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Scaphyglottis 

é um gênero botânico pertencente à família das orquídeas (Orchidaceae).
Este gênero, que compreende pouco menos de setenta espécies, é o resultado da fusão
de diversos gêneros descritos em épocas diversas. Caracterizam-se pelo hábito de
seus pseudobulbos crescerem acrescentando novos pseudobulbos sobre o ápice dos
antigos, e eventualmente também em sua base, e pelas flores cuja coluna apresenta
prolongamento podiforme, ou seja, em formato de pé. Muitas das espécies são
extremamente parecidas e difíceis de distinguir, sendo algumas poucas claramente
distintas. Somente algumas possuem cores vistosas.
No Brasil existem espécies de todos os diferentes gêneros que hoje são considerados
sinônimos de Scaphyglottis, exceto um (Platyglottis). São 15
as espécies de Scaphyglottis registradas para o Brasil.

Distribuição

O ambiente do Parque Internacional la Amistad, perto de Boquete, Panamá é um exemplo


do habitat preferido por algumas espécies de Scaphyglottis.

Este gênero compreende pouco menos de setenta espécies [1] distribuídas por ampla área
que vai do sul do México até o sul da Bolívia e por todo o Brasil excetuada a região sul,
desde o nível do mar até grandes altitudes nos Andes. Existem ainda em diversas ilhas
do Caribe, sendo ali, usualmente, espécies endêmicas. Considera-se o sul da América
Central, onde a maioria das espécies ocorre, o seu centro de dispersão.[2]
São plantas epífitas, ocasionalmente rupícolas, que costumam formar grandes conjuntos
desorganizados, mais ou menos ascendentes ou também pendurados dos ramos das
árvores. Habitam tanto as florestas quentes e úmidas de baixa altitude do litoral e
da Amazônia e, com menos frequência, florestas secas dos planaltos. Poucas espécies
são ocasionalmente encontradas em florestas de altitude cheias de neblina
matinal nos Andes e Costa Rica, geralmente em locais mais abertos e iluminados ou no
alto das árvores.[3]

Descrição

Scaphyglottis modesta
Aqui se vêem os pseudobulbos destas plantas, que nascem uns sobre os outros, e inflorescências
brotando de bulbos de anos anteriores, costumes raros entre as orquídeas.

Scaphyglottis brasiliensis
O hábito pendente e as folhas quase cilíndricas dessa espécie fizeram com que fosse proposto o
gênero Reichenbachanthus para ela.

O tamanho das plantas varia bastante. Existem espécies muito delicadas ou bastante
robustas, que pouco passam de alguns centímetros ou capazes de chegar a quase um
metro de altura. Entretanto, todas apresentam pseudobulbos alongados e estreitos,
protegidos na base por inúmeras Baínhas efêmeras, que permanecem por algum tempo
depois de secas, sobrepostos em cadeias, nascendo uns dos ápices dos outros,
ocasionalmente de suas bases, comportando até três folhas apicais.[3] As folhas costumam
ser pouco carnosas, estreitas e longas, algumas espécies apresentam folhas bastante
carnosas e de secção quase perfeitamente redonda.[carece  de fontes]
A inflorescência brota das extremidades dos pseudobulbos e, diferente da maioria das
orquídeas que geralmente que só florescem uma vez por pseudobulbo,
em Scaphyglottis brota novamente por diversos anos seguidos nos pseudobulbos mais
antigos. Por outro lado, como os novos pseudobulbos também brotam do mesmo local nas
extremidades dos antigos, formando uma série de pseudobulbos encadeados uns sobre os
outros, acabando por assumir a aparência de um único caule, a impressão que se tem ao
observar as flores é a de que estejam ao longo dos nós desse caule, e não nos topos dos
pseudobulbos individuais. As inflorescências podem ser racemosas ou paniculadas, com
uma, poucas ou muitas flores aglomeradas ou espaçadas, simultâneas ou em sucessão,
de cores discretas, raramente vistosas.[carece  de fontes]

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