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ATIVIDADES
1. Leia os textos.
– Eu acho que nós, bois, – Dançador diz, com baba – assim como os cachorros, as pedras, as árvores, somos
pessoas soltas, com beiradas, começo e fim. O homem, não: o homem pode se ajuntar com as coisas, se
encostar nelas, crescer, mudar de forma e de jeito… O homem tem partes mágicas… São as mãos… Eu sei…
João Guimarães Rosa, “Conversa de bois”. Sagarana.
Um boi vê os homens
Tão delicados (mais que um arbusto) e correm
e correm de um para o outro lado, sempre esquecidos
de alguma coisa. Certamente falta-lhes
não sei que atributo essencial, posto se apresentem nobres
e graves, por vezes. Ah, espantosamente graves,
até sinistros. Coitados, dir-se-ia não escutam
nem o canto do ar nem os segredos do feno,
como também parecem não enxergar o que é visível
e comum a cada um de nós, no espaço. E ficam tristes
e no rasto da tristeza chegam à crueldade.
(...)
Carlos Drummond de Andrade, “Um boi vê os homens”. Claro enigma.
a) Em ambos os textos, o assombro de quem vê decorre das avaliações contrastantes sobre quem é visto.
Justifique essa afirmação com base em cada um dos textos.
b) O conto de Rosa e o poema de Drummond valem-se de uma mesma figura de linguagem. Explicite essa figura
e justifique sua resposta.
c) Pense na inversão de papéis. Como seria a visão dos homens em relação a um boi?
a) Tema:
b) Conteúdo:
c) Público-alvo:
d) Finalidade:
e) Conhecimento de Mundo:
f) Conclusão:
3. Leia o texto.
Na mídia em geral, nos discursos políticos, em mensagens publicitárias, na fala de diferentes atores sociais,
enfim, nos diversos contextos em que a comunicação se faz presente, deparamo-nos repetidas vezes com a
palavra cidadania. Esse largo uso, porém, não torna seu significado evidente. Ao contrário, o fato de admitir vários
empregos deprecia seu valor conceitual, isto é, sua capacidade de nos fazer compreender certa ordem de
eventos. Assim, pode-se dizer que, contemporaneamente, a palavra cidadania atende bastante bem a um dos
usos possíveis da linguagem, a comunicação, mas caminha em sentido inverso quando se trata da cognição, do
uso cognitivo da linguagem. Por que, então, a palavra cidadania é constantemente evocada, se o seu significado é
tão pouco esclarecido?
Maria Alice Rezende de Carvalho, Cidadania e direitos.
a) Segundo o texto, em que consistem o uso comunicativo e o “uso cognitivo” da linguagem? Explique
resumidamente.
c) Responda, sucintamente, à pergunta que encerra o texto: “Por que, então, a palavra cidadania é
constantemente evocada, se o seu significado é tão pouco esclarecido?”
Reconheça-se: a maior contribuição de Colombo não foi ter colocado um ovo em pé ou ter aportado por aqui
depois de singrar mares nunca dantes navegados. Colombo precisa ser lembrado como a pessoa que permitiu a
nós, falantes do inglês, do francês ou do português, que tivéssemos contato com uma língua que, do México até o
extremo sul da América, é capaz de nos ensinar a dizer "nosotros" em vez de apenas "we", "nous", "nós",
afastando a arrogante postura do "nós" de um lado e do "vocês" do outro. Pode parecer pouco, mas "nós' é quase
barreira que separa, enquanto "nosotros" exige perceber uma visão de alteridade, isto é, ver o outro como um
outro, e não como um estranho. Afinal, quem são os outros de nós mesmos? O mesmo que somos para os outros,
ou seja, outros!
(Mario Sergio CortelIa, Folha de S.Paulo, 9 de outubro de 2003).
O texto acima nos faz pensar na distinção entre um 'nós' inclusivo e um 'nós' excludente.
a) Segundo o excerto, 'nosotros' apresenta um sentido inclusivo. Justifique pela morfologia dessa palavra.
c) Caso a frase fosse “Os brasileiros falamos português”, haveria uma figura de linguagem relacionada à
concordância. Qual seria? Explique-a, em relação à frase referenciada.
d) Pode-se afirmar que, ao final do texto, o autor fala sobre ‘empatia’? Justifique sua resposta.
5. (Fundação do Vestibular) Qual é a relação de sentido existente entre a imagem de uma folha de árvore e as
expressões “mapeamento logístico” e “caminho”, empregadas no texto que compõe o anúncio publicitário?
Bom estudo! Fique bem! Fique em casa! Cuide-se! Fique com Deus!
Um abraço! Valéria