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SEDiC - CURSO DE PREPARAÇÃO DE DIRIGENTES E ESCLARECEDORES DE GRUPOS MEDIÚNICOS 27

de do seu ser, com o mesmo rancor: " E l e pagará".


O p e r d ã o que concedemos àquele que nos feriu n ã o l i v r a o ofensor do seu erro,
mas l i b e r a o ofendido, que, com o perdão, evita que se r e a b r a o círculo vicioso do
crime p a r a resgatar o crime.
No angustioso círculo de fogo e lágrimas, de revolta e dor, jficam presas, por sécu-
los e séculos, multidões enceguecidas pelo ódio e nunca saciadas pela vingança,
pois a vingança n ã o sacia coisa alguma - ela apenas junta mais l e n h a à fogueira
que arde; s ó o p e r d ã o liberta. A vingança é como beber á g u a salgada: n ã o sacia a
sede, nunca.
^ * ^ O s obsessores, no desespero e m que vivem, pretendem muitas vezes descarregar
todo o seu rancor e agressividade sobre os componentes da equipe de socorro, es-
pecialmente contra o dirigente e díalogadores, por que estes falam e procuram
convencê-los a abandonarem seus propósitos insanos, que eles julgam "justís-
mos".
O obsidiado, geralmente, s ó pensa e m livrar-se de seus adversários, a qualquer
preço, mas se esquece, ou n ã o se lembra, de que ele t a m b é m está em dívida p e r a n -
te a Lei, pois senão não e s t a r i a sujeito à obsessão.
É a lei do equilíbrio u n i v e r s a l que coloca o ofensor de outrora ao alcance da puni-
ção ...
A d o ç ã o da moral evangélica p a r a a solução dos problemas mais difíceis, pois ali
há mais ciência e sabedoria do que em todos os tratados de psicologia já escritos.
Um dia, a Psicologia e a Psiquiatria descobrirão o Cristo.
As perseguições podem c a u s a r deformações e mutilações terríveis, provocadas
por "ratos", "baratas", e m m a s m o r r a s tenebrosas do mundo trágico das sombras,
até dolorosas ocorrências de zoantropia: faunos, lobos (licantropia), através de
m é t o d o s implacáveis de hipnose e magnetismo. (Ver: Libertação, de A n d r é Luiz).
A prece e o passe são os recursos mais eficientes p a r a recompor perispiritualmen-
te essas criaturas. Exige-se fé, calma, muita vigilância e boa cobertura espiritual
p a r a que o grupo n ã o entre em pânico e, assim, p e r c a a oportunidade de s e r v i r a
um ser ( i r m ã o ) e m aflitiva situação.
E m antros diante dos quais o inferno é u m a tosca e apagada imagem, i m p e r a m o
terror, a alienação mais dolorosa, a angústia mais terrível, as condições mais abje-
tas, onde criaturas, que n a T e r r a ocuparam elevadas posições, resgatam c r i m e s
tenebrosos que p e r m a n e c e r a m desconhecidos e impunes entre os homens.
O trabalho de resgate desses pobres i r m ã o s alienados, que chegam até a p e r d e r a
consciência da s u a p r ó p r i a identidade, é tão difícil q u ã o doloroso, pois que a a u -
dácia de socorrer tais i r m ã o s desata sobre os grupos socorristas toda a cólera das
organizações das trevas que os subjugam.
Porém, esse é u m recurso de que se utilizam os trabalhadores do bem p a r a desa-
lojar de seus redutos os verdadeiros responsáveis pelas atrocidades inomináveis.
Furiosos pela temeridade dos seareiros do Cristo, eles se voltam contra o grupo
mediúnico, que precisa estar preparado, resguardado na prece e p u r e z a de inten-
ções e atividades enobrecidas no dia a dia. E s s a é, à s vezes, a única forma de trazê-
los à doutrinação e à tentativa de entendimento.
O grupo esteja atento e preparado para recebê-los, porque eles virão realmente i
fora de si, transtornados de ódio, ante o atrevimento daqueles que ousam provocá-los. i
Eles precisam "lavar sua honra", recuperar o prestígio perante seus comandados ej
impor castigo exemplar ao grupo que teve a "insensata ousadia" de exasperá-los.
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Chegado o momento do resgate, n ã o h á defesa que consiga resistir à vontade sobe-


r a n a de Deus, e os trabalhadores humildes da s e a r a do Cristo conseguem trazê-
los, nos braços amorosos, p a r a o início d a libertação, começando com a reconstru-
ção interior. Geralmente s ã o Espíritos de consideráveis cabedais e possibilidades
que se t r a n s v i a r a m gravemente. S ã o usualmente recolhidos a instituições especia-
lizadas. É o momento em que i n ú m e r o s especialistas entram em açâo: médicos da
alma, cirurgiões do perispírito, profundos conhecedores da biologia transcenden-
tal e das complexidades da mente; planejadores, doutrinadores, m é d i u n s e mag-
netizadores p a r a r e c o n s t r u i r com a m o r o que foi destruído pelo ó d i o das trevas.
As forças, os mecanismos e os recursos são idênticos, somente a direção de sua
aplicação é que muda, pois quase s e m p r e os dedicados operadores que a|udam a
reconstruir o Espírito a r r a s a d o pela dor do resgate, s ã o aqueles mesmos que, e m
épocas remotas, utilizaram-se dos seus conhecimentos p a r a oprimir, impor a n -
gústias e aflições, e m razão de incontroladas ambições pessoais. O conhecimento
ficou, porque os arquivos da alma são permanentes, mas mudou a motivação: o
que antes feria, agora quer curar.

os MISTIFICADORES
N ã o co n s ti tue m, propriamente, um grupo à parte, p o i s a mistificação (engodo,
engano) faz parte d o p r o c e s s o o b s e s s i v o , principalmente, n o s g r a u s mais g r a v e s
de f a s c i n a ç ã o . E l e s podem c o m p a r e c e r a o s g r u p o s m e d i ú n i c o s u s a n d o n o m e s v e -
neráveis, p o m p o s o s o u extravagantes, tudo i s s o para i m p r e s s i o n a r a s mentes d e s -
p r e p a r a d a s doutrinariamente o u de moral p o u c o d e s e n v o l v i d a (orgulho, vaidade,
e g o í s m o , etc), c h e g a n d o , à s v e z e s , a o de s pl a nt e de s e d e c l a r a r e m o r i u n d o s de o u -
tros m u n d o s (extraterrestres), montando inclusive, fluidicamente, " e q u i p a m e n t o s "
que aparentem n a v e s e s p a c i a i s ( d i s c o s v o a d o r e s , e t c ) , para m a i s facilmente e n g a -
nar o s m é d i u n s videntes d e s a v i s a d o s (pouco instruídos, o r g u l h o s o s , f a s c i n a d o s )
o u dirigentes d e s p r e p a r a d o s e c r é d u l o s . A l é m d i s s o , à s v e z e s , c o s t u m a m a n u n c i a r
e m a r c a r d a t a s para o fim d o mundo, c o m o a c o n t e c e u aqui n a c i d a d e de S a n t a Ma-
ria, e m 1999. C o s t u m a m , t a m b é m , fanatizar c e r t o s m é d i u n s , f a z e ndo - o s c r e r s e r e m
a r e e n c a r n a ç ã o de p e r s o n a l i d a d e s do p a s s a d o , p. ex.: Allan K a r d e c , N a p o l e ã o , etc.
P a r a i s s o , s e r á de bom alvitre c o n s u l t a r o capitulo XII do livro " B a s t i d o r e s d a Me-
diunidade", psicografado por E m a n u e l Cristiano, o item 10 do capítulo XXI, d o
E v a n g e l h o S e g u n d o o E s p i r i t i s m o e o s itens 267 e 268 d e O L i v r o d o s M é d i u n s .

O DIRIGENTE DAS TREVAS


É u m a figura frequente nos trabalhos de desobsessão.
Ele comparece p a r a observar, estudar as pessoas, sondar o dirigente e os escla-
recedores, sentir mais de perto os m é t o d o s de ação do grupo, a fim de poder to-
m a r suas "providências".
Foi geralmente u m encarnado poderoso, que ocupou posições de mando. Acostu-
mado ao exercício da autoridade incontestada, é arrogante, frio, calculista, inteli-
gente, experimentado e violento.
N ã o disp õe de paciência p a r a o diálogo, pois está habituado apenas a expedir or-
dens e n ã o a debater problemas. Situa-se n u m plano de "absoluta" superioridade
e nada v e m pedir, m a s s i m exigir, ordenar, a m e a ç a r e intimidar.
Jt^ É ágil de raciocínio, envolvente, inescrupuloso, pois o poder de que desfruta n ã o
se coaduna com a doçura, tolerância, humildade, e sim com a agressividade, des-
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confíança e ódio.
jm^ Gosta de deixar bem claro que n ã o é executor; é chefe. Está ali somente p a r a co-
l h e r elementos p a r a suas decisões; a execução ficará a cargo de seus asseclas.
jm- Comparece cercado de toda a pompa, envolvido em imponentes "vestimentas",
portando anéis ou s í m b o l o s indicadores de "elevada" condição; está rodeado de
servidores, guardas, escravos, assessores, à s vezes "armados", montados e m
" a n i m a i s " ou transportados sob " p á l i o s " como figuras de grandes sacerdotes e
imperadores, indo a frente dele áulicos, tocando campainhas portáteis p a r a que
todos a b r a m alas. (Ver: Libertação - cap. 8, de A n d r é Luiz).

o PLANEJADOR DAS TREVAS


mmi^ É frio, impessoal, inteligente e culto.
Maneja muito bem o sofisma, é excelente dialético, pensador sutil e aproveita-se de
qualquer descuido ou palavra infeliz do doutrinador para procurar confundi-lo.
Mostra-se amorável, aparentemente tranquilo e sem ódios.
Não se envoh^e diretamente com os métodos de trabalho das organizações trevosas, ou
seja, não expede ordens, nem as executa, límita-se a estudar a problemática de cada
caso e traçar os planos com extrema habilidade.
É altamente credenciado, respeitado e prestigiado na comunidade do crime invisível.
Pode apresentar-se mansamente no grupo: nada de gritos, de murros ou de violências,
talvez até sorria. É o encarregado de estudar meticulosamente e traçar friamente os
planos de trabalho que se desdobrem como vasta e complexa operação de um xadrez
psicológico, pois os impetuosos e agressivos chefes e os executores teleguiados sentem
-se sem condições para montarem esses pianos.
Estuda personalidades, como hábil articulador propõe concessões, arquiteta altemati-
vas e opções, em caso de alguma falha ou mudança de condições básicas.
Os irmãos desorientados das trevas empenham-se em verdadeiras campanhas belico-
sas, nas quais tudo vaie e tudo é permitido, desde que os fins sejam alcançados. Para al-
cançarem os objetivos que têm em mira, organizam verdadeiro estado-maíor de líderes
brilhantes, experimentados e audaciosos. Tudo é estudado, planejado e executado com
precisão militar e dentro de rigoroso regime disciplinar, onde não se admite o fracasso.
Quem falhar perde a proteção de que desfruta, por achar-se ligado a organização pode-
rosa, que domina pelo terror impiedoso, destemido, agressivo e implacável. Nessas es-
truturas rígidas, o PLANEJADOR exerce função importantíssima, porque é dos poucos,
ali, que conservam a cabeça fria para conceber os planos estratégicos indispensáveis.
É o poder moderador, dotado de habilidade para demonstrar e provar aos "cabeças-
quentes" que o interesse coletivo precisa sobrepôr-se ao individual. É preciso que cada
componente da sinistra máfia espiritual compreenda que os casos pessoais de cada um
- vinganças, perseguições, conquista de posições - passam a constituir objeto de co-
gitação coletiva, submetendo-se a mesma estratégia: estudo, planejamento e açâo, tu-
do a tempo certo.
É, pois, figura importantíssima na ordenação das tarefas maquiavélicas das organiza-
ções trevosas. Sua perda acarreta uma desorientação geral. É difícil, senão impossível,
a seus companheiros admitirem que alguém tão lúcido e brilhante se tenha deixado
convencer por um humilde doutrinador encarnado. Portanto, somente podem concluir
pela alternativa mais viável: ele foi sequestrado, violentado em sua vontade e levado
prisioneiro.
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A perda de um planejador, portanto, pode desencadear sobre o grupo mediúnico um


processo de agressões violentas e ações fulminantes para resgatá-lo, fazendo com que
um truculento representante das trevas compareça para l ^ á - l o "de qualquer maneira".

os JURISTAS (Juízes)
^ Os terríveis juristas do Espaço são tão compenetrados de suas tarefas como quaisquer ou-
tros trabalhadores das sombras.
^ Autoritários e seguros de si, exoneram-se facilmente de qualquer culpa porque, segundo
informam ao doutrinador, cingem-se aos autos do processo.
^ Todo o formalismo processualístico é seguido: as denúncias, os depoimentos, as audiên-
cias, os pareceres, os laudos, as perícias, os despachos e, por fim, a sentença - invaria-
velmente condenatória. (Ver: André Luiz - Libertação, cap. 5).
^ São feitas até as revisões e os apelos, quando previstos nos "códigos" pelos quais se
"orientam".
Os juristas são Impessoais e frios aplicadores das "leis".
Montam os "autos do processo" onde consta a lista de crimes que o acusado havia co-
metido.

0 EXECUTOR
9 Sente-se t a m b é m totalmente desligado da responsabilidade quanto às atrocida-
des que pratica, pois n ã o é o mandante, apenas executa ordens.
9 Usualmente, nada tem de pessoal contra suas vítimas.
9 Agasalha-se na crueldade agressiva e fria, s e m temores, n e m r e m o r s o s e sem d r a -
mas de consciência.
^ É remunerado das maneiras mais engenhosas e diversas, as que mais se ajustam à sua
psicologia, aos seus vícios e às suas deformações: suculentas refeições e vinhos deli-
ciosos, condecorações por "atos de bravura", ou prazeres mais vis; também, "roupas"
luxuosas e bonitas, prazeres sexuais, etc.
^ Empenha-se, muitas vezes, em tenebrosos e complexos processos de obsessões violen-
tas a serviço das organizações das trevas.
0^ Quando se manifesta no grupo mediúnico, acusa a este de ter-se metido em assuntos
que não são da sua conta do grupo, por isso resolveu aparecer para ridicularizar e amea-
çar, sem poder geralmente esconder seu ódio e sua irritação.
9 Costuma ameaçar: Tenho uma falange comigo e meu chefe é muito mais forte que
todos vocês juntos!
O CAMPO DE TRABALHO DA DESOBSESSÃO
o ser humano, encarnado ou desencarnado, vive no clima da emoção, pressiona-
do ou sustentado por ela, levado por ela à s fumas mais profundas da dor e da revolta, ou
1 alçado aos píncaros da felicidade e da paz. E s s a emoção pode conduzir o Espírito a ex-
tremos de paixão, que o esmaga, ou a cuiminâncias de devotamente que o enobrece.
O trabalho de d e s o b s e s s ã o não deve ignorar e s s a realidade, além do nosso instinto
egoísta de conservar a posse total do objeto de nossa preferência ou afeição: o cônjuge,
os filhos, o dinheiro, a posição social, o poder, a fama.
No relacionamento homem/mulher, o ódio é, muitas vezes, o amor frustrado, doente:
traição, rejeição, preconceito, abandono.
O doutrinador deve estar muito atento para não s e deixar envolver pelo rancor e o
ódio que o Espírito traz em si. A situação é mais difícil quando ele s e defronta com s e u
próprio obsessor, pois aí a tarefa assume implicações de natureza pessoal, exigindo
preparo prévio, escudado na prece e no perdão.

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