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Fisica Geral 234
Fisica Geral 234
2011
Copyright © UNIASSELVI 2011
Elaboração:
Prof.ª Margaret Luzia Froehlich
150
F925f Froehlich, Margaret Luzia
Física geral / Margaret Luzia Froehlich. Indaial :
UNIASSELVI, 2011.
204 p. : il.
Inclui bibliografia.
ISBN 978-85-7830-399-0
1. Psicologia
I. Centro Universitário Leonardo Da Vinci.
Ensino a Distância. II. Título.
Impresso por:
Apresentação
Amigo(a) acadêmico(a), você está diante de um emocionante e
envolvente material que levará você para o fantástico mundo dos fenômenos
naturais. Você está pronto(a) para se surpreender com a realidade? Você vai
descobrir o segredo que está escondido nos acontecimentos cotidianos e vai
poder relacioná-los a ideias exatas, quantificá-los, classificá-los e desvendá-
los. É isso o que você quer fazer? Então preste atenção!
Bons estudos!
III
UNI
Você já me conhece das outras disciplinas? Não? É calouro? Enfim, tanto para
você que está chegando agora à UNIASSELVI quanto para você que já é veterano, há novidades
em nosso material.
O conteúdo continua na íntegra, mas a estrutura interna foi aperfeiçoada com nova diagramação
no texto, aproveitando ao máximo o espaço da página, o que também contribui para diminuir
a extração de árvores para produção de folhas de papel, por exemplo.
Todos esses ajustes foram pensados a partir de relatos que recebemos nas pesquisas
institucionais sobre os materiais impressos, para que você, nossa maior prioridade, possa
continuar seus estudos com um material de qualidade.
UNI
IV
V
VI
Sumário
UNIDADE 1: MECÂNICA ..................................................................................................................... 1
VII
4 ENERGIA MECÂNICA ....................................................................................................................... 50
4.1 ENERGIA CINÉTICA ..................................................................................................................... 50
4.2 ENERGIA POTENCIAL ................................................................................................................. 51
4.2.1 Energia potencial gravitacional ............................................................................................ 51
4.2.2 Energia potencial elástica ...................................................................................................... 52
4.2.3 Energia mecânica total ........................................................................................................... 52
4.3 CONSERVAÇÃO DE ENERGIA ................................................................................................... 53
RESUMO DO TÓPICO 4 ....................................................................................................................... 55
AUTOATIVIDADE ................................................................................................................................. 56
VIII
4.1 CALORÍMETRO .............................................................................................................................. 98
5 TERMODINÂMICA ............................................................................................................................ 101
5.1 TRABALHO DE UM GÁS .............................................................................................................. 101
5.2 ENERGIA INTERNA ...................................................................................................................... 103
5.3 PRIMEIRA LEI DA TERMODINÂMICA . ................................................................................... 104
5.4 SEGUNDA LEI DA TERMODINÂMICA .................................................................................... 106
5.4.1 Máquina térmica ..................................................................................................................... 106
5.4.2 Máquina de Carnot ................................................................................................................. 107
RESUMO DO TÓPICO 3 ....................................................................................................................... 110
AUTOATIVIDADE ................................................................................................................................. 111
IX
4.1 FORÇA MAGNÉTICA SOBRE UM CONDUTOR RETILÍNEO ............................................... 160
RESUMO DO TÓPICO 2 ....................................................................................................................... 162
AUTOATIVIDADE ................................................................................................................................. 163
X
UNIDADE 1
MECÂNICA
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
Esta unidade tem por objetivos:
PLANO DE ESTUDOS
A primeira unidade está dividida em cinco tópicos. No final de cada tópico
você encontrará atividades que o(a) ajudarão a fixar os conceitos.
TÓPICO 5 – FLUIDOS
1
2
UNIDADE 1
TÓPICO 1
SISTEMA INTERNACIONAL E
GRANDEZAS FÍSICAS
1 INTRODUÇÃO
Vamos começar dando um nome para cada uma das entidades misteriosas
que parecem nos perseguir no nosso dia a dia. E por que não chamá-las de
grandezas físicas? É uma ótima ideia, transmite a sensação de algo que pode ser
medido, conhecido, esmiuçado. Assim, isolamos algo, medimos a sua grandeza
e desvendamos o seu comportamento. Depois disso, vamos tentar descobrir as
leis que as governam. Faremos isso do ponto de vista clássico, que para o nosso
caso é muito eficiente. Utilizaremos as convenções preestabelecidas e as leis da
matemática para corroborar nossas ideias.
2 GRANDEZAS FÍSICAS
Grandeza física é tudo aquilo que pode ser medido. Por exemplo, distância,
tempo, temperatura, pressão. A beleza, a emoção e o sabor não podem ser
medidos numericamente, por isso, não são grandezas físicas, são qualidades. Nós
classificamos as grandezas físicas em duas categorias: escalares ou vetoriais.
Por outro lado, podemos falar de uma força, então precisamos saber algo
além do seu valor numérico. Temos que descobrir onde a força é aplicada (direção)
e para que lado (sentido), caso contrário a informação está incompleta. Grandezas,
que além de módulo (valor numérico) possuem direção e sentido são chamadas
de grandezas vetoriais. Se uma maçã cai na minha cabeça, sinto o impacto de
uma grandeza vetorial, a força-peso da maçã. Pressão, velocidade, força etc., são
grandezas vetoriais. No próximo tópico vamos aprender a lidar com elas.
3
UNIDADE 1 | MECÂNICA
Vejamos:
200 = 2 x 100 = 2 x 102
5.300.000 = 5,3 x 1.000.000 = 5,3 x 106
0,00000024 = 2,4 x 0,0000001 = 2,4 x 10-7
Regra Prática:
Assim, o número 25 x 104 deve ser escrito corretamente como 2,5 x 105. O
mesmo acontece com o número 84 x 10-3, que deve ser escrito como 8,4 x 10-2.
4
TÓPICO 1 | SISTEMA INTERNACIONAL E GRANDEZAS FÍSICAS
2.2.1 Multiplicação
Exemplo 1:
2.2.2 Divisão
Exemplo 2:
–3
2.2.3 Potenciação
Exemplo 3:
2.2.4 Radiciação
5
UNIDADE 1 | MECÂNICA
Exemplo 5:
3 SISTEMA INTERNACIONAL
Nos problemas com os quais nos deparamos o dia inteiro encontramos
muitas coisas que poderiam ter sido diferentes se tivéssemos feito isso ou aquilo de
outro modo. E você talvez diria que nós não poderíamos saber antes. É exatamente
esse o ponto, nós podemos! A maior parte das coisas que acontecem à nossa volta
podem ser previstas, desde que tenhamos informações suficientes sobre elas.
Vamos chamar essas informações de variáveis ou de grandezas físicas. O tempo,
o comprimento, o volume, a densidade, a temperatura, a velocidade, são apenas
alguns exemplos de grandezas que podemos controlar. Se isso não fosse verdade
você não estaria sentado numa cadeira agora, nem se arriscaria a atravessar uma
ponte, ou subir até a cobertura de um arranha-céus. Usar o celular, então... nem
pensar!
Para que a grandeza nos forneça uma informação útil é preciso medi-la.
Então, precisamos fixar um valor que seja único e conhecido, precisamos de um
padrão. O metro é um padrão de comprimento, a hora é um padrão de tempo, e
assim por diante. Vamos chamar esse padrão de unidade e representá-lo com um
símbolo, como você pode ver na tabela a seguir. Por exemplo, se eu digo que andei
10m, significa que percorri uma distância de dez vezes a unidade metro.
6
TÓPICO 1 | SISTEMA INTERNACIONAL E GRANDEZAS FÍSICAS
Embora não façam parte do SI, na prática, são muito utilizadas as seguintes
unidades contidas na tabela a seguir:
7
UNIDADE 1 | MECÂNICA
Exemplo 1: Converta 20 km em m.
Exemplo 3: Converta 3h em s.
DICAS
8
RESUMO DO TÓPICO 1
Neste tópico você viu que:
DICAS
9
AUTOATIVIDADE
10
4 No Sistema Internacional de Unidades (SI), as unidades de
comprimento, massa, tempo e temperatura são, respectivamente:
a) 13.500 =
b) 8.540 =
c) 950.700 =
d) 0,03 =
e) 0,0025 =
a) 6,25 x 10-2 =
b) 3,15 x 10-4 =
c) 6,02 x 103 =
d) 7,0 x 104 =
e) 1,2 x 106 =
a) 6 x 10-3 + 4 x 10-5 =
b) 5,2 x 103 - 2 x 102 =
c) 3 x 108 x 8 x 10-5 =
d) 1,25 x 104 : 5 x 105 =
e) (6 x 10-5)2 =
f) (144 x 108)1/2 =
g) 2 x 102 (3 x 105 + 4 x 106) =
h) [(3 x 103)2 + 1,6 x 107]1/2 =
i) (49 x 107 . 7x 10-3) + 5 x 106 =
11
8 Converta os valores das grandezas para unidades do SI.
a) 0,84 km em m.
b) 2h34min em segundos.
c) 350 g em kg.
d) 10 polegadas em m.
e) 56 toneladas em kg.
f) 67 u em kg.
g) 600 libras em kg.
h) 3000 pés em m.
12
UNIDADE 1
TÓPICO 2
1 INTRODUÇÃO
Uma maçã atinge o crânio de alguém. A força que ele sente é o peso da maçã.
Mas de onde ela veio? Do céu e direto para a sua cabeça! Percebeu a informação
a mais? Precisamos de um novo objeto matemático para desvendar as grandezas
que possuem direção e sentido. Podemos representar essas grandezas como um
segmento de reta orientado. Para compreender melhor, verifique a figura que
segue. Podemos supor que a partícula que atingiu a cabeça em repouso de Newton
foi colocada em movimento devido a uma força de cima para baixo. Se essa força
não estivesse atuando, a maçã continuaria em repouso na árvore.
13
UNIDADE 1 | MECÂNICA
NOTA
O vetor tem uma origem (de onde vem) e uma extremidade (para onde
vai), e tem um valor numérico associado a ele, que chamamos de módulo. Quando
nos referimos a uma grandeza vetorial devemos ter um meio de diferenciá-la de
uma grandeza escalar. Por exemplo, podemos falar de uma grandeza escalar como
a temperatura (em graus Celsius) utilizando um símbolo T(OC) e uma grandeza
vetorial, à força (em Newton) com F(N).
FONTE: A autora
NOTA
UNI
O aluno normalmente opta pela notação com flechinha em cima da letra em razão
da dificuldade de representar negrito no caderno. Assim, a força F pode ser escrita como .
Agora que você já conhece o que é um vetor, sabe para que ele serve e
como representá-lo, precisa descobrir como tratá-lo nas operações matemáticas.
Esse ponto é essencial para você, como acadêmico(a). Estude-o com bastante
empenho. Inclusive, seu desempenho futuro nessa disciplina vai depender do
bom aproveitamento da próxima seção.
2.1 ADIÇÃO
A adição de grandezas vetoriais não é tão simples como somar valores
numéricos. Não podemos nos esquecer de que essas grandezas possuem direções
e sentidos muito bem definidos. Essas informações não podem ser perdidas nos
cálculos. Podemos somar vetores através de dois métodos, o método geométrico e
o método do paralelogramo. Em seguida mostramos cada um deles.
FONTE: A autora
15
UNIDADE 1 | MECÂNICA
FONTE: A autora
FONTE: A autora
FONTE: A autora
16
TÓPICO 2 | OPERAÇÕES COM VETORES
E
IMPORTANT
FONTE: A autora
FONTE: A autora
FONTE: A autora
17
UNIDADE 1 | MECÂNICA
Vejamos a solução!
2.2 SUBTRAÇÃO
FIGURA 10 – VETORES A E B
FONTE: A autora
FONTE: A autora
18
TÓPICO 2 | OPERAÇÕES COM VETORES
2.3 TRIGONOMETRIA
FONTE: A autora
FONTE: A autora
FIGURA 14 – RETA BC
FONTE: A autora
FONTE: A autora
A seguir, você confere a tabela dos valores de seno, cosseno e tangente para
os principais ângulos.
20
TÓPICO 2 | OPERAÇÕES COM VETORES
FONTE: A autora
ATENCAO
Esta tabela fornece apenas alguns ângulos. Você pode calcular os outros
quando for necessário, utilizando uma calculadora científica. E agora, que tal
entendermos um pouco mais através de alguns exemplos?
FONTE: A autora
21
UNIDADE 1 | MECÂNICA
m m
Resposta: A componente na direção horizontal x é 10,4 m e a componente
na direção vertical y é 6 m.
FONTE: A autora
Solução:
m/s m/s
Resposta: As componentes na direção horizontal e vertical são a mesma e
valem 284m/s.
DICAS
22
RESUMO DO TÓPICO 2
Neste tópico você viu que:
UNI
23
AUTOATIVIDADE
24
5 O vetor a possui módulo igual a 5 m e forma com a
horizontal um ângulo de 300. Determine as componentes
horizontal e vertical deste vetor. Observação: problema com
decomposição geométrica (semelhante exemplo 1 e 2 da
seção 2.2). Figura seguinte.
7 Encontre o valor de x.
25
9 Qual é o perímetro ABC? Observação: perímetro é a soma do
comprimento de todos os lados.
a) o peso da esfera;
b) sabendo que o peso calculado é o cateto adjacente ao ângulo, encontre o
módulo daquele empurrão (cateto oposto);
c) encontre a tração no fio (hipotenusa).
26
UNIDADE 1
TÓPICO 3
1 INTRODUÇÃO
DICAS
Se você quer ficar por dentro das novidades do mundo da física, visite os sites:
<http://www.ft.org.br/site/painel/html/curiosidades.html>.
<http://www.unesp.br/universofisico/>.
27
UNIDADE 1 | MECÂNICA
2 CINEMÁTICA
Os corpos, cujo movimento acompanhamos na seção anterior, formam
duas categorias. Na primeira estão os corpos grandes (corpos extensos), quase
do tamanho da trajetória. Na outra estão os corpos pequenos (pontos materiais
ou partículas), cujas dimensões são desprezíveis comparadas ao tamanho da
trajetória. Vamos permanecer com a segunda categoria, por enquanto. Para estudar
o movimento da partícula precisamos adotar um referencial. Um lugar no espaço,
de onde observamos os movimentos e podemos dizer se o corpo se encontra em
movimento ou não. Chamamos de posição, o lugar sobre a trajetória, em que o
corpo se encontra. E chamamos de trajetória a linha descrita pelo movimento do
corpo. Distância percorrida é toda a trajetória do corpo desde sua posição inicial
até sua posição final. Deslocamento é a menor distância entre o ponto inicial e
o final, ou seja, a linha que une esses dois pontos. Acompanhe os resultados na
figura que segue:
FONTE: A autora
DICAS
<http://br.geocities.com/saladefisica6/cinematica/deslocamento.htm>.
28
TÓPICO 3 | O MOVIMENTO DOS CORPOS
E
IMPORTANT
ATENCAO
FONTE: A autora
29
UNIDADE 1 | MECÂNICA
Adotando a origem dos espaços como sendo o Sol, escolhemos x0 = 0. Sendo
x= 1,49 x 108 km e v = 3,0 x 105 km/s
Escrevendo o valor todo, encontramos que o tempo que a luz do Sol chega
à Terra é de 8min17s.
3 DINÂMICA
30
TÓPICO 3 | O MOVIMENTO DOS CORPOS
E
IMPORTANT
Existem muitos exemplos de força. A força num cabo estendido que eleva
um peso, ou que arrasta através de um plano inclinado, é chamada de força de
tração. A força magnética entre os polos de um ímã, ou provocada pela passagem
de uma corrente elétrica. A força de arrasto do ar que sustenta o paraquedas.
A força de atrito devido ao contato dos pneus com a pista. A força centrípeta
associada às rotações. Enfim, observação de forças é que não lhes faltam. Vamos
olhar um pouco mais de perto para essa grandeza tão presente na nossa vida.
FONTE: A autora
NOTA
32
TÓPICO 3 | O MOVIMENTO DOS CORPOS
DICAS
Vejamos um exemplo:
33
UNIDADE 1 | MECÂNICA
FONTE: A autora
NOTA
Ponto material em equilíbrio, com as forças F1, F2 e F3 atuando sobre ele. Note que
para encontrar a resultante não podemos fazer uma simples soma algébrica. Temos que usar
os métodos de decomposição e soma de vetores. Fonte: A autora.
F1+ F2 + F3 = 0.
34
TÓPICO 3 | O MOVIMENTO DOS CORPOS
FONTE: A autora
F2x – F1x = 0,
F1y + F2y – F3y = 0.
FONTE: A autora
35
UNIDADE 1 | MECÂNICA
NOTA
A = µ N, Equação (1)
N - P = 0. Equação (3)
36
TÓPICO 3 | O MOVIMENTO DOS CORPOS
FONTE: A autora
NOTA
Vamos entender melhor a figura anterior! Mola com seu comprimento inicial l0
(não deformada) e comprimento final l (deformada pela força F). Quando a mola é esticada
pela força F aparece uma força elástica Fe resistente à deformação x em sentido oposto.
37
UNIDADE 1 | MECÂNICA
FONTE: A autora
FONTE: A autora
38
TÓPICO 3 | O MOVIMENTO DOS CORPOS
Vejamos um exemplo:
Solução:
NOTA
39
RESUMO DO TÓPICO 3
Neste tópico vimos que:
As três leis de Newton são: princípio de inércia - nada muda seu estado de
movimento ou de repouso, a não ser que atue uma força resultante não nula.
Segundo princípio, ou princípio fundamental - uma força resultante não nula
produz aceleração. Terceiro princípio, toda ação produz reação, ou seja, se uma
força está sendo aplicada aparece outra força que atua no sentido oposto.
40
AUTOATIVIDADE
41
a) As forças resultantes na direção x e y.
b) Encontre o módulo da força N da reação de apoio.
c) Sabendo que o corpo se move com uma aceleração de 2 m/s2 e que o
coeficiente de atrito cinético é 0,5, determine o módulo da força F.
42
8 Durante uma tempestade, um indivíduo vê um relâmpago
e ouve o som do trovão 4 segundos depois. Determine a
distância que separa o indivíduo do local do relâmpago, dada
a velocidade do som no ar constante e igual a 340 m/s.
a) a aceleração do sistema;
b) a intensidade da força aplicada pelo corpo A sobre C,
considerando a inexistência de atrito.
43
14 Seja um sistema conforme o da figura a seguir, o coeficiente
de atrito do piso é de 0,1. Determine:
a) a aceleração do sistema;
b) a tração no fio.
a) a intensidade da força;
b) o espaço percorrido.
44
UNIDADE 1
TÓPICO 4
1 INTRODUÇÃO
45
UNIDADE 1 | MECÂNICA
2 TRABALHO
Vamos partir da afirmação de que o trabalho resultante sobre um corpo é
devido à contribuição do trabalho de cada uma das forças que atuam sobre ele,
na direção do deslocamento. Podemos utilizar o esquema da figura a seguir como
exemplo. Sobre o bloco atua uma força F formando um ângulo θ com a direção
horizontal (direção do deslocamento, ∆S), e outra força se impondo ao movimento,
a força de atrito A (no sentido contrário). O trabalho da força resultante é, então,
o trabalho da força aplicada F menos o trabalho da força de atrito A, que age no
sentido contrário. Assim, escrevemos W = F∆x cosθ - A∆x.
FONTE: A autora
Agora vamos encontrar o trabalho realizado por uma força para erguer o
bloco do chão, na figura que segue, até uma altura ∆y = y. A força de tração T puxa
o bloco verticalmente para cima, mas a força peso P exerce uma força no sentido
oposto, o trabalho total pode ser escrito como, W = T∆y - P∆y. Na (b) o bloco está
caindo, vamos encontrar o trabalho da força gravitacional para trazê-lo da altura y
até o chão. O deslocamento e a força resultante estão no mesmo sentido. Assim, W
= P∆y. A unidade da grandeza trabalho W é Joule (J).
FONTE: A autora
E
IMPORTANT
3 POTÊNCIA E RENDIMENTO
Ainda sobre o ato de elevar um bloco de y1 = 0 até a altura y2 = y na figura
24 (a), podemos afirmar que quanto menor for o tempo gasto, maior foi o esforço
empregado. Portanto, podemos dizer que a relação entre a energia e o tempo dá
uma nova grandeza física, a potência. Como no nosso caso a energia que estamos
estudando é o trabalho:
W
P=
H
∆t
é a expressão da potência P. A unidade de medida utilizada para a potência
é o watt (W). Não confunda W de Watt da unidade com W de trabalho da grandeza.
Por exemplo, você diz: O trabalho realizado é de 6 Joules (W = 6J), ou a potência é
de 40 watt (P = 40W).
PF = PU + PD .
47
UNIDADE 1 | MECÂNICA
Assim,
O trabalho do coração para elevar 7,7 x 104 de sangue à altura de 1,63 metros
é igual a,
Solução:
49
UNIDADE 1 | MECÂNICA
4 ENERGIA MECÂNICA
FONTE: A autora
Pelo teorema,
W = ECB – ECA
W = 1125 – 0 = 1125J
EP = mgh
Solução:
Exemplo 3: Uma mola, cuja constante elástica é 500 N/m, é usada para
colocar um bloco em movimento. Se a mola está comprimida de 10 cm, qual é a
energia máxima que ela pode fornecer ao bloco?
EM = EP + EC
52
TÓPICO 4 | TRABALHO E ENERGIA MECÂNICA
Isto é,
EMB = EMA
EMB – EMA = 0
∆E = 0
53
UNIDADE 1 | MECÂNICA
NOTA
54
RESUMO DO TÓPICO 4
Neste tópico você viu que:
55
AUTOATIVIDADE
56
6 Calcule a energia cinética de um corpo de massa 8 kg no
instante em que sua velocidade é 72 km/h.
57
58
UNIDADE 1
TÓPICO 5
FLUIDOS
1 INTRODUÇÃO
Até agora estudamos o movimento e o repouso dos sólidos, mas o que
acontece com os gases e os líquidos? Vamos encerrar esse assunto de mecânica
falando um pouco sobre o comportamento de líquidos e gases, para isso vamos
incluí-los numa única definição, os corpos fluidos.
2 DENSIDADE E PRESSÃO
2.1 DENSIDADE
59
UNIDADE 1 | MECÂNICA
2.2 PRESSÃO
60
TÓPICO 5 | FLUIDOS
p = hdg
Se a superfície do líquido está exposta à atmosfera, a pressão total no ponto
considerado se torna,
p = patm + hdg
61
UNIDADE 1 | MECÂNICA
3 PRINCÍPIO DE PASCAL
FONTE: A autora
p1 = p2
62
TÓPICO 5 | FLUIDOS
FONTE: A autora
V1 = V2
d1A1 = d2A2
4 PRINCÍPIO DE ARQUIMEDES
Segundo o cientista grego Arquimedes (TOLEDO; RAMALHO; NICOLAU,
1991), “Todo corpo sólido mergulhado num fluido recebe uma força vertical e para
cima de intensidade igual ao peso do fluido deslocado”.
63
UNIDADE 1 | MECÂNICA
E = Pfluido
Onde Pfluido é o peso do fluido. Como o peso pode ser calculado pelo produto
da massa do fluido (mfluido) com a aceleração da gravidade (g), podemos escrever,
E = mfluido ⋅ g
E = dfluido ⋅ Vfluido ⋅ g
FIGURA 33 – EMPUXO
FONTE: A autora
E = dfluido ⋅ Vfluido ⋅ g
E = (1,2kg / m3) ⋅ (50m3) ⋅ (10m / s2)
E = 600 N
64
TÓPICO 5 | FLUIDOS
T+P=E
T + 400N = 600N
T = 200N
5 HIDRODINÂMICA
FIGURA 34 – HIDRODINÂMICA
Num dado intervalo de tempo ∆t, o volume que entra na área A1 é o mesmo
que sai na área A2. Assim,
∆V1 = ∆V2
A1 ⋅ v1 ⋅ ∆t = A2 ⋅ v2 ⋅ ∆t
que fornece,
A1 ⋅ v1 = A2 ⋅ v2
Solução:
Solução:
66
TÓPICO 5 | FLUIDOS
LEITURA COMPLEMENTAR
67
UNIDADE 1 | MECÂNICA
No escape térmico, os gases ficam quentes o suficiente para isso. Em processos não
térmicos, reações químicas ou entre partículas carregadas atiram átomos e moléculas.
E um terceiro processo, o choque de asteroides e cometas lança gases para o espaço.
FONTE: CATLING David C.; ZAHNLE Kelvin J. Vazamento de atmosferas planetárias. Scientific
American Brasil, ano 7 n. 85, p. 46-53, jun. 2009.
68
RESUMO DO TÓPICO 5
Nesse tópico, você viu que:
69
AUTOATIVIDADE
70
TURO S
ESTUDOS FU
ATENCAO
1 INTRODUÇÃO
ATENCAO
O grupo de acadêmicos que realizar esta prática deverá trazer uma calculadora
científica e barbante.
Boa prática!
71
E
IMPORTANT
Todas as práticas são realizadas em grupo, portanto gerencie seu tempo para que
essa prática seja realizada em um único encontro presencial.
Lembre-se de que o laboratório é um lugar perigoso, então respeite o roteiro da prática para
que não ocorra nenhum acidente.
2 OBJETIVO
O objetivo desta prática é:
3 MATERIAIS
- 1 balança digital;
- 2 m de barbante;
- 1 paquímetro de metal;
4 PROCEDIMENTO
ATENCAO
72
1 - Meça com o paquímetro as dimensões dos corpos de prova e anote-os na tabela do
Quadro 1.
2 - Meça as massas dos corpos de prova, com o auxílio da balança digital, e anote
os valores no Quadro 1.
2 - Meça a massa dos corpos de prova, com auxílio da balança digital, e anote no
Quadro 2.
73
5 INTERPRETAÇÃO DOS RESULTADOS
REFERÊNCIAS
HALLIDAY D.; RESNICK, R.; KRANE, K. S. Física 3. Rio de Janeiro: Livros Técnicos e Científicos,
2004.
ATENCAO
74
UNIDADE 2
TEMPERATURA, CALOR E
ELETRICIDADE
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
PLANO DE ESTUDOS
A segunda unidade está dividida em cinco tópicos, havendo no final de cada
tópico uma atividade que ajudará você a fixar mais as ideias apresentadas.
TÓPICO 1 – TERMOMETRIA
75
76
UNIDADE 2
TÓPICO 1
TERMOMETRIA
1 INTRODUÇÃO
FIGURA 35 – VULCÃO
77
UNIDADE 2 | TEMPERATURA, CALOR E ELETRICIDADE
FONTE: A autora
FONTE: A autora
DICAS
Para saber mais sobre condutores e isolantes térmicos visite o seguinte site:
<http://penta3.ufrgs.br/CESTA/fisica/calor/condutoreseisolantes.html>.
3 ESCALAS TERMOMÉTRICAS
78
TÓPICO 1 | TERMOMETRIA
Escala Kelvin - Kelvin propôs uma teoria em que a temperatura zero (zero
absoluto, 0 K) seria a temperatura na qual todas as partículas que compõem o
corpo estariam em repouso, ou seja, a agitação delas seria nula. Por isso, criou
uma escala com zero absoluto igual a 0 K = -273 0C, adotou o mesmo número de
divisões da escala Celsius. Em condições atmosféricas normais (1 atm) o valor 273
K corresponde ao ponto de fusão da água e 373 K ao ponto de ebulição. A escala
kelvin, também conhecida como escala absoluta, não possui valores negativos
para a temperatura. Zero é o limite inferior desta escala.
79
UNIDADE 2 | TEMPERATURA, CALOR E ELETRICIDADE
4 CONVERSÃO DE ESCALAS
Vamos supor que você esteja se preparando para viajar para Londres e
soube que a temperatura nos últimos dias estava 50 0F. Você precisa adequar as
roupas que vai levar à temperatura de lá. Para saber que temperatura corresponde
na escala Celsius, você precisa fazer uma conversão entre as duas escalas. Vejamos
como podemos fazer isso utilizando o teorema de Tales.
FONTE: A autora
FONTE: A autora
80
TÓPICO 1 | TERMOMETRIA
FONTE: A autora
FONTE: A autora
81
UNIDADE 2 | TEMPERATURA, CALOR E ELETRICIDADE
FONTE: A autora
82
RESUMO DO TÓPICO 1
Neste tópico você viu que:
83
AUTOATIVIDADE
a) 37 0C para 0F.
b) 37 0C para K.
c) 68 0F para 0C.
a) ( ) 14,5 0C
b) ( ) 16,5 0C
c) ( ) 31,0 0C
d) ( ) 20,8 0C
84
Para esse termômetro, a temperatura t na escala Celsius e o valor de
y em cm satisfazem a seguinte função termométrica:
a) ( ) t = 5y
b) ( ) t = 5y + 15
c) ( ) t = y + 25
d) ( ) t = 60y – 40
a) 50 0C
b) 10 0C
c) 85 0C
d) 12 0C
85
86
UNIDADE 2 TÓPICO 2
PROPAGAÇÃO DE CALOR
1 INTRODUÇÃO
Quantas vezes você acordou cedinho e se aconchegou ainda mais debaixo
das cobertas antes de se levantar? Ou quantas vezes você teve vontade de se aninhar
perto de uma lareira quentinha numa noite de tempestade no inverno? Quantas
vezes, em pleno verão, você desejou se atirar numa piscina refrescante? Ou sentir
o vento acariciando os seus cabelos num passeio de lancha? Tudo isso se relaciona
aos princípios de propagação de calor, onde percebemos o fato indiscutível de que
corpos quentes esfriam ao transferirem calor para corpos frios, que por sua vez se
aquecem até ambos atingirem a mesma temperatura.
No entanto, o que vem a ser calor? Percebemos que ele ocorre na variação
da temperatura dos corpos e, segundo os princípios da termodinâmica, que
abordaremos mais adiante, pode ser convertido em trabalho. Na verdade o calor
Q é a energia térmica que se transfere de um corpo para o outro e só tem sentido
falar em calor se existe essa diferença de temperatura.
87
UNIDADE 2 | TEMPERATURA, CALOR E ELETRICIDADE
NOTA
2 IRRADIAÇÃO
3 CONDUÇÃO
88
TÓPICO 2 | PROPAGAÇÃO DE CALOR
4 CONVECÇÃO
A convecção é um movimento de massas de fluido, trocando de posição
entre si. Observamos o fato de que não tem sentido falar em convecção no vácuo
ou em um sólido, isto é, convecção só ocorre nos fluidos. Vamos considerar uma
sala na qual se liga um aquecedor elétrico em sua parte inferior. O ar em torno do
aquecedor se aquece e sobe, pois ficou menos denso que o restante. Com isto, o ar
frio desce, ocupando a posição do ar quente que subiu. Chamamos de convecção
a esse movimento de massas de fluido e de correntes de convecção às correntes de
fluido formadas nesse processo.
LEITURA COMPLEMENTAR
Além do dia e da noite, em sua laranja você pode notar que mesmo a face
iluminada não é uniforme: há regiões mais claras e outras menos.
89
UNIDADE 2 | TEMPERATURA, CALOR E ELETRICIDADE
Com a Terra ocorre o mesmo. Uma região recebe luz do Sol com maior
intensidade, ficando mais quente por causa disso. O ar quente é mais “leve” e sobe,
deixando um espaço que é preenchido com o ar proveniente das regiões mais frias.
Essa é a razão dos grandes movimentos de ar em nosso planeta.
Mas esse é o efeito global e envolve o planeta todo. O mesmo pode ocorrer
em uma região menor. Por exemplo, uma grande nuvem pode cobrir o Sol, evitando
que o solo seja aquecido. Na região vizinha, fora da nuvem, há o aquecimento do
solo e do ar, que por isso sobe. O espaço vazio é então preenchido pelo ar que vem
da região que está nublada. Dessa forma, criam-se correntes locais de ventos, que
batem portas, secam roupas nos varais, empinam pipas no céu...
90
RESUMO DO TÓPICO 2
Na irradiação o calor se propaga mesmo que não haja matéria, ou seja, pode se
propagar no vácuo.
91
AUTOATIVIDADE
92
a) ( ) Por condução, mas ocorreu por convecção e irradiação.
b) ( ) Nem por condução, nem por irradiação.
c) ( ) Nem por convecção, nem por irradiação.
d) ( ) Nem por condução, nem por convecção.
I- Circulação de ar em geladeiras.
II- Aquecimento de uma barra de ferro.
III- Variação da temperatura do corpo humano no banho de sol.
a) ( ) Convecção.
b) ( ) Convecção de carbono.
c) ( ) Condução.
d) ( ) Irradiação.
a) ( ) Radiação.
b) ( ) Convecção.
c) ( ) Condução.
d) ( ) Compressão.
93
8 Em uma área da praia, uma brisa marítima é consequência
da diferença no tempo de aquecimento do solo e da água. Na
areia que se aquece mais rapidamente, o ar fica mais quente
e sobe, deixando uma área de baixa pressão e provocando
o deslocamento do ar da superfície que está mais fria, a água do mar.
Durante a noite, ocorre um processo inverso: como a água leva mais
tempo para esquentar (de dia), mas também leva mais tempo para esfriar
(à noite), o fenômeno noturno (brisa terrestre) pode ser explicado da
seguinte maneira:
a) ( ) O ar que está sobre a água se aquece mais; ao subir, deixa uma área
de baixa pressão, causando um deslocamento de ar do continente para o
mar.
b) ( ) O ar mais quente desce e se desloca do continente para a água, a
qual não conseguiu reter calor durante o dia.
c) ( ) O ar que está sobre o mar se esfria e dissolve-se na água; forma-se,
assim, um centro de baixa pressão, que atrai o ar quente do continente.
d) ( ) O ar sobre o solo, mais quente, é deslocado para o mar, equilibrando
a baixa temperatura do ar que está sobre o mar.
94
UNIDADE 2
TÓPICO 3
TROCAS DE CALOR
1 INTRODUÇÃO
95
UNIDADE 2 | TEMPERATURA, CALOR E ELETRICIDADE
Podemos definir ainda uma capacidade térmica C para cada corpo, de tal
maneira que um corpo com massa maior possua uma capacidade maior de receber
calor, C = mc. E entre corpos com a mesma massa, mas de substâncias diferentes,
tem capacidade maior o corpo que possuir o maior calor específico. Na tabela 5
estão os valores numéricos dos calores específicos de algumas substâncias.
96
TÓPICO 3 | TROCAS DE CALOR
3 CONSERVAÇÃO DE ENERGIA
Para estudar as trocas de calor na matéria nós vamos considerar um sistema
formado por um conjunto de corpos com temperaturas diferentes. Vamos dizer
que esse sistema é isolado (não troca calor com as vizinhanças) e fechado (não tem
massa saindo nem entrando), então vamos medir suas temperaturas antes e depois
do sistema entrar em equilíbrio térmico e vamos compará-lo ao calor disponível
no sistema. As experiências comprovam uma grande lei física já exposta neste
caderno, a conservação de energia.
acontecem duas coisas diferentes com a água. Na primeira uma mudança de fase, e
na segunda uma variação de temperatura. Se nós tratarmos a água no copo e o gelo
como um sistema fechado e isolado, veremos que a energia disponível no início do
processo é igual à energia no final do processo. E isso é óbvio, já que a energia não
pode ser criada nem destruída.
4 PRINCÍPIOS DA CALORIMETRIA
Com as definições estudadas, verificamos que podem ser resumidas em
três princípios básicos das trocas de calor.
Quando corpos trocam calor entre si, num sistema isolado, a soma das
quantidades de calor que alguns cedem é igual, em módulo, à soma das quantidades
de calor que os restantes recebem, de tal maneira que a soma total das quantidades
de calor é igual a zero, Q1 + Q2 + ... + Qn = 0.
4.1 CALORÍMETRO
Instrumento que serve para medir a quantidade de calor, é constituído por
um recipiente onde se coloca água e que é isolado do ambiente exterior por uma
tampa que o fecha perfeitamente. Possui também um termômetro que assinala a
temperatura da água no seu interior. Para obter boas medidas é preciso tornar a
temperatura da água do calorímetro homogênea, antes de anotar a indicação do
termômetro. Utiliza-se o agitador, que é uma pequena haste de vidro ou metal
colocado dentro do calorímetro.
o termômetro). O ideal seria que o aparelho não trocasse nenhum calor com o
ambiente. Na prática, porém, isso não acontece. O isolamento do calorímetro que
contém a água apenas reduz essa troca ao mínimo. Para medir essa quantidade
de calor cedida ao calorímetro, adicionamos a ele uma quantidade conhecida de
calor de uma determinada massa de água e esperamos equilíbrio térmico. Assim,
fica fácil calcular através dessa quantidade a capacidade térmica C do calorímetro.
(70 0C – 20 ºC)
Q = 3420 cal
b) Qual a quantidade de calor que o bloco deve ceder para que sua temperatura varie
de 20 0C a -5 0C?
99
UNIDADE 2 | TEMPERATURA, CALOR E ELETRICIDADE
Exemplo 4: O calor específico de certa areia seca vale 0,20 cal/ g. oC.
a) Para que 20g dessa areia sofra elevação de 10 oC em sua temperatura, quanto de
calor é necessário que a areia receba?
b) Qual é a capacidade térmica de 50 g de areia?
c) Ao sofrer abaixamento de 2 oC em sua temperatura, cada kg de areia libera
quanta energia?
Solução:
a)
Solução: O ponto de ebulição do hélio é bastante baixo, 4,2 K (cerca de -269 0C), e
um calor de vaporização de 2,09.104 J/kg (cerca de 5cal/g). Sabendo que potência é
energia sobre tempo (voltar ao item 3, no tópico 4 da unidade 1), encontramos que:
100
TÓPICO 3 | TROCAS DE CALOR
/g ºC
5 TERMODINÂMICA
A termodinâmica estuda os sistemas termodinâmicos, demonstrando as
relações entre trabalho, calor e energia interna.
W=F∙d
F=p∙A
101
UNIDADE 2 | TEMPERATURA, CALOR E ELETRICIDADE
FONTE: A autora
W=p∙A∙d
∆V = A ∙ d
W = p ∙ ∆V
102
TÓPICO 3 | TROCAS DE CALOR
FONTE: A autora
FONTE: A autora
∆U = Q – W
CALOR
Q>0 O gás recebe calor do meio externo.
Q<0 O gás cede calor ao meio externo.
Q=0 O gás não troca calor com meio externo.
TRABALHO
W>0 O gás realiza trabalho. Expansão.
W<0 O trabalho é realizado sobre o gás. Compressão.
W=0 Não há trabalho sendo realizado. Volume constante.
ENERGIA INTERNA
∆U > 0 A energia interna aumenta. A temperatura aumenta.
∆U < 0 A energia interna diminui. A temperatura diminui.
∆U = 0 A energia interna do gás é constante.
FONTE: Carron e Guimarães (2003)
104
TÓPICO 3 | TROCAS DE CALOR
FONTE: Autora
Solução:
A transformação AB é isobárica. A pressão é constante e, de acordo com o gráfico,
O volume é constante e, de acordo com o gráfico, a pressão diminui (pC < pB). Sendo
105
UNIDADE 2 | TEMPERATURA, CALOR E ELETRICIDADE
FONTE: A autora
106
TÓPICO 3 | TROCAS DE CALOR
FONTE: Autora
FONTE: Autora
a) o rendimento da máquina;
b) o trabalho, em joules, realizado pela máquina em cada ciclo;
c) a quantidade de calor, em joules, rejeitada para a fonte fria. Usar 1 cal = 4,2 J.
Solução:
a) Dados:
T1 = 427 + 273 = 700K
T2 = 127 + 273 = 400K
Q1 = 1000 cal = 1000 x 4,2 = 4200 J
108
TÓPICO 3 | TROCAS DE CALOR
NOTA
109
RESUMO DO TÓPICO 3
Neste tópico você viu que:
110
AUTOATIVIDADE
111
8 Ache a quantidade de calor que devemos retirar de uma
massa de 500 g de água líquida a 0 0C para que ela se
transforme em gelo a 0 0C. Dado Lf = -80 cal/g.
112
13 Um sistema termodinâmico, ao passar de um estado inicial
para um estado final, tem 300 J de trabalho realizado sobre
ele, liberando 90 cal. Usando a primeira lei da termodinâmica
e considerando que uma caloria é 4,18 J, indique o valor, com
os respectivos sinais, das seguintes grandezas:
W = _____________
Q = _____________
∆U = _____________
113
114
UNIDADE 2 TÓPICO 4
1 INTRODUÇÃO
Sabemos que a energia do Sol chega até nós na forma de luz, e que falar
de energia é sempre empolgante, pois ela assume várias formas. A luz pode ficar
armazenada nas plantas e ser transferida para os animais na forma de alimento.
Pode se transformar em calor, criando gradientes de temperatura que irão provocar
correntes de convecção na atmosfera e nos oceanos. Fazer a água evaporar,
concentrando-se em nuvens que alimentam os mananciais terrestres. Armazenar-
se em fósseis por milhões de anos para alimentar usinas que a transformam em
energia elétrica, que por sua vez pode transformar-se novamente em luz, quando
acende uma lâmpada na nossa casa.
Matéria é capaz de atrair matéria (prova: o solo atrai o corpo que você
larga de certa altura). Um mesmo tipo de matéria é capaz de se agregar de formas
distintas (prova: a água pode ser líquida, sólida ou gasosa). A matéria pode dar
choque (prova: se você arrastar seus pés durante algum tempo sobre um carpete
e depois tocar em uma maçaneta metálica recebe uma pequena descarga elétrica).
A matéria não pode desaparecer sem aparecer em outro lugar, ou seja, ela não
pode ser destruída. Ela também não aparece do nada, ou seja, também não pode
ser criada. A quantidade total de matéria no universo desde o famoso Big Bang até
agora é a mesma e assim será para sempre. Para que ocorra uma transformação na
matéria ela precisa ser estimulada por uma força que nós também podemos chamar
de interação. Assim, podemos dizer que as interações provocam mudanças.
115
UNIDADE 2 | TEMPERATURA, CALOR E ELETRICIDADE
costumamos chamar de átomo. Todo mundo sabe que um átomo tem elétrons,
prótons e nêutrons. Que os prótons possuem cargas positivas, e os nêutrons
possuem cargas neutras e estão concentrados num núcleo. Já os elétrons possuem
cargas negativas, se movem em órbitas ao redor desse núcleo. Talvez o que nem
todo mundo sabe ainda é que existe uma força de atração das partículas no núcleo
que supera a força de repulsão entre as cargas positivas dos prótons, mas que só
tem efeito para distâncias da ordem do raio do núcleo e que somente devido a ela
o núcleo consegue se manter estável. E que uma vez perdida essa estabilidade,
a matéria pode liberar uma assombrosa quantidade de energia, conhecida como
energia nuclear. Mas isso não vem ao caso por enquanto, vamos nos ater um pouco
à força que repele partículas com mesmo sinal de carga elétrica e atrai cargas de
sinais contrários, base da teoria elétrica.
Q = ne n = 1,2,3,4,5,...(inteiros positivos)
116
TÓPICO 4 | ELETROSTÁTICA E LEI DE COULOMB
FONTE: A autora
NOTA
117
UNIDADE 2 | TEMPERATURA, CALOR E ELETRICIDADE
ATENCAO
4 PROCESSOS DE ELETRIZAÇÃO
Quando um corpo com mesmo número de cargas positivas e negativas
(corpo neutro) adquire uma quantidade extra de carga ou a perde, nós dizemos
que o corpo se encontra carregado (eletrizado), e possui uma quantidade de
carga líquida Q = ne. “Tirando elétrons de um corpo neutro ele ficará carregado
positivamente” (+Q). “Colocando elétrons em um corpo neutro ele ficará carregado
negativamente” (-Q). Existem várias maneiras de tornar um corpo carregado,
vejamos quais são elas.
118
TÓPICO 4 | ELETROSTÁTICA E LEI DE COULOMB
Solução:
a) Como o vidro está à esquerda da seda na série triboelétrica, ele adquire carga
positiva.
b) A carga adquirida é múltiplo inteiro da carga elementar e. Assim, a carga
adquirida pelo vidro é:
FONTE: A autora
119
UNIDADE 2 | TEMPERATURA, CALOR E ELETRICIDADE
NOTA
FONTE: A autora
NOTA
Vamos entender melhor a figura? Observe que a régua de plástico (a) se encontra
eletrizada negativamente e o papel neutro. Quando a régua é aproximada dos pedaços de
papel, estes são atraídos por ela. Na figura (b) temos a vista ampliada do papel polarizado
atraído pela régua.
120
TÓPICO 4 | ELETROSTÁTICA E LEI DE COULOMB
NOTA
ENTENDA MELHOR A FIGURA. Em (a) temos um fio que liga o corpo induzido e a
Terra.Os elétrons da Terra são atraídos pelo indutor através do induzido. Em (b) o fio é rompido
e a migração dos elétrons cessa. Em (c), ao serem afastados, o induzido continua eletrizado.
121
UNIDADE 2 | TEMPERATURA, CALOR E ELETRICIDADE
E
IMPORTANT
5 LEI DE COULOMB
FIGURA 56 – BALANÇA DE TORÇÃO
FONTE: A autora
NOTA
(lei de Coulomb)
FONTE: A autora
Solução: como as cargas têm sinais opostos, as forças entre elas são de
atração. Pela Lei da Ação e Reação, essas forças têm a mesma intensidade |F| - a
qual é dada pela Lei de Coulomb:
DICAS
123
RESUMO DO TÓPICO 4
Neste tópico você viu que:
Apesar da matéria ser neutra no seu estado natural, pode ser eletrizada, criando
no corpo uma quantidade líquida diferente de zero, e esta quantidade de carga
é um múltiplo do módulo da carga elementar.
124
AUTOATIVIDADE
125
9 Duas cargas elétricas puntiformes de 6 x 10-5 C e 4 x 10-5 C, no
vácuo, estão separadas entre si por uma distância de 6 cm.
Calcule a intensidade da força de repulsão entre elas.
126
UNIDADE 2
TÓPICO 5
1 INTRODUÇÃO
2 CAMPO ELÉTRICO
127
UNIDADE 2 | TEMPERATURA, CALOR E ELETRICIDADE
FONTE: A autora
FONTE: A autora
NOTA
128
TÓPICO 5 | CAMPO ELÉTRICO E POTENCIAL ELÉTRICO
FIGURA 60 – (a) LINHAS DE FORÇA SAINDO DE UMA CARGA ELETRIZADA POSITIVAMENTE E (b)
LINHAS ENTRANDO NA CARGA NEGATIVA
FONTE: A autora
FONTE: A autora
NOTA
129
UNIDADE 2 | TEMPERATURA, CALOR E ELETRICIDADE
3 POTENCIAL ELÉTRICO
Se abandonarmos um corpo de prova no ponto P, este acelera em direção
à carga ganhando velocidade e consequentemente energia cinética. Portanto, se
segurarmos a carga nesse local, sem soltá-la para que adquira energia cinética,
estamos dando a ela certa energia potencial. As experiências mostram que a carga
q1 adquire energia potencial U1, a carga q2 adquire energia potencial U2 e assim
sucessivamente, de modo que a razão entre a energia adquirida e o valor da carga
permanece constante. U1/q1 = U2/q2 = U3/q3 = ... = constante. Assim, define-se uma
nova grandeza escalar, o potencial elétrico V,
(1)
ATENCAO
FONTE: A autora
130
TÓPICO 5 | CAMPO ELÉTRICO E POTENCIAL ELÉTRICO
NOTA
FONTE: A autora
NOTA
131
UNIDADE 2 | TEMPERATURA, CALOR E ELETRICIDADE
Da equação (3) temos que (VA - VB) = WAB /q. Substituindo na equação (4),
produz
VAB(∞) = VA – VB = WAB(∞)/q
(5)
UNI
TURO S
ESTUDOS FU
132
TÓPICO 5 | CAMPO ELÉTRICO E POTENCIAL ELÉTRICO
FONTE: A autora
UNI
Não se esqueça de que µ = 10-6. Veja a minha dica na seção “ligação à Terra”, no
Tópico 4 desta unidade.
Solução: Sabendo do exemplo anterior que (VA - VB) = 200 V, temos que
VA – (-50) = 200 → VA + 50 = 200 → VA = 150V.
133
UNIDADE 2 | TEMPERATURA, CALOR E ELETRICIDADE
FONTE: A autora
FONTE: A autora
NOTA
Para bem compreender a figura, observe que todos os pontos sobre a superfície
da esfera imaginária possuem o mesmo potencial.
134
TÓPICO 5 | CAMPO ELÉTRICO E POTENCIAL ELÉTRICO
FONTE: A autora
NOTA
135
UNIDADE 2 | TEMPERATURA, CALOR E ELETRICIDADE
FONTE: A autora
FONTE: A autora
136
TÓPICO 5 | CAMPO ELÉTRICO E POTENCIAL ELÉTRICO
E.x = VA - VB → ( 2 . 10 3 ).( 4 . 10 -2 ) = VA - VB → 8 . 10 1 = VA - VB → VB – VA
= -80 V.
137
RESUMO DO TÓPICO 5
Neste tópico você viu que:
Todo corpo carregado gera uma ação à distância, isso quer dizer que ele cria um
campo ao seu redor que é detectado através da força que surge com a presença
de uma carga teste. Nós chamamos esse campo de campo elétrico, e utilizamos
uma expressão matemática para defini-lo, .
Uma carga se move nesse campo tal qual uma partícula sujeita ao campo
gravitacional, ou seja, tem uma energia potencial associada. Através dessa
energia potencial chegamos a uma expressão para o potencial, .
Definimos uma superfície imaginária, na qual todos os pontos sobre ela possuem
o mesmo potencial V. Através da superfície equipotencial passam linhas de força
(fluxo do campo); quanto mais próximas, mais intenso é o campo elétrico nessa
região.
138
AUTOATIVIDADE
a) ( ) Cortam-se em um ponto.
b) ( ) Cortam-se, no mínimo, em dois pontos.
c) ( ) São sempre paralelas.
d) ( ) Nunca se cortam.
139
8 Calcule o módulo do campo elétrico de uma carga puntiforme
q = 8,0 nC em um ponto do ponto situado a uma distância de
1,0 m da carga.
a) ( ) 630
b) ( ) 580
c) ( ) 360
d) ( ) 270
140
UNIDADE 3
ELETROMAGNETISMO, ÓTICA,
ACÚSTICA E SUAS APLICAÇÕES
TECNOLÓGICAS
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
PLANO DE ESTUDOS
A terceira unidade está dividida em cinco tópicos. No final de cada tópico
você encontrará atividades que o(a) ajudarão a compreender as ideias apre-
sentadas.
TÓPICO 2 – MAGNETISMO
TÓPICO 3 – ÓTICA
TÓPICO 4 – ACÚSTICA
141
142
UNIDADE 3
TÓPICO 1
1 INTRODUÇÃO
2 CORRENTE ELÉTRICA
FONTE: A autora
143
UNIDADE 3 | ELETROMAGNETISMO, ÓTICA, ACÚSTICA E SUAS APLICAÇÕES TECNOLÓGICAS
Um fio de cobre possui cerca de 1022 átomos por centímetro cúbico, isso
quer dizer que tem aproximadamente 1022 elétrons livres por cm3. Esses elétrons
ficam saltando de um átomo para outro sem qualquer movimento ordenado. No
entanto, se estabelecemos um campo elétrico no interior do condutor (o fio de
cobre), forçamos um movimento numa direção preferencial. Observe a figura a
seguir:
FONTE: A autora
FONTE: A autora
145
UNIDADE 3 | ELETROMAGNETISMO, ÓTICA, ACÚSTICA E SUAS APLICAÇÕES TECNOLÓGICAS
NOTA
(lei de Ohm)
146
TÓPICO 1 | CORRENTE ELÉTRICA E RESISTÊNCIA
FONTE: A autora
Solução: Convertendo a área para m2, obtemos A = 5,0 mm2 = 5,0 . 10 –6 m2.
a) A resistividade pode ser tirada diretamente da tabela 1: ρ = 1,70 . 10 –8
Ω.m.
b) Da segunda definição de R,
c) Da primeira definição de R,
147
UNIDADE 3 | ELETROMAGNETISMO, ÓTICA, ACÚSTICA E SUAS APLICAÇÕES TECNOLÓGICAS
148
RESUMO DO TÓPICO 1
149
AUTOATIVIDADE
150
a) Qual desses condutores é ôhmico?
b) Qual é a resistência elétrica de cada condutor para uma tensão de 40 V?
c) É possível determinar a resistência elétrica dos condutores para uma
tensão de 60 V? Justifique.
151
152
UNIDADE 3
TÓPICO 2
MAGNETISMO
1 INTRODUÇÃO
153
UNIDADE 3 | ELETROMAGNETISMO, ÓTICA, ACÚSTICA E SUAS APLICAÇÕES TECNOLÓGICAS
NOTA
FIGURA 74 – NANOESTRUTURAS
NOTA
Na figura a seguir fizemos uma analogia entre dois eventos bem distantes
no tempo e que significaram um grande avanço para a humanidade.
FIGURA 75 – DOS DESENHOS DE LEONARDO DA VINCI ÀS NANO-ENGRENAGENS
NOTA
155
UNIDADE 3 | ELETROMAGNETISMO, ÓTICA, ACÚSTICA E SUAS APLICAÇÕES TECNOLÓGICAS
NOTA
156
TÓPICO 2 | MAGNETISMO
polo sul. Na figura a seguir mostramos as linhas de campo de dois ímãs criados
industrialmente e o campo magnético devido ao interior da Terra.
NOTA
Que tal fazer uma experiência com linhas de campo? Faça o seguinte: coloque
uma folha de papel sobre um ímã e jogue sobre ela limalha de ferro. Você poderá observar que
os pedacinhos de ferro ficam orientados conforme as linhas de campo criadas pelo ímã.
157
UNIDADE 3 | ELETROMAGNETISMO, ÓTICA, ACÚSTICA E SUAS APLICAÇÕES TECNOLÓGICAS
E
IMPORTANT
158
TÓPICO 2 | MAGNETISMO
FONTE: A autora
Solução:
Cobalto 7700C
Níquel 3580C
4 FORÇA MAGNÉTICA
A carga elétrica, quando está na presença de um campo magnético,
sofre a ação de uma força magnética conhecida como a força de Lorentz. Uma
característica
→
importante dessa força é ser perpendicular ao plano formado pelos
vetores B (campo magnético) e ν →
(velocidade da carga elétrica). Utilizando a regra
→
da mão direita nós podemos dar o sentido da força magnética Fm com o polegar,
→
orientando o indicador no sentido do campo B e o dedo médio no sentido da
→
velocidade ν. Olhe a ilustração dos vetores B→ , ν e Fm na figura a seguir.
159
UNIDADE 3 | ELETROMAGNETISMO, ÓTICA, ACÚSTICA E SUAS APLICAÇÕES TECNOLÓGICAS
FONTE: A autora
→
A intensidade da força magnética Fm é dada pela expressão,
,
→
onde q é a carga elétrica e é o ângulo entre →
v e B.
Solução:
160
TÓPICO 2 | MAGNETISMO
A resultante das forças de Lorentz que age sobre cada carga da corrente
elétrica tem intensidade dada pela expressão,
Fm = BilsenӨ
Solução:
Fm = BilsenӨ
Fm = 6 • 10-3 • 3 •0,3 • sen90º
Fm = 0,0054N
161
RESUMO DO TÓPICO 2
Neste tópico você viu que:
Os ímãs possuem dois polos de diferentes nomes. O polo norte e o polo sul.
Frisamos o fato de que se aproximamos polos iguais, sentimos uma força de
repulsão e de polos diferentes uma força de atração, semelhantemente ao que
acontece com as cargas elétricas.
162
AUTOATIVIDADE
163
8 Uma partícula de carga 8 x 10-18 C e massa 4 x 10-26 kg
penetra, ortogonalmente, numa região de campo magnético
uniforme de intensidade 2 x 10-3 T, com velocidade de 2 x
105 m/s. Determine o raio da órbita descrita pela partícula.
164
UNIDADE 3
TÓPICO 3
ÓTICA
1 INTRODUÇÃO
Numa entrevista, o diretor da rede do Emergia, Clemente Quero, utilizou
a seguinte frase para descrever a capacidade das fibras óticas: “Um único cabo de
fibra ótica pode transmitir o conteúdo dos 4 milhões de livros da Biblioteca do
Congresso dos Estados Unidos, de Washington a Lima, em menos de um minuto.
Se fosse utilizado um modem de 56 k conectado a uma linha telefônica comum, a
transmissão só seria realizada em 81 anos” (apud CSF, 2008). Mas o que é a fibra
ótica, além desses cabinhos brilhantes que estão entre os dedos da mão que aparece
na figura a seguir? Trata-se de um filamento com capacidade de transmitir luz. É
lançado um feixe de luz numa das extremidades da fibra e esse feixe percorre a
fibra até chegar na outra extremidade através de sucessivas reflexões. A luz, por
sua vez, é uma onda eletromagnética que carrega consigo informações que podem
ser decodificadas.
165
UNIDADE 3 | ELETROMAGNETISMO, ÓTICA, ACÚSTICA E SUAS APLICAÇÕES TECNOLÓGICAS
2 TRAJETÓRIA DA LUZ
Na figura que segue, à esquerda, a luz branca entra no prisma e se
dispersa quando sai, se dividindo nas outras cores do espectro visível. Podemos
compreender isso se pensarmos na luz como uma onda. Observe o esquema no
centro da figura. A onda é constituída por uma oscilação periódica no espaço.
Essa oscilação é uma perturbação que se propaga através de um meio. Quando a
luz muda de um meio menos denso para outro mais denso, a sua velocidade de
propagação varia com o comprimento de onda de cada cor. Porém, mesmo que
a luz branca possa se dispersar em outras cores do espectro, ela não perde sua
característica de se propagar em linha reta em meios homogêneos e transparentes.
NOTA
No lado esquerdo da figura a luz branca incide sobre uma das faces de um prisma
e é dispersa na face que a luz volta a sair. No centro, esquema ilustrativo dos comprimentos
de onda de cada cor.
166
TÓPICO 3 | ÓTICA
Para que possamos ver um objeto é necessário que ele irradie alguma luz
até nossos olhos. Essa luz pode ser própria ou simplesmente o reflexo de alguma
luz incidindo sobre ele. Esses corpos emitindo luz são denominados fontes de luz
e podem ser de dois tipos. Fontes primárias, que fornecem a própria luz, ou fontes
secundárias, que fornecem a luz proveniente da reflexão sobre a sua superfície.
Na figura acima temos o exemplo de uma fonte primária, o Sol, e uma fonte
secundária, a Terra.
167
UNIDADE 3 | ELETROMAGNETISMO, ÓTICA, ACÚSTICA E SUAS APLICAÇÕES TECNOLÓGICAS
3 PROPRIEDADES DA LUZ
A luz viaja com velocidade de c = 3.108 m/s em linha reta. Quando refletida
ou refratada, sofre um desvio, continuando em seguida a trajetória retilínea. Essa
propriedade da luz implica em algumas leis que facilitam a sua observação e
aplicação em instrumentos óticos.
3.1 REFLEXÃO
FIGURA 88 – ÂNGULO - RAIO INCIDENTE, ´ - RAIO REFLETIDO E ´´ -
RAIO REFRATADO, TODOS COM A RETA NORMAL
A primeira lei nos diz que a reta normal, o raio incidente 1 e o raio refletido
2 estão no mesmo plano. A segunda lei afirma que o ângulo de incidência é igual
ao ângulo de reflexão ´, ou seja = ´.
3.2 REFRAÇÃO
Note o raio 3, na figura anterior, parte da luz atravessou o meio n´ mudando
de direção, φ´´. A refração depende do meio que o raio atravessa. Também depende
do ângulo de incidência. Os raios que incidem perpendicularmente ao meio não
sofrem refração. Raios que incidem próximo à normal sofrem pequeno desvio, e
este aumenta à medida que o ângulo de incidência aumenta. A maior ou menor
refração depende do comprimento de onda. Os comprimentos de onda maiores
(vermelho) sofrem menor desvio que os comprimentos menores (azul), para um
mesmo ângulo de incidência.
169
UNIDADE 3 | ELETROMAGNETISMO, ÓTICA, ACÚSTICA E SUAS APLICAÇÕES TECNOLÓGICAS
FONTE: A autora
TURO S
ESTUDOS FU
3.5 DIFRAÇÃO
Devido ao comportamento onda-partícula da luz, é possível analisar a luz
sob o ponto de vista da teoria ondulatória além da ótica geométrica estudada nas
seções anteriores. Na teoria ondulatória destacamos o fenômeno de difração da luz
quando encontra um obstáculo ou atravessa um orifício, como o da figura a seguir.
170
TÓPICO 3 | ÓTICA
171
RESUMO DO TÓPICO 3
Observamos o fato da luz ser uma onda que pertence ao espectro eletromagnético.
172
AUTOATIVIDADE
173
9 Ache a altura h indicada na figura.
174
UNIDADE 3
TÓPICO 4
ACÚSTICA
1 INTRODUÇÃO
175
UNIDADE 3 | ELETROMAGNETISMO, ÓTICA, ACÚSTICA E SUAS APLICAÇÕES TECNOLÓGICAS
2 ONDAS SONORAS
Temos falado de ondas ao longo desse texto: ondas eletromagnéticas, ondas
de luz, e agora queremos falar de ondas sonoras. Para tanto, torna-se indispensável
conhecer essa grandeza que chamamos de onda. A onda da figura a seguir é uma
perturbação periódica que se desloca no espaço-tempo. O comprimento de onda
λ caracteriza a oscilação espacial e a frequência f caracteriza a periodicidade do
movimento. Essas duas grandezas estão relacionadas à velocidade de propagação
da onda v através da equação . A unidade de medida da frequência no
Sistema Internacional é o hertz (Hz).
FIGURA 94 – ONDA
FONTE: A autora
176
TÓPICO 4 | ACÚSTICA
O som é uma onda que se propaga nos sólidos, líquidos e gases e sua
frequência é detectada pelo sistema auditivo devido à pressão que causa sobre o
tímpano. A velocidade do som no ar, a uma temperatura de 200C, é de 344m/s, na
água aproximadamente 1500m/s e nos sólidos tem valores próximos de 3000m/s.
Os sons são usados de diferentes maneiras, para comunicação através da fala,
para transformação em expressões de arte, como a música, e informações sobre o
ambiente através do sonar, infrassom e ultrassom.
3 EFEITO DOPPLER
Quando um carro passa por nós buzinando, a frequência do som diminui
à medida que o carro se afasta. Este fenômeno foi descrito pela primeira vez por
Christian Doppler, no século XIX, e por isso recebeu o nome de efeito doppler.
Quando existe um movimento relativo entre a fonte e o ouvinte, a frequência do
som percebido é diferente da frequência emitida.
Vamos analisar dois casos distintos. Para tanto, vamos supor que a
propagação se dá através do ar e que as direções das velocidades são ao longo da
linha reta que une o ouvinte e a fonte. Observe a figura a seguir. A fonte sonora é
o carro, o ouvinte que está se afastando (observador 1) detecta um som com uma
frequência menor que a emitida pela fonte. O ouvinte que está se aproximando da
fonte (observador 2) detecta um som com uma frequência maior que a da fonte.
177
UNIDADE 3 | ELETROMAGNETISMO, ÓTICA, ACÚSTICA E SUAS APLICAÇÕES TECNOLÓGICAS
NOTA
a) b)
178
TÓPICO 4 | ACÚSTICA
FONTE: A autora
Esse fenômeno pode ser explicado pelo princípio de Huygens, onde o ponto
de uma dada frente de onda age como se fosse uma fonte puntiforme de ondas.
A nova frente de onda, num instante posterior, é determinada pela superfície
179
UNIDADE 3 | ELETROMAGNETISMO, ÓTICA, ACÚSTICA E SUAS APLICAÇÕES TECNOLÓGICAS
envoltória de todas estas ondículas esféricas emitidas por estas fontes puntiformes
que se propagaram durante esse intervalo de tempo. Uma frente de onda, se
propagando para a direita, com a localização de alguns pontos que funcionam
como fontes puntiformes secundárias que criam frentes de onda secundárias que
se somam para formar uma nova frente de onda.
FIGURA 97 – FRENTE DE ONDA SE PROPAGANDO PARA A DIREITA
FONTE: A autora
NOTA
UNI
181
UNIDADE 3 | ELETROMAGNETISMO, ÓTICA, ACÚSTICA E SUAS APLICAÇÕES TECNOLÓGICAS
6 QUALIDADES FISIOLÓGICAS
O ouvido humano tem capacidade de distinguir três qualidades distintas
no som, a altura, o timbre e a intensidade.
182
TÓPICO 4 | ACÚSTICA
FIGURA 103 – ONDAS SONORAS GERADAS POR DOIS INSTRUMENTOS MUSICAIS DIFERENTES
7 INSTRUMENTOS MUSICAIS
Os instrumentos musicais são utilizados para produzir sons que provocam
sensações agradáveis aos nossos ouvidos. Esses sons executados com o propósito
de nos entreter são chamados de sons musicais.
184
TÓPICO 4 | ACÚSTICA
185
UNIDADE 3 | ELETROMAGNETISMO, ÓTICA, ACÚSTICA E SUAS APLICAÇÕES TECNOLÓGICAS
LEITURA COMPLEMENTAR
186
RESUMO DO TÓPICO 4
187
AUTOATIVIDADE
a) ( ) Eco.
b) ( ) Dispersão.
c) ( ) Refração.
d) ( ) Ressonância.
a) ( ) Lei da refração.
b) ( ) Lei da reflexão.
c) ( ) Efeito Doppler.
d) ( ) Efeito fotoelétrico.
a) ( ) maior – igual.
b) ( ) maior – menor.
c) ( ) igual – igual.
d) ( ) menor – maior.
188
5 Uma fonte sonora que emite um som de frequência 550Hz
se aproxima de um observador em repouso, com velocidade
de 20 m/s. Sendo a velocidade do ar de 340 m/s, calcule a
frequência recebida pelo observador.
189
190
UNIDADE 3
TÓPICO 5
RELATIVIDADE E MECÂNICA
QUÂNTICA
1 INTRODUÇÃO
O estudo do movimento como forma de compreender os fenômenos naturais
vem desde a Grécia Antiga. Aristóteles propôs a ideia de que as coisas entravam em
movimento devido à atração de cada substância pelo seu lugar natural. Como os
movimentos observados no universo não se opunham às hipóteses de Aristóteles,
suas ideias foram aceitam durante quase 2000 anos. Após esse período, Galileu
Galilei, com seus experimentos, conseguiu demonstrar que a filosofia natural de
Aristóteles estava errada. 100 anos depois, Isaac Newton conseguiu generalizar
as experiências de Galileu em suas leis do movimento. A experimentação
desencadeou uma miríade de descobertas importantes relacionadas em teorias
físicas para explicá-las. No século XX essas teorias foram complementadas por
Maxwell, Carnot e outros com as leis do eletromagnetismo e da termodinâmica.
2 TEORIA DA RELATIVIDADE
191
UNIDADE 3 | ELETROMAGNETISMO, ÓTICA, ACÚSTICA E SUAS APLICAÇÕES TECNOLÓGICAS
FONTE: A autora
192
TÓPICO 5 | RELATIVIDADE E MECÂNICA QUÂNTICA
Exemplo 1:
Uma espaçonave foi enviada da Terra para uma base terrestre no planeta
P1407, e na lua desse planeta se instalou um destacamento de reptulianos, uma
raça de alienígenas que não nutrem grande simpatia pelos terráqueos. Quando a
nave está passando pelo planeta e pela lua em uma trajetória retilínea, detecta uma
emissão de micro-ondas proveniente da base reptuliana e, em seguida, 1,10s mais
tarde, uma explosão na base terrestre acontece a 4,00 x 108 m de distância da base
193
UNIDADE 3 | ELETROMAGNETISMO, ÓTICA, ACÚSTICA E SUAS APLICAÇÕES TECNOLÓGICAS
Solução:
FONTE: A autora
a)
Uma velocidade que não pode existir na prática, já que é maior que a
velocidade da luz.
3 MECÂNICA QUÂNTICA
195
UNIDADE 3 | ELETROMAGNETISMO, ÓTICA, ACÚSTICA E SUAS APLICAÇÕES TECNOLÓGICAS
E = hf
Einstein propôs que sempre que a luz é absorvida ou retida por um corpo,
esta absorção ou emissão ocorre nos átomos do corpo. Quando um fóton de
frequência f é absorvido por um átomo, a energia hf do fóton é transferida da luz
para o átomo. Este evento de absorção implica a aniquilação de um fóton. Quando
um fóton de frequência f é emitido por um átomo, uma energia hf é transferida
do átomo para a luz. Esse evento de emissão implica a criação de um fóton.
(HALLIDAY; RESNICK; WALKER, 2003).
E = hf – W
Exemplo 2:
Solução:
196
TÓPICO 5 | RELATIVIDADE E MECÂNICA QUÂNTICA
E = hf – W
0 = 6,6 • 10-34 • f – 4,3 • 1,6 • 10-19
f =1,042 • 1015 ~= 1015 hz
NOTA
197
RESUMO DO TÓPICO 5
• Os átomos de um corpo podem emitir ou absorver fótons. Essa energia pode ser
expressa como, E = hf – W. Onde W é a função trabalho, energia necessária para
extrair o elétron.
198
AUTOATIVIDADE
199
200
REFERÊNCIAS
AMALDI, Ugo. Imagens da física: as ideias e as experiências do pêndulo aos
quarks. São Paulo: Scipione, 1997.
FREEDMAN, R. A. et al. Física III: eletromagnetismo. 10. ed. São Paulo: Addison
Wesley, 2003.
______. Fundamentos de física – óptica e física moderna. Rio de Janeiro: LTC, 2003.
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ORZEL, Chad. Como ensinar física ao seu cachorro: uma visão bem-humorada
da física moderna. São Paulo: CAMPUS, 2010.
PESSOA JR., Osvaldo. Conceito de física quântica. São Paulo: Livraria da Física,
2005. v. 1.
201
PIRES, D. P. L.; AFONSO, J. C.; CHAVES, F. A. B. A termometria nos séculos XIX
e XX. Revista Brasileira de Ensino de Física, São Paulo, V. 28, n. 1, 2005.
TIPLER, Paul A.; LLEWELLYN, Ralph A. Física moderna. Rio de Janeiro: LTC,
2006.
202
ANOTAÇÕES
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