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Colégio Pentágono

Trabalho de Física
Fibra Óptica

23/09/16

Antônio César – nº 1
Gabriel Guimarães – nº 8
Thiago Otaviano – nº 28

Santo André, 2016

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Sumário
O quê é?......................................................................................................................................................3
Geometria da fibra óptica............................................................................................................................3
Como e onde surgiu?...................................................................................................................................4
Dados técnicos............................................................................................................................................7
Transformando dados em luz..................................................................................................................7
Cabos de fibra ótica.................................................................................................................................7
Proteção plástica.....................................................................................................................................8
Fibra de fortalecimento...........................................................................................................................8
Revestimento interno..............................................................................................................................8
Camada de refração................................................................................................................................8
Núcleo.....................................................................................................................................................8
Multimodo e monomodo........................................................................................................................9
Monomodo..............................................................................................................................................9
Multimodo...............................................................................................................................................9
Bibliografia................................................................................................................................................10

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O quê é?
Fibra ótica é um filamento flexível e transparente fabricado a partir
de vidro ou plástico extrudido e que é utilizado como condutor de elevado rendimento
de luz, imagens ou impulsos codificados. Têm diâmetro de alguns micrómetros,
ligeiramente superior ao de um cabelo humano. Por ser um material que não sofre
interferências eletromagnéticas, a fibra ótica possui uma grande importância em
sistemas de comunicação de dados.
Inicialmente, as fibras óticas, utilizadas como guias de transmissão de sinais óticos,
operavam entre distâncias limitadas, pois apresentavam grande perda de luz na
transmissão e alto calor que os lasers produziam. Contudo, em meados dos anos 70,
ocorreu um aprimoramento significativo das técnicas ópticas utilizadas e, devido a isso,
tornou-se possível a monitoração de grandezas e a troca de informações a longas
distâncias. Já no Brasil, a fibra óptica foi introduzida apenas em 1977, após grandes
pesquisas, realizadas na sua maioria pela UNICAMP.
Há dois tipos de denominação recorrentes às fibras óticas, os quais possuem
características e finalidades próprias. Um deles é a fibra óptica monomodo. Esta
apresenta um caminho possível de propagação e é a mais utilizada em transmissão a
longas distâncias (devido a baixas perdas de informação). Já a fibra multimodo, permite
a propagação da luz em diversos modos e é a mais utilizada em redes locais (LAN),
devido ao seu custo moderado. 

Geometria da fibra óptica


As fibras óticas consistem, geralmente, de um núcleo central cilíndrico e transparente
de vidro puro, o qual é envolvido por uma camada de material com menor índice de
refração (fator que viabiliza a reflexão total). Ou seja, a fibra óptica é composta por um
material com maior índice de refração (núcleo) envolto por um material com menor
índice de refração (casca). Ao redor da casca ainda há uma capa feita de material
plástico necessária para proteger o interior contra danos mecânicos.

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Como e onde surgiu?
Para isso, retornemos até 1870, muito antes de Turing inventar o que resultaria no
primeiro computador “moderno”, onde, até aquele ano, todos pensavam que a luz era
algo “indobrável”, retilínea e constante até a eternidade. No entanto, John Tyndall, um
físico britânico, provou o contrário em frente a uma plateia de observadores incrédulos
da Royal Society, a academia real de ciências daquele império. Naquele momento um
paradigma era quebrado, uma lei do universo se desmanchava perante os olhos
daqueles nobres cientistas, no mesmo salão onde já estiveram nomes como Robert
Boyle, Robert Hooke, Isaac Newton, Humphry Davy e tantos outros (a instituição fora
fundada em 1660).
Através de uma lanterna dentro de um recipiente opaco e com água, ele provou que a
luz podia sim, fazer curvas. O conhecimento, de tão avançado, à época, de nada
serviu, somente voltando a ser discutido, quase 100 anos depois, em 1952. Neste ano,
Narinder Singh Kapany, outro físico, este, indiano, começou a estudar sobre as
singularidades da reflexão total interna. O estudo fora desenvolvido em Londres
(mesmo local onde Tyndall tinha surpreendido os colegas décadas antes) e fazia parte
do seu doutorado em ótica.
Explicando melhor o que ele estudava e o que buscava descobrir: Reflexão total -
objeto de seu estudo - é como se chama um fenômeno ótico que ocorre na fronteira de
dois meios transparentes, que podem ser, por exemplo, ar e água. Imagine o seguinte:
um raio de luz vindo de um meio com alto índice de refração (a água) e que incide num
meio com baixo índice de refração (o ar). Se o ângulo dessa incidência de luz for maior
que um ângulo tido como limite, o raio se refletirá com o mesmo ângulo, do contrário,
passará para o outro meio.
As pesquisas do indiano eram conduzidas em prismas, cilindros de vidro transparente,
películas de vidro, etc. Resumindo: Ele buscava um material que tivesse o menor
índice de refração (neste caso, a película), para, assim, conseguir algo que funcionasse
como um espelho. O pulo do gato vem no momento em que quanto maior a diferença
entra os índices de refração, menor o ângulo limite, dessa forma, toda a luz que
entrasse seria refletida em todos os ângulos possíveis, e mais um detalhe: Para que
tudo desse certo ele precisava “aprisionar” a luz ali dentro.
Aprisionada, ela só sairia pela outra extremidade, mesmo que o tubo fosse curvo,
redondo, triangular, etc. A luz agiria sempre da mesma forma, realizando milhares de
reflexões sucessivas, sempre com o mesmo ângulo. Estava formulada a teoria que
resultaria na nossa internet ultrarrápida de hoje em dia. Faltava só encontrar um
material com as características refratárias do vidro e a maleabilidade de fios de cobre e
depois estreitar estes canos de luz à dimensão de um fio de cabelo. O primeiro foi fácil
de encontrar, já que as fibras de vidro eram nossas conhecidas desde o século XVIII e
vinham sendo usadas como isolante térmico desde então. O resto veio com algumas
adaptações na fabricação até chegar no estágio perfeito. Assim três anos depois do
início das pesquisas, em 1955, o físico Narander Kapany cunhou a expressão fibra
ótica e patenteou a invenção.

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Criador da fibra óptica

Como funciona?

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Dados técnicos

Transformando dados em luz

A fibra ótica não envia dados da mesma maneira que os cabos convencionais. Para
garantir mais velocidade, todo o sinal é transformado em luz, com o auxílio de
conversores integrados aos transmissores. Há dois modos de converter os dados: por
laser e por LED (respectivamente: fibras monomodo e multimodo. Ambas serão
explicadas mais adiante).

(Fonte da imagem: Wikimedia Commons / BigRiz)

Sem essa conversão, os dados enviados e recebidos não poderiam desfrutar das
mesmas larguras de banda. Nesse momento, surge a necessidade dos cabos de fibra
ótica, pois são eles que permitem a velocidade e a qualidade superiores às oferecidas
pelos tradicionais cabos de cobre. O motivo disso nós vamos explicar mais à frente
neste artigo.

Cabos de fibra ótica

Você imagina como é um cabo de fibra ótica por dentro? Ele não é construído apenas
com a fibra de vidro e o revestimento plástico, há várias camadas que fazem parte da
estrutura essencial dele. Vamos agora explicar um pouco mais sobre cada uma das
camadas que compõe a fibra ótica.

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Proteção plástica

Como todo cabo, a fibra ótica também precisa de proteção externa, para evitar que o
desgaste natural ou as situações anômalas do tempo representem interferências no
sistema. Geralmente, essa camada de proteção é composta por plásticos, tornando a
aparência dos cabos de fibra ótica muito similar à apresentada por cabos de rede, por
exemplo.

Fibra de fortalecimento

Logo abaixo da camada plástica, existe uma fibra de fortalecimento, bastante parecida
com a que existe em cabos coaxiais de transmissão de sinal de televisão. Você sabe
qual a função dela? Proteger a fibra de vidro de quebras que podem acontecer em
situações de torção do cabo ou impactos no transporte.

Se a camada de fortalecimento não existisse, qualquer movimento brusco que atingisse


os cabos de fibra ótica resultaria em quebra da fibra principal e, consequentemente, na
perda total do sinal transmitido.

Revestimento interno

Também chamado de “Coating”, o revestimento interno tem função similar à das fibras
de fortalecimento. É ele que isola todos os impactos externos e também evita que a luz
natural atinja as fibras de vidro internas, o que poderia resultar em interferências muito
fortes em qualquer que seja o sinal.

Camada de refração

Nas duas camadas mais internas, ocorre a parte mais importante do processo de
transmissão de luz. Cobrindo o filete de fibra de vidro, a camada de refração (ou
“Cadding”) é responsável pela propagação de todos os feixes, evitando que existam
perdas no decorrer dos trajetos. Em um sistema perfeito, essa camada garantiria 100%
de reaproveitamento dos sinais luminosos.

Núcleo

Também chamado de “Core”. Em suma, é onde realmente ocorre a transmissão dos


pulsos de luz. Construído em vidro, é por ele que a luz viaja em suas longas distâncias.
No próximo tópico mostraremos os dois tipos de fibras de vidro que podem ser
utilizados nos cabos.

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Multimodo e monomodo

Os dois nomes que abrem este tópico representam os dois principais modelos de fibras
óticas existentes atualmente. Eles são diferenciados em vários aspectos, desde o custo
de produção até as melhores possibilidades de aplicação. Qual deles será mais
recomendado para a construção de redes de internet?

Monomodo

Como o nome já diz, as fibras monomodo só podem atender a um sinal por vez. Ou
seja, uma única fonte de luz (na maior parte das vezes, laser) envia as informações por
enormes distâncias. As fibras monomodo apresentam menos dispersão, por isso pode
haver distâncias muito grandes entre retransmissores.

Teoricamente, até 80 quilômetros podem separar dois transmissores, mas na prática


eles são um pouco mais próximos. Outra vantagem das fibras desse tipo é a largura da
banda oferecida, que garante velocidades maiores na troca de informações.

Multimodo

Fibras multimodo garantem a emissão de vários sinais ao mesmo tempo (geralmente


utilizam LEDs para a emissão). Esse tipo de fibra é mais recomendado para
transmissões de curtas distâncias, pois garante apenas 300 metros de transmissões
sem perdas. Elas são mais recomendadas para redes domésticas porque são muito
mais baratas.

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Bibliografia

1. http://www.guanabara.info/2010/08/a-fabricacao-da-fibra-optica/
2. https://pt.wikipedia.org/wiki/Fibra_%C3%B3ptica
3. https://www.oficinadanet.com.br/post/14222-como-foi-inventada-a-fibra-otica
4. http://www.tecmundo.com.br/infografico/9862-como-funciona-a-fibra-otica-
infografico-.htm
5. http://www.tecmundo.com.br/web/1976-o-que-e-fibra-otica-.htm
6. https://www.oficinadanet.com.br/artigo/redes/o-que-e-fibra-otica-e-como-funciona

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