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Autor:
Equipe Direito Administrativo,
Herbert Almeida
12 de Março de 2022
Sumário
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Auxiliadora Silva Araujo
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Aula 07
2.7 Condições específicas para a participação nas licitações e para a contratação no RDC............. 59
2.8 Regras específicas aplicáveis aos contratos celebrados no âmbito do RDC ................................. 60
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1 CONTRATOS ADMINISTRATIVOS
1.1 Conceito
Contrato administrativo é o ajuste que a Administração Pública, agindo nessa qualidade, firma
com o particular ou outra entidade administrativa para a consecução de objetivos de interesse
público, nas condições estabelecidas pela própria Administração.
O conceito apresentado pela Lei 8.666/1993 é encontrado no artigo 2º nos seguintes termos:
Art. 2º [...] Parágrafo único. Para os fins desta Lei, considera-se contrato todo e qualquer ajuste
entre órgãos ou entidades da Administração Pública e particulares, em que haja um acordo de
vontades para a formação de vínculo e a estipulação de obrigações recíprocas, seja qual for a
denominação utilizada.
Dessa forma, o contrato é um acordo de vontades realizado entre a Administração Pública e outra pessoa,
seja ela física ou jurídica, pública ou privada, com o objetivo de atender a determinado interesse público,
como a prestação de um serviço, realização de uma obra ou fornecimento de um produto.
Em regra, o contrato é a consequência da licitação, estando, portanto, vinculado aos termos do instrumento
convocatório (edital ou convite) e da legislação aplicável, principalmente a Lei 8.666/19932 (Lei de
Licitações e Contratos).
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• contratos administrativos: são os ajustes que a Administração, nessa qualidade, celebra com pessoas
físicas ou jurídicas, públicas ou privadas, para consecução de fins públicos, segundo o regime jurídico
de direito público. Nesse caso, a Administração age com supremacia sobre o particular. Também são
conhecidos como contratos típicos ou verticais.
A diferença fundamental dos contratos da administração e dos contratos administrativos é que, no primeiro
caso, a Administração age como se particular fosse, utilizando predominantemente o regime jurídico de
direito privado. São exemplos desse tipo de ajuste os contratos de locação, quando a Administração age
como locatária; e os contratos de compra e venda de bens de uma sociedade de economia mista (SEM)
relacionados com a atividade fim da entidade (por exemplo, uma SEM que produza minério, quando firmar
um contrato de venda de minério, utilizará predominantemente as normas de direito privado).
Como exemplos de contratos administrativos, podemos mencionar as contratações de obras, serviços e/ou
compras realizados pelos órgãos da Administração direta, buscando satisfazer o interesse público.
(MP - 2013) Contrato administrativo é todo e qualquer ajuste entre órgãos ou entidades da administração
pública e entes particulares, em que haja um acordo de vontades para a formação de vínculo e a
estipulação de obrigações recíprocas.
Comentários: de acordo com parágrafo único do artigo 2º da LLC, considera-se contrato todo e qualquer
ajuste entre órgãos ou entidades da Administração Pública e particulares, em que haja um acordo de
vontades para a formação de vínculo e a estipulação de obrigações recíprocas, seja qual for a denominação
utilizada.
Gabarito: correto.
(IBAMA - 2012) Todo contrato celebrado pela administração pública será considerado um contrato
administrativo.
Comentários: somente será considerado contrato administrativo aqueles que a Administração, agindo
nesta qualidade, celebra com pessoas físicas ou jurídicas, públicas ou privadas, para consecução de fins
públicos, segundo o regime jurídico de direito público. Nos contratos administrativos, a Administração goza
das prerrogativas inerentes ao princípio da supremacia do interesse público sobre o privado, a exemplo das
cláusulas exorbitantes.
Por outro lado, existem contratos em que a Administração age em igualdade com os particulares, sem
possuir, portanto, as prerrogativas do Poder Públicos. Esses são chamados de “contratos da
administração”. Como exemplo, pode-se citar um contrato do Banco do Brasil S.A. com um de seus clientes.
Gabarito: errado.
(TRT 10 - 2013) Para os fins legais, somente será considerado contrato o ajuste firmado entre a
administração pública e particular que seja assim expressamente denominado em documento formal por
escrito.
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Comentários: para os fins da Lei 8.666/1993, considera-se contrato todo e qualquer ajuste entre órgãos ou
entidades da Administração Pública e particulares, em que haja um acordo de vontades para a formação
de vínculo e a estipulação de obrigações recíprocas, seja qual for a denominação utilizada (art. 2º,
parágrafo único). Assim, desde que preenchidos esses requisitos, o ajuste será considerado um contrato,
independentemente do nome que as partes lhe atribuírem. Portanto, o item está errado.
Gabarito: errado.
(AGU - 2013) Os contratos administrativos, embora bilaterais, não se caracterizam pela horizontalidade,
já que as partes envolvidas não figuram em posição de igualdade.
Comentários: os contratos administrativos são firmados sob regime jurídico de direito público e, portanto,
a Administração Pública goza das prerrogativas inerentes ao princípio da supremacia do interesse público
sobre o privado. Como exemplo, temos as cláusulas exorbitantes, que permitem a alteração unilateral dos
termos contratuais. Dessa forma, ainda que sejam bilaterais, os contratos administrativos são marcados
pela verticalidade. Assim, o item está perfeito!
Gabarito: correto.
1.2 Formalidade
Todo contrato deve mencionar os nomes das partes e os de seus representantes, a finalidade, o ato que
autorizou a sua lavratura, o número do processo da licitação, da dispensa ou da inexigibilidade, a sujeição
dos contratantes às normas da Lei de Licitações e Contratos e também às próprias cláusulas contratuais
(art. 61).
Entenda como instrumento de contrato o termo formal, que é assinado pelas partes pactuantes.
De acordo com o TCU, a contratação deve ser formalizada obrigatoriamente por meio de termo de
contrato nas seguintes situações:3
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• dispensa ou inexigibilidade de licitação, cujo valor esteja compreendido nos limites das modalidades
tomada de preços e concorrência; e
• contratações de qualquer valor das quais resultem obrigações futuras, por exemplo: entrega futura
ou parcelada do objeto e assistência técnica.
Veja que a jurisprudência do TCU inclui o pregão no rol das modalidades de licitação que exigirão,
posteriormente, a celebração de termo de contrato. Contudo, a Lei 8.666/1993 só inclui a tomada de preços
e a concorrência. Assim, se o enunciado tomar por base somente a Lei 8.666/1993, as modalidades são
apenas concorrência e tomada de preços.
Nas demais situações, o termo de contrato é facultativo, podendo ser substituído pelos instrumentos
hábeis a seguir:
• carta-contrato;
• nota de empenho de despesa;
• autorização de compra; ou
• ordem de execução de serviço.
Ademais, é dispensável o termo de contrato nas compras com entrega imediata e integral dos bens
adquiridos, das quais não resultem obrigações futuras, inclusive assistência técnica, independentemente
do valor e da modalidade realizada (Art. 62, §4º). Nesse caso, é facultada a substituição pelos instrumentos
apresentados acima. Ou seja, se a Administração realizar um pregão ou uma tomada de preços para compra
de um milhão de unidades de lápis de escrever para entrega imediata e integral, sem obrigações futuras,
poderá dispensar o termo de contrato.
Mas o que vem a ser carta-contrato, nota de empenho etc? Segundo o TCU,
Assim, eles são instrumentos mais simples, sem tanta burocracia, mas que não dispensam algumas
exigências, como descrição do objeto, preço, prazos de entrega do bem ou da execução da obra ou da
prestação do serviço, o crédito pelo qual correrá a despesa, etc.
Os contratos e seus aditamentos devem ser numerados e arquivados em ordem cronológica, na sequência
das datas de assinaturas e registro sistemático dos respectivos extratos em meio eletrônico ou em livro
próprio. Para os contratos que tiverem por objeto direitos reais sobre imóveis, ou seja, compra, venda ou
doação de bens imóveis, devem ser formalizados por instrumento lavrado em cartório de notas, juntando-
se cópia de tudo no processo que lhe deu origem.
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Em geral, os contratos são formais e escritos. Porém, a Lei permite a utilização de contrato verbal para
pequenas compras de pronto pagamento, assim entendidas aquelas de valor não superior a R$ 8.800,00,
feitas em regime de adiantamento. Para os demais casos, o contrato verbal será nulo e de nenhum efeito.
• convites;
• dispensas e inexigibilidades não englobadas nos limites
para tomada de preços e concorrência;
• compras com entrega imediata/integral, das quais não
resultem obrigações futuras, independentemente do
Termo de contrato facultativo valor e da modalidade realizada; e
• poderá ser substituído por:
→ carta-contrato;
→ nota de empenho;
→ autorização de compra;
→ ordem de execução de serviço.
(INPI - 2013) É obrigatória a publicação resumida dos instrumentos de contratos administrativos que
apresentarem algum custo para a administração pública, sendo facultativo quando não houver ônus.
Comentários: vejamos o conteúdo da Lei:
Art. 61. [...]
Parágrafo único. A publicação resumida do instrumento de contrato ou de seus aditamentos na imprensa oficial,
que é condição indispensável para sua eficácia, será providenciada pela Administração até o quinto dia útil do mês
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seguinte ao de sua assinatura, para ocorrer no prazo de vinte dias daquela data, qualquer que seja o seu valor, ainda
que sem ônus, ressalvado o disposto no art. 26 desta Lei.
Ou seja, até mesmo para os contratos sem ônus a publicação do resumo do instrumento de contrato é
obrigatória.
Gabarito: errado.
(INPI - 2013) Os contratos administrativos devem ser formalizados por meio de instrumentos escritos
indicados pela Lei n.º 8.666/1993, como o termo de contrato e a carta-contrato, sendo nulo e de nenhum
efeito o contrato verbal com a administração.
Comentários: a questão não apresentou a ressalva:
Art. 60. [...] Parágrafo único. É nulo e de nenhum efeito o contrato verbal com a Administração, salvo o de pequenas
compras de pronto pagamento, assim entendidas aquelas de valor não superior a 5% (cinco por cento) do limite
estabelecido no art. 23, inciso II, alínea "a" desta Lei, feitas em regime de adiantamento.
O valor a que se refere o dispositivo acima é de R$ 8.800,00 (oito mil e oitocentos reais). Ou seja, há
possibilidade de contrato verbal para pequenas compras e de pronto pagamento, isto é, aquelas de até R$
8.800,00 feitas sob regime de adiantamento.
Gabarito: errado.
(MP - 2013) A publicação resumida do instrumento de contrato ou de seus aditamentos na imprensa
oficial não é uma condição necessária para sua eficácia, mas pode ser providenciada pela administração
até o quinto dia útil do mês seguinte ao de sua assinatura.
Comentários: a publicação resumida do instrumento de contrato é condição necessária para sua eficácia –
produção dos efeitos jurídicos – (art. 61, parágrafo único).
Gabarito: errado.
(Funasa - 2013) O instrumento de contrato é obrigatório em todas as modalidades de licitação.
Comentários: o instrumento de contrato é obrigatório para as modalidades de concorrência e tomada de
preços. Incluem-se as dispensas e inexigibilidades compreendidas cujo valor esteja compreendido nos
limites para essas duas modalidades. O TCU inclui, ainda, o pregão e as contratações que resultem
obrigações futuras.
Ressalvam-se dessas exigências: os convites; as dispensas e inexigibilidades não englobadas nos limites para
tomada de preços e concorrência; as compras com entrega imediata/integral, das quais não resultem
obrigações futuras, independentemente do valor e da modalidade realizada. Nestes casos, o termo de
contrato poderá ser substituído por:
carta-contrato;
nota de empenho;
autorização de compra;
ordem de execução de serviço.
Gabarito: errado.
(MPU - 2013) As licitações realizadas na modalidade pregão devem, obrigatoriamente, ser formalizadas
por meio de termo de contrato, podendo a administração pública dispensar o referido termo, em caso
de compras, se os bens adquiridos forem imediata e integralmente entregues e se dessas compras não
resultarem obrigações futuras.
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Enquanto no direito privado os particulares são livres para estipularem a maioria das cláusulas do contrato,
como consequência da autonomia da vontade que impera para os administrados (sociedade em geral); nos
contratos administrativos existem algumas cláusulas necessárias, impostas pelo artigo 55 da Lei de
Licitações e que, sempre que for o caso, devem constar nos termos do ajuste, sob pena de nulidade. São
elas:
Percebam, contudo, que algumas dessas cláusulas nem sempre estarão presentes. Por exemplo, se o objeto
do contrato não exigir garantia, não será o caso incluir algum dispositivo para isso. Ou seja, boa parte dessas
cláusulas não é obrigatória, mas apenas facultativa ou desejável.
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(MP - 2013) Entre as cláusulas necessárias em contratos administrativos estão o objeto e seus elementos
característicos, o preço e as condições de pagamento e os prazos de início das etapas de execução. Por
outro lado, entre as cláusulas que não são necessárias nesses contratos, está o estabelecimento do foro
da sede da administração a ser adotado para dirimir qualquer questão contratual.
Comentários: encontramos a resposta no §2º do artigo 55 da LLC:
Art. 55. [...] § 2o Nos contratos celebrados pela Administração Pública com pessoas físicas ou jurídicas, inclusive
aquelas domiciliadas no estrangeiro, deverá constar necessariamente cláusula que declare competente o foro da
sede da Administração para dirimir qualquer questão contratual, salvo o disposto no § 6o do art. 32 desta Lei.
Assim, o estabelecimento do foro da sede da Administração é cláusula necessária nos contratos
administrativos. As demais exigências apresentadas na questão também são cláusulas necessárias.
Gabarito: errado.
(MP - 2013) Conforme a Lei de licitações e contratos administrativos, as cláusulas necessárias em todo
contrato estabelecem, dentre outras coisas, os casos de rescisão contratual. Entretanto, segundo
entendimento do TCU, é inadmissível, em princípio, a inclusão, nos contratos administrativos, de cláusula
que preveja, para o Poder Público, multa ou indenização, em caso de rescisão.
Comentários: os casos de rescisão devem constar no contrato, nos termos do art. 55, VIII, da Lei
8.666/1993. Além disso, o TCU entende que não se pode incluir cláusula prevendo a aplicação de multa ou
indenização contra a Administração em caso de rescisão contratual.
Gabarito: correto.
(PREVIC - 2011) As cláusulas do contrato administrativo devem ser negociadas de comum acordo entre a
administração e os interessados.
Comentários: as cláusulas do contrato são aquelas previstas na Lei 8.666/1993, em particular no art. 55, e
outras conforme dispuser o edital de licitação. Ademais, os contratos administrativos são considerados
contratos de adesão, uma vez que seus termos são todos estipulados pela Administração, cabendo ao
contratado apenas concordar com os termos ali previstos.
Gabarito: errado.
(PREVIC - 2011) É permitido ao gestor público elaborar contrato administrativo sem a cláusula de
reajustamento.
Comentários: a exigência de cláusula de reajustamento consta no art. 55, III:
Art. 55. São cláusulas necessárias em todo contrato as que estabeleçam:
[...]
III - o preço e as condições de pagamento, os critérios, data-base e periodicidade do reajustamento de
preços, os critérios de atualização monetária entre a data do adimplemento das obrigações e a do efetivo
pagamento;
Logo, o item está errado.
Gabarito: errado.
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À Administração é facultada a exigência de garantia a fim de assegurar a execução do contrato. Neste caso,
porém, a garantia só poderá ser exigida do licitante vencedor e deverá estar prevista no instrumento
convocatório.
Ademais, uma vez exigida a garantia, caberá ao contratado optar por uma das modalidades previstas na
Lei. Ou seja, cabe à autoridade competente decidir se é o caso ou não de exigir garantia; contudo, a escolha
cabe ao vencedor da licitação, dentre uma das seguintes modalidades de garantia (Art. 56, §1º):
• caução em dinheiro ou em títulos da dívida pública, devendo estes ter sido emitidos sob a forma
escritural, mediante registro em sistema centralizado de liquidação e de custódia autorizado pelo
Banco Central do Brasil e avaliados pelos seus valores econômicos, conforme definido pelo Ministério
da Fazenda;
• seguro-garantia;
• fiança bancária.
O valor da garantia não poderá exceder a cinco por cento do valor do contrato, com exceção dos contratos
de obras, serviços e fornecimentos de grande vulto envolvendo alta complexidade técnica e riscos
financeiros consideráveis, nos quais o valor da garantia poderá chegar a dez por cento do valor do
contrato.
Há uma hipótese em que o valor da garantia poderá ser superior aos mencionados acima. Nos casos de
contratos que importem na entrega de bens pela Administração, dos quais o contratado ficará
depositário, ao valor da garantia deverá ser acrescido o valor desses bens (Art. 56, §5º).
Por fim, a garantia prestada pelo contratado deverá ser liberada ou restituída após a execução do contrato
e, quando em dinheiro, atualizada monetariamente (Art. 56, §4º).
(INPI - 2013) É possível, e lícita, a substituição da garantia prestada pelo contratado após a assinatura do
contrato, cabendo, à administração pública, aceitar ou não essa substituição.
Comentários: mesmo após a celebração do contrato, o particular pode pleitear a substituição da garantia.
Contudo, cabe à Administração aceitar ou não a substituição.
Gabarito: correto.
(AFCE - 2013) Visando resguardar o adequado cumprimento do contrato administrativo, a administração
pública deve indicar e exigir, entre as opções legalmente previstas, a garantia a ser prestada pelo
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particular contratado para executar obras, serviços e compras no âmbito dos poderes da União, dos
estados, do Distrito Federal e dos municípios.
Comentários: em primeiro lugar, a exigência de garantia não é obrigatória, devendo acontecer “A critério
da autoridade competente” (art. 56). Além disso, a autoridade competente decide pela necessidade de
prestar garantia, porém é o contratado que escolhe a modalidade.
Logo, o item possui dois erros. Primeiro que ela disse que a administração “deve” exigir a garantia, quando
na verdade essa exigência é facultativa. Em segundo lugar, porque a indicação da modalidade cabe ao
contratado, ou seja, a Administração decide pela necessidade de garantia, enquanto o contratado escolhe
uma daquelas previstas em lei (art. 56, §1º).
Gabarito: errado.
Em regra, a duração dos contratos é limitada à vigência dos respectivos créditos orçamentários, exceto
quanto aos relativos (art. 57):
a) aos projetos cujos produtos estejam contemplados nas metas estabelecidas no Plano Plurianual, os
quais poderão ser prorrogados se houver interesse da Administração e desde que isso tenha sido
previsto no ato convocatório;
b) à prestação de serviços a serem executados de forma contínua, que poderão ter a sua duração
prorrogada por iguais e sucessivos períodos com vistas à obtenção de preços e condições mais
vantajosas para a administração, limitada a sessenta meses. Em caráter excepcional, devidamente
justificado e mediante autorização da autoridade superior, este prazo poderá ser prorrogado por
mais doze meses.
c) ao aluguel de equipamentos e à utilização de programas de informática, podendo a duração
estender-se pelo prazo de até 48 (quarenta e oito) meses após o início da vigência do contrato.
d) às hipóteses de licitação dispensável previstas nos incisos IX, XIX, XXVIII e XXXI do art. 245, cujos
contratos poderão ter vigência por até 120 (cento e vinte) meses, caso haja interesse da
administração.
Ou seja, em regra os contratos estão adstritos à vigência dos respectivos créditos orçamentários, a exceção
das hipóteses apresentadas acima, nas quais admitir-se-ão prorrogações dentro dos limites apresentados.
A Lei apresenta os motivos que justificam as prorrogações dos prazos de início de etapas de execução, de
conclusão e de entrega dos contratos administrativos. Nessas situações, deverão ser mantidas as demais
5 Apenas para ilustrar,vamos apresentar o conteúdo dos incisos IX, XIX, XXVIII e XXXI da Lei 8.666/1993. Ressalto, contudo,
que não há necessidade de decorar esses incisos. Lembrem-se apenas que eles estão relacionados com segurança e defesa
nacional e tecnologia.
Art. 24. É dispensável a licitação:
IX - quando houver possibilidade de comprometimento da segurança nacional, nos casos estabelecidos em decreto do
Presidente da República, ouvido o Conselho de Defesa Nacional; [...]
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Art. 57. [...] §1º Os prazos de início de etapas de execução, de conclusão e de entrega admitem
prorrogação, mantidas as demais cláusulas do contrato e assegurada a manutenção de seu
equilíbrio econômico-financeiro, desde que ocorra algum dos seguintes motivos, devidamente
autuados em processo:
II - superveniência de fato excepcional ou imprevisível, estranho à vontade das partes, que altere
fundamentalmente as condições de execução do contrato;
IV - aumento das quantidades inicialmente previstas no contrato, nos limites permitidos por esta
Lei;
Por fim, nos termos do §2º, Art. 57, toda prorrogação de prazo deverá ser justificada por escrito e
previamente autorizada pela autoridade competente para celebrar o contrato.
(STJ - 2012) Na execução dos contratos administrativos, prorrogações de prazo devem ser justificadas por
escrito e previamente autorizadas pela autoridade competente para celebrar o contrato.
Comentários: vejamos o que dispõe a LLC:
Art. 57. [...] §1º Os prazos de início de etapas de execução, de conclusão e de entrega admitem prorrogação,
mantidas as demais cláusulas do contrato e assegurada a manutenção de seu equilíbrio econômico-
financeiro, desde que ocorra algum dos seguintes motivos, devidamente autuados em processo:
I - alteração do projeto ou especificações, pela Administração;
II - superveniência de fato excepcional ou imprevisível, estranho à vontade das partes, que altere
fundamentalmente as condições de execução do contrato;
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III - interrupção da execução do contrato ou diminuição do ritmo de trabalho por ordem e no interesse
da Administração;
IV - aumento das quantidades inicialmente previstas no contrato, nos limites permitidos por esta Lei;
V - impedimento de execução do contrato por fato ou ato de terceiro reconhecido pela Administração em
documento contemporâneo à sua ocorrência;
VI - omissão ou atraso de providências a cargo da Administração, inclusive quanto aos pagamentos
previstos de que resulte, diretamente, impedimento ou retardamento na execução do contrato, sem
prejuízo das sanções legais aplicáveis aos responsáveis.
§ 2o Toda prorrogação de prazo deverá ser justificada por escrito e previamente autorizada pela
autoridade competente para celebrar o contrato.
Portanto, as prorrogações de prazo devem ser justificadas por escrito e autorizadas previamente pela
autoridade competente.
Gabarito: correto.
O regime jurídico de direito público dá à Administração algumas prerrogativas que a colocam em situação
de superioridade perante o particular. Essas prerrogativas, conhecidas como cláusulas exorbitantes,
representam a principal diferença entre os contratos de direito público (contratos administrativos) e os
contratos de direito privado.
Art. 58. O regime jurídico dos contratos administrativos instituído por esta Lei confere à
Administração, em relação a eles, a prerrogativa de:
V - nos casos de serviços essenciais, ocupar provisoriamente bens móveis, imóveis, pessoal e
serviços vinculados ao objeto do contrato, na hipótese da necessidade de acautelar apuração
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Explicando este último item, devemos entender que, nos contratos em geral, as partes são obrigadas a
cumprir os termos pactuados a não ser que uma das partes deixe de cumprir alguma norma, fazendo com
que a outra parte se livre das obrigações assumidas. Ou seja, se você celebrar um contrato para pintura
de sua casa, mas deixar de pagar uma das parcelas acordadas, o pintor poderá se desobrigar de continuar
o serviço.
Porém, nos contratos administrativos as coisas são um pouco diferentes. Os requisitos para deixar de
cumprir os termos contratuais são mais rigorosos para os particulares quando celebram contratos
administrativos. Vejamos o que dispõe o inciso XV do artigo 78 da Lei 8.666/1993:
[...]
Ou seja, o particular só estará livre de suas obrigações após um atraso superior a 90 (noventa) dias,
existindo ainda ressalvas nos casos de calamidade pública e grave perturbação da ordem.
Os contratos administrativos podem ser alterados unilateralmente pela Administração ou por acordo das
partes. Na primeira situação, ocorre uma das prerrogativas ou cláusulas exorbitantes. Em todos os casos,
ademais, deve existir justificativa para a alteração.
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As hipóteses para alteração unilateral pela Administração encontram-se no inciso I do artigo 65, quais
sejam:
• quando houver modificação do projeto ou das especificações, para melhor adequação técnica aos
seus objetivos;
• quando necessária a modificação do valor contratual em decorrência de acréscimo ou diminuição
quantitativa de seu objeto, nos limites permitidos por esta Lei.
Em regra, o contratado fica obrigado a aceitar, nas mesmas condições contratuais, os acréscimos ou
supressões que se fizerem nas obras, serviços ou compras, até 25% (vinte e cinco por cento) do valor inicial
atualizado do contrato. No caso particular de reforma de edifício ou de equipamento, o limite é de até
50% (cinquenta por cento) para os seus acréscimos.
As hipóteses de alteração em virtude de acordo das partes, ou alteração bilateral do contrato, são as
seguintes (Art. 65, II):
A doutrina costuma mencionar que as alterações unilaterais alcançam apenas as cláusulas regulamentares,
também conhecidas como cláusulas de serviço ou de execução. Recebem este nome, pois se referem às
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cláusulas que dispõem sobre o objeto do contrato e sua execução. Porém, a alteração unilateral não alcança
as cláusulas econômico-financeiras (relação entre remuneração e encargos do contratado).
Quanto à substituição da garantia de execução, Marçal Justen Filho6 destaca que “Numa contratação
administrativa, nada obsta a que o particular pleiteie a substituição da garantia prestada, desde que a
nova preencha os requisitos do ato convocatório. A Administração somente pode opor-se caso a garantia
seja insuficiente”. Ou seja, o particular pode, mesmo após a celebração do contrato, pleitear a substituição
da modalidade de garantia prestada, desde que a nova preencha os requisitos estabelecidos no
instrumento convocatório. Apesar da exposição do autor, a Administração deve analisar o caso, podendo
aceitar ou não a substituição pleiteada.
Inicialmente, cumpre frisar que a regra geral é que os termos dos contratos sejam cumpridos, trata-se do
que a doutrina chama de princípio pacta sunt servanda, ou “os pactos devem ser cumpridos”. Dessa forma,
uma vez firmado um contrato, os seus termos devem ser cumpridos pelas partes.
No entanto, existe outra regra igualmente aplicável, expressa ou implicitamente, aos contratos de
execução prolongada – inclusive aos contratos administrativos. Trata-se da regra rec sic standibus, que
significa que o contrato deve ser cumprido, desde que presentes as mesmas condições existentes no
cenário dentro do qual foi o pacto ajustado. Se forem alteradas tais condições, rompe-se o equilíbrio
contratual, sem que se possa imputar culpa à parte inadimplente.8
O entendimento é simples. As partes tomaram suas decisões com base na situação vigente. Assim, se a
situação se modificar, o contrato poderá ficar excessivamente oneroso ou vantajoso para uma das partes,
o que ensejará a sua revisão ou rescisão.
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No entanto, deve ficar claro que não é qualquer alteração do estado de fato originário que gera a revisão
ou rescisão contratual, mas somente os fatos imprevisíveis, extraordinários e extracontratuais.
Feita essa abordagem inicial, podemos analisar as principais aplicações da teoria da imprevisão segundo a
doutrina: caso fortuito, força maior, fato do príncipe, fato da Administração e interferências imprevistas.
É comum utilizar os termos “caso fortuito” ou “força maior” para indicar a ocorrência de eventos da
natureza ou de atos de terceiros, de caráter extraordinário, imprevisível e inevitável, estranhos à vontade
das partes, que acarretem onerosidade excessiva, retardamento ou impossibilidade de execução do objeto
do contrato.
A doutrina administrativista9 costuma utilizar o caso fortuito para indicar os eventos da natureza – p. ex.
tufão em uma região não sujeita a esse tipo de fenômeno, inundação imprevisível que cause estragos
onerosos no local de execução, etc. –, enquanto a força maior resulta de um fato decorrente da ação ou
vontade humana – p. ex. greve que paralise o transporte da matéria prima. No entanto, o Código Civil, ao
tratar do tema, no parágrafo único do art. 393, não apresenta tal distinção, vejamos: “O caso fortuito ou de
força maior verifica-se no fato necessário, cujos efeitos não era possível evitar ou impedir”. Com efeito, a
Lei 8.666/1993 atribui os mesmos efeitos aos dois eventos, motivo pelo qual não é necessário fazer tal
distinção.
Nos termos do art. 78, inc. XVII, a ocorrência de caso fortuito ou de força maior, regularmente comprovada,
impeditiva da execução do contrato é considerada motivo para a rescisão do contrato. Nesse caso, se não
existir culpa do contratado, a Administração deve indenizá-lo pelos prejuízos decorrentes do desfazimento
do acordo.
Esses eventos também são causas para a alteração do contrato, mediante acordo das partes, com o
objetivo de obter a revisão para recompor o equilíbrio econômico-financeiro inicial (art. 65, II, “d”).
Como já dito, a situação deve caracterizar-se como imprevisível, inevitável e com impossibilidade total do
cumprimento das obrigações nos termos iniciais. Fora disso, os fatos serão considerados álea normal
inerente aos riscos de qualquer contrato10. Com efeito, o contratado só pode invocar o caso fortuito e a
força maior como eventos justificadores da inexecução do contrato se provar que não contribuiu para
colocar-se em situação prejudicada pelo evento. Por exemplo, imagine que uma tempestade imprevisível
causou sérios danos a uma obra contratada. Porém, o cronograma estava atrasado injustificadamente e
por culpa do contratado. Se restar comprovado que os danos só ocorreram em virtude do atraso, o
contratado não poderá utilizar o evento como causa justificadora para a inexecução de suas obrigações.
Vale dizer, se a obra estivesse em dia, a tempestade não teria gerado os danos e, portanto, isso não será
justificativa para a inexecução da avença.
O fato do príncipe é uma determinação estatal geral, imprevisível ou inevitável, que atinge reflexamente
o contrato, ocasionando oneração excessiva ao particular, independentemente da vontade deste. Por
9 Nesse sentido podemos citar: Meirelles (2013, p. 251); Carvalho Filho (2014, p. 214); e Justen Filho (2014, p. 552).
10 Nesse sentido podemos citar: Meirelles (2013, p. 251); Carvalho Filho (2014, p. 214); e Justen Filho (2014, p. 552).
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conseguinte, o fato do príncipe autorizará a revisão ou a rescisão do contrato, neste último caso quando
tornar impossível o cumprimento das obrigações.
Segundo Marçal Justen Filho, a teoria do fato do príncipe consagra o direito de indenização a um particular
em vista da prática de ato lícito e regular imputável ao Estado. Ademais, a determinação estatal deve ser
geral, influenciando no contrato apenas de forma reflexa ou indireta. Por exemplo, a elevação da carga
tributária incidente sobre a execução da prestação devida pelo particular.
O fato do príncipe difere do fato da Administração porque este corresponde a uma ação ou omissão do
Poder Público que reflete diretamente na execução do contrato, ou seja, direcionado especificamente ao
contrato; enquanto os efeitos daquele surgem de forma indireta. Por exemplo, o aumento da carga
tributária não se direciona especificamente ao contrato, mas pode atingi-lo de maneira reflexa. Agora se a
Administração Pública não liberar um bem que estava previsto no contrato para viabilizar a sua execução,
teremos um ato da Administração, uma vez que se vocacionou especificamente ao contrato.
O fato do príncipe está previsto no art. 65, II, “d” como uma forma de alteração bilateral, ou seja, por
acordo das partes, buscando garantir o reequilíbrio econômico-financeiro.
Além disso, a Lei dispõe no §5º do art. 65, que quaisquer tributos ou encargos legais criados, alterados ou
extintos, bem como a superveniência de disposições legais, quando ocorridas após a data da apresentação
da proposta, de comprovada repercussão nos preços contratados, implicarão a revisão destes para mais
ou para menos, conforme o caso.
Marcelo Alexandrino e Vicente Paulo consideram que essa hipótese do art. 65, §5º, é a mesma que embasa
a revisão do fato do príncipe. Contudo, os autores dispõem que esse caso não é exatamente um fato do
príncipe, uma vez que a Lei não exige que a alteração torne o contrato extraordinariamente oneroso. Assim,
o dispositivo é ainda mais benéfico do que a teoria da imprevisão tradicionalmente descrita.
Por outro lado, o dispositivo exige a alteração tanto para mais como para menos, resguardando, assim,
também os interesses da Administração. Isso ocorreria, por exemplo, no caso de extinção ou redução de
um tributo que incide sob o objeto do contrato.
Por fim, vale destacar que a maior parte dos administrativistas11 considera o fato do príncipe como um ato
estatal geral; porém, Maria Sylvia Di Pietro, apresenta um posicionamento divergente. Segundo a autora,
só é fato do príncipe os atos gerais oriundos da mesma esfera de governo em que se celebrou o contrato
(União, estados e municípios).
Todavia, conforme já destacado, esse não é o posicionamento majoritário, motivo pelo qual concluímos
que o fato do príncipe alcança todos os atos estatais gerais do Poder Público, independentemente da esfera
de governo.
O fato da Administração é toda ação ou omissão do Poder Público, que incide direta e especificamente
sobre o contrato, retardando ou impedindo a sua execução.
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Ocorre, por exemplo, quando a Administração deixa de entregar o local da obra ou serviço, não providencia
as desapropriações necessárias, atrasa os pagamentos, ou pratica qualquer ato impeditivo dos trabalhos a
serem desenvolvidos pela outra parte12. Nessa esteira, podemos mencionar como hipóteses de fato da
Administração as situações previstas no art. 78, incs. XIV a XVI da Lei 8.666/1993, vejamos:
[...]
XIV - a suspensão de sua execução, por ordem escrita da Administração, por prazo superior a
120 (cento e vinte) dias, salvo em caso de calamidade pública, grave perturbação da ordem
interna ou guerra, ou ainda por repetidas suspensões que totalizem o mesmo prazo,
independentemente do pagamento obrigatório de indenizações pelas sucessivas e
contratualmente imprevistas desmobilizações e mobilizações e outras previstas, assegurado ao
contratado, nesses casos, o direito de optar pela suspensão do cumprimento das obrigações
assumidas até que seja normalizada a situação;
XVI - a não liberação, por parte da Administração, de área, local ou objeto para execução de
obra, serviço ou fornecimento, nos prazos contratuais, bem como das fontes de materiais
naturais especificadas no projeto;
Nesse contexto, o fato da Administração é uma ação ou omissão do Poder Público na qualidade de parte
contratante. Representa, portanto, descumprimento das obrigações contratuais por parte da
Administração, o que permite que o contratado busque o reparo, seja por acordo com a própria
Administração, seja por meio judicial.
Segundo Hely Lopes Meirelles, as interferências imprevistas são ocorrências materiais, não cogitadas pelas
partes na celebração do contrato, mas que surgem na sua execução de modo excepcional e
surpreendente, dificultando ou onerando extraordinariamente o prosseguimento e a conclusão dos
trabalhos.
Diferentemente das outras hipóteses da teoria da imprevisão que estudamos, as interferências imprevistas
já existiam quando da celebração do contrato, no entanto não eram conhecidas pelas partes.
Imagine, por exemplo, que a descrição do objeto de uma obra considerava a existência de um terreno
arenoso. Porém, ao iniciar as escavações, descobre-se que o solo é rochoso, fato este que implicará em
gastos excessivamente maiores que os previstos inicialmente.
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Com efeito, as interferências imprevistas não são causas impeditivas da execução do contrato, mas geram
maiores dificuldades e onerosidades, ensejando, portanto, a adequação dos preços e dos prazos.
Justamente por isso que esse tipo de situação enquadra-se nas hipóteses de alteração por acordo das
partes, nos termos do art. 65, II, “d”, da Lei 8.666/1993.
(DETRAN ES - 2010) Entre as ações de gestão de contrato público admitidas após a sua celebração, inclui-
se a sua modificação unilateral pela administração pública.
Comentários: a Lei 8.666/1993 estabelece algumas hipóteses de alteração unilateral do contrato, vejamos:
Art. 65. Os contratos regidos por esta Lei poderão ser alterados, com as devidas justificativas, nos seguintes
casos:
I - unilateralmente pela Administração:
a) quando houver modificação do projeto ou das especificações, para melhor adequação técnica aos seus
objetivos;
b) quando necessária a modificação do valor contratual em decorrência de acréscimo ou diminuição
quantitativa de seu objeto, nos limites permitidos por esta Lei;
Gabarito: correto.
(STF - 2008) O poder público tem a prerrogativa de modificar, unilateralmente, sem prévia concordância
do contratado, as cláusulas econômico-financeiras dos contratos administrativos, para adequá-los
melhor às finalidades de interesse público.
Comentários: vamos novamente ao texto da Lei:
Art. 65. Os contratos regidos por esta Lei poderão ser alterados, com as devidas justificativas, nos seguintes casos:
[...]
II - por acordo das partes:
[...]
d) para restabelecer a relação que as partes pactuaram inicialmente entre os encargos do contratado e a retribuição
da administração para a justa remuneração da obra, serviço ou fornecimento, objetivando a manutenção do
equilíbrio econômico-financeiro inicial do contrato, na hipótese de sobrevirem fatos imprevisíveis, ou previsíveis
porém de conseqüências incalculáveis, retardadores ou impeditivos da execução do ajustado, ou, ainda, em caso de
força maior, caso fortuito ou fato do príncipe, configurando álea econômica extraordinária e extracontratual.”
Ou seja, as cláusulas econômico-financeiras do contrato só podem ser modificadas através de acordo entre
as partes, não se admitindo alteração unilateral.
Gabarito: errado.
(MC - 2013) Os contratos administrativos podem ser alterados, com as devidas justificativas,
unilateralmente pela administração ou por acordo das partes. Entretanto, o contratado fica obrigado a
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aceitar, nas mesmas condições contratuais, quaisquer acréscimos ou supressões de valores que se
fizerem nas obras, serviços ou compras.
Comentários: o contratado é obrigado a aceitar, nas mesmas condições contratuais, os acréscimos ou
supressões, feitos de forma unilateral, que se fizerem nas obras, serviços ou compras, até 25% (vinte e
cinco por cento) do valor inicial atualizado do contrato, e, no caso particular de reforma de edifício ou de
equipamento, até o limite de 50% (cinquenta por cento) para os seus acréscimos.
Dessa forma, não são quaisquer acréscimos e supressões que podem ser feitas, mas somente aqueles
compreendidos nos limites apresentados. A Lei estabelece ainda uma possibilidade de supressão maior que
25%. Entretanto, este tipo de supressão só poderia ocorrer por acordo entre as partes, vejamos:
Art. 65. [...] § 2o Nenhum acréscimo ou supressão poderá exceder os limites estabelecidos no parágrafo
anterior, salvo:
I - (VETADO)
II - as supressões resultantes de acordo celebrado entre os contratantes.
Gabarito: errado.
(MPU - 2013) Havendo necessidade de adequar determinado contrato administrativo às finalidades do
interesse público, a administração poderá alterá-lo unilateralmente, se a alteração incidir sobre cláusulas
de serviço.
Comentários: as alterações unilaterais alcançam as cláusulas de serviço, também chamadas de cláusulas
regulamentares ou de execução. Não alcançam, contudo, as cláusulas econômico-financeiras.
Gabarito: correto.
(PREVIC - 2011) O gestor público pode, unilateralmente, diminuir o valor do contrato administrativo
previamente estipulado.
Comentários: o contratado é obrigado a aceitar, nas mesmas condições contratuais, os acréscimos ou
supressões que se fizerem nas obras, serviços ou compras, até 25% (vinte e cinco por cento) do valor inicial
atualizado do contrato. No caso particular de reforma de edifício ou de equipamento, o limite é de até
50% (cinquenta por cento) para os seus acréscimos (art. 65, §1º).
Com efeito, a Administração pode alterar, unilateralmente, os termos do contrato “quando necessária a
modificação do valor contratual em decorrência de acréscimo ou diminuição quantitativa de seu objeto,
nos limites permitidos por esta Lei” (art. 65, I, “b”).
Gabarito: correto.
(PREVIC - 2011) O contrato administrativo deve ser executado até o fim sem alterações das condições
remuneratórias, mesmo que elas se tornem desvantajosas para o contratado.
Comentários: a LLC apresenta diversas hipóteses de alteração unilateral ou por acordo das partes. Além
disso, a Lei prevê várias aplicações da teoria da imprevisão que ensejam a revisão ou rescisão do contrato
em decorrência os fatos extracontratuais, extraordinários e imprevisíveis – ou previsíveis, mas que
ocorreram num grau imprevisível – surgidas ou descobertas após a celebração do contrato, que acarretam,
na execução do contrato: (a) maior demora; (b) excessiva onerosidade para uma das partes; ou (c) a
impossibilidade absoluta de execução.
Com efeito, a teoria da imprevisão se aplica nas situações em que não há culpa do administrado, permitindo
a revisão dos termos contratuais.
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Por fim, a lei determina que alteração unilateral do contrato que aumente os encargos do contratado, a
Administração deverá restabelecer, por aditamento, o equilíbrio econômico-financeiro inicial (Art. 65, §6º).
Assim, há possibilidade de alteração das condições remuneratórias, daí o erro da questão.
Gabarito: errado.
O art. 66-A da Lei 8.666/1993, incluído pela Lei 13.146/2015, determina que as empresas enquadradas no
critério de desempate previsto no inciso V do § 2º e no inciso II do § 5º do art. 3º da Lei de Licitações (ou
seja, as empresas que se beneficiarem do critério de desempate ou da margem de preferência por reserva
de vagas para pessoa com deficiência ou para reabilitado da Previdência Social) deverão cumprir, durante
todo o período de execução do contrato, a reserva de cargos prevista em lei para pessoa com deficiência
ou para reabilitado da Previdência Social, bem como as regras de acessibilidade previstas na legislação.
Nesse caso, caberá à administração fiscalizar o cumprimento dos requisitos de acessibilidade nos serviços
e nos ambientes de trabalho.
O artigo 67 da Lei 8.666/1993 estabelece que a execução do contrato deverá ser acompanhada e fiscalizada
por um representante da Administração especialmente designado, permitida a contratação de terceiros
para assisti-lo e subsidiá-lo de informações pertinentes a essa atribuição.
Cabe destacar, ademais, que o contratado é responsável pelos danos causados diretamente à
Administração ou a terceiros, decorrentes de sua culpa ou dolo na execução do contrato, não excluindo ou
reduzindo essa responsabilidade a fiscalização ou o acompanhamento pelo órgão interessado (art. 70).
Ou seja, o exercício do poder-dever de fiscalizar por parte da Administração não diminui a responsabilidade
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O fiscal do contrato é designado pelo ordenador de despesas. Normalmente, a designação é realizada por
meio de portaria. O fiscal deve atuar preventiva e proativamente, com vistas a garantir a fiel execução do
contrato.
• providenciar cópia do contrato, do edital e da proposta da empresa vencedora da licitação, para fins
de análise e arquivamento em pasta apropriada;
• identificar a necessidade de contratação de terceiros para assisti-lo e subsidiá-lo com informações
pertinentes à execução, se necessário;
• anotar em registro próprio todas as ocorrências relacionadas com a execução do contrato,
determinando o que for necessário à regularização das falhas ou defeitos observados;
• levar ao conhecimento de seus superiores as decisões e providências que ultrapassarem sua
competência, com vistas à adoção das medidas convenientes;
• comunicar à autoridade competente, com a antecedência necessária, indícios de não cumprimento
do objeto contratado com vistas à adoção de providências;
• levar ao conhecimento do preposto as reclamações de funcionários do ente contratante, ou dos
empregados da contratada, para fins de solução;
• acompanhar e fiscalizar, diariamente se necessário, a execução do objeto contratado;
• verificar se os prazos e as quantidades foram atendidos, e se as demais especificações estão de acordo
com o contratado;
• realizar medições (individualmente ou em conjunto com a contratada) com vistas a avaliar o
cumprimento do cronograma e autorizar o pagamento parcial do objeto, se for o caso;
• lavrar termo provisório e/ou definitivo de recebimento do objeto – individualmente ou mediante
comissão designada;
• atestar a execução total ou parcial do objeto contratado, encaminhando as notas fiscais ao setor
competente;
• manter controle dos pagamentos efetuados;
• acompanhar a variação/evolução dos preços de mercado referente ao objeto contratado com vistas
a identificar a melhor vantagem para a administração: prorrogação da vigência ou nova contratação;
• instruir processo visando à rescisão e/ou anulação do contrato;
• monitorar o prazo de vigência do contrato, identificando a providência a ser tomada: prorrogação ou
nova contratação, se necessário;
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Não são todas as situações que demandam o acompanhamento ou fiscalização por parte do fiscal de
contrato. Por exemplo, para o caso de compra de material, com entrega única e que não demande maiores
cuidados (como assistência técnica), a designação de fiscal de contrato não é obrigatória. Nesse sentido,
vejamos os ensinamentos de Marçal Justen Filho:14
Haverá casos nos quais será dispensável aplicação tão estrita do texto legal. A regra será
atendida quando a atividade de fiscalização puder realizar-se satisfatoriamente no momento
da entrega da prestação. Em muitos casos, basta o controle de qualidade desenvolvido na
ocasião do recebimento da prestação. Em outros casos, a fiscalização é inviável e o dispositivo
não tem qualquer aplicação. Assim, por exemplo, não haveria sentido em designar um agente
para acompanhar a elaboração de um trabalho jurídico do advogado contratado pela
Administração. A fiscalização poderia desenvolver-se sob outras modalidades, tais como a
exigência de relatórios mensais etc. Enfim, o dispositivo apresenta relevância e aplicabilidade
especialmente às hipóteses de obras e serviços de engenharia.
É importante destacar, também, que a autoridade competente poderá designar mais de um fiscal de
contrato. Além disso, faculta-se, de modo expresso, que a Administração contrate terceiros para
acompanhamento da atividade de fiscalização. Isso ocorreria nos casos em que a especialidade ou a
complexidade superam os limites de atuação dos agentes administrativos.15
(BACEN - 2013) O fiscal de contrato que for designado pelo ordenador de despesas deve atuar de maneira
preventiva e proativa para garantir o cumprimento da execução do contrato, devendo, ainda, quando
necessário, solicitar a seus superiores hierárquicos, em tempo hábil para a adoção das medidas
convenientes, providências e decisões que ultrapassarem sua competência.
Comentários: o fiscal do contrato é designado pelo ordenador de despesas, normalmente, por meio de
portaria. Representa uma pessoa fundamental, que deverá agir sempre de forma preventiva e proativa
para garantir a execução do contrato, mesmo antes de eventuais irregularidades acontecerem. Ademais, o
§2º do artigo 67 da Lei de Licitações e Contratos estabelece que as decisões e providências que
ultrapassarem a competência do representante (fiscal do contrato) deverão ser solicitadas a seus
superiores em tempo hábil para a adoção das medidas convenientes.
Gabarito: correto.
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(INPI - 2013) O contrato que envolve a aquisição de material, de entrega única e sem demandar maiores
cuidados, não necessitará de acompanhamento ou fiscalização por intermédio de fiscal de contrato,
designado em portaria.
Comentários: quando se tratar de compra de material, de entrega única e que não necessite de maiores
cuidados, a designação de fiscal do contrato não é obrigatória.
Gabarito: correto.
(INPI - 2013) O contrato, em uma organização pública, pode ser acompanhado por um ou mais fiscais de
contrato, podendo inclusive ser designado um terceiro que não seja servidor público.
Comentários: a autoridade competente poderá designar um ou mais fiscais de contrato. Com efeito, é
admissível a contratação de terceiros quando a especialidade ou a complexidade do objeto do contrato
superam os limites de atuação dos agentes administrativos. Por exemplo, o Departamento Nacional de
Infraestrutura e Transportes poderia contratar uma empresa terceirizada para supervisionar a realização
de obras (Acórdão nº 2.651/2010, Plenário-TCU, relator Min. Walton Alencar Rodrigues).
Gabarito: correto.
(ABIN - 2010) A empresa contratada por processo licitatório é responsável pelos danos que causar aos
equipamentos e(ou) a outros bens de propriedade do contratante e aos de propriedade dos funcionários
contratados.
Comentários: questão polêmica! Vamos ao texto da Lei:
Art. 70. O contratado é responsável pelos danos causados diretamente à Administração ou a terceiros, decorrentes
de sua culpa ou dolo na execução do contrato, não excluindo ou reduzindo essa responsabilidade a fiscalização ou o
acompanhamento pelo órgão interessado.
Acontece, todavia, que essa responsabilidade é subjetiva, pois decorre da existência de culpa ou dolo.
Como o enunciado não mencionou a existência de culpa ou dolo, poder-se-ia entender que se trata de
responsabilidade objetiva (quando independe da demonstração de culpa/dolo).
Gabarito: errado.
Segundo Hely Lopes Meirelles, a entrega e recebimento do objeto do contrato constitui a etapa final da
execução de todo o ajuste administrativo para liberação do contratado. Dessa forma, o recebimento
representa um “ateste” de que o objeto do contrato foi entregue à Administração nos termos estabelecidos
no ajuste.
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Ademais, o recebimento também não exclui a obrigação do contratado de reparar, corrigir, remover,
reconstruir ou substituir, às suas expensas, no total ou em parte, o objeto do contrato em que se
verificarem vícios, defeitos ou incorreções resultantes da execução ou de materiais empregados (Art. 69).
O recebimento de compras ou de locação de equipamentos será feito mediante recibo. Todavia, nos casos
de aquisição de equipamentos de grande vulto, o recebimento far-se-á mediante termo circunstanciado.
O artigo 74 estabelece que poderá ser dispensado o recebimento provisório nos seguintes casos:
O artigo 75 prevê que, salvo disposições em contrário constantes do edital, do convite ou de ato normativo,
os ensaios, testes e demais provas exigidos por normas técnicas oficiais para a boa execução do objeto do
contrato correm por conta do contratado.
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Finalizando, o artigo 76 dispõe que a Administração rejeitará, no todo ou em parte, obra, serviço ou
fornecimento executado em desacordo com o contrato.
1.12 Subcontratação
A subcontratação ocorre quando o contratado firma um ajuste com uma terceira pessoa para que ela
realize parte do objeto do contrato. Para exemplificar, imagine que você contratou uma empresa para
realizar o seu casamento. A empresa contratada pode realizar, com seus próprios meios, todo o evento ou,
então, subcontratar parte dos serviços, como fotografia, filmagem e preparação dos doces. Isso é uma
subcontratação.
A Lei 8.666/1993 dispõe que o contratado, na execução do contrato, sem prejuízo das responsabilidades
contratuais e legais, poderá subcontratar partes da obra, serviço ou fornecimento, até o limite admitido,
em cada caso, pela Administração (art. 72). Dessa forma, não se admite a subcontratação total, pois os
contratos administrativos têm natureza intuitu personae16. Somente se admite a subcontratação em casos
específicos, devidamente justificados e autorizados.
(INPI - 2013) É viável a subcontratação do contrato administrativo celebrado pela administração pública.
Comentários: o artigo 72 da Lei 8.666/1993 dispõe que o contratado, na execução do contrato, sem
prejuízo das responsabilidades contratuais e legais, poderá subcontratar partes da obra, serviço ou
fornecimento, até o limite admitido, em cada caso, pela Administração.
Gabarito: correto.
(FUNASA - 2013) Caso ocorra a morte de uma pessoa que tenha pactuado um contrato administrativo,
seus herdeiros deverão ser chamados para dar cumprimento à parte restante das obrigações assumidas.
Comentários: os contratos apresentam natureza intuitu personae, ou seja, as obrigações devem ser
cumpridas pela mesma pessoa que assumiu a obrigação junto à Administração. Assim, o dever de cumprir
os termos pactuados não alcança os herdeiros da pessoa que celebrou o contrato.
Gabarito: errado.
(MTE - 2014) Todos os contratos para os quais a lei exige licitação são firmados intuitu personae, ou seja,
em razão de condições pessoais do contratado, apuradas no procedimento da licitação.
Comentários: os contratos possuem natureza intuitu personae. Agora, vamos aprofundar o assunto com
um pequeno trecho da lavra de Marcelo Alexandrino e Vicente Paulo:
Os contratos administrativos, em regra, são contratos pessoais, celebrados intuiutu personae, ou seja, a execução do
contrato deve ser levada a termo pela mesma pessoa (física ou jurídica) que se obrigou perante a administração. A
natureza dos contratos administrativos decorre principalmente do fato de serem eles celebrados após a realização
de um procedimento licitatório em que se visa, não apenas a selecionar a proposta mais vantajosa para a
16Os contratos administrativos, em regra, são contratos pessoais (intuitu personae), isto é, devem ser realizados pela
pessoa que se obrigou perante à Administração. Assim, somente em casos restritos os serviços podem ser subcontratados.
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administração, mas também a selecionar uma pessoa, física ou jurídica, que ofereça condições de assegurar a
adequada execução do que foi contratado.
Dessa forma, podemos considerar o item correto, uma vez que os contratos possuem natureza intuitu
personae, decorrentes das condições pessoais, apuradas durante o procedimento licitatório.
Gabarito: correto.
(PREVIC - 2011) O contrato celebrado pela administração pública possui natureza personalíssima.
Comentários: lembrem-se os contratos administrativos possuem natureza personalíssima (intuitu
personae).
Gabarito: correto.
1.13 Sanções
As sanções administrativas estão disciplinadas nos artigos 86, 87 e 88 da Lei de Licitações. Existem cinco
tipos de sanções que podem ser impostas aos contratados:17
a) advertência;
b) multa de mora, por atraso na execução;
c) multa de ofício, por inexecução total ou parcial, podendo ser aplicada cumulativamente com a
advertência ou com as outras penalidades demonstradas abaixo;
d) suspensão temporária da possibilidade de participar em licitação e impedimento de contratar com a
Administração por até dois anos;
e) declaração de inidoneidade para licitar ou contratar com a Administração Pública enquanto
perdurarem os motivos determinantes da punição ou até que seja promovida a reabilitação
perante a própria autoridade que aplicou a penalidade, que será concedida sempre que o
contratado ressarcir a Administração pelos prejuízos resultantes e após decorrido o prazo da sanção
aplicada com base no inciso anterior.
(INPI - 2013) Conforme previsto em lei, é considerada execução direta toda contratação realizada com
empresas do setor privado, executoras do referido contrato.
Comentários: a Lei 8.666/1993 apresenta alguns conceitos importantes que costumam ser cobrados,
vejamos (Art. 6º):
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• VII - Execução direta - a que é feita pelos órgãos e entidades da Administração, pelos próprios meios;
• VIII - Execução indireta - a que o órgão ou entidade contrata com terceiros sob qualquer dos seguintes
regimes:
- empreitada por preço global - quando se contrata a execução da obra ou do serviço por preço certo e
total;
- empreitada por preço unitário - quando se contrata a execução da obra ou do serviço por preço certo de
unidades determinadas;
- tarefa - quando se ajusta mão-de-obra para pequenos trabalhos por preço certo, com ou sem
fornecimento de materiais;
- empreitada integral - quando se contrata um empreendimento em sua integralidade, compreendendo
todas as etapas das obras, serviços e instalações necessárias, sob inteira responsabilidade da contratada
até a sua entrega ao contratante em condições de entrada em operação, atendidos os requisitos técnicos
e legais para sua utilização em condições de segurança estrutural e operacional e com as características
adequadas às finalidades para que foi contratada;
A execução direta é realizada pelos próprios órgãos ou entidades, utilizando seus próprios meios (pessoal,
material, etc.). A situação descrita na questão corresponde à execução indireta.
Gabarito: errado.
(TRE MS - 2013) Com base na Lei n.º 8.666/1993, que trata de licitações, assinale a opção correta.
a) O convite é a modalidade de licitação realizada entre interessados previamente cadastrados ou que
preencham os requisitos para cadastramento até o terceiro dia anterior à data do recebimento das
propostas, observada a necessária qualificação.
b) São princípios fundamentais da licitação, entre outros, a igualdade, a publicidade e o julgamento
subjetivo.
c) A licitação é dispensável em contratações de fornecimento ou suprimento de energia elétrica com
qualquer tipo de empresa.
d) Há inexigibilidade de licitação quando houver inviabilidade de competição, como ocorre na aquisição
de bens singulares, dos quais é exemplo um quadro específico de determinado pintor.
e) Os estados podem ampliar o rol traçado na referida lei para os casos de dispensa, pois possuem a
capacidade de autoadministração e autolegislação.
Comentários: vamos analisar cada alternativa:
a) a descrição apresentada na alternativa se refere à tomada de preço e não ao convite – ERRADA;
b) podemos citar como princípios necessários à licitação a legalidade, impessoalidade, moralidade,
igualdade, publicidade, probidade administrativa, vinculação ao instrumento convocatório, julgamento
objetivo e os que lhes são correlatos – ERRADA;
c) o que ocorre nessa situação é a dispensa de licitação em razão da pessoa – ERRADA;
d) é isso ai. Quando não há a possibilidade de competição, ocorre a inexigibilidade licitatória. Nesse caso
em específico, o que acontece é a contratação de um profissional do setor artístico, o que se enquadra nas
situações previstas na Lei – CORRETA;
e) as hipóteses de dispensa são aquelas presentes taxativamente na Lei, ou seja, não permitem que a
Administração amplie esse rol de situações – ERRADA.
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Gabarito: alternativa D.
(AE ES - 2013) Acerca de licitações, assinale a opção correta.
a) O leilão é a modalidade licitatória destinada à venda de bens e serviços considerados inservíveis à
administração ou que tenham sido legalmente apreendidos ou adquiridos por força de execução judicial.
b) A legislação ordinária e a jurisprudência pátria, dada a lacuna da CF no que se refere às licitações,
impuseram o procedimento licitatório como regra para a aquisição de bens e serviços pelo poder público.
c) Como consequência do princípio da publicidade, em regra, as propostas dos licitantes devem ser
abertas assim que apresentadas à administração pública, que deve dar conhecimento delas aos
interessados, a fim de conferir transparência ao procedimento.
d) A obrigatoriedade da licitação alcança as sociedades de economia mista.
e) Inclui-se entre as hipóteses de dispensa de licitação a contratação de profissionais do setor artístico
consagrados pela crítica especializada.
Comentários: analisando as questões temos:
a) quase tudo certo! O erro da alternativa está na afirmação de que o leilão é a modalidade para a venda
de serviços, quando na realidade ela responde apenas pela venda de bens – ERRADA;
b) a realização de licitação é exigência constitucional, logo não se fala em lacuna (vide CF, arts. 22, XXVII,
37, XXI, e 173, §1º, III) – ERRADA;
c) as propostas só devem se abertas em local e hora determinado para tal fim. Além disso, o procedimento
da Lei 8.666/1993 se inicia pela abertura dos envelopes de habilitação, segue pela devolução dos envelopes
de proposta aos desclassificados e, em seguida, virá a abertura dos envelopes com as propostas. Assim,
não é no momento da entrega dos envelopes que as propostas são abertas, e sim na hora e local designado
para tal fim e somente após a habilitação – ERRADA;
d) essa questão foi cobrada antes da vigência da Lei 13.303/2016, que estabelece o Estatuto da Empresa
Pública e da Sociedade de Economia Mista. Então, a alternativa foi considerada correta com base no art.
1º, parágrafo único, da Lei 8.666/1993. Contudo, ainda hoje, essa questão está correta. Afinal, as
sociedades de economia mista também são obrigadas a licitar, porém com base no regime da Lei
13.303/2016 – CORRETA;
e) essa é para não esquecer mais! A contratação de profissional do setor artístico é uma hipótese de
inexigibilidade de licitação e não de dispensa – ERRADA.
Gabarito: alternativa D.
(TJ RR - 2013) Considerando a disciplina das licitações no ordenamento jurídico brasileiro, assinale a
opção correta.
a) A licitação destina-se a garantir a observância do princípio constitucional da isonomia, a seleção da
proposta mais vantajosa para a administração e a promoção do desenvolvimento nacional sustentável.
b) A legislação veda que se exija dos licitantes, na fase da habilitação, atestado de regularidade fiscal.
c) É inexigível a licitação para a aquisição ou restauração de obras de arte e objetos históricos, de
autenticidade certificada, desde que compatíveis ou inerentes às finalidades do órgão ou entidade.
d) No caso de pregão, antes da etapa competitiva, o pregoeiro deverá verificar a aceitabilidade da
proposta em função das exigências do edital.
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De acordo com a Constituição Federal de 1988, o Poder Público poderá prestar os serviços diretamente ou
sob regime de concessão ou permissão, sempre através de licitação. Dessa forma, a concessão e a
permissão são formas de delegação de serviços públicos, ou seja, representam a descentralização de
serviços por colaboração ou delegação.
Durante algum tempo, houve muita discussão sobre a natureza da permissão de serviços públicos, se
consistia ato ou contrato administrativo. Não nos cabe, neste momento, aprofundar tal debate. Apenas
afirmamos que a Lei 8.987/1995 expressamente dispõe que a permissão é formalizada por contrato de
adesão. Dessa forma, para fins de concurso, a permissão de serviço público é formalizada por contrato,
conforme expressamente dispõe o art. 40 da Lei 8.987/1995.
De qualquer forma, quando abordam as espécies de contrato, a doutrina fala apenas em “contrato de
concessão”. Assim, debateremos a parte conceitual dos contratos de concessão e, ao final deste tópico,
traremos rapidamente o conceito de permissão de serviço público.
A concessão é uma forma de delegação de serviços públicos, realizada por meio de contrato administrativo
precedido de licitação pública. Assim, por meio da concessão, a Administração transfere determinados
poderes a particulares para que prestem determinado serviço público. Por exemplo, é concessão a
delegação dos serviços de telefonia para a Oi, Vivo, Tim, Claro, etc.; também é concessão a delegação da
manutenção e operacionalização de rodovias; é concessão a delegação da realização de investimentos,
manutenção e exploração dos aeroportos; etc.
De acordo com a Profª. Maria Sylvia Zanella Di Pietro, a concessão, em sentido amplo, é definida como o:
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seja a usuária direta ou indireta, ou lhe cede o uso de bem público, para que o explore pelo prazo
e nas condições regulamentares e contratuais.
Nessa definição, a jurista apresenta várias modalidades de concessão, sujeitas cada uma a regime jurídico
parcialmente diferenciado:18
a) concessão de serviço público ordinária, comum ou tradicional: na qual a remuneração básica decorre
de tarifa paga pelo usuário ou outra forma de remuneração decorrente da própria exploração do
serviço (receitas alternativa); é a categoria básica prevista na Lei 8.987/95 e legislação esparsa sobre
os serviços públicos específicos;
Na mesma linha, a Lei 8.987/1995 define a concessão de serviço público (na conhecida categoria comum)
como a “a delegação de sua prestação, feita pelo poder concedente, mediante licitação, na modalidade
de concorrência, à pessoa jurídica ou consórcio de empresas que demonstre capacidade para seu
desempenho, por sua conta e risco e por prazo determinado” (Lei 8.987/1995, art. 2º, II).
Além da forma comum, a Lei 11.079/2004 – Lei das Parcerias Público-Privadas – criou duas novas formas
de concessão, vejamos:
Na Lei das Parcerias Público-Privadas – PPP, a concessão patrocinada é definida como “a concessão de
serviços públicos ou de obras públicas de que trata a Lei no 8.987, de 13 de fevereiro de 1995, quando
envolver, adicionalmente à tarifa cobrada dos usuários contraprestação pecuniária do parceiro público ao
parceiro privado” (Lei 11.079/2004, art. 2º, §1º).
Assim, de forma simples, na concessão comum, a concessionária recebe uma tarifa do usuário e,
complementarmente, outras fontes de recursos decorrentes da exploração do serviço. Na concessão
patrocinada, ocorrerá o pagamento de tarifa pelo usuário e um complemento pago pela Administração.
Por fim, na concessão administrativa, a remuneração básica do concessionário decorre de pagamentos da
Administração.
d) concessão de obra pública: prevista para as modalidades disciplinadas na Lei 8.987/1995 e na Lei
11.079/2004.
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Podemos encontrar a definição de concessão de serviço público precedida da execução de obra pública no
art. 2º, III, da Lei 8.987/1995, nos seguintes termos:
III - concessão de serviço público precedida da execução de obra pública: a construção, total ou
parcial, conservação, reforma, ampliação ou melhoramento de quaisquer obras de interesse
público, delegada pelo poder concedente, mediante licitação, na modalidade de concorrência,
à pessoa jurídica ou consórcio de empresas que demonstre capacidade para a sua realização,
por sua conta e risco, de forma que o investimento da concessionária seja remunerado e
amortizado mediante a exploração do serviço ou da obra por prazo determinado
Com efeito, destaca-se que a Lei 11.079/2004 veda a celebração de contrato de parceria público-privada
que tenha como objeto único o fornecimento de mão-de-obra, o fornecimento e instalação de
equipamentos ou a execução de obra pública. Portanto, além da obra, deverá existir a prestação de um
serviço público.
e) concessão de uso de bem público: com ou sem exploração do bem, conforme disciplinado em várias
leis.
A concessão de uso de bem público é uma forma de atribuir o uso de bens públicos a particulares.
Diferencia-se da autorização e permissão de uso, pois estas duas são realizadas por atos administrativos.
Para Maria Di Pietro, a concessão de uso é o “contrato administrativo pelo qual a Administração Pública
faculta a terceiro a utilização privativa de bem público, para que a exerça conforme sua destinação”19.
Complementa a autora dispondo que a concessão de uso possui natureza de contrato de direito público,
sinalagmático20, oneroso ou gratuito, comutativo21 e realizado intuitu personae.
Ressalta-se, por fim, que a concessão de uso deve ser precedida de licitação, nos termos do art. 2º da Lei
8.666/1993.
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Antes de finalizarmos, cumpre observar que, ao lado da concessão de serviços públicos, temos a permissão
de serviços públicos. A permissão de serviço público é definida pela Lei 8.987/1995 como “a delegação, a
título precário, mediante licitação, da prestação de serviços públicos, feita pelo poder concedente à pessoa
física ou jurídica que demonstre capacidade para seu desempenho, por sua conta e risco” (art. 2º, IV).
Complementa ainda a norma que “A permissão de serviço público será formalizada mediante contrato de
adesão”, que deverá observar os termos da Lei 8.987/1995, das demais normas pertinentes e do edital de
licitação, “inclusive quanto à precariedade e à revogabilidade unilateral do contrato pelo poder
concedente”.
Consoante o art. 6º, I, da Lei 8.666/1993, a obra é toda construção, reforma, fabricação, recuperação ou
ampliação, realizada por execução direta ou indireta. Por conseguinte, o contrato administrativo de obra
será o ajuste entre a Administração e um particular, tendo por objeto pactuado a construção, reforma,
fabricação, recuperação ou ampliação de determinado bem público.
Assim, são exemplos de contratos de obras públicas aqueles que tenham por objeto a construção de um
edifício para funcionar uma câmara municipal, a reforma de uma escola pública, a construção de um
viaduto, etc.
Para Marcelo Alexandrino e Vicente Paulo, o “traço distintivo entre o contrato de obra e de serviço é a
predominância, no primeiro, do material sobre a atividade operativa”22. Portanto, na obra, predomina o
emprego dos materiais.
Devemos acrescentar ainda os ensinamentos de José dos Santos Carvalho Filho, que apresenta a definição
de cada um dos tipos de atividades que integram o conceito de obra presente na Lei 8.666/1993:23
Além disso, as obras podem ser executadas de forma direta ou indireta. Direta é a execução pelos próprios
órgãos administrativos, enquanto a execução indireta é aquela que decorre da contratação de terceiros.
Nessa linha, a Lei 8.666/1993 apresenta os seguintes regimes de execução indireta: (i) empreitada por
preço global; (ii) empreitada por preço unitário; (iii) tarefa; (iv) empreitada integral. Vamos detalhar cada
um desses regimes de execução:
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1) empreitada por preço global – ocorre quando se contrata a execução da obra ou do serviço por preço
certo e total (art. 6º, VIII, “a”). Portanto, o preço ajustado para toda a obra já é previamente definido,
em que pese possa sofrer os reajustes previstos na Lei de Licitações;
2) empreitada por preço unitário - quando se contrata a execução da obra ou do serviço por preço
certo de unidades determinadas (art. 6º, VIII, “b”).Trata-se do “regime mais adequado a obras que
constem de partes distintas ou que se determinem por medida (como metro quadrado de muro
levantado, metros cúbicos de concreto etc.) e o pagamento é devido após o recebimento de cada
unidade pela administração”;24
3) tarefa – é o tipo de regime que ocorre quando se ajusta mão-de-obra para pequenos trabalhos por
preço certo, com ou sem fornecimento de materiais (art. 6º, VIII, “d”);
4) empreitada integral – ocorre quando se contrata um empreendimento em sua integralidade,
compreendendo todas as etapas das obras, serviços e instalações necessárias, sob inteira
responsabilidade da contratada até a sua entrega ao contratante em condições de entrada em
operação, atendidos os requisitos técnicos e legais para sua utilização em condições de segurança
estrutural e operacional e com as características adequadas às finalidades para que foi contratada.
Assim, a empreitada integral é utilizada na realização de empreendimentos de grande vulto e alta
complexidade.
Para a Lei 8.666/1993, serviço é “toda atividade destinada a obter determinada utilidade de interesse para
a Administração, tais como: demolição, conserto, instalação, montagem, operação, conservação,
reparação, adaptação, manutenção, transporte, locação de bens, publicidade, seguro ou trabalhos técnico-
profissionais” (art. 6º, II).
Em primeiro lugar, devemos notar que esses serviços são prestados à própria Administração Pública,
portanto não podem ser confundidos com a prestação dos serviços públicos. Estes últimos são prestados à
sociedade, diretamente pelo Poder Público ou indiretamente, por meio de concessão ou permissão de
serviços públicos (CF, art. 175). Assim, os serviços que tratamos aqui são serviços privados prestados à
Administração, como a limpeza de uma repartição pública, o conserto de algum equipamento utilizado em
um órgão público, etc.
Com efeito, também não podemos confundir serviço com obra pública. Vimos acima um critério utilizado
na doutrina que refere-se ao emprego de material, considerando que, na obra, a utilização de material
prevalece sobre a atividade operativa. Contudo, há muita discussão doutrinária e nem sempre é possível
verificar, na prática, se um contrato seria de obra ou de serviço.
De acordo com José dos Santos Carvalho Filho, “no fundo a obra não deixa de ser um serviço com resultado”.
Complementa o autor: “Parece-nos que, apesar das dificuldades, pode entender-se que na obra há sempre
um acréscimo ou modificação significativa no bem imóvel, enquanto que nos serviços gerais predomina a
atividade, a execução, o facere, enfim”.25
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Para fins de concurso, é recomendado conhecer cada um dos substantivos utilizados na definição de obra
ou serviço. Assim, a obra é toda “construção, reforma, fabricação, recuperação ou ampliação”; enquanto
o serviço é toda atividade destinada a obter determinada utilidade de interesse para a Administração, como
“demolição, conserto, instalação, montagem, operação, conservação, reparação, adaptação,
manutenção, transporte, locação de bens, publicidade, seguro ou trabalhos técnico-profissionais”.
Os contratos de fornecimento são aqueles destinados à aquisição de bens móveis – tais como material de
escritório, gêneros alimentícios, material de limpeza, equipamentos, etc. – necessários à manutenção das
atividades administrativas, à prestação de serviços públicos ou à realização de obras.
Segundo José dos Santos Carvalho Filho a Lei 8.666/1993 não utiliza o termo “fornecimento”, mas sim
“compra”. Para o autor, o contrato de fornecimento nada mais é que um contrato de compra e venda, tal
como existente no campo do direito privado e, por isso, é regido por algumas regras básicas de direito
privado, sem prejuízo da incidência de regras próprias dos contratos administrativos.
Por fim, a Lei de Licitações e Contratos define compra como “toda aquisição remunerada de bens para
fornecimento de uma só vez ou parceladamente” (art. 6º, III).
Os recursos administrativos, na Lei de Licitações e Contratos, estão disciplinados no art. 109. A Lei
apresenta três tipos de recursos administrativos:
O recurso – ou recurso propriamente dito, recurso em sentido estrito ou recurso hierárquico – pode ser
interposto no prazo de cinco dias úteis a contar da intimação do ato ou da lavratura da ata, nos casos de:
Os recursos previstos nas letras “a” e “b” acima possuem efeito suspensivo, ou seja, eles impedem o
prosseguimento dos demais atos da licitação até que sejam julgados. Por exemplo, se uma empresa for
inabilitada, ela poderá interpor recurso, que impedirá o prosseguimento da licitação até a decisão final. A
aplicação do efeito suspensivo é lógica, uma vez que a empresa poderia ficar de fora da fase de julgamento,
caso fosse possível dar andamento normal ao processo licitatório.
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Com efeito, a autoridade competente, motivadamente e desde que estejam presentes razões de interesse
público, poderá atribuir ao recurso interposto eficácia suspensiva aos demais recursos.
A representação, por outro lado, poderá ser interposta no prazo de até cinco dias úteis da intimação da
decisão relacionada com o objeto da licitação ou do contrato para os casos em que não caiba o recurso
hierárquico.
Vale mencionar que, tratando-se de licitação na modalidade de “carta-convite”, os prazos para o recurso e
a representação serão de dois dias úteis.
Por fim, o pedido de reconsideração tem por objetivo rever a decisão de Ministro de Estado, ou Secretário
Estadual ou Municipal, conforme o caso, na hipótese de aplicação da pena de declaração de inidoneidade
para licitar ou contratar com a Administração Pública, prevista no art. 8726, IV e §3º da Lei 8.666/1993,
sendo que o prazo para interposição é de dez dias úteis da intimação do ato.
Tipo de recurso
Prazo Aplicação
administrativo
(a) habilitação ou inabilitação do licitante; (b)
julgamento das propostas; (c) anulação ou revogação da
Até cinco dias úteis licitação; (d) indeferimento do pedido de inscrição em
Recurso (dois dias úteis se for registro cadastral, sua alteração ou cancelamento; (e)
convite) rescisão unilateral do contrato por parte da
Administração; (f) aplicação das penas de advertência,
suspensão temporária ou de multa.
Até cinco dias úteis
Representação (dois dias úteis se for Casos em que não caiba o recurso hierárquico
convite)
Declaração de inidoneidade para licitar ou contratar
Pedido de
Até dez dias úteis com a Administração Pública aplicada pelo Ministro de
reconsideração
Estado ou Secretario estadual ou municipal
A intimação dos atos de (a) habilitação ou inabilitação do licitante; (b) julgamento das propostas; (c)
anulação ou revogação da licitação; e (d) rescisão unilateral do contrato por parte da Administração,
excluídos os relativos a advertência e multa de mora, e de declaração de inidoneidade para licitar ou
contratar com a Administração Pública deverá ser feita mediante publicação na imprensa oficial. Todavia,
a Lei excepciona esta regra de publicação para os casos de (a) habilitação ou inabilitação do licitante e (b)
26 Art. 87. Pela inexecução total ou parcial do contrato a Administração poderá, garantida a prévia defesa, aplicar ao
contratado as seguintes sanções: [...]
IV - declaração de inidoneidade para licitar ou contratar com a Administração Pública enquanto perdurarem os motivos
determinantes da punição ou até que seja promovida a reabilitação perante a própria autoridade que aplicou a penalidade,
que será concedida sempre que o contratado ressarcir a Administração pelos prejuízos resultantes e após decorrido o
prazo da sanção aplicada com base no inciso anterior. [...]
§ 3o A sanção estabelecida no inciso IV deste artigo é de competência exclusiva do Ministro de Estado, do Secretário
Estadual ou Municipal, conforme o caso, facultada a defesa do interessado no respectivo processo, no prazo de 10 (dez)
dias da abertura de vista, podendo a reabilitação ser requerida após 2 (dois) anos de sua aplicação.
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julgamento das propostas, desde que estejam presentes os prepostos dos licitantes no ato em que foi
adotada a decisão, quando poderá ser feita por comunicação direta aos interessados e lavrada em ata.
A Lei determina ainda que, se for interposto, o recurso será comunicado aos demais licitantes, que poderão
impugná-lo no prazo de 5 (cinco) dias úteis.
Ademais, o recurso deverá ser dirigido à autoridade superior, por intermédio de quem praticou o ato
recorrido, a qual poderá reconsiderar sua decisão, no prazo de cinco dias úteis. Caso não reconsidere sua
decisão, a autoridade que praticou o ato recorrido deverá, no mesmo prazo de cinco dias úteis, fazer o
recurso subir para apreciação da autoridade superior, devidamente informado, devendo, neste caso, a
decisão ser proferida dentro do prazo de cinco dias úteis, contado do recebimento do recurso, sob pena de
responsabilidade.
Por fim, nenhum prazo de recurso, representação ou pedido de reconsideração se inicia ou corre sem que
os autos do processo estejam com vista franqueada ao interessado.
Ensina José dos Santos Carvalho Filho27 que: “Consideram-se convênios administrativos os ajustes firmados
por pessoas administrativas entre si, ou entre estas e entidades particulares, com vistas a ser alcançado
determinado objetivo de interesse público”.
Convênio é acordo, mas não é contrato. No contrato as partes têm interesses diversos e
opostos; no convênio os particípes têm interesses comuns e coincidentes. Por outras palavras:
no contrato há sempre duas partes (podendo ter mais de dois signatários), uma que pretende o
objeto do ajuste (a obra, o serviço etc.), outra que pretende a contraprestação correspondente
(o preço, ou qualquer outra vantagem), diversamente do que ocorre no convênio, em que não
há partes, mas unicamente particípes com as mesmas pretensões. Por essa razão, no convênio
a posição jurídica dos signatários é uma só, idêntica para todos, podendo haver apenas
diversificação na cooperação de cada um, segundo suas possibilidades, para a consecução do
objetivo comum por todos.
IMPORTANTE:
A diferença mais marcante entre convênio e contrato é que, no primeiro, os interesses são comuns e
coincidentes; enquanto, no contrato, os interesses são diversos e opostos.
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Vamos exemplificar. Quando um órgão contrata uma empresa para construir uma escola, ele deseja obter
a obra, pagando o menor valor possível. Por outro lado, o contratado deseja receber o dinheiro e que seja
o maior possível. Perceberam? São interesses opostos.
Agora pense em um convênio celebrado entre o governo e a uma organização social que atende crianças
especiais. As duas partes desejam fornecer o melhor serviço para as crianças e com o menor custo possível.
Viram só? Os dois lados querem a mesma coisa: atendimento das necessidades das crianças com qualidade
e economicidade.
A Lei 8.666/1993 apresenta algumas regras sobre convênios, em particular no artigo 116, vejamos:
Art. 116. Aplicam-se as disposições desta Lei, no que couber, aos convênios, acordos, ajustes
e outros instrumentos congêneres celebrados por órgãos e entidades da Administração.
V - cronograma de desembolso;
VI - previsão de início e fim da execução do objeto, bem assim da conclusão das etapas ou fases
programadas;
A Lei destaca, ainda, que, assinado o convênio, a entidade ou órgão repassador do recurso dará ciência do
mesmo à Assembleia Legislativa ou à Câmara Municipal respectiva (§2º).
As parcelas do convênio serão liberadas em estrita conformidade com o plano de aplicação aprovado,
exceto nos casos a seguir, em que as mesmas ficarão retidas até o saneamento das impropriedades
ocorrentes (§3º):
a) quando não tiver havido comprovação da boa e regular aplicação da parcela anteriormente
recebida, na forma da legislação aplicável, inclusive mediante procedimentos de fiscalização local,
realizados periodicamente pela entidade ou órgão descentralizador dos recursos ou pelo órgão
competente do sistema de controle interno da Administração Pública;
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b) quando verificado desvio de finalidade na aplicação dos recursos, atrasos não justificados no
cumprimento das etapas ou fases programadas, práticas atentatórias aos princípios fundamentais
da Administração Pública nas contratações e demais atos praticados na execução do convênio, ou o
inadimplemento do executor com relação a outras cláusulas conveniais básicas;
c) quando o executor deixar de adotar as medidas saneadoras apontadas pelo partícipe repassador
dos recursos ou por integrantes do respectivo sistema de controle interno.
Essas medidas são importantes e buscam resguardar os recursos públicos de eventuais entidades que não
cumprem com os termos pactuados e com a legislação aplicável. Assim, caso uma organização social não
comprove a boa e regular aplicação dos recursos, atestada através do respectivo processo de prestação de
contas, as parcelas subsequentes deverão ficar retidas, até saneamento das impropriedades.
A Lei 8.666/93 determina que os saldos de convênio, enquanto não utilizados, serão obrigatoriamente
aplicados em cadernetas de poupança de instituição financeira oficial se a previsão de seu uso for igual
ou superior a um mês, ou em fundo de aplicação financeira de curto prazo ou operação de mercado aberto
lastreada em títulos da dívida pública, quando a utilização dos mesmos verificar-se em prazos menores que
um mês (§4º). As receitas obtidas dessas aplicações serão consideradas como crédito do convênio e
aplicadas, exclusivamente, no objeto de sua finalidade (§5º).
A tomada de contas especial é um procedimento administrativo que tem por objetivo apurar danos,
identificar responsáveis e obter eventuais ressarcimentos. Caso o titular não tome as medidas cabíveis,
nem instaure a tomada de contas, poderá ser responsabilizado solidariamente pelo dano decorrente do
repasse dos recursos.
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(MJ - 2013) Embora institua normas para licitações e contratos da administração pública, as disposições
da Lei n.º 8.666/1993 aplicam-se, no que couber, aos convênios, acordos, ajustes e outros instrumentos
congêneres celebrados por órgãos e entidades da administração.
Comentários: por força de seu art. 116, as normas da Lei 8.666/1993 aplicam-se, no que couber, aos
convênios, acordos, ajustes e outros instrumentos congêneres celebrados por órgãos e entidades da
Administração. Logo, o item está correto.
Gabarito: correto.
O Regime Diferenciado de Contratações Públicas (RDC) foi instituído pela Medida Provisória 527/2011, que
foi convertida na Lei 12.462, de 4 de agosto de 2011. O RDC é aplicável exclusivamente às licitações e
contratos necessários à realização (art. 1º):
a) dos Jogos Olímpicos e Paraolímpicos de 2016, constantes da Carteira de Projetos Olímpicos a ser
definida pela Autoridade Pública Olímpica (APO);
b) da Copa das Confederações da Federação Internacional de Futebol Associação - Fifa 2013 e da Copa
do Mundo Fifa 2014, definidos pelo Grupo Executivo - Gecopa 2014 do Comitê Gestor instituído para
definir, aprovar e supervisionar as ações previstas no Plano Estratégico das Ações do Governo
Brasileiro para a realização da Copa do Mundo Fifa 2014 - CGCOPA 2014, restringindo-se, no caso de
obras públicas, às constantes da matriz de responsabilidades celebrada entre a União, Estados,
Distrito Federal e Municípios;
c) de obras de infraestrutura e de contratação de serviços para os aeroportos das capitais dos Estados
da Federação distantes até 350 km (trezentos e cinquenta quilômetros) das cidades sedes dos
mundiais referidos acima;
d) das ações integrantes do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC);
e) das obras e serviços de engenharia no âmbito do Sistema Único de Saúde – SUS;
f) das obras e serviços de engenharia para construção, ampliação e reforma e administração de
estabelecimentos penais e de unidades de atendimento socioeducativo;
g) das ações no âmbito da segurança pública;
h) das obras e serviços de engenharia, relacionadas a melhorias na mobilidade urbana ou ampliação
de infraestrutura logística; e
i) dos contratos de locação de bens móveis e imóveis, nos quais o locador realiza prévia aquisição,
construção ou reforma substancial, com ou sem aparelhamento de bens;29
29O art. 47-A da Lei 12.462/2011 (Lei do RDC), cuja redação foi incluída pela Lei 13.190/2015, estabelece que “A
administração pública poderá firmar contratos de locação de bens móveis e imóveis, nos quais o locador realiza prévia
aquisição, construção ou reforma substancial, com ou sem aparelhamento de bens, por si mesmo ou por terceiros, do
bem especificado pela administração”.
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Das situações enumeradas acima, apenas as três primeiras constavam inicialmente. Os demais casos foram
sendo acrescentados posteriormente. Assim, atualmente o RDC é uma lei nacional, pois é aplicável a todos
os entes da Federação. Contudo, no momento em que foi instituído, ele era reservado às cidades que
realizariam os Jogos Olímpicos, Copa do Mundo e a Copa das Confederações (incluindo os aeroportos
distantes até 350 km dessas cidades).
Vejam, portanto, que o RDC tem como objetivo aumentar a eficiência nas contratações. Isso porque ele é
considerado um procedimento mais célere que o previsto na Lei 8.666/1993. Tanto é assim que, aos
poucos, estão sendo incluídas outras situações para a utilização do RDC.
Quando foi implementado, o Regime possuía um caráter temporário, uma vez que terminaria com os Jogos
Olímpicos. Contudo, os novos casos, a exemplo do SUS, são indeterminados, fazendo com que a norma se
estenda indefinitivamente e alcance os demais entes federados.
De acordo com o § 1º do art. 2º do RDC, a opção pelo RDC deverá constar de forma expressa do
instrumento convocatório e resultará no afastamento das normas contidas na Lei no 8.666, de 21 de junho
de 1993, exceto nos casos expressamente previstos na própria Lei do RDC.
Percebam que os princípios enumerados acima são muito semelhantes àqueles previstos na Lei 8.666/1993
(art. 3º). A diferença consta basicamente na inclusão dos princípios da eficiência e da economicidade, que
constam apenas implicitamente na Lei de Licitações.
Além disso, o RDC deve observar algumas diretrizes, são elas (art. 4º):
Nesse caso, a contratação sujeitar-se-á à mesma disciplina de dispensa e inexigibilidade de licitação aplicável às locações
comuns. Além disso, a contratação poderá prever a reversão dos bens à administração pública ao final da locação, desde
que estabelecida no contrato. Por fim, o valor dessa locação não poderá exceder, ao mês, 1% (um por cento) do valor do
bem locado (art. 47-A, §§ 1º, 2º e 3º).
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O parcelamento do objeto, que deve ser aplicado sempre que for possível e não houver perda de economia
de escala, é um instrumento que permite que o objeto seja dividido em partes, permitindo que empresas
de menor porte tenham condições de participar da licitação.
A legislação exige também que as contratações realizadas com base no RDC devem respeitar,
especialmente, as normas relativas à (art. 4º, §1º): (i) disposição final ambientalmente adequada dos
resíduos sólidos gerados pelas obras contratadas; (ii) mitigação por condicionantes e compensação
ambiental, que serão definidas no procedimento de licenciamento ambiental; (iii) utilização de produtos,
equipamentos e serviços que, comprovadamente, reduzam o consumo de energia e recursos naturais; (iv)
avaliação de impactos de vizinhança, na forma da legislação urbanística; (v) proteção do patrimônio
cultural, histórico, arqueológico e imaterial, inclusive por meio da avaliação do impacto direto ou indireto
causado pelas obras contratadas; e (vi) acessibilidade para o uso por pessoas com deficiência ou com
mobilidade reduzida.
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O objeto da licitação deverá ser definido de forma clara e precisa no instrumento convocatório, vedadas
especificações excessivas, irrelevantes ou desnecessárias (art. 5º).
Prosseguindo, o art. 6º apresenta uma importante diferença em relação à Lei de Licitações e Contratos.
Segundo o dispositivo, o orçamento previamente estimado para a contratação será tornado público apenas
e imediatamente após o encerramento da licitação, sem prejuízo da divulgação do detalhamento dos
quantitativos e das demais informações necessárias para a elaboração das propostas. Com efeito, se não
constar do instrumento convocatório, o orçamento estimativo possuirá caráter sigiloso e será
disponibilizado estrita e permanentemente aos órgãos de controle externo e interno (art. 6º, §3º).
Percebam, dessa forma, que os orçamentos estimativos, no RDC, são sigilosos, só podendo ser
disponibilizados aos órgãos de controle interno (CGU, por exemplo) ou externo (TCU, MPU, etc.).
O Tribunal de Contas da União flexibilizou a regra prevista no art. 6º do RDC, que determina que a
divulgação do orçamento sigiloso se dará apenas após o encerramento da licitação. Para a Corte de
Contas, não ocorre quebra de sigilo do orçamento quando de sua divulgação na fase de negociação,
antes, portanto, do encerramento do certame30.
Além disso, nas hipóteses em que for adotado o critério de julgamento por maior desconto, o orçamento
estimativo constará do instrumento convocatório (art. 6º, § 1º), ou seja, não será sigiloso. Por fim, no caso
de julgamento por melhor técnica, o valor do prêmio ou da remuneração será incluído no instrumento
convocatório (art. 6º, § 2º).
Outra importante diferença é que, na aquisição de bens, o RDC permite a indicação de marca ou modelo,
desde que formalmente justificado nas seguintes hipóteses (art. 7º, I):
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Além da indicação de marca ou modelo, a Lei também permite que (art. 7º, II, III e IV):
Percebam que essas medidas são formas que podem ser utilizadas para garantir a qualidade do objeto
contratado.
Enquanto a Lei 8.666/1993 permitia, para a execução indireta, apenas os regimes de empreitada por preço
global, empreitada por preço unitário, tarefa e empreitada integral; o RDC possui os seguintes regimes:
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Os regimes de empreitada por preço global, empreitada integral e contratação integrada devem receber
preferência nas licitações para obras e serviços de engenharia. Ademais, vejam que a contratação integrada
é justamente a novidade do RDC.
Nessa linha, a contratação integrada poderá ser adotada nas obras e serviços de engenharia, no âmbito do
RDC, desde que técnica e economicamente justificada e cujo objeto envolva, pelo menos, uma das
seguintes condições (art. 9º):
Assim, o contratado será responsável por praticamente tudo na execução do projeto. No instrumento
licitatório, constará um anteprojeto de engenharia, que contemplará os documentos técnicos destinados
a possibilitar a caracterização da obra ou serviço, incluindo (art. 9º, § 2º, I): (a) a demonstração e a
justificativa do programa de necessidades, a visão global dos investimentos e as definições quanto ao nível
de serviço desejado; (b) as condições de solidez, segurança, durabilidade e prazo de entrega; (c) a estética
do projeto arquitetônico; e (d) os parâmetros de adequação ao interesse público, à economia na utilização,
à facilidade na execução, aos impactos ambientais e à acessibilidade.
No caso da contratação integrada, o valor estimado da contratação será calculado com base nos valores
praticados pelo mercado, nos valores pagos pela administração pública em serviços e obras similares ou
na avaliação do custo global da obra, aferida mediante orçamento sintético ou metodologia expedita ou
paramétrica (art. 9º, § 2º, II).
Ademais, nas hipóteses em que for adotada a contratação integrada, é vedada a celebração de termos
aditivos aos contratos firmados, exceto nas seguintes situações (art. 9º, § 4º):
Essa vedação sobre a celebração de aditivos, ressalvadas as hipóteses específicas previstas na Lei, trouxe
para o cenário a discussão em relação aos riscos do projeto, que basicamente foram transferidos para a
31Art. 65. [...] § 1º O contratado fica obrigado a aceitar, nas mesmas condições contratuais, os acréscimos ou supressões
que se fizerem nas obras, serviços ou compras, até 25% (vinte e cinco por cento) do valor inicial atualizado do contrato, e,
no caso particular de reforma de edifício ou de equipamento, até o limite de 50% (cinqüenta por cento) para os seus
acréscimos.
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contratada. Como consequência disso, a Lei 13.190/2015 incluiu o § 5º no art. 9º da Lei do RDC, dispondo
o seguinte:
Nesse caso, o dispositivo autorizou a inclusão, no valor do contrato, de uma taxa de risco, que deverá ser
compatível com o objeto da licitação e com as contingências que o contratado terá em virtude de riscos
assumidos.
Mais uma novidade importante do RDC é a possibilidade de estabelecer, na contratação de obras e serviços,
inclusive de engenharia, remuneração variável vinculada ao desempenho da contratada, com base em
metas, padrões de qualidade, critérios de sustentabilidade ambiental e prazo de entrega definidos no
instrumento convocatório e no contrato (art. 10). Porém, a utilização da remuneração variável deverá ser
motivada e respeitará o limite orçamentário fixado pela administração pública para a contratação (art. 10,
parágrafo único).
Além disso, é possível contratar mais de uma empresa ou instituição para executar o mesmo serviço, desde
que não implique perda de economia de escala e não se trate de serviços de engenharia (art. 11, caput e §
2º). Nesse caso, a contratação de mais de uma empresa deverá ser motivada e só poderá ser adotada
quando o objeto da contratação puder ser executado de forma concorrente e simultânea por mais de um
contratado; ou a múltipla execução for conveniente para atender à administração pública. Nessas
hipóteses, a administração pública deverá manter o controle individualizado da execução do objeto
contratual relativamente a cada uma das contratadas.
O procedimento de licitação do RDC observará as seguintes fases, nesta ordem (art. 12):
I - preparatória;
II - publicação do instrumento convocatório;
III - apresentação de propostas ou lances;
IV - julgamento;
V - habilitação;
VI - recursal; e
VII - encerramento.
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Publicação do
Apresentação de
Preparatória instrumento
propostas ou lances
convocatório
Encerramento
A fase de habilitação poderá, mediante ato motivado, anteceder as fases de apresentação de propostas ou
lances e de julgamento, desde que expressamente previsto no instrumento convocatório (art. 12, parágrafo
único).
Percebam que a licitação se inicia antes mesmo da publicação do instrumento convocatório. A preparação
é a fase interna da licitação, que é o momento em que será feito o planejamento do certame.
Prosseguindo, o art. 13 do RDC estabelece que as licitações deverão ser realizadas preferencialmente sob
a forma eletrônica, admitida a presencial. Assim, caso seja adotado o procedimento eletrônico, a
administração pública poderá determinar, como condição de validade e eficácia, que os licitantes
pratiquem seus atos em formato eletrônico.
Concluída a fase interna da licitação, deve ocorrer a publicação do instrumento convocatório, que
representa o início da fase externa. Os prazos mínimos entre a publicação do instrumento convocatório e
a data de apresentação das propostas são os seguintes (art. 15):
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Após a publicação, vem a terceira fase que é a apresentação de propostas ou lances. Nessa etapa, a Lei
permitiu dois modos de disputa (arts. 16 e 17):
✓ aberto: ocorre a apresentação dos lances, que podem ser crescentes ou decrescentes, conforme o
critério de julgamento;
✓ fechado: ocorre a apresentação de propostas, que serão sigilosas até a data e hora designadas para
que sejam divulgadas.
Assim, o sistema aberto é semelhante ao pregão, em que os licitantes poderão apresentar lances durante
a sessão pública. A diferença é que, no RDC, também se admite a formulação de lances crescentes,
particularmente nos critérios de julgamento em que é interessante para a Administração receber uma
receita pela exploração do contrato, como nas licitações cujo critério de julgamento é o maior lance ou
oferta.
Por outro lado, no sistema fechado, o procedimento é semelhante às modalidades comuns previstas na Lei
8.666/1993, em que o vencedor é aquele que apresenta a melhor proposta.
Nas licitações de obras ou serviços de engenharia, após o julgamento das propostas, o licitante vencedor
deverá reelaborar e apresentar à administração pública, por meio eletrônico, as planilhas com indicação
dos quantitativos e dos custos unitários, bem como do detalhamento das Bonificações e Despesas Indiretas
(BDI) e dos Encargos Sociais (ES), com os respectivos valores adequados ao lance vencedor (art. 17, III).
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Além disso, o RDC admite a apresentação de lances intermediários, durante a disputa aberta, na forma
prevista em regulamento (art. 17, § 1º, I). Nessa linha, consideram-se intermediários os lances: (a) iguais
ou inferiores ao maior já ofertado, quando adotado o julgamento pelo critério da maior oferta; ou (b) iguais
ou superiores ao menor já ofertado, quando adotados os demais critérios de julgamento.
O ponto interessante dos lances intermediários é que, quando eles forem admitidos, os licitantes não
precisam, necessariamente, cobrir o melhor lance ofertado até então. Pelo contrário, eles podem oferecer
lances intermediários, que podem ser iguais ou piores do que o melhor ofertado até o momento. Assim,
um licitante pode oferecer um lance que o coloque em uma classificação melhor, não sendo
necessariamente o primeiro colocado.
Ademais, o instrumento convocatório poderá estabelecer intervalo mínimo de diferença de valores entre
os lances, que incidirá tanto em relação aos lances intermediários quanto em relação à proposta que cobrir
a melhor oferta (RRDC, art. 18, parágrafo único).
Além disso, admite-se, no RDC, o reinício da disputa aberta, após a definição da melhor proposta e para a
definição das demais colocações, sempre que existir uma diferença de pelo menos dez por cento entre o
melhor lance e o do licitante subsequente.
A quarta fase, por sua vez, é o julgamento. O julgamento é uma das atribuições da comissão de licitação,
devendo ocorrer conforme os critérios de julgamento previstos no art. 18 do RDC.
Ainda sobre o julgamento, os critérios de julgamento são os seguintes: (i) menor preço ou maior desconto;
(ii) técnica e preço; (iii) melhor técnica ou conteúdo artístico; (iv) maior oferta de preço; ou (v) maior
retorno econômico.
O julgamento por maior desconto terá como referência o preço global fixado no instrumento convocatório,
sendo o desconto estendido aos eventuais termos aditivos (art. 19, § 2º). Além disso, no caso de obras ou
serviços de engenharia, o percentual de desconto apresentado pelos licitantes deverá incidir linearmente
sobre os preços de todos os itens do orçamento estimado constante do instrumento convocatório (art. 19,
§ 3º).
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É realizado pela ponderação objetiva entre as propostas técnica e de preço. O fator de ponderação mais
relevante não poderá ser superior a 70% (art. 20, § 2º). Por exemplo, caso a proposta técnica seja a mais
relevante, ela não poderá corresponder a mais de 70% da pontuação final do licitante.
A Lei do RDC dispõe, ainda, o seguinte sobre o critério de técnica e preço (art. 20):
§ 1o O critério de julgamento a que se refere o caput deste artigo será utilizado quando a
avaliação e a ponderação da qualidade técnica das propostas que superarem os requisitos
mínimos estabelecidos no instrumento convocatório forem relevantes aos fins pretendidos pela
administração pública, e destinar-se-á exclusivamente a objetos:
I - de natureza predominantemente intelectual e de inovação tecnológica ou técnica; ou
II - que possam ser executados com diferentes metodologias ou tecnologias de domínio
restrito no mercado, pontuando-se as vantagens e qualidades que eventualmente forem
oferecidas para cada produto ou solução.
c) melhor técnica ou conteúdo artístico:
Considerará exclusivamente as propostas técnicas ou artísticas apresentadas pelos licitantes com base
em critérios objetivos previamente estabelecidos no instrumento convocatório, no qual será definido o
prêmio ou a remuneração que será atribuída aos vencedores (art. 21). Este critério poderá ser adotado
para contratação de projetos, inclusive arquitetônicos, e trabalhos de natureza técnica, científica ou
artística, excluindo-se os projetos de engenharia (art. 21, parágrafo único).
Será utilizado no caso de contratos que resultem em receita para a administração pública (art. 22). Quando
utilizado o critério de julgamento pela maior oferta de preço, os requisitos de qualificação técnica e
econômico-financeira poderão ser dispensados, conforme dispuser o regulamento (art. 22, § 1º).
Além disso, quando se utilizar este tipo de julgamento, poderá ser exigida a comprovação do recolhimento
de quantia a título de garantia, como requisito de habilitação, limitada a cinco por cento do valor ofertado
(art. 22, § 2º). Nesse caso, o licitante vencedor perderá o valor da entrada (garantia) em favor da
administração pública caso não efetive o pagamento devido no prazo estipulado (art. 22, § 2º).
Um contrato de eficiência tem por objeto a prestação de serviços, que pode incluir a realização de obras e
o fornecimento de bens, com o objetivo de proporcionar economia ao contratante, na forma de redução
de despesas correntes, sendo o contratado remunerado com base em percentual da economia gerada (art.
23, § 1º). Um exemplo de contrato de eficiência seria a realização de uma obra para diminuir os gastos
públicos com energia elétrica e, nesse caso, a remuneração dependerá do percentual de economia gerada
pelo contrato.
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Nas licitações que utilizarem o critério de maior retorno econômico, os licitantes apresentarão proposta
de trabalho e de preço, definidas da seguinte forma (RDC, art. 23, § 2º); (RRDC, art. 37, I e II):
a) a proposta de trabalho deverá contemplar: (i) as obras, serviços ou bens, com respectivos prazos de
realização ou fornecimento; e (ii) a economia que se estima gerar, expressa em unidade de medida
associada à obra, bem ou serviço e expressa em unidade monetária; e
b) a proposta de preço corresponderá a um percentual sobre a economia que se estima gerar durante
determinado período, expressa em unidade monetária.
Nos casos em que não for gerada a economia prevista no contrato de eficiência:
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Ponderação entre as
Técnica e preço propostas técnicas e de
preço
Exclusivamente para
propostas técnicas ou
artísticas
Critérios de Melhor técnica ou
julgamento conteúdo artístico
É fixado um prêmio ou
remuneração para o
vencedor
Percebam que os critérios acima guardam correlação com os critérios/tipos previstos na Lei 8.666/1993,
com exceção do critério de maior retorno econômico, que não apresenta correspondente na Lei de
Licitações e Contratos.
Após o julgamento, se existirem duas ou mais propostas empatadas, serão utilizados os seguintes critérios,
nesta ordem (art. 25):
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a) disputa final, em que os licitantes empatados poderão apresentar nova proposta fechada em ato
contínuo à classificação;
b) a avaliação do desempenho contratual prévio dos licitantes, desde que exista sistema objetivo de
avaliação instituído;
c) os critérios estabelecidos no art. 3o da Lei no 8.248, de 23 de outubro de 1991, e no § 2º do art. 3º
da Lei nº 8.666, de 21 de junho de 1993 (bens produzidos no país, tecnologia desenvolvida no país,
etc.); e
d) sorteio.
Essas regras não prejudicam o favorecimento das MEs e das EPPs, consoante o art. 44 da Lei Complementar
nº 123, de 14 de dezembro de 2006.
Por fim, após a definição do vencedor do certame, a Administração poderá negociar condições mais
vantajosas com o primeiro colocado (art. 26). Ademais, a negociação poderá ser feita com os demais
licitantes, segundo a ordem de classificação inicialmente estabelecida, quando o preço do primeiro
colocado, mesmo após a negociação, for desclassificado por sua proposta permanecer acima do orçamento
estimado.
A quinta fase da licitação no RDC é a habilitação. Aqui, a Lei 12.462/2011 determina expressamente a
aplicação, no que couber, dos arts. 27 a 33 da Lei 8.666/199332. Além disso, o RDC estabelece outras
diretrizes (art. 14):
a) poderá ser exigida dos licitantes a declaração de que atendem aos requisitos de habilitação;
b) será exigida a apresentação dos documentos de habilitação apenas pelo licitante vencedor, exceto
no caso de inversão de fases;
c) no caso de inversão de fases, só serão recebidas as propostas dos licitantes previamente habilitados;
d) em qualquer caso, os documentos relativos à regularidade fiscal poderão ser exigidos em momento
posterior ao julgamento das propostas, apenas em relação ao licitante mais bem classificado;
e) será admitida a participação de licitantes sob a forma de consórcio; e
f) poderão ser exigidos requisitos de sustentabilidade ambiental, na forma da legislação aplicável.
Após a habilitação, segue-se para a sexta fase: recursal. Conforme consta no art. 27 do RDC, a regra é uma
fase recursal única, que ocorrerá após habilitação do licitante vencedor.
Porém, se a habilitação ocorrer antes da apresentação das propostas e lances (no caso de inversão dessas
fases), caberá recurso pela inabilitação. Dessa forma, ocorrerá uma dupla fase de recursos: i) após a fase
de habilitação; ii) após o julgamento das propostas.
Na fase recursal, serão analisados os recursos referentes ao julgamento das propostas ou lances e à
habilitação do vencedor (art. 27, parágrafo único). Além disso, o prazo para interposição de recurso é o
32O art. 27 da Lei 8.666/1993 dispõe que, para habilitação nas licitações, exigir-se-á dos interessados, exclusivamente,
documentação relativa a: I - habilitação jurídica; II - qualificação técnica; III - qualificação econômico-financeira; IV –
regularidade fiscal e trabalhista; e V – cumprimento do disposto no inciso XXXIII do art. 7o da Constituição Federal
(proibição da exploração de trabalho infantil).
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mesmo da Lei 8.666/1993: cinco dias úteis contados a partir da data da intimação ou da lavratura da ata
(art. 45, II).
O recurso será dirigido à autoridade superior, por intermédio da autoridade que praticou o ato recorrido,
cabendo a esta reconsiderar sua decisão no prazo de cinco dias úteis ou, nesse mesmo prazo, fazê-lo subir,
devidamente informado, devendo, nesse caso, a decisão do recurso ser proferida dentro do prazo de cinco
dias úteis, contados do seu recebimento, sob pena de apuração de responsabilidade (art. 45, § 6º).
Após a fase recursal, segue-se para a última fase da licitação no RDC: encerramento. De acordo com o art.
28, exauridos os recursos administrativos, o procedimento licitatório será encerrado e encaminhado à
autoridade superior, que poderá:
a) determinar o retorno dos autos para saneamento de irregularidades que forem supríveis;
b) anular o procedimento, no todo ou em parte, por vício insanável;
c) revogar o procedimento por motivo de conveniência e oportunidade; ou
d) adjudicar o objeto e homologar a licitação.
Dessa forma, encerra-se o procedimento licitatório, que, se for bem sucedido, seguirá para a assinatura do
contrato e execução do objeto.
O RDC trouxe alguns instrumentos denominados de procedimentos auxiliares de licitação. São mecanismos
que tem por objetivo tornar os processos licitatórios mais céleres e eficientes. São procedimentos auxiliares
das licitações regidas pelo RDC (art. 29):
a) pré-qualificação permanente;
b) cadastramento;
c) sistema de registro de preços; e
d) catálogo eletrônico de padronização.
Vejam que a pré-qualificação permanente é uma forma prévia de verificar possíveis empresas que possam
executar determinados serviços ou obras ou para identificar bens que atendam às exigências técnicas.
Dessa forma, a Administração consegue ganhar tempo e manter um rol de fornecedores com condições de
atender aos objetos de futuros contratos.
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condições estabelecidas no regulamento do RDC (art. 30, §§ 1º e 2º). Vejamos outras características da pré-
qualificação:
✓ poderá ser efetuada nos grupos ou segmentos, segundo as especialidades dos fornecedores (art. 30,
§ 3º);
✓ poderá ser parcial ou total, contendo alguns ou todos os requisitos de habilitação ou técnicos
necessários à contratação, assegurada, em qualquer hipótese, a igualdade de condições entre os
concorrentes (art. 30, § 4º);
✓ terá validade de um ano, no máximo, podendo ser atualizada a qualquer tempo (art. 30, § 4º);
O outro instrumento auxiliar é o catálogo eletrônico de padronização de compras, serviços e obras, que
consiste em um sistema informatizado, de gerenciamento centralizado, destinado a permitir a
padronização dos itens a serem adquiridos pela administração pública que estarão disponíveis para a
realização de licitação (art. 33).
De acordo com o RDC, o catálogo eletrônico poderá ser utilizado em licitações cujo critério de julgamento
seja a oferta de menor preço ou de maior desconto e conterá toda a documentação e procedimentos da
fase interna da licitação, assim como as especificações dos respectivos objetos, conforme disposto em
regulamento (art. 33, parágrafo único).
Dessa forma, o catálogo eletrônico é uma forma de cadastrar previamente as especificações dos objetos
da licitação, facilitando a especificação das compras, serviços ou obras a serem contratadas futuramente.
Os outros dois procedimentos auxiliares são o sistema de registro de preços e os registros cadastrais. Aqui
não há nenhuma novidade, pois os dois procedimentos já encontram previsão na Lei 8.666/1993.
Os registros cadastrais poderão ser mantidos para efeito de habilitação dos inscritos em procedimentos
licitatórios e serão válidos por um ano, no máximo, podendo ser atualizados a qualquer tempo (art. 31). Os
registros cadastrais serão amplamente divulgados e ficarão permanentemente abertos para a inscrição de
interessados (art. 31, § 1º). Com efeito, os requisitos para inscrição no registro cadastral constarão no
regulamento e a atuação do licitante no cumprimento de obrigações assumidas será anotada no respectivo
registro cadastral (art. 31, §§ 2º e 3º). Por fim, a qualquer tempo poderá ser alterado, suspenso ou
cancelado o registro do inscrito que deixar de satisfazer as exigências de habilitação ou as estabelecidas
para admissão cadastral (art. 31, § 4º).
Por outro lado, o Sistema de Registro de Preços do Regime Diferenciado de Contratações Públicas
(SRP/RDC) é o conjunto de procedimentos para registro formal de preços para contratações futuras,
relativos à prestação de serviços, inclusive de engenharia, de aquisição de bens e de execução de obras
com características padronizadas especificamente destinado às licitações previstas no RDC.
Poderá aderir ao registro de preços qualquer órgão ou entidade responsável pela execução das atividades
contempladas pelo RDC.
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Por fim, a existência de preços registrados não obriga a administração pública a firmar os contratos que
deles poderão advir, sendo facultada a realização de licitação específica, assegurada ao licitante registrado
preferência em igualdade de condições.
As licitações promovidas consoante o RDC serão processadas e julgadas por comissão permanente ou
especial de licitações, composta majoritariamente por servidores ou empregados públicos pertencentes
aos quadros permanentes dos órgãos ou entidades da administração pública responsáveis pela licitação
(art. 34).
Aproveitando que estamos falando da comissão de licitação, é importante trazer o texto do art. 7º do
Decreto Federal 7.581/2011, que regulamenta o RDC no âmbito federal.
O mais importante nesse dispositivo é que ele deixa claro que a comissão de licitação é responsável por
elaborar as minutas do edital e do contrato, algo que a Lei de Licitações não definia.
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Ademais, os membros da comissão de licitação responderão solidariamente por todos os atos praticados
pela comissão, salvo se posição individual divergente estiver registrada na ata da reunião em que houver
sido adotada a respectiva decisão (art. 34, § 2º).
No entanto, as três primeiras vedações (letras “a”, “b” e “c”) não se aplicam no caso das contratações
integradas (art. 36, § 1º). Isso porque, na contratação integrada, o mesmo licitante será responsável por
todos os estágios necessários para o funcionamento final do objeto, inclusive pela elaboração do projeto
básico e executivo. Assim, essas vedações não teriam sentido na aplicação desse regime de contratação.
Além disso, as vedações acima não impedem, nas licitações para a contratação de obras ou serviços, a
previsão de que a elaboração de projeto executivo constitua encargo do contratado, consoante preço
previamente fixado pela administração pública (art. 36, § 2º).
Ademais, é permitida a participação das pessoas físicas ou jurídicas previstas nas letras “b” e “c” acima em
licitação ou na execução do contrato, como consultor ou técnico, nas funções de fiscalização, supervisão
ou gerenciamento, exclusivamente a serviço do órgão ou entidade pública interessados (art. 36, § 3º).
33 Considera-se participação indireta a existência de qualquer vínculo de natureza técnica, comercial, econômica,
financeira ou trabalhista entre o autor do projeto, pessoa física ou jurídica, e o licitante ou responsável pelos serviços,
fornecimentos e obras, incluindo-se os fornecimentos de bens e serviços a estes necessários (art. 36, § 4º). Essa mesma
disposição aplica-se aos membros da comissão de licitação (art. 36, §5º).
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Também é vedada a contratação direta, sem licitação (casos de dispensa ou inexigibilidade), de pessoa
jurídica na qual haja administrador ou sócio com poder de direção que mantenha relação de parentesco,
inclusive por afinidade, até o terceiro grau civil com:
a) detentor de cargo em comissão ou função de confiança que atue na área responsável pela demanda
ou contratação; e
b) autoridade hierarquicamente superior no âmbito de cada órgão ou entidade da administração
pública.
Por fim, devemos saber que, nos processos de contratação previstos no RDC, aplicam-se as preferências
para fornecedores ou tipos de bens, serviços e obras previstos na legislação, em especial as referidas:34
Os contratos administrativos celebrados com base no RDC serão regidos pelas normas da Lei 8.666/1993,
com exceção das regras específicas previstas na Lei 12.462/2011 (art. 39). Portanto, em regra, os contratos
decorrentes do RDC seguem as normas da Lei de Licitações e Contratos, ressalvando-se apenas as
disposições em contrário do próprio RDC.
Dessa forma, os artigos 40 a 44 da Lei 12.462/2011 estabelecem regras específicas, próprias dos contratos
decorrentes do RDC.
Nesse contexto, dispõe o art. 40 que, quando o convocado não assinar o termo de contrato ou não aceitar
ou retirar o instrumento equivalente no prazo e condições estabelecidos, faculta-se à administração
pública:
a) revogar a licitação, sem prejuízo da aplicação das penalidades previstas na Lei 8.666/1993 ou no RDC;
ou
b) convocar os licitantes remanescentes, na ordem de classificação, para a celebração do contrato nas
condições ofertadas pelo licitante vencedor.
Todavia, na hipótese de nenhum dos licitantes aceitar a contratação nos termos da proposta do licitante
vencedor, a administração pública poderá convocar os licitantes remanescentes, na ordem de classificação,
34Nesta aula, não nos interessa aprofundar essas regras de preferências. Assim, o que o aluno precisa saber apenas é que
as regras de preferências previstas na legislação específica também se aplicam ao RDC.
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para a celebração do contrato nas condições ofertadas por estes, desde que o respectivo valor seja igual
ou inferior ao orçamento estimado para a contratação, inclusive quanto aos preços atualizados nos termos
do instrumento convocatório (art. 40, parágrafo único).
Assim, inicialmente tenta-se firmar o contrato nas condições do licitante vencedor; mas se nenhum dos
demais licitantes concordarem com isso, a Administração poderá firmar o contrato nas condições ofertadas
pelos licitantes remanescentes, na ordem de classificação da licitação.
Além disso, a Lei 8.666/1993 dispõe, no art. 24, XI, que é dispensável a licitação na contratação de
remanescente de obra, serviço ou fornecimento, em consequência de rescisão contratual, desde que
atendida a ordem de classificação da licitação anterior e aceitas as mesmas condições oferecidas pelo
licitante vencedor, inclusive quanto ao preço, devidamente corrigido.
Assim, a Lei de Licitações e Contratos elege como forma de licitação dispensável a contratação de
remanescente de obra, serviço ou fornecimento decorrente de rescisão contratual. Nesse caso, seria
obrigatório seguir as mesmas condições do licitante vencedor.
Contudo, o RDC apresenta uma regra um pouco distinta, dispondo que, nesse mesmo caso de licitação
dispensável, a contratação de remanescente de obra, serviço ou fornecimento de bens, em consequência
de rescisão contratual, observará a ordem de classificação dos licitantes remanescentes e as condições por
estes ofertadas, desde que não seja ultrapassado o orçamento estimado para a contratação.
Prosseguindo, estabelece o RDC que os contratos para a execução das obras previstas no plano plurianual35
poderão ser firmados pelo período nele compreendido, observando as regras de duração do contrato
constantes na Lei 8.666/1993. Nesses termos, a Lei de Licitações e Contratos dispõe que os projetos que
estejam contemplados nas metas estabelecidas no plano plurianual poderão ser prorrogados se houver
interesse da Administração e desde que isso tenha sido previsto no ato convocatório (Lei 8.666/1993, art.
57, I). Portanto, o RDC apenas esclareceu que, nesse caso, os contratos poderão ser firmados no período
previsto no PPA, ainda que ultrapassem a duração do exercício financeiro.
As normas referentes à anulação e revogação das licitações na Lei 8.666/1993 aplicam-se às contratações
realizadas com base no RDC (art. 44)36.
35 O plano plurianual (PPA) é uma lei prevista no art. 165, I, da Constituição Federal, que deve dispor, a cada quatro anos,
sobre as diretrizes, objetivos e metas da administração pública federal para as despesas de capital e outras delas
decorrentes e para as relativas aos programas de duração continuada, de forma regionalizada. Assim, o PPA é o plano de
médio e longo prazos da Administração Pública.
36 As regras sobre revogação e anulação constam no art. 49 da Lei 8.666/1993, nos seguintes termos:
Art. 49. A autoridade competente para a aprovação do procedimento somente poderá revogar a licitação por razões de
interesse público decorrente de fato superveniente devidamente comprovado, pertinente e suficiente para justificar tal
conduta, devendo anulá-la por ilegalidade, de ofício ou por provocação de terceiros, mediante parecer escrito e
devidamente fundamentado.
§ 1o A anulação do procedimento licitatório por motivo de ilegalidade não gera obrigação de indenizar, ressalvado o
disposto no parágrafo único do art. 59 desta Lei.
§ 2o A nulidade do procedimento licitatório induz à do contrato, ressalvado o disposto no parágrafo único do art. 59 desta
Lei.
§ 3o No caso de desfazimento do processo licitatório, fica assegurado o contraditório e a ampla defesa.
§ 4o O disposto neste artigo e seus parágrafos aplica-se aos atos do procedimento de dispensa e de inexigibilidade de
licitação.
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Por fim, o art. 44-A, incluído pela Lei 13.190/2015, estabelece que, nos contratos regidos pelo RDC, poderá
ser admitido o emprego dos mecanismos privados de resolução de disputas, inclusive a arbitragem, a ser
realizada no Brasil e em língua portuguesa – na forma regulamentada na Lei 9.307/1996 –, e a mediação,
para dirimir conflitos decorrentes da sua execução ou a ela relacionados.
Vimos acima que uma das fases do procedimento previsto no RDC é a recursal. Naquele momento, vimos
apenas breves explicações sobre os recursos. Contudo, a Lei 12.462/2011 possui uma seção própria,
estabelecendo regras sobre a formulação de recursos, de pedidos de esclarecimentos sobre a licitação e,
ainda, sobre eventuais impugnações, conforme veremos agora.
Dos atos da administração pública decorrentes da aplicação do RDC caberão: (i) pedidos de esclarecimento
e impugnações ao instrumento convocatório; (ii) recursos; e (iii) representações (art. 45).
a) até dois dias úteis antes da data de abertura das propostas, no caso de licitação para aquisição ou
alienação de bens; ou
b) até cinco dias úteis antes da data de abertura das propostas, no caso de licitação para contratação
de obras ou serviços.
Os recursos, por sua vez, deverão ser elaborados no prazo de até cinco dias úteis contados a partir da data
da intimação ou da lavratura da ata, em face:
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Os licitantes que desejarem apresentar recursos contra ato que defira ou indefira pedido de pré-
qualificação de interessados; de habilitação ou inabilitação de licitante; ou do julgamento das propostas
(letras “a”, “b” e “c” acima) deverão manifestar imediatamente a sua intenção de recorrer, sob pena de
preclusão (art. 45, § 1º).
Vamos explicar! Nos recursos contra a pré-qualificação, habilitação e julgamento das propostas, o
interessado precisa informar imediatamente que irá formular o recurso. Após isso, o licitante terá o prazo
de cinco dias para recorrer. Porém, se não informar imediatamente o desejo, ocorrerá a preclusão, ou seja,
o licitante não terá o prazo de cinco dias para formular o recurso.
Além do direito de recurso, a Administração deverá conceder aos demais licitantes a possibilidade de
apresentar contrarrazões, também no prazo de cinco dias, que começará a correr imediatamente após o
encerramento do prazo recursal (art. 45, § 2º).
Ademais, assegura-se aos licitantes vista dos elementos indispensáveis à defesa de seus interesses (art. 45,
§ 3º).
Na contagem dos prazos previstos no RDC, excluir-se-á o dia do início e incluir-se-á o do vencimento.
Os prazos iniciam-se e expiram-se exclusivamente em dia de expediente no âmbito do órgão ou
entidade (art. 45, §§ 4º e 5º).
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Art. 78. Constituem motivo para rescisão do contrato:
I - o não cumprimento de cláusulas contratuais, especificações, projetos ou prazos;
II - o cumprimento irregular de cláusulas contratuais, especificações, projetos e prazos;
III - a lentidão do seu cumprimento, levando a Administração a comprovar a impossibilidade da conclusão da obra, do
serviço ou do fornecimento, nos prazos estipulados;
IV - o atraso injustificado no início da obra, serviço ou fornecimento;
V - a paralisação da obra, do serviço ou do fornecimento, sem justa causa e prévia comunicação à Administração;
VI - a subcontratação total ou parcial do seu objeto, a associação do contratado com outrem, a cessão ou transferência,
total ou parcial, bem como a fusão, cisão ou incorporação, não admitidas no edital e no contrato;
VII - o desatendimento das determinações regulares da autoridade designada para acompanhar e fiscalizar a sua execução,
assim como as de seus superiores;
VIII - o cometimento reiterado de faltas na sua execução, anotadas na forma do § 1o do art. 67 desta Lei;
IX - a decretação de falência ou a instauração de insolvência civil;
X - a dissolução da sociedade ou o falecimento do contratado;
XI - a alteração social ou a modificação da finalidade ou da estrutura da empresa, que prejudique a execução do contrato;
XII - razões de interesse público, de alta relevância e amplo conhecimento, justificadas e determinadas pela máxima
autoridade da esfera administrativa a que está subordinado o contratante e exaradas no processo administrativo a que se
refere o contrato;
[...]
XVII - a ocorrência de caso fortuito ou de força maior, regularmente comprovada, impeditiva da execução do contrato.
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Ainda sobre o recurso, dispõe o RDC que ele deverá ser dirigido à autoridade superior, por intermédio da
autoridade que praticou o ato recorrido, cabendo a esta reconsiderar sua decisão no prazo de cinco dias
úteis ou, nesse mesmo prazo, fazê-lo subir, devidamente informado. Na sequência, a autoridade superior
deverá proferir a decisão do recurso dentro do prazo de cinco dias úteis, contados do seu recebimento, sob
pena de apuração de responsabilidade (art. 45, § 6º).
Além disso, é possível formular representação, no prazo de cinco dias úteis contados a partir da data da
intimação, relativamente a atos de que não caiba recurso hierárquico.
A Lei 12.462/2011 também estabelece que se aplica ao RDC o disposto no art. 113 da Lei 8.666/1993 (art.
46), que dispõe o seguinte:
Art. 113. O controle das despesas decorrentes dos contratos e demais instrumentos regidos por
esta Lei será feito pelo Tribunal de Contas competente, na forma da legislação pertinente,
ficando os órgãos interessados da Administração responsáveis pela demonstração da
legalidade e regularidade da despesa e execução, nos termos da Constituição e sem prejuízo do
sistema de controle interno nela previsto.
§ 1o Qualquer licitante, contratado ou pessoa física ou jurídica poderá representar ao Tribunal
de Contas ou aos órgãos integrantes do sistema de controle interno contra irregularidades na
aplicação desta Lei, para os fins do disposto neste artigo.
§ 2o Os Tribunais de Contas e os órgãos integrantes do sistema de controle interno poderão
solicitar para exame, até o dia útil imediatamente anterior à data de recebimento das
propostas, cópia de edital de licitação já publicado, obrigando-se os órgãos ou entidades da
Administração interessada à adoção de medidas corretivas pertinentes que, em função desse
exame, lhes forem determinadas.
Portanto, os tribunais de contas possuem competência para controlar as despesas decorrentes dos
contratos firmados no âmbito de RDC.
Aplicam-se às licitações e aos contratos regidos pelo RDC as sanções administrativas, criminais e demais
regras previstas na Lei 8.666/1993 sobre as sanções e a tutela judicial (art. 47. § 2º). Assim, as sanções
administrativas e os crimes constantes na Lei de Licitações e Contratos são aplicáveis nas licitações e
contratos do RDC.
Contudo, a Lei 12.462/2011 possui uma penalidade específica. Nesse contexto, ficará impedido de licitar e
contratar com a União, Estados, Distrito Federal ou Municípios, pelo prazo de até cinco anos, sem prejuízo
das multas previstas no instrumento convocatório e no contrato, bem como das demais cominações legais,
o licitante que (art. 47):
a) convocado dentro do prazo de validade da sua proposta não celebrar o contrato, inclusive nas
hipóteses de convocação dos licitantes remanescentes em decorrência de rescisão contratual
previstas nos arts. 40 e 41 do RDC;
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Comentário:
38A Autoridade Pública Olímpica é um consórcio público interfederativo, que tem por objetivo coordenar a participação
da União, do Estado do Rio de Janeiro e do Município do Rio de Janeiro na preparação e realização dos Jogos Olímpicos e
Paralímpicos de 2016, o planejamento e entrega das obras e serviços necessários à realização do evento (fonte:
http://www.rio2016.com/faq/490).
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A questão traz duas opções conhecidas da LLC, que poderiam deixar o candidato em dúvida, sejam elas o
fato do príncipe (c) e as cláusulas exorbitantes (e). Sendo assim, comentaremos as duas assertivas:
c) o fato do príncipe é uma determinação estatal geral, imprevisível ou inevitável, que atinge reflexamente
o contrato, ocasionando oneração excessiva ao particular, independentemente da vontade deste. Por
conseguinte, o fato do príncipe autorizará a revisão ou a rescisão do contrato, neste último caso quando
tornar impossível o cumprimento das obrigações (§ 5º, art. 65, da Lei 8.666/93). Ou seja, não é a alternativa
que propiciará as ditas prerrogativas ao poder público – ERRADA;
d) é fato que o regime jurídico de direito público dá à Administração algumas prerrogativas que a colocam
em situação de superioridade perante o particular. Essas prerrogativas, são as referidas cláusulas
exorbitantes, que representam a principal diferença entre os contratos de direito público (contratos
administrativos) e os contratos de direito privado.
As outras três opções são “invenção” do avaliador. Até poderíamos ficar em dúvida com a letra A, já que,
nos contratos administrativos, a Administração se encontra em posição de superioridade perante o
contratado. Ainda assim, a expressão “tratados desiguais” não é usual no direito administrativo.
Gabarito: alternativa E.
Segundo a sistemática da Lei nº 8.666/93, assinale a opção que indica o motivo que permite a rescisão
do contrato administrativo.
a) Fato da Administração.
b) Alteração unilateral.
c) Fato do príncipe.
d) Álea econômica.
e) Álea ordinária.
Comentário:
a) essa é a alternativa correta, pois o fato da Administração é toda ação ou omissão do Poder Público, que
incide direta e especificamente sobre o contrato, retardando ou impedindo a sua execução. Ocorre, por
exemplo, quando a Administração deixa de entregar o local da obra ou serviço, não providencia as
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desapropriações necessárias, atrasa os pagamentos, ou pratica qualquer ato impeditivo dos trabalhos a
serem desenvolvidos pela outra parte – CORRETA;
b) a questão não se enquadra nas hipóteses para alteração unilateral pela Administração (inciso I, art. 65),
quais sejam: (i) quando houver modificação do projeto ou das especificações, para melhor adequação
técnica aos seus objetivos; (ii) quando necessária a modificação do valor contratual em decorrência de
acréscimo ou diminuição quantitativa de seu objeto, nos limites permitidos por esta Lei – ERRADA;
c) a teoria do fato do príncipe consagra o direito de indenização a um particular em vista da prática de ato
lícito e regular imputável ao Estado. Ademais, a determinação estatal deve ser geral, influenciando no
contrato apenas de forma reflexa ou indireta (atraso do pagamento não se enquadra). Por exemplo, a
elevação da carga tributária incidente sobre a execução da prestação devida pelo particular – ERRADA;
d) sabemos que a álea econômica é todo acontecimento externo ao contrato, estranho à vontade das
partes, imprevisível e inevitável, que causa desequilíbrio muito grande, tornando a execução do contrato
excessivamente oneroso para o contratado39 - ERRADA;
e) diferente da álea econômica, na qual a situação deve caracterizar-se como imprevisível, inevitável e com
impossibilidade total do cumprimento das obrigações nos termos iniciais, a álea ordinária ou álea normal
trata dos fatos inerentes aos riscos de qualquer contrato40 – ERRADA.
Gabarito: alternativa A.
3. (FGV/MPE AL/2018) A assessoria jurídica, ao ser instada a emitir parecer sobre a juridicidade de
determinada minuta de contrato administrativo, afirmou:
(II) há uma equivalência entre essas obrigações, sendo ambas previamente conhecidas.
Assinale a opção que indica as características dos contratos administrativos apresentadas acima.
a) bilateralidade / comutatividade.
b) confiança recíproca / equilíbrio contratual.
c) autovinculação / equivalência volitiva.
d) comutatividade / formalismo dual.
e) voluntariedade / bilateralidade.
Comentário:
39
Maria Sylvia Zanella Di Pietro (2014, p. 295)
40
Carvalho Filho, 2014, p. 215.
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(I) o ajuste acarreta obrigações para ambas as partes – isso ocorre com o contrato bilateral, em que as duas
partes se obrigam reciprocamente, ou seja, as duas partes possuem as duas obrigações que devem ser
cumpridas;
(II) há uma equivalência entre essas obrigações, sendo ambas previamente conhecidas - essa é uma
característica do contrato chamada de comutatividade. Há uma parcela da doutrina que considera a
comutatividade como desdobramento da bilateralidade. Isso porque também se refere às obrigações das
partes; todavia, não se refere à existência de tais obrigações, mas sim de sua intensidade. Assim,
normalmente existe uma equivalência entre as obrigações das partes contratantes.
Agora, analisemos os demais conceitos da questão, sendo que nem todos eles são, de fato, importantes
para a nossa disciplina (você não precisa sair marcando e “decorando” tudo):
- confiança recíproca: o contrato administrativo é personalíssimo, celebrado intuitu personae. Isso ocorre
porque o preenchimento de determinadas exigências subjetivas e objetivas é sempre decisivo para
determinar a escolha do contratado. Por tal razão, a subcontratação total ou parcial não prevista no edital
de licitação e no contrato, a decretação de falência ou insolvência civil do contratado, a dissolução da
sociedade e o falecimento do contratado são causas que autorizam a rescisão contratual (art. 78 da Lei n.
8.666/93).
- equilíbrio contratual: o entendimento é simples. As partes tomaram suas decisões com base na situação
vigente. Assim, se a situação se modificar, o contrato poderá ficar excessivamente oneroso ou vantajoso
para uma das partes, o que ensejará a sua revisão ou rescisão.
- formalismo dual: o contrato administrativo não tem forma livre, devendo observar o cumprimento de
requisitos intrínsecos e extrínsecos. Em regra, os contratos administrativos devem ter a forma escrita.
Portanto, temos que o item (i) é a bilateralidade e o item (ii) a comutatividade, nos restando a alternativa
‘a’ como gabarito.
Gabarito: alternativa A.
4. (FGV/Câmara de Salvador - BA/2018) De acordo com a Lei nº 8.666/93, a duração dos contratos
administrativos, como regra, fica adstrita à vigência dos respectivos créditos orçamentários, isto é, tem
prazo máximo de 1 (um) ano, como é o caso de contratação para:
a) projetos cujos produtos estejam contemplados nas metas estabelecidas no Plano Plurianual;
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Comentário:
Em regra, a vigência dos contratos administrativos é adstrita à duração dos respectivos créditos
orçamentários. Porém, a Lei de Licitações apresenta algumas exceções, vejamos:
a) os projetos cujos produtos estão contemplados nas metas do PPA poderão ser prorrogados se houver
interesse da Administração e desde que isso tenha sido previsto no ato convocatório (inciso I, art. 57) –
ERRADA;
b) para esse tipo de prestação de serviço, poderá ter a sua duração prorrogada por iguais e sucessivos
períodos com vistas à obtenção de preços e condições mais vantajosas para a administração, limitada a
sessenta meses. Em caráter excepcional, devidamente justificado e mediante autorização da autoridade
superior, este prazo poderá ser prorrogado por mais doze meses (inciso II, art. 57) – ERRADA;
c) outra exceção à regra, na qual poderá a duração estender-se pelo prazo de até 48 (quarenta e oito) meses
após o início da vigência do contrato (inciso IV, art. 57) – ERRADA;
d) essa é uma das exceções que englobam as hipóteses que englobam o art. 24 da Lei 8.666/93, cujos
contratos poderão ter vigência por até 120 (cento e vinte) meses, caso haja interesse da administração
(inciso V, art. 57) – ERRADA;
e) essa é a assertiva que não foge à regra. Como o rol do art. 57 é taxativo e não há previsão desta hipótese
como exceção é de se concluir que a aquisição de veículos novos fica adstrita à vigência dos respectivos
créditos orçamentários – CORRETA.
Gabarito: alternativa E.
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c) fica obrigado a aceitar, nas mesmas condições contratuais, os acréscimos que se fizerem nas obras, até
o limite de 100% (cem por cento);
d) decide, por acordo entre as partes, se concorda com a alteração, que pode ser feita mediante termo
aditivo ao contrato principal sem nova licitação, até o limite de 25% (vinte e cinco por cento);
e) decide, por acordo entre as partes, se concorda com a alteração, que pode ser feita mediante termo
aditivo ao contrato principal sem nova licitação, até o limite de 100% (cem por cento).
Comentário:
a) correto. Os contratos administrativos podem ser alterados unilateralmente pela Administração (inciso I,
art. 65) ou por acordo das partes. Na primeira situação, ocorre uma das prerrogativas ou cláusulas
exorbitantes. Em todos os casos, ademais, deve existir justificativa para a alteração. No caso particular de
reforma de edifício ou de equipamento, que é situação do enunciado, o limite é de até 50% (cinquenta por
cento) para os seus acréscimos (§ 1º, art. 65) – CORRETA;
b) e c) essas previsões não se aplicam para a reforma de edifício ou de equipamento que, como já foi visto,
aborda o limite de até 50% (cinquenta por cento) para os seus acréscimos (§ 1º, art. 65). Portanto, não se
enquadram no contexto da questão – ERRADAS;
d) e e) a alteração quantitativa, dentro dos limites previstos na Lei de Licitações, ocorre de forma unilateral.
Logo, não precisa de acordo das partes – ERRADAS.
Gabarito: alternativa A.
Além do pagamento da fatura propriamente dita, como forma de manutenção do equilíbrio econômico-
financeiro, alguns pagamentos são feitos ao particular contratado, como:
a) a correção monetária, para a atualização da margem de lucro inicialmente acordada, vedado em
qualquer hipótese o critério de atualização financeira dos valores a serem pagos desde a data final do
período de adimplemento de cada parcela até a data do efetivo pagamento;
b) a correção monetária, necessária para manter a atualização do valor global do contrato, sendo proibida
a promoção nos contratos administrativos de compensações financeiras e penalizações, por eventuais
atrasos, e descontos, por eventuais antecipações de pagamentos;
c) a recomposição de preços, que deverá ter por base o índice de inflação oficial, medido mês a mês, e será
utilizada em todos os contratos com prazo de execução igual ou superior a vinte e quatro meses, com o
escopo de manter atualizado o valor global do contrato;
d) o reajustamento de preço, que deverá retratar a variação efetiva do custo de produção, admitida a
adoção de índices específicos ou setoriais, desde a data prevista para apresentação da proposta, ou do
orçamento a que essa proposta se referir, até a data do adimplemento de cada parcela;
e) a revisão de preços, que contemplará toda a correção monetária com base no índice oficial de inflação,
além do aumento no preço dos insumos necessários à execução do contrato, em toda contratação com
valor global igual ou superior a seiscentos mil reais.
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Comentário:
Segundo a Lei de Licitações, é uma das cláusulas necessárias dos contratos: “critério de reajuste, que deverá
retratar a variação efetiva do custo de produção, admitida a adoção de índices específicos ou setoriais,
desde a data prevista para apresentação da proposta, ou do orçamento a que essa proposta se referir, até
a data do adimplemento de cada parcela” (art. 40, XI). Logo, o gabarito é a letra D. Vejamos as outras
opções:
a) a Lei de Licitações assegura: “critério de atualização financeira dos valores a serem pagos, desde a data
final do período de adimplemento de cada parcela até a data do efetivo pagamento” (alínea ‘c’, XIV, art.
40) – ERRADA;
b) não há proibição, da mesma forma, essa também é uma das hipóteses previstas nas condições de
pagamento (alínea ‘d’, XIV, art. 40) – ERRADA;
c) o inciso XI, do art. 40 versa sobre reajuste de preços da produção baseados em índices, que podem ser
específicos ou setoriais. Não há qualquer referência à inflação ou prazo para a mesma "recomposição" –
ERRADA;
e) a correção monetária ocorre por meio de reajustes e não por revisão. Além disso, não existe esta previsão
de valor para a ocorrência do reajuste – ERRADA.
Gabarito: alternativa D.
7. (FGV/SEPOG RO/2017) A sociedade empresária Alfa celebrou contrato administrativo com o ente
federativo Beta, visando ao fornecimento de certos bens de consumo durante doze meses. Ocorre que,
logo após a celebração do contrato, o mesmo ente federativo realizou reforma tributária que onerou
sobremaneira o cumprimento da quase totalidade dos contratos administrativos que celebrara. Em razão
dessa medida, Alfa passou a ter grande prejuízo, tendo dificuldade em continuar a cumprir o contrato.
Comentário:
a) não poderia ser força maior, já que isso seria um evento imprevisível decorrente de conduta humana ou
de evento da natureza – p. ex. greve que paralise o transporte da matéria prima - ERRADA;
b) para quaisquer tributos ou encargos legais criados, alterados ou extintos, bem como a superveniência
de disposições legais, quando ocorridas após a data da apresentação da proposta, de comprovada
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repercussão nos preços contratados, implicarão a revisão destes para mais ou para menos, conforme o
caso. Isso é considerado fato do príncipe, de acordo com a Lei 8.666/93 (§ 5º, art. 65) - CORRETA;
c) o fato da administração ocorre por ação ou omissão do Poder Público, que incide direta e
especificamente sobre o contrato, retardando ou impedindo a sua execução – ERRADA;
d) como já demonstramos na alternativa ‘b’, trata-se de ato lícito, porém, imprevisível – ERRADA;
e) se ocorresse a culpa do ente administrativo, seria o caso de fato da administração. Ademais, não há que
se falar em “culpa” pelo desempenho de atividade legislativa, fundamentada no poder de império do
Estado – ERRADA.
Gabarito: alternativa B.
Comentário:
a) uma característica dos contratos é a existência de prévia licitação. Não se trata, porém, de regra absoluta,
uma vez que existem casos de licitação dispensada, dispensável ou inexigível – CORRETA;
b) para a Lei 8.666/93, considera-se contrato todo e qualquer ajuste entre órgãos ou entidades da
Administração Pública e particulares, em que haja um acordo de vontades para a formação de vínculo e a
estipulação de obrigações recíprocas, seja qual for a denominação utilizada. Ou seja, o contrato é realizado
de acordo com a vontade das partes – CORRETA;
c) a subcontratação não é feita de maneira livre, mas de forma excepcional. O contratado, na execução do
contrato, sem prejuízo das responsabilidades contratuais e legais, poderá subcontratar partes da obra,
serviço ou fornecimento, até o limite admitido, em cada caso, pela Administração (art. 72, Lei 8.666/93) –
CORRETA;
d) os contratos administrativos, em regra, são formais. Além disso, eles admitem as cláusulas exorbitantes
– ERRADA;
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Gabarito: alternativa D.
9. (FGV/Prefeitura de Salvador - BA/2017) A União celebrou contrato com a empresa "Up and Down
Engenharia de Software" para o desenvolvimento de um programa de computação para as Forças
Armadas. O contrato foi celebrado com o valor de R$ 50.000.000,00 (cinquenta milhões de reais).
Durante a execução do contrato, foram encontradas dificuldades referentes à segurança do tráfego de
dados e informações sigilosas.
Comentário:
a) as hipóteses para alteração unilateral pela Administração encontram-se no inciso I do artigo 65, quais
sejam: (i) quando houver modificação do projeto ou das especificações, para melhor adequação técnica
aos seus objetivos; (ii) quando necessária a modificação do valor contratual em decorrência de acréscimo
ou diminuição quantitativa de seu objeto, nos limites permitidos por esta Lei. Em qualquer caso, há que se
manter o equilíbrio econômico-financeiro do contrato. Assim, não se admite a redução do valor com a
manutenção do objeto do contrato – ERRADA;
b) é vedado o contrato com prazo de vigência indeterminado e a toda prorrogação de prazo deverá ser
justificada por escrito e previamente autorizada pela autoridade competente para celebrar o contrato (§
3º, art. 57) – ERRADA;
c) anulação do contrato ocorre por motivos de ilegalidade. No caso de não haver mais interesse, deve-se
rescindir o contrato administrativamente por razões de interesse público (inciso XII, art. 79) – ERRADA;
d) isso mesmo! A Lei apresenta os motivos que justificam as prorrogações dos prazos de início de etapas
de execução, de conclusão e de entrega dos contratos administrativos. Nessas situações, deverão ser
mantidas as demais cláusulas do contrato e assegurada a manutenção de seu equilíbrio econômico-
financeiro. Assim, a alteração do projeto ou especificações, pela Administração é um motivo que legitima
a referida prorrogação (inciso I, § 1º, art. 57) – CORRETA;
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e) o contratado fica obrigado a aceitar, nas mesmas condições contratuais, os acréscimos ou supressões
que se fizerem nas obras, serviços ou compras, até 25% (vinte e cinco por cento) do valor inicial atualizado
do contrato, e, no caso particular de reforma de edifício ou de equipamento, até o limite de 50% (cinquenta
por cento) para os seus acréscimos (§ 1º, art. 65) – ERRADA.
Gabarito: alternativa D.
10. (FGV/Prefeitura de Salvador - BA/2017) Sobre a fiscalização dos contratos administrativos, analise
as afirmativas a seguir.
I. Constitui motivo para avaliação acerca de rescisão do contrato administrativo, a fusão, cisão ou
incorporação da empresa contratada, mesmo que admitidas no edital e no contrato.
II. É permitida a participação do autor do projeto (ou do termo de referência para licitação de obra ou
serviço) como consultor ou técnico nas funções de fiscalização, supervisão ou gerenciamento,
exclusivamente a serviço da Administração interessada.
III. A pessoa jurídica que participar de consórcio responsável pela elaboração do projeto básico ou do
executivo poderá participar indiretamente da execução da obra contratada, exclusivamente no interesse
da Administração Pública.
Comentário:
I – a Lei de Licitações considera como um motivo de rescisão do contrato a fusão, cisão ou incorporação
(ainda que não admitidas no edital e no contrato) – CORRETA;
II – o autor do projeto não pode participar da licitação. Porém, a Lei de Licitações admite a a participação
do autor do projeto ou da empresa a que se refere o inciso II deste artigo, na licitação de obra ou serviço,
ou na execução, como consultor ou técnico, nas funções de fiscalização, supervisão ou gerenciamento,
exclusivamente a serviço da Administração interessada (art. 9º, § 1º) – CORRETA;
III – não poderá participar, direta ou indiretamente, da licitação ou da execução de obra ou serviço e do
fornecimento de bens a eles necessários o autor do projeto, básico ou executivo, pessoa física ou jurídica
(inciso I, art. 9º) – ERRADA.
Gabarito: alternativa D.
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11. (FGV/TRT SC/2017) O Tribunal Regional do Trabalho de Santa Catarina, após processo licitatório
na modalidade pregão, contratou sociedade empresária para fornecimento de determinados materiais
de informática. Ocorre que, além de não ter fornecido todos os produtos contratados, o TRT descobriu
que os entregues eram falsificados pela própria contratada.
De acordo com a Lei nº 8.666/93, pós regular processo administrativo, garantida a ampla defesa à
contratada e observado o princípio da proporcionalidade, o tribunal contratante poderá aplicar-lhe,
dentre outras, a sanção administrativa de:
a) multa de até três vezes o valor do contrato, independentemente de ter sido prevista no contrato, além
de ressarcimento integral do dano, pagamento de multa civil de até cinco vezes o valor do acréscimo
patrimonial e proibição de contratar com o Poder Público por prazo não superior a cinco anos;
b) suspensão temporária de participação em licitação e impedimento de contratar com a Administração
Pública direta ou indireta de quaisquer dos poderes da União, Estados, Municípios e Distrito Federal por
prazo não superior a cinco anos;
c) declaração de inidoneidade para licitar ou contratar com a Administração Pública direta ou indireta de
quaisquer dos poderes da União, Estados, Municípios e Distrito Federal enquanto perdurarem os motivos
determinantes da punição ou até que seja promovida a reabilitação, na forma da lei;
d) proibição de contratar com o Poder Público ou receber benefícios ou incentivos fiscais ou creditícios,
direta ou indiretamente, ainda que por intermédio de outra pessoa jurídica do mesmo grupo empresarial;
e) perda dos bens ou valores acrescidos ilicitamente ao patrimônio, ressarcimento integral do dano,
pagamento de multa civil de até três vezes o valor do acréscimo patrimonial e proibição de contratar com
o Poder Público por prazo não superior a cinco anos.
Comentário:
Devemos observar que a questão pede que seja analisada as alternativas à luz da Lei 8.666/93 (e não da Lei
8.429/92 – Improbidade Administrativa). Assim, temos que:
a) a multa deve ser aplicada na forma prevista no contrato (art. 87, II) – ERRADA;
c) isso mesmo! A declaração de inidoneidade para licitar ou contratar com a Administração Pública deverá
ocorrer enquanto perdurarem os motivos determinantes da punição ou até que seja promovida a
reabilitação perante a própria autoridade que aplicou a penalidade, que será concedida sempre que o
contratado ressarcir a Administração pelos prejuízos resultantes e após decorrido o prazo da sanção
aplicada com base no inciso anterior – CORRETA;
d) e e) a Lei 8.666/93 não prevê essas sanções, já que são penas constantes na Lei de Improbidade (com
alguns ajustes) – ERRADAS.
Gabarito: alternativa C.
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12. (FGV/TRT SC/2017) O Tribunal Regional do Trabalho de Santa Catarina contratou sociedade
empresária para reforma do edifício sede do TRT. No curso do contrato, com base em critérios
discricionários que atendem ao interesse público, a Administração Pública contratante deseja promover
acréscimo quantitativo do objeto do contrato.
De acordo com as disposições da Lei nº 8.666/93, a alteração contratual pretendida no caso em tela:
a) pode ser imposta unilateralmente pela Administração ao contratado até o limite de cinquenta por cento
do valor do contrato, em razão de cláusula exorbitante implicitamente constante no contrato por força de
lei, pela supremacia do interesse público sobre o privado, respeitado o equilíbrio econômico-financeiro do
contrato;
b) pode ser imposta unilateralmente pela Administração e o contratado fica obrigado a aceitar, nas mesmas
condições contratuais, os acréscimos que se fizerem nas obras, até o limite de quinze por cento do valor
inicial atualizado do contrato, em razão da supremacia do interesse público sobre o privado;
c) não pode ser imposta unilateralmente pela Administração, eis que não constou no contrato cláusula
sobre alteração quantitativa de seu objeto, mas pode ser convencionada pelas partes, de forma consensual,
desde que respeitada a economicidade e o valor de mercado, até o limite de vinte e cinco por cento do
valor inicial atualizado do contrato;
d) não pode ser imposta unilateralmente pela Administração, nem pode ser objeto de acordo entre as
partes, devendo ser realizado novo procedimento licitatório para escolha de nova sociedade empresária
interessada em prestar o serviço com valor mais vantajoso para a Administração Pública;
e) não pode ser imposta unilateralmente pela Administração, eis que não constou no contrato cláusula
sobre alteração quantitativa de seu objeto, mas pode ser convencionada pelas partes, de forma consensual,
desde que haja parecer prévio do Tribunal de Contas, até o limite de trinta por cento do valor inicial
atualizado do contrato.
Comentário:
a) correto. Os contratos administrativos podem ser alterados unilateralmente pela Administração (inciso I,
art. 65) ou por acordo das partes. Na primeira situação, ocorre uma das prerrogativas ou cláusulas
exorbitantes. Em todos os casos, ademais, deve existir justificativa para a alteração. No caso particular de
reforma de edifício, que é situação do enunciado, o limite é de até 50% para os seus acréscimos (§ 1º, art.
65) – CORRETA;
b) como comentamos na alternativa anterior, o limite é de 50% (cinquenta por cento) e não 15% (quinze
por cento) – ERRADA;
c), d) e e) nas condições que a questão trouxe, poderá ser imposta unilateralmente, justamente pelas
cláusulas exorbitantes, que são provenientes do princípio da supremacia do interesse público sobre o
privado – ERRADAS.
Gabarito: alternativa A.
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Comentário:
Não há, na Lei 8.666, fundamentação para responder a tal questão. O artigo que mais se aproxima é o art.
67, com o seguinte teor:
Art. 67. A execução do contrato deverá ser acompanhada e fiscalizada por um representante
da Administração especialmente designado, permitida a contratação de terceiros para assisti-
lo e subsidiá-lo de informações pertinentes a essa atribuição.
Dessa forma, iremos analisar a questão sob o prisma doutrinário. Para o autor Hely Lopes Meirelles, a
fiscalização abrange a verificação do material (I) e do trabalho, admitindo testes, provas de carga (II),
experiências de funcionamento (III) e de produção e tudo o mais que se relacionar com a perfeição da obra,
do serviço ou do fornecimento.
Portanto, temos que as três alternativas estão corretas, concluindo ser a letra ‘e’ a nossa assertiva correta.
Gabarito: alternativa E.
14. (FGV/ALERJ/2017) A critério da autoridade competente, em cada caso, e desde que prevista no
instrumento convocatório, poderá ser exigida prestação de garantia nas contratações de obras, serviços
e compras.
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b) para obras, serviços e fornecimentos de grande vulto envolvendo alta complexidade técnica e riscos
financeiros consideráveis, demonstrados através de parecer tecnicamente aprovado pela autoridade
competente, o limite de garantia poderá ser elevado para até dez por cento do valor do contrato;
c) a garantia prestada pelo contratado será liberada ou restituída cinco anos após a execução do contrato,
desde que não esteja em curso qualquer processo administrativo ou judicial questionando o regular e
integral cumprimento do contrato;
d) a única modalidade de garantia que poderá ser aceita pela Administração Pública é caução em dinheiro
ou em títulos da dívida pública, devendo estes ter sido emitidos sob a forma escritural, mediante registro
em sistema centralizado de liquidação e de custódia autorizado pelo Banco Central do Brasil;
e) todos os contratos administrativos deverão conter cláusula obrigatória de garantia, cujo valor será
arbitrado pelo Administrador Público contratante, de acordo com o interesse público, não podendo a
garantia ser exigida em valor inferior a dois terços do valor total do contrato.
Comentário:
a) a garantia prevista no instrumento convocatório da licitação, poderá ser exigida nas contratações de
obras, serviços e compras. Essa garantia não excederá a 5% do valor do contrato e terá seu valor atualizado
nas mesmas condições pactuadas no contrato (§ 2º, art. 56). Ressalvamos, ainda, o previsto para as obras,
serviços e fornecimento de grande vulto, que envolvam alta complexidade cuja garantia não excederá os
10%. Por fim, não existe a previsão para elevação da garantia a 100% nos casos de descumprimento -
ERRADA;
b) conforme visto na alternativa anterior, essa hipótese está prevista na Lei de Licitações e Contratos (§ 3º,
art. 56) – CORRETA;
c) a garantia prestada pelo contratado será liberada ou restituída após a execução do contrato e, quando
em dinheiro, atualizada monetariamente (§ 4º, art. 56) – ERRADA;
d) existem outras garantias. Ao contratado, caberá optar por uma das seguintes modalidades de garantia:
(i) - caução em dinheiro ou em títulos da dívida pública, devendo estes ter sido emitidos sob a forma
escritural, mediante registro em sistema centralizado de liquidação e de custódia autorizado pelo Banco
Central do Brasil e avaliados pelos seus valores econômicos, conforme definido pelo Ministério da Fazenda;
(ii) - seguro-garantia; (iii) - fiança bancária (§ 1º, art. 56) – ERRADA;
e) a previsão normativa induz que a critério da autoridade competente, em cada caso, e desde que prevista
no instrumento convocatório, poderá ser exigida prestação de garantia nas contratações de obras, serviços
e compras (art. 56) – ERRADA.
Gabarito: alternativa B.
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Comentário
==245596==
b) a contratação de terceiro é autorizada, mas apenas para as atividades de assistência e também para
subsidiar as tarefas de fiscalização, nos termos do art. 67, da Lei 8.666/93 – ERRADA;
c) a assertiva corresponde ao que diz a Lei (alínea ‘a’, I, art. 73), portanto está correta – CORRETA;
d) o recebimento provisório ou definitivo não exclui a responsabilidade civil pela solidez e segurança da
obra ou do serviço, nem ético-profissional pela perfeita execução do contrato (§ 2º, art. 73);
e) para os casos previstos na assertiva poderá ser dispensado o recebimento provisório do contrato (inciso
I, art. 74), até o limite da modalidade convite para compras e demais serviços. Observação: a questão foi
adaptada para considerar os novos valores, previstos no Decreto 9.412/2018 – ERRADA.
Gabarito: alternativa C.
16. (FGV/ALERJ/2017) Contrato administrativo celebrado com uma sociedade empresária do ramo da
construção civil para a execução de obra pública foi objeto de dois termos aditivos. O primeiro promoveu
acréscimo de 60% (sessenta por cento) e supressão de 45% (quarenta e cinco por cento) do valor
atualizado do contrato. O segundo estabeleceu, a pedido do contratado, a modificação da garantia do
contrato, com a substituição de títulos da dívida pública por uma garantia hipotecária.
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c) em relação ao primeiro termo aditivo, haveria óbice jurídico porque acréscimos e supressões devem ser
contabilizados isoladamente, sem qualquer compensação, tendo sido ultrapassado o limite de 25% (vinte
e cinco por cento);
d) em relação ao segundo termo aditivo, haveria óbice jurídico em razão da impossibilidade legal de
substituição da garantia durante a execução do contrato;
e) em relação ao segundo termo aditivo, não haveria óbice jurídico para que as partes contratantes, de
comum acordo, substituíssem títulos da dívida pública por uma garantia hipotecária.
Comentário:
Em relação ao 1.º aditivo: o contratado fica obrigado a aceitar, nas mesmas condições contratuais, os
acréscimos ou supressões que se fizerem nas obras, serviços ou compras, até 25% do valor inicial atualizado
do contrato, e, no caso particular de reforma de edifício ou de equipamento, até o limite de 50% para os
seus acréscimos (§ 1º, art. 65). Sendo entendimento do TCU, o seguinte: "Na alteração de valores de
contratos, não pode haver compensação entre acréscimos e decréscimos com intuito de permanecer dentro
do percentual permitido em lei, de 25%. Para isso, o cálculo das modificações deve ser feito de forma
individual sobre o valor original do contrato." (Acórdão 1536/2016 – Plenário).
No tocante ao 2.º aditivo: compete exclusivamente ao contratado escolher, segundo suas conveniências, a
espécie de garantia que prestará à Administração Pública: caução em dinheiro, títulos da dívida pública,
seguro-garantia ou fiança bancária. Ademais, a substituição da garantia depende da concordância da
Administração. Nesse sentido, a Lei n.º 8.666/93 estabelece que os contratos regidos por essa Lei poderão
ser alterados, com as devidas justificativas, nos casos de acordo das partes, quando conveniente a
substituição da garantia de execução (alínea ‘a’, inciso II, art. 65).
As letras A e B estão erradas, por causa dos limites de alteração. Já as opções D e E estão erradas, pois a
substituição da garantia seria possível, por acordo das partes; porém, a garantia hipotecária não é
modalidade de garantia admitida pela Lei de Licitações.
Gabarito: alternativa C.
17. (FGV/MPE BA/2017) Contratos administrativos podem ser definidos como as manifestações de
vontade de duas ou mais pessoas para a celebração de um negócio jurídico, com a participação do poder
público, que atua com as cláusulas exorbitantes, com o escopo de atender ao interesse público.
Nesse contexto, conforme ensina a doutrina de Direito Administrativo, tais cláusulas exorbitantes:
a) decorrem do princípio constitucional da isonomia, colocando o Estado e o particular em igualdade
jurídica na avença;
b) são implícitas em todos os contratos administrativos, não dependendo de expressa previsão no acordo;
c) viabilizam o direito potestativo do Estado de alterar o objeto do contrato, a qualquer momento;
d) permitem à Administração Pública promover a alteração unilateral quantitativa, em regra, de até 10%
do valor inicial;
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Comentário:
a) decorrem do princípio da supremacia do interesse público sobre o particular, que decorre da própria
razão de existir da Administração, ou seja, a Administração atua voltada aos interesses da coletividade.
Assim, em uma situação de conflito entre interesse de um particular e o interesse público, este último deve
predominar – ERRADA;
b) isso mesmo. Tais cláusulas são uma prerrogativa da Administração, que são implícitas em qualquer
contrato administrativo. Lembra-se, ademais, que a própria Lei de Licitações já prevê as cláusulas
exorbitantes, motivo pelo qual a previsão em contrato é dispensável – CORRETA;
c) não se trata de alterar o “objeto” do contrato em si. A Administração fará modificações no objeto,
aumentando ou diminuindo os quantitativos; ou modificando o projeto para melhor adequação ao
interesse público. Além disso, se o contrato já foi concluído e o objeto recebido, não tem como “alterar a
qualquer momento” – ERRADA;
d) conforme já vimos, a alteração é, em regra, de até 25% (para mais ou para menos) (art. 65, § 1º) –
ERRADA;
Gabarito: alternativa B.
18. (FGV/ALERJ/2017) Em relação à duração dos contratos administrativos, a Lei nº 8.666/93 dispõe
que os contratos:
a) em geral devem conter cláusula específica com seu prazo de duração, que pode ser de no máximo vinte
e quatro meses, permitida uma única prorrogação por período de até mais vinte e quatro meses;
b) referentes a projetos, cujos produtos estejam contemplados nas metas estabelecidas no Plano
Plurianual, podem ser prorrogados se houver interesse da Administração e independentemente de que isso
tenha sido previsto no ato convocatório;
c) cujos serviços são executados de forma contínua podem ter a sua duração prorrogada por iguais e
sucessivos períodos com vistas à obtenção de preços e condições mais vantajosas para a Administração,
limitada a sessenta meses;
d) relativos ao aluguel de equipamentos e à utilização de programas de informática podem estender-se
pelo prazo de até doze meses após o final do termo inicial de vigência do contrato, desde que mantido o
mesmo valor unitário previsto no contrato inicial;
e) consistentes em serviços de engenharia não admitem, em qualquer hipótese, prorrogação dos prazos de
início de etapas de execução, de conclusão e de entrega da obra, devendo o contratado responder por
perdas e danos caso não cumpra os prazos contratuais.
Comentário:
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A duração dos contratos está prevista no art. 57 da lei 8.666/93, que assim dispõe:
Art. 57. A duração dos contratos regidos por esta Lei ficará adstrita à vigência dos respectivos créditos
orçamentários [alternativa A – ERRADA], exceto quanto aos relativos:
I - aos projetos cujos produtos estejam contemplados nas metas estabelecidas no Plano Plurianual, os quais
poderão ser prorrogados se houver interesse da Administração e desde que isso tenha sido previsto no ato
convocatório; [alternativa B – ERRADA]
II - à prestação de serviços a serem executados de forma contínua, que poderão ter a sua duração
prorrogada por iguais e sucessivos períodos com vistas à obtenção de preços e condições mais vantajosas
para a administração, limitada a sessenta meses; [alternativa C – CORRETA]
V - às hipóteses previstas nos incisos IX, XIX, XXVIII e XXXI do art. 24, cujos contratos poderão ter vigência
por até 120 (cento e vinte) meses, caso haja interesse da administração.
§1º Os prazos de início de etapas de execução, de conclusão e de entrega admitem prorrogação, mantidas
as demais cláusulas do contrato e assegurada a manutenção de seu equilíbrio econômico-financeiro, desde
que ocorra algum dos seguintes motivos, devidamente autuados em processo (...). [alternativa E –
ERRADA].
Gabarito: alternativa C.
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Comentário:
Em relação aos encargos trabalhistas, o Supremo Tribunal Federal (Rcl AgR 12.758/DF) entende que,
excepcionalmente, no exame de casos concretos, é possível a responsabilização subsidiária (e não solidária)
da Administração, quando se comprovar sua omissão culposa no exercício do seu dever de fiscalização ou
de escolha adequada da empresa a contratar, a chamada culpa in vigilando ou culpa in eligendo (ex: quando
a Administração não toma cuidados básicos para verificar a idoneidade da empresa no momento da
contratação – culpa in eligendo, ou quando a Administração é omissa e displicente na fiscalização da
execução contratual em relação ao cumprimento das obrigações trabalhistas por parte da empresa
contratada – culpa in vigilando). Portanto, podemos concluir que a alternativa D está correta.
Gabarito: alternativa D.
I. É possível a alteração dos contratos regidos pela Lei nº 8.666/93 por acordo das partes, quando
conveniente a substituição da garantia da execução.
II. Somente por acordo das partes é possível haver acréscimos ou supressões que se fizerem nas obras,
serviços ou compras, até 25% (vinte e cinco por cento) do valor inicial atualizado do contrato.
III. É possível a alteração unilateral pela Administração quando houver modificação do projeto ou das
especificações, para melhor adequação técnica aos seus objetivos.
Comentário:
Vamos analisar cada alternativa, de acordo com o art. 65 da Lei de Licitações, que trata sobre a alteração
dos contratos:
- “É possível a alteração dos contratos regidos pela Lei nº 8.666/93 por acordo das partes, quando
conveniente a substituição da garantia da execução” – o art. 65, II, ‘a’ autoriza que os contratos sejam
alterados por acordo entre as partes, quando conveniente a substituição da garantia de execução –
CORRETA;
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- “Somente por acordo das partes é possível haver acréscimos ou supressões que se fizerem nas obras,
serviços ou compras, até 25% (vinte e cinco por cento) do valor inicial atualizado do contrato” – na forma
do art. 65, §2º, o contratado fica obrigado a aceitar, nas mesmas condições contratuais, os acréscimos ou
supressões que se fizerem nas obras, serviços ou compras, até 25% (vinte e cinco por cento) do valor inicial
atualizado do contrato, e, no caso particular de reforma de edifício ou de equipamento, até o limite de 50%
(cinquenta por cento) para os seus acréscimos. Para supressões acima desses limites, é necessário acordo
entre as partes – ERRADA;
- “É possível a alteração unilateral pela Administração quando houver modificação do projeto ou das
especificações, para melhor adequação técnica aos seus objetivos” – a frase corresponde exatamente à
previsão do art. 65, I, ‘a’ – CORRETA.
Gabarito: alternativa C.
Comentário:
A chamada teoria da imprevisão se aplica quando, no curso do contrato, ocorrerem eventos excepcionais
e imprevisíveis, ou previsíveis, porém de consequências incalculáveis, que provocam desequilíbrio da
equação econômico-financeira do ajuste. Tais eventos ensejam a possibilidade de alteração (revisão) do
contrato, quando for possível reestabelecer a sua equação econômico-financeira inicial ou, caso contrário,
a rescisão do ajuste, sem penalidades para as partes. Da teoria da imprevisão, decorrem as situações
denominadas fato do príncipe; fato da administração; caso fortuito e força maior e interferências
imprevisíveis. Esquematizando cada uma dessas situações, temos:
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Na forma do art. 65, §5º, quaisquer tributos ou encargos legais criados, alterados ou extintos, bem como a
superveniência de disposições legais, quando ocorridas após a data da apresentação da proposta, de
comprovada repercussão nos preços contratados, implicarão a revisão destes para mais ou para menos,
conforme o caso. Esse é exatamente o caso trazido pelo enunciado, razão pela qual a alternativa C está
correta.
Gabarito: alternativa C.
Comentário:
a) a alternativa traz a previsão do art. 60, parágrafo único, segundo o qual é nulo e de nenhum efeito o
contrato verbal com a Administração, salvo o de pequenas compras de pronto pagamento, assim
entendidas aquelas de valor não superior a 5% (cinco por cento) do limite estabelecido no art. 23, inciso II,
alínea "a" desta Lei, feitas em regime de adiantamento. Da leitura desse artigo citado, concluímos que
podem ser firmados contratos verbais nas pequenas compras de pronto pagamento, assim entendidas
aquelas de valor não superior a R$8.800,00, em regime de adiantamento – CORRETA;
b) é facultado (e não vedado) à Administração, quando o convocado não assinar o termo de contrato ou
não aceitar ou retirar o instrumento equivalente no prazo e condições estabelecidos, convocar os licitantes
remanescentes, na ordem de classificação, para fazê-lo em igual prazo e nas mesmas condições propostas
pelo primeiro classificado (art. 64, §2º) – ERRADA;
c) os contratos administrativos são contratos de adesão, pois suas cláusulas são estabelecidas
unilateralmente pela Administração. O particular, ao aceitar participar da licitação, demonstra aceitar as
condições do contrato, cuja minuta vem anexa ao edital, na forma do art. 40, §2º, III – ERRADA;
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Gabarito: alternativa A.
23. (FGV/MPE-RJ/2016) O Poder Executivo Estadual, por meio de suas Secretarias de Obras e de Meio
Ambiente, contratou, após regular procedimento licitatório, sociedade empresária para prestar
determinados serviços na área de saneamento básico. Não obstante o poder público contratante ter
cumprido suas obrigações legais e contratuais, a empresa contratada não cumpriu regular e
integralmente o contrato. De acordo com a Lei nº 8.666/93, sem prejuízo das demais sanções previstas
no ordenamento jurídico, pela inexecução parcial do contrato, a Administração Pública poderá,
observado o princípio da proporcionalidade e garantida a prévia defesa, aplicar ao contratado algumas
sanções administrativas, como:
a) multa até o limite do valor do contrato, independentemente de sua previsão no instrumento
convocatório ou no contrato;
b) interdição das instalações físicas da sede da sociedade contratada até o integral ressarcimento ao erário;
c) proibição de contratar com o Poder Público ou receber benefícios ou incentivos fiscais, pelo prazo de até
8 (oito) anos;
d) obrigação de ressarcimento integral do dano ao erário, inclusive decretando a indisponibilidade de bens
até o limite do prejuízo material;
e) suspensão temporária de participação em licitação e impedimento de contratar com a Administração,
por prazo não superior a 2 (dois) anos.
Comentário:
Na forma do art. 87 da Lei, pela inexecução total ou parcial do contrato a Administração poderá, garantida
a prévia defesa, aplicar ao contratado as seguintes sanções:
I - advertência;
Assim, fica claro que a alternativa E é o nosso gabarito. As demais alternativas não representam sanções
previstas na Lei para o caso de inexecução contratual.
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Gabarito: alternativa E.
24. (FGV/IBGE/2016) Consoante estabelece a Lei de Licitações, em tese, constitui motivo para
rescisão do contrato:
a) o atraso justificado no início da obra, serviço ou fornecimento ou o não cumprimento de cláusulas
contratuais, especificações, projetos ou prazos;
b) a paralisação da obra, do serviço ou do fornecimento, independentemente de justa causa e prévia
comunicação à Administração;
c) a lentidão do seu cumprimento, levando a Administração a comprovar a impossibilidade da conclusão
da obra, do serviço ou do fornecimento, nos prazos estipulados;
d) a suspensão de sua execução, por ordem escrita da Administração que atenda ao interesse público, por
prazo superior a 30 (trinta) dias;
e) o atraso superior a 30 (trinta) dias dos pagamentos devidos pela Administração decorrentes de obras,
serviços ou fornecimento, ou parcelas destes, já recebidos ou executados.
Comentário:
Os incisos I a XII e XVII do art. 78 apresentam motivos para a rescisão unilateral do contrato por parte da
Administração, os quais podem ser resumidos em: inadimplência do contratado, com ou sem culpa (não
cumprimento das obrigações; morosidade na execução; atrasos injustificados etc.); interesse público; força
maior ou caso fortuito.
Já os incisos XIII a XVI do art. 78 listam as situações que possibilitam a rescisão amigável ou judicial,
basicamente situações em que há descumprimento contratual por parte da Administração. São elas: falta
de pagamento (atraso superior a 90 dias); não liberação da área, local ou objeto para a execução do
contrato; suspensão do contrato por mais de 120 dias; supressão de valores contratuais em patamares não
toleráveis.
Assim, podemos concluir que a lentidão do seu cumprimento, levando a Administração a comprovar a
impossibilidade da conclusão da obra, do serviço ou do fornecimento, nos prazos estipulados é motivo para
a rescisão do contrato, como previsto no art. 78, III.
Gabarito: alternativa C.
25. (FGV/CODEBA/2016) O Estado ABCD celebrou contrato com a empresa “XYZ Soluções de
Informática e Engenharia”, vencedora de certame licitatório, para a aquisição do serviço de cabeamento
de rede no edifício sede do Governo. Posteriormente ao início do serviço, entretanto, o Estado
determinou uma pequena alteração no projeto, a fim de incluir novos pontos de rede não previstos
inicialmente. A esse respeito, assinale a afirmativa correta.
a) Após a celebração do contrato, a alteração no projeto não é possível, pois os novos serviços incluídos
não foram objeto de licitação.
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b) Após a celebração do contrato, a alteração no projeto é possível, desde que haja expressa concordância
do particular contratado.
c) É possível a prorrogação dos prazos de início de etapas de execução, de conclusão e de entrega do
serviço, para adequar o serviço às alterações do projeto.
d) É possível a alteração das cláusulas econômicas do contrato, a fim de restabelecer o seu equilíbrio
financeiro inicial, mas não é admitida qualquer prorrogação de prazo, para adequar o serviço às alterações
do projeto.
e) Após a celebração do contrato, a alteração no projeto é possível, desde que não tenham sido iniciados
os serviços pela empresa contratada.
Comentário:
A cláusula que prevê os prazos de início de etapas de execução, de conclusão, de entrega, de observação e
de recebimento definitivo, conforme o caso, é obrigatória nos contratos, conforme art. 55, IV da Lei
8.666/93. Além disso, o §1º do art. 57 autoriza que os prazos de início de etapas de execução, de conclusão
e de entrega sejam prorrogados, mantidas as demais cláusulas do contrato e assegurada a manutenção de
seu equilíbrio econômico-financeiro.
Gabarito: alternativa C.
II. O desatendimento das determinações regulares da autoridade designada para acompanhar e fiscalizar
a execução do contrato constitui motivo para a rescisão do mesmo.
III. A inadimplência do contratado, com referência aos encargos trabalhistas, fiscais e comerciais
transfere para a Administração Pública a responsabilidade por seu pagamento.
Assinale:
a) se somente a afirmativa I estiver correta.
b) se somente a afirmativa II estiver correta.
c) se somente as afirmativas I e II estiverem corretas.
d) se somente as afirmativas II e III estiverem corretas.
e) se todas as afirmativas estiverem corretas.
Comentário:
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- A inadimplência do contratado, com referência aos encargos trabalhistas, fiscais e comerciais transfere
para a Administração Pública a responsabilidade por seu pagamento - a inadimplência do contratado,
com referência aos encargos trabalhistas, fiscais e comerciais não transfere à Administração Pública
a responsabilidade por seu pagamento, como prevê a literalidade do art. 71, §1º - ERRADA.
Gabarito: alternativa B.
Comentário:
O atraso injustificado no início de obra, serviço ou fornecimento constitui motivo para a rescisão do
contrato, na forma do art. 78, IV da Lei 8.666/93. Essa alteração pode ser determinada por ato unilateral e
escrito da Administração, conforme prevê o art. 79, I. Assim, correta está a alternativa D.
Gabarito: alternativa D
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Comentário:
Interessante trazer questões desse tipo para que vocês não sejam pegos de surpresa caso a Banca as
cobrem novamente. Cláusulas leoninas são aquelas disposições contratuais inseridas unilateralmente por
uma das partes que se aproveitam de uma situação desigual entre as partes (contratante e contratado).
Essas cláusulas, em regra, são consideradas nulas, não promovendo, no entanto, a nulidade de todo o
contrato. Contextualizado esse tema no direito administrativo, não podemos confundir as cláusulas
leoninas com as cláusulas exorbitantes. Estas são inseridas no contrato administrativo também
unilateralmente por força do regime jurídico administrativo e supremacia do interesse público, contudo,
resguardam ao particular o equilíbrio econômico financeiro do contrato, não promovendo a nulidade do
acordo. Assim, a rescisão unilateral do equilíbrio econômico-financeiro é considerada um exemplo de
cláusula leonina.
Gabarito: alternativa E.
29. (FGV/TJ-RO/2015) A regra é que contratos administrativos podem ter prazos de vigência limitados
ao exercício em que foram iniciados, ou seja, nos respectivos créditos orçamentários. Entretanto, há
situações em que o prazo pode ser alterado, EXCETO a situação em que:
a) o projeto ou suas especificações passem por alterações realizadas pela administração;
b) a prestação de serviços for executada de forma contínua e for prorrogada por iguais e sucessivos
períodos, limitado a 60 meses;
c) o aluguel de equipamentos tenha a duração de até 48 meses após o início da vigência do contrato;
d) o contrato seja celebrado por prazo indeterminado devido à necessidade premente, imprevisível e sem
justificativas;
e) o projeto esteja contemplado no plano plurianual e a prorrogação esteja prevista no ato convocatório.
Comentário:
A questão quer saber se o candidato conhece o teor do art. 57 da Lei de Licitações. Vamos analisar cada
alternativa:
a) segundo o artigo 57, §1º, I, os prazos de início de etapas de execução, de conclusão e de entrega admitem
prorrogação, mantidas as demais cláusulas do contrato e assegurada a manutenção de seu equilíbrio
econômico-financeiro, relativamente à alteração do projeto ou especificações, pela Administração –
CORRETA;
b) em regra, a duração dos contratos regidos pela Lei 8.666/93 ficará adstrita à vigência dos respectivos
créditos orçamentários, exceto quanto aos relativos, dentre outros, à prestação de serviços a serem
executados de forma contínua, que poderão ter a sua duração prorrogada por iguais e sucessivos períodos
com vistas à obtenção de preços e condições mais vantajosas para a administração, limitada a sessenta
meses – CORRETA;
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d) é vedado o contrato com prazo de vigência indeterminado, na forma do art. 57, §3º - ERRADA;
e) os projetos cujos produtos estejam contemplados nas metas estabelecidas no Plano Plurianual poderão
ser prorrogados se houver interesse da Administração e desde que isso tenha sido previsto no ato
convocatório (art. 57, I) – ERRADA.
Gabarito: alternativa D.
Comentário:
Na forma do art. 78, constituem motivo para rescisão do contrato o não cumprimento de cláusulas
contratuais, especificações, projetos ou prazos. Essa rescisão se dá, inclusive, de forma unilateral (art. 79,
I), acarretando as seguintes consequências, sem prejuízo das sanções previstas na lei:
I - assunção imediata do objeto do contrato, no estado e local em que se encontrar, por ato
próprio da Administração;
III - execução da garantia contratual, para ressarcimento da Administração, e dos valores das
multas e indenizações a ela devidos;
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IV - retenção dos créditos decorrentes do contrato até o limite dos prejuízos causados à
Administração.
Pelo exposto, de cara podemos eliminar as alternativas C, D e E. A alternativa B não encontra previsão na
Lei. Portanto, nosso gabarito é a alternativa A.
Gabarito: alternativa A.
Comentário:
O art. 58 da Lei de Licitações reúne a maioria das chamadas “cláusulas exorbitantes” dos contratos
administrativos. São elas as que autorizam a Administração:
V - nos casos de serviços essenciais, ocupar provisoriamente bens móveis, imóveis, pessoal e
serviços vinculados ao objeto do contrato, na hipótese da necessidade de acautelar apuração
administrativa de faltas contratuais pelo contratado, bem como na hipótese de rescisão do
contrato administrativo.
Além dessas, também são consideradas cláusulas exorbitantes a exigência de garantias (ver art. 56) e as
restrições à oposição, pelo contratado, da exceção do contrato não cumprido (ver art. 78, XV).
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a, b e e) as três alternativas estão incorretas, como podemos verificar do artigo mencionado acima –
ERRADAS;
c) a alternativa está correta, como podemos observar do inciso III do artigo 58 – CORRETA;
Gabarito: alternativa C.
32. (FGV/Câmara Municipal de Caruaru-PE/2015) A Lei nº 8.666/93 dispõe sobre características dos
contratos administrativos, inclusive sobre os motivos que ensejam a rescisão de tais contratos. Acerca
do tema, analise as situações descritas a seguir.
Considerando o texto da Lei nº 8.666/93, assinale a opção correta acerca das situações que constituem
motivo para rescisão do contrato administrativo.
a) Apenas os motivos descritos nos itens I e II podem ensejar a rescisão do contrato administrativo.
b) Apenas os motivos descritos nos itens I e III podem ensejar a rescisão do contrato administrativo.
c) Apenas os motivos descritos nos itens II e III podem ensejar a rescisão do contrato administrativo.
d) Todos os itens descrevem motivos que podem ensejar a rescisão do contrato administrativo.
e) Apenas os motivos descritos no item II podem ensejar a rescisão do contrato administrativo.
Comentário:
Os motivos para rescisão do contrato estão previstos no art. 78 da Lei. Vamos tentar encontrar as
afirmativas nos incisos do artigo?
(...)
XVI - a não liberação, por parte da Administração, de área, local ou objeto para execução de
obra, serviço ou fornecimento, nos prazos contratuais, bem como das fontes de materiais
naturais especificadas no projeto.
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Todas as afirmativas, então, são hipóteses de rescisão do contrato, conforme prevê a alternativa D.
Gabarito: alternativa D.
Comentário:
b) o atraso superior a 90 (noventa) dias dos pagamentos devidos pela Administração, decorrentes de obras
ou serviços, já recebidos ou executados, confere ao particular o direito à rescisão unilateral amigável ou
judicial do contrato – ERRADA;
d) os contratos administrativos poderão ser alterados unilateralmente pela Administração, quando houver
modificação do projeto ou das especificações, para melhor adequação técnica aos seus objetivos, nos
termos do art. 58, I da Lei – CORRETA;
e) a rescisão unilateral do contrato pela Administração, em razão da inexecução do contrato por parte do
particular, garante à Administração a assunção imediata do objeto do contrato, nos termos do art. 80, I –
CORRETA.
Gabarito: alternativa B.
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Comentário:
O regime jurídico dos contratos administrativos instituído pela Lei de Licitações confere à Administração,
em relação a eles, a prerrogativa de modificá-los, unilateralmente, para melhor adequação às finalidades
de interesse público, respeitados os direitos do contratado.
As alternativas A, C, D e E trazem cláusulas que podem ser modificadas por acordo entre as partes, na forma
do art. 65, II, ‘a’, ‘b’, ‘d’ e ‘c’ da lei, respectivamente – ERRADAS;
A alternativa B traduz, corretamente, a previsão do art. 65, I, ‘b’ da Lei, que autoriza a modificação unilateral
quando necessária a modificação do valor contratual em decorrência de acréscimo ou diminuição
quantitativa de seu objeto – CORRETA.
Gabarito: alternativa B.
I. Essas cláusulas não viabilizam a aplicação de sanções de forma unilateral, em âmbito administrativo.
II. É possível haver a rescisão unilateral do contrato por parte da Administração, em âmbito
administrativo.
III. A ocupação provisória de bens imóveis apenas poderá ocorrer nos casos de rescisão do contrato
administrativo.
Assinale:
a) se apenas a afirmativa I estiver correta.
b) se apenas a afirmativa II estiver correta.
c) se apenas a afirmativa III estiver correta.
d) se apenas as afirmativas I e II estiverem corretas.
e) se apenas as afirmativas II e III estiverem corretas.
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Comentário:
Para responder a essa questão, vamos relembrar o que temos no artigo 58 da LLC:
Art. 58. O regime jurídico dos contratos administrativos instituído por esta Lei confere à
Administração, em relação a eles, a prerrogativa de:
V - nos casos de serviços essenciais, ocupar provisoriamente bens móveis, imóveis, pessoal e
serviços vinculados ao objeto do contrato, na hipótese da necessidade de acautelar apuração
administrativa de faltas contratuais pelo contratado, bem como na hipótese de rescisão do
contrato administrativo.
Dessa forma, está correta apenas a segunda afirmação, e a nossa resposta, por consequência, é a letra B.
Gabarito: alternativa B.
36. (FGV/DETRAN MA/2013) A respeito da duração dos contratos de serviços que foram contratados
com base na Lei de Licitações, analise as afirmativas a seguir.
II. Os contratos de prestação de serviços a serem executados de forma contínua poderão ter sua duração
prorrogada por iguais e sucessivos períodos, com vistas à obtenção de preços e condições mais vantajosas
para a administração, limitada a 60 (sessenta) meses.
III. Os contratos de projetos, cujos produtos estejam contemplados nas metas estabelecidas no Plano
Plurianual, poderão ser prorrogados se houver interesse da Administração e desde que isso tenha sido
previsto no ato convocatório.
Assinale:
a) se somente a afirmativa II estiver correta.
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Comentário:
Reescrevendo,
II. Os contratos de prestação de serviços a serem executados de forma contínua poderão ter sua duração
prorrogada por iguais e sucessivos períodos, com vistas à obtenção de preços e condições mais vantajosas
para a administração, limitada a 60 (sessenta) meses – CORRETA;
III. Os contratos de projetos, cujos produtos estejam contemplados nas metas estabelecidas no Plano
Plurianual, poderão ser prorrogados se houver interesse da Administração e desde que isso tenha sido
previsto no ato convocatório – CORRETA.
Gabarito: alternativa B.
Com base no fragmento acima, assinale a afirmativa que define a fase da contratualização de serviços,
segundo a Lei de Licitações.
a) Elaboração dos contratos.
b) Rescisão dos contratos.
c) Execução dos contratos.
d) Alterações do contrato.
e) Formalização do contrato.
Comentário:
A fase apresentada na assertiva corresponde à fase de formalidade do contrato. Conforme vimos, todo
contrato deve mencionar os nomes das partes e os de seus representantes, a finalidade, o ato que autorizou
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Gabarito: alternativa E.
O prazo, previsto em lei específica, em relação aos dias de atraso que constituem motivo para rescisão
do contrato, é
a) inferior a sessenta dias.
b) superior a noventa dias.
c) inferior a noventa dias.
d) superior a trinta dias.
e) inferior a trinta dias.
Comentário:
Fixar é necessário! Segundo o artigo 78 da Lei 8.666/93, é motivo para a rescisão do contrato, um atraso
superior a 90 (noventa) dias, nos pagamentos devidos pela Administração, salvo em casos de calamidade
pública e grave perturbação da ordem.
Cabe ressaltar também que, diante dessa situação, o contratado terá o direito de optar pela suspensão do
cumprimento de suas obrigações até que seja normalizada a situação.
Gabarito: alternativa B.
39. (FGV/Senado Federal/2008) Das afirmativas a seguir, uma está errada. Assinale-a.
a) Constitui cláusula necessária do contrato administrativo a indicação da legislação aplicável à sua
execução e aos casos omissos no instrumento contratual.
b) No caso de suspensão da execução do contrato determinada pela Administração por prazo superior a
120 (cento e vinte) dias, ressalvadas algumas exceções, tem o contratado direito a postular a rescisão do
contrato por culpa do ente contratante.
c) Configura-se como cláusula exorbitante dos contratos administrativos aquela em que esteja expresso o
poder da Administração de fiscalizar a sua execução.
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d) Na hipótese de contrato de compras, pode a alteração contratual, como regra, exceder o percentual de
25% (vinte e cinco por cento) do valor inicial atualizado do contrato, desde que haja acordo expresso
firmado pelos contratantes.
e) Se a rescisão contratual tiver por fundamento razões de interesse público, tem o contratado o direito à
indenização por perdas e danos, inclusive o reembolso relativo ao custo da desmobilização.
Comentário:
A Lei 8.666/1993 estabelece que o contratado fica obrigado a aceitar, nas mesmas condições contratuais,
os acréscimos ou supressões que se fizerem nas obras, serviços ou compras, até 25% (vinte e cinco por
cento) do valor inicial atualizado do contrato, e, no caso particular de reforma de edifício ou de
equipamento, até o limite de 50% (cinquenta por cento) para os seus acréscimos. Assim, para compras o
limite de acréscimos é de 25%. Dessa forma, a opção D está errada e é o nosso gabarito.
a) o artigo 55 da LLC estipula as cláusulas necessárias do contrato, entre elas está a “legislação aplicável à
execução do contrato e especialmente aos casos omissos” (inc. XI);
b) essa é a regra prevista no art. 78, inc. XIV, que prevê como hipótese de rescisão do contrato a suspensão
de sua execução, por ordem escrita da Administração, por prazo superior a 120 (cento e vinte) dias, salvo
em caso de calamidade pública, grave perturbação da ordem interna ou guerra, ou ainda por repetidas
suspensões que totalizem o mesmo prazo, independentemente do pagamento obrigatório de indenizações
pelas sucessivas e contratualmente imprevistas desmobilizações e mobilizações e outras previstas,
assegurado ao contratado, nesses casos, o direito de optar pela suspensão do cumprimento das obrigações
assumidas até que seja normalizada a situação;
c) as cláusulas exorbitantes estão previstas, entre outros dispositivo, no art. 58 da Lei 8.666/1993, são elas
as prerrogativas para: (a) modificar, unilateralmente, o contrato para melhor adequação às finalidades de
interesse público, respeitados os direitos do contratado; (b) rescindir o contrato, unilateralmente, nos casos
previstos na Lei; (c) fiscalizar a sua execução; (d) aplicar sanções motivadas pela inexecução total ou parcial
do ajuste; (e) nos casos de serviços essenciais, ocupar provisoriamente bens móveis, imóveis, pessoal e
serviços vinculados ao objeto do contrato, na hipótese da necessidade de acautelar apuração
administrativa de faltas contratuais pelo contratado, bem como na hipótese de rescisão do contrato
administrativo.
e) a Lei 8.666/19993 apresenta os seguintes casos em que o contratado, desde que não seja culpado pela
rescisão, será ressarcido dos prejuízos regularmente comprovados:
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XIV - a suspensão de sua execução, por ordem escrita da Administração, por prazo superior a
120 (cento e vinte) dias, salvo em caso de calamidade pública, grave perturbação da ordem
interna ou guerra, ou ainda por repetidas suspensões que totalizem o mesmo prazo,
independentemente do pagamento obrigatório de indenizações pelas sucessivas e
contratualmente imprevistas desmobilizações e mobilizações e outras previstas, assegurado ao
contratado, nesses casos, o direito de optar pela suspensão do cumprimento das obrigações
assumidas até que seja normalizada a situação;
XVI - a não liberação, por parte da Administração, de área, local ou objeto para execução de
obra, serviço ou fornecimento, nos prazos contratuais, bem como das fontes de materiais
naturais especificadas no projeto;
Nesses casos, ele ainda terá o direito a: (a) devolução de garantia; (b) pagamentos devidos pela execução
do contrato até a data da rescisão; (c) pagamento do custo da desmobilização.
Assim, o item está correto, pois o contratado terá direito à indenização dos prejuízos regularmente
comprovados e ao pagamento do custo de desmobilização.
Gabarito: alternativa D.
40. (FGV/TRE PA/2011) Quanto aos contratos administrativos, é correto afirmar que
a) a celebração de contrato verbal é vedada pela lei, sendo nula e não produzindo efeitos.
b) a rescisão contratual se dá privativamente pela via administrativa.
c) é vedado o contrato com prazo de duração indeterminado.
d) a declaração de nulidade do contrato não opera retroativamente para desconstituir os efeitos jurídicos
já produzidos.
e) a nulidade exonera a administração do dever de indenizar o contratante pelo que este houver executado.
Comentário:
a) em geral, os contratos são formais e escritos. Porém, a Lei permite a utilização de contrato verbal para
compras de valor não superior a R$ 8.800,00, feitas em regime de adiantamento. Para os demais casos, o
contrato verbal será nulo e de nenhum efeito – ERRADA;
b) o modo como as rescisões podem ocorrer estão dispostos no art. 79 da LLC. Vejamos:
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I - determinada por ato unilateral e escrito da Administração, nos casos enumerados nos incisos
I a XII e XVII do artigo anterior;
II - amigável, por acordo entre as partes, reduzida a termo no processo da licitação, desde que
haja conveniência para a Administração;
c) em regra, a duração dos contratos é limitada à vigência dos respectivos créditos orçamentários, exceto
quanto às situações mencionadas no art. 57 da Lei em que são permitidas prorrogações. Contudo, o § 3º
do mesmo artigo determina que é vedado o contrato com prazo de vigência indeterminado. – CORRETA;
d) a anulação da licitação decorre de ilegalidade, operando efeitos retroativos (ex tunc), pois o ato ilegal
não produz consequências jurídicas nem gera direitos ou obrigações entre as partes, podendo ser declarada
pela Administração ou pelo Poder Judiciário – ERRADA;
Gabarito: alternativa C.
41. (FGV/SEFAZ RJ/2011) A respeito do regime jurídico dos contratos administrativo, assinale a
alternativa correta.
a) O contratado é responsável pelos danos causados diretamente à Administração ou a terceiros,
decorrentes de sua culpa ou dolo na execução do contrato, não excluindo ou reduzindo essa
responsabilidade a fiscalização ou o acompanhamento pelo órgão interessado.
b) A duração dos contratos administrativos fica adstrita à vigência dos respectivos créditos orçamentários,
admitida a prorrogação dos contratos de prestação de serviços contínuos e de compras, por iguais e
sucessivos períodos, limitados a sessenta meses, desde que demonstrada a vantajosidade da prorrogação.
c) São consideradas cláusulas exorbitantes aquelas que, em contratos administrativos, rompem o seu
equilíbrio econômico financeiro, sendo, por essa razão, nulas de pleno direito, ensejando ao contratado o
direito à rescisão contratual.
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Comentário:
b) vimos na questão acima que a vigência contratual está disposta no art. 57 da LLC. As situações passíveis
de prorrogação, mencionadas no artigo são:
(1) projetos cujos produtos estejam contemplados nas metas estabelecidas no Plano Plurianual, os
quais poderão ser prorrogados se houver interesse da Administração e desde que isso tenha sido
previsto no ato convocatório;
(2) prestação de serviços a serem executados de forma contínua, que poderão ter a sua duração
prorrogada por iguais e sucessivos períodos com vistas à obtenção de preços e condições mais
vantajosas para a administração, limitada a sessenta meses. Em caráter excepcional,
devidamente justificado e mediante autorização da autoridade superior, este prazo poderá ser
prorrogado por mais doze meses;
(4) as hipóteses de licitação dispensável previstas nos incisos IX, XIX, XXVIII e XXXI do art. 24, cujos
contratos poderão ter vigência por até 120 (cento e vinte) meses, caso haja interesse da
administração.
Dessa forma, os contratos de “compras” não se encontram nas hipóteses de prorrogação – ERRADA;
e) as sanções administrativas estão disciplinadas nos artigos 86, 87 e 88 da Lei de Licitações. Existem cinco
tipos de sanções que podem ser impostas aos contratados: (1) advertência; (2) multa de mora, por
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atraso na execução; (3) multa de ofício, por inexecução total ou parcial, podendo ser aplicada
cumulativamente com a advertência ou com as outras penalidades demonstradas abaixo; (4)
suspensão temporária da possibilidade de participar em licitação e impedimento de contratar com a
Administração por até dois anos; e (5) declaração de inidoneidade para licitar ou contratar com a
Administração Pública enquanto perdurarem os motivos determinantes da punição ou até que seja
promovida a reabilitação perante a própria autoridade que aplicou a penalidade, que será concedida
sempre que o contratado ressarcir a Administração pelos prejuízos resultantes e após decorrido o
prazo da sanção aplicada com base no inciso anterior – ERRADA.
Gabarito: alternativa A.
42. (FGV/ALEMA/2013) Com relação à execução dos contratos administrativos, assinale V para a
afirmativa verdadeira e F para a falsa.
( ) O contrato deverá ser executado fielmente pelas partes, de acordo com as cláusulas avençadas e as
normas desta Lei, respondendo cada uma pelas consequências de sua inexecução total ou parcial.
Comentário:
( ) O contrato deverá ser executado fielmente pelas partes, de acordo com as cláusulas avençadas e as
normas desta Lei, respondendo cada uma pelas consequências de sua inexecução total ou parcial.
O contrato administrativo funciona como qualquer outro contrato em que ambas as partes precisam seguir
o que foi acordado. Ademais, conforme o mencionado no art. 66 da Lei de Licitações e Contratos, cada uma
das partes é responsável pelas consequências da inexecução total ou parcial do contrato – VERDADEIRA;
Segundo o art. 71, cabe ao contratado a responsabilidade pelos encargos trabalhistas, previdenciários,
fiscais e comerciais resultantes da execução do contrato – VERDADEIRA;
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No caso de execução em desacordo com o contrato, caberá à Administração rejeitar o serviço ou obra, no
seu todo ou em partes (art. 76) – FALSA.
Gabarito: alternativa E.
43. (FGV/ALEMA/2013) Com relação ao motivo para rescisão dos contratos administrativos, analise
as afirmativas a seguir.
II. A subcontratação total ou parcial do seu objeto, a associação do contratado com outrem, a cessão ou
transferência, total ou parcial, bem como a fusão, cisão ou incorporação, não admitidas no edital e no
contrato.
Assinale:
a) se somente as afirmativas I e II estiverem corretas.
b) se somente as afirmativas I e III estiverem corretas.
c) se somente as afirmativas II e III estiverem corretas.
d) se somente a afirmativa III estiver correta.
e) se somente a afirmativa II estiver correta.
Comentário:
Embora seja um pouco extenso, vale a pena dar uma olhada em todas as situações que constituem motivo
para rescisão contratual:
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XIV - a suspensão de sua execução, por ordem escrita da Administração, por prazo superior a
120 (cento e vinte) dias, salvo em caso de calamidade pública, grave perturbação da ordem
interna ou guerra, ou ainda por repetidas suspensões que totalizem o mesmo prazo,
independentemente do pagamento obrigatório de indenizações pelas sucessivas e
contratualmente imprevistas desmobilizações e mobilizações e outras previstas, assegurado ao
contratado, nesses casos, o direito de optar pela suspensão do cumprimento das obrigações
assumidas até que seja normalizada a situação;
XVI - a não liberação, por parte da Administração, de área, local ou objeto para execução de
obra, serviço ou fornecimento, nos prazos contratuais, bem como das fontes de materiais
naturais especificadas no projeto;
Parágrafo único. Os casos de rescisão contratual serão formalmente motivados nos autos do
processo, assegurado o contraditório e a ampla defesa.
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XVIII – descumprimento do disposto no inciso V do art. 27, sem prejuízo das sanções penais
cabíveis. (Incluído pela Lei nº 9.854, de 1999)
Dessa forma, dos itens trazidos na assertiva, apenas os dois primeiros correspondem a motivos para a
rescisão (alternativa A). No caso do item III, o correto é “atraso injustificado”.
Gabarito: alternativa A.
44. (FGV/SEFAZ RJ/2011) O regime jurídico dos contratos administrativos previsto na Lei 8.666/93
confere à Administração Pública prerrogativas conhecidas como cláusulas exorbitantes. Dentre tais
cláusulas, inclui-se a prerrogativa de a Administração
a) prorrogar, unilateralmente e por igual período, o contrato administrativo em que demonstrada a
vantajosidade, sob pena de caracterização de inexecução imotivada do ajuste.
b) alterar unilateralmente as cláusulas econômico-financeiras e monetárias do ajuste.
c) exigir prestação de garantia nas contratações de obras, serviços e compras, em valor não excedente a
20% (vinte por cento) do valor do contrato.
d) rescindir unilateralmente o contrato nos casos de inexecução total ou parcial do ajuste, assegurado o
contraditório e a ampla defesa.
e) intervir, por prazo determinado, na prestação do serviço, com o fim de assegurar o adequado
cumprimento das normas contratuais.
Comentário:
Art. 58. O regime jurídico dos contratos administrativos instituído por esta Lei confere à
Administração, em relação a eles, a prerrogativa de:
V - nos casos de serviços essenciais, ocupar provisoriamente bens móveis, imóveis, pessoal e
serviços vinculados ao objeto do contrato, na hipótese da necessidade de acautelar apuração
administrativa de faltas contratuais pelo contratado, bem como na hipótese de rescisão do
contrato administrativo.
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a) as hipóteses de prorrogação não representam cláusulas exorbitantes, uma vez que dependem de
concordância do interessado, ou seja, não se realizam de forma unilateral – ERRADA;
d) esta afirmação está correta. A Administração poderá reincidir o contrato caso a concessionária não esteja
executando o serviço dentro dos padrões estabelecidos no documento contratual – CORRETA;
e) a Lei 8.666/1993 não fala expressamente em “intervir, por prazo determinado”. Além disso, ainda que
se considere que a ocupação provisória de bens móveis, imóveis, pessoal e serviços vinculados ao objeto
do contrato (art. 58, V) seja uma forma de intervenção, o seu objetivo não é especificamente assegurar o
adequado cumprimento das normas contratuais, mas sim apurar administrativamente as faltas contratuais
pelo contratado – ERRADA.
Gabarito: alternativa D.
45. (FGV/SEAD AP/2010) Os contratos regidos pela Lei 8.666/93 podem ser alterados unilateralmente
pela administração pública no caso de:
a) modificação do projeto ou de suas especificações.
b) conveniência na substituição da garantia de execução do contrato.
c) necessidade de modificação do regime de execução da obra ou serviço.
d) não cumprimento de cláusulas contratuais, especificações, projetos ou prazos.
e) ocorrência de caso fortuito ou de força maior, regularmente comprovada, impeditiva da execução do
contrato.
Comentário:
Os contratos administrativos podem ser alterados por acordo das partes ou unilateralmente pela
Administração. Nesse contexto, a alteração unilateral poderá ocorrer quando houver modificação do
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projeto ou das especificações, para melhor adequação técnica aos seus objetivos ou quando for necessária
a modificação do valor contratual em decorrência de acréscimo ou diminuição quantitativa de seu objeto,
nos limites permitidos pela Lei de Licitações (art. 65, I, “a” e “b”). Assim, correta a alternativa A.
Gabarito: alternativa A.
46. (FGV/ALEMA/2013) Assinale a alternativa que representa um dos casos de alteração unilateral de
contrato administrativo com a administração pública.
a) Quando é necessária a modificação do valor contratual em decorrência de acréscimo ou diminuição
quantitativa de seu objeto.
b) Quando há inadimplemento de cláusulas contratuais, abrangendo o cumprimento irregular, a
morosidade indevida e o atraso imotivado da execução.
c) Quando há falência, insolvência civil, dissolução da sociedade ou falecimento do contrato e, ainda,
alteração social.
d) Quando, em decorrência de caso fortuito ou de força maior, é descumprido o objeto contábil.
e) Quando há razões de interesse público motivadas por descumprimento parcial ou integral do objeto
contratual.
Comentário:
a) quando houver modificação do projeto ou das especificações, para melhor adequação técnica aos seus
objetivos;
Em regra, o contratado fica obrigado a aceitar, nas mesmas condições contratuais, os acréscimos ou
supressões que se fizerem nas obras, serviços ou compras, até 25% (vinte e cinco por cento) do valor inicial
atualizado do contrato. No caso particular de reforma de edifício ou de equipamento, o limite é de até 50%
(cinquenta por cento) para os seus acréscimos.
Gabarito: alternativa A.
47. (FGV/AL MT/2013) A União celebrou contrato de obra pública com a empresa X, vencedora de
concorrência, para a construção de uma rodovia de 140 (cento e quarenta) km de extensão. O contrato
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foi celebrado pelo prazo de 24 (vinte e quatro) meses. No decorrer da obra, entretanto, a Administração
verificou a necessidade de alteração no projeto contratado, com o acréscimo de serviços e a prorrogação
do prazo contratual por mais 12 meses.
Comentário:
Ótima questão para finalizar o assunto de alteração unilateral. Vimos que é possível que a Administração
faça a alteração contratual quando houver modificação do projeto ou das especificações, para melhor
adequação técnica aos seus objetivos, logo as opções A e D estão erradas.
Além disso, o contratado fica obrigado a aceitar, nas mesmas condições contratuais, os acréscimos ou
supressões que se fizerem nas obras, serviços ou compras, até 25% (vinte e cinco por cento) do valor inicial
atualizado do contrato. No caso particular de reforma de edifício ou de equipamento, o limite é de até 50%
(cinquenta por cento) para os seus acréscimos. Portanto, a alternativa C está correta, mas a alternativa E
está errada.
Quanto às prorrogações, não há o mencionado impedimento pelo simples fato de o contrato ser de prazo
superior a 12 (doze) meses. Assim, a opção B está errada.
Gabarito: alternativa C.
Comentário:
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O prazo de recurso e de representação é, em regra, de cinco dias úteis, sendo que o recurso é aplicável nos
seguintes casos: (a) habilitação ou inabilitação do licitante; (b) julgamento das propostas; (c) anulação ou
revogação da licitação; (d) indeferimento do pedido de inscrição em registro cadastral, sua alteração ou
cancelamento; (e) rescisão unilateral do contrato por parte da Administração; (f) aplicação das penas de
advertência, suspensão temporária ou de multa.
Todavia, para a modalidade de convite, o prazo do recurso ou de representação diminui para dois dias úteis.
Assim, a resposta correta é a opção D, pois o recurso contra inabilitação é de dois dias para o convite e
cinco para a concorrência pública.
Gabarito: alternativa D.
Comentário:
I. O RDC pode ser utilizado para licitações relativas ao Programa de Aceleração do Crescimento – PAC e às
obras e serviços de engenharia no âmbito do Sistema Único de Saúde – SUS – atualmente, o RDC é uma lei
nacional, pois é aplicável a todos os entes da Federação. Contudo, vale lembrar que, no momento em que
foi instituído, ele era reservado às cidades que realizariam os Jogos Olímpicos, Copa do Mundo e a Copa
das Confederações (incluindo os aeroportos distantes até 350 km dessas cidades) – CORRETA;
II. Às licitações abrangidas pelo RDC não se aplicam as hipóteses de dispensa e inexigibilidade de licitação
previstas na Lei n.º 8.666/93 - a Lei 12.462/2011 expressamente prevê que as hipóteses de dispensa e
inexigibilidade de licitação previstas na Lei 8.666/1993 aplicam-se, no que couber, às contratações
realizadas com base no RDC, seguindo os mesmos procedimentos desta última norma – ERRADA;
III. Na contratação das obras e serviços, inclusive de engenharia, poderá ser estabelecida remuneração
variável vinculada ao desempenho da contratada, com base em metas, padrões de qualidade e critérios de
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sustentabilidade ambiental – isso mesmo. O RDC trouxe como novidade a remuneração variável, prevista
no art. 10 da Lei. Lembrando que a utilização da remuneração variável será motivada e respeitará o limite
orçamentário fixado pela administração pública para a contratação – CORRETA.
Gabarito: alternativa D.
Comentário:
Na execução indireta de obras e serviços de engenharia, são admitidos os seguintes regimes (art. 8º):
IV - empreitada integral; ou
V - contratação integrada.
A lei destaca, ainda, que nas licitações e contratações de obras e serviços de engenharia serão adotados,
preferencialmente, os regimes de empreitada por preço global; empreitada integral e contratação
integrada.
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Gabarito: alternativa A.
51. (FCC/ALESE/2018) A Administração Estadual está executando seu programa de segurança pública,
que contempla um conjunto de ações preventivas e repressivas, incluindo não só o policiamento
ostensivo, mas também a construção e reforma de unidades prisionais. Em relação à construção e
reforma,
a) poderá se valer do modelo de parceria público-privada, sob a modalidade de concessão patrocinada,
cuja contraprestação se dará mediante exploração do trabalho dos próprios presos.
b) poderá se valer do regime diferenciado de contratações, licitando a contratação de uma empreitada
global.
c) deverá licitar a contratação do serviço de obras pela Lei no 8.666/1993, que permitiria a adjudicação pelo
menor preço, garantindo a observância do princípio da economicidade.
d) admite-se a licitação por meio de pregão presencial, sendo indispensável levar à sessão de lances o
projeto básico para aferição da adequação e exequibilidade do trabalho técnico.
e) caberá a contratação de empreitada por preço unitário, modalidade de regime diferenciado de
contratações, considerando que há precisa estimativa e amostragem sobre os itens utilizados para a
edificação da construção.
Comentário:
a) a concessão patrocinada é a concessão de serviços públicos ou de obras públicas de que trata a Lei nº
8.987/95, quando envolver, adicionalmente à tarifa cobrada dos usuários contraprestação pecuniária do
parceiro público ao parceiro privado – ERRADA;
b) o RDC é previsto justamente para as licitações e contratos necessários à realização de obras e serviços
de engenharia para construção, ampliação e reforma e administração de estabelecimentos penais e
unidades de atendimento socioeducativo, bem como de ações no âmbito da segurança pública (art. 1º, VI
e VII da Lei 12.462/2011). No âmbito desse regime, a empreitada por preço global é utilizada quando se
contrata a execução da obra ou do serviço por preço certo e total – CORRETA;
c) a observância do princípio da economicidade nem sempre é garantida pela contratação pelo menor
preço. Nesse sentido, a proposta mais vantajosa não é necessariamente a de menor preço, pois os aspectos
de qualidade também são relevantes nas contratações – ERRADA;
d) o pregão é modalidade utilizada para aquisição de bens e serviços comuns (art. 1º, Lei 10.520/02), e não
para realização de obras públicas – ERRADA;
e) a empreitada por preço unitário ocorre quando se contrata a execução da obra ou do serviço por preço
certo de unidades determinadas (e não por amostragem), conforme art. 2º, III da Lei 12.462/2011 –
ERRADA.
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Gabarito: alternativa B.
52. (FCC/TRF - 5ª Região/2017) Nas licitações processadas pelo regime instituído pelo Regime
Diferenciado de Construções Públicas − RDC, Lei nº 12.462/2011, aplicam-se
a) tanto as disposições constantes da Lei nº 8.666/1993, como as da Lei nº 10.520/2002, conhecida como
Lei do Pregão, por serem leis gerais sobre licitações.
b) as disposições constantes da Lei nº 8.666/1993 apenas nos casos em que a lei que instituiu o Regime
Diferenciado de Contratações expressamente admitir.
c) apenas e de forma subsidiária as disposições da Lei nº 10.520/2002, considerando que em muito se
assemelha àquela,em especial na disciplina das sanções.
d) subsidiariamente as disposições da Lei nº 8.666/1993 no que concerne às modalidades licitatórias,
considerando que a própria Lei assim o admite.
e) indistintamente e de forma subsidiária as disposições da Lei nº 8.666/1993, pois prevê, expressamente,
a aplicação da Lei Geral de Licitações, da mesma forma que o fez a Lei nº 10.520/2002.
Comentário:
A Lei 12.462/11 determina que opção pelo RDC deverá constar de forma expressa do instrumento
convocatório e resultará no afastamento das normas contidas na Lei no 8.666/93, exceto nos casos
expressamente previstos na própria Lei.
Gabarito: alternativa B.
53. (FCC/DPE-RS/2017) Considere que o Estado intente licitar a contratação para construção de novos
estabelecimentos penais, em função da grave crise de segurança pública instalada recentemente. Para
tanto, pretende utilizar o Regime Diferenciado de Contratações Públicas − RDC, disciplinado pela Lei n°
12.462/2011 e suas alterações. Considerando as disposições legais aplicáveis, a intenção do Estado
afigura-se
a) cabível, eis que se trata de um dos objetos previstos legalmente, podendo, inclusive, ser fixada
remuneração variável para o contratado, vinculada ao prazo de entrega estabelecido contratualmente.
b) cabível apenas se caracterizada, em despacho fundamentado da autoridade competente, situação
emergencial ou necessidade de atendimento inadiável a relevante interesse público.
c) cabível apenas se a obra em questão estiver inserida no Programa de Aceleração do Crescimento − PAC,
podendo, neste caso, ser licitada sob a modalidade contratação integrada.
d) incabível, eis que o objeto em questão não se insere no rol taxativo fixado pela legislação, podendo o
Estado, todavia, valer-se do cadastro integrado previsto na referida lei para fins de verificação dos
requisitos de habilitação no âmbito da licitação regida pela Lei n° 8.666/1993.
e) incabível, salvo se as obras forem financiadas com recursos de bancos ou instituições de fomento
públicas e estiverem correlacionadas a algum dos eventos descritos na legislação citada.
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Comentário:
No momento em que foi instituído, o RDC era reservado às cidades que realizariam os Jogos Olímpicos,
Copa do Mundo e a Copa das Confederações. Depois, aumentou-se sua abrangência, e hoje é aplicável
exclusivamente às licitações e contratos necessários à realização (art. 1º):
a) dos Jogos Olímpicos e Paraolímpicos de 2016, constantes da Carteira de Projetos Olímpicos a ser definida pela
Autoridade Pública Olímpica (APO);
b) da Copa das Confederações da Federação Internacional de Futebol Associação - Fifa 2013 e da Copa do Mundo
Fifa 2014, definidos pelo Grupo Executivo - Gecopa 2014 do Comitê Gestor instituído para definir, aprovar e
supervisionar as ações previstas no Plano Estratégico das Ações do Governo Brasileiro para a realização da
Copa do Mundo Fifa 2014 - CGCOPA 2014, restringindo-se, no caso de obras públicas, às constantes da matriz
de responsabilidades celebrada entre a União, Estados, Distrito Federal e Municípios;
c) de obras de infraestrutura e de contratação de serviços para os aeroportos das capitais dos Estados da
Federação distantes até 350 km (trezentos e cinquenta quilômetros) das cidades sedes dos mundiais referidos
acima;
d) das ações integrantes do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC);
e) das obras e serviços de engenharia no âmbito do Sistema Único de Saúde – SUS;
f) das obras e serviços de engenharia para construção, ampliação e reforma e administração de estabelecimentos
penais e de unidades de atendimento socioeducativo;
g) das ações no âmbito da segurança pública;
h) das obras e serviços de engenharia, relacionadas a melhorias na mobilidade urbana ou ampliação de
infraestrutura logística; e
i) dos contratos de locação de bens móveis e imóveis, nos quais o locador realiza prévia aquisição, construção
ou reforma substancial, com ou sem aparelhamento de bens;41
j) das ações em órgãos e entidades dedicados à ciência, à tecnologia e à inovação;
k) licitações e contratos necessários à realização de obras e serviços de engenharia no âmbito dos sistemas
públicos de ensino e de pesquisa, ciência e tecnologia (art. 1º, § 3º).
Assim, para construção de novos estabelecimentos penais pode ser utilizado o RDC, conforme alternativa
A, nosso gabarito.
As alternativas C, D e E estão, pelo exposto, erradas. Quanto à alternativa B, não existe essa ressalva na Lei.
Gabarito: alternativa A.
41O art. 47-A da Lei 12.462/2011 (Lei do RDC), cuja redação foi incluída pela Lei 13.190/2015, estabelece que “A
administração pública poderá firmar contratos de locação de bens móveis e imóveis, nos quais o locador realiza prévia
aquisição, construção ou reforma substancial, com ou sem aparelhamento de bens, por si mesmo ou por terceiros, do bem
especificado pela administração”. Nesse caso, a contratação sujeitar-se-á à mesma disciplina de dispensa e inexigibilidade
de licitação aplicável às locações comuns. Além disso, a contratação poderá prever a reversão dos bens à administração
pública ao final da locação, desde que estabelecida no contrato. Por fim, o valor dessa locação não poderá exceder, ao
mês, 1% (um por cento) do valor do bem locado (art. 47-A, §§ 1º, 2º e 3º).
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Bons estudos.
HERBERT ALMEIDA.
http://www.estrategiaconcursos.com.br/cursosPorProfessor/herbert-almeida-3314/
@profherbertalmeida
/profherbertalmeida
/profherbertalmeida
/profherbertalmeida e /controleexterno
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convocatório, constatou a possibilidade de rescisão do contrato, ressalvadas certas exceções, caso haja
atraso superior a 90 dias dos pagamentos devidos pela Administração Pública.
Segundo a sistemática da Lei nº 8.666/93, assinale a opção que indica o motivo que permite a rescisão
do contrato administrativo.
a) Fato da Administração.
b) Alteração unilateral.
c) Fato do príncipe.
d) Álea econômica.
e) Álea ordinária.
3. (FGV/MPE AL/2018) A assessoria jurídica, ao ser instada a emitir parecer sobre a juridicidade de
determinada minuta de contrato administrativo, afirmou:
(II) há uma equivalência entre essas obrigações, sendo ambas previamente conhecidas.
Assinale a opção que indica as características dos contratos administrativos apresentadas acima.
a) bilateralidade / comutatividade.
b) confiança recíproca / equilíbrio contratual.
c) autovinculação / equivalência volitiva.
d) comutatividade / formalismo dual.
e) voluntariedade / bilateralidade.
4. (FGV/Câmara de Salvador - BA/2018) De acordo com a Lei nº 8.666/93, a duração dos contratos
administrativos, como regra, fica adstrita à vigência dos respectivos créditos orçamentários, isto é, tem
prazo máximo de 1 (um) ano, como é o caso de contratação para:
a) projetos cujos produtos estejam contemplados nas metas estabelecidas no Plano Plurianual;
b) prestação de serviços a serem executados pelo contratado de forma contínua;
c) aluguel de equipamentos e utilização de programas de informática;
d) fornecimento de bens e serviços, que envolvam, cumulativamente, alta complexidade tecnológica e
defesa nacional, na forma da lei;
e) aquisição de veículos novos, visando à renovação da frota oficial dos carros do órgão contratante.
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a) fica obrigado a aceitar, nas mesmas condições contratuais, os acréscimos que se fizerem nas obras, até
o limite de 50% (cinquenta por cento);
b) fica obrigado a aceitar, nas mesmas condições contratuais, os acréscimos que se fizerem nas obras, até
o limite de 25% (vinte e cinco por cento);
c) fica obrigado a aceitar, nas mesmas condições contratuais, os acréscimos que se fizerem nas obras, até
o limite de 100% (cem por cento);
d) decide, por acordo entre as partes, se concorda com a alteração, que pode ser feita mediante termo
aditivo ao contrato principal sem nova licitação, até o limite de 25% (vinte e cinco por cento);
e) decide, por acordo entre as partes, se concorda com a alteração, que pode ser feita mediante termo
aditivo ao contrato principal sem nova licitação, até o limite de 100% (cem por cento).
Além do pagamento da fatura propriamente dita, como forma de manutenção do equilíbrio econômico-
financeiro, alguns pagamentos são feitos ao particular contratado, como:
a) a correção monetária, para a atualização da margem de lucro inicialmente acordada, vedado em
qualquer hipótese o critério de atualização financeira dos valores a serem pagos desde a data final do
período de adimplemento de cada parcela até a data do efetivo pagamento;
b) a correção monetária, necessária para manter a atualização do valor global do contrato, sendo proibida
a promoção nos contratos administrativos de compensações financeiras e penalizações, por eventuais
atrasos, e descontos, por eventuais antecipações de pagamentos;
c) a recomposição de preços, que deverá ter por base o índice de inflação oficial, medido mês a mês, e será
utilizada em todos os contratos com prazo de execução igual ou superior a vinte e quatro meses, com o
escopo de manter atualizado o valor global do contrato;
d) o reajustamento de preço, que deverá retratar a variação efetiva do custo de produção, admitida a
adoção de índices específicos ou setoriais, desde a data prevista para apresentação da proposta, ou do
orçamento a que essa proposta se referir, até a data do adimplemento de cada parcela;
e) a revisão de preços, que contemplará toda a correção monetária com base no índice oficial de inflação,
além do aumento no preço dos insumos necessários à execução do contrato, em toda contratação com
valor global igual ou superior a seiscentos mil reais.
7. (FGV/SEPOG RO/2017) A sociedade empresária Alfa celebrou contrato administrativo com o ente
federativo Beta, visando ao fornecimento de certos bens de consumo durante doze meses. Ocorre que,
logo após a celebração do contrato, o mesmo ente federativo realizou reforma tributária que onerou
sobremaneira o cumprimento da quase totalidade dos contratos administrativos que celebrara. Em razão
dessa medida, Alfa passou a ter grande prejuízo, tendo dificuldade em continuar a cumprir o contrato.
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c) fato da administração, o que permite que Alfa pleiteie a restauração do equilíbrio econômico-financeiro.
d) ato lícito e previsível, não tendo qualquer reflexo sobre as obrigações assumidas com Alfa.
e) causa de inexecução do contrato administrativo por culpa do ente federativo.
9. (FGV/Prefeitura de Salvador - BA/2017) A União celebrou contrato com a empresa "Up and Down
Engenharia de Software" para o desenvolvimento de um programa de computação para as Forças
Armadas. O contrato foi celebrado com o valor de R$ 50.000.000,00 (cinquenta milhões de reais).
Durante a execução do contrato, foram encontradas dificuldades referentes à segurança do tráfego de
dados e informações sigilosas.
10. (FGV/Prefeitura de Salvador - BA/2017) Sobre a fiscalização dos contratos administrativos, analise
as afirmativas a seguir.
I. Constitui motivo para avaliação acerca de rescisão do contrato administrativo, a fusão, cisão ou
incorporação da empresa contratada, mesmo que admitidas no edital e no contrato.
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II. É permitida a participação do autor do projeto (ou do termo de referência para licitação de obra ou
serviço) como consultor ou técnico nas funções de fiscalização, supervisão ou gerenciamento,
exclusivamente a serviço da Administração interessada.
III. A pessoa jurídica que participar de consórcio responsável pela elaboração do projeto básico ou do
executivo poderá participar indiretamente da execução da obra contratada, exclusivamente no interesse
da Administração Pública.
11. (FGV/TRT SC/2017) O Tribunal Regional do Trabalho de Santa Catarina, após processo licitatório
na modalidade pregão, contratou sociedade empresária para fornecimento de determinados materiais
de informática. Ocorre que, além de não ter fornecido todos os produtos contratados, o TRT descobriu
que os entregues eram falsificados pela própria contratada.
De acordo com a Lei nº 8.666/93, pós regular processo administrativo, garantida a ampla defesa à
contratada e observado o princípio da proporcionalidade, o tribunal contratante poderá aplicar-lhe,
dentre outras, a sanção administrativa de:
a) multa de até três vezes o valor do contrato, independentemente de ter sido prevista no contrato, além
de ressarcimento integral do dano, pagamento de multa civil de até cinco vezes o valor do acréscimo
patrimonial e proibição de contratar com o Poder Público por prazo não superior a cinco anos;
b) suspensão temporária de participação em licitação e impedimento de contratar com a Administração
Pública direta ou indireta de quaisquer dos poderes da União, Estados, Municípios e Distrito Federal por
prazo não superior a cinco anos;
c) declaração de inidoneidade para licitar ou contratar com a Administração Pública direta ou indireta de
quaisquer dos poderes da União, Estados, Municípios e Distrito Federal enquanto perdurarem os motivos
determinantes da punição ou até que seja promovida a reabilitação, na forma da lei;
d) proibição de contratar com o Poder Público ou receber benefícios ou incentivos fiscais ou creditícios,
direta ou indiretamente, ainda que por intermédio de outra pessoa jurídica do mesmo grupo empresarial;
e) perda dos bens ou valores acrescidos ilicitamente ao patrimônio, ressarcimento integral do dano,
pagamento de multa civil de até três vezes o valor do acréscimo patrimonial e proibição de contratar com
o Poder Público por prazo não superior a cinco anos.
12. (FGV/TRT SC/2017) O Tribunal Regional do Trabalho de Santa Catarina contratou sociedade
empresária para reforma do edifício sede do TRT. No curso do contrato, com base em critérios
discricionários que atendem ao interesse público, a Administração Pública contratante deseja promover
acréscimo quantitativo do objeto do contrato.
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De acordo com as disposições da Lei nº 8.666/93, a alteração contratual pretendida no caso em tela:
a) pode ser imposta unilateralmente pela Administração ao contratado até o limite de cinquenta por cento
do valor do contrato, em razão de cláusula exorbitante implicitamente constante no contrato por força de
lei, pela supremacia do interesse público sobre o privado, respeitado o equilíbrio econômico-financeiro do
contrato;
b) pode ser imposta unilateralmente pela Administração e o contratado fica obrigado a aceitar, nas mesmas
condições contratuais, os acréscimos que se fizerem nas obras, até o limite de quinze por cento do valor
inicial atualizado do contrato, em razão da supremacia do interesse público sobre o privado;
c) não pode ser imposta unilateralmente pela Administração, eis que não constou no contrato cláusula
sobre alteração quantitativa de seu objeto, mas pode ser convencionada pelas partes, de forma consensual,
desde que respeitada a economicidade e o valor de mercado, até o limite de vinte e cinco por cento do
valor inicial atualizado do contrato;
d) não pode ser imposta unilateralmente pela Administração, nem pode ser objeto de acordo entre as
partes, devendo ser realizado novo procedimento licitatório para escolha de nova sociedade empresária
interessada em prestar o serviço com valor mais vantajoso para a Administração Pública;
e) não pode ser imposta unilateralmente pela Administração, eis que não constou no contrato cláusula
sobre alteração quantitativa de seu objeto, mas pode ser convencionada pelas partes, de forma consensual,
desde que haja parecer prévio do Tribunal de Contas, até o limite de trinta por cento do valor inicial
atualizado do contrato.
14. (FGV/ALERJ/2017) A critério da autoridade competente, em cada caso, e desde que prevista no
instrumento convocatório, poderá ser exigida prestação de garantia nas contratações de obras, serviços
e compras.
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b) para obras, serviços e fornecimentos de grande vulto envolvendo alta complexidade técnica e riscos
financeiros consideráveis, demonstrados através de parecer tecnicamente aprovado pela autoridade
competente, o limite de garantia poderá ser elevado para até dez por cento do valor do contrato;
c) a garantia prestada pelo contratado será liberada ou restituída cinco anos após a execução do contrato,
desde que não esteja em curso qualquer processo administrativo ou judicial questionando o regular e
integral cumprimento do contrato;
d) a única modalidade de garantia que poderá ser aceita pela Administração Pública é caução em dinheiro
ou em títulos da dívida pública, devendo estes ter sido emitidos sob a forma escritural, mediante registro
em sistema centralizado de liquidação e de custódia autorizado pelo Banco Central do Brasil;
e) todos os contratos administrativos deverão conter cláusula obrigatória de garantia, cujo valor será
arbitrado pelo Administrador Público contratante, de acordo com o interesse público, não podendo a
garantia ser exigida em valor inferior a dois terços do valor total do contrato.
16. (FGV/ALERJ/2017) Contrato administrativo celebrado com uma sociedade empresária do ramo da
construção civil para a execução de obra pública foi objeto de dois termos aditivos. O primeiro promoveu
acréscimo de 60% (sessenta por cento) e supressão de 45% (quarenta e cinco por cento) do valor
atualizado do contrato. O segundo estabeleceu, a pedido do contratado, a modificação da garantia do
contrato, com a substituição de títulos da dívida pública por uma garantia hipotecária.
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c) em relação ao primeiro termo aditivo, haveria óbice jurídico porque acréscimos e supressões devem ser
contabilizados isoladamente, sem qualquer compensação, tendo sido ultrapassado o limite de 25% (vinte
e cinco por cento);
d) em relação ao segundo termo aditivo, haveria óbice jurídico em razão da impossibilidade legal de
substituição da garantia durante a execução do contrato;
e) em relação ao segundo termo aditivo, não haveria óbice jurídico para que as partes contratantes, de
comum acordo, substituíssem títulos da dívida pública por uma garantia hipotecária.
17. (FGV/MPE BA/2017) Contratos administrativos podem ser definidos como as manifestações de
vontade de duas ou mais pessoas para a celebração de um negócio jurídico, com a participação do poder
público, que atua com as cláusulas exorbitantes, com o escopo de atender ao interesse público.
Nesse contexto, conforme ensina a doutrina de Direito Administrativo, tais cláusulas exorbitantes:
a) decorrem do princípio constitucional da isonomia, colocando o Estado e o particular em igualdade
jurídica na avença;
b) são implícitas em todos os contratos administrativos, não dependendo de expressa previsão no acordo;
c) viabilizam o direito potestativo do Estado de alterar o objeto do contrato, a qualquer momento;
d) permitem à Administração Pública promover a alteração unilateral quantitativa, em regra, de até 10%
do valor inicial;
e) concedem à Administração Pública o poder de alterar unilateralmente a margem de lucro inicialmente
contratada.
18. (FGV/ALERJ/2017) Em relação à duração dos contratos administrativos, a Lei nº 8.666/93 dispõe
que os contratos:
a) em geral devem conter cláusula específica com seu prazo de duração, que pode ser de no máximo vinte
e quatro meses, permitida uma única prorrogação por período de até mais vinte e quatro meses;
b) referentes a projetos, cujos produtos estejam contemplados nas metas estabelecidas no Plano
Plurianual, podem ser prorrogados se houver interesse da Administração e independentemente de que isso
tenha sido previsto no ato convocatório;
c) cujos serviços são executados de forma contínua podem ter a sua duração prorrogada por iguais e
sucessivos períodos com vistas à obtenção de preços e condições mais vantajosas para a Administração,
limitada a sessenta meses;
d) relativos ao aluguel de equipamentos e à utilização de programas de informática podem estender-se
pelo prazo de até doze meses após o final do termo inicial de vigência do contrato, desde que mantido o
mesmo valor unitário previsto no contrato inicial;
e) consistentes em serviços de engenharia não admitem, em qualquer hipótese, prorrogação dos prazos de
início de etapas de execução, de conclusão e de entrega da obra, devendo o contratado responder por
perdas e danos caso não cumpra os prazos contratuais.
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não transfere à Administração Pública a responsabilidade por seu pagamento, nem poderá onerar o
objeto do contrato ou restringir a regularização e o uso das obras e edificações, inclusive perante o
registro de imóveis. Considerando a orientação fixada na decisão do Supremo Tribunal Federal e a sua
repercussão no âmbito do Tribunal Superior do Trabalho, deve a Administração Pública em relação aos
encargos trabalhistas dos empregados das empresas terceirizadas:
a) responder subsidiariamente pelos encargos trabalhistas resultantes da execução do contrato,
independentemente do cumprimento da sua obrigação legal e contratual de fiscalização;
b) responder solidariamente pelos encargos trabalhistas dos contratados, a fim de evitar prejuízos aos seus
empregados;
c) responder subsidiariamente pelos encargos trabalhistas do contratado, ainda que não tenha participado
da relação processual ou constado do título executivo;
d) responder subsidiariamente pelos encargos trabalhistas do contratado, caso evidenciada a sua conduta
culposa no cumprimento da sua obrigação legal e contratual de fiscalização;
e) reter obrigatoriamente os pagamentos devidos ao contratado no caso de inadimplemento dos encargos
trabalhistas dos seus empregados.
I. É possível a alteração dos contratos regidos pela Lei nº 8.666/93 por acordo das partes, quando
conveniente a substituição da garantia da execução.
II. Somente por acordo das partes é possível haver acréscimos ou supressões que se fizerem nas obras,
serviços ou compras, até 25% (vinte e cinco por cento) do valor inicial atualizado do contrato.
III. É possível a alteração unilateral pela Administração quando houver modificação do projeto ou das
especificações, para melhor adequação técnica aos seus objetivos.
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c) fato do príncipe.
d) teoria do risco.
e) teoria da imprevisão.
23. (FGV/MPE-RJ/2016) O Poder Executivo Estadual, por meio de suas Secretarias de Obras e de Meio
Ambiente, contratou, após regular procedimento licitatório, sociedade empresária para prestar
determinados serviços na área de saneamento básico. Não obstante o poder público contratante ter
cumprido suas obrigações legais e contratuais, a empresa contratada não cumpriu regular e
integralmente o contrato. De acordo com a Lei nº 8.666/93, sem prejuízo das demais sanções previstas
no ordenamento jurídico, pela inexecução parcial do contrato, a Administração Pública poderá,
observado o princípio da proporcionalidade e garantida a prévia defesa, aplicar ao contratado algumas
sanções administrativas, como:
a) multa até o limite do valor do contrato, independentemente de sua previsão no instrumento
convocatório ou no contrato;
b) interdição das instalações físicas da sede da sociedade contratada até o integral ressarcimento ao erário;
c) proibição de contratar com o Poder Público ou receber benefícios ou incentivos fiscais, pelo prazo de até
8 (oito) anos;
d) obrigação de ressarcimento integral do dano ao erário, inclusive decretando a indisponibilidade de bens
até o limite do prejuízo material;
e) suspensão temporária de participação em licitação e impedimento de contratar com a Administração,
por prazo não superior a 2 (dois) anos.
24. (FGV/IBGE/2016) Consoante estabelece a Lei de Licitações, em tese, constitui motivo para
rescisão do contrato:
a) o atraso justificado no início da obra, serviço ou fornecimento ou o não cumprimento de cláusulas
contratuais, especificações, projetos ou prazos;
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25. (FGV/CODEBA/2016) O Estado ABCD celebrou contrato com a empresa “XYZ Soluções de
Informática e Engenharia”, vencedora de certame licitatório, para a aquisição do serviço de cabeamento
de rede no edifício sede do Governo. Posteriormente ao início do serviço, entretanto, o Estado
determinou uma pequena alteração no projeto, a fim de incluir novos pontos de rede não previstos
inicialmente. A esse respeito, assinale a afirmativa correta.
a) Após a celebração do contrato, a alteração no projeto não é possível, pois os novos serviços incluídos
não foram objeto de licitação.
b) Após a celebração do contrato, a alteração no projeto é possível, desde que haja expressa concordância
do particular contratado.
c) É possível a prorrogação dos prazos de início de etapas de execução, de conclusão e de entrega do
serviço, para adequar o serviço às alterações do projeto.
d) É possível a alteração das cláusulas econômicas do contrato, a fim de restabelecer o seu equilíbrio
financeiro inicial, mas não é admitida qualquer prorrogação de prazo, para adequar o serviço às alterações
do projeto.
e) Após a celebração do contrato, a alteração no projeto é possível, desde que não tenham sido iniciados
os serviços pela empresa contratada.
II. O desatendimento das determinações regulares da autoridade designada para acompanhar e fiscalizar
a execução do contrato constitui motivo para a rescisão do mesmo.
III. A inadimplência do contratado, com referência aos encargos trabalhistas, fiscais e comerciais
transfere para a Administração Pública a responsabilidade por seu pagamento.
Assinale:
a) se somente a afirmativa I estiver correta.
b) se somente a afirmativa II estiver correta.
c) se somente as afirmativas I e II estiverem corretas.
d) se somente as afirmativas II e III estiverem corretas.
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29. (FGV/TJ-RO/2015) A regra é que contratos administrativos podem ter prazos de vigência limitados
ao exercício em que foram iniciados, ou seja, nos respectivos créditos orçamentários. Entretanto, há
situações em que o prazo pode ser alterado, EXCETO a situação em que:
a) o projeto ou suas especificações passem por alterações realizadas pela administração;
b) a prestação de serviços for executada de forma contínua e for prorrogada por iguais e sucessivos
períodos, limitado a 60 meses;
c) o aluguel de equipamentos tenha a duração de até 48 meses após o início da vigência do contrato;
d) o contrato seja celebrado por prazo indeterminado devido à necessidade premente, imprevisível e sem
justificativas;
e) o projeto esteja contemplado no plano plurianual e a prorrogação esteja prevista no ato convocatório.
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normas previstas na Lei nº 8.666/93, em especial aquelas sobre inexecução e rescisão de contratos
administrativos, a Administração Pública municipal contratante poderá rescindir o contrato por ato
escrito e:
a) unilateral, com a assunção imediata do objeto do contrato, no estado e local em que se encontrar, por
ato próprio da Administração;
b) unilateral, com o decreto da indisponibilidade de bens da contratada (e, se preciso, de seus sócios), até
o limite do prejuízo causado à Administração;
c) bilateral, com a proibição de contratar com o poder público pelo prazo de 8 (oito) anos e o integral
ressarcimento dos danos ao erário;
d) bilateral, com o integral ressarcimento dos danos ao erário e a suspensão dos direitos políticos dos sócios
administradores da sociedade empresária;
e) bilateral, com a proibição de contratar com o Poder Público ou receber benefícios ou incentivos fiscais
ou creditícios, direta ou indiretamente, pelo prazo de 8 (oito) anos.
32. (FGV/Câmara Municipal de Caruaru-PE/2015) A Lei nº 8.666/93 dispõe sobre características dos
contratos administrativos, inclusive sobre os motivos que ensejam a rescisão de tais contratos. Acerca
do tema, analise as situações descritas a seguir.
III. Não liberação, por parte da Administração, de área, local ou objeto para execução de obra, serviço ou
fornecimento, nos prazos contratuais, bem como das fontes de materiais naturais especificadas no
projeto.
Considerando o texto da Lei nº 8.666/93, assinale a opção correta acerca das situações que constituem
motivo para rescisão do contrato administrativo.
a) Apenas os motivos descritos nos itens I e II podem ensejar a rescisão do contrato administrativo.
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b) Apenas os motivos descritos nos itens I e III podem ensejar a rescisão do contrato administrativo.
c) Apenas os motivos descritos nos itens II e III podem ensejar a rescisão do contrato administrativo.
d) Todos os itens descrevem motivos que podem ensejar a rescisão do contrato administrativo.
e) Apenas os motivos descritos no item II podem ensejar a rescisão do contrato administrativo.
I. Essas cláusulas não viabilizam a aplicação de sanções de forma unilateral, em âmbito administrativo.
II. É possível haver a rescisão unilateral do contrato por parte da Administração, em âmbito
administrativo.
III. A ocupação provisória de bens imóveis apenas poderá ocorrer nos casos de rescisão do contrato
administrativo.
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Assinale:
a) se apenas a afirmativa I estiver correta.
b) se apenas a afirmativa II estiver correta.
c) se apenas a afirmativa III estiver correta.
d) se apenas as afirmativas I e II estiverem corretas.
e) se apenas as afirmativas II e III estiverem corretas.
36. (FGV/DETRAN MA/2013) A respeito da duração dos contratos de serviços que foram contratados
com base na Lei de Licitações, analise as afirmativas a seguir.
II. Os contratos de prestação de serviços a serem executados de forma contínua poderão ter sua duração
prorrogada por iguais e sucessivos períodos, com vistas à obtenção de preços e condições mais vantajosas
para a administração, limitada a 60 (sessenta) meses.
III. Os contratos de projetos, cujos produtos estejam contemplados nas metas estabelecidas no Plano
Plurianual, poderão ser prorrogados se houver interesse da Administração e desde que isso tenha sido
previsto no ato convocatório.
Assinale:
a) se somente a afirmativa II estiver correta.
b) se somente as afirmativas II e III estiverem corretas.
c) se somente as afirmativas I e II estiverem corretas.
d) se somente as afirmativas I e III estiver correta.
e) se todas as afirmativas estiverem corretas.
Com base no fragmento acima, assinale a afirmativa que define a fase da contratualização de serviços,
segundo a Lei de Licitações.
a) Elaboração dos contratos.
b) Rescisão dos contratos.
c) Execução dos contratos.
d) Alterações do contrato.
e) Formalização do contrato.
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O prazo, previsto em lei específica, em relação aos dias de atraso que constituem motivo para rescisão
do contrato, é
a) inferior a sessenta dias.
b) superior a noventa dias.
c) inferior a noventa dias.
d) superior a trinta dias.
e) inferior a trinta dias.
39. (FGV/Senado Federal/2008) Das afirmativas a seguir, uma está errada. Assinale-a.
a) Constitui cláusula necessária do contrato administrativo a indicação da legislação aplicável à sua
execução e aos casos omissos no instrumento contratual.
b) No caso de suspensão da execução do contrato determinada pela Administração por prazo superior a
120 (cento e vinte) dias, ressalvadas algumas exceções, tem o contratado direito a postular a rescisão do
contrato por culpa do ente contratante.
c) Configura-se como cláusula exorbitante dos contratos administrativos aquela em que esteja expresso o
poder da Administração de fiscalizar a sua execução.
d) Na hipótese de contrato de compras, pode a alteração contratual, como regra, exceder o percentual de
25% (vinte e cinco por cento) do valor inicial atualizado do contrato, desde que haja acordo expresso
firmado pelos contratantes.
e) Se a rescisão contratual tiver por fundamento razões de interesse público, tem o contratado o direito à
indenização por perdas e danos, inclusive o reembolso relativo ao custo da desmobilização.
40. (FGV/TRE PA/2011) Quanto aos contratos administrativos, é correto afirmar que
a) a celebração de contrato verbal é vedada pela lei, sendo nula e não produzindo efeitos.
b) a rescisão contratual se dá privativamente pela via administrativa.
c) é vedado o contrato com prazo de duração indeterminado.
d) a declaração de nulidade do contrato não opera retroativamente para desconstituir os efeitos jurídicos
já produzidos.
e) a nulidade exonera a administração do dever de indenizar o contratante pelo que este houver executado.
41. (FGV/SEFAZ RJ/2011) A respeito do regime jurídico dos contratos administrativo, assinale a
alternativa correta.
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42. (FGV/ALEMA/2013) Com relação à execução dos contratos administrativos, assinale V para a
afirmativa verdadeira e F para a falsa.
( ) O contrato deverá ser executado fielmente pelas partes, de acordo com as cláusulas avençadas e as
normas desta Lei, respondendo cada uma pelas consequências de sua inexecução total ou parcial.
43. (FGV/ALEMA/2013) Com relação ao motivo para rescisão dos contratos administrativos, analise
as afirmativas a seguir.
II. A subcontratação total ou parcial do seu objeto, a associação do contratado com outrem, a cessão ou
transferência, total ou parcial, bem como a fusão, cisão ou incorporação, não admitidas no edital e no
contrato.
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Assinale:
a) se somente as afirmativas I e II estiverem corretas.
b) se somente as afirmativas I e III estiverem corretas.
c) se somente as afirmativas II e III estiverem corretas.
d) se somente a afirmativa III estiver correta.
e) se somente a afirmativa II estiver correta.
44. (FGV/SEFAZ RJ/2011) O regime jurídico dos contratos administrativos previsto na Lei 8.666/93
confere à Administração Pública prerrogativas conhecidas como cláusulas exorbitantes. Dentre tais
cláusulas, inclui-se a prerrogativa de a Administração
a) prorrogar, unilateralmente e por igual período, o contrato administrativo em que demonstrada a
vantajosidade, sob pena de caracterização de inexecução imotivada do ajuste.
b) alterar unilateralmente as cláusulas econômico-financeiras e monetárias do ajuste.
c) exigir prestação de garantia nas contratações de obras, serviços e compras, em valor não excedente a
20% (vinte por cento) do valor do contrato.
d) rescindir unilateralmente o contrato nos casos de inexecução total ou parcial do ajuste, assegurado o
contraditório e a ampla defesa.
e) intervir, por prazo determinado, na prestação do serviço, com o fim de assegurar o adequado
cumprimento das normas contratuais.
45. (FGV/SEAD AP/2010) Os contratos regidos pela Lei 8.666/93 podem ser alterados unilateralmente
pela administração pública no caso de:
a) modificação do projeto ou de suas especificações.
b) conveniência na substituição da garantia de execução do contrato.
c) necessidade de modificação do regime de execução da obra ou serviço.
d) não cumprimento de cláusulas contratuais, especificações, projetos ou prazos.
e) ocorrência de caso fortuito ou de força maior, regularmente comprovada, impeditiva da execução do
contrato.
46. (FGV/ALEMA/2013) Assinale a alternativa que representa um dos casos de alteração unilateral de
contrato administrativo com a administração pública.
a) Quando é necessária a modificação do valor contratual em decorrência de acréscimo ou diminuição
quantitativa de seu objeto.
b) Quando há inadimplemento de cláusulas contratuais, abrangendo o cumprimento irregular, a
morosidade indevida e o atraso imotivado da execução.
c) Quando há falência, insolvência civil, dissolução da sociedade ou falecimento do contrato e, ainda,
alteração social.
d) Quando, em decorrência de caso fortuito ou de força maior, é descumprido o objeto contábil.
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e) Quando há razões de interesse público motivadas por descumprimento parcial ou integral do objeto
contratual.
47. (FGV/AL MT/2013) A União celebrou contrato de obra pública com a empresa X, vencedora de
concorrência, para a construção de uma rodovia de 140 (cento e quarenta) km de extensão. O contrato
foi celebrado pelo prazo de 24 (vinte e quatro) meses. No decorrer da obra, entretanto, a Administração
verificou a necessidade de alteração no projeto contratado, com o acréscimo de serviços e a prorrogação
do prazo contratual por mais 12 meses.
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51. (FCC/ALESE/2018) A Administração Estadual está executando seu programa de segurança pública,
que contempla um conjunto de ações preventivas e repressivas, incluindo não só o policiamento
ostensivo, mas também a construção e reforma de unidades prisionais. Em relação à construção e
reforma,
a) poderá se valer do modelo de parceria público-privada, sob a modalidade de concessão patrocinada,
cuja contraprestação se dará mediante exploração do trabalho dos próprios presos.
b) poderá se valer do regime diferenciado de contratações, licitando a contratação de uma empreitada
global.
c) deverá licitar a contratação do serviço de obras pela Lei no 8.666/1993, que permitiria a adjudicação pelo
menor preço, garantindo a observância do princípio da economicidade.
d) admite-se a licitação por meio de pregão presencial, sendo indispensável levar à sessão de lances o
projeto básico para aferição da adequação e exequibilidade do trabalho técnico.
e) caberá a contratação de empreitada por preço unitário, modalidade de regime diferenciado de
contratações, considerando que há precisa estimativa e amostragem sobre os itens utilizados para a
edificação da construção.
52. (FCC/TRF - 5ª Região/2017) Nas licitações processadas pelo regime instituído pelo Regime
Diferenciado de Construções Públicas − RDC, Lei nº 12.462/2011, aplicam-se
a) tanto as disposições constantes da Lei nº 8.666/1993, como as da Lei nº 10.520/2002, conhecida como
Lei do Pregão, por serem leis gerais sobre licitações.
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b) as disposições constantes da Lei nº 8.666/1993 apenas nos casos em que a lei que instituiu o Regime
Diferenciado de Contratações expressamente admitir.
c) apenas e de forma subsidiária as disposições da Lei nº 10.520/2002, considerando que em muito se
assemelha àquela,em especial na disciplina das sanções.
d) subsidiariamente as disposições da Lei nº 8.666/1993 no que concerne às modalidades licitatórias,
considerando que a própria Lei assim o admite.
e) indistintamente e de forma subsidiária as disposições da Lei nº 8.666/1993, pois prevê, expressamente,
a aplicação da Lei Geral de Licitações, da mesma forma que o fez a Lei nº 10.520/2002.
53. (FCC/DPE-RS/2017) Considere que o Estado intente licitar a contratação para construção de novos
estabelecimentos penais, em função da grave crise de segurança pública instalada recentemente. Para
tanto, pretende utilizar o Regime Diferenciado de Contratações Públicas − RDC, disciplinado pela Lei n°
12.462/2011 e suas alterações. Considerando as disposições legais aplicáveis, a intenção do Estado
afigura-se
a) cabível, eis que se trata de um dos objetos previstos legalmente, podendo, inclusive, ser fixada
remuneração variável para o contratado, vinculada ao prazo de entrega estabelecido contratualmente.
b) cabível apenas se caracterizada, em despacho fundamentado da autoridade competente, situação
emergencial ou necessidade de atendimento inadiável a relevante interesse público.
c) cabível apenas se a obra em questão estiver inserida no Programa de Aceleração do Crescimento − PAC,
podendo, neste caso, ser licitada sob a modalidade contratação integrada.
d) incabível, eis que o objeto em questão não se insere no rol taxativo fixado pela legislação, podendo o
Estado, todavia, valer-se do cadastro integrado previsto na referida lei para fins de verificação dos
requisitos de habilitação no âmbito da licitação regida pela Lei n° 8.666/1993.
e) incabível, salvo se as obras forem financiadas com recursos de bancos ou instituições de fomento
públicas e estiverem correlacionadas a algum dos eventos descritos na legislação citada.
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5 GABARITO
6 REFERÊNCIAS
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Método, 2011.
ARAGÃO, Alexandre Santos de. Curso de Direito Administrativo. Rio de Janeiro: Forense, 2012.
BANDEIRA DE MELLO, Celso Antônio. Curso de Direito Administrativo. 31ª Ed. São Paulo: Malheiros, 2014.
BARCHET, Gustavo. Direito Administrativo: teoria e questões. Rio de Janeiro: Elsevier, 2008.
CARVALHO FILHO, José dos Santos. Manual de direito administrativo. 27ª Edição. São Paulo: Atlas, 2014.
DI PIETRO, Maria Sylvia Zanella. Direito Administrativo. 27ª Edição. São Paulo: Atlas, 2014.
JUSTEN FILHO, Marçal. Curso de direito administrativo. 10ª ed. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2014.
MEIRELLES, H.L.; ALEIXO, D.B.; BURLE FILHO, J.E. Direito administrativo brasileiro. 39ª Ed. São Paulo:
Malheiros Editores, 2013.
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