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SEDiC - CURSO DE PREPARAÇÃO DE DIRIGENTES E ESCLARECEDORES DE GRUPOS MEDIÚNICOS 11

afastar-se dos lugares viciosos com discrição, sem crítica nem desprezo, somente
relacionando-se com eles para socorrer os necessitados;
afastar-se de ambientes desarmônicos ou festas lamentáveis, mormente as que se
destaquem pelos excessos da gula, desregramento e falta de pudor.

V - PROCEDIMENTO DO DIRIGENTE DE REUNIÕES MEDIÚNICAS


PERANTE OS MÉDIUNS E A MEDIUNIDADE
os dirigentes de grupos devem comixiter o "vedetismo" (exibicionismo), mas sem
rancores, humilhações ou prepotência;
a experiência nos ensina que os Espíritos (guias) são compassivos, amorosos, pacien-
tes, tolerantes e serenos, mas são também firmes e rigorosos, quando necessário;
se eram enérgicos com Kardec e Francisco Cândido Xavier, por que haveriam de u-
sar "panos quentes" conosco, meros aprendizes primários?
acompanhar atentamente o trabalho, ajudando o(a) companheiro(a) nas lides ini-
ciais;
os fenómenos começarão espaçados e indecisos; rápidas vidências, ciariaudiência,
talvez intuições e impulsos de dizer ou esaever algo;
nada de açodamento, de excitações, de fantasias, de euforia, nem de temores;
todas as potencialidades deverão ser estudadas e aproveitadas, quando possível e
necessário;
a mediunidade que melhor se presta aos trabalhos de desobsessão é a psicofonia,
auxiliada pela vidência e ciariaudiência;
o diálogo com os desencarnados é da própria essência da tarefa mediúnica; dificil-
mente a palavra falada, direta e viva, poderia ser substituída, sem perda conside-
rável da eficácia do processo; com a palavra falada, sentimos com maior facilida-
de; É A TERAPIA PELA PALAVRA.
os médiuns são dotados de certo grau de exaltação da sensibilidade, portanto, são
mais suscetíveis e sensíveis ò crítica, ò reprimenda, ò palavra agressiva e à atitude
anti-frcrtema, tanto quanto ao elogio e à bajulação;
a mediunidade é um mecanismo extremamente delicado e suscetível que deve ser
tratado com atenção, cuidado e carinho, estimulando a responsabilidade e não a
vaidade; não "endeusar" o médium, nem ser rigoroso demais em nome da discipli-
na;
identificar os casos de animismo e auxiliar sutílmente o médium a desenvolvera
mediunidade com orientação e conselhos, libertando-o de seus traumas.
(Ver: LM - i. 223.3).

PERANTE 0 8 ESPÍRITOS
Muitas categorias de Espíritos podem comparecer a um grupo mediúnico:
o} Equipes socorristas
^ dedicados ao bem, ao trabalho construtivo, à renúncia, ao amor fraterno;
^ ainda não são seres redimidos, à soleira da perfeição;
^ ainda trazem, como todos nós, impurezas e imperfeições;
^ empenham-se, porém, sem tréguas, às lutas redentoras de socorro às almas
que sofrem dores maiores;
preferem (e até exigem) o anonimato ao destaque ou exibicionismo.
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b] Equipes das sombras


Espíritos envolvidos em dolorosos processos de atordoamento moral e resgates
cármicos;
características: rancores, gritaria, violência, agressividade e amedrontamento;
são enormemente infelizes, a despeito de tudo quanto digam, façam ou pareçam
ser.

b. 1) Os obsessores
" ver L M , itens 237 a 254: - obsessão simples, fascinação, subjugação e possessão.
' o dirigente das trevas; - o planejador; - o executor; ^ os juristas;
" o intelectual; - o religioso; - o materialista; - o vingador;
" magos e feiticeiros; - magnetizadores e hipnotizadores. (Ver: L E - q. 100 a 106).

os ORIENTADORES ESPIRITUAIS
O trabalho desses amigos é silencioso e sereno; a competência deles costuma
passar desapercebida, porém, lembremo-nos do seu longo período de adestramen-
to, estudo, de renúncia pessoal, manutenção de postos de socorro, preparação
antecipada do ambiente onde se realizam as reuniões mediúnicas e outras provi-
dências inimagináveis de nossa parte.

E s s e s companheiros espirituais que nos amparam:


apresentam-se muitas vezes com nomes desconhecidos;
••^ falam com simplicidade e são tranquilos;
evitam dar ordens ou impor condições; preferem ensinar pelo exemplo;
são modestos e humildes, mas revestem-se de autoridade;
são amorosos, mas firmes, leais e francos; aconselham, sugerem e recomen-
dam;
corrigem, ratificam e estimulam, inspirando-nos através da intuição;
sua presença é constante, ao longo dos anos (Equipe Espiritual permanente);
acompanham-nos até mesmo em nossas tarefas humanas, porém, não interfe-
rem no nosso livre-arbítrio;
não ditam um breviário de instruções minuciosas; deixam margem suficiente
para a iniciativa de cada um, para termos o mérito dos acertos e a responsabi-
lidade pelos erros cometidos;
não nos tomam pela mão, mas não deixam de nos apontar o caminho e nos se-
guir amorosamente;
não desejam, de forma alguma, que nos tornemos dependentes deles, para
qualquer passo que tenhamos de dar;
dificilmente nos dizem o que fazer, ante duas ou mais alternativas: - acolher
ou não a alguém que queira trabalhar conosco? - excluir ou não alguém que
não está se entrosando?
quando nos afastamos das trilhas da verdade e da segurança, não nos faltam
com suas advertências amigas, mas nos deixam palmilhar os caminhos da nos-
sa preferência;
jamais nos recomendam ritos especiais, preces exclusivas, símbolos místicos,
velas ou vestimentas características;
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raramente revelam toda a extensão de suas responsabilidades e encargos, sen-


do que geralmente fazem parte de amplas organizações socorristas, que se in-
cumbem de orientar e assistir inúmeros grupos;
••^ preparam as tarefas específicas do grupo e se incumbem de dar continuidade
ao serviço, depois que os Espíritos necessitados são atendidos;
realizam, no mundo espiritual, a parte do trabalho de maior envergadura, mais
delicada e de maior responsabilidade;
••^ trazem os Espíritos desarvorados para a manifestação mediúnica já com um
certo preparo prévio, pois, eles se incumbiram de localizá-los e desalojá-los de
suas posições tidas por inexpugnáveis,
utilizando-se de i n ú m e r o s recursos para isso:
técnicas de magnetização, persuasão e leitura mental (psíquica) são aplicadas
com enorme competência e sentimento da mais profunda fraternidade; (Obreiros
da Vida Eterna, cap. VII).
frequentemente, os Espíritos atormentados nem sabem por que se acham numa
sessão, falando através de um médium;
em casos mais difíceis, um dos mentores pode incorporar-se noutro médium para
ajudar no trabalho de doutrinação (esclarecimento) ou de passes;
em casos extremos, podem conter o manifestante com seus recursos magnéticos
ou projetar cenas para relembrar certos fatos;
os Espíritos arrependidos e dispostos à recuperação são levados a centros de tra-
tamento e re-educação, sendo entregues a outras equipes espirituais adestradas
para esse tipo de trabalho;
encerrada a sessão mediúnica (ou mesmo antes disso), eles recolhem os Espíri-
tos problemáticos, estejam ou não despertados para a realidade maior;
poderão se comunicar no início da sessão, quando necessário, para esclarecer
situações e problemas apenas visíveis a eles, ou responder a alguma consulta
ocasional que o dirigente queira lhes fazer; às vezes, poderão se manifestar ao
final da sessão.

OBS.: Nenhum trabalho mediúnico sério é possível sem o apoio desses dedi-
cados mentores; a colaboração que lhes prestamos é mínima, em relação a que e-
les nos oferecem, tudo no silêncio e na segurança, sem busca de reconhecimento
ou aplausos.
Durante a noite, quando adormecem no corpo físico, os médiuns e os escla-
recedores em Espírito, parcialmente libertos, juntam-se aos benfeitores para o pre-
paro das futuras tarefas mediúnicas.

VI - REQUISITOS E PROCEDIMENTOS DO DIRIGENTE ENCARNADO


Jt^ o dirigente não é sumo-sacerdote, nem mestre, nem guru;
deve possuir boa cultura doutrinária e geral; equilíbrio emocional e segurança;
"STATUS" MORAL: não adianta recitar lindos textos evangélicos, sem sustenta-
ção na afeição legítima; os Espíritos que debatem conosco sabem de nossas
inúmeras fraquezas, tanto quanto nós e até mais do que nós, às vezes, por se-
rem, frequentemente, companheiros de antigas encarnações, em que fomos,
talvez, comparsas de desacertos hediondos;
paciência para ouvir, aturar desaforos e impropérios, agressões verbais e im-
pertinências;
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não se atirar sofregamente ao interrogatório do Espirito manifestante; tem


que aguardar o momento de falar, deixando que o Espírito primeiro diga a
que veio;
não designar o médium para receber tal Espírito, nem ordenar a passagem do
Espírito de um médium para outro;
não sugestionar os médiuns videntes a relatarem ocorrências do Plano Espiri-
tual; deve ser respeitada a espontaneidade e a oportunidade do relato;
não permitir a comunicação psicofônica simultânea, salvo no caso do uso da
técnica de manifestações múltiplas, com esclarecedores treinados;
nas reuniões mediúnicas tradicionais, os componentes do Grupo não devem inter-
pelar e falar com os Espíritos, exceto em casos particulares, com a permissão do
dirigente;
sensibilidade - que o levará a sentir pacientemente o terreno estranho, difícil
e desconhecido em que pisa, as reações do Espírito, procurando localizar os
pontos em que o manifestante seja mais sensível e acessível; isso se faz com
uma qualidade pessoal chamada TATO: observação cuidadosa, serena, até
que estejamos seguros de poder tomar uma posição ou decisão sobre o assun-
to;
O seu verbo será mantido em clima coloquial e sereno, dialogando com ternu-
ra e compaixão, sem o verbalismo inútil ou a presunção salvacionista, como
se fosse portador de uma elevação irretocável. (Manoel Ph, Miranda)
energia e firmeza - sem ser contundente, nem agressivo; (em relação aos mé-
diuns e espíritos). Que a caridade não amoleça a disciplina e a disciplina não
atropele a caridade. (Luiz G Pinheiro)
permanente estado de vigilância: quanto aos seus próprios sentimentos e
pensamentos, conduta diária, suposições e intuições, quanto ao que se con-
tém nas entrelinhas do que diz o manifestante, quanto ao que ocorre a sua
volta com os demais componentes do grupo;
formas de mediunidade desejáveis para auxiliar na direção dos trabalhos:
intuitiva, vidência, ciariaudiência próprias ou dos componentes do grupo;
não deve possuir faculdade mediúnica que o torne inconsciente ("incorpora-
ção");
não há bom doutrinador sem a colaboração e o apoio dos Espíritos mais es-
clarecidos; o pretensioso ficará literalmente aniquilado pela obsessão ou fas-
cinação de Espíritos ardilosos que se apresentam com nomes pomposos e se
arvoram, por sua vez, em doutrinadores do doutrinador, pregando estranhas
e confusas ideias;

HUMILDADE
• para aceitar as ironias, agressões e impertinências dos pobres irmãos atormentados;
• quando conseguir convencer o Espírito de seus enganos e de seus erros, para não assumir
a atitude do vencedor que pisa na garganta do vencido, mostrando sua vaidade e orgulho;
• no aprendizado: cada manifestação traz a sua lição, a sua informação, a sua surpresa;
em trabalho mediúnico estamos sempre aprendendo e nunca sabemos demais;
• quando não conseguirmos convencer o Espírito infeliz, precisamos estar preparados para
a ^^derroia^^; nada de pretensões tolas de que o trabalho foi cem porcento positivo;

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