Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Perguntas e Respostas
dezembro
Novembro||2011
2010
1
2
Guia de Orientações para os Estados
Sistema Nacional de Cultura
Perguntas e Respostas
dezembro | 2011
3
4
Ministério da Cultura
Conselho Nacional de Política Cultural
Secretaria de Articulação Institucional – SAI
dezembro | 2011
5
FICHA TÉCNICA
ministra da cultura
Ana de Hollanda
equipe de redação
Adélia Zimbrão
Ana Lúcia Pardo
Bernardo Novais da Mata Machado
Diana Célia Almeida Gomes
Fabiana Peixoto de Sousa
João Roberto Peixe
Vicente Finageiv Filho
estabelecimento de texto
Bernardo Novais da Mata Machado
revisão final
Leonardo Menezes
apoio administrativo
Valana Ramos Cunha
AGRADECIMENTOS
9
a importância titucionalização da participação
estratégica do sistema social, apesar de assegurada na
Constituição Federal.
nacional de cultura
O Ministério da Cultura, com a par-
ticipação de outros Órgãos do Go-
Após os inúmeros avanços ocor- verno Federal, de representantes
ridos nos últimos anos no campo dos demais entes federados, da so-
da cultura e da gestão cultural em ciedade civil e de consultores con-
nosso país, os maiores desafios vidados, a partir dos conhecimen-
que hoje se apresentam são, de tos e das experiências acumuladas
um lado, assegurar a continuidade nos últimos anos, nos três níveis
das políticas públicas de cultura de governo, desenvolveu esta pro-
como políticas de Estado, com um posta de concepção do Sistema Na-
nível cada vez mais elevado de cional de Cultura e, após sua apro-
participação e controle social, e, de vação pelo Conselho Nacional de
outro, viabilizar estruturas orga- Política Cultural, aprofundou sua
nizacionais e recursos financeiros discussão com a realização de Se-
e humanos, em todos os níveis de minários em todo país, buscando
governo, compatíveis com a im- construir uma estratégia comum
portância da cultura para o desen- para implementação dos sistemas
volvimento do país. municipais, estaduais e nacional
de cultura.
O Sistema Nacional de Cultura é,
sem dúvida, o instrumento mais Um dado muito positivo é que a
eficaz para responder a esses de- construção do Sistema Nacional
safios através de uma gestão ar- de Cultura, embora com estágios
ticulada e compartilhada entre bastante diferenciados, já está em
Estado e Sociedade, seja integran- pleno andamento, em todo Brasil.
do os três níveis de governo para Esse processo ocorre com a cria-
uma atuação pactuada, planejada ção, por estados e municípios, de
e complementar, seja democra- órgãos gestores da cultura, cons-
tizando os processos decisórios tituição de conselhos de política
intra e intergovernos e, principal- cultural democráticos, realização
mente, garantindo a participação de conferências com ampla par-
da sociedade de forma permanen- ticipação dos diversos segmentos
te e institucionalizada. culturais e sociais, elaboração de
planos de cultura com participa-
Esses desafios não são fáceis de se- ção da sociedade e já aprovados
rem superados, pois essa concep- ou em processo de aprovação
ção de gestão se confronta com a pelos legislativos, criação de sis-
cultura política tradicional, que é temas de financiamento com
da descontinuidade administrati- fundos específicos para a cultura,
va com as mudanças de governo, de sistemas de informações e in-
da competição intra e intergover- dicadores culturais, de programas
nos e da resistência política à ins- de formação nos diversos campos
da cultura e de sistemas setoriais
10
articulando várias áreas da ges- verno e criar as condições para
tão cultural. a cultura deixar de ser um com-
ponente periférico para ocupar
Por outro lado, verifica-se que definitivamente seu espaço
apesar da existência e funciona- como um dos vetores centrais
mento dos diversos componentes do processo de desenvolvimen-
dos sistemas nacional, estaduais to do nosso país.
e municipais, de forma geral não
há, ainda, uma visão e atuação
“sistêmica”, em que as partes se
vejam como integrantes de um João Roberto Peixe
conjunto maior e atuem de forma Secretário de Articulação
integrada, a partir de uma concep- Institucional do Ministério da
ção comum de política cultural e Cultura
uma efetiva interação e comple-
mentaridade, capaz de provocar
verdadeira sinergia no processo,
potencializando os resultados das
ações empreendidas e dos recur-
sos disponibilizados.
11
12
Sumário
13
sumário
introdução 17
1 Na Lei que regulamentará o Sistema Nacional de Cultura, quando aparece a Secretaria de Cultura como ór-
gão de coordenação, logo em seguida vem a expressão “ou órgão equivalente”. O que isso quer dizer? 34
2 Quais são as principais atribuições de um órgão gestor da cultura? 34
3 No Sistema Nacional de Cultura qual o papel do órgão gestor da Cultura no nível estadual? 35
14
2.6 perguntas mais frequentes sobre planos estaduais de cultura 43
2.8 perguntas mais frequentes sobre sistema estadual de informações e indicadores culturais 49
1 A quem cabe desenvolver o Sistema Estadual de Informações e Indicadores Culturais e qual sua finalidade? 49
2 O que constitui o Sistema Estadual de Informações e Indicadores Culturais? 49
3 Quais são os objetivos do Sistema Estadual de Informações e Indicadores Culturais? 49
4 Quais são as relações do Sistema Estadual com os Sistemas Nacional e Municipais de Informações e
Indicadores Culturais? 49
2.9 perguntas mais frequentes sobre programa estadual de formação na área da cultura 50
3 anexos 53
15
16
Introdução
17
O principal objetivo do Sistema Nacional Os direitos culturais, diferentemente dos
de Cultura (SNC) é fortalecer institucio- direitos sociais, ainda são pouco conheci-
nalmente as políticas culturais da União, dos e praticados. São eles:
Estados e Municípios, com a participação
da sociedade. As políticas para a cultura • Direito à identidade e à diversidade cultural
ainda ocupam posição periférica na agen- (ou direito ao patrimônio cultural).
da da maioria dos governos, além de serem
conduzidas de forma pouco profissional. • Direito à participação na vida cultural, que
Parte desse problema está na indefinição a compreende:
respeito do papel do poder público (Estado)
na vida cultural. – Direito à livre criação.
18
• Democratizar e dar transparência aos proces- é o conjunto de modos de viver, os quais
sos decisórios, assegurando a participação variam de tal forma que só é possível falar
social nas instâncias deliberativas da em culturas humanas, no plural. Adotar a
política cultural. dimensão simbólica possibilita superar a
tradicional separação entre políticas de fo-
• Consolidar a cultura como mento à cultura (geralmente destinadas às
importante vetor do desenvolvi- artes) e de proteção do patrimônio cultural,
mento sustentável. pois ambas se referem ao conjunto da pro-
dução simbólica da sociedade.
• Intensificar o intercâmbio cultural, nacional e
internacional. A dimensão cidadã fundamenta-se no
princípio de que os direitos culturais fazem
• Promover o diálogo intercultural e contribuir parte dos direitos humanos e devem cons-
para a promoção da paz. tituir-se como plataforma de sustentação
das políticas culturais. Essa dimensão está
• Articular a política cultural com outras políti- garantida na Constituição Brasileira.
cas públicas.
A dimensão econômica compreende que
A Política Nacional considera a Cultura a cultura, progressivamente, vem se trans-
em três dimensões: simbólica, cidadã e formando num dos segmentos mais dinâ-
econômica. micos das economias de todos os países,
gerando trabalho e riqueza. Mais do que
A dimensão simbólica fundamenta-se na isso, a cultura, hoje, é considerada elemen-
ideia de que é inerente aos seres humanos to estratégico da chamada nova economia
a capacidade de simbolizar, que se expressa ou economia do conhecimento, que se
por meio de diversas línguas, valores, cren- baseia na informação e na criatividade,
ças e práticas. Nessa perspectiva, também impulsionadas pelos investimentos em
chamada antropológica, a cultura humana educação e cultura.
Tridimensionalidade da
Cultura
Simbólica Cidadã
Cultura
Econômica
19
20
1
O Sistema Nacional
de Cultura – SNC
21
conceito do sistema gem entre si. Os sistemas não são
nacional de cultura a simples soma de suas partes,
pois têm certas qualidades que
todo sistema é um conjunto de não se encontram nos elementos
partes interligadas que intera- concebidos de forma isolada.
Sociedade Civil
Sistema
Nacional de
Cultura
Sistemas
Sistemas
Estaduais e
Municipais de
Distrital de
Cultura
Cultura
22
princípios do sistema Estado e a fim de orientar a con-
nacional de cultura duta e as relações dos participan-
tes, são estabelecidos os seguintes
Tendo como referência as dimen- PRINCÍPIOS do Sistema Nacional
sões da Cultura, as atribuições do de Cultura:
Ampliação
Progressiva dos Diversidade
Recursos
Descentralização Universalização
Princípios
Democratização Fomento
Integração e
Autonomia Interação
Transversalidade Complementaridade
Órgão Gestor da
Cultura
Conferência de Conselho de Política
Cultura Cultural
dos Sistemas
Sistemas Setoriais
de Cultura Comissão
de Cultura intergestores
Sistema Programa
de Informações e de Formação na Área
Indicadores Culturais da Cultura
I Coordenação:
24
A seguir, vamos expor de forma tre o Poder Público e a Sociedade
sucinta o que caracteriza cada um Civil, convocada pelo Poder Exe-
desses componentes: cutivo (da União, estados, municí-
pios e Distrito Federal), encarrega-
Órgãos Gestor da Cultura é a ins- da de avaliar as políticas culturais,
tituição pública responsável pela analisar a conjuntura cultural e
coordenação do Sistema de Cultu- propor diretrizes para o Plano de
ra e pela execução das políticas da Cultura. Quando o Poder Executivo
área cultural. No nível nacional, é não efetuar a convocação da Con-
o Ministério da Cultura, no nível ferência, esta pode ser feita pelo
estadual, as Secretarias Estaduais Poder Legislativo.
de Cultura (ou órgão equivalente),
e, no nível municipal, as Secreta- Comissões Intergestores são ins-
rias Municipais de Cultura (ou ór- tâncias de negociação e operacio-
gão equivalente). nalização do Sistema Nacional de
Cultura. São de dois tipos: Comissão
Conselho de Política Cultural é Intergestores Tripartite (CIT), or-
uma instância colegiada permanen- ganizada no plano nacional, tem a
te, de caráter consultivo e deliberati- participação de representantes de
vo, integrante da estrutura político- gestores públicos dos três entes da
administrativa do Poder Executivo, Federação (União, estados e muni-
constituído por membros do Poder cípios); e Comissões Intergestores
Público e da Sociedade Civil. Criado Bipartites (CIBs), organizadas no
por lei, tem como principais atribui- plano estadual, têm a participação
ções: propor e aprovar, a partir das de representantes dos gestores pú-
decisões tomadas nas conferências, blicos dos estados e municípios. As
as diretrizes gerais do Plano de Cul- principais funções dessas comissões
tura e acompanhar sua execução; são: promover a articulação entre os
apreciar e aprovar as diretrizes ge- entes da Federação, estabelecer, em
rais do Sistema de Financiamento à cada programa, projeto ou ação co-
Cultura e acompanhar o funciona- mum, as atribuições, competências
mento dos seus instrumentos, em e responsabilidades de cada ente
especial o Fundo de Cultura; e fisca- e pactuar a respeito de questões
lizar a aplicação dos recursos recebi- operacionais referentes à implanta-
dos decorrentes das transferências ção dos programas. A CIT e as CIBs
federativas. O Conselho deve ter na devem funcionar como órgãos de
sua composição pelo menos 50% assessoramento técnico ao Conse-
de representantes da sociedade ci- lho Nacional de Política Cultural e
vil, eleitos democraticamente pelos aos Conselhos Estaduais de Política
respectivos segmentos, e ser institu- Cultural que, junto com os órgãos
ído em todas as instâncias da Fede- de cultura, tomam as decisões supe-
ração (União, Estados, Municípios e riores relacionadas ao SNC.
Distrito Federal).
Plano de Cultura é um instru-
Conferência de Cultura é a reu- mento de gestão de médio e lon-
nião realizada periodicamente en- go prazo, no qual o Poder Público
26
sobre a qual se pretende atuar. Por do Sistema Nacional de Cultura,
meio do levantamento dos artis- pois a gestão cultural é uma área
tas, produtores, grupos de cultura que ainda se ressente da falta de
popular, patrimônio material e profissionais com conhecimento
imaterial, eventos, equipamentos e capacitação. Para atingir todos
culturais, órgãos públicos e priva- os estados e municípios, deverá
dos e movimentos sociais de cul- ser organizada uma rede nacio-
tura é possível planejar e executar nal de formação na área da cul-
com maior precisão programas e tura, com base no mapeamento
projetos culturais. Os indicadores e avaliação das instituições que
podem ser qualitativos e quanti- oferecem cursos de política e ges-
tativos. Os primeiros são coleta- tão cultural no Brasil.
dos em documentos e entrevistas
abertas, e, em geral são expressos Sistemas Setoriais de Cultura são
por meio de palavras. Os indicado- subsistemas do SNC que se estru-
res quantitativos também podem turam para responder com maior
ser acessados em documentos ou eficácia à complexidade da área
por meio de questionários fecha- cultural, que se divide em muitos
dos; são, quase sempre, expressos setores, com características dis-
por números. Os indicadores não tintas. Em geral, a necessidade de
são simples dados. Na verdade, os criar subsistemas – como os de bi-
dados alimentam os indicadores, bliotecas, museus, do patrimônio
que são medidas permanentes cultural, das artes e outros – surge
cujo objetivo é sinalizar tendên- nos lugares onde as demandas es-
cias. O desejável é que os sistemas pecíficas se ampliam de tal forma
nacional, estaduais e municipais que é preciso organizar estruturas
de informações e indicadores se- próprias para seu atendimento. A
jam conectados e constantemente expansão das políticas culturais
atualizados. A atualização permite no país levará à criação nos muni-
construir o que se chama de“série cípios de sistemas setoriais que, à
histórica” de indicadores, pela medida que forem sendo institu-
qual é possível avaliar as políticas ídos, devem se conectar de forma
ao longo do tempo, sua evolução federativa aos respectivos subsis-
ou eventual retrocesso. Dessa for- temas estaduais e nacional.
ma, é possível corrigir rumos e in-
crementar ações bem-sucedidas.
29
A Lei que regulamentará o Sistema dual de Política Cultural, Conferência
Nacional de Cultura deverá dispor Estadual de Cultura, Plano Estadual
que os Sistemas Estaduais de Cultu- de Cultura e Sistema Estadual de Fi-
ra tenham, no mínimo, cinco com- nanciamento da Cultura (com Fundo
ponentes: Secretaria de Cultura (ou Estadual de Cultura).
órgão equivalente), Conselho Esta-
30
menos seis componentes: Órgão Gestor (secretaria de cul-
tura ou equivalente), Conselho Estadual de Política Cultu-
ral, Conferência Estadual de Cultura, Plano Estadual de Cul-
tura, Comissão Intergestores Bipartite e Sistema Estadual
de Financiamento à Cultura (com Fundo de Cultura).
2 O Estado já im- Sim. Porque a lei geral do Sistema Estadual de Cultura deve
plantou a maioria, criar as conexões entre os seus componentes. Por exemplo:
todos ou alguns dos a Conferência Estadual estabelece as macrodiretrizes da
componentes do SEC. política cultural, que devem ser detalhadas pelo Plano Esta-
Mesmo assim é ne- dual de Cultura (PEC), elaborado pelo Órgão de Cultura, com
cessário criar uma lei a colaboração e aprovação do Conselho Estadual de Política
específica do Sistema Cultural e a participação de Fóruns organizados da socieda-
Estadual de Cultura? de civil. Para sua efetivação, o Plano deve prever os recursos
a serem alocados pelo Sistema Estadual de Financiamento
da Cultura, que deve ter seus instrumentos de apoio esta-
belecidos na lei. Além disso, a lei do SEC tem de estabelecer
as conexões com os Sistemas Municipais e Nacional de Cul-
tura. Se o Estado já tem leis sobre alguns dos componentes,
como, por exemplo, a lei de incentivo à cultura ou as que
criaram a Secretaria e o Conselho Estadual, instituir a lei
geral do SEC é uma oportunidade de rever essas leis especí-
ficas e adequá-las ao que prevê o Sistema Nacional de Cul-
tura. Pode-se, por exemplo, alterar a composição do Conse-
lho, caso ele não tenha, no mínimo, 50% de representantes
da sociedade civil, ou o processo de escolha dos membros,
se os representantes da sociedade são indicados pelo go-
vernador e não eleitos democraticamente pelos respectivos
segmentos. Pode-se alterar também a lei de incentivo, caso
ela não tenha previsto o mecanismo do Fundo Estadual de
Cultura. Se essas leis específicas já estão em conformidade
com o SNC, basta citá-las no corpo da nova lei do Sistema
Estadual; se não estiverem, a lei do SEC pode revogá-las e
instituir os dispositivos adequados.
32
em comum acordo entre as partes até sessenta dias após a
publicação do Acordo no Diário Oficial da União. Para dar
início ao processo de adesão ao Sistema Nacional de Cul-
tura, siga os passos indicados no Anexo dessa Cartilha.
1 No material sobre o O órgão de gestão da cultura nos Estados pode ter várias ca-
Sistema Nacional de racterísticas: ser uma secretaria exclusiva; uma secretaria
Cultura, quando apa- em conjunto com outras políticas setoriais; um setor subor-
rece a Secretaria de dinado a outra secretaria; um setor subordinado diretamen-
Cultura como órgão te ao governador; ou uma fundação pública, subordinada a
de coordenação, logo outra Secretaria ou diretamente ao governador. Em vários
em seguida vem a Estados, a cultura é parte de uma secretaria maior, respon-
expressão “ou órgão sável também por setores como educação, turismo, lazer e
equivalente”. O que esporte. Em geral, quando a cultura está junto com a educa-
isso quer dizer? ção, ela é considerada de forma marginal, mesmo porque a
educação tem muito mais recursos (vinculados constitucio-
nalmente) e exigências legais que naturalmente acabam ab-
sorvendo o gestor. Por outro lado, quando vinculada ao turis-
mo, ao esporte e ao lazer, a cultura costuma ocupar lugar de
destaque, embora geralmente continua dispondo de poucos
recursos. Do ponto de vista do Sistema Nacional de Cultura,
o que se pretende é que os Estados tenham um órgão espe-
cífico para a cultura, que é um sinal evidente de que a admi-
nistração valoriza e dá importância ao setor. Nesse caso, o
órgão específico é a Secretaria de Cultura e o equivalente é a
Fundação Pública de Cultura.
2 Quais são as princi- As atribuições de um órgão gestor da cultura podem ser di-
pais atribuições de vididas em quatro categorias: organização de atividades do
um órgão gestor calendário cultural da cidade, realização ou apoio a eventos e
da cultura? projetos da sociedade, desenvolvimento de ações culturais em
conjunto com outras políticas públicas e prestação de servi-
ços culturais permanentes. Em geral, os órgãos de cultura são
encarregados de cuidar das atividades do calendário cultural,
constituído tradicionalmente pelas festas religiosas (como
Semana Santa, Padroeiro da Cidade e Natal), civis (como o
aniversário da cidade), populares (como carnaval, ciclo junino
e réveillon), sociais (como o 1º de maio, Dia da Mulher, Dia da
Consciência Negra, Parada Gay), festas ligadas aos ciclos eco-
nômicos locais (as agropecuárias, por exemplo) e os festivais,
feiras e salões de arte (música, teatro, dança, circo, cinema, artes
visuais, fotografia, design, artesanato, literatura, etc.). Os even-
tos, como o próprio nome diz, são sempre provisórios, ocasio-
nais, sejam eles realizados pelo próprio Poder Público ou pela
sociedade. As atividades permanentes envolvem uma série de
serviços e ações: criação e manutenção de espaços culturais (te-
atros, museus, bibliotecas e centros culturais); registro, proteção
e promoção da memória e do patrimônio cultural (material e
34
imaterial); apoio à produção, distribuição e consumo de bens
culturais (leis de incentivo e outras formas de fomento); incen-
tivo ao livro e à leitura; intercâmbio cultural (como a promoção
de circuitos culturais); formação de recursos humanos (cursos
técnicos, artísticos e de gestão cultural) e programas sociocultu-
rais (voltados para públicos específicos: crianças, adolescentes,
jovens e idosos; pessoas com deficiência; populações prisionais,
asilares e hospitalizadas; populações sem teto, sem terra, as-
sentadas e faveladas; populações étnico-raciais e comunidades
tradicionais, entre outros). Num plano ainda mais alto, as polí-
ticas culturais são chamadas a colaborar com o planejamento
urbano (revitalização de áreas degradadas, espaços culturais
em áreas de intervenções urbanas e planos regionais) e com o
desenvolvimento econômico local (investimentos na economia
da cultura). Em geral, os governantes costumam apreciar mais
os eventos, que trazem popularidade, e menosprezar as ativida-
des permanentes, que, no fundo, são as mais importantes, pois
fortalecem a identidade e a diversidade cultural local, e atuam
na formação contínua dos cidadãos (cidadania cultural). Daí a
importância da elaboração do Plano de Cultura e sua aprovação
como Lei Estadual, pois ele explicitará as prioridades da cultura e
quais programas, projetos e ações devem ter recursos assegura-
dos na Lei Orçamentária Anual (LOA).
3 No Sistema Nacional Seu papel é implementar políticas públicas de cultura que al-
de Cultura qual o cancem todo o território do Estado e para isso precisa não so-
papel do órgão gestor mente descentralizar a sua estrutura, mas estreitar cada vez
da cultura no nível mais as suas relações com os demais entes federados, especial-
estadual? mente com os municípios. Não cabe ao órgão gestor da cultura
no nível estadual disputar e competir com os órgãos munici-
pais de cultura, realizando ações paralelas ou que se superpo-
nham às que são desenvolvidas pelos municípios, mas que se
integrem e se complementem. Considerando os três níveis da
federação os Estados estão num plano intermediário e essa
situação coloca o órgão estadual responsável pela gestão da
cultura numa posição estratégica para viabilizar uma atuação
conjunta e articulada dos três entes federados, objetivo central
do SNC. A Comissão Intergestores Bipartite terá um papel fun-
damental na definição pactuada do que caberá ao Estado e ao
Município no campo da cultura, no contexto local. O que será
atribuição comum e o que será de responsabilidade exclusiva
de cada ente. A Constituição Brasileira assegura a autonomia
política e administrativa dos três entes federados e um dos
princípios do SNC é o da autonomia. Isso significa respeitar esse
preceito constitucional, mas buscar cada vez mais estreitar as
relações entre os três entes federados para uma ação conjunta.
Nesse sentido, os Estados ocupam um papel relevante. No en-
1 Quais são as prin- A ideia de participação social, própria das democracias mo-
cipais atribuições dernas, pressupõe que os conselhos de política cultural sejam
de um Conselho consultivos e deliberativos. Para tanto, devem propor, formu-
Estadual de Política lar, monitorar e fiscalizar as políticas culturais, a partir das
Cultural? diretrizes emanadas das Conferências de Cultura. A tarefa de
propor e formular deve resultar num Plano Estadual de Cul-
tura de médio e longo prazos, feito pelo órgão de cultura em
conjunto com o Conselho de Política Cultural e com a colabo-
ração dos fóruns da sociedade civil. Com o Plano em mãos, fica
mais objetiva a tarefa de monitorar e fiscalizar a execução dos
programas, projetos e ações culturais.
36
des sexuais (de gênero, transgênero e de orientação sexual) e as
faixas etárias (como os movimentos de juventude, por exemplo).
Também devem ter assento representantes de circunscrições
territoriais (regiões, territórios de identidade) e de instituições
não governamentais ligadas aos temas da cultura. O conceito
amplo de cultura condiciona mudanças também na participa-
ção do poder público, que deve incluir não apenas os órgãos de
cultura, mas representantes de outras políticas públicas que têm
interface com a política cultural, tais como: educação, comunica-
ção, turismo, ciência e tecnologia, meio ambiente, esporte, saúde,
segurança pública e desenvolvimento econômico e social. Ainda
na esfera do Poder Público podem ser incluídos representantes
do Poder Legislativo e de instituições públicas de ensino e pes-
quisa. Os Conselhos Estaduais de Política Cultural devem, na sua
composição, considerar todo o Estado e não apenas a capital e
região metropolitana, a fim de assegurar o equilíbrio e a propor-
cionalidade na representação das diversas regiões, assim como
dos diversos segmentos artísticos, setores ligados à economia da
cultura e movimentos sociais de identidade. Esses são os critérios
que devem nortear a composição dos Conselhos de Política Cul-
tural, mas é a realidade cultural de cada Estado que determinará
quantos membros e quais segmentos terão assento no Conselho.
5 Como devem ser esco- Os membros do Poder Público são indicados pelos órgãos do Po-
lhidos os membros do der Executivo (municipal, estadual e Federal), pela Assembléia
Conselho Estadual de Legislativa e pelas instituições públicas de ensino e pesquisa
Política Cultural? que integram o conselho. Os conselheiros da sociedade civil,
por sua vez, são eleitos pelos respectivos segmentos. Os mem-
bros desses segmentos, de artistas ou movimentos sociais de
identidade, devem se cadastrar como eleitores no Órgão Gestor
da Cultura no Estado, para terem o direito de votar nos seus re-
presentantes. O mesmo deve ser feito pelos cidadãos morado-
res das circunscrições territoriais (regiões do Estado) que, no ato
do cadastramento, devem comprovar residência nesses locais,
para se tornarem aptos a eleger seus representantes. É reco-
mendável que o mandato dos conselheiros seja, no máximo, de
dois anos, podendo ser renovável uma vez, por igual período.
A existência de fóruns (organizações formais ou informais que
38
reúnem setores específicos da cultura), associações e sindicatos
contribui para que o processo de escolha dos candidatos seja
mais participativo e qualificado. Há experiências de eleição de
membros de Conselhos por meio da Conferência de Cultura,
mas para tanto é fundamental que ela seja amplamente re-
presentativa da área cultural e de seus setores. A vantagem da
escolha de candidatos por meio de fóruns é que, sendo perma-
nentes, ao contrário das Conferências, que são eventuais, eles
podem acompanhar cotidianamente o desempenho dos con-
selheiros eleitos, que assim funcionam como uma espécie de
ponte entre o fórum (que é da sociedade) e a gestão estadual.
8 Meu Estado já tem Não. O Estado deve criar o Conselho Estadual de Política Cul-
Conselho de Patrimô- tural, responsável pela formulação das diretrizes gerais da
nio. Ele é suficiente política cultural (com base nas deliberações da Conferência) e
para o Sistema Esta- pelas decisões referentes ao desenvolvimento da cultura local,
dual de Cultura? à proteção do patrimônio e ao incentivo às artes. Não é ne-
cessário extinguir o Conselho de Patrimônio e criar um novo.
Basta propor à Assembléia Legislativa mudanças na lei que
criou o Conselho de Patrimônio, alterando sua denominação
e ampliando suas atribuições. O Estado também pode criar o
Conselho Estadual de Política Cultural e manter o Conselho de
Patrimônio. Neste caso, deve estabelecer claramente as atri-
buições de cada um e as conexões entre eles, considerando
que o Conselho Estadual de Política Cultural tem papel central,
por se tratar de um componente do sistema geral da cultura,
ao passo que o Conselho de Patrimônio faz parte de um siste-
ma setorial, ou seja, de um subsistema do SEC. É importante
verificar se o Conselho de Patrimônio respeita os princípios do
SNC, particularmente a paridade e a escolha democrática dos
representantes da sociedade civil. Caso contrário, devem ser
feitas as mudanças com a devida compatibilização.
40
2.4 perguntas mais frequentes sobre conferência
estadual de cultura
3 Qual é a composição Ela deve ter uma composição enxuta, com um número mí-
da Comissão Inter- nimo de membros para que funcione com agilidade e tenha
gestores Bipartite? capacidade operacional, sendo composta, paritariamente,
por membros titulares e igual número de suplentes, dos dois
níveis de governo: no nível Estadual, por representantes da
Secretaria Estadual de Cultura - SECULT e, no nível Munici-
pal, por representantes dos órgãos gestores municipais de
cultura das macro-regiões do Estado.
42
transparentes de partilha e transferência de recursos do
Fundo Estadual de Cultura – FEC para os Fundos Municipais,
para co-financiamento das políticas culturais, e submetê-los
ao Conselho Estadual de Política Cultural - CEPC, para análise
e aprovação.
2 Como se faz um Plano Para fazer um Plano é necessário responder às seguintes per-
Estadual de Cultura? guntas: Como estamos? Onde queremos chegar? Como fazer e
quando chegaremos lá? Para responder à primeira pergunta é
necessário coletar informações. Inicialmente, sugere-se que os
coordenadores do Plano - o Órgão de Cultura e o Conselho Esta-
dual de Política Cultural -, busquem os dados disponíveis dentro
do próprio governo e na sociedade. Constituem subsídios para
a elaboração dos planos de cultura: dados e estatísticas sobre o
Estado existentes nos órgãos do governo municipais, estaduais
e federal; pesquisas e estudos sobre cultura relacionados ao Es-
tado; a Constituição Estadual e a legislação cultural local; as de-
liberações da Conferência Estadual de Cultura; as deliberações
44
4 O Plano é de longo Sim. O próprio Plano pode prever mecanismos e prazos de revisão.
prazo, mas como a Sendo um plano decenal, é recomendável que sua revisão seja
realidade é dinâ- feita periodicamente, a cada quatro anos, conforme estabelecido
mica, pode ser que pela Lei do Plano Nacional de Cultura. A revisão deve ser feita com
haja necessidade de a participação da sociedade, por meio do Conselho Estadual de
adequá-lo a novas Política Cultural, e, se possível, com a realização de uma Conferên-
conjunturas. Isso é cia de Cultura. A revisão deve considerar os dados e indicadores
possível? resultantes do monitoramento e avaliação de sua execução e as
eventuais mudanças no cenário cultural local e nacional.
1 Quem deve gerir O Projeto de Lei nº 6.722/2010, que institui o Procultura, propõe de-
o Fundo Estadual de terminação de que a transferência de recursos aos Fundos Esta-
Cultura? duais de Cultura seja condicionada à existência de “(...) I - fundo de
cultura; II - plano de cultura, em vigor no prazo de até um ano após
a publicação desta lei; III - órgão colegiado oficialmente instituído
para a gestão democrática e transparente dos recursos culturais,
em que a sociedade civil tenha representação no mínimo paritária,
assegurada em sua composição a diversidade regional e cultural.”
Esse órgão colegiado é o Conselho Estadual de Política Cultural,
que deve gerir e controlar o Fundo Estadual de Cultura. No entan-
to a ordenação de despesas, os desembolsos e as prestações de
conta, devem estar a cargo do Poder Executivo local, exercido pelo
titular da Secretaria Estadual de Cultura ou órgão equivalente.
2 Meu Estado Deve-se instituir, por lei, o Sistema Estadual de Cultura (SEC),
já tem lei estadual do qual fazem parte o Sistema Estadual de Financiamento
de incentivo à cultu- à Cultura, o Conselho Estadual de Política Cultural e o Plano
ra, mas não tem nem Estadual de Cultura. O Sistema Estadual de Financiamento
Conselho, nem Plano, à Cultura pode contemplar financiamentos reembolsáveis
nem Fundo de Cultu- e não-reembolsáveis, como os disponibilizados pelo Fundo
ra. Como proceder? Estadual de Cultura. Portanto, a Lei Estadual de Incentivo à
Cultura já existente pode ser incorporada à nova lei do SEC.
Caso ela não esteja plenamente alinhada com o Sistema Na-
cional de Cultura, deve ser feita a devida compatibilização.
46
Os outros dois mecanismos (Incentivo Fiscal e Investimentos) são
utilizados em menor escala nos Estados, especialmente nos menos
desenvolvidos economicamente, tendo em vista a insuficiência das
suas arrecadações tributárias.
5 Por que preciso de um Porque o Fundo Estadual de Cultura tem maior amplitude e per-
Fundo se eu já tenho manência, ao contrário dos editais, que geralmente são eventuais e
uma política de apoio restritos a finalidades específicas. E nada impede que os recursos do
à cultura por meio de Fundo sejam aplicados por meio de editais; ao contrário, a Lei do Pro-
editais com recursos cultura exige que seja assim, quando se tratar de projetos propos-
do orçamento da tos pela sociedade. Além disso, quando o Procultura for aprovado, o
Secretaria de Cultura? Fundo Nacional de Cultura será o principal mecanismo de fomento,
incentivo e financiamento à cultura, e só terão acesso aos recursos
os estados e municípios que tiverem criado seus próprios fundos.
6 Qual o melhor A seleção de projetos deve ser feita por uma comissão, de compo-
mecanismo e quais sição paritária entre membros do Órgão Gestor da Cultura e da
critérios devem ser Sociedade Civil, e se orientar pelo nível de adesão às propostas do
considerados na Plano Nacional ou Plano Estadual de Cultura e segundo critérios
seleção de projetos? objetivos: avaliação das três dimensões culturais do projeto – sim-
bólica, econômica e social; adequação orçamentária; viabilidade
de execução e capacidade técnico-operacional do proponente.
48
2.8 perguntas mais frequentes sobre sistema estadual
de informações e indicadores culturais
1 A quem cabe desen- Cabe à Secretaria Estadual de Cultura – SECULT, com a finali-
volver o Sistema Esta- dade de gerar informações e estatísticas da realidade cultu-
dual de Informações e ral do Estado, constituindo cadastros e indicadores culturais
Indicadores Culturais
e qual sua finalidade?
2 Como será desenvol- O Programa deve ser desenvolvido por uma rede estadual
vido o Programa Esta- de instituições públicas e privadas de formação na área da
dual de Formação na cultura, a ser articulada pela Secretaria Estadual de Cultura –
Área da Cultura e qual SECULT. Abrange a capacitação em política cultural e a quali-
a sua abrangência? ficação administrativa dos agentes envolvidos na gestão cul-
tural, bem como a formação nas áreas técnicas e artísticas.
1 Por que constituir Os Sistemas Setoriais são constituídos para atender à com-
Sistemas Setoriais de plexidade e especificidades da área cultural e funcionam
Cultura? como subsistemas do Sistema Nacional de Cultura. No plano
estadual, os Sistemas Setoriais se constituem como subsiste-
mas do Sistema Estadual de Cultura.
50
4 O que deve nortear Elas devem seguir as diretrizes gerais vindas da Confe-
as políticas culturais rência Estadual de Cultura e do Conselho Estadual de Polí-
setoriais? tica Cultural, consolidadas no Plano Estadual de Cultura.
53
3.1 passo a passo para a resposta. Caso seja positiva, não tendo
integração do Estado nenhuma correção a fazer, siga o procedi-
ao sistema nacional de mento já definido acima. Caso contrário,
cultura, com a assinatura faça as correções e envie novamente para
do acordo de cooperação o e-mail: acordosnc@cultura.gov.br
federativa do snc.
4 Aguarde a publicação no Diário Oficial da
União, que será comunicada via e-mail
1 Acesse o blog do Sistema Nacional de pelo Ministério da Cultura.
Cultura digitando: blogs.cultura.gov.
br/snc/ e baixe os arquivos referentes 5 Até o prazo máximo de 30 dias após a
ao Acordo de Cooperação Federativa. data da publicação no Diário Oficial da
União envie para Secretaria de Articula-
2 Preencha a minuta do “Acordo ção Institucional do Ministério da Cultura
de Cooperação Federativa para o nome do Responsável pelo acompa-
Desenvolvimento do Sistema nhamento do Acordo e, em até 60 dias, o
Nacional de Cultura” e os formulários Plano de Trabalho.
“Solicitação de Integração ao Sistema
Nacional de Cultura” e “Informações documentos a serem
Complementares ao Acordo de anexados ao acordo de cooperação
federativa
Cooperação Federativa do Sistema
Nacional de Cultura” e envie, junto • Formulário de Solicitação de Integração
com a documentação do prefeito ao Sistema Nacional de Cultura preen-
(carteira de identidade, CPF e ata de chido e assinado pelo representante legal
posse) para o e-mail: (governador).
acordosnc@cultura.gov.br
• Formulário preenchido “Informações
3 Aguarde a resposta do Ministério da Complementares ao Acordo de Coope-
Cultura: ração Federativa do Sistema Nacional de
Cultura”.
• Caso a resposta seja positiva, não
tendo nenhuma correção ou comple- • Documentos do representante legal
mentação a fazer, imprima 2 vias do (governador): RG, CPF e Ata da posse
Acordo de Cooperação Federativa e (cópias autenticadas).
os dois formulários (já devidamente
preenchidos). A seguir, o prefeito do mu- • Documentos do estado: CNPJ (cópia
nicípio assina os documentos e rubrica autenticada)
todas as suas páginas. Anexe, então, os
documentos solicitados referentes ao a documentação deve ser
estado ou município e ao seu repre- encaminhada via correio ou
entregue na:
sentante legal (prefeito) e envie todo
material para o Ministério da Cultura. À Secretaria de
Articulação Institucional
• Caso seja exigida alguma correção ou
complementação faça as devidos ajus- Coordenação Geral de Instituciona-
tes e envie novamente para o e-mail: lização e Monitoramento do Sistema
acordosnc@cultura.gov.br e aguarde Nacional de Cultura
54
Ministério da Cultura – MinC 3055-5929
Esplanada dos Ministérios, Bloco B, Horário de Atendimento:
Protocolo Geral – Térreo 9h às 18h
CEP 70068-900 – Brasília - DF acordosnc.mg@cultura.gov.br
Telefone: 61 2024-2050
Horário de Atendimento: Representação Regional
8h às 18h. do Nordeste
Rua do Bom Jesus, 237
a documentação também poderá – Recife Antigo
ser entregue nos escritórios CEP: 50.030-170
das representações regionais do
minc, nos endereços abaixo: Recife - PE
Telefone: 81 3117-8430
Representação Regional Fax: 81 3117-8450
de São Paulo Horário de Atendimento:
Edifício CBI Esplanada – Rua Formosa, 9h às 18h
nº 367, 21º andar – Centro nordeste@cultura.gov.br
CEP: 01049-911
São Paulo - SP Representação Regional
Telefone: 11 5539-6304 da Bahia
Fax: 11 5549-6116 Endereço: Rua Ignacio Acioly, nº 6
Horário de atendimento: (Antiga Rua da Ordem Terceira),
9h às 18h Pelourinho
(Para público externo, até 13h) CEP 40.026-260
atendimento.sp@cultura.gov.br Salvador - BA
Telefone: (61) 9621 2243
Representação Regional Horário de Atendimento: 9h às 18h
do Rio de Janeiro e Espírito Santo representaçãobahia@cultura.gov.br
Palácio Gustavo Capanema Rua da
Imprensa, nº 16, 2º andar - Centro Representação Regional do Sul
CEP: 20030-120 Rua André Puente, nº 441, sala 604 -
Rio de Janeiro - RJ Bairro Independência
Telefones: 21 2220-6590 CEP: 90.035-150
2220-4189 Porto Alegre - RS
Fax: 21 2220-7715 Telefones: 51 3311-5331
Horário de atendimento: Fax: 51 3395-3423
9h às 18h Horário de Atendimento:
gabinete.rj@cultura.gov.br 9h às 12h/14h às 18h
regionalsul@cultura.gov.br
Representação Regional
de Minas Gerais Representação Regional
Rua Rio Grande do Sul, 940 – Santo do Norte
Agostinho Avenida Governador José Malcher, nº
CEP: 30.170-111 563 - Bairro de Nazaré
Belo Horizonte - MG CEP: 66.035-100
Telefones: 31 3293-5713 Belém - PA
3055-5900 Telefone: 91 3073-4150
Fax: 31 3293-8144 Fax: 91 3073-4154
Anexos 55
Horário de atendimento: Federativa do Brasil e a Constituição
8h às 12h/14h às 18h do Estado, o Sistema Estadual de
regionalnorte@cultura.gov.br Cultura - SEC, que tem por finalidade
promover o desenvolvimento huma-
no, social e econômico, com pleno
Escritório do Acre exercício dos direitos culturais.
Rua Dom Bosco, nº 186,
Bairro Bosque Parágrafo único. O Sistema Estadual
CEP: 69.909-390 de Cultura - SEC integra o Sistema Na-
Rio Branco - AC cional de Cultura – SNC e se constitui
Telefone: 68 3227-9029 no principal articulador, no âmbito
Horário de Atendimento: estadual, das políticas públicas de cul-
9h às 14h tura, estabelecendo mecanismos de
snc.ac@cultura.gov.br gestão compartilhada com os demais
entes federados e a sociedade civil.
título i
3.2 Modelo básico de Projeto da política estadual de cultura
de Lei do Sistema Estadual
de Cultura – SEC, a ser Art. 2º A política estadual de cultura
adaptado à realidade de estabelece o papel do Estado de____ na
gestão da cultura, explicita os direitos
cada Estado. culturais que devem ser assegurados a
todos os_______ e define pressupostos
MODELO DO PROJETO DE LEI DO que fundamentam as políticas, progra-
SISTEMA ESTADUAL DE CULTURA – mas, projetos e ações formuladas e exe-
SEC cutadas pelo Estado, com a participação
da sociedade, no campo da cultura.
PROJETO DE LEI Nº , DE 2010
capítulo i
Dispõe sobre o Sistema Estadual de Do Papel do Estado de__________
Cultura de______, seus princípios, na Gestão Pública da Cultura
objetivos, estrutura, organização, gestão,
interrelações entre os seus componentes, Art. 3º A cultura é um direito funda-
recursos humanos, financiamento e dá mental do ser humano, devendo o
outras providências. Estado de ___________prover as con-
dições indispensáveis ao seu pleno
O GOVERNADOR DO ESTADO DE ____ exercício, no âmbito do seu território.
Faço saber que a Assembléia Legislativa
do Estado de ____ decreta e Art. 4º A cultura é um importante
eu sanciono a seguinte Lei: vetor de desenvolvimento humano,
social e econômico, devendo ser tra-
DISPOSIÇÃO PRELIMINAR tada como uma área estratégica para
o desenvolvimento sustentável e
Art. 1º Esta lei regula em todo o terri- para a promoção da paz no Estado de
tório do Estado de ___e em conformi- ___________.
dade com a Constituição da República
56
Art. 5º É responsabilidade do Estado VIII democratizar os processos decisó-
de________, com a participação da rios, assegurando a participação e o
sociedade, planejar e fomentar polí- controle social;
ticas públicas de cultura, assegurar
a preservação e promover a valori- IX estruturar e regulamentar a econo-
zação do patrimônio cultural mate- mia da cultura, no âmbito do Estado
rial e imaterial _______________ e de ______________;
estabelecer condições para o desen-
volvimento da economia da cultura, X consolidar a cultura como importante
considerando em primeiro plano o vetor do desenvolvimento susten-
interesse público e o respeito à di- tável;
versidade cultural.
XI intensificar as trocas, os intercâmbios e
Art. 6º Cabe ao Estado de_______ os diálogos interculturais;
planejar e implementar políticas
públicas para: XII contribuir para a promoção da cultu-
ra da paz.
I assegurar os meios para o desenvolvi-
mento da cultura como direito de to- Art. 7º A atuação do Estado de
dos os cidadãos com plena liberdade _________ no campo da cultura não se
de expressão e criação; universalizar contrapõe ao setor privado, com o qual
o acesso aos bens e serviços culturais; deve, sempre que possível, desenvolver
parcerias e buscar a complementarida-
II universalizar o acesso aos bens e ser- de das ações, evitando superposições e
viços culturais;reconhecer, proteger, desperdícios.
valorizar e promover a diversidade
das expressões culturais presentes no Art. 8º A política cultural deve ser
município; transversal, estabelecendo uma relação
estratégica com as demais políticas
III contribuir para a construção da públicas, em especial com as políticas
cidadania cultural; de educação, comunicação social, meio
ambiente, turismo, ciência e tecnolo-
IV reconhecer, proteger, valorizar e pro- gia, esporte, lazer, saúde e segurança
mover a diversidade das expressões pública.
culturais presentes no Estado de
_________. Art. 9º Os planos e projetos de de-
senvolvimento, na sua formulação e
V combater a discriminação e o precon- execução, devem sempre considerar
ceito de qualquer espécie e natureza; os fatores culturais e na sua avaliação
uma ampla gama de critérios, que vão
VI promover a equidade social e territo- da liberdade política, econômica e so-
rial do desenvolvimento cultural; cial às oportunidades individuais de
saúde, educação, cultura, produção,
VII qualificar e garantam a transparên- criatividade, dignidade pessoal e res-
cia da gestão cultural; peito aos direitos humanos, conforme
indicadores sociais.
Anexos 57
capítulo ii todos os modos de viver, fazer e criar
Dos Direitos Culturais dos diferentes grupos formadores da
sociedade ____________, conforme o
Art. 10. Cabe ao Estado de __________ Art. 216 da Constituição Federal.
garantir a todos os _________ o pleno
exercício dos direitos culturais, enten- Art. 13. Cabe ao Estado de ________
didos como: promover e proteger as infinitas
possibilidades de criação simbólica
I o direito à identidade e à diversidade expressas em modos de vida, cren-
cultural; ças, valores, práticas, rituais e iden-
tidades.
II o direito à participação na vida cultu-
ral, compreendendo: Art. 14. A política cultural deve con-
templar as expressões que caracteri-
a livre criação e expressão; zam a diversidade cultural do Estado
de _______________, abrangendo
b livre acesso; toda a produção nos campos das cul-
turas populares, eruditas e da indús-
c livre difusão; tria cultural.
58
vendo o acesso universal à cultura por Seção III
meio do estímulo à criação artística, Da Dimensão
da democratização das condições de Econômica da Cultura
produção, da oferta de formação, da
expansão dos meios de difusão, da am- Art. 22. Cabe ao Estado de ________
pliação das possibilidades de fruição e criar as condições para o desenvolvi-
da livre circulação de valores culturais. mento da cultura como espaço de ino-
vação e expressão da criatividade local
Art. 18. O direito à identidade e à di- e fonte de oportunidades de geração
versidade cultural deve ser assegu- de ocupações produtivas e de renda,
rado pelo Estado de __________ por fomentando a sustentabilidade e pro-
meio de políticas públicas de promo- movendo a desconcentração dos flu-
ção e proteção do patrimônio cultu- xos de formação, produção e difusão
ral _______, de promoção e proteção das distintas linguagens artísticas e
das culturas indígenas, populares e múltiplas expressões culturais.
afro-brasileiras e, ainda, de iniciati-
vas voltadas para o reconhecimento Art. 23. O Poder Público Municipal
e valorização da cultura de outros deve fomentar a economia da cultu-
grupos sociais, étnicos e de gênero, ra como:
conforme os Arts. 215 e 216 da Cons-
tituição Federal. I sistema de produção, materializado
em cadeias produtivas, num processo
Art. 19. O direito à participação na que envolva as fases de pesquisa,
vida cultural deve ser assegurado pelo formação, produção, difusão, distri-
Estado de __________ com a garantia buição e consumo;
da plena liberdade para criar, fruir e
difundir a cultura e não ingerência II elemento estratégico da economia
estatal na vida criativa da sociedade. contemporânea, em que se configura
como um dos segmentos mais dinâ-
Art. 20. O direito à participação na vida micos e importante fator de desenvol-
cultural deve ser assegurado igual- vimento econômico e social; e
mente às pessoas com deficiência,
que devem ter garantidas condições III conjunto de valores e práticas que
de acessibilidade e oportunidades de têm como referência a identidade e a
desenvolver e utilizar seu potencial diversidade cultural dos povos, possi-
criativo, artístico e intelectual. bilitando compatibilizar moderniza-
ção e desenvolvimento humano.
Art. 21. O estímulo à participação da
sociedade nas decisões de política Art. 24. As políticas públicas no
cultural deve ser efetivado por meio campo da economia da cultura de-
da criação e articulação de conselhos vem entender os bens culturais
paritários, com os representantes da como portadores de ideias, valores
sociedade democraticamente eleitos e sentidos que constituem a iden-
pelos respectivos segmentos, bem tidade e a diversidade cultural do
como, da realização de conferências e povo______________, não restritos ao
da instalação de colegiados, comissões seu valor mercantil.
e fóruns.
Anexos 59
Art. 25. As políticas de fomento à cul- com os demais entes federativos da
tura devem ser implementadas de República Brasileira - União, Estados,
acordo com as especificidades de cada Municípios e Distrito Federal - com
cadeia produtiva. suas respectivas políticas e institui-
ções culturais e a sociedade civil.
Art. 26. O objetivo das políticas públi-
cas de fomento à cultura no Estado de Art. 30. Os princípios do Sistema Es-
________ deve ser estimular a criação tadual de Cultura - SEC que devem
e o desenvolvimento de bens, produ- orientar a conduta do Governo Estado
tos e serviços e a geração de conhe- de ______________, dos demais entes
cimentos que sejam compartilhados federados e da sociedade civil nas suas
por todos. relações como parceiros e responsáveis
pelo seu funcionamento são:
Art. 27. O Estado de ________ deve
apoiar os artistas e produtores cul- I diversidade das expressões culturais;
turais atuantes no Estado de ______
para que tenham assegurado o direito II universalização do acesso aos bens e
autoral de suas obras, considerando o serviços culturais;
direito de acesso à cultura por toda
sociedade. III fomento à produção, difusão e
circulação de conhecimento e bens
título ii culturais;
do sistema estadual de cultura
IV cooperação entre os entes federados,
capítulo i os agentes públicos e privados atuan-
Das Definições e dos Princípios tes na área cultural;
60
XI descentralização articulada e pac- culturais, viabilizando a cooperação
tuada da gestão, dos recursos e das técnica e a otimização dos recursos
ações; financeiros e humanos disponíveis;
Anexos 61
a sistema de patrimônio cultural; I Coordenação:
Art. 34. Integram o Sistema Estadual Art. 35. Integram o Sistema Estadual de
de Cultura – SEC, no âmbito estadual: Cultura – SEC, no âmbito municipal, os
62
Sistemas Municipais de Cultura, com- III. outras que venham a ser constituídas.
postos, no mínimo, por:
Art. 39. São atribuições da Secretaria
I Coordenação: Estadual de Cultura – SECULT:
Anexos 63
IX. assegurar o funcionamento do nador do Sistema Estadual de Cultura
Sistema Estadual de Financiamento - SEC, compete:
à Cultura – SEFC e promover ações de
fomento ao desenvolvimento da pro- I. exercer a coordenação geral do Siste-
dução cultural no âmbito do Estado ma Estadual de Cultura - SEC;
de____________;
II. promover a integração do Estado de
X. descentralizar os equipamentos, ____________ ao Sistema Nacional
as ações e os eventos culturais, de Cultura – SNC e estabelecer os
democratizando o acesso aos bens procedimentos para a integração dos
culturais; municípios ao Sistema Estadual de
Cultura – SEC, por meio da assinatura
XI. estruturar e realizar cursos de forma- de termo de adesão voluntária;
ção e qualificação profissional nas
áreas de criação, produção e gestão III. instituir as orientações e deliberações
cultural; normativas e de gestão, aprovadas
no plenário do Conselho Estadual de
XII. estruturar o calendário dos eventos Política Cultural – CEPC e nas suas
culturais do Estado de _____________; instâncias setoriais;
XIII. elaborar estudos das cadeias produ- IV. implementar, no âmbito do governo
tivas da cultura para implementar estadual, as pactuações acordadas
políticas específicas de fomento e na Comissão Intergestores Triparti-
incentivo; te – CIT e aprovadas pelo Conselho
Nacional de Política Cultural – CNPC
XIV. captar recursos para projetos e e na Comissão Intergestores Bipartite
programas específicos junto a órgãos, – CIB e aprovadas pelo Conselho Esta-
entidades e programas internacio- dual de Política Cultural – CNPC;
nais, federais e estaduais.
V. emitir recomendações, resoluções
XV. operacionalizar as atividades do e outros pronunciamentos sobre
Conselho Estadual de Política Cul- matérias relacionadas com o Sistema
tural – CEPC e dos Fóruns Setoriais e Estadual de Cultura - SEC, observadas
Regionais de Cultura; as diretrizes aprovadas pelo Conselho
Estadual de Política Cultural – CEPC;
XVI. realizar periodicamente as Conferên-
cias Estaduais de Cultura - CEC, cola- VI. desenvolver e reunir, com o apoio
borar na realização das Conferências dos órgãos integrantes do Sistema
Municipais, colaborar na realização e Estadual de Cultura - SEC, de indi-
participar das Conferências Nacionais cadores e parâmetros quantitati-
de Cultura; vos e qualitativos que contribuam
para a descentralização dos bens
XVII. exercer outras atividades correlatas e serviços culturais promovidos
com as suas atribuições. ou apoiados, direta ou indireta-
mente, com recursos do Estado
Art. 39. À Secretaria Estadual de de __________, atuando de forma
Cultura – SECULT como órgão coorde- colaborativa com o Sistema Nacio-
64
nal de Informações e Indicadores III. Comissão Intergestores Bipartite –
Culturais - SNIIC; CIB.
Anexos 65
Cultural – CEPC deve contemplar a i Secretaria Estadual de Relações Inter-
representação do Estado de_________, nacionais, _____ representantes;
por meio da Secretaria de Cultura –
SECULT e suas Instituições Vincula- j Secretaria Estadual do Meio Ambiente,
das, de outros Órgãos e Entidades do _____ representantes;
Governo Estadual e dos demais entes
federados, mediante representação k Secretaria Estadual de Turismo, _____
dos Órgãos Gestores da Cultura e de representantes;
outras instituições dos Municípios e
do Governo Federal. l Secretaria Estadual de Esportes, _____
representantes;
Art. 42. O Conselho Estadual de Polí-
tica Cultural – CEPC será constituído m Secretaria Estadual de Saúde, _____
por ____ membros titulares e igual representantes;
número de suplentes, com a seguinte
composição: n Secretaria Estadual de Direitos Huma-
nos, _____ representantes;
I ________ membros titulares e res-
pectivos suplentes representando o o Sistema Estadual de Patrimônio Cultu-
Poder Público, através dos seguintes ral, _____representantes;
órgãos e quantitativos:
p Sistema Estadual de Museus, _____re-
a Secretaria de Cultura - SECULT, ____ presentantes;
representantes, sendo um deles o
Secretário de Cultura; q Sistema Estadual de Arquivos Públicos,
_____representantes;
b Fundação Estadual de Cultura, _____re-
presentantes, sendo um deles o seu r Sistema Estadual de Bibliotecas, Livro,
Diretor-Presidente; Leitura e Literatura, _____represen-
tantes;
c Secretaria Estadual de Educação,
_____representantes; s Fórum de Secretarias Municipais de
Cultura, _____representantes;
d Secretaria Estadual de Comunicação,
_____ representantes; t Representação Regional do Ministério
da Cultura, _____representantes;
e Secretaria Estadual de Ciência e Tec-
nologia, _____ representantes; u Universidade _________________,
_____representantes.
f Secretaria Estadual de Planejamento
Urbano, _____ representantes; II _____membros titulares e respectivos
suplentes, representando a sociedade
g Secretaria Estadual de Desenvolvimen- civil através dos seguintes setores e
to Econômico, _____ representantes; quantitativos:
66
b. Fórum Setorial de Design, _____repre- presentantes, sendo ______ por cada
sentantes; Região;
Anexos 67
II. Comitê de Integração de Políticas Pú- retrizes de uso dos recursos, com base
blicas de Cultura - CIPOC; nas políticas culturais definidas no
Plano Estadual de Cultura – PEC;
III. Colegiados Setoriais;
VII. acompanhar e fiscalizar a aplicação
IV. Comissões Temáticas; dos recursos do Fundo Estadual de
Cultura - FEC;
V. Grupos de Trabalho;
VIII. apoiar a descentralização de progra-
VI. Fóruns Setoriais e Territoriais. mas, projetos e ações e assegurar os
meios necessários à sua execução e
à participação social relacionada ao
Art. 44. Ao Plenário, instância máxi- controle e fiscalização;
ma do Conselho Estadual de Política
Cultural – CEPC, compete: IX. aprovar critérios de partilha e de
transferência de recursos para os
I. propor e aprovar as diretrizes gerais, municípios, negociados e pactuados
acompanhar e fiscalizar a execução na Comissão Intergestores Bipartite
do Plano Estadual de Cultura - PEC; – CIB;
68
XIV. promover cooperação com os manente, a formulação e o acom-
movimentos sociais, organizações panhamento de políticas culturais
não-governamentais e o setor específicas para os respectivos seg-
empresarial; mentos culturais e territórios.
Anexos 69
§ 3º. A Conferência Estadual de Cultu- II. estabelecer acordos sobre encami-
ra – CEC será precedida de Conferên- nhamentos de questões operacionais
cias Municipais ou Intermunicipais, referentes à implantação de ações,
bem como de Conferências Regio- programas e projetos que compõem o
nais e Setoriais. A data de realização Sistema Estadual de Cultura - SEC;
da Conferência Estadual de Cultura
– CMC deverá estar de acordo com o III. atuar como fórum de pactuação de
calendário de convocação da Confe- instrumentos, parâmetros, mecanis-
rência Nacional de Cultura. mos de implementação e regula-
mentação do Sistema Estadual de
§ 4º. A representação da sociedade ci- Cultura - SEC;
vil na Conferência Estadual de Cultu-
ra – CEC será, no mínimo, de dois ter- IV. manter contato permanente com a
ços dos delegados, sendo os mesmos Comissão Intergestores Tripartite –
eleitos em Conferências Setoriais e CIT e com as Comissões Intergestores
Conferências Municipais, Intermuni- Bipartites – CIBs dos demais estados
cipais ou Regionais. e do Distrito Federal para a troca
de informações sobre o processo de
Da Comissão Intergestores descentralização; e
Bipartite – CIB
V. promover a articulação entre as três
Art. 51. Fica instituída a Comissão esferas de governo, de forma a otimi-
Intergestores Bipartite – CIB como zar a operacionalização das ações.
instância permanente de articulação
entre os gestores públicos nos dois Art. 53. A Comissão Intergestores Bi-
níveis de Governo – Estadual e Mu- partite – CIB é composta, paritaria-
nicipal – para viabilizar a implemen- mente, por _____ membros titulares
tação do Sistema Estadual de Cultura e igual número de suplentes, com re-
– SEC, constituindo-se como principal presentação paritária dos dois níveis
instância de negociação e pactuação de governo:
das ações intergovernamentais no
que tange aos aspectos operacionais I. no nível Estadual, por ____ represen-
da gestão do Sistema Estadual de Cul- tantes da Secretaria Estadual de Cul-
tura – SEC. tura - SECULT; e
Parágrafo Único. A Comissão Inter- II. no nível Municipal, por ____ repre-
gestores Bipartite – CIB funcionará sentantes dos órgãos gestores muni-
como órgão de assessoramento téc- cipais de Cultura das ____macroregi-
nico ao Conselho Estadual de Política ões do Estado.
Cultural – CEPC.
§ 1º Considerando a composição das
Art. 52. Cabe à Comissão Intergestores ____ regiões administrativas do Estado
Bipartite – CIB: de ______________, as ___ macro-regi-
ões que terão assento na Comissão
I. definir as estratégias para implanta- Intergestores Bipartite – CIB, são cons-
ção e operacionalização do Sistema tituídas pelos seguintes municípios:
Estadual de Cultura - SEC;
70
I Macro-Região 1: __________________ tica Cultural – CEPC, devem ser sub-
________________________________ metidas à sua análise e aprovação.
_________
Art. 56. Cabe à Comissão Intergesto-
II Macro-Região 2: __________________ res Bipartite – CIB, com base nas di-
________________________________ retrizes estabelecidas pelo Conselho
________ Estadual de Política Cultural – CEPC,
definir e pactuar mecanismos e crité-
III Macro-Região 3: _________________ rios transparentes de partilha e trans-
________________________________ ferência de recursos do Fundo Esta-
_________ dual de Cultura – FEC para os Fundos
Municipais, para cofinanciamento
IV Macro-Região 4: _________________ das políticas culturais, e submetê-los
________________________________ ao Conselho Estadual de Política Cul-
________ tural - CEPC, para análise e aprovação.
Anexos 71
mentas de planejamento, inclusive XVII- mecanismos e fontes de financia-
técnico e financeiro, e de qualificação mento; e
dos recursos humanos.
XVIII- indicadores de monitoramento e
Do Plano Estadual de Cultura - PEC avaliação.
Parágrafo único. Os Planos devem III. Incentivo Fiscal, por meio de renúncia
conter: fiscal do ICMS, conforme lei específica; e
72
____________________, com recursos V doações e legados nos termos da
destinados a programas, projetos e legislação vigente;
ações culturais implementados de
forma descentralizada, em regime de VI subvenções e auxílios de entidades
colaboração e cofinanciamento pela de qualquer natureza, inclusive de
União, Estado e Municípios, transfe- organismos internacionais;
ridos fundo a fundo, de acordo com
critérios, valores e parâmetros pac- VII reembolso das operações de emprés-
tuados na Comissão Intergestores timo porventura realizadas por meio
Tripartite – CIT e aprovados pelo Con- do Fundo Estadual de Cultura - FEC, a
selho Nacional de Política Cultural título de financiamento reembolsá-
- CNPC e na Comissão Intergestores vel, observados critérios de remune-
Bipartite – CIB e aprovados pelo Con- ração que, no mínimo, lhes preserve
selho Estadual de Política Cultural - o valor real;
CEPC.
VIII retorno dos resultados econômicos
Parágrafo único. É vedada a utili- provenientes dos investimentos
zação de recursos do Fundo Esta- porventura realizados em empre-
dual de Cultura - FEC com despe- sas e projetos culturais efetivados
sas de manutenção administrativa com recursos do Fundo Estadual de
dos Governos Municipal, Estadual Cultura - FEC;
e Federal, bem como de suas enti-
dades vinculadas. IX resultado das aplicações em títulos
públicos federais, obedecida a legisla-
Art. 64. São receitas do Fundo Estadu- ção vigente sobre a matéria;
al de Cultura - FEC:
X empréstimos de instituições finan-
I dotações consignadas na Lei Orça- ceiras ou outras entidades;
mentária Anual (LOA) do Estado
de _______________ e seus créditos XI saldos não utilizados na execução
adicionais; dos projetos culturais financiados
com recursos dos mecanismos
II transferências federais à conta do Fundo previstos no Sistema Estadual de
Estadual de Cultura - FEC; Financiamento à Cultura - SEFC;
Anexos 73
Art. 65. O Fundo Estadual de Cultura Art. 67. O Fundo Estadual de Cul-
- FEC será administrado pela Secreta- tura - FEC financiará projetos cul-
ria Estadual de Cultura na forma es- turais apresentados por pessoas
tabelecida no regulamento, e apoia- físicas e pessoas jurídicas de direito
rá projetos culturais por meio das público e de direito privado, com ou
seguintes modalidades: sem fins lucrativos.
III § 4º Para o financiamento de que tra- § 1º O aporte dos recursos das pessoas
ta o inciso II, serão fixadas taxas de jurídicas de direito público ou de di-
remuneração que, no mínimo, preser- reito privado previsto neste artigo não
vem o valor originalmente concedido. gozará de incentivo fiscal.
74
§ 2º A concessão de recursos finan- III viabilidade de execução; e
ceiros, materiais ou de infra-estru-
tura pelo Fundo Estadual de Cultura IV capacidade técnico-operacional do
- FEC será formalizada por meio de proponente.
convênios e contratos específicos.
Do Sistema Estadual de
Art. 69. Para seleção de projetos apre- Informações e Indicadores
sentados ao Fundo Estadual de Cultu- Culturais - SEIIC
ra - FEC fica criada a Comissão Esta-
dual de Incentivo à Cultura – CEIC, de Art. 73. Cabe à Secretaria Estadual
composição paritária entre membros de Cultura - SECULT desenvolver o
do Poder Público e da Sociedade Civil. Sistema Estadual de Informações e
Indicadores Culturais - SEIIC com a
Art. 70. A Comissão Estadual de finalidade de gerar informações e
Incentivo à Cultura – CEIC será estatísticas da realidade cultural
constituída por ____ membros ti- do Estado de _______________,
tulares e igual número de suplen- constituindo cadastros e indicado-
tes. promover cooperação com res culturais.
os movimentos sociais, organiza-
ções não governamentais e o setor § 1º. O Sistema Estadual de Informa-
empresarial; ções e Indicadores Culturais - SEIIC é
constituído de bancos de dados refe-
§ 1º Os ___ membros do Poder Público rentes a bens, serviços, infra-estru-
serão indicados pela Secretaria Esta- tura, investimentos, produção, aces-
dual de Cultura – SECULT. so, consumo, agentes, programas,
instituições e gestão cultural, entre
§ 2º Os ___ membros da Sociedade outros, e estará disponível ao público
Civil serão escolhidos conforme e integrado aos Sistemas Nacional e
regulamento. Municipais de Informações e Indica-
dores Culturais.
Art. 71. Na seleção dos projetos a Co-
missão Estadual de Incentivo à Cultura § 2º O processo de estruturação do
– CEIC deve ter como referência maior Sistema Estadual de Informações
o Plano Estadual de Cultura – PEC e e Indicadores Culturais - SEIIC terá
considerar as diretrizes e prioridades como referência o modelo nacional,
definidas anualmente pelo Conselho definido pelo Sistema Nacional de
Estadual de Política Cultural – CEPC. Informações e Indicadores Cultu-
rais SNIIC.
Art. 72. A Comissão Estadual de Incen-
tivo à Cultura – CEIC deve adotar crité- Art. 74. O Sistema Estadual de In-
rios objetivos na seleção das propostas: formações e Indicadores Culturais -
SEIIC tem como objetivos:
I avaliação das três dimensões cultu-
rais do projeto - simbólica, econômica I. coletar, sistematizar e interpretar
e social; dados, fornecer metodologias e es-
tabelecer parâmetros à mensuração
II adequação orçamentária;
Anexos 75
da atividade do campo cultural e das de informações relacionadas ao setor
necessidades sociais por cultura, que cultural e elaborar indicadores cul-
permitam a formulação, monitora- turais que contribuam tanto para a
mento, gestão e avaliação das políti- gestão das políticas públicas da área,
cas públicas de cultura e das políticas quanto para fomentar estudos e pes-
culturais em geral, verificando e quisas nesse campo.
racionalizando a implementação do
Plano Estadual de Cultura – PEC e sua Do Programa Estadual de Formação
revisão nos prazos previstos; na Área da Cultura – PROEFAC
76
constituídos Sistemas Setoriais como Art. 85. Para assegurar as conexões
subsistemas do Sistema Estadual de entre os Sistemas Setoriais, seus cole-
Cultura - SEC. giados e o Sistema Estadual de Cultu-
ra - SEC, as coordenações e as instân-
Art. 80. Constituem-se Sistemas Se- cias colegiadas setoriais devem ter
toriais integrantes do Sistema Esta- assento no Conselho Estadual de Po-
dual de Cultura - SEC: lítica Cultural - CEPC com a finalidade
de propor diretrizes para elaboração
I. Sistema Estadual de Patrimônio das políticas próprias referentes às
Cultural - SEPC; suas áreas e subsidiar nas definições
de estratégias de sua implementação.
II. Sistema Estadual de Museus - SEM;
título iii
III. Sistema Estadual de Bibliotecas, Livro, do financiamento
Leitura e Literatura - SEBLLL.
capítulo i
IV. outros que venham a ser constituídos. Dos Recursos
Art. 81. As políticas culturais setoriais Art. 86. O Fundo Estadual da Cultura
devem seguir as diretrizes gerais ad- – FEC e o orçamento da Secretaria Es-
vindas da Conferência Estadual de tadual da Cultura – SECULT e de suas
Cultura – CEC e do Conselho Estadual instituições vinculadas são as prin-
de Política Cultural – CEPC consolida- cipais fontes de recursos do Sistema
das no Plano Estadual de Cultura. Estadual de Cultura - SEC.
Art. 82. Os Sistemas Estaduais Seto- Art. 87. O financiamento das po-
riais constituídos e os que venham a líticas públicas de cultura esta-
ser criados, integram o Sistema Esta- belecidas no Plano Estadual de
dual de Cultura - SEC, conformando Cultura – PEC far-se-á com os re-
subsistemas que se conectam à estru- cursos do Estado e dos Municípios
tura federativa, à medida que os siste- de __________________, além dos
mas de cultura nos demais níveis de demais recursos que compõem o
governo forem sendo instituídos. Fundo Estadual da Cultura – FEC e,
ainda, com os recursos oriundos de
Art. 83. As interconexões entre os repasses da União.
Sistemas Setoriais e o Sistema Esta-
dual de Cultura - SEC são estabeleci- Art. 88. Dos recursos oriundos de re-
das por meio das coordenações e das passes do Fundo Nacional da Cultura
instâncias colegiadas dos Sistemas – FNC, por meio de transferência, ao
Setoriais. Fundo Estadual da Cultura – FEC, cin-
qüenta por cento deverá ser repassa-
Art. 84. As instâncias colegiadas dos do aos municípios.
Sistemas Setoriais, de âmbito estadu-
al, que têm participação da sociedade § 1º Os recursos oriundos de repasses
civil devem considerar na escolha dos do Fundo Nacional de Cultura serão
seus membros as instâncias de parti- destinados a:
cipação setoriais dos municípios.
Anexos 77
I. políticas, programas, projetos capítulo ii
e ações previstas nos Planos Da Gestão Financeira
Nacional, Estadual ou Municipais
de Cultura; Art. 90. Os recursos financeiros da
Cultura serão depositados em conta
II. para o financiamento de projetos específica, e administrados pela Se-
culturais escolhidos pelo Estado ou cretaria Estadual de Cultura – SECULT,
Municípios de __________________ sob fiscalização do Conselho Estadual
por meio de seleção pública. de Política Cultural - CEPC.
78
§ 2º. A Comissão Intergestores Bi- Estadual atuarão na fiscalização da
partite, com assessoria técnica da gestão dos recursos transferidos.
Secretaria Estadual de Cultura - SE-
CULT, deve analisar quais indicado- Art. 96. Os municípios deverão asse-
res são pertinentes para embasar a gurar a condição mínima para rece-
elaboração de critérios para partilha ber os repasses dos recursos do Esta-
e transferência de recursos no pro- do, no âmbito do Sistema Estadual
cesso de descentralização das políti- de Cultura, com a efetiva instituição
cas culturais. e funcionamento dos componen-
tes mínimos do Sistema Municipal
Art. 92. A Comissão Intergestores Bi- de Cultura e a alocação de recursos
partite - CIB disciplinará, em norma- próprios destinados à Cultura na Lei
tivos específicos, os procedimentos Orçamento Anual (LOA) e no Fundo
de repasse de recursos financeiros Municipal de Cultura.
para cofinanciamento das políticas
culturais, com base nos critérios de capítulo iii
partilha e de transferência aprova- Do Planejamento e do Orçamento
dos pelo Conselho Estadual de Políti-
ca Cultural - CEPC. Art. 97. O processo de planejamento
e do orçamento do Sistema Estadual
Art. 93. É condição mínima para os de Cultura – SEC deve buscar a inte-
repasses dos recursos do Estado, no gração do nível local ao estadual e
âmbito do Sistema Estadual de Cul- nacional, ouvidos seus órgãos de-
tura – SEC, aos Municípios, a efetiva liberativos, compatibilizando-se as
instituição e funcionamento dos com- necessidades da política de cultura
ponentes mínimos, previstos no artigo com a disponibilidade de recursos
35 desta lei. nos Planos de Cultura do Estado e dos
Municípios de ___________________.
Parágrafo único. É também condição
para transferência de recursos referi- § 1º. Os Planos de Cultura serão a
dos no caput deste artigo a compro- base das atividades e programações
vação pelos municípios de recursos do Sistema Estadual de Cultura – SEC,
próprios destinados à Cultura, aloca- integrante do Sistema Nacional de
dos em seus respectivos Orçamentos Cultura – SNC e integrado pelos Sis-
e Fundos de Cultura. temas Municipais de Cultura e seu
financiamento será previsto na res-
Art. 94. A transferência dos recur- pectiva proposta orçamentária.
sos fundo-a-fundo ocorrerá somente
quando houver o cumprimento das § 2º. Os Planos de Cultura – Estadual
condicionalidades acordadas. Cada e Municipais - serão desdobrados e
ente, Estado e Município, deverá expressos no respectivo Plano Pluria-
manter sua adesão ao Sistema Na- nual - PPA, na Lei de Diretrizes Orça-
cional de Cultura - SNC, cumprindo mentárias - LDO e na Lei Orçamentá-
as exigências pactuadas ria Anual - LOA.
Art. 95. Os órgãos de controle interno Art. 98. As diretrizes a serem obser-
e externo da Administração Pública vadas na elaboração dos Planos de
Anexos 79
Cultura serão propostas pelas Confe- de Cultura - SEC em finalidades di-
rências de Cultura e pelos Conselhos versas das previstas nesta lei.
de Política Cultural.
Art. 102. Esta lei entra em vigor na
§ 1º. O Plano Estadual de Cultura data de sua publicação.
– PEC será a base das atividades e
programações do Sistema Estadual ___________________________________
de Cultura - SEC e seu financiamen- ______, de de .
to será previsto no Plano Plurianual
- PPA, na Lei de Diretrizes Orçamen-
tárias - LDO e na Lei Orçamentária
Anual - LOA.
80