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1 INTRODUÇÃO

Para que possamos dominar bem a Língua Portuguesa precisamos


compreender regras que são indispensáveis para o entendimento e o uso correto de
nosso idioma.

A Morfologia, que estuda a estrutura das palavras, sua formação, flexão e


classificação; nos ajuda neste processo, para que possamos compreender melhor a
Língua Portuguesa.

Neste trabalho, será feito um breve estudo sobre um dos fatores abrangidos
pela Morfologia: A Classificação de Palavras.

Inicia-se este trabalho com a demonstração das Classes de Palavras


Variáveis (onde aprenderemos sobre os Substantivos, Adjectivos, Numeral, Artigos,
Verbos e Pronomes); em seguida, serão mostradas as Classes de Palavras
Invariáveis (onde aprenderemos sobre Advérbios, Preposições, Interjeições e
Conjunções) e, por fim, finaliza-se com uma breve Conclusão sobre os temas
abordados.
2. ENQUADRAMENTO TEÓRICOS

2.1. Classes de palavras

As palavras que utilizamos na nossa língua podem ser divididas em dez


classes, chamadas de Classes de Palavras ou Classes Gramaticais.

Ao total, são dez as Classes de Palavras, que se dividem em Variáveis e


Invariáveis. Estudaremos abaixo cada uma das dez Classes de Palavras, suas
definições, exemplos, subclassificações e particularidades.

Esses grupos das classes de palavras ainda são divididos em 2 subgrupos:


as classes de palavras variáveis (substantivo, adjetivo, numeral, pronome e verbo)
que são as palavras que têm variação em gênero, grau ou número e as classes de
palavras invariáveis (advérbio, preposição, conjunção e interjeição) que são as
palavras que não têm variação.

As classes de palavras são fundamentais para o estudo da Língua Portuguesa.

2.1.1. Classes de Palavras Variáveis

As Classes de Palavras Variáveis englobam: Substantivos, Adjetivos,


Numeral, Artigos, Verbos e Pronomes. A seguir, vamos entender cada uma destas
classes.

2.1.2. Substantivos

Segundo Lima (2011, p.110) “substantivo é a palavra com que nomeamos os


seres em geral e as qualidades, ações, ou estados, considerados em si mesmos,
independentemente dos seres com que se relacionam”. Exemplo: casa, campo,
telhado, cachorro, menino, etc.

Os substantivos podem ser classificados em: Concretos, Abstratos, Comuns,


Próprios, Coletivos, Primitivos, Derivados, Simples e Compostos. Vejamos esta
classificação mais detalhadamente a seguir:

 Substantivo Concreto: Nomeia os seres de todos os tipos, reais ou


imaginários. Exemplo: homem, estrela, fada, árvore, alma, etc.
 Substantivo Abstrato: Designa sentimentos, ações, estados e qualidades.
Exemplo: raiva, trabalho, feiúra, felicidade, etc.
 Substantivo Comum: Nomeia os seres da mesma espécie. Exemplo: lápis,
casa, boneca, giz, etc.
 Substantivo Próprio: É aplicado para nomear um ser em particular da
espécie. Exemplo: Michael, Itália, Camões, etc.
 Substantivo Coletivo: Trata-se do substantivo que, mesmo no singular,
nomeia o conjunto de seres de uma mesma espécie. Exemplo: povo
(pessoas), nuvem (gafanhotos), etc.
 Substantivo Primitivo: Origina outros substantivos, mas não se origina de
nenhuma palavra anterior. Exemplo: terra, pão, carro, etc.
 Substantivo Derivado: Origina-se a partir de outra palavra. Exemplo: terreiro
(terra), padeiro (pão), etc.
 Substantivo Simples: Substantivo formado por um radical apenas. Exemplo:
sol, tempo, etc.
 Substantivo Composto: Substantivo que é formado por mais de um radical.
Exemplo: couve-flor, guarda-roupa, etc.

Além de serem classificados conforme vimos acima, os substantivos também


podem variar em: gênero (sendo Biformes ou Uniformes) e em número e grau
(Normal, Aumentativo e Analítico).

2.2. Adjectivos

Os adjectivos são as palavras que dão qualidade e/ou característica aos


substantivos. São flexionados em:

 - Número (simples ou composto/singular ou plural)


 - Gênero (uniforme ou biforme)
 - Grau (comparativo e superlativo)

2.2.1. Tipos de Adjectivos

 Adjetivo simples: apresenta apenas um radical. Exemplos: bonito, magro,


claro.
 Adjetivo composto: apresenta mais de um radical. Exemplos: preto-escuro,
azul-marinho, rosa-claro.
 Adjetivo primitivo: dá origem a outros adjetivos. Exemplos: feliz, puro, bom.
 Adjetivo derivado: tem origem de substantivos ou verbos. Exemplos: infiel
(substantivo – fiel), visível (verbo – ver), amáveis (substantivo – amor).
 Número dos Adjetivos

Pode concordar com o substantivo que modifica. Exemplos: menino feio –


meninos feios, livro grande – livros grandes, cadeira alta – cadeiras altas.

Nos que são definidos como compostos e que são formados por dois
adjetivos, aplica-se o plural só na segunda palavra. Exemplo: olho castanho-escuro -
olhos castanho-escuros. Já os que possuem um substantivo como segunda palavra
não tem variação. Exemplo: cadeira vermelho-sangue – cadeiras vermelho-sangue.

2.3- Gênero dos Adjectivos

Pode ser uniforme apresentando apenas uma forma, tanto para o feminino,
quanto para o masculino, exemplos: ruim, alegre, feliz ou pode ser biforme
apresentando forma no feminino e no masculino, exemplos: chata-chato, gostosa-
gostoso, linda-lindo.

2.3.1. Grau dos Adjetivos

É separado em duas classificações: adjetivo comparativo utilizado quando se


compara qualidades e adjetivo superlativo utilizado para dar intensidade na oração.

- Exemplos de adjetivo comparativo:

 Comparativo de igualdade: O carro de Felipe é tão rápido quanto o carro de


Henrique.
 Comparativo de inferioridade: O carro de Pedro é menos rápido que o de
João.
 Comparativo de superioridade: O carro de João é mais rápido que o carro
de Pedro.

- Exemplos de adjetivo superlativo:

 Superlativo absoluto: Júlia é belíssima.


 Superlativo relativo de superioridade: Paula é a mais bonita da academia.
 Superlativo relativo de inferioridade: Liza é a menos bonita da academia.
2.4. Adjetivos Pátrios

São os adjetivos utilizados quando se deseja exprimir a nacionalidade ou


lugar de origem do sujeito na frase. Exemplo: paulista, paulistano, mineiro.

2.5. Locução adjetiva

É a junção de duas palavras para formar um adjetivo. Exemplo: amor de pai –


amor paternal, festas de natal – festa natalina.

2.6. Advérbios

Os advérbios são as palavras que se conectam com verbas para exprimir as


circunstâncias do tempo verbal da oração.

Elas podem ser de tempo (amanhã, depois), de dúvida (provavelmente, é


possível), de lugar (aqui, perto), de intensidade (demais, muito), de negação (não,
nunca), de afirmação (certamente, com certeza) ou de modo (bom, bem).

2.7. Artigos

Os artigos são as palavras utilizadas para definir o gênero, número e a forma


da flexão do substantivo. Eles podem ser definidos (o, a, os, as) ou indefinidos (um,
uma, uns, umas).

2.8. Conjunções

As conjunções são as palavras que têm como função principal conectar


elementos para dar sentido dentro de uma oração. Elas são divididas em
coordenadas e subordinadas. As conjunções coordenadas podem ser adversativas,
aditivas, alternativas, explicativas e conclusivas. E as conjunções subordinadas
podem ser causais, comparativas, integrantes, concessivas, condicionais,
conformativas, consecutivas, temporais, finais e proporcionais.

2.9. Interjeições

As interjeições são as palavras que apresentam uma reação, um sentimento


ou uma sensação. São classificadas de vinte e duas formas, entre elas estão
advertência, afugentamento, agradecimento, alegria, alívio, ânimo, apelo, aplauso,
chamamento, concordância, contrariedade, desculpa, desejo, despedida, dor,
dúvida, entre outros.

Exemplos de interjeições: Opa! Ufa! Eca! Aff! Ai! Oba! Uhul!

2.10. Numerais

Os numerais são a classe de palavras utilizada para definir a quantidade dos


objetos e pessoas dentro de uma oração. Os numerais que indicam uma sequência
são chamados de ordinais (exemplos: primeiro/primeira, décimo/décima,
vigésimo/vigésima) e os que indicam a forma mais comum dos números são
chamados de cardinais (exemplos: 1, 5, 10 - um, cinco, dez).

Os numerais que apresentam a fração de alguma coisa são chamados de


fracionários (exemplos: 1/2 - meio, 1/8 - um oitavo), os que apresentam a quantidade
das coisas por meio de múltiplos, são chamados de multiplicativos (exemplos: dobro,
triplo, quíntuplo) e ainda tem os que fazem referência a um conjunto de coisas que
são chamados de coletivos (exemplos: dezena, trezena, milênio).

2.11. Preposições

As preposições são as palavras que criam uma conexão direta entre dois
elementos presentes em uma oração. Elas podem ser definidas como essenciais
(exemplos: entre, após, etc.) e acidentais (exemplos: afora, conforme, etc.)

2.12. Pronomes

Os pronomes são as palavras que definem a pessoa ligada ao substantivo.


Eles podem ser separados em pessoais do caso reto, pessoais oblíquos não-
reflexivos átonos, pessoais oblíquos não refletivos tônicos, interrogativos,
possessivos, de tratamento, demonstrativos, relativos e indefinidos. Confira abaixo
alguns exemplos:

 Pessoais do caso retos: eu, tu, ele...


 Pessoais oblíquos não-reflexivos átonos: te, lhe, lhes...
 Pessoais oblíquos não-reflexivos tônicos: ti, convosco, connosco...
 Interrogativos: quem, que, qual...
 Possessivos: teu, tua, sua...
 De tratamento: senhor, senhor, vossa majestade...
 Demonstrativos: este, estes, aquela, aquelas...
 Relativos: quantas, quantos, onde...
 Indefinidos: certo, tanto, quanto...

2.13. Substantivos

Os substantivos são as palavras que têm a função de nomear todos os seres


em geral (objetos, lugares, conceitos, sentimentos, seres animados, seres
inanimados, qualidades). Eles possuem flexão em gênero (masculino ou feminino),
em número (singular ou plural) e em grau (aumentativo, diminutivo ou normal).

Eles são classificados em comum (mãe, pipa, cachorro), próprio (Alana,


Europa, África), concreto (mesa, telefone, computador), abstrato (ódio, tristeza,
preguiça), simples (caneta, papel, caderno), composto (bate-boca, tico-tico-segunda-
feira), primitivo (peso, algodão, quilo), derivado (folhagem, livraria, gatinho) e coletivo
(alcateia, elenco, bando).

2.14. Verbos

Os verbos são as palavras utilizadas para exprimir um estado, uma ação ou


um fenômeno da natureza. Essas palavras variam em tempo (presente, passado e
futuro), modo (imperativo, indclasses de palavras
3. CONSIDERAÇÕES FINAIS

O desenvolvimento deste trabalho justifica-se, na importância de que


compreendamos melhor o Português, pois é indispensável conhecer suas regras e
particularidades, a final de contas, precisamos utilizar a Língua Portuguesa todos os
dias, seja na forma oral ou escrita; na escola, em casa, ou no trabalho.

Portanto, precisamos ter o melhor domínio possível e entendimento da


mesma, de forma que possamos aplicá-la de modo correto, tanto verbalmente como
na escrita.
4. BIBLIOGRAFIA

 Adaptado de Fabris et al. (1998, p.19).

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