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CAMPINA GRANDE
2023
GRUPO EDUCACIONAL FAVENI
CAMPINA GRANDE
2023
A REPRESENTAÇÃO DO PERSONAGEM NEGRO NA OBRA A ESCRAVA
ISAURA: UMA VISÃO DISTANCIADA A PARTIR DE ESTEREÓTIPOS
FUNDAMENTADOS NO PRECONCEITO RACIAL
Declaro que sou autor(a)¹ deste Trabalho de Conclusão de Curso. Declaro também
que o mesmo foi por mim elaborado e integralmente redigido, não tendo sido
copiado ou extraído, seja parcial ou integralmente, de forma ilícita de nenhuma fonte
além daquelas públicas consultadas e corretamente referenciadas ao longo do
trabalho ou daqueles cujos dados resultaram de investigações empíricas por mim
realizadas para fins de produção deste trabalho.
Assim, declaro, demonstrando minha plena consciência dos seus efeitos civis,
penais e administrativos, e assumindo total responsabilidade caso se configure o
crime de plágio ou violação aos direitos autorais. (Consulte a 3ª Cláusula, § 4º, do
Contrato de Prestação de Serviços).
RESUMO: Durante o século XIX surge no Brasil uma forte discussão sobre a escravidão e o futuro do
País. Políticos, escritores e artistas por diferentes motivos se envolveram no movimento que lutava
pelo fim da escravidão. Neste período Bernardo Guimarães conhecido como “romancista da
escravidão” se apropria da imagem do negro para defender suas ideias, porém, ao colocar o
afrodescendente como protagonista o escritor cria uma série de personagens estereotipados. Neste
sentido, este estudo tem como objetivo investigar como o negro é representado no romance A
escrava Isaura (1875). Nossa pesquisa é bibliográfica, de cunho teórico-interpretativo. Para isso, nos
detemos a vários estudos sobre o período escravocrata no Brasil e sua relação com a Literatura,
assim, utilizamos os pressupostos teóricos de Paz (2007), Candido (2000-2006), Proença Filho
(2004), Andrews (1998), Fernandes (2004), Viotti da Costa (1999).
ABSTRACT: During the 19th century, a strong discussion about slavery and the future of the country
anaised in Brazil. Politicians, writers and artists for different reasons were involved in the movement
that fought for the end of slavery. In this period Bernardo Guimarães known as "novelist of slavery"
appropriates the image of the black to defend his ideas, however, by placing the Afrodescendant as
the protagonist the writer creates a series of stereotyped characters. In this sense, this study aims to
investigate how the black is represented in the novel The Slave Isaura (1875). Our research is
bibliographic, theoretical-interpretative in nature. For this, we study several studies on the slave period
in Brazil and its relationship with literature, thus, we used the theoretical assumptions of Peace (2007),
Candido (2000-2006), Proença Filho (2004), Andrews (1998), Fernandes (2004), Viotti da Costa
(1999).
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railmaf95@gmail.com
1. INTRODUÇÃO
Porém, a cativa por ser branca tem a sensualidade descrita de forma sutil e se sobressaem
sua pureza e delicadeza, diferente de rosa, escrava do mesmo dono de Isaura, que é descrita como:
Eram de vinte a trinta negras, crioulas e mulatas, com suas tenras crias ao
colo ou pelo chão a brincarem em redor delas. Umas conversavam, outras
cantarolavam para encurtarem as longas horas de seu fastidioso trabalho.
Viam-se ali caras de todas as idades, cores e feitios, desde a velha africana,
trombuda e macilenta, até à roliça e luzidia crioula, desde a negra brunida
como azeviche até à m mulata quase branca (GUIMARÃES, 2012, p. 38).
Aqui, também, fica clara a incerteza que sociedade da época tinha com
relação ao que ia acontecer com escravos após a liberdade, ao observarmos a
concepção que se tinha de que o negro tinha predestinação a criminalidade o que
reforçava ainda mais a ideia de que o negro mesmo após a alforria precisava do
branco para sobreviver.
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS
6. REFERÊNCIAS
ANDREWS, G. Negros e brancos em São Paulo: 1888-1988. São Paulo: Edusp, 1998.
CANDIDO, Antonio. Formação da literatura brasileira: momentos decisivos. 6a. ed. Belo
Horizonte: Editora Itatiaia, 2000.
GUIMARÃES, Bernardo. A Escrava Isaura. 5ª ed. São Paulo: Martin Claret, 2012.
PROENÇA FILHO, Domício. A trajetória do negro na literatura brasileira. In: Estudos
avançados. São Paulo, v. 18, n. 50, p. 161-163 apr. 2004.