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O líder retratado no filme é Ken Carter, ex-aluno e jogador de basquete da

escola Richmond, localizada em uma região marginalizada da cidade. Se


tornou dono de uma loja de esportivos sido convidado a ser o treinador do time
de basquete em que um dia jogou. O estilo de liderança de Carter era
coercitivo, um líder autoritário, pulso de ferro, com o famoso lema “Manda
quem pode, obedece quem tem juízo”. Nada mais coerente para colocar nos
trilhos a vida de “delinquentes” em um curto espaço de tempo, aumentando as
chances deles terem um futuro melhor e até de irem para a faculdade.
Podemos citar alguns aspectos desse estilo que Carter utilizou, como a
elaboração de um contrato, a obrigatoriedade de vestimenta formal para os
jogos, a intolerância a atrasos, a obrigatoriedade de um rendimento escolar
alto, o fechamento da quadra, o não comparecimento aos jogos até as notas
melhorarem aumentadas.
A gestão vertical foi o tipo de poder utilizado, onde o poder é centralizado no
treinador Carter, embora a estrutura seja enxuta de
imediato (treinador/jogadores), se faz presente, comandos, subordinação,
ordem, disciplina, regras, regulamentos e procedimentos.
E apesar de sua liderança ter sido coercitiva durante o ano que treinou os
jogadores, Carter apenas teve resistência durante um período do ano, pois
ganhou a confiança e respeito dos jogadores, que compreenderam o seu
objetivo e passaram a compartilhá-lo, passando de uma liderança com um
papel mais de coordenador para um mais próximo de mentor.
Para um grupo de jovens, baderneiros, sem responsabilidade e senioridade, a
liderança coercitiva é considera uma boa opção para colocar as coisas em seu
devido lugar. Ela é muito utiliza em períodos de crise e bem enquadra no
cenário da obra, já que os jogadores se encontravam no último ano da escola,
prestes a saírem para a vida a adulta. Através dela o treinador conseguiu
mudar a forma com que os meninos se portavam, a forma que enxergavam o
mundo e principalmente como se enxergavam, recuperando assim, as chances
dos jogadores terem uma vida melhor, como próprio nome da obra diz, foi um
treino para vida.
Essa liderança é indicada para um curto prazo, e foi exatamente isso que
aconteceu, antes do final do ano escolar, o treinador já havia consolidado o seu
senso de confiança e autenticidade entre os jogadores, que não sendo mais
obrigados a obedecerem a suas ordens após o julgamento judicial,
continuaram a seguir seu ideal, permanecendo estudando para melhorar suas
notas, antes que voltassem a quadra para jogar. O filme "Coach
Carter - Treino para a Vida" nos lembra que liderança, valores,
comprometimento, educação, empoderamento e responsabilidade são
elementos cruciais para o sucesso, tanto no esporte quanto nas organizações.
Não existe um modelo padrão, uma receita já pronta para a liderança eficaz,
onde podemos dizer que em tal circunstância, a liderança x, y ou z seria a mais
adequada. Na prática, o que vemos, é uma mescla dos três estilos de acordo
com a situação, com as pessoas e a tarefa a ser executada, após inúmeros
estudos na área.

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