Você está na página 1de 16

UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ – UNIVALI

ESCOLA DO MAR, CIÊNCIA E TECNOLOGIA - EMCT


ENGENHARIA MECÂNICA

JOÃO HENRIQUE LONGEN DEGERING


VINICIUS FERREIRA TREVISAN

PROJETO DE REFORÇO DE ESTRUTURA PARA CHASSI DE


BAJA SAE

ITAJAÍ
2022
LISTA DE ILUSTRAÇÕES

Figura 1 - Estrutura Primária. ..................................................................................................... 4


Figura 2 - Analise para Torção. .................................................................................................. 5
Figura 3 - Analise para Flexão. .................................................................................................. 6
Figura 4 - Primeiro Reforço. ...................................................................................................... 6
Figura 5 - Analise de Torção com Primeiro Reforço. ................................................................ 7
Figura 6 - Analise de Flexão com Primeiro Reforço. ................................................................. 7
Figura 7 – Dimensões do Primeiro Reforço. .............................................................................. 8
Figura 8 - Segundo Reforço. ...................................................................................................... 8
Figura 9 - Analise de Torção com Segundo Reforço. ................................................................ 9
Figura 10 - Analise de Flexão com Segundo Reforço. ............................................................... 9
Figura 11 - Dimensões do Segundo Reforço. ........................................................................... 10
Figura 12 - Terceiro Reforço. ................................................................................................... 10
Figura 13 - Analise de Torção com Terceiro Reforço. ............................................................. 11
Figura 14 - Analise de Flexão com Terceiro Reforço. ............................................................. 11
Figura 15 - Dimensões do Terceiro Reforço. ........................................................................... 12
Figura 16 - Região de Fragilidade. ........................................................................................... 13
Figura 17 - Amplitude Crescente.............................................................................................. 14
Figura 18 - Propriedades de Massa. ......................................................................................... 15
Figura 19 - Estrutura Final. ...................................................................................................... 15

2
SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO............................................................................................................. 4

2. DESENVOLVIMENTO ............................................................................................... 5

2.1. PRIMEIRO REFORÇO .................................................................................................. 6

2.2. SEGUNDO REFORÇO .................................................................................................. 8

2.3. TERCEIRO REFORÇO ............................................................................................... 10

3. CONCLUSÃO ............................................................................................................. 13

REFERÊNCIAS ..................................................................................................................... 16

3
1. INTRODUÇÃO

A estrutura a ser analisada se trata de um chassi de mini baja, ou seja, um carro do tipo
“Off Road”, apresentado na Figura 1, para competições entre alunos de outras universidades,
onde o carro foi projetado e desenvolvido pelos próprios alunos do curso de engenharia, onde
os mesmos tem a oportunidade de colocar em pratica os conhecimentos visto em sala de aula.
Figura 1 - Estrutura Primária.

Fonte: Elaborado por Autores (2022).


O objetivo do estudo é analisar e prever possíveis falhas na estrutura do chassi em caso
de um eventual acidente, e reforçar a mesma para aumentar a segurança do piloto. Onde foi
inserido três reforços e ensaiados cada um deles, a fim de observar as mudanças ocasionadas
na estrutura conforme adicionado o reforço. O ensaio estrutural feito por software SolidWorks
da Dassault Systemes S.A.; pela função de Análise de Elementos Finitos (FEA).

Norton (2013) traz vantagens construtivas para a utilização destes softwares, ele afirma
que estes programas geram modelos sólidos com arestas e faces definidas, desta forma as vistas
ortogonais convencionais em 2D são geradas automaticamente, e além disso, dados como
massa, centro de gravidade e momento de inércia, são calculados automaticamente ao
determinar o material da peça modelada, algo que demanda certo tempo para calcular de forma
convencional, uma vez que estes dados estão diretamente ligados a geometria da peça.

Uma das ferramentas mais importantes para um projetista nestes softwares é a simulação
de elementos finitos, ao qual o programa é capaz de calcular tensões, deslocamentos físicos e
até mesmo o fator de segurança da peça modelada, desde que 55 aplicadas as considerações e
parâmetros corretos para tal. Os resultados são baseados nos dados fornecidos pelo projetista e
nas propriedades mecânicas do material selecionado na biblioteca do programa. (Autodesk,
2021)

4
2. DESENVOLVIMENTO

A estrutura do chassi é composta por perfis tubular redondo de 1 polegada de diâmetro


externo e espessura de parede de 3 mm, de aço cromo-molibdênio AISI 4130, um aço cuja
composição química contém como diferencial o cromo e o molibdênio em sua liga, esses
elementos melhoram a sua resposta ao tratamento térmico e possibilitam um aumento de sua
resistência mecânica. Seu limite de escoamento é de 460 MPa, que um limite consideravelmente
mais auto do que o Aço ASTM A36, que é um aço geralmente mais utilizado em estruturas, seu
limite de escoamento é de 250 MPa.

Ensaiou-se a estrutura primária, e constatou-se que a mesma tem um ponto fraco na


parte frontal/superior do chassi, tanto para torção, quanto para flexão, conforme Figuras 2 e 3,
respectivamente. Onde a amplitude resultante para a torção foi de 0,410 e a frequência natural
foi de 43,582 Hz e para a Flexão a amplitude resultante foi de 0,357 e a frequência natural foi
de 36,134 Hz, como pode-se observar nas partes em vermelho da estrutura são as mais críticas
e onde ocasionará uma possível falha.

Figura 2 - Analise para Torção.

Fonte: Elaborado por Autores (2022).

5
Figura 3 - Analise para Flexão.

Fonte: Elaborado por Autores (2022).


2.1. PRIMEIRO REFORÇO

Foi adicionado um primeiro reforço, um tubo das mesmas especificações apresentadas


anteriormente, destacado em azul na Figura 4, colocado na transversal em cada lateral do chassi
do baja, com o intuito de enrijecer a parte superior do chassi e transferir a carga para a parte
inferior do mesmo, que conseguintemente reduz a flexão e a torção no ponto mais fraco do
chassi.

Figura 4 - Primeiro Reforço.

Fonte: Elaborado por Autores (2022).

6
Com isto pode-se observar uma redução nas amplitudes resultantes para a torção e para
a flexão, sendo para a torção uma amplitude resultante de 0,341 e a frequência natural de
49,5135 Hz, conforme a Figura 5, já para a flexão a amplitude resultante foi de 0,268 e a
frequência natural de 46,5675 Hz, apresentado na Figura 6. Tendo uma redução percentual de
16,83% para torção e uma de redução percentual de 24,93% para a flexão.

Figura 5 - Analise de Torção com Primeiro Reforço.

Fonte: Elaborado por Autores (2022).

Figura 6 - Analise de Flexão com Primeiro Reforço.

Fonte: Elaborado por Autores (2022).


O tubo foi adicionado com as seguintes dimensões em relação a estrutura original,
apresentado na Figura 7.

7
Figura 7 – Dimensões do Primeiro Reforço.

Fonte: Elaborado por Autores (2022).

2.2. SEGUNDO REFORÇO

Como segundo reforço, foi adicionado um tubo na longitudinal na parte superior de cada
lado da estrutura, ligando a parte mais frágil do chassi com a parte traseira do mesmo, com o
intuito de transferir as cargas para a parte traseira, como exibido em azul na Figura 8.

Figura 8 - Segundo Reforço.

Fonte: Elaborado por Autores (2022).

Após a execução do estudo, pode-se visualizar outra redução nas amplitudes resultantes,
sendo para a torção uma amplitude resultante de 0,304 e uma frequência natural de 47,1193 Hz,
apresentado na Figura 9, para a flexão tem-se uma amplitude resultante de 0,254 e frequência

8
natural de 48,8336 Hz, mostrado na Figura 10. Tendo uma redução percentual em relação a
estrutura primaria de 25,85% para a torção e 28,85% para a flexão.

Figura 9 - Analise de Torção com Segundo Reforço.

Fonte: Elaborado por Autores (2022).

Figura 10 - Analise de Flexão com Segundo Reforço.

Fonte: Elaborado por Autores (2022).


Este reforço foi adicionado com as dimensões em relação a estrutura primaria, conforme
Figura 11.

9
Figura 11 - Dimensões do Segundo Reforço.

Fonte: Elaborado por Autores (2022).

2.3. TERCEIRO REFORÇO

No terceiro reforço, foi adicionado a estrutura um pequeno tudo na parte


superior/frontal, este apenas com intuito de dar rigidez ao local onde ocorre a fragilidade da
estrutura, este é apresentado em azul na Figura 12.

Figura 12 - Terceiro Reforço.

Fonte: Elaborado por Autores (2022).

Com a adição do terceiro e último reforço, ocorreu outra diminuição da amplitude


resultante, sendo para a torção uma resultante de 0,299 e frequência natural 46,988 Hz,
apresentado na Figura 13, para a flexão tem-se uma amplitude resultante de 0,247 e frequência
natural de 48,779 Hz, como exposto na Figura 14. Havendo uma redução percentual em relação
a estrutura primaria de 27,07% para a torção e 30,81% para a flexão.

10
Figura 13 - Analise de Torção com Terceiro Reforço.

Fonte: Elaborado por Autores (2022).

Figura 14 - Analise de Flexão com Terceiro Reforço.

Fonte: Elaborado por Autores (2022).

11
O último reforço foi adicionado com as dimensões em relação a estrutura primaria,
conforme Figura 15.

Figura 15 - Dimensões do Terceiro Reforço.

Fonte: Elaborado por Autores (2022).

12
3. CONCLUSÃO

Devido ao supra relatado, fica evidente que ocorre uma região com fragilidade maior
em caso de um eventual acidente durante o uso do veículo “Off Road”, exposta na Figura 16,
que fica localizada na parte frontal/superior da estrutura, logo, o reforço estrutural aqui
projetado torna-se essencial. A escolha de onde seria adicionado os perfis tubulares teve auxílio
do software, deixando claro todas as regiões com maior solicitação da estrutura do chassi; sendo
assim, adicionado três reforços estruturas visando a segurança do piloto.

Figura 16 - Região de Fragilidade.

Fonte: Elaborado por Autores (2022).

Sendo assim, como mostrado anteriormente, a estrutura após o projeto e


dimensionamento dos reforços chegou-se a uma redução percentual de aproximadamente 27%
para uma possível torção da estrutura, este se aplica como uma curva feita bruscamente ou em
uma situação de capotamento, que no caso se trata de voltar-se para baixo ou dar voltas sobre
si próprio. E uma redução percentual de cerca de 31% para a flexão, que no caso seria o caso
de uma colisão frontal ou um algum objeto sendo arremessado na parte frontal da estrutura.

Em relação a frequência natural do sistema, tem-se como resultado final de 46,988 Hz


para a torção; e 48,779 Hz para a flexão, este ocorreu um leve aumento, pois com a adição dos

13
reforços estruturais, consequentemente este aumenta a rigidez do sistema, e analisando a
equação (3.1) de frequência natural:

(3.1)
𝑘𝑘
𝜔𝜔𝑛𝑛 = �
𝑚𝑚

Com o aumento da rigidez, a frequência natural [𝜔𝜔𝑛𝑛 ] acaba aumentando; porém, este
aumento não ocasionaria em um colapso da estrutura, pois ela ainda não se igualaria com a
frequência de excitação [𝜔𝜔] do sistema. Que no caso comportaria um motor a combustão
interna, onde o mesmo tem uma rotação média de 3600 rpm, o que equivale a uma frequência
de excitação de 60 Hz, como a frequência natural do sistema está em torno de 48 Hz, não há o
fenômeno de ressonância.

Caso a frequência natural de excitação [𝜔𝜔] seja igual ou próxima da frequência natural
[𝜔𝜔𝑛𝑛 ], ocorre o fenômeno de ressonância, onde a amplitude do movimento cresce
indefinidamente, conforme gráfico apresentado na Figura 17. O fenômeno de ressonância
normalmente deve ser evitado no projeto de estruturas e máquinas, uma vez que grandes
amplitudes de vibração podem acelerar o processo de falha por fadiga, desconforto, ruído,
dentre outros problemas.

Figura 17 - Amplitude Crescente.

Fonte: Nabarrete (2006).

O acréscimo dos reforços também resultou no aumento da massa da estrutura, com um


somatório a estrutura primaria de por volta de 5,0 kg, tendo como massa final de
aproximadamente 63,3 kg, de acordo com o software SolidWorks, conforme Figura 18.

14
Figura 18 - Propriedades de Massa.

Fonte: Elaborado por Autores (2022).

Por fim, tem-se como a estrutura final do chassi do baja apresentado na Figura 19.

Figura 19 - Estrutura Final.

Fonte: Elaborado por Autores (2022).

15
REFERÊNCIAS

Aço ASTM A36 Propriedades Mecânicas. Disponível em


<https://www.materiais.gelsonluz.com/2017/10/astm-a36-propriedades-mecanicas-e-
composicao-quimica.html>. Acesso em 6 de novembro de 2022.

Aço SAE 4130 Propriedades Mecânicas. Disponível em


<https://www.materiais.gelsonluz.com/2017/10/aco-sae-4130-propriedades-mecanicas.html>.
Acesso em 6 de novembro de 2022.

AUTODESK. Inventor: software cad 3d profissional para engenharia e projetos de produtos.


Software CAD 3D profissional para engenharia e projetos de produtos. Disponível em:
<https://www.autodesk.com.br/products/inventor/overview>. Acesso em 07 de novembro
2022.

NABARRETE, Prof. Dr. Airton, Vibrações em Sistemas Mecânicos: Notas de Aula. Centro
Universitário da FEI. 4. Ed. São Paulo, 2006.

NORTON, Robert L. Projeto de Máquinas: Uma abordagem integrada. 4. ed. Porto Alegre:
Bookman, 2013.

RAO, Singiresu S. Vibrações Mecânicas. 4 ed. São Paulo: Person Prentice Hall, 2008.

SILVA, Prof. Dr. Samuel da. Vibrações Mecânicas: Notas de Aulas. Universidade Estadual
do Oeste do Paraná. Foz do Iguaçu, 2008.

SOUSA, Lucas Castro; LOPES, Arlindo Pires; SANTOS, Adriana Alencar. Estudo de
vibrações livres de um chassi space-frame tipo baja. In: Congresso Técnico Científico da
Engenharia e da Agronomia. 2017.

SOUZA, Arthur Henrique Rapschinski; SOUZA, Leonardo Silveira Mariano de. Análise
modal numérica de uma estrutura do tipo baja. 2019. Trabalho de Conclusão de Curso.
Universidade Tecnológica Federal do Paraná.

16

Você também pode gostar