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GOVERNANÇA
O básico,
o avançado
e o futuro
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Governança do futuro:
o metaverso e
as empresas
Pense a partir dos paradigmas emergentes e lidere
a construção do futuro, entendendo as possibilidades
trazidas pelo metaverso e pelas novas soluções
tecnológicas – e de cibersegurança – e as mais variadas
ondas digitais que despontam no horizonte
TEMPO DE
LEITURA:
49 MIN
C A R TA- C O N V I T E
V
ocê já ouviu falar que o futuro vem do futuro? Essa ideia remon-
ta a Otto Scharmer, criador da teoria U e professor da MIT Sloan
School of Management, segundo o qual só pessoas pensando de
acordo com paradigmas do futuro emergente conseguirão cons-
truir o futuro que desejamos. Caso contrário, é o passado que se converte
em futuro – e, na maioria dos casos, um futuro indesejável de repetição de
erros passados.
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Este e-book vem encerrar uma trilogia sobre governança. Nos dois e-books
anteriores, indicamos os primeiros passos básicos e essenciais em governança
(volume 1) e o estágio mais avançado de governança, apoiado em tecnologia e
dados (volume 2). Agora, neste volume 3, vamos ajudar os líderes empresariais a
entender os paradigmas do futuro emergente, para poderem pensar diferente e
construir o futuro desejável, utilizando a governança corporativa como alicerce.
Você está prestes a mergulhar no que não deixa de ser um exercício de futu-
rologia. Porém um exercício feito com base nos sinais de futuro observados no
presente, o que faz com que traga insights realistas. Muito possivelmente vamos
construir a governança daqui para a frente lançando mão de ferramentas que
tendem a ser mais exploradas, como blockchain, modelagem de dados, geoloca-
lização, inteligência artificial, metaverso e até onde as ondas digitais possam nos
levar. Não se trata de mudanças apenas tecnológicas; elas são também humanas.
Boa leitura!
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SUMÁRIO
05 CAPÍTULO 1
Mindset futuro: continuaremos a esperar até
dar errado?
08 CAPÍTULO 2
Posição futura: governance officer
11 CAPÍTULO 3
Compliance do futuro: data analytics
14 CAPÍTULO 4
Tecnologias: o que é usado hoje deve ser
paradigma amanhã
17 CAPÍTULO 5
O metaverso no futuro – e o Brasil do futuro
20 CAPÍTULO 6
Cibersegurança do futuro
25 CAPÍTULO 7
Líderes indicam caminhos para destravar o ESG
27 CAPÍTULO 8
As melhores práticas de governança no futuro
30 CAPÍTULO 9
O futuro emergente, onde estamos e para onde
vamos
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CAPÍTULO 1
Mindset futuro:
continuaremos a esperar
até dar errado?
H
oje, a governança corporativa costuma ser valoriza-
da principalmente quando algo sai errado. Quem não
cuidou da correta contratação dos funcionários? Por
qual motivo a empresa está sofrendo esse processo
judicial? Como ocorreu a poluição do lago por produtos quími-
cos que saíram de nossa operação?
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Será que os executivos continuarão a ter esse padrão compor-
tamental no futuro? Ou veremos uma disseminação quase com-
pleta das práticas, ferramentas e estruturas de governança para
antecipar e evitar riscos, pensar na cadeia de produção de ponta
a ponta, atuar em conformidade com as normas estabelecidas e
respeitar os anseios dos diferentes stakeholders?
Não é possível cravar uma resposta. Porém, como crises mal ad-
ministradas empurram as empresas para a irrelevância e, depois,
para a morte – por um darwinismo de mercado –, acreditamos que
o cenário mais provável é que as empresas do futuro não esperem
as coisas dar errado, e sim adotem práticas, ferramentas e estru-
turas de governança preventiva a risco. Um sistema de governança
tende a ser quase tão obrigatório quanto um sistema de vendas.
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Erros de governança, além disso, custarão cada vez mais caro
em termos financeiros, o que fará com que a mentalidade dos
líderes empresariais mude em relação a esses sistemas de con-
trole. Assim como em Londres os motoristas têm um mindset
distinto do observado em outras partes do mundo porque o cus-
to de atropelar alguém pode inviabilizá-los por toda a vida, os
líderes do futuro mudarão seu mindset em relação a controles
porque erros de governança podem sepultar os negócios.
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CAPÍTULO 2
Posição
futura:
governance officer
É
preciso haver uma liderança para estabelecer os con-
troles e comandar a governança. Hoje, muitas vezes, é
o CEO ou o conselho de administração que exerce esse
papel dentro de uma organização. E no futuro? Não
será necessariamente o CEO ou o presidente. O Instituto Brasi-
leiro de Governança Corporativa (IBGC) descreve a função de
“governance officer”, profissional responsável pela estruturação
e gestão estratégica das boas práticas de governança corporativa
nas organizações.
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O instituto recomenda que essa função deve ser exercida por
um profissional sênior e qualificado, que já tenha histórico de
liderança e preferencialmente tenha trabalhado nas áreas de
compliance e governança, além de possuir conhecimentos só-
lidos também sobre regulação, legislação, estratégia, finanças,
contabilidade e gerenciamento de riscos.
Fonte: IBGC
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Quer entender melhor a função e saber como implantá-la em
sua organização? Confira a publicação disponível para download
gratuito no Portal do Conhecimento do IBGC.
IBGC
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CAPÍTULO 3
Compliance
do futuro:
data analytics
M
uitas vezes, um programa ou os diversos progra-
mas de compliance de uma organização, mesmo
bem estruturados, documentados e comunicados,
ainda carecem do principal: o engajamento. Em
outras palavras, hoje ainda são significativos os casos em que
falta a adesão de pessoas que executam o trabalho de maneira a
respeitar as normas, com integridade e ética. E no futuro?
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A tecnologia ainda mais onipresente pode mudar esse quadro.
Engajar requer comunicação contínua e, para tanto, nada me-
lhor do que levar informação àqueles que muitas vezes estão na
primeira linha de defesa, ou seja, no coração do negócio.
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A compreensão dos dados proporcionada pelo analytics ajuda
líderes e membros dos squads ágeis a identificar, por exemplo,
como as questões regulatórias internas e externas afetam a ca-
deia de valor do business, quanto há de adesão, em que momen-
to consomem a informação e inclusive o que é feito com essa
informação.
O uso dos dados para correlacionar resultados com a contri-
buição (e o nível de eficiência) que os processos dão à segurança
da atividade e o risco gerenciado são alguns dos pontos primor-
diais para construir a governança do futuro.
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CAPÍTULO 4
Tecnologias:
o que é usado hoje deve
ser paradigma amanhã
P
ara que possamos construir um futuro no qual que-
remos viver, não bastam as tecnologias. Há uma pro-
fusão de ferramentas sendo inventadas a cada dia.
Os robôs e a inteligência artificial aprendem rapida-
mente, mas a direção que a inovação deve tomar ainda precisa
ser dada pelos humanos. Trazemos aqui um pequeno apanhado
das novas tecnologias e como elas podem influenciar, alterar ou
transformar a maneira de praticar a governança do futuro.
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Daqui para a frente
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Modelagem de dados – processo que gera informa-
ções coerentes, estratégicas e de valor para o negócio de
uma organização, com ajuda de um banco de dados gigan-
tesco.
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CAPÍTULO 5
O metaverso
no futuro
– e o Brasil
do futuro
E
como o tão propalado metaverso chega ao contexto
brasileiro? Como falamos de algo ainda apenas imagi-
nado – um mundo virtual que poderá replicar a rea-
lidade por meio de dispositivos digitais –, sugerimos
conjecturas sobre como será esse espaço coletivo e virtual com-
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partilhado, constituído da soma da realidade virtual, da reali-
dade aumentada, dentro do ambiente da internet, levando em
consideração a realidade nacional.
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a implantar em todo o mundo no final do ano de 2018 e agora,
em 2022, chegou ao Brasil. Sucessor planejado das redes 4G que
fornecem conectividade para a maioria dos dispositivos atuais,
o 5G chega para aumentar a velocidade na conexão, na repro-
dução de conteúdos digitais e na interligação entre usuários. A
vantagem seria o aumento na agilidade, na qualidade de cone-
xão. Os usos possíveis vão da medicina ao ensino. Mais utilida-
des seguem sendo descobertas.
Empoderamento do usuário
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CAPÍTULO 6
Cibersegurança
do futuro
Q
uando falamos sobre cibersegurança, em qualquer
ambiente digital, é natural que o nível de exposição
aumente conforme o avanço da tecnologia. Assim, é
preciso que as empresas reconheçam sua vulnerabi-
lidade e saibam mapear seus pontos frágeis, até porque as orga-
nizações são as guardiãs de informações valiosas (veja o capítulo
sobre a Lei Geral de Proteção de Dados no e-book 2, Governança
avançada: quando a tecnologia e os dados fazem a diferença).
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O que já sabemos é que a pegada digital do usuário torna-se
praticamente ilimitada. Tudo está gravado. Esse debate pode ser
encarado a partir de uma perspectiva psicanalítica. Sem a to-
mada de consciência a respeito de um problema, jamais seremos
capazes de mudá-lo. E quando o metaverso passar a existir, por
exemplo, ele será bem mais do que um jogo inocente.
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o direito digital. Vamos precisar de regras muito claras do ponto
de vista tecnológico. Isso porque seu terreno no metaverso pode
estar sendo usado para atividades ilícitas.
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Quando falamos de interoperabilidade, falamos também em
facilitar a identificação. Um crime cometido em determinado
metaverso vai repercutir no metaverso vizinho, quase como uma
ficha suja. Entra para facilitar o big data, que seriam os dados
com maior variedade chegando em volumes crescentes e com ve-
locidade cada vez maior, para compor panoramas mais vastos e
abrangentes.
Vazamento de dados
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alternativas de recuperação. Inclusive, pode existir a necessidade
de negociação até mesmo na dark web, por exemplo, para identi-
ficar um eventual vazamento de dados, se os dados estão ou não
sendo comercializados.
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CAPÍTULO 7
Líderes indicam
caminhos para
destravar o ESG
A
Bravo GRC realizou em 2021 a pesquisa “Visão do
Mercado Brasileiro sobre os Aspectos ESG”, que co-
letou dados por meio de questionários respondidos
por pequenas, médias e grandes organizações de di-
versos setores, como varejo, indústria, serviços, instituições fi-
nanceiras, educação e tecnologia.
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Algumas das conclusões trazidas pelo estudo foram surpreen-
dentes, como o fato de que, apesar de o tema ESG estar em voga
no mercado, 69% das empresas estão fora do ecossistema de ini-
ciativas a ele relacionadas. Dentre aquelas que já adotaram me-
didas, a maioria (51%) participa da Rede Pacto Global da ONU.
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CAPÍTULO 8
As melhores
práticas de
governança
no futuro
O
Instituto Brasileiro de Governança Corporativa
(IBGC), referência nacional e internacional em go-
vernança corporativa, publica desde 2009 seu Códi-
go das Melhores Práticas de Governança Corporati-
va, atualmente na quinta edição. Essas são as melhores práticas
do presente, um guia de orientação para a melhoria do ambiente
de negócios no presente.
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Como ainda não são aplicadas quanto deveriam ser, muito pro-
vavelmente serão as melhores práticas do futuro, já totalmente
assimiladas pelas empresas. Ao incorporar modelos de relatório
corporativo integrado, que ampliam e integram a dimensão das
informações de impacto econômico, social e ambiental presta-
das pelas empresas, o documento propicia reflexões sobre o pa-
drão de governança das organizações, a ética nos negócios e as
responsabilidades dos líderes.
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Valores fundamentais do presente e do
futuro da governança
Ética
Honestidade
Integridade
Responsabilidade
Independência
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CAPÍTULO 9
O futuro emergente,
onde estamos e
para onde vamos
C
omo ir para o futuro da governança corporativa sem
uma máquina do tempo? Vendo os sinais do futuro
(o futuro vem do futuro, lembra?), entendendo onde
sua empresa está no presente e imaginando o pro-
cesso construtivo desse futuro desejado para a organização.
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1º passo: captar o futuro emergente
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3º passo: exercício de futuro
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gurança, integridade de informações e ética, entre outras ques-
tões que, embora envolvam tecnologia, também nos levam ao
campo da filosofia e das relações humanas. Como vamos moldar
o mundo daqui para a frente? As principais considerações são
insights trazidos por Claudinei Elias, CEO e fundador da Bravo.
Imaginando o amanhã
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Serão derrubadas todas as fronteiras geográficas e não have-
rá mais sentido falar em nacionalidades?
Os ativos reais serão transformados em digitais?
Continuarão a ser necessários protocolos de identificação?
Como as regras regulatórias vão funcionar?
Ainda precisaremos de líderes?
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Sobre
A Bravo é uma empresa de tecnologia e consultoria para
GRC e ESG que integra pessoas e processos para elevar
o grau de conhecimento e consciência das organizações,
garantir mecanismos de controle e proteger a integrida-
de e reputação dos clientes e de seus colaboradores. Tra-
balhamos para que sua empresa tenha respostas rápidas
e assertivas às questões centrais da governança com en-
tendimento da maturidade atual, implementando práti-
cas eficientes que garantirão governabilidade para atin-
gir o objetivo empresarial.
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Sobre
A MIT Sloan Review Brasil é uma publicação trimes-
tral que une tecnologia e gestão, modelo de negócio e ino-
vação, como nenhuma outra no mundo. Ela não apenas é
associada à meca da tecnologia e inovação, o Massachu-
setts Institute of Technology e ao templo da gestão Sloan
School; tudo o que é vanguarda nessa área, inclusive no
Oriente – especificamente na China –, é acompanhado
de perto, e com profundidade, em suas páginas. Se você
é um pioneiro do digital, convidamos você a nos acom-
panhar em nosso site e em nossas redes sociais.
www.mitsloanreview.com.br
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avaliação