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Seis atitudes de um discipulador 

O DISCIPULADOR OUVE
Na escola aprendemos a ler e escrever, mas a maioria das pessoas não teve nenhum
treinamento formal de como ouvir. Se não aprendermos a ouvir, nunca entenderemos
realmente o quadro geral do estilo de vida de outra pessoa.
Ouvir significa compreender a maneira pela qual a outra pessoa vê o mundo. Uma vez
feito isso, nós vemos o mundo da maneira com que ela vê o mundo, e assim
entendemos como ela se sente.
Na figura abaixo: 

Na verdade essas duas pessoas não estão conversando uma com a outra. Elas estão
falando para elas mesmas! É muito fácil projetar seus princípios e valores em outra
pessoa, distorcendo, dessa forma, o que aquela pessoa sabe ou valoriza. Para
ministrar ao discípulo, você deve cuidar para não pressupor que seus princípios fazem
sentido automaticamente para a outra pessoa.
A. Evite estes quatro erros ao ouvir:
1. Ignorar o que está sendo dito, enquanto pensa: "O que eu vou dizer como resposta
ao que ele está falando?"
2. Parecer estar ouvindo, desligando-se da conversa com comentários do tipo "Sim.
Ah, sei... Certo...
3. Filtrar o que está ouvindo, escolhendo apenas o que você quer ouvir e ignorando o
restante dos comentários.
4. Ouvir intensamente, prestando atenção excessiva no que está sendo dito mas sem
estar sensível aos sentimentos que estão por trás das palavras.
B. Use a "Escuta intencional, ativa"
Nesse nível você procura entender as necessidades, os medos, as alegrias e as fortes
convicções do discípulo. Isso é chamado, por alguns, de
"escuta ativa". Ela é significativa, pois proporciona a você conhecimento das
necessidades e realidades espirituais.
Em vez de pressupor pensamentos e sentimentos, você está lidando com a realidade
dentro da cabeça e do coração da outra pessoa. Você está ouvindo para entender.
Lembre-se que necessidades satisfeitas não levam a pessoa a crescer em Cristo.
Apenas as necessidades não satisfeitas fazem isso. Quando você realmente ouve, o
discípulo compartilha as coisas mais profundas de sua vida.

C. Ouça com aceitação


Um homem que estava lutando para libertar-se das drogas me disse certa vez:
"Quando eu contei a alguns cristãos sobre minha luta para manter-me
longe das drogas, eles passaram a me evitar. Eles parecem aceitar muito bem as
pessoas que dizem que estiveram envolvidas com drogas, mas eles não querem
contato com alguém que ainda está nas drogas!"
Seria terrível o discípulo sentir que você tem esse tipo de atitude enquanto está
escutando as necessidades dele. Ouça com aceitação, sem julgar e condenar o que
está escutando.
D. Como o discípulo vai reagir ao modo que você ouve
É muito importante dar atenção ao que você transmite com a sua expressão corporal
enquanto ouve. Estudos mostram que 55% do impacto que você faz ao ouvir uma
pessoa não vêm de sua expressão verbal - mas sim da maneira em que você senta, o
que você faz com seus braços e mãos etc.
Outros 38% de sua influência serão transmitidos por sua expressão vocal, e apenas
7% pelas palavras que você diz!
Por exemplo, veja esta figura. Observe que este discipulador está expressando muitas
coisas sem ao menos abrir sua boca!
Ouvir é uma tarefa difícil - especialmente quando você está tentando ouvir com os
ouvidos físicos o que o discípulo está falando e com os ouvidos
espirituais o que o Senhor está falando.
O DISCIPULADOR INTERCEDE
A razão pela qual é tão importante ouvir é que você pode interceder
ao Senhor por aquilo que foi compartilhado. Intercessão é aproximar-se de Deus em
favor de uma outra pessoa. A palavra interceder vem de duas palavras do latim que
significam "estar entre". Ser um discipulador para outra pessoa significa implorar a
Deus por misericórdia pelo discípulo, que está em necessidade. Não significa que
você tenta manipular Deus a fazer algo que você pense ser a solução para o problema.
Mas sua intercessão pode determinar se a graça de Deus vai ser trazida a uma certa
situação ou se o poder de Satanás continuará controlando
aquela área.
A. Exemplos de intercessão
As passagens de Gênesis 18.1-2 e 18.16-33 falam da destruição de Sodoma e
Gomorra que estava por vir, e da intercessão de Abraão por essas cidades.
Deus respondeu ao seu apelo. Em Êxodo 32.1-14 a intercessão de Moisés salvou Israel
do julgamento de Deus. Em Atos 12.1-19 Pedro havia sido liberto da prisão por meio da
intercessão da Igreja que se reunia na casa de Maria.

B. Intercessão pelo discípulo gera vida


Em 1 João 5.16 há situações especiais que, sem dúvida, você irá enfrentar em seu
ministério como discipulador. João, o presbítero, explica que há dois tipos de pecado.
Um deles é chamado de "o pecado que traz a morte". Muitos estudiosos dizem que a
palavra
"morte" nesse texto refere-se tanto à morte
espiritual quanto física (veja 1 Coríntios 11.29-30). Mas João vai adiante para falar
sobre um "pecado que não traz a morte". Alguém chamou isso de "peca-do
imprudente
-coisas que um cristão imaturo faz por ignorância, repetindo
velhos hábitos que foram enraizados antes de sua entrega a Cristo.
Por exemplo, certo discipulador tornou-se próximo o suficiente do discípulo para
saber que ele tinha o hábito de fumar secretamente. O fato de ele esconder seu hábito
revelou que sabia que estava fazendo algo errado. O que o discipula-dor deveria
fazer? O relacionamento entre eles não era ainda forte o suficiente para confrontar a
hipocrisia e o hábito. Neste caso, o discipulador obedeceu as instruções a respeito da
intercessão encontradas em 1 João 5.16:
"Se alguém vê seu irmão cometer algum pecado que não traz a morte, deve orar a
Deus, e ele dará a vida a esse irmão."
O discipulador levou a situação a Deus em oração intercessória. Ao fazer isso, uma
grande paz invadiu sua alma. Foi como se Deus tivesse dito:
"Deixe essa situação para mim. Eu lidarei com ela".
De fato, é exatamente isso que o verbo grego diz que deve acontecer em situações
como esta. O texto está dizendo: "Se você ora por seu irmão mais fraco, que está
envolvido em pecado imprudente que não traz a morte como punição, então Deus
dará vida a você - o intercessor - e ao discípulo!
Portanto, você enfrentará situações em seu ministério em que você simplesmente
apresentará a situação ao Senhor e descansará sabendo que ele tomará conta.

UMA HISTÓRIA VERÍDICA


Meu avô Zimmerman foi o homem mais espiritual que conheci nos dias de minha
infância. Seu filho Roy, meu tio, vivia uma vida devassa, e ignorava totalmente o amor e
a preocupação de seu pai. Quando eu tinha dez anos de idade, eu fiquei chocado ao
saber de algumas das atitudes do tio Roy. Perguntei ao meu avô por que ele não tirava
a herança de meu tio, pois ele não merecia levar seu sobrenome! Com uma piscadela e
um sorriso ele me respondeu: "Vamos deixar isso com o Papai" (Ele sempre chamava
o Pai do céu de "Papai", sua expressão equivalente para "Abba").
Ele me ensinou a importância da intercessão e confiança no Pai que cuida das
circunstâncias. Estes dois homens hoje estão com o Senhor, mas antes ainda do tio
Roy envelhecer ele mudou seu mau exemplo e tornou-se um homem espiritual. Meu
avô nunca pôde ver a mudança - mas ele sabia que no tempo de Deus o coração de
seu filho se voltaria para o Senhor!
A palavra grega usada para o Espírito Santo é parakletos. Ela significa literalmente
"alguém escolhido para ajudar". Esta mesma palavra é usada como um particípio para
descrever o dom espiritual de animar os outros citado em Romanos 12.8. Este dom
estará operando em você enquanto você servir de discipulador, você estará
literalmente respondendo ao chamado de ser "alguém escolhido para ajudar"! O poder
de Deus atuará em sua vida enquanto você intercede em oração. Espere por isso -
experimente isso - e saiba que se você nunca se colocar à disposição para servir
como discipulador, você poderá ficar sem conhecer o impacto da intercessão.
Em Romanos 8.26 nós lemos:
"Assim também o Espírito de Deus vem nos ajudar na nossa fra-queza. Não sabemos
como devemos orar; mas o Espírito de Deus, com gemidos que as palavras não podem
explicar; pede a Deus em nosso favor. "
O fato interessante sobre ser um intercessor é o relacionamento que nos é
proporcionado com o Intercessor! Você crescerá em sua própria vida de maneira
especial enquanto ele se coloca do seu lado para ajudar você a tornar-se um
parakletos para outra pessoa.

O DISCIPULADOR FORMA PELO


EXEMPLO PRÓPRIO
Você alguma vez já pensou que qualquer coisa que você faça - tanto faz se é algo
nobre ou não - é uma atitude que serve como modelo? Nós sempre somos modelo!
Não escolhemos ser modelos. É o resultado inevitável de viver. Em 1 Coríntios 11.1
Paulo diz aos outros que sigam seu exemplo, porque ele estava seguindo o exemplo
de Cristo. Todo modelo tem um modelo! Paulo estava longe de ser egoísta ao escrever
estas passagens:
"Por isso peço que sigam o meu exemplo" (1 Coríntios 4.16).
"Meus irmãos, peço que sigam como eu "(Gálatas 4.12).
"Meus irmãos, continuem a ser meus imitadores. E observem também os que vivem
de acordo com o exemplo que temos dado a vocês"
(Filipenses 3.17)
"…. e seguiram o nosso exemplo e o exemplo do Senhor" (1 Tessaloni-censes 1.6).
"Vocês sabem que devem seguir o nosso exemplo..." (2 Tessaloni-censes 3.7).
"E claro que temos o direito de receber ajuda; mas não pedimos nada para que vocês
seguissem o nosso exemplo" (2 Tessalonicen-ses 3.9).
O autor da carta aos Hebreus nos diz em 13.7:
"Lembrem-se dos seus primeiros lideres espirituais, que anunciaram a mensagem de
Deus a vocês. Pensem como eles viveram e morreram e imitem a fê que tinham. "
Mesmo você não olhando para si mesmo como um "líder", você o é - pelo menos para
uma pessoa: o discípulo. Satanás enche sua mente com pensamentos como este:
"Oh, não! Eu não estou pronto para isso. Minha vida está uma bagunça. Eu não posso
ser um modelo de vida cristã! Socorro!" Apenas lembre-se disto: nenhum de nós é
perfeito, e nunca o seremos até irmos para o céu. Mas quando você se tornou cristão,
você foi revestido com toda a justiça que você nunca alcançaria! Você vê, nós não
temos nenhuma justiça própria. Romanos 8.10 nos lembra que:
"Mas se Cristo vive em vocês, isso quer dizer que, embora o corpo vá morrer por
causa do pecado, para vocês o Espírito de Deus é vida porque vocês têm sido aceitos
por Deus."
No momento em que você orou para receber a Cristo, ele literalmente veio para
habitar em você (Gálatas 2.20). Com a entrada dele em sua vida, toda a justiça dele
inundou seu ser. Você nunca será mais justo do que é neste exato momento, porque a
única origem da justiça que você pode possuir veio para habitar em você. Se você
acreditar nos sussurros de Satanás dizendo que você não é bom o suficiente para ser
um modelo de vida cristã, você está aceitando uma mentira como verdade.
Nós dois podemos concordar com um fato: você não é tão maduro em sua fé quanto
um dia há de ser. Mas o objetivo agora não é servir como modelo de maturidade, mas
de amor por Jesus e do desejo de servir seu Senhor.
Há muitos anos, quando meu filho Ralph tinha sete anos de idade, eu estava fora numa
viagem missionária. Ele escreveu uma carta para mim. Eu sorri ao ver sua carta com
letras tão feias e repleta de erros ortográficos. Sua escrita era perfeita? Nunca! Mas o
que ele escreveu provocou lágrimas em meus olhos. Em português seria mais ou
menos assim: "Qerido Pai. Eu amu você. Esto com saldade. Vote logo. Ralphie. " Sua
carta estava perfeita!
Essa é a atitude que Deus espera de você como discipulador. O discípulo não espera
perfeição de você. Deixe suas verrugas e espinhas espirituais aparecerem - escondê-
las é um grande erro. Mas você pode mostrar um coração de servo, um espírito
preocupado com os outros, um gesto de amor
- é isso o que é necessário para tornar-se um modelo perfeito.
Quando você começa a descobrir que é respeitado e amado em virtude da sua
preocupação pelo discípulo, você ganhará confiança em seu próprio potencial para os
propósitos divinos. Você só precisa estar alguns passos à frente da pessoa que estiver
discipulando. O presente mais valioso que você pode dar é um exemplo sincero de
companheirismo nessa jornada. Permitir que Cristo seja revelado em você é o que
trará influência sobre a vida do discípulo.
O DISCIPULADOR ENSINA
Existem duas coisas nas quais pensamos quando o verbo ensinar é men-cionado. A
primeira é uma sala de aula, e a segunda é um quadro-negro! Nessa figura há um
professor que explica fatos que ainda não foram aprendidos pelo aluno. Se essa é a
impressão que você tem da tarefa de um discipulador, pegue um apagador e apague
essas impressões do guadro-negro de sua mente.
O que você fará como "professor" deve ser baseado em um modelo mais bíblico. Nos
dias de Jesus o método de instrução era essencialmente oral, com uma forte ênfase
na memorização. O objetivo não era acumular informações, mas causar uma
transformação na vida do aprendiz. Companheirismo e vida compartilhada eram as
coisas que marcavam o relacionamento: o aluno estava constantemente com o seu
professor. Além disso, esperava-se do discípulo que assumisse uma posição de servo
de seu professor cumprindo tarefas básicas como carregar lenha, comprar comida,
esfregar o chão etc.
Portanto, a transmissão de informações era feita em um contexto de relacionamento
contínuo. Como isso pode ser imitado no seu relacionamento com o discípulo?
Em primeiro lugar, as informações que você vai compartilhar durante os encontros já
foram preparadas. Os livros Firmando o compromisso e Bem-vindo à família oferecem
o conteúdo básico para seus encontros semanais.
É importante que você tenha feito cada unidade antes de encontrar-se com o
discípulo. É importante rever o material semanal que você já passou. Ao fazer isso,
pense nas verdades que precisam ser especialmente enfatizadas.
Lembre de fatos de sua própria vida para facilitar a discussão.
Haverá muitos assuntos sobre os quais vocês precisarão conversar e que não são
tratados no material escrito. Isso pode incluir uma explicação sobre os dons espirituais
observados pelo discípulo na célula, a importância da adoração sincera durante o
período de louvor etc. Novos crentes normalmente são ingênuos e abertos para
ensinos falsos, sem entender que existem "lobos" nas igrejas. Como um bom pastor,
proteja sua ovelha desses predadores.
O DISCIPULADOR MARCA O PASSO
Marcar o passo é um termo emprestado do atletismo. Descreve aquele atleta que
acerta o passo para os que o seguem. Ele está mostrando o caminho, indicando a
direção a ser tomada. Também mostra como correr constantemente em vez de dar
arrancadas. Um corredor inexperiente pode ir muito rápido no início e ficar sem fôlego
muito antes do final da corrida, ou começar muito devagar e terminar na última
posição.
Há muitas áreas no crescimento cristão que necessitam de alguém que marque o
passo. Gastar uma hora juntos em oração é um exemplo. É bem provável que ninguém
tenha adquirido esse hábito de orar por tanto tempo sem que outra pessoa tenha
mostrado a maneira de fazê-lo. Testemunhar para os perdidos é outra área que
sempre requer alguém experiente para dar o exemplo nas visitas e no
acompanhamento.

O DISCIPULADOR MARCA O PASSO


Marcar o passo é um termo emprestado do atletismo. Descreve aquele atleta que
acerta o passo para os que o seguem. Ele está mostrando o caminho, indicando a
direção a ser tomada. Também mostra como correr constantemente em vez de dar
arrancadas. Um corredor inexperiente pode ir muito rápido no início e ficar sem fôlego
muito antes do final da corrida, ou começar muito devagar e terminar na última
posição.
Há muitas áreas no crescimento cristão que necessitam de alguém que marque o
passo. Gastar uma hora juntos em oração é um exemplo. É bem provável que ninguém
tenha adquirido esse hábito de orar por tanto tempo sem que outra pessoa tenha
mostrado a maneira de fazê-lo. Testemunhar para os perdidos é outra área que
sempre requer alguém experiente para dar o exemplo nas visitas e no
acompanhamento.
UMA HISTÓRIA VERÍDICA
Durante os primeiros anos de sua carreira, Gil Dodds tornou-se o homem mais veloz
do mundo na corrida de uma milha. Esse recordista mundial trabalhou como treinador
na Faculdade de Wheaton. Ainda calouro, eu entrei na equipe de corrida, sem
nenhuma experiência anterior. Eu só entrei na equipe por causa de minha admiração
por esse homem tão famoso. No primeiro dia de treino, ele me mandou correr uma
milha o mais rápido que pudesse enquanto meu tempo era cronometrado. Com o
desejo de impressionar Gil, eu dei o máximo de mim durante
as três primeiras voltas. Faltando apenas uma volta, eu estava sem oxigênio, sem
forças, e querendo diminuir meu ritmo. Com o suor descendo sobre meus olhos
entreabertos, eu estava pronto para desistir. Foi nesse momento que Gil apareceu ao
meu lado. Em voz baixa ele disse: "Ralph, observe meus passos. Mantenha seus pés
em movimento e me acompanhe." Eu nunca esquecerei o estímulo que me invadiu
enquanto observava seus pés tocarem a pista mostrando o passo para mim. Eu não
quebrei nenhum recorde naquele dia (nem em outro dia), mas Deus me mostrou a
diferença que faz uma pessoa marcando o passo para mim.
O DISCIPULADOR ENVOLVE O DISCÍPULO
COM OUTROS CRISTÃOS
Não permita que o relacionamento que você desenviveu com o discípulo se torne
exclusivo! Procure desenvolver contatos com outros que tenham tido experiências
similares. Estenda os relacionamentos do discípulo a outros membros da célula e da
Igreja. Reconheça que esses novos relacionamentos irão complementar o seu trabalho
com o discípulo.
Se você não fizer isso, o resultado do discipulado poderá ser um "eco" de você
mesmo. Ecos não são vozes! Dominar o discípulo ou limitar os contatos com outros da
célula não é muito sábio.
Eu conheci um pastor de muitos dons que iniciou uma igreja próximo ao campus de
um seminário. Seu desejo era entusiasmar jovens enquanto eles eram preparados para
o serviço cristão, e ele conquistou os corações e a admiração de muitos estudantes.
Entre eles estava meu filho mais velho, Ralph. Quando visitei aquela igreja, eu prestei
atenção numa maneira especial de orar que este pastor tinha: "Senhor, eu- -uh
gostaria de agradecê-lo uh " etc.
Depois de quatro meses, Ralph veio do seminário para nos visitar. Ouando oramos
juntos, eu escutei: "Senhor, eu uh- gostaria de agradecê-lo uh_" etc. Eu notei que o
impacto desse homem sobre meu filho tinha sido tão tremendo que fez com que ele
copiasse os "uh 's" em suas orações. Já que tínhamos uma amizade muito próxima, eu
senti que poderia falar com aquele pastor sobre o assunto. O Senhor falou claramente
para ele sobre a maneira sufocante com que ele vinha treinando os rapazes. Logo em
seguida, ele começou a enviar dois ou três estudantes por vez para passar fins de
semana comigo. Ele também escolheu outros pastores para serem visitados, e mais
tarde ele me escreveu aliviado: "Nossos rapazes estão orando sem os 'uhs'".
É bom pensar em pessoas de sua célula ou de sua igreja que possam enriquecer a
vida do discípulo. Programe encontros entre eles para estimular futuros contatos
independentes de sua presença. Se você está tentando satisfazer suas próprias
necessidades emocionais ao limitar os contatos e amizades do discípulo com outras
pessoas, existe o perigo de seu relacionamento com o discípulo se romper.

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