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Explorando novas possibilidades: um novo currículo para o curso de arquitetura
e urbanismo
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Pirassununga/SP – CEP 13635-000. E-mail: <fabricio.godoi@usp.br>.
RESUMO
INTRODUÇÃO E OBJETIVOS
1
Docente em disciplinas de teoria e história da arquitetura, projeto e orientador de TFGs. Mestre e
doutorando do PPGAU do Instituto de Arquitetura e Urbanismo da USP (São Carlos/SP).
2
Docente em disciplinas de representação, projeto e orientadora de TFGs. Mestre pelo PPGAU do Instituto
de Arquitetura e Urbanismo da USP (São Carlos/SP).
discussão e a posterior alteração da matriz que estrutura o curso. A demanda partiu da
Coordenação Acadêmica que, por sua vez, foi motivada por uma nova normativa do
MEC, que será melhor explicado adiante. As profundas discussões, iniciadas pelo
Núcleo Docente Estruturante (NDE) e depois ampliadas para todo o corpo docente,
resultaram em uma matriz absolutamente nova. O presente artigo procura avaliar essa
alteração da matriz sob a ótica docente, por meio de uma pesquisa. Contextualizando,
apresenta-se a seguir a instituição e o curso.
3
Conceito explicitado por MORAN (2015), cap. 1.
4
Esta portaria foi revogada pela Portaria 1.428 de 28/dez/2018, que amplia o limite de oferecimento de
disciplinas à distância para 40% da carga horária de cursos presenciais, desde que atendidas certas
exigências.
5
Utilizaremos o termo “disciplinas” nesse artigo, mas o PPI define que esses recortes temáticos são
unidades de um todo – o módulo, que é apenas organizado por esses recortes. Por isso recebem o nome
“unidade”. O módulo equivale ao recorte temporal – um semestre.
6
No sistema “e-MEC” há 850 cursos cadastrados, ainda que nem todos ofereçam turmas.
nos quais se oferecem cursos de excelência (no caso, Engenharia Agronômica e
Medicina Veterinária).
Os eixos horizontais são formados pelo conjunto das disciplinas, que compõem
um módulo. São eixos organizados por temas, que serão norteadores dos conteúdos
desenvolvidos no semestre. Não precisam ser estanques, podendo se ajustar ao longo
da vigência dessa matriz curricular, conforme as necessidades dos contextos histórico-
geográficos, muitas vezes assustadoramente dinâmicos no Brasil.
7
Há uma exceção com relação aos pré-requisitos: é exigida a aprovação da fase de pesquisa do Trabalho
Final de Graduação (TFG) no nono módulo, para o desenvolvimento da fase de projeto no décimo módulo.
Figura 1: a nova matriz curricular de Arquitetura e Urbanismo. Fonte: UNIFEOB, 2017.
EIXO TEMÁTICO
Representação
Formação para
Tecnologia e
Módulo
Oficina de
Oficina de
paisagem
Contexto
Contexto
ANO
cidade e
conforto
regional
projeto
teórico
a vida
O ser humano:
Desenvolvimento Desenho geométrico Materiais e técnicas Oficina de projeto:
Estudo do ambiente Estudo da sociedade cultura, dimensão e
1
intelectual e arquitetônico construtivas: vedações percepção
1º Ano
sentidos.
Materiais e técnicas Humanização do
Oficina de projeto:
Autoconhecimento Desenho digital construtivas: Estudo da plástica Estudo da cidade ambiente
2
humanização
acabamentos construído
Conforto ambiental: História da
Desenvolvimento Oficina de cidade: Oficina de projeto: O habitar
Identidade visual iluminação natural e arquitetura e do
3
acadêmico-científico rua habitat contemporâneo
2º Ano
insolação urbanismo
4
introdução bairro centralidades urbanas
5
ventilação e acústica município interesse social
3º Ano
social edifício Popular
Teoria da
Percepção de mundo Sistemas estruturais: Oficina de Oficina de projeto:
Sistemas prediais arquitetura e da Arquitetura Híbrida
6
e sustentabilidade concreto paisagismo: micro verticalidade
cidade
Teoria da Sustentabilidade e
Projetos Conforto ambiental: Oficina de Oficina de projeto:
Carreiras arquitetura e da Eficiência
7
colaborativos iluminação artifical paisagismo: macro bioclimática
4º Ano
paisagem Energética
Contexto regional: Programas e
Sistemas estruturais: Teoria do restauro e Oficina regional: Oficina de projeto:
Empreendedorismo desenvolvimento situações
8
materiais alternativos do patrimônio planej. ambiental complexidade
rural complexas
Pesquisa e
TFG 1
Comunicação e Gerenciamento de Oficina de projeto: Visão geral da
Fabricação digital seminário em arq.
9
negociação obras interiores disciplina
5º Ano
cidade e paisagem
TFG 2
10
estratégico prática profissional Cidade
O eixo “Formação para a vida” contempla a decisão institucional de ampliar a
formação atitudinal e o horizonte de conhecimentos do corpo discente. É totalmente
online e é comum para todos os cursos da instituição. A diversidade temática e a
afinidade dos conteúdos com o contexto são aspectos importante na composição desse
eixo. No entanto, não há qualquer ajuste nas disciplinas orientada ao curso.
8
Por questões de limitação de espaço, omitimos as íntegras das perguntas nesse artigo.
Mais esclarecedoras são as repostas comparativas entre as matrizes. A
distribuição dos conteúdos, competências e habilidades é considerada melhor na matriz
atual por dois terços dos docentes, enquanto um terço considera equivalente. O nível
de aprendizado dos alunos é considerado melhor para 41,7% dos docentes, enquanto
outros 41,7% dizem que as matrizes se equivalem nesse aspecto, e 16,7% preferiam a
matriz antiga. Sobre a interdisciplinaridade, a preferência pela matriz atual atingiu 83,3%
dos docentes, enquanto os demais são indiferentes. Quanto à identificação do curso
com o projeto institucional, 58,3% escolheram a matriz atual, estando os demais
indiferentes. Finalmente, quanto à identificação do curso com a região, metade dos
docentes selecionaram a matriz nova, um docente ainda prefere a matriz antiga, e os
demais dizem que se equivalem.
A questão seguinte, específica sobre o eixo “Formação para a vida”, denota certo
incômodo com relação à baixa carga horária presencial do curso. Entre as opções
colocadas, há desde plena concordância (“são essenciais para o desenvolvimento do
aluno”) até a total discordância (“não interferem no desenvolvimento dos alunos”). A
opção mais escolhida pelos docentes foi a afirmação “são apenas complementares e
poderiam ser opcionais”, escolhida por 72,7%. Os demais escolheram a afirmação “são
importantes para o desenvolvimento dos alunos, mas secundárias com relação às
especificidades do curso”. É possível depreender, dessas escolhas, que o problema não
é a oferta das disciplinas em si, mas sua descontextualização com relação ao curso, já
que possuem conteúdo genérico, bem como sua importância quantitativa na carga
horária do curso (20%), conforme se vê na figura 3.
Figura 2: as respostas do questionário aplicado. Autoria própria.
DISCUSSÃO E PROGNÓSTICO
9
As respostas não serão apresentadas na íntegra, por motivos de limitação de espaço.
mobilização insuficiente, iniciativa que deve ser institucional, enuble a percepção do
corpo docente 10.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
LOPES NETA, Natercia A.; ALMEIDA, Joceline C.. A Inserção da modalidade à distância
nos cursos presenciais. CIET:EnPED, [S.l.], maio 2018. ISSN 2316-8722. Disponível
em: <https://cietenped.ufscar.br/submissao/index.php/2018/article/view/735>. Acesso
em: 28 jan. 2020.
_______. Mudando a educação com metodologias ativas. iN: SOUZA, C. A., MORALES,
E. T. (orgs.) Coleção Mídias Contemporâneas. Convergências Midiáticas,
Educação e Cidadania: aproximações jovens. Vol. II. PROEX/UEPG, 2015.
10
Segundo LOPES NETA, trata-se de aspecto essencial para que o desafio da implantação do ensino
híbrido seja eficaz, com o que concordamos.