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MARILENE ALVES FARIAS DA SILVA

RELATÓRIO DO ESTÁGIO II– SÉRIES FINAIS DO ENSINO


FUNDAMENTAL - 6º AO 9ºANO.

Cascavel
2022
MARILENE ALVES FARIAS DA SLVA

RELATÓRIO DO ESTÁGIO II– SÉIRES FINAIS DO ENSINO


FUNDAMENTAL - 6º AO 9º ANO.

Relatório apresentado à Unopar, como


requisito parcial para o aproveitamento da
disciplina de Educação Infantil do curso
Educação Física.

Cascavel
2022
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Sumário
INTRODUÇÃO..............................................................................................................
ATIVIDADE A: LEITURA OBRIGATÓRIA.....................................................................
ATIVIDADE B: CONHECER A FUNÇÃO E A ESTRUTURA DO PROJETO
POLITÍCO PEDAGÓGICO (ppp)............................................................................
ATIVIDADE C: ATUAÇÃO DO PROFESSOR E SUA INTER-RELAÇÃO COM A
EQUIPE ADMINISTRATIVA E PEDAGÓGICA....................................................11
ATIVIDADE D: CONHECER A ABORDAGEM DOS TEMAS CONTEMPORANEOS
TRANSVERSAIS DA BNCC.................................................................................13
ATIVIDADE E: METODOLOGIAS ATIVAS COM USO DE TECNOLOGIAS
DIGITAIS...............................................................................................................15
ATIVIDADE F: PLANOS DE AULA...........................................................................17
CONSIDERAÇÕES FINAIS........................................................................................21
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INTRODUÇÃO

O Estágio Supervisionado Ensino Fundamental II, anos finais, é pré-requisito


parcial para cumprimento das atividades exigidas na disciplina de Estágio, pois
numa instituição de Ensino Superior o estudante tem acesso aos conhecimentos
teóricos, os quais explicam a realidade sob a luz dos pensamentos de muitos
estudiosos, por outro lado, é necessário realizar atividades as quais possibilitam um
maior aprofundamento dos documentos que embasam a prática pedagógica, sejam
eles a nível federal ou estadual.
O Estágio supervisionado nas Licenciaturas é uma exigência estabelecida
pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (nº 9394/96). Visando
consolidar o que está na nova LDB, pareceres e resoluções buscam normatizar o
estágio na formação de professores. O Parecer CNE/CP 28/2001 (BRASIL, 2001,
p.10), o estágio é como “[...] o tempo de aprendizagem que, através de um período
de permanência, alguém se demora em algum lugar ou ofício para aprender a
prática do mesmo e depois poder exercer uma profissão ou ofício”. Além disso,
Este fundamenta-se como oportunidade de reflexão e espaço de
aprendizagem do fazer concreto, tendo em vista a formação integral do estagiário.
Além disso, apresenta-se como conteúdo curricular complementador da
identidade profissional futura, voltando-se para o desenvolvimento de uma ação
reflexiva e crítica e que por isso deve ser planejada e implementada de forma
gradativa e sistematicamente.
Como eixo integrador da totalidade do currículo, visa estabelecer uma relação
dialética, a ser vivenciada pelo estagiário em situações reais de trabalho,
aproximando-o da realidade em que deverá atuar. Nesse sentido, o papel do
estagiário durante o período do estágio é o de pesquisador, que tem como finalidade
ampliar seus conhecimentos acerca do processo educacional.
Por fim, pode-se dizer que a prática de estágio foi muito importante para minha
atuação enquanto futuro profissional, uma vez que consiste num momento em que
se pode perceber o verdadeiro papel do professor dentro de uma instituição escolar.
Acredita-se, portanto, que todas as atividades de estágio realizadas tiveram um
caráter essencialmente formativo, como momento de reflexões, possibilitando inserir
o futuro professor na realidade escolar pela investigação e análise crítica da
realidade.
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ATIVIDADE A: LEITURA OBRIGATÓRIA

“O QUE EU TRANSFORMARIA? MUITA COISA!”: OS SABERES E OS NÃO


SABERES DOCENTES PRESENTES NO ESTÁGIO SUPERVISIONADO EM
EDUCAÇÃO FÍSICA
Luis Eugênio Martiny
Pierre Normando Gomes da Silva

O artigo dos autores de Martiny e Silva (2011) apresenta uma discussão


acerca de um assunto relacionado ao curso de Licenciatura em Educação Física,
tendo como assunto principal o estágio supervisionado, uma das etapas a serem
realizadas pelo futuro professor, momento em que ele pode refletir sobre a prática
pedagógica, confrontando a teoria estudada durante o curso de graduação com a
prática pedagógica.
De acordo com o que traz este estudo, os futuros profissionais acabam
vivenciando uma situação muitas vezes divergente e em alguns momentos
convergentes, entre a realidade, prática e a teoria, durante sua formação inicial. Em
face dessa realidade, acaba-se instigando a investigação por outras fontes e
referências, as quais servirão de base para suas futuras práticas pedagógicas.
Diante do cenário apresentado, segundo os autores desse estudo, alguns
teóricos apontam um distanciamento entre a formação acadêmica e a prática
pedagógica docente da Educação Física, e a reflexão sobre isso trará avanços e
também limitações na formação inicial. Dessa forma, Martiny e Silva (2011) buscam
identificar os saberes e os não saberes docentes adquiridos pelos futuros
professores no momento da realização do estágio curricular, o que permitirá ter uma
noção de toda a situação.
Para isso, os pesquisadores realizaram uma pesquisa com oito futuros
professores, escolhidos de forma aleatória, matriculados na disciplina de Estágio
Supervisionado, cujo estágio foi realizado em escolas públicas, acompanhados por
supervisores da instituição de ensino. Como instrumento de pesquisa os estagiários
elaboraram seis documentos, os quais serviram como base de dados para análise,
possibilitando realizar reflexões antes, durante e após o período de estágio.
De posse dos resultados os autores identificaram três categorias de saberes
docentes, bem como também subcategorias. Dentre esses os sabres experimentais,
fruto das experiências e vivências escolares e validadas pelas mesmas., a qual
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subdivide-se em duas categorias, apontando avanços e limites da categoria.


Lembrando que, esses saberes são construídos ao longo da atuação docente e não
são encontrados em teorias e doutrinas, os quais antecedem a ação docente e
mesmo estando presente na ação do futuro educador não são construídas a partir
dela, sendo que foram percebidas por meio da escolha da metodologia adotada e
também por meio de seus relatos.
Outra categoria é a dos saberes escolares, que advém da interação entre os
saberes existenciais com os saberes que são adquiridos durante a formação inicial.
Estes estão ligados aos saberes científicos, ou seja, os conteúdos a serem
ensinados e aprendidos durante a trajetória escolar, que puderam ser percebidos
por meio dos conteúdos trabalhados pelos futuros docentes durante o período de
estágio. Nos relatos desses pode-se perceber o confronto do saber popular,
advindos de suas experiências sociais com o saber adquirido durante sua formação
inicial.
Segundo a leitura realizada neste artigo compreendeu-se que dessas duas
categorias surgiu uma terceira categoria, os saberes docentes, fruto das
inquietações, dilemas e conflitos que os futuros professores vivenciaram durante o
período de estágio e que não conseguiram encontrar respostas, tanto na experiência
quanto na formação inicial, por meio dos quais originou a identificação de um não-
saber-ser e um não-saber-fazer do professor estagiário.
O texto em estudo faz uma aproximação entre os saberes e os não saberes,
que permeiam a prática dos futuros docentes, o que justifica a exigência do estágio
supervisionado para a formação do futuro educador, uma vez que, além de colocar o
acadêmico em contato com o ambiente escolar em que irá atuar futuramente,
também possibilita sintetizar a formação, bem como a intervenção.
Então, de acordo com as reflexões e de acordo com o estudo, o estágio pode
ser compreendido como um momento que permite ao futuro professor rever suas
práticas pedagógicas ainda em construção e colocar em ação os conhecimentos
adquiridos durante sua formação inicial. Este estudo também permitiu concluir que
não se esgotam os saberes docentes, mas que se trata de um processo longo e de
construção do ser-professor.
Os autores destacam ainda em seu artigo a pertinência de um ofício feito de
saberes, ponto de partida para a constituição de um professor crítico e reflexivo em
relação a sua atuação profissional.
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ATIVIDADE B: CONHECER A FUNÇÃO E A ESTRUTURA DO PROJETO


POLITÍCO PEDAGÓGICO (PPP)

O Projeto Político Pedagógico (PPP) de uma instituição escolar é elaborado a


partir da necessidade de se definir uma diretriz pedagógica a ser adota pela
instituição de ensino, a qual tem como objetivo embasar sua proposta pedagógica,
logo o Plano de Trabalho Docente. Trata-se da principal ferramenta para a gestão e
organização da instituição de ensino. Para a escola desenvolver um papel que oferte
um ensino de qualidade e eficiente para todos os alunos, é necessário desenvolver
um projeto político e pedagógico, tendo nele elementos fundamentais para a
organização do trabalho escolar e sobre o papel social da escola, elaborando ações
que tragam soluções sobre as dificuldades que surgem durante o processo de
ensino e aprendizagem e como solucioná-las.
Este documento norteia toda a prática pedagógica desenvolvida pela
instituição escolar, pois nele encontram-se todas as orientações a serem seguidas
pelo corpo docente, direção, equipe pedagógica e funcionários que fazem parte do
estabelecimento de ensino. Este é fruto de uma construção coletiva, ou seja,
elaborado por todos os envolvidos no processo educacional, sob respaldo de uma
gestão democrática e participativa.
O Projeto Político Pedagógico de uma escola é elaborado devido a
responsabilidade que a escola tem na formação integral dos alunos, pois é um
instrumento teórico-metodológico que tem, dentre seus objetivos, fornecer subsídios
para enfrentar os desafios do cotidiano escolar de forma sistematizada, consciente,
científica e também participativa. O PPP é construído por toda a comunidade
escolar, o qual deve ser orientado e acompanhado pela equipe pedagógica e o
gestor escolar, os quais deverão mediar todas as etapas da elaboração.
As diretrizes de um projeto assemelham-se ao percurso de um caminho. Por
onde seguir, e como seguir, são as perguntas a serem feitas na hora de elaborar
esse item do PPP. Os conteúdos ministrados e o método de ensino que a escola
adota devem ser descritos.

Se elaborado da maneira adequada, o PPP adquire um caráter de guia, que


indica o norte das ações de professores, alunos, colaboradores, família e de toda a
comunidade escolar. É importante que ele seja preciso o suficiente para não deixar
dúvidas aos agentes da educação sobre como implementar as mudanças
necessárias.
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Com base na leitura realizada no Projeto Político Pedagógico modelo, quanto


as competências gerais da Educação Básica (Conhecimento, Pensamento
Científico, Crítico e Criativo: Repertório Cultural, Linguagens, Cultura digital,
Argumentação, Autoconhecimento e Autocuidado, Trabalho e Projeto de Vida,
Empatia e Cooperação, Responsabilidade, Empatia e Cooperação, contidas na
BNCC, pode-se dizer que estas se inter-relacionam com o PPP, tendo em vista as
diretrizes abordadas no documento e também a missão da instituição, ou seja, a
formação integral do aluno, o resgate de valores e ações que contribuem para a
transformação social. Para isso, de acordo com o Projeto Político Pedagógico, todas
as áreas do conhecimento deverão abordar as 10 Competências Gerais, a partir de
atividades que despertem o senso crítico dos alunos, a fim de colaborar na
formação de sujeitos autônomos e atuantes no meio onde vivem e capazes de
transformar sua realidade.
No que se refere ao processo de avaliação, segundo o documento modelo,
esta possibilita diagnosticar e identificar quais ações pedagógicas e educativas
possibilitarão o desenvolvimento e a aprendizagem no aluno, a partir de uma
definição de avaliação vista como um processo contínuo e participativo, com função
diagnóstica, apontando que os resultados são instrumentos de verificação dos
avanços dos alunos e dos conceitos que necessitam ser retomados.
A avaliação, segundo o PPP deve estar em consonância com os objetivos
de aprendizagem propostos, a seleção de estratégias de ensino adotadas e os
critérios selecionados. A avaliação deve acontecer a partir de diversos instrumentos
e critérios diversificados, adaptada conforme as individualidades de cada aluno.
A gestão junto com o coletivo deve deixar bem claro, qual são seus objetivos,
pois são eles que irão orientar as ações da mesma. O trabalho escolar deve ser
embasado nas relações e na aprendizagem dos alunos, e para isso é preciso
reavaliar constantemente visando atingir sempre os objetivos.
Por fim, pode-se dizer que O PPP de uma escola representa o compromisso
de todos os profissionais que atuam no estabelecimento de ensino, tanto
professores como também alunos, equipe pedagógica, direção e funcionários,
representantes da comunidade escolar, membros da APMF e Conselho Escolar.
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ATIVIDADE C: ATUAÇÃO DO PROFESSOR E SUA INTER-RELAÇÃO COM A


EQUIPE ADMINISTRATIVA E PEDAGÓGICA

A equipe pedagógica deverá orientar os professores tendo como referência a


utilização do Projeto Político Pedagógico e da Proposta
Curricular, documentos estes que irão balizar a construção do Plano de Trabalho
Docente. Para isso, primeiramente tanto o professor quanto o pedagogo precisam
conhecer a realidade escolar, a diversidade que a compõe, ou seja, quem a escola
atende, seu perfil, personalidade, emoções, sentimentos, a convivência familiar,
levando em consideração também o processo de inclusão, constituído como um
desafio para muitos professores, isto é, conhecer para poder atuar de forma a
atender as necessidades da sua realidade escolar.
Além disso, o pedagogo também precisa conhecer os professores, sua
formação, suas dificuldades, angústias, anseios e etc, para que assim consiga
mediar situações, pois no espaço escolar podem ocorrer divergências e conflitos,
assim como em qualquer outro lugar em que há convivência entre diferentes
sujeitos. O profissional da área da pedagogia deve contribuir para um bom clima
dentro da instituição escolar, desenvolvendo um trabalho coletivo, pois as relações
harmônicas são muito importantes para o bom andamento das atividades realizadas
neste ambiente.
Para orientar o professor em sua prática pedagógica o pedagogo precisa
conhecer os documentos que fundamentam a educação, tanto os de nível estadual
quanto nacional, pois são estes que embasam todos os encaminhamentos dados
pela escola, dentre eles, a Base Nacional Curricular Comum, as legislações e
políticas sociais, uma vez que são esses documentos que nortearão a elaboração
dos documentos das escolas como o PPP, a Proposta Curricular, regulamento
interno, o Plano de Trabalho Docente e outros documentos que fundamentam o
trabalho da escola. Este profissional deve conhecer a teoria e as vertentes, para que
assim possa ajudar o professor no planejamento, na adequação dos conteúdos, uma
vez que é o pedagogo também quem deverá dar suporte teórico e prático para o
trabalho do professor.
Colocar os docentes em contato é uma prática de grande valor para qualquer
instituição escolar. Não só pela troca de informações e conhecimentos, mas também
pela possibilidade de integrar a equipe e estimular a construção coletiva das
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propostas pedagógicas e institucionais.
Quanto a equipe diretiva, esta é responsável pelo administrativo, pelo
financeiro, o setor de recursos humanos e também por ajudar na organização da
rotina escolar, nos períodos de funcionamento da escola e etc e deve trabalhar em
parceria com toda a comunidade escolar.
A equipe pedagógica pode orientar o professor na execução do
projeto pedagógico de modo que muitas vezes a uma adaptação na execução das
tarefas escolares dando a inclusão de novos elementos pedagógicos, por isso
a equipe pedagógica pode instituir os professores quanto a estas mudanças e como
agir.
No que se refere às atribuições da equipe administrativa e a importância da
relação da direção com a equipe pedagógica e o educadores, deve-se priorizar a
qualidade dos processos educativos, e para isso, a direção precisa elaborar um
plano de ação, para que seja implementado um trabalho coletivo dentro da escola,
sob respaldo da gestão democrática.
A direção deve contemplar em suas ações a função administrativa e
pedagógica, trabalhando de forma coletiva com os demais profissionais que atuam
no processo escolar e comunidade, por meio de um trabalho coletivo tanto com
professores, equipe pedagógica, funcionários, comunidade e também com uma rede
de apoio, dentre elas com o Conselho Tutelar, CRAS, profissionais da saúde, como
psicólogos, médicos e etc.
Os professores do Ensino Fundamental deve participar da revisão e
reelaboração do Projeto Político Pedagógico, tendo como base o que traz a BNCC,
as competências gerais e objetivos da aprendizagem contidos nela, e para isso deve
estudar o que traz este documento para colaborar no momento da readequação do
PPP. Com base nisso, este profissional precisa construir seu planejamento e plano
de aula, atendendo o que prevê a BNCC, em especial, os conteúdos, competências
e objetivos, sempre buscando orientação da equipe pedagógica.
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ATIVIDADE D: CONHECER A ABORDAGEM DOS TEMAS CONTEMPORANEOS


TRANSVERSAIS DA BNCC.

Os temas transversais contemporâneos possuem relação com os objetos do


conhecimento propostos na BNCC, a partir de temáticas relacionadas as situações
vivenciadas pelos alunos no seu cotidiano e que possibilitam relacionar com os
conteúdos curriculares.
Os TCTs descritos na BNCC são: Meio Ambiente, Economia, Saúde,
Cidadania e Civismo, Multiculturalismo e Ciência e
Tecnologia, os quais devem ser trabalhados por todas as disciplinas escolares,
assim como outros temas que venham ao encontro da realidade dos alunos, a fim de
que a instituição escolar possa cumprir seu papel social, que é, dentre outros, formar
cidadãos críticos e atuantes na sociedade onde vivem. Enfatiza- se que todos esses
temas podem ser trabalhados de modo a contemplar a intradisciplinariedade,
interdisciplinaridade e transdisciplinaridade, de forma contextualizada.
A metodologia de trabalho com os TCTs baseia-se em quatro pilares, são
eles: a problematização da realidade e das situações de aprendizagem; a
superação da concepção fragmentada do conhecimento para uma visão sistêmica; a
integração das habilidades e competências curriculares à resolução de problemas; a
promoção de um processo educativo contínuo e do conhecimento como uma
construção coletiva.
Ressalta-se que o trabalho com os TCTs, com base nos quatro pilares, é
muito eficiente e adequado para a realidade das escolas brasileiras, tendo em vista
que, para um ensino eficaz e que tenha sentido para os alunos, é muito importante
que todo conteúdo curricular trabalhado em sala de aula, seja introduzido a partir de
uma problematização, instigando o aluno a resolvê-la e a posicionar-se perante o
tema abordado, assim como propõe o primeiro desses pilares.
Quanto ao segundo pilar, é preciso romper com um ensino fragmentado e por
isso, muitas vezes, sem sentido para o aluno, pois uma aprendizagem significativa
precisa ter como ponto de partida situações reais, vivenciadas pelos alunos em seu
dia a dia.
Os Temas Contemporâneos Transversais (TCTs) são assim denominados por
não pertencerem a uma disciplina específica, mas por traspassarem e serem
pertinentes a todas elas. Existem distintas concepções de como trabalhá-los na
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escola. Essa diversidade de abordagens é positiva na medida em que possa garantir


a autonomia das redes de ensino e dos professores.
Já o transversal pode ser definido como aquilo que atravessa. Portanto, TCTs,
no contexto educacional, são aqueles assuntos que não pertencem a uma área do
conhecimento em particular, mas que atravessam todas elas, pois delas fazem parte
e a trazem para a realidade do estudante. Na escola, são os temas que atendem às
demandas da sociedade contemporânea, ou seja, aqueles que são intensamente
vividos pelas comunidades, pelas famílias, pelos estudantes e pelos educadores no
dia a dia, que influenciam e são influenciados pelo processo educacional.
Desta forma, existem múltiplas possibilidades didático pedagógicas para a
abordagem dos TCTs e que podem integrar diferentes modos de organização
curricular. Porém, destaca-se a orientação de que os TCTs sejam desenvolvidos de
um modo contextualizado e transversalmente, por meio de uma abordagem
intradisciplinar, interdisciplinar ou transdisciplinar (preferencialmente).
Além disso, assim como é proposto no terceiro pilar, a problematização inicial
precisa ser solucionada e isso só será possível após um longo período de trabalho
sobre o assunto, a qual irá preparar o educando para atuar na resolução dos
problemas.
Ainda destaca-se a importância da construção coletiva dos conhecimentos,
na qual o aluno deve assumir papel de coautor dessa construção que se dará de
forma coletiva e colaborativa, a partir da mediação docente.
Dessa forma, a metodologia proposta, norteada pelos quatro pilares
apresentados, é muito eficiente, pois possibilita a promoção de uma aprendizagem
significativa, na qual o professor tem um papel de mediador na construção dos
conhecimentos e o aluno um sujeito ativo nesse processo.
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ATIVIDADE E: METODOLOGIAS ATIVAS COM USO DE TECNOLOGIAS


DIGITAIS

De acordo com o que traz a problema (SP), em sala de aula grande parte dos
alunos possui algum tipo de tecnologia, como celulares smartphone, por exemplo,
entre outros aparelhos tecnológicos. Diante dessa realidade, o professor deve
aproveitar esse acesso do aluno as tecnologias e utilizá-las como recurso
pedagógico em suas aulas, pois os alunos desde muito cedo estão conectados ao
mundo tecnológico.
Para isso, primeiramente é preciso sensibilizar os alunos de que as
tecnologias que trazem a sala de aula podem ser muito úteis para sua aprendizagem
acerca dos conteúdos escolares trabalhados pelos professores e assim, incentivá-
los a usá-las de modo pedagógico, pois nesta faixa etária os alunos aceitam os
desafios com facilidade e se interessam por atividades motivadoras.
Além disso, também é muito importante orientá-los que dentro de sala de
aula esses aparelhos não devem ser usados para outros fins que não tenham
propósito educacional e que os impeça de prestarem atenção na aula. O professor
pode propor um acordo, estipulando que durante as aulas esses recursos devem ser
usados somente para fins pedagógicos.
O professor deve incentivar o uso das tecnologias para a realização de
várias atividades tais como: jogos pedagógicos, leituras on line, exploração de
imagens, simuladores, animações, filmagens de atividades, vídeos, músicas,
cantigas e atividades gamificadas por meio do uso das tecnologias digitais.
Outra metodologia que pode ser utilizada no trabalho docente é a
metodologia de projetos, na qual a construção dos conhecimentos se dá de forma
colaborativa e interdisciplinar, pois os professores das diversas áreas do
conhecimento devem introduzir os conteúdos escolares de forma relacionada a
temas relevantes e que venham ao encontro da realidade de seus alunos.
Quanto ao aluno do Ensino Fundamental, séries finais, o professor deve
ensiná-lo a pesquisar, buscando informações de forma racional, transformando
informações em conhecimentos, a fim de que esse aluno desenvolva uma visão
mais reflexiva e mais crítica em relação ao conteúdo que lhe é apresentado.
A bagagem que o aluno possui, advinda do meio em que vivem e trazem
para dentro da sala de aula, na maioria das vezes, são de senso-comum, porém
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relevantes para a introdução dos conhecimentos científicos e por isso, a implantação


de um trabalho que faça uso da tecnologia trazida pelos alunos em sala de aula,
pode ser utilizada como ação mediadora do processo de ensino e aprendizagem,
constituindo-se como um meio de aproximar o cotidiano do estudante com os
conteúdos escolares.
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ATIVIDADE F: PLANOS DE AULA

Plano de Aula 01
I Disci Educação Física
dentificação: plina:
Série 7º Ano
:
Turm C
a:
Perí Matutino
odo:
C Lutas do Brasil: Com enfoque na capoeira
onteúdo:

Objetivo geral:
O
1Conhecer os aspectos históricos, filosóficos e as
bjetivos:
características das diferentes manifestações das lutas, assim como
alguns de seus movimentos característicos;
2Identificar de forma mais enfática a capoeira, sua
origem e alguns nomes importantes e seus princípios;
3Sensibilizar os alunos a respeito da diferença das
lutas (modalidades esportivas) das brigas (manifestações de
agressividade desorganizadas);
4Conhecer os elementos técnicos e táticos básicos da capoeira;
5Reconhecer os princípios éticos presentes na prática da capoeira,
tais como: respeito, disciplina, autonomia, solidariedade, amizade,
cooperação, honestidade e justiça.
6Conhecer e realizar exercícios preparatórios para a prática da
capoeira.
M1Apresentar no multimídia os diversos tipos de lutas e suas
etodologia características, por meio de textos e imagens;
2Enfatizar a capoeira explicando minuciosamente sua origem; Falar
sobre o Mestre Bimba, Mestre Pastinha e Besouro;
3Discutir com os alunos sobre a diferença das lutas e das brigas;
4Pesquisar sobre a história, as regras, os trajes e os atletas
campeões da capoeira,
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5Trazer um grupo de capoeiristas para se apresentar na escola;


6Realizar exercícios preparatórios para a prática da capoeira, sob
mediação e orientação docente.

R TV multimídia; computador e internet.


ecursos
A A avaliação ser a partir de observações acerca da
valiação participação dos alunos durante todas as atividades, as quais devem
ser orientadas pelo professor de acordo com o objetivo traçado para
ser atingido ao desenvolver cada uma delas, contudo respeitando o
ritmo de cada aluno.
Atividades
Participação durante as aulas e participação nas atividades de
exercícios.
Critérios
Espera-se que o aluno compreenda os princípios éticos, origem e
diferentes tipos de lutas, com enfoque na capoeira.

PORTAL DIA A DIA EDUCAÇÃO. Disponível em:


https://www.educaçãofisica.seed.pr.gov.br/modelus/conteudo/conteud
R
o
eferências Phpconteudo?=395 acesso 21/09/2021.

Plano de Aula 02
I Disci Educação Física
plina:
dentificação:
Série 7º Ano
:
Turm C
a:
21

Perío Matutino
do:
C Jogos eletrônicos
onteúdo:

Objetivo geral:
O
Aprimorar noções de cooperação e trabalho em
bjetivos: equipe, raciocínio lógico, estratégia e também estimular a
coordenação motora final.

Objetivos específicos:

(EF67EF01) Experimentar e fruir, na escola e fora


dela, jogos eletrônicos diversos, valorizando e respeitando os
sentidos e significados atribuídos a eles por diferentes grupos sociais
e etários.
(EF67EF02) Identificar as transformações nas
características dos jogos eletrônicos em função dos avanços das
tecnologias e nas respectivas exigências corporais colocadas por
esses diferentes tipos de jogos.
M1Fazer uma introdução sobre a evolução dos jogos eletrônicos e
etodologia passar vídeos sobre o assunto;
2Levar diversos minigames, que podem ser conectados à televisão da
sala ou no multimídia;
3Realizar um circuito de games com jogos projetados no multimídia
ou os jogos virtuais dos próprios alunos;
4Montar mesas com jogos de tabuleiro, como xadrez e Imagem &
Ação;
5Aplicar um quiz sobre o conteúdo, com perguntas que envolvem
pontos como a evolução da parte gráfica dos jogos, suas gerações,
personagens clássicos, entre outros;
6Aplicar o jogo game Just Dance, em que o jogador precisa seguir os
movimentos do dançarino da tela.
R Multimídia, TV da sala de aula, aparelhos eletrônicos
dos próprios alunos, quiz impresso, jogos de tabuleiro, como xadrez e
ecursos
Imagem & Ação e vídeos.
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A
A avaliação ser a partir de observações acerca da
valiação
participação dos alunos durante os jogos, as quais devem ser
orientados pelo professor de acordo com o objetivo traçado para ser
atingido ao desenvolver cada um deles, contudo respeitando o ritmo
de cada aluno.
Atividades
Participação nos jogos eletrônicos.
Critérios:
Espera-se que os alunos valorizem e respeitem os
sentidos e significados atribuídos a eles por diferentes grupos sociais
e etários, bem como aprimorem as noções de cooperação e trabalho
em equipe, raciocínio lógico, estratégia e também estimular a
coordenação motora fina.

NOVA ESCOLA. Práticas reais de jogos virtuais. Disponível em:


R<https://novaescola.org.br/conteudo/8469/praticas-reais-de-jogos-
eferências virtuais>. Acesso 16 out. 2020.
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CONSIDERAÇÕES FINAIS

Toda a caminhada percorrida na realização do estágio foi muito


importante para minha vida acadêmica, pois possibilitou conhecer os
documentos que norteiam a Educação Básica brasileira e principalmente
perceber a importância do trabalho do professor numa perspectiva
emancipadora.
Esta experiência passou a ser vista por mim enquanto acadêmica não
apenas como uma etapa a ser cumprida, mas como algo produtivo e que
possibilitou mudanças por ser um momento de aprendizagem e que
oportunizou aprofundar os conhecimentos, pois o futuro professor, por
intermédio do estágio, poderá desenvolver seu sendo crítico e também sua
criatividade.
A partir do estágio, percebi que é de fundamental importância na
prática do professor a ação - reflexão - ação, pois quando se estabelece esse
diálogo e essa reflexão sobre a prática, geralmente os encaminhamentos
dados resultam em eficiência, pois o estágio pode ser considerado como uma
“oportunidade de aprendizagem da profissão docente e da construção da
identidade profissional” (PIMENTA, 2004, p.99).
Todas as atividades realizadas durante o estágio supervisionado, a
investigação sobre a BNCC, os temas transversais, o Projeto Político
Pedagógico, o preparo do plano de aula, reflexões sobre a metodologia
midiática e a relação do professor com a equipe administrativa e pedagógica,
foram muitos importantes para minha aprendizagem enquanto acadêmica.
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REFERÊNCIAS

SILVA, D., A. SILVA, L, A, . Educação física na educação infantil: o papel do


professor de educação física. Revista Kin esis, Santa Maria v.36 n.1, 2018, jan -
abr. p. 44– 57Centro de Educaç ão Física e Des porto - UFSM

PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares da


Educação Básica: Educação Física. SEED, Curitiba, 2008.

VILA, M, F. SANTOS, S, A. O papel do pedagogo e a organização do trabalho na


escola. Disponível: http://www.diaadiaeducacao.pr.gov.br/portals/pde/arquivos/641-
4.pdf. Acesso em: 20/05/2021.

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