valores
experimentais, o coeficiente k deve ser tomado com 0,01(1/m).
5.1.3. ALONGAMENTO DO CABO
38 de 63
Durante o processo de protensão o cabo vai se deformando axialmente à medida que o
macaco de protensão vai incrementado esforço no cabo. Esta deformação provoca um
alongamento que vai sendo monitorada pela a equipe que executa a protensão. O
monitoramento do alongamento do cabo serve como um mecanismo de controle de qualidade
que visa averiguar se as hipóteses de dimensionamento adotadas pelo projetista estão em
conformidade com que está sendo observado durante a execução da obra. Assim sendo, após
calcular as perdas por atrito ao longo do cabo, o projetista deve determinar o alongamento
previsto para que o mesmo seja confrontado com os valores observados em campo. Salienta-
se que caso os valores observados no campo apresente desvios superiores aos valores
previstos pelo projetista, o mesmo deverá ser consultado para averiguar as causas do desvio
observado e caso necessário, tomar ações mitigadoras.
A determinação dos alongamentos teóricos pode ser feito partir da lei de Hooke uma vez que o
cabo está no regime linear elástico. Desta forma tem-se que
E (Eq. 7-18)
Onde
é a tensão axial no cabo de protensão;
E é o módulo de elasticidade do cabo de protensão;
é a deformação do cabo de protensão
A equação 7-18 pode ser reescrita com o
Pmédio
E (Eq. 7-18)
Ap l
Onde
Pmédio é a força média no trecho onde ser quer calcular o alongamento;
Ap é a área do cabo de protensão;
l é o comprimento do trecho a qual ser quer calcular o alongamento;
é o alongamento do cabo;
Por fim o alongamento pode ser determinado como
Pmédio
(Eq.7-18)
Ap E
39 de 63
5.1.4. APLICAÇÃO NO EXEMPLO PRÁTICO
Para aplicar calcular as perdas por atrito do exemplo em análise, fez necessário criar uma
tabela com 7 colunas com as seguintes informações em cada coluna:
1º coluna: Coordenadas “X” do cabo em análise. Para tal criou-se um sistema
coordenada consistente onde a origem das abcissa está situada na região das
ancoragens (ou em uma seção próxima suficiente para que as perdas por atrito seja
despresível) e a origem das ordenas está situada no topo da viga;
2º coluna: Coordenadas “y” do cabo em análise;
3º coluna: Ângulo que cabo faz com a Horizontal. Para o primeiro ponto, o ângulo foi
retirado do croqui dos cabos. Para os demais pontos tomou-se o ângulo como sendo
yi1 yi
artg ;
xi1 xi
4º coluna: Diferença entre o ângulo no ponto atual e o ponto anterior;
5º coluna: Comprimento do cabo entre o ponto atual e o ponto anterior, para tal,
tomou-se o comprimento como sendo l x 2 y 2 ;
k l
6º coluna: Perdas por atrito calculado com a equação Pi1 Pi e ;
Abaixo segue a determinação das perdas nos cabos proposto para o exemplo em análise.
Cabo C1
Coord. Coord.
v (rad) (rad) l(m) P(ton.) Al.(mm)
x(m) y(m)
0,000 -0,330 -0,110 0,000 0,000 165,000 -
5,000 -0,870 -0,110 0,000 5,029 163,349 35,749
10,000 -1,420 -0,090 0,020 5,030 161,074 35,329
15,000 -1,870 -0,018 0,072 5,020 157,193 34,590
20,000 -1,960 0,000 0,018 5,001 155,069 33,806
Alongamento total : 139,474
40 de 63
Cabo C2
Coord. Coord.
v (rad) (rad) l(m) N ax (ton.) Al.(mm)
x(m) y(m)
0,000 -0,680 -0,110 0,000 0,000 165,000 -
5,000 -1,220 -0,106 0,004 5,029 163,220 35,735
10,000 -1,750 -0,042 0,064 5,028 159,543 35,133
15,000 -1,960 0,000 0,042 5,004 156,634 34,255
20,000 -1,960 0,000 0,000 5,000 155,075 33,741
Alongamento total : 138,863
Cabo C3
Coord. Coord.
v (rad) (rad) l(m) N ax (ton.) Al.(mm)
x(m) y(m)
0,000 -1,030 -0,110 0,000 0,000 165,000 -
5,000 -1,570 -0,090 0,020 5,029 162,703 35,678
10,000 -2,020 -0,014 0,076 5,020 158,655 34,926
15,000 -2,090 0,000 0,014 5,000 156,637 34,132
20,000 -2,090 0,000 0,000 5,000 155,079 33,742
Alongamento total : 138,478
Cabo C4
Coord. Coord.
v (rad) (rad) l(m) N ax (ton.) Al.(mm)
x(m) y(m)
0,000 -1,380 -0,110 0,000 0,000 165,000 -
5,000 -1,900 -0,038 0,072 5,027 161,028 35,481
10,000 -2,090 0,000 0,038 5,004 158,218 34,582
15,000 -2,090 0,000 0,000 5,000 156,643 34,082
20,000 -2,090 0,000 0,000 0,000 155,085 0,000
Alongamento total : 137,888
41 de 63
Cabo C5
Coord. Coord.
v (rad) (rad) l(m) N ax (ton.) Al.(mm)
x(m) y(m)
0,000 -1,730 -0,110 0,000 0,000 165,000 -
5,000 -2,090 0,000 0,000 5,013 163,354 35,635
10,000 -2,090 0,000 0,000 5,000 161,729 35,188
15,000 -2,090 0,000 0,000 5,000 160,119 34,838
20,000 -2,090 0,000 0,000 5,000 158,526 34,492
Alongamento total : 140,153
Em sistema de aconragens por cunhas ocorre a perda por acomodação das ancoragens, que
por sua vez, reflete a perda de tensão devido o recuo do cabo em função da penetração da
cunha no nicho (acomodação da cunha). Salienta-se que este recuo diminui ao longo do cabo,
pois, ao tentar recuar o atrito existente entre a bainha e o cabo tende a impedir o recuo do
mesmo. Desta forma a Figura 17 ( pag. 42) representa a perda de força de protensão devido a
acomodação das ancoragens. Na referida figura a curva “ab” representa a perda por atrito e a
curva “a’b” representa a perda por acomodação da ancoragem.
Como pode-se observar na Figura 17 ( pag. 42) a área achurada entre a curva que representa
a perda por atrito e a perda por acomodação é simétrica com relação a uma reta que passa
pelo ponto de perda por acomodação igual a zero. Salienta-se que ainda, que a referida área é
igua o produto da acomodação sofrida pela ancoragem , o módulo de elasticidade do cabo de
protensõa e a área do cabo de protensão.
P(tf)
a
Pat(x)
ApEp
Linha de simetria
Pac Pequ.
b
Pac a'
X ac X(m)
42 de 63
Onde:
Xac = Ponto no qual o atrito consegue mobilizar o deslocamento do cabo oriundo da
acomodação da ancoragem;
Pac = Força no cabo após a máxima perda por acomodação;
Pac = Perdas por acomodação;
Pequ. = Força de proteção no ponto Xac (ponto a partir do qual não ocorrem mais
perdas por acomodação);
Pat = Força de proteção após perdas por atrito;
Ap= Área do cabo de protensão;
Ep = Módulo de elasticidade do cabo de prontensão;
= acomodação.
43 de 63
n 1
A' i , onde:
i 1 2
i 1 i
i 1 i
44 de 63
Início
Determinar a acomodação:
Fim do Loop
Loop sobre o número de posições de {} (i=i+1)
não
sim
Determinar o valor de Xac por meio de
interpolação entre os valores {}i+1 e {}
45 de 63
Para ilustrar a aplicação da teoria apresentada, vamos considerar o caso hipotético onde a
força no cabo de protensão após as perdas por atrito e representada na Tabela 24.
Tabela 24 – Força de protensão no cabo C1 após perdas por atrito
Coord.
P(ton.)
x(m)
0,000 165,000
5,000 163,349
10,000 161,074
15,000 157,193
20,000 155,629
O próximo passo e arbitrar a posição onde o atrito entre o cabo e a bainha mobiliza o recuo
oriundo da acomodação. Salienta-se que do ponto de mobilização em diante não há mais
perdas por acomodação e a força cabo é aquela a mesma determinada após o cálculo das
perdas por atrito.
Para o exemplo em desenvolvimento arbitra-se inicialmente que a acomodação será mobiliza
em x= 15m, ou seja, o cabo irá recuar e consequentemente perder carga de protensão
(decorrente da perda por acomodação) até a posição x=15m. Frente a esta proposição inicial,
traçamos um diagrama onde representamos no eixo das abscissas a coordenada x e nas
ordenadas à força no cabo de protensão (ver Figura 21). Como o ponto a 15m há a
mobilização do recuo do cabo, a simetria do diagrama de esforços no cabo de proteção antes e
depois das perdas por acomodação é representada por uma linha horizontal partindo da
coordenada (15m;157,19tf) até a coordenada (0m;157,19tf)
165,00
160,00
P(tf)
155,00
Força após Perdas por Atrito
Eixo Simetria
150,00 x(m)
0,00 5,00 10,00 15,00 20,00
46 de 63
O próximo passo é a determinação das perdas por acomodação. Para tal faz-se uso da
simetria do diagrama, por exemplo, para determinar a força de protensão após a acomodação
das ancoragens em x= 0 procede-se da seguinte forma:
1º - determinasse a diferença entre a força de protensão no ponto em estudo e a força
de protensão no ponto onde se considera a estabilização da acomodação:
Em x 0m P 165tf
Em x 15m P 157,19tf
assim
P 165 157,19 7,81tf
2º Passo – Determina-se a força de protensão após a perda por acomodação.
Fazendo uso da simetria do diagrama, assim tem-se
Os passos apresentados devem ser repetidos para cada valor de x possibilitando montar uma
tabela da seguinte forma
Tabela 25 – Força de protensão após perdas acomodação – Hipótese de que a acomodação
irá se estabilizar em x= 15m.
Coord.
P at. (ton.) P(ton.) P ac. (ton.)
x(m)
0,000 165,00 7,81 149,39
5,000 163,35 6,16 151,04
10,000 161,07 3,88 153,31
15,000 157,19 0,00 157,19
20,000 155,63 - -
A Tabela 25 Possibilita traçar o diagrama apresentado na Figura 22.
O próximo procedimento é determinar qual a acomodação sofrida pelo cabo quando ocorre a
mobilização do cabo em x=15m. Se a acomodação for igual a 6mm o processo está terminado;
caso a acomodação seja inferior a 6mm, deve-se arbitrar um novo ponto de estabilização e
refazer o processo até que se encontre o ponto onde a acomodação seja de 6mm.
Como mencionado anteriormente, a acomodação é dada por
Ad
anc.
E p Ap
Onde Ad é á área entre o diagrama de forças no cabo após as perdas por atrito e o diagrama
de forças no cabo após a acomodação das ancoragens.
47 de 63
165,00
160,00
P(tf)
155,00
Figura 22 – Diagrama representado perdas por atrito e perdas por acomodação das
ancoragens.
Para determinar a área entre os diagramas pode-se fazer uso do teorema de Green tal como
descrito anteriormente. Para tal devem-se seguir os seguintes passos:
1º Passo – determinar as coordenadas dos pontos que forma o polígono que descreve
a região entre os dois diagramas. Salienta-se que os pontos devem ser enumerado no
sentido ante horário. Tomando como primeiro ponto aquele cujas coordenadas sejam
(0m; 166,53tf), as colunas 2 e 3 da
48 de 63
Tabela 26 apresenta as coordenadas dos demais pontos;
2º Passo – Determinar as diferenças entre as coordenadas do ponto em análise e o
próximo ponto (colunas 4 e 5 da
49 de 63
Tabela 26.);
xi
3º Passo – Determinar o termo Ai xi y para cada ponto do polígono
2
(colunas 6 da
50 de 63
Tabela 26).
Depois de feito os 3 passos descritos acima, a acomodação da ancoragem pode ser
determinada pela equação
Ad
anc.
E p Ap
51 de 63
Tabela 26 – Tabela para cálculo da área entre os diagramas
52 de 63
1º Passo – Calcula-se a área entre os diagramas considerando que há a estabilização
no ponto extremo (no presente exemplo seria x=20m);
2º Passo considera-se uma área adicional dada por um retângulo com largura igual ao a
largura do diagrama de Força após atrito e altura incógnita;
3º passo – Determina-se a altura incógnita do retângulo de forma que área da figura
resultante acarrete em uma acomodação igual a 6mm;
Para exemplificar o procedimento descrito, tomamos como exemplo hipotético os valores
apresentados na tabela 25 (os valores desta tabela são um segundo exemplo apenas para
ilustrar o procedimento). Se considerarmos que a acomodação se dará em x= 20m (ponto
critico ) tem-se
Tabela 27 – Força de protensão no cabo hipotético após perdas acomodação – Hipótese de
que a acomodação irá se estabilizar em x= 20m.
150.201tf m
anc. 4
5,57 x103 m 5,57mm 6mm
195x10 13.818x10 m²
5
Para se obter a acomodação de 6mm área entre os diagramas deveria ser dada por
A
6 x103 mm A 161,671tf m
195 x10 13.818 x10 4 m²
5
Sendo a área entre diagramas dado por 150,201tf m, deve ser acrescido a esta área um valor
dado por
53 de 63
A' 61,671tf m 150,201tf 11,47tf m
Como o diagrama possui uma largura de 20m o digrama de perdas por acomodação proposto
11,47tf m
deve ser transladado verticalmente no valor de 0,573tf , o que equivale a somar a
20m
área inicial entre os diagramas, um retângulo com área igual a 11,47tf.m.
Assim, as forças finais no cabo após as perdas por atrito e acomodação das ancoragens são
dadas por
Tabela 29 – Tabela de perdas finais para o cabo C5
Cabo C1
165,00
160,00
P(tf)
155,00
54 de 63
Coord.
P final (ton.)
x(m)
0,000 149,453
5,000 151,104
10,000 153,378
15,000 157,193
20,000 155,069
Cabo C2
156,00
154,00
152,00
150,00 Força após Perdas por Acomodação das
148,00 Ancoragens
146,00 x(m)
0,00 5,00 10,00 15,00 20,00 25,00
Coord.
P final (ton.)
x(m)
0,000 148,165
5,000 149,946
10,000 153,622
15,000 156,531
20,000 155,075
55 de 63
Cabo C3
165,00
160,00
P(tf)
155,00
145,00 x(m)
0,00 2,86 5,72 8,58 11,44 14,30 17,16 20,03 22,89
Coord.
P final (ton.)
x(m)
0,000 147,365
5,000 149,662
10,000 153,709
15,000 155,727
20,000 155,079
Cabo C4
156,00
154,00
152,00
150,00 Força após Perdas por Atrito
148,00
146,00 x(m)
0,00 3,47 6,94 10,41 13,88 17,35
56 de 63
Coord.
P final (ton.)
x(m)
0,000 146,161
5,000 150,133
10,000 152,943
15,000 154,517
20,000 155,085
Cabo C5
158,00
156,00
154,00 Força após Perdas por Atrito
152,00
150,00 x(m)
0,00 3,47 6,94 10,41 13,88 17,35
Coord.
P final (ton.)
x(m)
0,000 151,554
5,000 153,200
10,000 154,825
15,000 156,434
20,000 158,028
57 de 63
5.3. PERDAS POR ENCURTAMENTO IMEDIATO DO CONCRETO
Onde
c é a tensão no concreto no centro do cabo resultante do qual se quer determinar a
perda por encurtamento elástico. Esta tensão é fruta das cargas permanentes e da
proteção atuante na seção no ato da protensão;
E é o módulo de elasticidade do concreto
De posse do encurtamento no cabo, a deformação no cabo de protensão é dado por
c
Lc
Ec
p (Eq.7-20)
Lp
EP
Fazendo e tem-se que
Ec
Lc
e c (Eq.7-22)
Lp
58 de 63
A aplicação rigorosa da equação 7-19 demostra que se considerar Lc = Lp não há
desvio significativo no cálculo da perda decorrente do encurtamento elástico. Desta
forma a equação 7-19 pode ser reescrita como
e c (Eq.7-23)
Para o caso de varias protensões sucessivas, cada cabo sofrerá as perdas decorrentes
do somatório das perdas ocasionadas por cada cabo protendido posteriormente.
A fim de simplificar as perdas pelo encurtamento elástico, pode-se utilizar a seguinte
equação para as perdas médias
1 n 1
e c (Eq.7-23)
2 n
Onde
n é o número de cabos protendidos sequencialmente.
Frente à formulação apresentada faz-se necessário a determinação das tensões
oriundas da protensão. Para tal é necessário determinar o esforço normal e o momento
de flexão oriundos da protensão
Conhecendo a força de protensão e a inclinação em cada ponto dos cabos, os esforços
solicitantes devido à protensão podem ser determinados a partir das seguintes
equações:
N p P cos v
Vp P senv
M p P cos v e
Onde
P é à força de protensão;
Np é o esforço normal na seção decorrente da protensão;
Mp é o momento de flexão na seção decorrente da protensão;
Vp é o esforço cortante na seção decorrente da protensão;
v é o ângulo que uma reta tangente a cabo faz com a horizontal.
Frente às equações apresentadas acima, a tensão devido à protensão no centroide do
cabo é dado por
Np Mp
cP (Eq.7-23)
A Wc
59 de 63
Onde Wc é o modulo de flexão no centroide dos cabos.
5.3.1. APLICAÇÃO NO EXEMPLO
Cabo C1
Coord. Coord.
e (m) P(tf) v (rad) N(tf) V(tf) M(tf m)
x(m) y(m)
0,00 -0,33 -0,47 -149,45 -0,11 -148,56 -16,34 69,82
5,00 -0,87 0,19 -151,10 -0,11 -150,20 -16,52 -28,54
10,00 -1,42 0,74 -153,38 -0,09 -152,76 -13,75 -113,04
15,00 -1,87 1,19 -157,19 -0,02 -157,17 -2,83 -187,03
20,00 -1,96 1,28 -155,07 0,00 -155,07 0,00 -198,49
Cabo C2
Coord. Coord.
e (m) P(tf) v (rad) N(tf) V(tf) M(tf m)
x(m) y(m)
0,00 -0,68 -0,12 -148,17 -0,11 -147,28 -16,20 17,67
5,00 -1,22 0,54 -149,95 -0,11 -149,11 -15,81 -80,52
10,00 -1,75 1,07 -153,62 -0,04 -153,49 -6,45 -164,23
15,00 -1,96 1,28 -156,53 0,00 -156,53 0,00 -200,36
20,00 -1,96 1,28 -155,08 0,00 -155,08 0,00 -198,50
Cabo C3
Coord. Coord.
e (m) P(tf) v (rad) N(tf) V(tf) M(tf m)
x(m) y(m)
0,00 -1,03 0,23 -147,36 -0,11 -146,48 -16,11 -33,69
5,00 -1,57 0,89 -149,66 -0,09 -149,06 -13,42 -132,66
10,00 -2,02 1,34 -153,71 -0,01 -153,69 -2,15 -205,95
15,00 -2,09 1,41 -155,73 0,00 -155,73 0,00 -219,58
20,00 -2,09 1,41 -155,08 0,00 -155,08 0,00 -218,66
60 de 63
Tabela 31 – Esforços solicitantes – cabos C4 e C5
Cabo C4
Coord. Coord.
e (m) P(tf) v (rad) N(tf) V(tf) M(tf m)
x(m) y(m)
0,00 -1,38 0,58 -146,16 -0,11 -145,28 -15,98 -84,26
5,00 -1,90 1,22 -150,13 -0,04 -150,02 -5,70 -183,03
10,00 -2,09 1,41 -152,94 0,00 -152,94 0,00 -215,65
15,00 -2,09 1,41 -154,52 0,00 -154,52 0,00 -217,87
20,00 -2,09 1,41 -155,08 0,00 -155,08 0,00 -218,67
Cabo C5
Coord. Coord.
e (m) P(tf) v (rad) N(tf) V(tf) M(tf m)
x(m) y(m)
0,00 -1,73 0,93 -151,55 -0,11 -150,65 -16,57 -140,10
5,00 -2,09 1,41 -153,20 -0,04 -153,09 -5,82 -215,86
10,00 -2,09 1,41 -154,83 0,00 -154,83 0,00 -218,30
15,00 -2,09 1,41 -156,43 0,00 -156,43 0,00 -220,57
20,00 -2,09 1,41 -158,03 0,00 -158,03 0,00 -222,82
De posse dos esforços solicitantes apresentados acima se pode determinar as tensões nas
fibras superiores e inferiores decorrentes da protensão, conforme apresentado na Tabela 32.
Tabela 32 – Tensões decorrentes da protensão
Coord. C1 C2 C3 C4 C5
x(m) i (tf/m²) s (tf/m²) i (tf/m²) s (tf/m²) i (tf/m²) s (tf/m²) i (tf/m²) s (tf/m²) i (tf/m²) s (tf/m²)
0,00 25,16 -218,70 -70,87 -132,59 -165,78 -48,11 -258,94 35,37 -366,50 122,83
5,00 -250,79 -122,58 -372,65 -10,89 -496,15 99,88 -616,68 205,64 -698,20 271,60
10,00 -454,17 53,71 -576,35 161,51 -675,47 249,83 -697,53 271,34 -706,12 274,68
15,00 -634,87 205,42 -665,68 234,50 -710,23 276,28 -704,71 274,13 -713,46 277,53
20,00 -659,46 232,31 -659,49 232,32 -707,28 275,13 -707,30 275,14 -720,72 280,36
Coord. Total
x(m) i (tf/m²) s (tf/m²)
0,00 -836,92 -241,2
5,00 -2434,47 443,657
10,00 -3109,64 1011,07
15,00 -3428,95 1267,87
20,00 -3454,25 1295,26
61 de 63
Comumente, a protensão neste tipo de estrutura é feita em pares de cabos. Desta forma, como
serão protendidos 5 cabos, será considerado que será realizada 3 protensões: cabo 1 e cabo 5
em um mesmo instante; cabo C2 e cabo e cabo C4 simultaneamente e por fim o cabo C3.
Desta forma teremos n igual a 3.
A tabela 33 apresenta a determinação das perdas devido o encurtamento elástico.
Tabela 33 – Tensões decorrentes da protensão
Tensões no centro de Gravidade do Cabo Na primeira fase
v
Propriedades Geometricas MG1 Prot.1
x(m) cg (tf/m²) cpt(tf/m²) p(tf/m²) p(%)
A(m) Ix(m) y(m) M(tf/m²) N(tf) M(tf/m²) N(tf)
0 1,42 0,63 -0,32 0,00 0,00 -170,56 -738,24 0,00 -606,21 -1212,43 -0,87%
5 0,82 0,49 -0,93 179,38 0,00 -640,61 -751,48 339,54 -2129,02 -3578,95 -2,56%
10 0,82 0,49 -1,23 307,50 0,00 -917,18 -767,71 768,75 -3229,17 -4920,85 -3,51%
15 0,82 0,49 -1,36 384,38 0,00 -1045,41 -780,38 1062,93 -3842,55 -5559,25 -3,97%
20 0,82 0,49 -1,38 410,00 0,00 -1057,14 -778,34 1152,60 -3921,03 -5536,86 -3,95%
Média -4161,67 -2,97%
Na tabela acima perceba que na tabela acima “y” se refere à distância entre centroide do cabo
e o centro de gravidade da seção. A perda foi apresentada em forma de perda de tensão no
cabo e em percentual, onde o cálculo em percentual se refere à perda percentual de tensão
tendo como base a tensão inicial empregado no cabo (14tf/cm²)
Desta forma as tensões decorrentes da protensão após as perdas imediatas é dado pelas
tabelas abaixo
Coord. C1 C2 C3 C4 C5
x(m) i (tf/m²) s (tf/m²) i (tf/m²) s (tf/m²) i (tf/m²) s (tf/m²) i (tf/m²) s (tf/m²) i (tf/m²) s (tf/m²)
0,00 24,42 -212,21 -68,76 -128,66 -160,85 -46,68 -251,25 34,32 -355,61 119,19
5,00 -243,34 -118,94 -361,58 -10,56 -481,41 96,92 -598,36 199,53 -677,46 263,53
10,00 -440,68 52,12 -559,23 156,71 -655,41 242,41 -676,82 263,28 -685,15 266,52
15,00 -616,01 199,32 -645,91 227,54 -689,14 268,07 -683,78 265,99 -692,27 269,29
20,00 -639,88 225,41 -639,90 225,42 -686,27 266,96 -686,30 266,97 -699,32 272,03
Coord. Total
x(m) i (tf/m²) s (tf/m²)
0,00 -812,06 -234,03
5,00 -2362,16 430,48
10,00 -3017,28 981,038
15,00 -3327,11 1230,21
20,00 -3351,66 1256,79
62 de 63