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Análise Crítica sobre o filme “Treinador Carter”

Discente: Mariana Fernandes

Curso Tesp de Desporto e Turismo de Natureza

Unidade Curricular: Sociologia do Lazer

2º Ano

Porto, 14 de Dezembro 2021


➢ Introdução

No âmbito da UC, Sociologia do Lazer, com o docente Jorge Paiva foi-


nos proposta a elaboração de uma análise crítica de um filme sobre o temas
abordados relacionados com a disciplina.
O filme escolhido por mim e aprovado pelo professor chama-se
“Treinador Carter”, um conteúdo baseado em factos reais onde retrata a
realidade da periferia norte americana em que o basquetebol é uma das
mais valia para os jovens em situações de vulnerabilidade, como: racismo,
país problemáticos, pobreza, a gravidez na adolescência, entre outros que
vou abordar ao longo do trabalho.
Ao longo deste trabalho, irei relacionar a síntese do filme com os
temas atuais da nossa sociedade, apesar do filme ser do ano 2005, ainda
assim, existem situações idênticas ou iguais a acontecerem em 2021, ano
atual.
➢ Síntese do filme “Treinador Carter”

Inicio esta sinopse, descrevendo um pouco a personagem Ken Carter,


um treinador disciplinado, autoritário, com fortes conceções morais e
bastante preocupado com o futuro dos seus atletas, assim sendo tomou a
responsabilidade de lidar com os problemas estruturais e sociais do colégio,
antigo estudante do mesmo, deixa especificado que o seu objetivo é mais do
que ser um mero treinador de basquetebol é, essencialmente, dar uma vida
digna para os jovens atletas afastando-os da criminalidade e da prisão, assim
sendo, proposto contratos aos atletas em que se comprometem obter
resultados escolares para as bolsas da universidade, comparecerem às aulas
na primeira fila e no dia de jogo apresentarem-se de fato e gravata, confirma-
se a autoridade e disciplina dando aos seus atletas o sentido de
responsabilidade.
O filme começa com o regresso do Treinador Carter ao Colégio
Richmond para assistir a um jogo de basquetebol quando se depara com
uma situação de balneário e o treinador atual desabafa dizendo que não
consegue trabalhar com os atletas por serem bastantes disciplinados e
agressivos, daí surgiu uma nova oportunidade para Carter e tudo começou.
A equipa estava desunida, revoltada e desmotivada encontravam-se
num fracasso total, e com o treinador Carter os treinos começaram por ser
mais agressivos e mais técnicos onde a disciplina dominava o treino, os
atletas tratavam-no como “Senhor” e dirigiam-se sempre na terceira pessoa
do plural, uma forma de impor respeito por parte de Carter.
Ao longo do filme, existe uma série de situações divergentes entre o
treinador e os atletas, em que Carter toma decisões drásticas, como por
exemplo: Um dos atletas para puder entrar na equipa teve de fazer milhares
de flexões e corridas num curto espaço de tempo, não conseguindo não
podia voltar à equipa, toda a equipa uniu-se e ajudaram o colega a completar
o castigo, o que mostrou, uma vez mais, respeito pelo treinador e uma
evolução por parte dos atletas onde um deles diz “ Eu faço as flexões por ele.
Disse que éramos uma equipa. Um luta, todos nós lutamos. Um jogador
triunfa, todos n´s triunfamos, certo?”, o que mostra que a mensagem do
treinador Carter esta a ser bem sucedida e a equipa encontra-se mais forte
do que nunca.
Posto isto, os resultados da equipa basquetebol começam a subir e
atingem um recorde de vitórias, os atletas estão mais confiantes e invencíveis.
Porém, o treinador Carter recebe uma notícia infeliz quando vê os relatórios
de cada estudante das respetivas disciplinas e de imediato fecha o ginásio a
cadeado, marca encontro com os atletas na biblioteca, cancela treinos e
jogos, fazendo uma revolução jamais vista surgindo uma grande polémica no
país, como diz Carter “ Esses alunos são alunos-atletas. “Alunos” vêm antes.”,
pois, para ele era fundamental atingir a meta imposta e só assim depois abriu
o ginásio e alcançaram resultados inscreveis com 6 alunos bolseiros
universitários.
Uma história verídica, onde mostra que a disciplina não aprisiona o
individuo, liberta-lo. Mostra que o rigor e disciplina é necessário para evoluir e
ir mais além. E graças a Carter nenhum deles tiveram um futuro arruinado,
numa prisão, consumo de droga ou até mesmo mortos como antigos colegas
de equipa de Carter.

➢ Analise Crítica
Neste filme, retiro alguns temas importantes que retrata a nossa
sociedade atual, como por exemplo: a gravidez na adolescência, acontece
com um atleta da equipa de Richmond, em que se depara com a
possibilidade de ser pai e de ter um futuro indesejável, é algo que ainda
acontece aos jovens entre os 17 a 20 anos nos dias de hoje e o filme mostrou
que existe uma “solução” e aborda o tema do aborto.
Outro caso, normalmente, acontece em bairros sociais confusões,
bulha, morte a tiro é muito frequente ainda nos dias de hoje. O filme mostra a
gravidade da situação e o motivo é quase sempre devido à droga ou até
mesmo devido ao racismo. Na minha opinião, já não devia existir este tipo de
situações devido a cor da pele ou culturas diferentes, somos todos seres
humanos, temos o dever e direito de sermos tratados de igual forma.
Como acontece no filme, muitas vezes o insucesso escolar provem
destas situações desagraveis, na cena de morte e de bulha com 4 alunos e
atletas de Carter, este treinador teve um papel fundamental na vida de cada
um deles, ensinou-os, apoio-os e ajudou-os a tomar melhores decisões para
um futuro melhor e a forma que Carter arranjou foi não dar importância ao
sistema de ensino onde obrigava os professores a ocuparem-se
essencialmente, a tarefas repetitivas e burocráticas, em vez de deixá-los
mais livres na altura difícil da juventude de um jovem atleta, desse modo,
adotou o método da disciplina com uma postura de líder, de confiança e
firmeza, nunca os tratou como vítimas ou duvidou da capacidade da equipa o
que os motivou e os fez acreditar.
No meu ponto de vista, por vezes, é necessário esta ajuda social pela
sociedade, ou seja, no caso do ensino ou até mesmo no desporto,
respetivamente professor ou treinador, são a mais valia para os jovens, são o
exemplo, são eles que nos ensinam a sermos homens e mulheres do futuro
próximo. Não existe exemplo melhor do que este filme, o desporto não é só
um jogo ou um treino é um ensinamento para a vida, é visto como um
compromisso, disciplina e ajuda-nos a saber lidar com as situações boas e
más da vida, que são as vitórias e as derrotas no desporto, aprendemos o
que é a verdadeiro significado de união, unirmos todos para atingir um
objetivo, todos por um só, o que poderá ser útil, mais tarde, no mercado de
trabalho.
O desporto é mais que correr, saltar, driblar é uma aprendizagem para
a vida, motora, física de qualquer faixa etária, por outro lado, é importante
para o nosso psicológico, pois liberta-nos, cito uma frase dita no filma “E
quando nos libertamos dos nossos medos, a nossa presença
automaticamente libertará os medos dos outros.”
Contudo, termino esta análise crítica, concluindo que abordagem da
disciplina bem exercida será uma vantagem para a educação de um
estudante atleta e na nossa sociedade nem sempre encontramos os
melhores métodos de ensino, de trabalho ou até mesmo de técnico de
desporto, o que reflete bastante e progressivamente nos jovens da
sociedade.O rótulo de que os desportos são distrações de má influencia ou é
simplesmente algo físico têm de cair, o desporto proporciona emoções,
ensinamentos para a vida e ajudam a educar, mostra os valores certos.
➢ Conclusão
Em suma, através deste trabalho pude refletir aprofundadamente
sobre as mensagens transmitidas pelo o filme, pois, com toda a sinceridade
quando vi pelas primeiras vezes não tinha me apercebido de certos pontos.
Assim sendo, fiquei com uma perspetiva do filme um pouco diferente e mais
complexa, sei que daqui para a frente terei outra atenção para os próximos
filmes e saberei refletir melhor sobre os temas sociais e de lazer.
Bibliografia

- Referencia a sínteses como - https://parentcoachingbrasil.com.br/coach-


carter-aprendizados/

- Referencia a experiência e aprendizagens como atleta de basquetebol.

- Araújo, M.J. (2017). A importância do tempo livre para as crianças. Revista


Diversidades, n51, 22-27

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