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REVISÃO

UERJ
Linguagens, Códigos e
suas tecnologias
APRESENTAÇÃO
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Caro(a) Aluno(a),

Você está recebendo em mãos um material que possui a intenção de reforçar os seus estudos para a prova da UERJ. A nossa
REVISÃO UERJ é um material que reflete a prova, composto por um encarte com questões. Nossa intenção é potencializar
o seu manejo do tempo de prova e as suas habilidades de resolução. O encarte, dividido de acordo com suas frentes de
aprendizado, traz questões selecionadas, com os principais temas que a UERJ costuma abordar em cada área.

Desse modo, esperamos que seus estudos, nessa reta final, sejam direcionados para o melhor aproveitamento possível, ou
seja, para a sua aprovação!

Esperamos que aproveite bem o material.

Bons Estudos!

Equipe HPLUS.
Linguagens, Códigos e suas Tecnologias

TEXTO PARA AS QUESTÕES 01 E 02 Céu admira


Célula examina
O amor, quando se revela Detalhe nota
Imagem fita
Fernando Pessoa
Olho olha
O amor, quando se revela,
Não se sabe revelar. 3. O sentido poético é construído pela estrutura linguística subs-
Sabe bem olhar p’ra ela, tantivo-verbo. Com o objetivo de enfatizar a temática, o poeta
Mas não lhe sabe falar. dispõe também, na construção da ideia, de

Quem quer dizer o que sente a) pares opositivos;


Não sabe o que há de dizer. b) relações homônimas;
Fala: parece que mente... c) estruturas verbais;
Cala: parece esquecer... d) relações sinonímicas.

Ah, mas se ela adivinhasse, Texto para as próximas 03 questões:


Se pudesse ouvir o olhar,
E se um olhar lhe bastasse (...)
P’ra saber que a estão a amar!
Normalmente, é possível dizer que grupos de pessoas que culti-
Mas quem sente muito, cala; vam as mesmas crenças e valores, e com isso, acabam não rece-
Quem quer dizer quanto sente bendo muitas informações que diferem de suas opiniões, fazem
Fica sem alma nem fala, parte de uma bolha social.
Fica só, inteiramente! Estas bolhas sociais também são transferidas para as redes so-
ciais, formando bolhas digitais. Isto é, por exemplo, as pessoas
Mas se isto puder contar-lhe que eu sigo ou sou amiga em determinada rede social, apenas
O que não lhe ouso contar, compartilham assuntos que me interessam e que vão de acordo
Já não terei que falar-lhe com os meus valores.
Porque lhe estou a falar... (...)
Por exemplo, um governador realizou uma coletiva de imprensa
1. A fim de construir uma ideia, o poeta utiliza recursos linguísticos e em seguida saiu uma Fake News sobre algo que realmente foi
no poema que ratificam seu pensamento. Nesse sentido, com discutido neste evento. Muitas pessoas da população não conse-
o objetivo de marcar a mudança da certeza para a incerteza, é guiram assistir a coletiva, mas sabiam que ela aconteceria e por-
possível perceber o uso tanto, acabam acreditando na matéria e em suas informações.
Isto é, as Fake News normalmente escolhem um lado da história
a) das rimas continuadas; para defender, não prezam pela imparcialidade e deixam isso de
b) do modo verbal; forma clara no conteúdo divulgado.
c) do diálogo com a pessoa amada; A manchete, ou seja, o título, de uma Fake News chama a aten-
d) da sinestesia. ção e como muitas pessoas consomem apenas os títulos das
notícias no ambiente digital, aquele conteúdo é muito fácil de
2. Quanto ao uso do pronome “quem” no poema, pode-se associá-lo ser compartilhado e, com isso, propagam desinformação de for-
ma rápida.
a) à generalização das ações; (...)
b) à abstração do sentimento; https://www.politize.com.br/por-que-caimos-em-fake-news-2 (trecho)
c) à particularização do sujeito;
d) à descrição da vivência.
4. De acordo com o texto, a relação entre bolha social e bolha digi-
tal é de:
TEXTO PARA A QUESTÃO 03
a) Transição
Imagem b) Excludência
Arnaldo Antunes c) Condição
d) Concomitância
Palavra lê
Paisagem contempla
Cinema assiste 5. Analisando os trechos do texto, infere-se que seu aparente intui-
Cena vê to é:
Cor enxerga
Corpo observa a) Vincular bolhas sociais e digitais ao consumo de fake news
Luz vislumbra b) Relacionar bolhas sociais e digitais à circularidade das fake
Vulto avista news
Alvo mira
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c) Destacar o consumo de fake news entre bolhas sociais e E não dizia mais nada. Ficava no canto da maloca, trepado
digitais no jirau de paxiúba, espiando o trabalho dos outros e principal-
d) Responsabilizar bolhas sociais e digitais pela circularidade mente os dois manos que tinha, Maanape já velhinho e Jiguê
das fake news na força do homem. O divertimento dele era decepar cabeça de
saúva. Vivia deitado mas si punha os olhos em dinheiro, Macu-
6. Apesar de utilizar predominantemente a função referencial, a naíma dandava pra ganhar vintém. E também espertava quando
autora por vezes se permite sair desse padrão. Observa-se como a família ia tomar banho no rio, todos juntos e nus. Passava o
elemento de intencional recurso: tempo do banho dando mergulho, e as mulheres soltavam gritos
gozados por causa dos guaiamuns diz-que habitando a água-
a) Exemplificação mais específica sobre a produção das fake -doce por lá. No mocambo si alguma cunhatã se aproximava
news dele pra fazer festinha, Macunaíma punha a mão nas graças
b) Foco no contexto jornalístico dela, cunhatã se afastava. Nos machos guspia na cara. Porém
c) Desvios gramaticais respeitava os velhos, e frequentava com aplicação a murua a
d) Exemplificação em primeira pessoa poracê o torê o bacororô a cucuicogue, todas essas danças reli-
giosas da tribo.
7. “Nas dunas de Mangue Seco, Tieta, pastora de cabras, conheceu Macunaíma(trecho), Mário de Andrade.
o gosto do homem, mistura de mar e suor, de areia e vento.
Quando o mascate a arrombou, igual à cabrita horas atrás, ela
berrou. De dor e de contentamento”. 8. No trecho acima, a partir de ideias pré-concebidas, o herói nacio-
nal é caracterizado, desde o início, como:
Nascida e criada em Sant’ana do Agreste (Bahia), Antonieta Es-
teves Cantarelli nunca foi uma santa. Na infância, assistia as a) Possuidor de dolência e desprovido de estética
cabras e outros animais em cenas de sexo e se sentia excitada. b) Subversivo à normas gramaticais e miscigenado
Já na adolescência, nos intervalos de seu trabalho de pastorear c) Propenso à miscigenação e flexível a normas gramaticais
cabras em Mangue Seco (lugarejo vizinho), era amante de todos de comunicação
os tipos de homens. d) Inclinado ao sadismo e à sexualização
O romance Tieta do Agreste, do autor modernista, Jorge Amado,
foi publicado em 1977 e transposto para a televisão no formato 9. O uso de uma linguagem fora dos padrões da norma gramatical
de telenovela em 1989, pela Rede Globo. Já é reconhecida a desse texto possui um efeito de:
parceria entre a literatura e a televisão, esse meio de comunica-
ção triunfante a partir da segunda metade do século XX. A tele- a) Identificação com o público alvo
visão deve muito à literatura pelo que ela tem fornecido em ma- b) Questionamento das normas vigentes à época
téria de enredos e recursos para as histórias que exibe. Contudo, c) Aproximação com ambiente da narrativa
a literatura também deve muito a ela, por aproximar um grande d) Posicionamento frente à(s) escola(s) literária(s) anterior(es)
público desses enredos, estimulando, desse modo, a interação
com diversas obras literárias por meio da linguagem televisiva. 10. O autor destaca outras características do povo brasileiro por
meio do herói ao longo do trecho, a qual não pode ser:
A partir da breve leitura do texto, entende-se que:
a) Religiosidade
a) A televisão e sua propagação ajudam na popularização de b) Ambição
uma obra literária. c) Oportunismo
b) A leitura de uma obra literária também é possível no popu- d) Resiliência
lar televisivo.
c) Jorge Amado (autor da obra) conseguiu escrever uma obra 11. No contexto do trecho, o verbo sarapantar pode significar:
que permeia em dois formatos.
d) São formatos diferentes e precisam de um conhecimento a) Provocar revolta
prévio para entendê-los. b) Confirmar personalidade
c) Levar surpresa
Texto para as próximas 04 questões: d) Estimular frustração

No fundo do mato-virgem nasceu Macunaíma, herói de


12.
nossa gente. Era preto retinto e filho do medo da noite. Hou-
ve um momento em que o silêncio foi tão grande escutando o “NIKETCHE UMA HISTÓRIA DE POLIGAMIA”
murmurejo do Uraricoera, que a índia tapanhumas pariu uma “A prosperidade mede-se pelo número de propriedades. A
criança feia. Essa criança é que chamaram de Macunaíma. Já na virilidade pelo número de mulheres e filhos. Um grande patriar-
meninice fez coisas de sarapantar. De primeiro passou mais de ca deve ter várias cabeças sob o seu comando. Quando se tem
seis anos não falando. Si o incitavam a falar exclamava: poder é preciso ter onde exercê-lo, não é assim? Abraão, Isaac,
— Ai! Que preguiça!... Jacob, foram polígamos, não foram? Os nossos reis antigos tam-
bém o foram e ainda são. Que mal é que há? Na bíblia, só Adão
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não foi polígamo. Em nossa casa as damas produziam filhos e 15. A reescritura do verso que não altera o sentido verso reside na
davam ao reino a imagem de prosperidade. Se o rei tivesse di- alternativa:
ficuldades, recorria-se aos assistentes conjugais e reprodutores,
recrutados entre os homens belos, robustos, inteligentes, do a) O Cristo ascendeu do morro, de cujo cume somos nós
reino. Um rei tem que mostrar a imagem de virilidade, homem b) Rodeando helicópteros, os quais perseguiam infratores
sobre todos os homens. ” c) Empregando, uma vez mais, sua atribuição heróica
d) Transformando-se, em Oxalá, talvez, não vem ao caso
Com a finalidade de defender sua tese acerca da poligamia, Tia
Maria, em diálogo com Rami, utiliza

a) enumeração;
b) argumentação lógica;
Gabarito
c) alusão histórica;
d) argumento de autoridade.
1. B 2. A 3. D 4. A 5. B
13. 6. D 7. A 8. A 9. C 10. D
“Eu não me arrependo de você 11. C 12. D 13. A 14. C 15. C
Cê não me devia maldizer assim
Vi você crescer
Fiz você crescer
Vi cê me fazer crescer também
Prá além de mim...

Não, nada irá neste mundo


Apagar o desenho que temos aqui
Nem o maior dos seus erros
Meus erros, remorsos
O farão sumir […]”
Caetano Veloso, Não Me Arrependo, 2006. Álbum: CÊ.
Nos versos da canção de Caetano Veloso, o eu lírico declara de
forma metafórica o que ele sente após o término de seu relacio-
namento.
Quanto aos versos acima, pode-se entender que:

a) O eu lírico, embora aceite o acontecido, não deixa de consi-


derar a importância de sua ama.
b) O eu lírico não aceita o término, como consta nos versos
das linhas 7 e 8.
c) Caetano quis apresentar formas de términos subjetivas.
d) Os erros, a qual o eu lírico se refere, foram todos cometidos
por outra pessoa.

14.

O Cristo partiu do alto do morro que nós somos


Rodeado de helicópteros que caçavam marginais
A mostrar, mais uma vez, o seu lado herói
Se transformando em Oxalá, vice-versa, tanto faz
A rodar, todo de branco, na mais linda procissão
Abençoando a fuga numa nova direção.
O Rappa, Cristo e Oxalá (trecho)
Apesar de a canção não ser de teor publicitário, existe nela um
recurso comum a tal texto, o qual seria:

a) Anúncio ou venda de produto.


b) Exaltação ou exploração de função.
d) Adição ou inserção de interlocutor.
c) Prova ou ratificação de garantia.

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