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SEDiC - CURSO DE PREPARAÇÃO DE DIRIGENTES E ESCLARECEDORES DE GRUPOS MEDIÚNICOS 3

da participante. (Fonte: Allan Kardec - O Livro dos Médiuns, i. 341).

O B J E T I V O DA REUNIÃO MEDIÚNICA
^ auxiliar na auto-reforma do indivíduo, com a comprovação da imortalidade;
• escutar as lições dos Espíritos que comparecem, inclusive aqueles que vêm cho-
rando e sofrendo os resultados de suas vivências fracassadas;
lição de advertência em nosso caminho na atual jornada terrena;
• confirmação da imortalidade do ser e que sua inteligência e moral residem no Es-
pírito e não no corpo físico;
• auxiliar a convencer os incrédulos, usando os argumentos racionais da Doutrina;
^ socorrer os Espíritos sofredores: aliviando, aconselhando e instruindo, praticando
e recebendo, assim, a caridade, coerente com a máxima kardequiana "FORA DA
CARIDADE NÃO HÁ SALVAÇÃO".

N A T U R E Z A E Q U A L I D A D E DA REUNIÃO MEDIÚNICA
A natureza dos trabalhos a serem realizados dependerá basicamente:
a) dos diferentes tipos de mediunidade e das disposições dos integrantes;
^ b) do grau de sensibilidade, tato, inteligência, conhecimento e elevação moral de
cada um e de todos os membros;
^ c) da compenetração e consciência de todos da seriedade da reunião que intercam-
bia conhecimentos, emoções e sentimentos com individualidades espirituais de
variado jaez;
^ d) da qualidade dos pensamentos: pensamento do Espírito encarnado age so-
bre os fluidos espirituais como o dos Espíritos desencarnados e, conforme se-
ja bom ou mau, saneia ou vicia os fluidos ambientes**, (Gen - cap. xiv, i. 15)
a # e) da qualidade do relacionamento pessoal entre os que se propõem a trabalhar
juntos no grupo e das necessidades dos encarnados e desencarnados a serem be-
neficiados.*^ (Fonte: Carlos Campetti - Trabalho Mediúnico).

P A R T I C I P A N T E S D E REUNIÕES MEDIÚNICAS
• Dirigente e subdirigentes (de preferência, não devem ser médiuns psicofônicos);
^ Médiuns formados (quando possível e conforme a situação e o objetivo da reunião);
^ Médiuns iniciantes em desenvolvimento, se esse for o objetivo da reunião;
• Esclarecedores ou dialogadores (doutrinadores);
^ Médiuns de apoio: passistas e outros sem função defmida (iniciantes);
• Número de participantes: mínimo ^ 5 a 6 médiuns; máximo: médiuns.
OUTROS REQUISITOS
O ESTUDO E PRECE ANTES DE INICIAR: imprescindível e excelente; (notar a
diferença entre ritual e hábito salutar).
O IDADE MÍNIMA DOS PARTICIPANTES: crianças, evitar; jovens: vale mais a
maturidade espiritual do que a idade cronológica (i. 50 do livro "Diretrizes de Segu-
rança" - edição antiga - Editora Frater; i. 68 na ed. atual - InterVidas).
O EVOCAÇÃO DOS ESPÍRITOS: direta não é recomendável de modo geral; indi-
reta é a recomendada, sendo necessária e a forma mais utilizada. (Consultar o L M
- i. 269, e APRENDENDO COM OS ESPÍRITOS - cap. Observações Rotineiras).
O No. DE PSICOFONIAS PARA CADA MÉDIUM: no inicio, normalmente, uma
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a duas psicofonias para médium iniciante; depois: 3, ou mais conforme o número


de médiuns e o tempo de reunião, ou a metodologia empregada. No entanto, tudo
isso depende da programação da Equipe Espiritual que conhece a realidade e as
possibilidades de cada um em particular e do grupo como um todo.
ASPECTOS OU PROCEDIMENTOS A EVITAR:
O exigir a manifestação do Mentor Espiritual para abertura e encerramento da reunião;
O uso de fórmulas faladas ou escritas ^ no Espiritismo não há chavões, palavras
mágicas, rituais, etc;
O ingresso de pessoas perturbadas ou doentes psicológicos;
O reunião mediúnica pública;
O reunião mediúnica domiciliar, se a cidade ou localidade tiver socíedade(s) espiri-
tais) organizada(s) e disponíveis para tal atividade;
O mediunidade habitual no lar.

IMPORTÂNCIA DOS MÉDIUNS VIDENTES. AUDIENTES E INTUITIVOS


3^ são ótimos auxiliares do dirigente e do grupo, desvelando os painéis do mundo es-
piritual e a qualidade ou condições dos Espíritos manifestantes;
^ devem saber manter a discrição.

REQUISITOS PARA PARTICIPAR DE GRUPO MEDIÚNICO


^ frequência a reuniões doutrinárias, regularmente;
^ participar de grupos de estudo da Doutrina Espirita;
leitura e estudo das Obras Kardequianas e, quanto possível, livros complementa-
res de reconhecido valor;
^ real interesse no aprendizado, prática da caridade e da oração;
^ persistência, pontualidade e assiduidade;
^ preparo diário: físico e espiritual, disciplina e moderação na alimentação;
^ abster-se de fumar e ingerir bebidas alcoólicas;
^ tanto quanto possível, integrar-se nas tarefas e programas de ação da casa espíri-
ta, dando sua contribuição valiosa e imprescindível à causa.

OUTRAS RECOMENDAÇÕES AOS MÉDIUNS


O dia destinado às reuniões mediúnicas exige renúncias diversas, pequeninas, mas impor-
tantes, e às quais podemos não estar acostumados, mas precisaremos exercitar:
i# moderação (não custa muito, pelo menos no dia, abster-se de carne e comida condimentada;
^ oração e vigilância; '-^ persistência; discrição; ^ evitar a maledicência!
adotar posição respeitosa no falar, no vestir e no comportar-se; ser cordial e afetuoso;
não dar gritos, gargalhadas estrepitosas; não fazer algazarra;
prioridade, naquele dia, para a atividade mediúnica; fazer repouso adequado;
sacrifício de: lazer, passeios, visitas, TV, funerais, eventos sociais, feriados, etc.

A MESA DOS TRABALHOS E O AMBIENTE FÍSICO


• verificação prévia da situação, adequando-a à realidade: luzes, ventilação, cadeiras,...
^ manter a simplicidade, sem excluir o relativo e necessário conforto;
^ sem apetrechos ritualísticos de qualquer espécie ou uso de uniformes;
^ utilização adequada das cores, sem dar importância exagerada a esse aspecto;
^ ambiente reservado exclusivamente para as reuniões e atívídades afins (ver:
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"O AMBIENTE DA SOCIEDADE ESPÍRITA", texto de Bezerra de Menezes);


• isolamento de ruídos e interferências, garantindo silêncio e harmonia vibratória.
" • ^ Observação: Não haverá a necessidade absoluta de uma mesa para a realização
da reunião mediúnica. A expressão ^^mesa mediúnica'' é imprópria e inadequada,

AVALIAÇÃO DA REUNIÃO MEDIÚNICA


O análise das comunicações psicofônicas, psicográficas, vidêncías, audiências, a cri-
tério do coordenador da reunião;
O elucidação de dúvidas;
O manter a discrição - os participantes devem evitar comentar as ocorrências com
pessoas estranhas ao grupo;
O ter o máximo cuidado para que essa avaliação não se transforme em contenda ou tumulto
e que assim se percam os frutos produzidos na reunião mediúnica realizada.
Recomendação: após o término da reunião, os integrantes deverão abster-se de
participar de atividades mundanas: festas, bailes, filmes e novelas em que sobressaem a
violência e o desregramento dos costumes.

m - o DIRIGENTE D E REUNIÕES MEDitJNICAS


O importante é que ao iniciarmos o trato com os Espíritos desencarnados, volun-
tária ou involuntariamente, estejamos com um mínimo de informação. A prática me-
diúnica não deve ser improvisada, pois não perdoa despreparo e ignorância.
O mundo espiritual do nosso orbe é povoado de seres que foram homens ou mulheres
como nós mesmos, encontrando-se em variados estágios de desenvolvimento intelectual e
moral, porém, a maior parte constitui a massa imensa daqueles que se acham da média para
baixo até os extremos do aviltamento moral, da ignorância, da revolta, da angústia, do rancor e
da vingança.
Lembremo-nos sempre de que a base do fenómeno mediúnico é a sintonia espiritual e
que não estamos à mercê dos Espíritos perturbados e perturbadores, pois, velam por nós men-
tores espirituais de elevada categoria, sempre dispostos a nos ajudar, mas não podemos es-
quecer de que eles não podem fazer por nós as tarefas que nos cabem, nem livrar-nos das nos-
sas provações e muito menos coibir os mecanismos e resultados do uso do nosso livre-arbítrio.
"Quanto ao mais, irmãos, tudo o que é verdadeiro, tudo o que é honesto, tudo o que é
justo, tudo o que é puro, tudo o que é amável, tudo o que é de boa fama, se há alguma virtude
e se há algum louvor, nisso pensai." - Paulo (Fiiip, 4:8).
O dirigente e os integrantes do grupo mediúnico devem estribar suas ações no procedi-
mento reto, esforço moralizador, aprendizado constante e dedicação desinteressada ao seme-
lhante.

A FORMAÇÃO DO GRUPO
A organização de um grupo de trabalho mediúnico começa muito antes de se dar
início às suas tarefas propriamente ditas, com o estudo sistemático das Obras Karde-
quianas e das complementares.
A formação ou nascimento de um grupo é muito importante e deve ser cercado
de cuidados semelhantes aos que precedem à fundação de uma empresa.
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Destacaremos alguns quesitos ou questões que deverão ser previamente analisados:


as pessoas que vão integrar o grupo estão preparadas para a tarefa? '
X I > aceitam os sacrifícios e as renúncias que o trabalho impõe?
estão prontos a aceitar a tarefa com humildade e perseverança?
JÊ^ o que pretendem fazer do Grupo? Transformá-lo num "feixe de varas" inquebrável?
^ » estão prontos a se doarem integralmente com dedicação e amor?
estão dispostos a manter assiduidade e pontualidade, ou seja, dar-lhe prioridade?
: ! l ^ é vital que os unam laços da mais sincera e descontraída afeição;
não poderá haver desconfianças, reservas, restrições mútuas entre os membros;
JtÊ^ qualquer dissonância entre os componentes encarnados pode servir de instru-
mento de desagregação.
A ORGANIZAÇÃO DO GRUPO, não será muito difícil, observando-se que:
OS integrantes tenham conhecimentos básicos doutrinários (LE, LM, EV, etc);
as pessoas se harmonizem perfeitamente;
haja entre os membros verdadeira amizade, sem fofocas ou falatórios;
"O CRISTÃO DEVE SER UMA ESTAÇÃO TERMINAL DAS TREVAS, SEPULTANDO A
MALEDICÊNCIA E A CALÚNIA NA TERRA DO ESQUECIMENTO." (Bezerra de Menezes)
OS componentes estejam interessados num trabalho sério e continuo;
a # não se deixem desencorajar por dificuldades ou peia aparente insignificância
dos primeiros resultados;
^ não se deixem fanatizar ou fascinar por pseudo-guias (EV - cap. XXI, i. 6 a 10);
nem usem a mediunidade para projeção pessoal, veneração ou deferência especial.
A cada bom grupo de seres encarnados dispostos à tarefa, corresponderá
uma equipe equivalente (geralmente, de nível superior) de Espíritos.

SELECÃO DAS PESSOAS PARA COMPOR O GRUPO


COORDENADOR, CONDUTOR, DIRIGENTE, ESCLARECEDOR
Deverá possuir em maior ou menor grau:
• liderança, sem ser ditador, natural e espontânea;
^ certa dose de autoridade (firmeza);
^ senso para disciplina e harmonização do grupo;
^ abnegação e serenidade;
• persistência e tenacidade;
^ capacidade para coordenar esforços, liderando o grupo com diplomacia.
COMPONENTES DO GRUPO MEDIÚNICO
Na seleção das pessoas para o Grupo, não deverão influir as simpatias ou prefe-
rências pessoais, levando-se em conta preferencialmente os seguintes atributos:
O identidade de sentimentos, ideias e objetívos;
Õ tipo de mediunidade (somente para casos específicos);
O franqueza (sem rudeza), evitando a hipocrisia;
O ideal de bem servir e aspirações de crescimento espiritual;
O assiduidade, pontualidade e interesse em aprender;
O conhecimento da Doutrina e prática mediúnica, esta quando fôr o caso;
Õ senso de compreensão e entrosamento com os demais.
É melhor recusar, logo de principio, um participante em perspectiva sobre o
qual tenhamos alguma dúvida mais séria, do que sermos constrangidos, depois, a

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