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Conteúdo programático:
Para falar do que é música me remeto a fala de Houaiss apud Bréscia que
conceitua música como sendo “[...] combinação harmoniosa e expressiva de sons e
como a arte de se exprimir por meio de sons, seguindo regras variáveis conforme a
época, a civilização etc”. Acrescento a fala de Gainza apud Barreto e Chiarelli (2005).
“A música e o som, enquanto energia, estimulam o movimento interno e externo no
homem; impulsionam-no „a ação e promovem nele uma multiplicidade de condutas de
diferentes qualidade e grau”. Completo com a fala de Weigel apud Barreto e Chiarelli
(2005) que nos mostra que a música é formada fundamentalmente por: som, ritmo,
melodia e harmonia. Sendo o:
Som: são as vibrações audíveis e regulares de corpos elásticos, que se
repetem com a mesma velocidade, como as do pêndulo do relógio. As vibrações
irregulares são denominadas ruído.
Ritmo: é o efeito que se origina da duração de diferentes sons, longos ou
curtos.
Melodia: é a sucessão rítmica e bem ordenada dos sons.
Harmonia: é a combinação simultânea, melódica e harmoniosa dos sons.
(Barreto e Chiarelli, 2005)
Já a musicalização (Bréscia, 2003) é um processo de construção de
conhecimento musical que visa despertar e desenvolver o gosto pela música,
beneficiando o desenvolvimento da sensibilidade, criatividade, concentração,
memorização, atenção e autodisciplina assim como o senso-crítico e consciência
corporal.
Os primeiros contatos
A arte deve ser apropriada pelo professor depois repassado para os alunos.
- Familiarizar o aluno com a produção artística à qual não tem acesso pela
mídia ampliando seu repertório artístico.
- Representar ideias e sentimentos por intermédio de imagens (visuais,
musicais, cênicas e movimentos corporais), que reflitam a observação da realidade
circundante, a pesquisa e a compreensão das obras de Arte realizadas por outros
povos, outras épocas, outras culturas.
Processo de Criação
O processo do trabalho pedagógico em Arte tem por finalidade trabalhar na
praticam com música, jogos teatrais, desenho e dança, levando em conta os
elementos formais como estudo sobre cores primaria e secundaria (artes visuais),
timbre, duração e altura (música), expressão facial, corporal e gestual (teatro) e
movimento corporal (dança).
Ao planejar as aulas devemos fazer a inter-relação das linguagens artísticas
(teatro, dança, músicas, visuais) seus elementos formais, sua composição e
movimentos e períodos que pertencem.
Um conhecimento de Arte sem articulação em fazer artístico, apreciação e
fundamentação teórica não tem sentido. Segue abaixo esquema gráfico de conteúdos
abordados em Arte. Consta nos PCNs (1998) que “a escola não dará conta de ensinar
todos os conteúdos de arte, mas precisa garantir um determinado conjunto que
possibilite ao aluno ao aluno ter base suficiente para seguir conhecendo”.
Conteúdos Estruturantes
Uma delas é a leitura, onde nos faz refletir o que estamos olhando.
A leitura de imagens é um dos pontos mais importante do ensino da Arte, pois
o nosso cotidiano é repleto de variedades de imagens, produtos, propagandas e a
tecnologias e muito mais, e o nosso aluno tem contato diário com esta enxurrada de
imagens, muitas com informações positivas e outras negativas.
Na escola necessita-se trabalhar o exercício de analise para que o aluno possa
refletir e analisar e assim fazer uma leitura mais critica. Conforme Barbosa (2002)
“nossa visão é limitada, vemos o que compreendemos e o que temos condições de
entender, o que nos é significativo”.
Pensar numa educação com Arte, é antes de tudo, pensar numa educação que
dê ao aluno a chance de poder desenvolver seu potencial de criação, de produção, de
execução de suas atividades. Neste momento, a escola entra como uma espécie de
elo entre o que a sociedade propaga e o desejo do aluno em poder desenvolver
atividades que suas vontades e seus sonhos, representem suas fantasias.
A escola é o espaço das discussões sobre direitos e deveres, e de reflexão da
realidade. É também a dimensão social das manifestações artísticas, que constitui
uma das funções importantes do ensino da Arte, como propagado nos PCN. Ele
aprende com isso, que existem povos, costumes, religiões, modos de produção e
criação diferentes dos dele, elementos que o ajuda a compreender melhor o outro
para uma convivência com as diferenças. Parte daí uma consciência tanto de
preservação dos patrimônios culturais, ambientais e o respeito pela diversidade.
O século XX foi o período em que as pessoas, destaque para o Brasil, puderam
falar e produzir da forma que realmente achavam interessante, muitos dados puderam
ser trazidos para a área pedagógica, que de posse das análises realizadas, chegasse
a conclusões de que o ensino da Arte é de fundamental importância para o
desenvolvimento da criança. No tocante às áreas que as Artes podem diretamente
influenciar, estão a antropologia, a filosofia, a psicologia, a psicopedagogia e as
tendências modernas de crítica da Arte, partindo de princípios que valorizam o ensino
das artes plásticas, da dança, da música e do teatro, denominado “Movimento da
Educação através da Arte”, fundamentado nas ideias do filósofo inglês Herbert Read,
movimento que teve como manifestação mais conhecida a tendência da “livre
expressão”.
O século XX foi também o período em que se pôde refletir sobre qual o lugar
das artes na educação. Depois de muita discussão, chega-se a conclusão de que a
educação em arte é importante na formação do indivíduo. Em 1971, a Lei de Diretrizes
e Bases da Educação Nacional, LDB nº 5.692, que institui o ensino profissionalizante,
a Arte é incluída como Educação Artística no currículo escolar. A Arte neste momento
é vista como uma atividade educativa e não como uma matéria. Mesmo assim, é
percebido um avanço considerável, pois parte de pressupostos inovadores e,
principalmente no que tange à formação do indivíduo, ela ocupa papel
importantíssimo. Contudo, o desenvolvimento efetivo da Educação Artística nas
escolas, deixou muito a desejar, visto que a falta de professores com formação
específica em Artes Plásticas, Educação Musical e Artes Cênicas não era suficiente
para atender as necessidades da época, o que pode ser observado ainda nos nossos
dias.
Em 1988, com as discussões sobre a promulgação da Constituição Federal do
Brasil, a Lei de Diretrizes e Bases para a Educação Nacional, que seria sancionada
apenas em 20 de dezembro de 1996, traria, mais uma vez o ensino de Arte como alvo
de críticas e manifestações. Uma das versões do novo documento legal, apresentava
a proposta da não obrigatoriedade da Arte nos currículos
escolares. Com a Lei nº 9.394/96, a Arte passa a ser considerada área obrigatória na
Educação Básica. O Artigo 26, § 2º é claro ao afirmar: “O ensino da arte constituirá
componente curricular obrigatório, nos diversos níveis da educação básica, de forma
a promover o desenvolvimento cultural dos alunos”.
O supracitado artigo da LDB, em vigência desde 1996, torna obrigatório o
ensino da Arte na Educação Básica, contudo a situação, em termos de condições
mínimas para que a legislação seja de fato cumprida, ainda se constitui num grande
obstáculo na maioria das unidades escolares do país.
CURIOSIDADES
Naturalismo e Geometrismo: Dança de Cogul, dança das mulheres em torno de arte rupestre
no Brasil um homem nu
Campo de Trigo com corvos / Van Gohg O Grito/ Edvard Munch óleo
Jairo pereira, nascido em 23/03/1956 em Passo Fundo, RS. Editou sete livros,
tem ensaios e artigos publicados em várias revistas e jornais. Foi premiado em oito
concursos literários em conto, poesia e teatro. Realizou inúmeras exposições de
pintura.
Pano de Boca - óleo sobre duratex 60x50 cm s/título-acrílica sobre tela 100x90
cm Jairo Pereira/ acervo particular Jairo Pereira/ acervo
particular
O artista Dirceu Rosa que reside em Cascavel, projetou algumas obras. Tema
marcante deste artista é a mão. Muitos se dedicaram a utilizar este tema em suas
composições, não somente imagens, mas em outras manifestações humanas de ver
e analisar o mundo com a voz e a escrita.
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