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Reordenar a política nacional de cultura, a partir de intenso debate nos estados e municípios
brasileiros é a tarefa central no processo de articulação e reoxigenação dos movimentos
sociais de cultura dentro da construção da Conferência Nacional de Cultura. O que está em
jogo é a defesa sem concessões de uma política de estado para cultura que foi interrompida
nos últimos anos. Neste sentido, três questões devem ser tratadas como prioritárias:
Consolidação do Sistema Nacional de Cultura, ampliação imediata da Política Nacional de
Cultura Viva e a garantia permanente e com percentuais mínimos de aplicação de recursos nas
esferas estaduais, municipais e federal.
Um dos elementos centrais para que a política de estado seja executada é a garantia de
recursos. A Lei Aldir Blanc I que surge num momento emergencial e num contexto político
adverso, impulsionou a primeira experiência de repasse de recursos da União para Estados e
Municípios como prevê o Sistema Nacional de Cultura. A Lei Aldir Blanc II que já tem caráter
“permanente” precisa ser fortalecida e aperfeiçoada. Ao mesmo tempo, é imperativo que
dentro da regulamentação do Sistema Nacional de Cultura esteja prevista a obrigatoriedade
para que a União, Estados e Municípios apliquem percentuais mínimos dos seus orçamentos
em cultura para execução dos Planos de Cultura, como já são previstos percentuais para
Educação e Saúde. A luta pela destinação dos 2% do orçamento para cultura deve estremecer
as discussões em todo o país. Os movimentos sociais devem ampliar forças para impulsionar
essa conquista.
As conferências estão na ordem do dia e suas pautas devem ser tratadas como políticas de
estado para não serem destruídas e reinventadas a cada quatro anos.