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ETEBES
CENTRO DE EDUCAÇÃO TEOLÓGICA BATISTA DO ES
Enilton de Souza Araújo
Bacharel em Teologia - Seminário
Teológico Batista do Sul
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Wolmar Craus
Coordenador Geral
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INTRODUÇÃO
INTRODUÇÃO BÍBLICA
Fonte: Pexels - Tima Miroshnichenko
A Bíblia sagrada não se assemelha a nenhum outro livro no mundo inteiro. É o único livro que se
’’
apresenta como sendo a revelação escrita do único Deus verdadeiro, visando a salvação do homem, e
que demonstra sua autoridade divina por meio de muitas provas infalíveis.
“Não há dúvida: A Bíblia de fato traz para nós hoje a mensagem de Deus, e é tão
relevante para nós hoje como era relevante para os hebreus da antiguidade. Mas a forma
de ser entregue aquela mensagem era uma forma hebraica antiga, e em primeira
instância, a mensagem se dirigia a pessoas que enfrentavam as questões e
circunstâncias específicas de sua época.”.
A Bíblia é uma biblioteca de 66 livros escritos por 40 escritores num período de 1500 anos; não
obstante, nela se desenvolve um único tema, que une todas as partes, a redenção do homem.
1 O Antigo Testamento: a preparação do Redentor. Faz a pergunta: “Onde está o Cordeiro” dos
lábios de Isaque ao Pai Abraão – (Gênesis 22.7)
Para responder à pergunta: Por quê a Bíblia é importante? formulamos as seguintes respostas:
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1 A Bíblia é importante porque explica a origem do homem e o propósito de sua existência.
O homem foi criado por Deus para viver em serviço fiel e amoroso a Deus e ao seu
próximo e a passar a eternidade em companhia do seu criador.
2 A Bíblia é importante porque fornece orientação para a vida diária dos cristãos.
Os três problemas do homem são: a) Sua culpa e rejeição; b) incapacidade de viver com seu próximo
e c) suas frustrações na vida, causadas pelas derrotas.
Somente a Bíblia apresenta soluções aos dois grandes obstáculos do homem: 1. seus erros ou más
ações e, 2. a sempre presente possibilidade da morte que o destruirá.
A Bíblia não se caracteriza como livro de história, ciência, etc. É o livro da REDENÇÃO que esclarece
ao homem como se RECONCILIAR com Deus através de Jesus.
Citação de The Baptist Faith and Message – Declaração adotada pela Convenção
Batista do Sul dos Estados Unidos em sua assembléia anual em 1963.
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5 Jacó a seu neto Coate.
6 Coate a Anrão,
7 Anrão a Moisés.
Sete homens trouxeram a revelação desde a criação até que a Bíblia começou a ser escrita, por
determinação de Deus a Moisés (Êxodo 17.14).
Deus, deu a sua palavra. “porque a profecia não foi antigamente produzida por vontade de
homem algum, mas os homens santos de Deus falaram pelo Espírito Santo” (II Pedro 1.21).
DEFINIÇÃO DE TERMOS
O Significado da palavra Bíblia – A palavra “Bíblia” procede da palavra grega βιβλίον que significa
“Livros pequenos”. Os livros da Bíblia foram escritos originalmente em peças separadas. (Salmos
40:7) - Então disse eu: Eis aqui venho; no rolo do livro está escrito a meu respeito.
Os nomes da Bíblia – O nome bíblia foi usado pela primeira vez por Crisóstomo no século IV. Mas ela
é também conhecida com outros nomes:
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Fonte: https://www.ufmg.br/espacodoconhecimento/historia-sobre-papel/
As peles eram mergulhadas em solução de cal para remover os pelos, depois limpavam-nas com
faca, lavavam e punham para secar e depois poliam. Quando Ptolomeu Epifanes proibiu a exportação
de papiro, Heumenes II, rei de Pérgamo adotou o pergaminho para os livros da sua biblioteca.
A cidade de Pérgamo ficava situada na Mísia, região da Ásia. Em Pérgamo tinha uma igreja, que foi
mencionada no Apocalipse como tendo o trono de Satanás. Deveria ser um centro de grande idolatria.
FORMATOS DA BÍBLIA
ROLOS – De papiro ou pergaminho, com largura de 30 cm e
comprimento variável.
LIVRO – Impresso, só possível a partir de 1450 com a invenção da imprensa por Johann
Gutemberg – Alemanha. A Bíblia foi o primeiro livro a ser impresso.
NOTA IMPORTANTE
Ao serem escritos sobre o frágil papiro, e por causa do uso contínuo dos mesmos, os documentos
originais do Novo Testamento foram logo destruídos ou se extraviaram. Durante o transcurso de mais
de quatorze séculos, até a invenção da imprensa, chegaram a ser feitas milhares de cópias
manuscritas do Novo Testamento, das quais, aproximadamente 5.000 existem hoje, representando
não menos que 250.000 das chamadas "variantes textuais".
O Texto do Antigo Testamento, por outro lado, foi zelosamente resguardado pelas autoridades
judaicas e recompilado entre os anos 750 e 1000 d.C. em uma edição denominada Texto Massorético
(TM). Esta obra é o resultado do trabalho dos chamados "massoretas" ou comentaristas, que foram
eruditos judeus dedicados ao estudo e depuração das distintas cópias manuscritas do texto bíblico.
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Uma de suas escolas, a de Ben 'Asher, em Tiberíades, criou no final do século IX a.C. um sistema de
integração de vogais dentro do texto de consoantes, que acabou por impor-se e dominar sobre as
demais escolas, tanto de Tiberíades como da Babilônia. Por outro lado, existe hoje o recurso de consulta
aos manuscritos do Mar Morto que em quase sua totalidade, datando do século II a.C., contêm o Antigo
Testamento.
Os 39 livros do Antigo Testamento foram inspirados por Deus para serem escritos em língua
hebraica, salvo algumas pequenas porções em aramaico (Jeremias 10.11; Daniel 2.4-7.28 e Esdras
4.8-6; 8; 7.12-26). Os documentos originais saídos das mãos dos autores bíblicos, se perderam ou
foram destruídos em algum momento, de tal maneira que nenhum original chegou até nós. Todavia,
antes do seu desaparecimento, se fizeram cópias manuscritas e, com o passar dos séculos, o texto de
ditos manuscritos foi sendo transmitido mediante um processo de cópias cuidadosamente elaboradas.
Algumas cópias dos ditos manuscritos têm chegado até nós, seja em forma de códices ou de
fragmentos.
Mais ou menos no ano 1445 a.C. quando do Êxodo, Deus manda Moisés registrar em um livro os
acontecimentos. ÊX 17:14 - Então, disse o SENHOR a Moisés: Escreve isto para memória num livro e
repete-o a Josué; porque eu hei de riscar totalmente a memória de Amaleque de debaixo do céu.
No ano 90 d.C. na cidade de Jâmnia os 24 livros do antigo testamento (Bíblia Hebraica) que
correspondem aos 39 livros do antigo testamento da Bíblia em português foram canonizados.
No ano 331 d.C. Toda a Bíblia já havia sido reconhecida e os 27 livros do Novo Testamento incluídos e
canonizados.
Esta divisão foi feita em 1.250 d.C. por Hugo de Santo Caro, abade dominicano. Para se ler a
Bíblia toda em um ano, basta ler 3 capítulos de Segunda a Sexta-feira e no Sábado e Domingo 5
capítulos.
Esta divisão foi feita por Robert Stevens, um impressor de Paris em 1551.
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AS LÍNGUAS DA BÍBLIA
O Hebraico é a língua em que foi escrita a maior parte do
Antigo Testamento. Os pontos e traços embaixo e por cima das
letras hebraicas formam as suas vogais, que foram
acrescentadas à Bíblia hebraica pelos judeus, muitos séculos
depois do nascimento de Cristo. Desde que o hebraico deixou
de ser a língua comum falada pelos judeus, os sinais das vogais
tornaram-se necessários a fim de preservar os sons corretos
das palavras quando se fizesse a leitura da Bíblia Hebraica.
Escavações arqueológicas feitas por Petrie em Sarbut El Khadem, 1905 e dos professores Lake e
Blake de Harvard em Serabit el Khadem, 1927, revelam que o alfabeto teve origem na região do Sinai
em 1800 a C. daí passando para a Arábia do Sul e para a Fenícia, onde se tornara bem vulgarizado já em
1400 a C.
O hebraico se escreve, como o árabe e algumas outras línguas semitas, da direita para a esquerda.
O alfabeto consta apenas de consoantes em número de vinte e duas. Quando o hebraico entrou em
declínio como língua falada e os judeus perceberam o perigo de se perder a leitura exata dos sons
vocálicos, inventaram os pequenos sinais extratextuais, que aparecem hoje em cima e principalmente
embaixo das consoantes, para representar as vogais. Esses sinais chamam-se sinais massoréticos,
de MASSORAH , que quer dizer tradição , e os homens que os inventaram chamam-se
MASSORETAS. O texto hebraico que possuímos hoje é trabalho desses homens e chama-se texto
massorético.
O ALFABETO:
FORMA NOME REPRESENTAÇÃO SIGNIFICADO VALOR NUMÉRICO
Aleph , Boi 1
Beth Bh, B Casa 2
Gimel Gh, G Camelo 3
Dãleth Dh, D Porta 4
Hê H Janela 5
Vãv V Gancho 6
Zavin Z Podão 7
Hêth H Cerca 8
Têth T Cobra (?) 9
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FORMA NOME REPRESENTAÇÃO SIGNIFICADO VALOR NUMÉRICO
Yôdh Y, Mão 10
Kph Kh, K Palma 20
Lãmedh L Aguilhão 30
Mem M Água 40
Nun N Peixe 50
Sãmedh S Esteio 60
Avin ‘ Olho 70
Pê ou Phê Ph, P Boca 80
Cãndhê Ç Anzol (?) 90
Qôph Q Fundo da Agulha 100
Rêsh R Cabeça 200
Sîn Shîn S, Sh Dente 300
Tãu ou Tãv Th, T Cruz 400
GREGO – Com a expansão do Império Grego, cerca de 325 a C., promovida por Alexandre, o
Grande, a língua grega tornou-se dominante em muitas nações conquistadas. Cerca do ano 250 a C., o
Antigo Testamento começou a ser traduzido para o grego. Na Palestina, nos tempos de Jesus, o grego
era falado amplamente, e a tradução do Antigo Testamento para o grego (LXX – Septuaginta) era lida
freqüentemente.
Os estudiosos do novo testamento acreditam que grande parte do Novo Testamento tenha sido
escrito originalmente em letras “UNCIAIS”. No início do século 9 o manuscrito foi alterado para letras
menores, chamadas minúsculas
De acordo com a tradição, o alfabeto grego foi recebido dos fenícios, portanto, os alfabetos hebraico,
grego e o português estão baseados no fenício. A língua grega, entretanto, era totalmente diferente da
língua semítica dos fenícios.
A língua grega tornou-se mais apropriada para a mensagem do Novo Pacto, visto que a proclamação
da redenção humana deveria ser pregada a todas as nações. (Lucas 24.47)
O Grego do novo testamento é chamado de “koinê” comum, usado difusamente em todo o Império
Romano e não o clássico, empregado pelos filósofos da época e intelectuais.
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O ALFABETO GREGO:
REVELAÇÃO
As palavras galah do Antigo Testamento e apocalipse do Novo significam “revelação”. Elas se
referem a uma verdade, fato ou pessoa escondida, que possa ser conhecida. Significa também “tirar o
véu”, “descobrir”. Já Apocalipse, no sentido do próprio conteúdo do livro, significa “abrir a cortina”
para que o auditório possa ver a apresentação.
O ato da revelação de Deus significa a sua ação em puxar a cortina e mostrar o que está
escondido. Ele permite que a natureza de sua pessoa e sua vontade sejam reveladas ao homem.
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A NECESSIDADE DA REVELAÇÃO
A Deus É Espírito – Jesus disse à mulher samaritana (João 4.23,24) que os verdadeiros adoradores
adorariam o Pai em Espírito e em verdade, porque Deus é Espírito. Visto que Deus é espírito, torna-se
impossível ao homem vê-lo com seus olhos. (João 1.18 , 6.46)
B A Revelação é uma Iniciativa de Deus – O homem, sendo criatura, não pode descobrir a Deus na
natureza, porque Deus não se corporificou em sua criação (Panteísmo). O Criador está for a e além de
sua criação.
Como o homem chega ao Conhecimento? – Por duas maneiras: pelos cinco sentidos (visão,
olfato, tato, paladar e audição). Que o habilitam a conhecer a existência física ao seu redor. Possui
também uma mente, com a qual classifica, correlaciona e percebe o conhecimento que resulta das
experiências em seus sentidos. Emprega também sua mente num processo de raciocínio lógico
especulativo pelo qual se esforça para chegar a uma verdade. Porém, quer pelos sentidos ou pelo
raciocínio, o homem não atinge o conhecimento de Deus. Pois deus não é matéria. Deus não é igual a
criação.
Já que o homem é incapaz de descobri a Deus, o Senhor se revela, e essa é a única maneira do
homem o conhecer. Deus precisou se revelar “puxar a cortina” que o esconde do conhecimento
humano.
Depois que Deus revela sua natureza e vontade ao homem, este, então, deve corresponde-las e
expressá-las em seu próprio nível de experiência. Descrevendo a Deus como nosso Pai, já estamos
comunicando certas características da natureza de Deus. Um pai – faz a provisão necessária aos
membros da família, protege e ministra orientação. É símbolo de autoridade no lar.
Três pontos de vista emergem dos debates sobre o significado da revelação. Podem ser classificados
como:
A Liberal – Declara que a Bíblia contém a Palavra de Deus, bem como uma variada mistura de
palavras do homem. Diz também que nem tudo o que a Bíblia ensina é digno de ser chamado a
Revelação de Deus. Alguns teólogos liberais crêem que os escritores bíblicos eram inspirados somente
ao ponto em que, de tempos em tempos, sua percepção religiosa e seu gênio eram aprofundados e
afinados em descobrir “verdades divinas” para sua própria época.
B Neo-ortodoxo – Declara que a Bíblia se torna a Palavra de Deus. Críticos liberais do século IX
enfatizam que a Bíblia está cheia de erros e imperfeições. Karl Barth respondeu que a Bíblia torna-se a
Palavra de Deus quando Deus escolhe o canal imperfeito para confrontar o homem com Sua Palavra
Perfeita. É uma posição por demais subjetiva. Limita a revelação ao encontro existencial do indivíduo
com Deus. A Bíblia não é considerada como Palavra de Deus, mas se define como o meio pelo qual vem
a Palavra de Deus.
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C Conservador – Crê que a Bíblia é a Palavra de Deus. A Bíblia põe em forma concreta as verdades
divinas, tornadas conhecidas na história. A Bíblia foi escrita por homens inspirados que puseram a
revelação de Deus em forma concreta que pudesse ser preservada e comunicada. O Espírito Santo usa
as escrituras para confrontar o homem com as exigências de Deus. A Bíblia é o guia para se ter um
entendimento mais aprofundado de Deus, mediante um encontro com ele, efetuado por meio do Espírito
Santo.
INSPIRAÇÃO
Assoprar para dentro. É a atividade divina em que o Espírito Santo fala ao coração e guia os homens
para que comuniquem a revelação que, como resultado leva à produção das Escrituras. (2TM 3:16) -
Toda Escritura é divinamente inspirada e proveitosa para ensinar, para repreender, para corrigir,
para instruir em justiça;
A inspiração do Antigo Testamento – O Senhor instruiu a Moisés para que colocasse palavras na
boca de Arão, “… e eu serei com a tua boca… e vos ensinarei o que haveis de fazer. E ele falará por
ti ao povo; assim ele te será por boca, e tu lhe serás por Deus” (Ex. 4.15,16 –VIBB). Mais tarde,
disse Deus: “…Eis que te tenho posto como Deus a Faraó, e Arão, o teu irmão, será o teu profeta”
(Ex. 7.1). O conceito neste texto é que o profeta é aquele que fala palavras que Deus pôs em sua boca.
Amós afirmou: “…falou o Senhor Deus, quem não profetizará?” (Amós 3.8). Quando o profeta falava
sob o controle do E. Santo, ele declarava que a palavra era do Senhor: “…e disse-me o Senhor”
(Isaias 40.5). Deus disse a Jeremias: “…Eis que ponho as minhas palavras na tua boca” (Jeremias
1.9).
1 (2TM 3:16-17) - Toda Escritura é divinamente inspirada e proveitosa para ensinar, para repreender,
para corrigir, para instruir em justiça; para que o homem de Deus seja perfeito, e perfeitamente
preparado para toda boa obra.
2 (2PE 1:20-21) - Sabendo primeiramente isto: que nenhuma profecia da Escritura é de particular
interpretação. Porque a profecia nunca foi produzida por vontade dos homens, mas os homens da parte
de Deus falaram movidos pelo Espírito Santo.
3 (HB 1:1-2) - Havendo Deus antigamente falado muitas vezes, e de muitas maneiras, aos pais,
pelos profetas, nestes últimos dias a nós nos falou pelo Filho, a quem constituiu herdeiro de todas as
coisas, e por quem fez também o mundo;
Em 1 Cor. 2.11 e versos seguintes, Paulo escreve que nenhum homem conhece os pensamentos de
outro, senão o espírito daquele homem. Do mesmo modo, ninguém conhece os pensamentos de Deus,
senão o Espírito de Deus. O Espírito está capacitado a tornar conhecida a mente de Deus aos homens
espirituais.
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Os apóstolos e a Inspiração – O Antigo Testamento era a Bíblia dos apóstolos, bem como de Jesus.
Eles tiveram um elevado conceito da inspiração e autoridade do Antigo Testamento. Em (AT 1:16) Pedro
disse: - Irmãos, convinha que se cumprisse a escritura que o Espírito Santo predisse pela boca
de Davi, acerca de Judas, que foi o guia daqueles que prenderam a Jesus. Com estas palavras o
apóstolo cria que o Antigo Testamento era a Palavra de Deus falada por Davi sob a liderança do Espírito
Santo. Mateus manteve ponto de vista semelhante: (MT 1:22) - Ora, tudo isso aconteceu para que se
cumprisse o que fora dito da parte do Senhor pelo profeta.
CANON
2 Inspiração – O registro, sob a liderança do Espírito Santo, da verdade que Deus tornou conhecida
na revelação; e
3 Canonização – O reconhecimento daqueles escritos que evidenciam a divina revelação e que são
divinamente inspirados.
Os teólogos reconheceram que o processo de canonização não era apenas um ato oficial humano da
igreja, mas também o trabalho providencial do Espírito Santo.
A O trabalho do Espírito Santo – Era o critério pelo qual se determinava qualquer livro ser
divinamente inspirado. O Talmude (Conjunto de leis e lendas judaicas, codificadas e coligidas
(reunidas) vários séculos depois de Cristo) em Seder Olam Rabba 30, afirma – “Até esta época
(época de Alexandre, o Grande), os profetas profetizaram mediante o Espírito Santo; dessa
época em diante, incline seu ouvido e ouça as coisas do sábio”.
B Somente os livros escritos em hebraico – Poderiam ser qualificados para o Cânon Palestiniano.
C Autoria Profética - Um fator determinante na seleção dos livros do Cânon, era a autoria profética,
visto que a primeira qualificação de um profeta era ser possuído pelo Espírito Santo, para que Deus
pudesse falar sua Palavra por meio dele. De acordo com as declarações do talmude (Baba Bathra
14b), somente Éster não foi atribuído a qualquer autor profético.
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As Divisões do Cânon do Antigo Testamento – O antigo testamento hebraico estava dividido em
três partes: 1. A Lei (Torah), 2. Os Profetas e 3. Os Escritos. Não há determinação específica se estas
atribuições se referem à seqüência cronológica em que os livros surgiram ou se à sua importância no
Cânon.
2 O Cânon Alexandrino – Um grande grupo de Judeus que falavam o grego, chegaram a Alexandria
no Egito, fugindo (diáspora) da perseguição promovida pelos judeus não cristãos. Construíram um
templo e produziam literatura religiosa. Sua seleção de escritos religiosos (ano 300 d.C.) incluía tratados
gregos e hebraicos. Consideravam sagrados todos os livros da Bíblia hebraica, mas incluíram também
alguns livros adicionais, que hoje são chamados de apócrifos (secretos ou escondidos) ou pseudo-
epigráficos (escritos falsos). A diferença hoje entre o A T Católico e o Protestante é o resultado da
escolha diferente entre os livros da Bíblia hebraica da Palestina e os Livros da Bíblia Grega de
Alexandria.
De acordo com Josefo (historiador judeu), existia um templo samaritano no Monte Gerizim no ano
332 a C e o Canon Samaritano, substituiu a palavra Templo por Monte Gerizim.
A Bíblia samaritana consistia somente dos cinco livros da lei. A realidade de que eles adotaram
somente o Pentateuco se infere que somente essa parte do AT era reconhecida oficialmente como
autorizada na época do rompimento de relações.
Josefo, historiador judaico, registra uma tradição interessante a respeito da origem da Bíblia grega
(Antiguidades XII, 2, 1-14). Descreve como rei Egípcio, Ptolomeu Filadelfo (285-246 a C) desejou
possuir os livros da Lei judaica em sua biblioteca particular. Seu bibliotecário, Demétrio, sugeriu que os
livros solicitados fossem traduzidos para o grego. O rei, então, ordenou que o sumo sacerdote Eleazar
mandasse buscar em Jerusalém 72 tradutores (6 de cada tribo). Na sua chegada, foram banqueteados
durante 7 dias consecutivos. Ficaram isolados na Ilha de Faros e em 72 dias cumpriram a missão. Foi
nessa tradução que os livros apócrifos foram acrescentados.
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escondidos”. Talvez a idéia fosse que eles seriam disponíveis somente aos iniciados, à pessoa madura
espiritualmente. Deveriam ser excluídos do uso público.
Lutero negou a infalibilidade do Papa e certas doutrinas da Igreja Católica que se baseavam nos
apócrifos. Desafiou a doutrina do purgatório, negando o direito de acrescentar ao cânon II Macabeus
12.46. Argumentou que os livros apócrifos não estavam no Cânon Hebraico. Ele acrescentou os livros
no final da Bíblia Alemã, em 1534, mas conferiu-lhes um status inferior. Outros grupos protestantes
acompanharam a decisão do concílio judaico, a distinção feita por Jerônimo e a posição de Martinho
Lutero em rejeitar os livros Apócrifos como canônicos.
Alguns desses livros têm grande valor histórico; outros são clássicos devocionais; uns são
interessantes; outros, definidamente, são invenções. Tanta coisa, nessa literatura, é abertamente
supersticiosa e for a de harmonia com o restante das Escrituras, que não pode ser admitida como sendo
inspirada. A classificação a seguir é uma pequena introdução a esse corpo de literatura.
GÊNERO HISTÓRICO
A I Esdras – (200 a 150 a C) - Às vezes chamado de II Esdras, porque na
LXX os livros canônicos de Esdras e Neemias são chamados Esdras A e B.
É uma narrativa bíblica de II Crônicas 35 até Esdras e Neemias.
FICÇÃO
Tinha fins didáticos. Era propaganda judaica para impressionar lições
éticas, religiosas e patrióticas.
C Epístola de Jeremias – (225-175 a.C) – Sua finalidade foi expor a insensatez da idolatria durante
a época da helenização dos judeus.
E Carta de Aristeas – (I século a C) – Escrita por um gentio que ajudou a iniciar a tradução das
Escrituras hebraicas para o grego. O conteúdo é um elogio a tudo o que é judaico.
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SABEDORIA
A Eclesiástico ou Sabedoria de Jesus, o Filho de Siraque – (190-170
a C) – Um manual de conduta para promover um viver superior. Aproxima-
se do livro de Provérbios, quanto ao seu conteúdo.
D Livros questionados – Foram levantadas dúvidas quanto à inclusão do Cântico dos Cânticos e
Eclesiastes no cânon. Os rabinos declararam que “os livros sagrados maculam as mãos”. O sentido
da frase é incerto, mas implica num reconhecimento de santidade especial de alguns escritos e não de
outros. Alguns rabinos argumentavam que o livro do Cântico dos Cânticos maculava as mãos, enquanto
que outros usavam do mesmo argumento, com relação a Eclesiastes. No concílio de Jâmnia os rabinos
concordaram que os dois livros eram Escritura Sagrada.
Depois da morte de Jesus, durante cem anos, ou no período de cem, os 27 livros do Novo Testamento
foram escritos e coligidos vagarosamente em um só volume. Esta coleção fixa de trabalhos tornou-se
reconhecida como autorizada para a fé e vida da igreja. O uso prático determinou quais livros seriam
inclusos na coleção muito antes do seu reconhecimento oficial em 397 a.D.
Depois que receberam a plenitude do Espírito Santo, no dia de Pentecostes, eles se compenetraram
na urgência da tarefa delegada por Jesus para que se pregasse o evangelho em todo o mundo. Para
cumprir a missão utilizaram duas fontes provar aos judeus que Jesus era o Messias:
1 Seu testemunho de experiências pessoais, inclusive o que eles tinham visto Jesus fazer; e
2 As escrituras do Antigo Testamento, em primeiro lugar Isaías 40, que prediziam o sofrimento e a
morte do Servo escolhido de Deus.
A Os cristãos primitivos esperavam um retorno de breve de Cristo; portanto, empregavam seu tempo
na proclamação do evangelho.
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E Os apóstolos que tinham sido testemunhas oculares de Jesus estavam disponíveis enquanto o
evangelho não espalhasse além da Judéia.
Dois fatores enfatizaram a necessidade de narrativas escritas sobre a vida e os ensinos de Jesus:
2 A difusão do evangelho aos gentios, que não tinham um conhecimento profundo do Antigo
Testamento, exigiu um ensino pormenorizado e autorizado.
B Aceitação pelas igrejas – Nas cartas de Paulo, os leitores são admoestados a certificarem-se de
que seus escritos eram aceitos como genuínos (II Tess. 2.2 e 3.17). A igreja receptora deve ser capaz de
responsabilizar-se por qualquer obra, fazer cópias e distribuí-las a outras igrejas.
Quando Paulo estava escrevendo suas cartas, ele não tinha consciência de que elas posteriormente
iriam ser consideradas escritos sagrados. Ele e os outros autores escreveram pra suprir necessidades
específicas dos primeiros leitores. Embora tenham sido guiados pelo Espírito Santo a escreverem, eles
só tinham em mente sua geração de leitores.
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B O aparecimento de um cânon – Por volta de 180 a Igreja de Roma compilou uma relação de
livros, conhecidos agora como o Cânon Muratoriano. Embora o manuscrito existente seja
fragmentário, parece que a lista original continha os quatro Evangelhos, treze cartas de Paulo, as três
cartas de João, Judas e Apocalipse. Somente as cartas de Tiago e Hebreus estão ausentes. O nome,
Cânon Muratoriano, vem de um bibliotecário chamado Muratori, que descreveu o documento do oitavo
século em Milão, Itália, no século dezoito.
Outras vozes começaram a se pronunciar acerca das coletâneas de suas igrejas também. Pelo
menos três grandes homens do segundo século levantaram suas vozes para proclamar alguns escritos
como verdades aceitas e outros como espúrios:
C O Cânon do IV Século
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Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Agostinho_de_Hipona
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3 O Concílio de Laodicéia (363 a D) – Trinta e dois lideres cristãos se
reuniram, e decretaram, que somente os livros canonizados do AT e NT
fossem lidos nas igrejas. Neste concílio, apocalipse foi rejeitado.
Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Conc%C3%ADlio_de_Laodiceia
Pelo final do IV século, o cânon foi fixado. Vinte e sete livros foram
reconhecidos como possuidores de autoridade de Escritos Sagrados.
Alguns outros (O Pastor de Hermas, A Epístola de Barnabé e a Epístola de
Clemente) foram permitidos serem lidos em devoção privada para
edificação. Mas, uma grande distinção foi feita entre este e as “Escrituras”.
Santo Agostinho, líder do
Os escolhidos para estarem no cânon foram aqueles que haviam sido lidos
Concílio, num afresco do por um período de vários séculos e provados serem de valor espiritual
S é c u l o V I , d a B a s í l i c a especial para as igrejas.
Lateranense.
Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Atan%C3%A1sio_de_Alexandria
D O Novo Testamento do Século VI – Durante a Idade Média, a Igreja Católica Romana tinha se
tornado autoridade suprema em todas as questões eclesiásticas. A Bíblia oficial da Igreja Romana era a
tradução latina feita por Jerônimo (a Vulgata). A hierarquia da Igreja reivindicava autoridade para
interpretar as Escrituras. E também reclamava o mesmo direito para interpretar a tradição não escrita.
Os reformadores deram à Bíblia em sua forma acabada a infalibilidade que antes se pressupunha residir
na hierarquia da Igreja.
Lutero declarou que somente as Escrituras, sem a tradição, eram a fonte única e completa da
doutrina; que somente o Cânon Hebraico do AT e os livros reconhecidos do NT devem ser admitidos
como autorizados. Discutindo e condenando a matéria apresentada por Lutero, a Igreja Católica
Romana se dividiu.
A despeito da oposição de Lutero a Tiago, a Igreja Luterana fez causa comum com as demais
igrejas protestantes e aceitou o mesmo Cânon do Novo Testamento.
A TRANSMISSÃO DA BÍBLIA
Antes das descobertas de Qumran em 1948, o mais antigo texto hebraico conhecido era um
manuscrito dos Profetas (O Códice do Cairo), datado cerca do ano 895. Apesar de ter mais de 1000
anos, está datado após muitas gerações depois dos escritos originais dos profetas.
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As descobertas do Mar Morto são importantes porque produziram fragmentos sobreviventes da
biblioteca de uma comunidade judaica nos anos 130 a C a 70 a D. Um rolo do 2o Século a C de Isaías
habilitou os eruditos a se aproximarem mais de 100 anos aos autógrafos.
O Texto Massorético – Cerca de 100 a.D. líderes judeus produziram uma edição padronizada do
texto hebraico consonantal (somente consoantes) do A.T. Gerações sucessivas de editores inseriram
um grande número de sinais para orientar os leitores nas sinagogas na enunciação correta dos escritos
sagrados. Essas edições incluíam as marcas de pontuação e os pontos das vogais. Notas eram
colocadas às margens, no começo e no fim dos manuscritos. Os escribas judeus que faziam esse
trabalho eram chamados de massoretas derivação da palavra Massorah (tradição). O texto que os
massoretas estabeleceram tornou-se conhecido como “texto massorético”. Os escribas judeus
faziam seu trabalho de modo reverente e cuidadoso. Tinham regras preciosas, que determinavam a
qualidade e o tamanho dos couros a serem usados, o tamanho das colunas em cada página e as letras.
Nossa Bíblia atual é baseada no trabalho desses eruditos judeus. Apesar de o mais antigo manuscrito
ser datado de 895, é realmente maravilhoso como sua concordância é quase total com o segundo rolo
de Isaías da comunidade de Qumran (1948).
A Septuaginta – Tradução do AT por 72 homens, que começou com o Pentateuco em (250 a.C.) em
Alexandria. A tradução de outros livros do A.T. em grego parece ter sido completada no ano 150 a.C.
Algumas observações importantes foram feitas por Geisler e Nix (eruditos modernos e
pesquisadores do A.T.). 1. A Septuaginta varia das traduções literais para as traduções livres dos
escritos; 2. Foi designada para uso público nas sinagogas, em vez do uso erudito dos rabinos; 3. foi a
primeira tentativa de se traduzir o A.T. para outra língua.
Traduções em Outras Línguas – Depois do exílio, o judaísmo substituiu a língua hebraica falada
pelo aramaico. Tornou-se, então, necessário traduzir as Escrituras hebraicas para o aramaico para o
culto nas sinagogas. O ato de traduzir chamou-se tangem e a própria tradução se chamou targum. A
tradução podia ser data oralmente com observações interpretativas. O Targum Onkelos do
Pentateuco e o Targum Jonathan dos Profetas tornaram-se oficiais pelo século 5 A.D. A Igreja Síria
requereu uma tradução simples do A.T. em aramaico Sírio, que é um dialeto do aramaico da Palestina. A
Bíblia Síria é conhecida com o nome de “Peschitta”, que significa “tradução simples”. A Tradução foi
feita provavelmente na metade do 1º Século a.D. Com a difusão da língua oficial do Império Romano,
surgiu a necessidade de se traduzir o A.T. para o latim. Traduções latinas da Septuaginta já estavam
sendo usadas no ano 150 A.D. A tradução de Jerônimo (da Vulgata) substituiu todas as antigas versões
latinas.
O Novo Testamento – Os manuscritos mais antigos do NT que existem na atualidade são em papiro.
Depois do IV século A.D., praticamente todos os manuscritos foram escritos em pergaminho.
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MANUSCRITOS
Manuscritos em Papiro
CÓDICES
A Códice Vaticano (B) – Este códice é datado da 1ª parte do século IV (325 A.D.) e é um dos mais
valiosos de todos os manuscritos da Bíblia Grega. Faltam no códice 46 capítulos de Gênesis, uma seção
de 30 salmos, e o resto do Novo Testamento depois do capítulo 9 de Hebreus.
B Códice Sinaítico – Este códice foi escrito no século IV, um pouco mais tarde que o Vaticano. Foi
conseguido do Mosteiro de Santa Catarina, no Monte Sinai, por Tischendorf em 1859. Enquanto ele
visitava o mosteiro, viu folhas de pergaminho na cesta de papel. Estas eram parte de um exemplar da
versão Septuaginta do A.T., escrito na forma oficial (letras gregas maiúsculas). Ao tirar 43 folhas da cesta
de papel, um monge casualmente observou que duas cestas de papel, contendo material idêntico, já
tinham sido queimadas. Em sua terceira viagem ao Mosteiro, conseguiu o códice contendo o único
exemplar conhecido e completo do N.T. grego e a maior parte do A.T. em escrita uncial. Persuadiu aos
monges a fazer uma dádiva do referido documento ao Czar da Rússia. O Governo Britânico comprou o
manuscrito da Rússia mais tarde, em 1933, aproximadamente por U$ 500.000.
C Códice Alexandrino – Este códice foi escrito no século V e contém o A.T., exceto mutilações, e a
maior parte do Novo Testamento. Foi presente do Patriarca de Constantinopla ao rei da Inglaterra em
1627. Está no museu britânico.
D Códice de Efraim, (C) – Este manuscrito do V século foi apagado no 12º século e as folhas usadas
por Sto. Efraim para uma tradução grega de sermões. Tischendorf, mediante o uso de elementos
químicos, conseguiu decifrar os originais subscritos, deste palimpsesto (manuscrito de pergaminho que
foi raspado para receber novo texto).
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E Códice de Bezae (D) – Bezae era um erudito francês que sucedeu Calvino como líder da Igreja
Protestante em Genebra. Apresentou à Biblioteca de Cambridge, em 1581, um manuscrito do século VI,
dos Evangelhos e Atos em grego e latim, confrontando-se as duas línguas nas páginas. O Códice
contém variações livres de palavras e sentenças do que se considera ser o texto normal do N.T.
F A Vulgata Latina de Jerônimo – Em 382 A.D. o Papa Damasco comissionou a Jerônimo para
fazer uma revisão da velha tradução latina. Jerônimo escolheu um texto latino relativamente bom e
comparou-o com manuscritos em grego antigo. Os Evangelhos foram corrigidos primeiro e o A.T.
completado em 405 A.D. O trabalho tornou-se a Bíblia oficial da Igreja Latina e continua a ser a Bíblia
atual da Igreja Católica Romana. “Vulgata” significa “usual” ou “comum”.
O Concílio de Trento em 1546, declarou que a Vulgata é a Bíblia autorizada da Igreja Católica.
A BÍBLIA IMPRESSA
A invenção da imprensa, por João Gutemberg no século XVI, na
Alemanha, tornou possível a impressão de livros de forma mais rápida,
barata e em grau mais alto de exatidão do que a cópia à mão. O primeiro
livro a ser impresso entre (1450 e 1456) foi a vulgata latina de
Jerônimo.
Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/B%C3%ADblia_Poliglota_Complutense
Um famoso editor parisiense chamado, Estefânio, fez quatro edições do N.T. grego (1546, 1549,
1550 e 1551). Na terceira edição, imprimiu, às margens das páginas, vários extratos de 14 códigos na
quarta edição, dividiu o texto em versículos numerados. Seu filho afirmou que dividiu o trabalho em
versículos enquanto viajava de Paris para Lião. O texto de Estefânio, que se baseou em Erasmo e na
Bíblia Poliglota, tornou-se conhecido como Textus Receptus (Texto Aceito).
Fonte: https://en.wikipedia.org/wiki/Richard_Rolle
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C A Tradução de Wycliffe (1383) – João Wycliffe esteve associado à
Universidade de Oxford durante muito tempo. Mais tarde tornou-se político
e finalmente reformador, pregando contra vários males do seu tempo.
Traduziu a Vulgata. Completou em 1383, um ano antes de sua morte. Os
exemplares tinham que ser distribuídos secretamente aos seus seguidores,
chamados lollardos, que viajavam por toda a Inglaterra, lendo-os para o
povo. A pregação dos lollardos perturbou a Igreja que baniu a tradução
inglesa de Wycliffe e proibiu o trabalho dos seus seguidores. O corpo de
Wycliffe foi exumado e queimado em 1428. As cinzas foram lançadas num
rio próximo. Apesar de todas as perseguições, a Bíblia de Wycliffe continuou
a ser usada largamente no século XV.
Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/John_Wycliffe
Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/William_Tyndale
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G A Bíblia de Genebra (1560) – O primeiro N.T. inglês com os capítulos
divididos em versículos de acordo com o N.T. grego de Estefânio era a Bíblia
de Genebra, impressa em 1557. Emn1560 a Bíblia inteira foi revista e
impressa em Genebra. O tipo, o tamanho e as notas deram-lhe grande
popularidade entre o povo.
Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/B%C3%ADblia_de_Estudos_de_Genebra
Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/B%C3%ADblia_do_Rei_Jaime
I Edições Recentes
Fonte: https://en.wikipedia.org/wiki/New_English_Bible
Esta é a capa do livro New English Bible . Acredita-se que os direitos autorais da arte
da capa do livro pertencem à Oxford University Press e à Cambridge University Press .
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Nessa época, organizaram-se diversas expedições comerciais para o desenvolvimento das várias
colônias dos países europeus. Entre estas, a Companhia Holandesa das Índias Orientais. A carta
patente exigiu que cuidassem em plantar a Igreja entre os povos e procurasse a sua conversão. Foi esta
companhia que mais tarde, em 1963, patrocinou a revisão do N.T. de João Ferreira de Almeida.
João Ferreira de Almeida nasceu em Lisboa, de pais católicos romanos, em 1628. Ainda criança
mudou-se para a Holanda, aceitou a fé da Igreja Reformada em 1642 ao ler um folheto espanhol.
Aprendeu a falar espanhol, francês e Holandês, línguas nas quais era exímio evangelista. Durante a sua
longa vida pastoral escreveu e publicou várias obras, entre as quais sobressai a versão portuguesa da
Bíblia. Deixou completo o N.T. não logrando concluir a tradução do A.T., que só chegou até o livro de
Ezequiel, capítulo 48 versículos 21. Faleceu em Batávia aos 6 de agosto de 1691.
Em 1681, começou a publicação da Bíblia de Almeida, pelo Novo Testamento. Por Ordem da
Companhia Holandesa das Índias Orientais, a primeira edição foi feita em Amsterdan, para circular entre
as igrejas evangélicas portuguesas que estas companhias estabeleceram nas suas feitorias asiáticas. A
primeira versão saiu com muitos erros tipográficos.
Dois anos depois do falecimento de João Ferreira de Almeida, em 1693, saiu uma segunda edição
do N.T., revista pelos missionários da Companhia Holandesa das Índias Orientais na cidade da Batávia
em Java Maior. Em 1712 houve uma terceira revisão às expensas da Sociedade de Propaganda do
Conhecimento Cristão.
De 1738 a 1753 parte por parte, foram sendo impressos os livros do A.T. iniciados por João Ferreira
de Almeida, em dois volumes na cidade de Batávia.
Em 1819, a Bíblia completa de João Ferreira de Almeida foi publicada em um só volume pela
primeira vez.
Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Ant%C3%B3nio_Pereira_de_Figueiredo
A Bíblia de Figueiredo em um só volume foi publicada pela primeira vez em 1821. Em 1828 dois
fatos notáveis aconteceram: Ela não contém os livros apócrifos e foi aprovada em 1842 pela rainha
D. Maria II.
A Edição Revista e Atualizada da Sociedade Bíblica do Brasil teve por base a edição de João
Ferreira de Almeida (1940). Foi esta que a comissão revisora estudou e repassou, com certo reajuste
vocabular.
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4 A Tradução Revisada da Imprensa Bíblica Brasileira – Na primeira
reunião da Imprensa Bíblica Brasileira em 02 de julho de 1940, a HARMONIA
primeira decisão foi de iniciar imediatamente a impressão da Bíblia no
Brasil. A segunda decisão foi a de iniciar a revisão do texto da tradução de
DOS EVANGELHOS
S.L. WATSON E W.E. ALLEN
Almeida. Comissões foram organizadas e foi eleito o presidente da
7.ª EDIÇÃO
A revisão do A.T. foi muito mais difícil e mais árdua. O texto hebraico era mais difícil e há três vezes
mais volume em páginas. No entanto, o trabalho foi terminado em 1960, justamente quando a
Sociedade Bíblica Brasileira achou que não ficaria muito bem aparecerem as duas revisões na mesma
ocasião e resolveu então aguardar alguns anos.
Em 1968 foi publicada a revisão da Imprensa Bíblica Brasileira em forma de Bíblia de Púlpito.
CRÍTICA BÍBLICA
Crítica textual (baixa crítica) – A Baixa crítica avalia os textos de tradução que têm chegado até nós
para determinar as palavras do texto original. Os eruditos empregam métodos científicos na
reconstrução de um texto, e têm alcançado grande progresso em restaurar o texto dos escritos originais.
Crítica histórica e literária (alta crítica) – A alta crítica se preocupa com o estudo da autoria, das
datas e do propósito de cada escrito. Estabeleceu que os escritos do NT foram completados ao findar o
primeiro século. Há ainda muito desacordo sobre a origem dos livros do AT. A determinação do
fundamento histórico, propósito do autor e a identidade dos leitores dos livros são necessários para que
se possa entender a mensagem inteligentemente.
Contribuições positivas da crítica bíblica – Os cientistas da crítica bíblica submetem suas teorias
ao criticismo para determinar se as hipóteses são relevantes a todos os fatos conhecidos e se de fato
são positivas. Se a hipótese falhar perante os testes que se fazem da mesma, então, os cientistas
rejeitam-nas. A mesma técnica deve ser usada na interpretação bíblica. Usando o Pentateuco como
exemplo, há partes de livros que reivindicam ser de autoria mosaica. Os judeus, e os leitores ao tempo
do NT julgavam que Moisés fosse o autor do Pentateuco, mas certas frases indicam que algumas
dessas declarações são de época posterior à de Moisés.
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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São Paulo, 1986.
ARENHOEVEL, Diego. Assim Se Formou a Bíblia. Ed. Paulinas, 2a. ed, SP, 1974.
BITTENCOURT, B. P. Novo Testamento – Cânon, Língua e Texto. Aste/Juerp, 2ª. ed, SP/RJ, 1984.
CONNER, Walter Thomas. Revelação e Deus. Juerp, 2a. ed, RJ, 1979.
FRANCISCO, Clyde T. Introdução do Velho Testamento. Juerp, 3a. ed, RJ, 1985.
GUNDRY, Roberto H. Panorama do Novo Testamento. Vida Nova, 3a. ed, SP, 1985.
MEIN, John. A Bíblia e Como Chegou Até Nós. Juerp, 5a. ed, RJ, 1983.
MESQUITA, Antônio Neves de, Povos e Nações Do Mundo Antigo. Juerp, 4a ed, RJ, 1983.
VIERTEL, Weldon E. A Interpretação da Bíblia. Trad. Carlos E. Godinho, Juerp, 2ª. ed, 1979, 216p.
WALKER, W. História da Igreja Cristã, Vol. 1 e 2, Aste/Juerp, SP/RJ, 4a. ed, 1983.
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