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PADRÕES DE COMPORTAMENTO APRESENTADOS EM GÊNESIS E

SUA REPETIÇÃO AO LONGO DA HISTÓRIA.

Este artigo é baseado em um estudo da história apresentada nos


capítulos 1 a 11 do livro de Gênesis. Ele tem como objetivo
apresentar momentos e histórias mostrados no livro que ditam qual
será o padrão de comportamento desses seres ao longo da história.
Também visa apresentar qual é o caminho indicado para a quebra
desse ciclo e como reconhecê-lo.

Introdução.

O livro de Gênesis é o primeiro livro da Bíblia, seu nome nos escritos originais
remete a ideia de origem, princípio das coisas, por sua história apresentar
justamente o que se diz, o princípio de tudo. É nesse livro, mais especificamente em
seus primeiros onze capítulos, que Deus revela o padrão de suas principais
instituições.
Foi escrito em uma época em que o povo de Deus estava há mais de 400 anos
ouvindo crenças distorcidas e perversas a respeito da origem das coisas,
transitando para a terra prometida. Por isso, era extremamente necessário que eles
soubessem e entendessem como que as coisas de fato vieram, sem influência das
distorções que haviam ouvido anteriormente.
Isso nos mostra que as informações contidas nesse livro não foram ao acaso, mas
sim meticulosamente planejadas e com um propósito. Esse propósito envolve
mostrar para o seu povo em que e em quem eles deviam acreditar e também
explicar como Deus quer que as coisas funcionem, o que pode ser notado já na
criação do mundo, em Genêsis 2.3.
Deus não precisa descansar, ele não o fez por necessidade, mas porque
futuramente ele próprio concede aos seres humanos a possibilidade de fazer o
mesmo, como fez mais a frente instituindo o sétimo dia como dia de descanso.
Além disso, ele também nos mostra outros padrões em suas principais instituições,
como casamento, família e gênero. No versículo 27 do primeiro capítulo, ele indica
que sua criação envolve um homem e uma mulher.

Nesse momento, ao fazê-lo, ele já indica que não existe algo além disso e que essa
é a maneira que foi criado porquê essa é a maneira que as coisas devem ser, como
abordarei novamente mais para frente, já que é algo muito feito em Gênesis.
Esse estabelecimento de padrões nas suas instituições acontece novamente em
Gênesis 2.24.

Aqui, ao contar a história de Adão e Eva, Deus nos mostra como que o casamento,
a junção de um homem e uma mulher deve ser feita. É um padrão que deve ser
repetido por toda a história, desde o povo para o qual Ele iniciamente inspirou essas
palavras, até os dias de hoje.
No entanto, além disso, Deus também revela, através de Gênesis, padrões de
comportamento, evidenciados pelas histórias contadas no livro, tanto do ser humano
e de Satanás, quanto o do próprio Deus, mostrando ao seu povo como ele é e como
ele age em relação a todos.

1. COMPORTAMENTOS DO SER HUMANO.

Nos primeiros onze capítulos de Gênesis, existem vários versículos que mostram a
maneira que a humanidade se relaciona consigo, com o mundo e com Deus.
Vemos isso pela primeira vez no momento da Queda (Gn 3.3,6).

Esse momento mostra mais do que apenas Eva conversando com a serpente e
como que o pecado entrou no mundo, mas também nos indica a maneira que não
só Adão e Eva, mas toda a humanidade, funciona desde então e qual é a relação da
carne com o pecado. A história está falando da árvore e seu fruto, mas também do
pecado em si; comer o fruto era pecado e como diz o texto, isso parecia “agradável
ao paladar, atraente aos olhos e desejável para dela se obter discernimento”. É
assim que até os dias de hoje, as pessoas se sentem tentadas a cometer pecados,
porque é assim que a carne os vê: agradáveis, atraentes e desejam o que supõe-se
que ele oferece. Foi aqui que isso aconteceu pela primeira vez e é depois disso que
torna a acontecer por toda a história.
Seguindo esse acontecimento, o primeiro - de muitos - comportamento do ser
humano diante seu pecado é ilustrado em Gênesis 3.7,8.

Esse momento demonstra uma característica extremamente triste em relação a


como o homem age com Deus a respeito do seu pecado. É uma característica
imediata da queda e que se repete todos os dias, mesmo entre as pessoas
convertidas. Quando perceberam que pecaram e descumpriram uma ordem de
Deus, eles sentem o peso do pecado, sentem que fizeram algo errado e se enchem
do sentimento mais característico do nosso pecado: a vergonha. A vergonha nos
leva a nos esconder e foi através de Adão e Eva que vimos isso pela primeira vez e
novamente, repete-se ao longo da história.

Esse mesmo padrão de história que apresenta um comportamento geral do ser


humano acontece novamente em Gênesis 3.12, 13, com a masculinidade e
responsabilidade do homem se distorcendo e futuramente repetindo-se já na história
de Abraão e Isaque com suas esposas e também com a necessidade de atribuir a
culpa do pecado a outra pessoa, sempre buscando se afastar dos propósitos de
Deus. Como vemos também com Caim, que mesmo com o alerta de Deus, ainda
escolhe o pecado (Gn. 4.6-8).

Depois da Queda, portanto, Deus mostra através de diversos personagens qual é o


comportamento dos humanos em relação ao que Deus quer, sempre se
distanciando do que ele pede, como fizeram em Babel e como Deus percebe em
Gênesis 6.5.

2. COMPORTAMENTO DE SATANÁS.

A serpente se levanta como alguém que questiona a ordem de Deus, questiona a


sabedoria dele e o plano que ele havia traçado para o homem (Gn.3.1-4). Primeiro
ele mostra que ele tem uma proibição e apresenta essa proibição como algo ruim,
como se a felicidade e a parte boa só existisse fora do que Deus estabeleceu e
então distorce o que Deus estabelece e repete esse comportamento até hoje, e
funciona.

3. O COMPORTAMENTO DE DEUS.

Por fim, em contrapartida, o que vemos repetidamente também é como Deus


continua sendo misericordioso com o homem, sempre dando o primeiro passo no
relcionamento com ele e apresentando para todos uma saída para o pecado, nos
dando mais do que merecemos e sempre apontando para o único caminho que viria
no futuro, que é Jesus Cristo. (Gn. 3.15; Gn.3.22; Gn.4.15. Gn 6.8; Gn.9.11-17)

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.

BÍBLIA de Estudo: Vida Plena. Rio de Janeiro: Thomas Nelson Brasil, 1995.

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