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Os 7 Elementos
Ao pesquisar os conceitos de um Mecanismo de Integridade e Sistema de Compliance,
encontram-se definições como, por exemplo, os 7 elementos básicos, necessários e
obrigatórios, para que os Mecanismos de Integridade e Sistemas de Compliance sejam
reconhecido como efetivos. Existem diversas versões, mas, uma delas é a seguinte:
Escolher a pessoa certa para a função merece consideração especial, pois ela terá a
missão de engajar os demais membros da organização em todo o processo de
implementação e, em seguida, na sua manutenção.
Detectar
Uma organização é formada por pessoas e estas podem agir em desacordo com o
Código de Conduta, transgredir normais e leis ou incorrer em desvios por diversas
razões, que não cabe aqui discutir. Assim, por melhor que seja a prevenção, impossível
atingir a perfeição. Por consequência, a detecção assume papel fundamental.
A prevenção fará o papel de convencer as pessoas para o bom uso do canal de denúncia,
transformando-o num “controle social” eficaz dentro da instituição.
Corrigir
Esse é o pilar da tolerância zero para desvios em relação ao princípio da instituição,
independentemente do nível hierárquico envolvido. Se detectada, a falha deve ser
corrigida de imediato e, se aplicável, uma medida disciplinar pertinente deve ser
aplicada imediatamente.
O uso inadequado desse pilar colocará todo os Mecanismos de Integridade e Sistemas
de Compliance em risco. Credibilidade é crucial e, se ela for arranhada, todo o trabalho
será perdido.
Eu outras palavras, não basta dizer apoiar, participar das reuniões ou declarar seu
entusiasmo nas comunicações de Compliance. O líder máximo da organização deve
incorporar os princípios desses Mecanismos de Integridade e Sistemas de Compliance e
praticá-los sempre, não só como exemplo aguardado pelos demais, mas também para
transformar, de fato, sua empresa num agente ético e íntegro. Assim, a sua conduta e
decisões não poderão sucumbir jamais, mesmo em casos críticos.
Recursos
Conselheiro em Compliance
Não se espera dos especialistas de Compliance serem obstáculos, mas sim parceiros.
Eles precisam colocar-se ao lado dos demais participantes da empresa, como
verdadeiros membros de suas equipes, na busca de soluções cabíveis: atingir os
objetivos da área e, ao mesmo tempo, garantir a presença dos princípios éticos e de
integridade.
Defensor
Sensibilizador
Documentação do Compliance
Código de Conduta
Normas e Procedimentos
Registros
Processos e Controles
Para assegurar, de forma sustentável, a proteção da empresa e de seus funcionários,
contra atitudes contrárias ao seu código de conduta, a organização deve transformar os
seus Mecanismos de Integridade e Sistemas de Compliance num Sistema de
Compliance. Desta forma, processos e controles devem ser estabelecidos e
documentados para mitigar os riscos inerentes e, mais que isso, precisam ser sistêmicos.
Atribuição de responsabilidades, frequência de execução, métodos e conceitos, tamanho
das amostras, entre outras, configuram-se em definições cruciais para garantir a
qualidade e melhoria contínua do Compliance. Documentar adequadamente cada passo,
em procedimentos e normas internas e manter os registros pertinentes, permitem à
organização proteger o seu capital intelectual, além de, numa eventualidade, poder
demonstrar suas intenções, suas atitudes e seu comprometimento com os propósitos da
ética e integridade.
Processos
A definição dos processos depende da natureza de cada empresa, sua exposição a riscos
e diversos outros fatores. Portanto, não existe um padrão a ser seguido, porém, alguns
processos assumem papel primordial em todos os Sistemas de Compliance, tais como
comunicação, treinamento e investigação.
Configura-se condição fundamental o estabelecimento de um sistema de medição da
performance de cada processo, por meio de indicadores (quantitativos ou qualitativos).
Fóruns de análise crítica regulares com a implementação de medidas preventivas,
corretivas ou de melhoria complementam esse cenário, dando ao responsável de cada
processo o poder de melhorá-lo continuamente.
Controles
Muitos falam... a lei pede... mas será que todos temos o mesmo entendimento sobre o
significado de um Mecanismo de Integridade e Sistema de Compliance efetivo? Seguir
uma norma escrita e responder um checklist são suficientes? A experiência mostra a
necessidade de ir além: é preciso sentir, cheirar, vivenciar o dia a dia de uma
organização, para chegar a uma conclusão mais precisa e confiável.
Possuir um código de conduta afixado na parede e na Intranet é sinônimo de
efetividade? E se as pessoas nunca leram o código? Certamente, não irão cumpri-lo,
pois desconhecem seu conteúdo.
Ter listas de presença completas e assinadas por todos os funcionários não é nem de
longe o que se espera dos treinamentos. E se alguém assinou pelos colegas? E se as
pessoas assinaram e ficaram respondendo e-mails, falando no celular ou até dormiram
no auditório? Talvez, alguém imagine uma boa saída: aplicar provas e, nesse caso, se as
pessoas tirarem boas notas, conclui-se o treinamento ter cumprido o seu papel. Mas... e
se as pessoas colaram na prova? E se a prova foi muito fácil? E se a matéria dada não
espelha a necessidade da empresa e, portanto, a prova não significaria o objetivo da
organização? O que se espera, de fato, é o funcionário cumprir na prática o que se
estabelece no código de conduta e, dessa forma, todo o treinamento pode ser
considerado satisfatório. Aliás, pode-se ir ainda mais além: diante de uma situação não
prevista no código de conduta, o funcionário aja em sintonia com o mais elevado padrão
da ética e integridade.
O mesmo aplica-se a todos os demais processos relativos a Compliance. Portanto, cabe
à organização essa reflexão para estabelecer parâmetros de medição, no intuito de
identificar se a direção escolhida realmente está sendo seguida.
Ilusão seria ficar apenas na superfície, buscando demonstrar tão somente uma "boa
intenção". O Compliance é mais do que isso. Compliance busca ética e integridade, em
todas as atividades, processos e atitudes das pessoas. Assim, e somente assim, o
Compliance estará de verdade dando a sua contribuição para a obtenção de uma
sociedade mais justa, um país melhor e, quem sabe, isento de corrupção.
Comunicação como Sustenção Essencial
Treinamentos
Os treinamentos não deixam de ser um tipo de comunicação, mas compreendem uma
atividade específica que merece algumas considerações. Existem diversas formas de
treinamentos e usar a maior variedade possível revela-se uma recomendação eficiente.
Os presenciais têm a vantagem de colocar os treinandos e expositores frente a frente,
facilitando a interação, discussão das dúvidas e aprendizado, via perguntas e respostas,
ou, simplesmente, por meio de comentários espontâneos dos participantes.
Os treinamentos pela Internet ou Intranet (conhecidos como WBT – "Web Based
Trainings") permitem aos usuários a escolha do horário mais conveniente, de acordo
com suas agendas, admitem a sua realização por módulos e/ou por partes e possibilitam
a execução à distância, reduzindo custos de viagens, aluguel de salas, etc.
Usar a criatividade, como o envio de conteúdo regular por e-mails, geração de arquivos
com slides e textos elucidativos, publicação de matérias na rede corporativa, confecção
de filmes, peças de teatros ou jogos lúdicos, entre outras, são formas alternativas e
complementares com significativo sucesso nas empresas.
Classificar os treinamentos em obrigatórios e facultativos também se apresenta como
salutar para o bom funcionamento do Sistema de Compliance. A definição correta do
público-alvo, escolha de material apropriado e estabelecimento de uma carga horária
adequada são ingredientes fundamentais para o sucesso. Todavia, o mais importante é a
escolha correta do instrutor. Ele deve ser capacitado e estar muito bem preparado para a
exposição. Manter o público atento e interessado no conteúdo constitui-se um desafio a
ser, obrigatoriamente, vencido.
Visando o sucesso da prática de treinamento e, não apenas de uma sessão isoladamente,
há necessidade de uma gestão eficiente, considerando aspectos importantes: registros,
análise de performance, acompanhamento dos participantes, etc. Assim, imprescindível
nomear um responsável pelo treinamento, que possua visão geral de todo o processo e
preocupe-se na sua melhoria. De fato, assegurar a participação de todo o público-alvo,
verificar o desempenho do instrutor, a adequação do conteúdo, a satisfação dos
treinandos, a assimilação e aplicação prática dos conceitos, entre outros, compreendem
atividade crucial da gestão dos treinamentos, a qual definirá, em última análise, o
sucesso ou não desse processo.
Confidencialidade
Retaliação
Presentes e Hospitalidades
A instituição pode combinar regras, definir apenas uma, estipular outras condições, etc.
O importante é fazer com que a sua força de trabalho entenda o conceito e o motivo do
porquê das regras. Espera-se de todos que as cumpram, não por serem elas motivo de
medo, mas sim porque todos acreditam ser esse o caminho adequado para suas atitudes
profissionais.
Doações e Patrocínios
Parceiros Comerciais
Conflitos de Interesse
Pagamentos de Facilitação
Antitruste
Como visto, o monitoramento deve ser encarado como algo muito maior que um
conjunto de tarefas isoladas, como investigação, auditorias, controles, pesquisas e
análises críticas periódicas. Ele compreende um modelo inteligente, previamente
estabelecido e arquitetado, para medir o desempenho do Sistema de Compliance,
analisar os resultados, permitir os ajustes necessários e promover a melhoria contínua.
Gestão do Compliance
Sistema de Compliance
Sistema de Medição
Governança
Ferramentas
Collective Action
Em junho de 2008, o World Bank Institute (WBI) publicou o "Fighting Corruption
Through Collective Action – A Guide for Business", com a finalidade de ajudar as
empresas a combaterem a corrupção, definindo "collective action" como:
Por outro lado, não estar em compliance significa correr riscos que
podem levar à perda financeira e patrimonial, penalidades e danos
à reputação.