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poema:
D. Sebastião teve uma grande importância para a pátria, imortalizando-se por ter
lutado pelas suas ambições e por ter tomado a decisão de avançar para a
conquista de África. Começa por afirmar que a loucura era necessária para a
sua grandeza, mas que eventualmente isso o levou à morte. ---- Assim, ficou o
"ser que houve" que foi o seu corpo, mas existe algo que o transcende, ou seja,
a sua dimensão mítica e o ideal que ele representa continuam a viver ---- aqui é
revelado o caráter messiânico do poema e da obra em si, onde D. Sebastião é
visto como um símbolo de esperança e de uma força anímica que perdura na
memória coletiva, mesmo após a sua morte física. ---- Logo após isto, o sujeito
poético apela aos destinatários que "tomem" a sua loucura, que persigam com o
sonho de devolver a glória à pátria e com o espírito ---- um espiríto que vive em
todos nós, demonstrando que nunca foi preciso um salvador, um messias. ----
Segue para dizer que a loucura é o traço característico do homem, aquilo que o
distingue da "besta sadia", ou seja, de alguém sem ambição e que se contenta
com pouco. ---- Esta loucura deveria ser usada como força motora de ação para
reconstruir o país, mas abandonando o conceito tradicional de pátria e
avançando para uma noção linguística e cultural de nação (aquela necessária
para a construção do V Império).