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DIREITO DO TRABALHO
Profª.: Isabella Carolinne Souza e Silva
Aluna: Brenda Damascena Azevedo
5° Período Noturno

IMPACTOS CAUSADOS PELO JULGAMENTO DO TEMA


1.046 JULGADO PELO STF
O tema 1046 teve uma grande repercussão no STF, o julgamento ocorreu em 02/06/2022, e
prevaleceu por ampla maioria de votos. O STF, no julgamento realizado dia 2/5/2022, concluiu o que
tratava-se da validade de norma coletiva de trabalho que limita ou restringe o direito trabalhista não
assegurado constitucionalmente. O STF concluiu que as normas estabelecidas em acordos e convenções
coletivas de trabalho devem prevalecer sobre a legislação no caso de restrição ou supressão de direito não
assegurado pela Constituição Federal.
O tema 1.046, Mendes apresentou o entendimento de que as negociações podem restringir
direitos, porém, ressaltou, que não devem ferir patamar civilizatório, em observância constitucionalmente
previsto. Dito então que, as cláusulas não podem ferir um patamar civilizatório mínimo, em linhas gerais,
pelas normas constitucionais, pelas normas de tratados e convenções internacionais incorporados ao
direito brasileiro e pelas normas que, mesmo infraconstitucionais, asseguram garantias mínimas de
cidadania aos trabalhadores. 
O “reconhecimento de convenções e de acordos coletivos pela Constituição Federal é forma de
estímulo à negociação direta entre trabalhadores e empregadores, para que definam quais regras serão
válidas para a relação trabalhista, com base em seus interesses e em sua realidade laboral”. 
Mendes foi acompanhado pelos ministros André Mendonça, Nunes Marques, Alexandre de
Moraes, Roberto Barroso, Dias Toffoli e Carmen Lúcia. O ministro Edson Fachin abriu divergência ao
avaliar como inadmissível que a negociação coletiva se sobreponha à vontade do legislador constituinte.
Ele foi acompanhado pela ministra Rosa Weber, consolidando do placar do resultado em 7 a 2 pela
prevalência do negociado sobre o legislado. No decorrer do julgamento houve importante destaque no
momento da negociação coletiva que prevalecia o princípio da equivalência entre negociantes, não
gerando vantagem apenas para empregadores, uma vez que é de natureza ser inerente às convenções e
acordos coletivos, sendo que a ocorrência de concessões mútuas e recíprocas é ínsita ao processo de
negociação propriamente dito. 

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