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2. Introdução
Com um mercado de trabalho e emprego cada vez mais exigente em relação ao uso
de novos processos e tecnologias, muitas vezes negligenciadas pelo ensino durante a
graduação, se faz necessária a realização de um curso de pós-graduação, que tem, dentre
seus objetivos, manter o profissional atualizado perante as novidades do setor, oferecer um
aprofundamento de determinados temas e assuntos, além de possibilitar networking,
oportunidades e desenvolvimento de novas habilidades.
Novos conhecimentos e oportunidades são necessários até mesmo para os
profissionais formados em engenharia civil, que atuam fortemente na indústria da
construção civil, setor conhecido como “tradicional” e que é responsável, no Brasil, por
representar cerca de 6% do Produto Interno Bruto [PIB] nacional (Cbic, 2021). No ano de
2019, de acordo com a sinopse estatística do ensino superior (Inep, 2020) se formaram
cerca de cinquenta mil novos profissionais na área da engenharia de construções. A
concorrência existe e se torna inegável a necessidade desses profissionais se qualificarem
para que possam garantir sua empregabilidade.
Em relação aos cursos de pós-graduação, que são os cursos realizados após a
conclusão de qualquer curso de nível superior, há dois tipos: o stricto sensu e o lato sensu.
O primeiro corresponde aos cursos de mestrado (acadêmico e profissional) e doutorado,
com foco em pesquisa e docência, que são controlados pela Coordenação de
Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior [CAPES]. Os do tipo lato sensu são os
cursos de especialização e ‘Master Business Administration’ [MBAs], com foco no mercado
de trabalho e atuação profissional (Brasil, 1965).
Uma exigência para a oferta de cursos do tipo lato sensu, de acordo com a
Resolução nº 01 de 08 de junho de 2007 (Brasil, 2007), que estabelece as normas para
funcionamento de cursos de pós-graduação é que a instituição de ensino ofertante do curso
seja devidamente credenciada pela autoridade competente, no caso, o Ministério da
Educação [MEC]. O ato de credenciamento, de acordo com Pilati (2006) é um atestado de
Projeto de Pesquisa – Trabalho de Conclusão de Curso
que a instituição possui competência científica e pedagógica para oferta e realização dos
cursos e que se compromete com a qualidade do ensino.
Embora os cursos de especialização não estejam submetidos à avaliação e controle
como os cursos stricto sensu (Pilati, 2006; Freitas e Cunha, 2009; Borges e Sarmento,
2018), pesquisas como a do Sindicato das Entidades Mantenedoras de Estabelecimentos de
Ensino Superior no Estado de São Paulo [SEMESP] (Semesp, 2020), informam que, no
período de 2016 a 2019 o número de matrículas na pós-graduação lato sensu cresceu 74%.
Na modalidade presencial, o crescimento foi de 44% entre os anos de 2016 e 2018, e, na
modalidade à distância [EAD], foi de 124% (Souza, 2019). Outras pesquisas, como a de
Covac e Capelato (2020) indicam um aumento de cerca de 100% no número de buscas por
cursos de pós-graduação na modalidade de especialização desde o início do ano de 2020.
Em relação ao número de cursos de especialização, tem-se 69.003 cursos tipo lato
sensu no Brasil, ofertados por 2.053 Instituições de Ensino Superior [IES] das quais a área
da engenharia, produção e construção corresponde a 6,5% das vagas oferecidas, ou seja,
4.485 vagas, sendo 3% para os cursos na modalidade EAD e 3,5% na modalidade
presencial, embora, desde o ano de 2020 tenha havido um crescimento no número de
cursos e vagas na modalidade à distância, decorrente da pandemia do covid-19 (Kuzuyabu,
2020).
Pode-se inferir que é um setor promissor dentro da área educacional e que possui
critérios mínimos para que um curso seja ofertado, para garantir a qualidade. Esses critérios
devem ser estudados e deve haver um planejamento por parte da IES até sua efetiva
implementação. Por planejamento entende-se a definição de onde se quer chegar e como
se chegará a esse lugar, sendo necessária uma estratégia (Berni, 2019).
3. Objetivo
4. Material e Métodos
5. Resultados Esperados
6. Cronograma de Atividades
7. Referências Bibliográficas
Berni, Ricardo L.V. Planejamento e gestão estratégica. Série didática. Pecege: Piracicaba,
2019.
Borges, Maria A.P., Sarmento, Hélder B.M. Formação lato sensu: o olhar para a educação
permanente no serviço social. Anais do XVI Encontro Nacional de Pesquisadores em
Serviço Social. 02 a 07 dezembro de 2018. Vitória-ES.
Brasil. 1965. Parecer CFE nº 977/65, aprovado em 3 dez. 1965. Define os cursos de pós-
graduação. Disponível em: <https://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-
24782005000300014> acesso em 14.abril.2021.
Freitas, Maria A.O., Cunha, Isabel C.K.O. Pós-graduação lato sensu: retrospectiva histórica
e política atual. IX Congresso Nacional de Educação EDUCERE. III Encontro Sul Brasileiro
de Psicopedagogia. 26 a 29 de outubro de 2009 – PUCPR.
Gil, Antonio C. Como elaborar projetos de pesquisa. 4ªed. São Paulo: Atlas, 2002.
Projeto de Pesquisa – Trabalho de Conclusão de Curso
Kuzuyabu, Marina. Pós-graduação é o setor que mais cresce. Revista Ensino superior.
Disponível em: < https://revistaensinosuperior.com.br/pos-graduacao-semesp-pes/> acesso
em 15.abril.2021.
Lakatos, Eva M.; Marconi, Marina A. Fundamentos de metodologia científica. 5ªed. São
Paulo: Atlas, 2003.